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domingo, março 26, 2023

Dinossáurios - info-notícia no Público...!

Dinossauros 

Dez perguntas que as crianças fazem sobre dinossauros 

 

Os paleontólogos Elisabete Malafaia e Octávio Mateus respondem às curiosidades das crianças sobre os dinossauros.

Quantos anos viveram os dinossauros? Quando é que apareceram na Terra? Porque é que uns têm dentes pequenos e outros grandes? Como era o dia de um dinossauro? Com a ajuda do Centro Ciência Viva de Lagos, levámos as perguntas de dez crianças a dois paleontólogos portugueses e pedimos-lhes que esclarecessem as curiosidades sobre estes animais.

Divirta-se aqui a ver o que perguntaram alunos do Centro Escolar da Luz (do Agrupamento de Escolas Júlio Dantas, no Algarve) e o que lhes responderam os paleontólogos Elisabete Malafaia e Octávio Mateus. O cenário inclui ilustrações e fósseis de dinossauros a sério.

Leia mais sobre dinossauros


in Público

segunda-feira, janeiro 02, 2017

Notícia sobre paleontologia no Público

Português descobre na Gronelândia um dos primeiros animais do Atlântico primitivo

Foram encontrados ossos de um plesiossauro, um animal marinho com cerca de 200 milhões de anos.

Imagem que recria um plesiossauro

O paleontólogo Octávio Mateus, único português em expedições paleontológicas à Gronelândia, anunciou neste sábado a descoberta de fósseis de plesiossauro, um réptil marinho que testemunha a primeira incursão no mar durante abertura do Atlântico há 200 milhões de anos.

O anúncio este mês num congresso científico pelos investigadores Jesper Milan, Octávio Mateus, Lars Clemmensen e Marco Marzola, validou a descoberta do "plesiossauro mais antigo da Gronelândia, com cerca de 200 milhões de anos, e dos primeiros animais marinhos a explorar aquela zona" no início da separação dos continentes europeu e norte-americano, que resultou na abertura do Oceano Atlântico, afirmou à agência Lusa o português.

O professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e investigador do Museu da Lourinhã, que em 2012 e já este ano integrou expedições internacionais à Gronelândia, explicou que os cientistas tinham escavado apenas animais de "ambientes terrestres" do Triásico, com 220 milhões de anos, como anfíbios, dinossauros e fitossauros, répteis semelhantes a crocodilos.

"Em camadas um pouco mais acima, portanto mais recentes, do Jurássico Inferior, encontrámos três ossinhos [vértebras e costelas] que são de um plesiossauro, que é um animal marinho, logo é um dos primeiros vertebrados marinhos ligados à abertura do Atlântico e testemunha uma mudança ligada à abertura do Atlântico", descreveu.

Pela escassez do material fóssil, os cientistas não conseguem identificar o género e a espécie de plesiossauro.

No último Verão, os quatro investigadores escavaram vestígios de fitossauros na Gronelândia de uma espécie ainda por determinar.

Além disso, poderá trazer novas explicações para a paleogeografia. "Se for mais aparentado a uma espécie europeia, quer dizer que do ponto de vista paleogeográfico aquela zona da Gronelândia tinha conexões terrestres com a Europa. Se for mais aparentado a espécies norte-americanas, mostra o contrário", apontou o especialista, esclarecendo que "a maioria da fauna daquela região tem uma afinidade europeia maior, o que é estranho, porque do ponto de vista geológico a Gronelândia pertence ao continente americano".

"Todo aquele território está por explorar. É uma oportunidade para os paleontólogos descobrirem material novo", disse Octávio Mateus.

Sendo um local inóspito e polar, os paleontólogos são transportados de helicóptero para as expedições e têm de levar tendas para pernoitar, mantimentos alimentares e foram ensinados a manusear armas para lidar com possíveis encontros com ursos polares.

Os achados escavados na última expedição científica acabam de chegar ao laboratório do Museu da Lourinhã para serem preparados e estudados e seguirem depois para exposição num museu dinamarquês, o Geocenter Moensklint.

"É uma forma de dar continuidade a um trabalho de relacionamento com instituições de vários países com projetos e materiais que vieram de outras parte do globo, desde Moçambique, Angola e Estados Unidos da América", afirmou Lubélia Gonçalves, presidente da direcção do Grupo de Etnografia e Arqueologia da Lourinhã, associação que gere o museu.

Trata-se da maior colecção estrangeira recebida pelo Museu da Lourinhã.

in Público -  ler notícia

sexta-feira, outubro 18, 2013

Notícia sobre o Doutor Jorge Dinis no blog LusoDinos

Jorge Dinis no Cabo Espichel (agosto de 2012)

O paleontólogo que honramos este mês na rúbrica Paleontólogos é o Prof. Jorge Dinis, da Universidade de Coimbra, que se encontra neste preciso momento a lutar pela vida após um acidente de viação que o deixou em coma profundo desde 30 de setembro.

Jorge Manuel Leitão Dinis é Licenciado em Geologia (Ramo Científico) na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, em 1986, com 15 valores.
Frequentou em 1993 dois módulos do Mestrado em Geologia do Subsolo organizado pela Universidade Complutense de Madrid e pela Universidade Politécnica de Madrid:
Em fevereiro de 2000 apresentou na Universidade de Coimbra a Tese de Doutoramento em Geologia, especialidade de Estratigrafia e Paleontologia, intitulada “Estratigrafia e sedimentologia da Formação de Figueira da Foz - Aptiano a Cenomaniano do sector norte da Bacia Lusitânica”, aprovada por Unanimidade, com Distinção e Louvor.
Desde 13/12/84, e durante os anos lectivos de 1984/85 e 1985/86 exerceu, na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, as funções de Monitor do grupo de Mineralogia e Geologia, lugar que ocupou até à altura em que passou a exercer as funções de Assistente Estagiário.
Em 4 de dezembro de 1986 foi contratado como Assistente Estagiário, além do quadro, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.
Tendo apresentado Provas de Aptidão Pedagógica e Capacidade Científica em 15 e 16 de outubro de 1990, foi aprovado com a classificação de "Muito Bom", passando assim à categoria de Assistente.
Após a aprovação nas provas de Doutoramento, é Professor Auxiliar da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra desde Fevereiro de 2000.
Obteve Nomeação Definitiva na mesma categoria e mesma instituição em 28 de setembro de 2005, com efeitos desde 18 de Fevereiro de 2006.

  1. É atualmente investigador no centro de investigação do IMAR-CMA Instituto do Mar. Apesar de o seu perfil ser mais ligado à geologia sedimentar, ele tem contribuído para a Paleontologia através de contribuições em estudos de paleobotânica, invertebrados e vertebrados.


    Os seus interesses incluem: Sedimentologia de sistemas clásticos: continentais, estuarinos e costeiros, Estratigrafia e ambientes deposicionais do Cretácico inferior, Jurássico Superior e Holocénico do centro oeste de Portugal, Gestão e ordenamento das áreas costeiras, Preservação e valorização do Património Geológico, Geomorfologia do Quaternário, Correlações estratigráficas, interpretação paleoambiental e cronostratigrafia do Cretácico inferior e do Jurássico Superior da Bacia Lusitânica.
    Eu (O. Mateus) e o Jorge Dinis temos dois trabalhos em conjunto: um sobre a Formação da Lourinhã, como resultado da visita de estudo do congresso Strati 2013 com o Prof. Pedro Proença e Cunha, e outro trabalho sobre a transição Jurássico/Cretácico em Portugal. Essa experiência permitiu-me ir para o campo várias vezes com ele e posso relatar que é um grande geólogo e amigo: erudito, trabalhador, inteligente e divertido. Desejamos ao nosso amigo e colega Jorge Dinis as rápidas melhoras e a nossa solidariedade à família.
Jorge Dinis, à direita, numa explicação de campo a sul da Praia da Consolação (junho de 2013)



Bibliografia seleccionada:

  • Heimhofer, U., Hochuli, P. A., Burla, S., Dinis, J. M. L., Weissert, H. (2005). Timing of Early Cretaceous angiosperm diversification and possible links to major paleoenvironmental change. Geology, 33(2), 141-144.
  • Dinis, J. L., Rey, J., Cunha, P. P., Callapez, P., & Pena dos Reis, R. (2008). Stratigraphy and allogenic controls of the western Portugal Cretaceous: an updated synthesis. Cretaceous Research, 29(5), 772-780.
  • Reis, R. P., Cunha, P. P., Dinis, J., & Trincao, P. R. (2000). Geological evolution of the Lusitanian Basin (Portugal) during the Late Jurassic.
  • Dinis, J. L., & Trincão, P. (1995). Recognition and stratigraphical significance of the Aptian unconformity in the Lusitanian Basin, Portugal. Cretaceous Research, 16(2-3), 171-186.
  • Rey, J., & Dinis, J. L. (2004). Shallow marine to fluvial interplay in the Lower Cretaceous of central Portugal: sedimentology, cycles and controls. In Cretaceous and Cenozoic events in West Iberia margins, 23rd IAS Meeting of Sedimentology Field Trip Guidebook (Vol. 2, pp. 5-35).
  • Salminen, J., Dinis, J., Mateus, O. 2013 Preliminary magnetostratigraphy for Jurassic/Cretaceous transition in Porto da Calada, Portugal.
  • Dinis, J. L., Henriques, V., Freitas, M. C., Andrade, C., Costa, P. (2006). Natural to anthropogenic forcing in the Holocene evolution of three coastal lagoons (Caldas da Rainha valley, western Portugal). Quaternary international,150(1), 41-51.
  • Pena dos Reis, R., Dinis, J. L., Proenca Cunha, P., & Trincão, P. (1996). Upper Jurassic sedimentary infill and tectonics of the Lusitanian Basin (Western Portugal). In GeoResearch Forum (Vol. 1, No. 2, pp. 377-386).

Informação e partes dos textos deste post são proveniente das seguintes fontes:

pt.linkedin.com/pub/jorge-dinis/24/4b2/805



in LusoDinos - post de Octávio Mateus

quarta-feira, setembro 04, 2013

Mais um dinossáurio descoberto na Lourinhã

Descoberto dinossauro carnívoro na Lourinhã
Teresa Firmino
03.09.2013

Análise preliminar indica que fóssil pertenceria a um grupo de dinossauros de pequeno porte e que teria à volta de dois metros de comprimento.

Fóssil do novo dinossauro ainda agarrado a parte da rocha

O Museu da Lourinhã anunciou esta terça-feira a descoberta do fóssil de um dinossauro carnívoro, acompanhado de uma mão-cheia de achados de dinossauros encontrados durante a campanha de escavações deste ano nos afloramentos do Jurássico Superior daquela região, com cerca de 150 milhões de anos.
“Este ano, os resultados incluíram pegadas e ossos, com destaque para um dinossauro carnívoro de pequeno porte, com menos de dois metros de comprimento. Este esqueleto de dinossauro não está completo, mas está muito bem conservado e articulado (com os ossos na posição anatómica, tal como em vida), o que é muito raro”, refere o comunicado do museu. “A análise preliminar indica que poderá tratar-se de um representante de um grupo de dinossauros carnívoros raros em Portugal, os celurossauros.”
Na campanha, coordenada pelo paleontólogo Octávio Mateus, do Museu da Lourinhã e da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, foram ainda recolhidas pegadas de dinossauros saurópodes, ornitópodes e de pterossauros. “Uma das pegadas de saurópode, com 120 centímetros de comprimento, é uma das maiores que se conhecem”, frisa o comunicado. “Também se descobriram pequenos fósseis, destacando-se a mandíbula de um mamífero, o que é igualmente raro.”
Todo este material recolhido está agora no laboratório de paleontologia do Museu da Lourinhã, onde terá de ser preparado para poder ser estudado. Só com esses estudos se poderá perceber exactamente as espécies de dinossauros a que pertencem os fósseis recolhidos e a sua importância.
O Museu da Lourinhã ficou mundialmente conhecido em 1997, quando foi revelada a descoberta de os ovos com embriões de dinossauros carnívoros bípedes, com 150 milhões de anos. Tinham sido encontrados em 1993. Já em 2013, voltaram a descobrir-se na zona da Lourinhã centenas de fragmentos de cascas de ovos, com ossos de embriões e dentes com 150 milhões de anos. Estes dois achados são os ovos de dinossauros carnívoros mais antigos do mundo. Ovos ainda mais antigos, só os de dois dinossauros herbívoros, encontrados na África do Sul e na China, ambos com cerca de 190 milhões de anos.

in Público - ler notícia

domingo, junho 02, 2013

Mais um ninho de dinossáurios descoberto na Lourinhã...!

E na Lourinhã voltaram a encontrar-se os ovos de dinossauros carnívoros mais antigos do mundo
Teresa Firmino
30/05/2013

Um megalossaurídeo, como o que pôs ovos na Lourinhã, junto ao seu ninho - Vladimir Bondar/GEAL/CIID/Museu da Lourinhã

Na praia de Porto das Barcas, descobriram-se cerca de 500 fragmentos de cascas de ovos, com ossos de embriões e dentes com 150 milhões de anos.

Oito cientistas, cinco deles portugueses, anunciaram esta quinta-feira que descobriram na Lourinhã os ovos com embriões de dinossauros carnívoros mais antigos do mundo, com cerca de 150 milhões de anos, noticiou a agência Lusa. É a descoberta da década em Portugal em termos de paleontologia de dinossauros, considera a equipa.
Foi na praia de Porto das Barcas, na localidade de Atalaia, concelho da Lourinhã, que o holandês Aart Walen, voluntário do museu daquela vila, descobriu em 2005 os ovos com os embriões. O achado, segundo relata a equipa num artigo científico publicado hoje na revista Scientific Reports, é composto por cerca de 500 fragmentos de cascas de ovos, formando um conjunto com 65 centímetros de diâmetro, que continha ossos e dentes de embriões.
As cascas dos ovos e os embriões encontravam-se num estado de preservação “verdadeiramente excepcional”, segundo a equipa, que os estudou entre 2005 e 2009 utilizando diversas tecnologias de ponta.
Ricardo Araújo, um dos investigadores, sublinhou à Lusa a raridade dos achados. “Estes ovos têm 150 milhões de anos, por isso são de longe os mais antigos de dinossauros carnívoros”, explicou o paleontólogo português, que pertence ao Museu da Lourinhã e à Universidade Medodista do Sul, em Dallas, nos Estados Unidos.
Com 150 milhões de anos, existiam até agora os ovos com embriões de dinossauro encontrados na praia de Paimogo, também na Lourinhã, em 1993. A menos de dez quilómetros de distância do nosso achado, esses ovos pertencem também a dinossauro carnívoros bípedes (terópodes): a equipa que os tem estudado considera que são do Lourinhanosaurus antunesi. Revelados ao mundo em 1997, os ovos de Paimogo estavam num ninho enorme, onde um grupo de fêmeas tinha posto mais de uma centena de ovos, e colocaram desde então a Lourinhã no mapa-múndi da paleontologia.
“Em conjunto com os ovos de Paimogo, [o novo achado] representa os embriões de dinossauros carnívoros mais antigos, sendo ambos do Jurássico Superior, com aproximadamente 150 milhões de anos”, acrescenta por sua vez ao PÚBLICO o paleontólogo Rui Castanhinha, do Instituto Gulbenkian de Ciências, em Oeiras, e do Museu da Lourinhã. “Nos últimos dez anos não se descobriu nada em Portugal em paleontologia de dinossauros tão importante como isto. Tem uma importância profunda na biologia, na reprodução, na embriologia de dinossauros. É a descoberta da década”, resume Rui Castanhinha. “Ovos com embriões é raríssimo.”
Ovos ainda antigos do que os da Lourinhã só os de dois dinossauros herbívoros, encontrados na África do Sul (do Massospondylus) e na China (Lufengosaurus), ambos com cerca de 190 milhões de anos.
“O registo fóssil tem apenas sete ou oito registos de ovos de dinossauro em todo o mundo e ainda são mais raros os casos de ovos com embriões”, referiu Ricardo Araújo, o primeiro autor do artigo, assinado ainda, além de Rui Castanhinha, por Rui Martins, Octávio Mateus, Luís Alves e pelo belga Christophe Hendricks, todos ligados ao Museu da Lourinhã, e pelos alemães Felix Beckman e Norbert Schell.
A equipa determinou que os achados pertencem a um torvosauro, um dinossauro carnívoro e bípede que tinha os dentes afiados e atingia dez metros de comprimento e duas toneladas. Pertencia a um grupo primitivo de terópodes, os megalossaurídeos, e é aqui que reside sobretudo a importância deste achado, ao preencher uma lacuna no conhecimento sobre as relações entre grupos distantes de dinossauros.
Em termos evolutivos, o torvosauro de Porto das Barcas encontra-se entre os dinossauros que puseram os ovos na África do Sul e na China, mais “primitivos”, e o de Paimogo, mais “evoluído” ou “derivado”. “Este novo achado vem preencher uma lacuna entre os dinossauros muito derivados de Paimogo e os outros muito afastados da África do Sul e da China”, sublinha Rui Castanhinha. “Isto permite melhorar os conhecimentos sobre as origens dos dinossauros, em particular dos carnívoros, e de como eles chegaram à diversidade que vemos hoje – porque as aves são dinossauros.”

terça-feira, dezembro 18, 2012

Mais um dinossáurio estudado e descrito por um cientista português

Investigadores da Universidade Nova descobrem nova espécie de dinossauro

Descrição da espécie foi feita no Journal of Systematic Palaeontology

Espécie que existiu na América do Norte é semelhante a dinossauros encontrados na Lourinhã, em Portugal.

O português Octávio Mateus e o suíço Emanuel Tschopp, investigadores da Universidade Nova de Lisboa e do Museu da Lourinhã, divulgaram este domingo a descoberta de uma nova espécie de dinossauro a partir de achados escavados nos Estados Unidos da América.
"Verificámos que este dinossauro do Jurássico Superior [com 150 milhões de anos] que existiu na América do Norte é um novo género e uma nova espécie para a ciência”, afirmou à Agência Lusa Octávio Mateus, investigador e orientador da tese de doutoramento de Emanuel Tschopp.
O Kaatedocus siberi, como veio a ser designado, é um saurópode, um dinossauro de grande porte físico, de pescoço e cauda compridos.
O paleontólogo explicou que “é semelhante a um pequeno ‘diplodocus’, com 12 a 14 metros de comprimento”, que tinha diferenças anatómicas no crânio e nas vértebras por comparação a outros do mesmo grupo”.
Outra das características do animal é ser “relativamente pequeno”, ao contrário de outros géneros e espécies do mesmo grupo dos ‘diplodocídeos”, que eram por norma gigantescos.
“Não sabemos se seria uma espécie pequena ou se seria um dinossauro juvenil”, adiantou.
O facto de ter sido descoberto entre sedimentos rochosos mais antigos do que aqueles em que foram encontrados outros dinossauros do mesmo grupo leva os cientistas a afirmar, mais uma vez, que “os animais tendem a aumentar de tamanho ao longo dos anos”.
A descrição da nova espécie, que constituiu um avanço na compreensão da família dos ‘diplodocídeos’, consta de um artigo que acaba de ser publicado na última edição online do Journal of Systematic Palaeontology.
Em 1991, uma equipa de investigadores suíços, liderada por por Hans-Jakob Kirby Siber, escavou no estado do Wyoming, nos Estados Unidos da América, o crânio e o pescoço completo “muito bem conservados” deste dinossauro.
Octávio Mateus e Emanuel Tschopp foram escolhidos pelo museu Sauriermuseum Aathal, da Suíça, para estudar o achado.
O animal foi descoberto numa jazida onde veio a encontrar-se uma “grande concentração de dinossauros, tanto herbívoros como carnívoros”, que ainda não está de todo explicada pelos cientistas.
O dinossauro é semelhante a outros descobertos no concelho da Lourinhã, um dos locais do país mais ricos em achados paleontológicos, o que leva os cientistas a concluir que a existência de dinossauros semelhantes no continente americano e na costa portuguesa é indicadora da proximidade entre os dois continentes há 150 milhões de anos atrás.

 in Público - ler notícia

quarta-feira, agosto 24, 2011

Mais uma interessante descoberta de icnofósseis e ossos de vertebrados em Angola

Expedição internacional ocorreu entre Julho e Agosto
Português descobre primeiras pegadas de dinossauro encontradas em Angola

O paleontólogo Octávio Mateus, responsável pelo achado

O paleontólogo Octávio Mateus descobriu as primeiras pegadas de dinossauro encontradas em Angola, durante uma expedição internacional ocorrida entre Julho e este mês.

O cientista português disse à Lusa que se trata das "primeiras pegadas  que se conhece em Angola", que se presume pertencerem a um dinossauro saurópode  que terá vivido no Cretácico Inferior, há cerca de 128 milhões de anos. 
Ao todo, a descoberta é composta por 70 pegadas de mamíferos e por dois  trilhos de dinossauros, um deles ainda com "impressões de pele".  
Os achados de pegadas de mamíferos levam a equipa de cientistas internacionais,  composta ainda por dois americanos e por um holandês e com colaboração angolana,  a admitir a descoberta de "mamíferos muito maiores do que aqueles que se  pensavam existirem à época no resto do mundo", dada a dimensão de pegadas  com cerca de cinco centímetros.  
Durante a expedição, foram ainda feitos achados de plesiossauros, pterossauros e mosassauros, de mamíferos marinhos e de baleias e crocodilos.  
Duas novas espécies de mosassauros (répteis marinhos), que até agora  se desconheciam existirem em Angola, foram descobertas: "Carnodeus belgicus"  e "Mosasaurus hoffmani" (este com um crânio enorme de 1,5 metros).  
A expedição foi realizada nas províncias de Cabinda, Bengo, Kwanza Sul,  Benguela, Namibe, Huila e Lunda Sul. Os achados seguem agora para estudo, ficando mais tarde expostos no  Museu de Geologia da Universidade Agostinho Neto, em Luanda.  

in CM - ler notícia

sábado, junho 04, 2011

Um novo espécime de Baryonyx walkeri é o dinossauro mais completo no Cretácico de Portugal

Foi publicado recentemente o mais completo dinossauro do Cretácico de Portugal: o Baryonyx walkeri. É uma espécie também conhecida em Inglaterra e Espanha, e alguns fragmentos foram inicialmente interpretados como sendo de um crocodilo (Suchosaurus) e recentemente re-identificados como de Baryonyx.


Dentes de Suchosaurus cultridens (espécime BMNH-Londres) e S. girardi (espécime Museu Geológico- Lisboa), agora considerados nomina dubia (Mateus et al., 2011)
O artigo, publicado na revista Zootaxa, foi liderado por Octávio Mateus após a descoberta e recolha do espécime por Carlos Natário no Cabo Espichel. A investigação foi realizada pela Universidade Nova de Lisboa (CICEGe-FCT) e Museu da Lourinhã.

Dente de Baryonyx walkeri ML1190 (Mateus et al., 2011)

Tradução do resumo:
Embora o Jurássico Superior de Portugal seja rico em fósseis de dinossauros, o material do Cretáceo Inferior é escasso. Este artigo  descreve novo material craniano e pós-cranianos do dinossauro terópode  Baryonyx walkeri encontrado no Barremiano (Fm. Papo Seco) de Portugal. Este espécime, encontrado na Praia das Aguncheiras, Cabo Espichel, consiste num dental, dentes isolados, garras, calcanea, vértebras pré-sacras e caudais, púbis, escápula, e fragmentos de ossos. Ele representa o Spinosauridae mais completo já descoberto na Península Ibérica, o dinossauro mais completo do Cretáceo de Portugal. Este espécime é identificado como um membro dos Baryonychinae devido à presença de dentes cónicos, canelados, com dentículos, e dentes dispostos em roseta. O espécime ML1190 partilha com as seguintes características com o holótipo de Baryonyx walkeri: superfície do esmalte com pequenas estrias (quase verticais), o tamanho dos dentículos é variável ao longo da carina, 6-7 dentículos por mm, estrias formam um ângulo de 45 graus, perto da carina, e raiz do dente é superior à coroa. 
Além disso, a taxa duvidosos com base na morfologia dos dentes, como cultridens Suchosaurus cultridens (Owen, 1840-1845), e  Suchosaurus girardi Sauvage 1897-98 são discutidos, com base em comparações com Baryonyx walkeri Charig & Milner, 1986. Suchosaurus cultridens e S. girardi são considerados como nomina dubia, devido à falta de apomorfias diagnósticas, mas ambos são possivelmente Baryonychinae incertae sedis. 


Dental (mandíbula inferior) de Baryonyx walkeri ML1190 (Mateus et al., 2011) 
Resumo original:

Although the Late Jurassic of Portugal has provided abundant dinosaur fossils, material from the Early Cretaceous is scarce. This paper reports new cranial and postcranial material of the theropod dinosaur Baryonyx walkeri found in the Barremian (Papo Seco Formation) of Portugal. This specimen, found at Praia das Aguncheiras, Cabo Espichel, consists of a partial dentary, isolated teeth, pedal ungual, two calcanea, presacral and caudal vertebrae, fragmentary pubis, scapula, and rib fragments. It represents the most complete spinosaurid yet discovered in the Iberian Peninsula and the most complete dinosaur from the Early Cretaceous of Portugal. This specimen is confidently identified as a member of Baryonychinae due to the presence of conical teeth with flutes and denticles in a dentary rosette. The specimen ML1190 shares the
following characteristics with Baryonyx walkeri: enamel surface with small (nearly vertical) wrinkles, variable denticle size along the carinae, 6–7 denticles per mm, wrinkles forming a 45 degree angle near the carinae, and tooth root longer than crown. In addition, dubious taxa based on teeth morphology such as Suchosaurus cultridens (Owen, 1840–1845), and Suchosaurus girardi (Sauvage 1897–98; Antunes & Mateus 2003) are discussed, based on comparisons with well-known material such as Baryonyx walkeri Charig & Milner, 1986. Suchosaurus cultridens and S. girardi are considered as nomina dubia due to the lack of diagnostic apomorphies, but both specimens are referred to Baryonychinae incertae sedis.


Referência:
Mateus, O., Araújo, R., Natário, C. & Castanhinha, R. 2011. A new specimen of the theropod dinosaur Baryonyx from the early Cretaceous of Portugal and taxonomic validity of Suchosaurus. Zootaxa 2827: 54–68.  PDF




Garra do pé de Baryonyx walkeri ML1190 (Mateus et al., 2011)

Deixamos um agradecimento aos museus The Natural History Museum (Angela Milner) e Museu Geológico (Miguel Ramalho) pelas visitas às colecções.
 
in Lusodinos - post de Octávio Mateus

quarta-feira, maio 25, 2011

Angolatitan adamastor, o primeiro dinossauro de Angola

Angolatitan adamastor, o primeiro dinossauro angolano, mostra que em África perduraram formas relíquias de saurópodes

Angolatitan adamastor (por Karen Carr)

Uma nova espécie de dinossauro saurópode, designada por Angolatitan adamastor, representa a descoberta do primeiro dinossauro em Angola sendo, na África subsaariana, uma das poucas ocorrências de dinossauros saurópodes desta idade geológica. Este animal herbívoro de cerca de 13 metros de comprimento viveu há aproximadamente 90 milhões de anos atrás, numa idade geológica chamada Cretácico Superior, quando Angola era bastante diferente do que é hoje.

"Para nós esta descoberta é surpreendente pois pensávamos que este tipo de dinossauro já estava extinto naquela época" diz Octávio Mateus, descobridor do exemplar e autor do respectivo estudo. "Além disso mostra que ainda há muito por descobrir em África", sublinha este paleontólogo da Universidade Nova de Lisboa e Museu da Lourinhã.


Saurópode Angolatitan a ser comido por mosassauros (por Fabio Pastori)


Embora herbívoro, o Angolatitan evoluiu adaptado-se às condições áridas ou semi-desérticas. Os sedimentos marinhos de onde provém o espécime estão datados do Cretácico Superior (quando predominavam titanossauros) e, portanto, trata-se de um saurópode não-titanossauro na África subsaariana. Por outras palavras, o Angolatitan é uma forma relíquia, só sobrevivendo em Angola naquela altura.
O nome científico Angolatitan significa Titã de Angola e adamastor é uma referência à mitologia portuguesa durante as expedições navais na costa africana.

A descoberta inclui um membro anterior descoberto em 2005 a cerca de 70 km a norte de Luanda, pelo paleontólogo Octávio Mateus, mas as escavações incluíram paleontólogos de Angola (Universidade Agostinho Neto), Estados Unidos (SMU) e Holanda (Natural History Museum Maastricht).


Scapula and Humerus of Angolatitan adamastor - Mateus et al 2011


O Projecto PaleoAngola é um projecto científico com a missão de descobrir, colher, preparar, estudar, preservar e exibir os fósseis de vertebrados encontrados em Angola, envolvendo cientistas de Portugal, Angola, Estados Unidos, Holanda e Suécia.

Os resultados de missões nos terrenos do Cretácico foram surpreendentes, com a descoberta do primeiro dinossauro de Angola, com cerca de 90 milhões de anos, além de vestígios de mosassauros, plesiossauros, amonites e tartarugas fósseis.

Em média, tem sido descoberta uma nova espécie por expedição, aumentando o conhecimento geral sobre a fauna fóssil.

Parte da preparação dos fósseis decorre no laboratório do Museu da Lourinhã, ao abrigo do protocolo entre o GEAL -– Grupo de Etnologia e Arqueologia da Lourinhã, entidade que tutela o Museu da Lourinhã, e a Universidade Agostinho Neto.

Filogenia dos dinossauros saurópodes e posição de Angolatitan adamastor



Site do Projecto PaleoAngola: www.paleoangola.org

Mais imagens aqui.

Publicação:
Angolatitan adamastor, a new sauropod dinosaur and the first record from Angola”
por Octávio Mateus, Louis L. Jacobs, Anne S. Schulp, Michael J. Polcyn, Tatiana S. Tavares, Antré Buta Neto, Maria Luísa Morais and Miguel T. Antunes. Anais da Academia Brasileira de Ciências.
PDF disponível aqui.

in Lusodinos - post de Octávio Mateus

quinta-feira, março 17, 2011

Finalmente um dinossáurio angolano

Fóssil pertencia a um saurópode primitivo
Primeiro dinossauro de Angola recebe o apelido Adamastor

África poderá ter servido de refúgio a este grupo de dinossauros

Em latim, o seu nome científico quer dizer Titã de Angola, a que se juntou o apelido Adamastor, numa referência à figura mitológica de Os Lusíadas, que representava os perigos que os portugueses enfrentaram nas viagens de descoberta pela costa africana. O Angolatitan adamastor, o primeiro dinossauro encontrado em Angola, e até agora único, é hoje descrito numa revista científica brasileira como sendo de um género e uma espécie novos para a ciência.

Tinha 13 metros de comprimento e era um herbívoro quadrúpede, ou saurópode, como dizem os paleontólogos. Viveu há 90 milhões de anos, no Cretácico Superior, quando Angola era bastante diferente de hoje. África e a América do Sul já se tinham separado e entre as duas estava a nascer o Atlântico Sul, embora pouco desenvolvido. A Antárctida encontrava-se ainda colada ao continente africano.

A 25 de Maio de 2005, o paleontólogo Octávio Mateus, do Museu da Lourinhã e do Centro de Estudos Geológicos da Universidade Nova de Lisboa, andava sozinho em prospecção de fósseis pelas arribas do Ambriz, na província de Bengo, 70 quilómetros a norte de Luanda. E foi assim que localizou ossos do dinossauro - embora estivesse em Angola numa expedição com o norte-americano Louis Jacobs, paleontólogo da Universidade Metodista do Sul, no Texas. Era o início do Projecto PaleoAngola, que pretende descobrir, estudar e mostrar fósseis de vertebrados, envolvendo cientistas portugueses, angolanos, norte-americanos, entre outros.

Naquela expedição, Octávio Mateus e Louis Jacobs visitavam locais identificados com fósseis, nos anos 60, pelo paleontólogo Miguel Telles Antunes. A guerra naquela antiga colónia portuguesa interrompeu os seus trabalhos e depois os geólogos angolanos centraram as atenções nos diamantes e no petróleo. Ainda no mês da descoberta, e depois no ano seguinte, a equipa retirou das arribas vários ossos do dinossauro, todos de uma pata dianteira. Parte encontra-se agora na Universidade Agostinho Neto, em Luanda, e outra parte no Museu da Lourinhã, até que seja feito um molde.

Hoje, a equipa, que inclui Telles Antunes, da Academia de Ciências de Lisboa, além de cientistas angolanos, entre outros, publica a descrição do animal na revista Anais da Academia Brasileira de Ciências.

Há 90 milhões de anos, a região angolana onde se encontrou o dinossauro era árida. Apesar disso, o Angolatitan adamastor adaptou-se a essas condições, tal como acontece actualmente com os elefantes.

Do ponto de vista evolutivo, era já uma relíquia, explica Octávio Mateus. "Era relativamente primitivo." Encontrava-se num ramo tão baixo da árvore evolutiva dos dinossauros que era o único representante desse ramo no Cretácico Superior. "Isto mostra que, de alguma forma, África serviu como refúgio a este grupo de dinossauros."


terça-feira, janeiro 25, 2011

A Paleontologia portuguesa está de parabéns!

Fundação de Spielberg premeia paleontólogos lusos

Octávio Mateus, um dos investigadores premiados

A Fundação do Jurássico, criada com os lucros dos filmes da saga "Parque Jurássico", de Steven Spielberg, atribuiu uma bolsa a dois investigadores da Universidade Nova de Lisboa (UNL), que assim vão poder estudar, ainda este ano, uma coleção de achados de dinossauros saurópodes.

Os paleontólogos Octávio Mateus e Emanuel Tschopp, que também integram a equipa do Museu da Lourinhã, pretendem "digitalizar e modelar em três dimensões os pescoços de dinossauros saurópodes", uma forma inovadora de estudar os animais caracterizados pelos enormes pescoços, reporta a agência Lusa.

"A anatomia destes dinossauros evoluiu de forma a permitir crescer enormes pescoços, através da complexidade das suas vértebras, o que lhes dava uma grande resistência sem aumentar significativamente o seu peso", explica Octávio Mateus.

O objetivo do estudo agora financiado pela Fundação do Jurássico é apurar "a classificação real destes dinossauros", cujos fósseis estão alojados no Museu dos Dinossauros de Aathal, perto da cidade suíça de Zurique.

Octávio Mateus foi o primeiro português a ser galardoado pela Fundação do Jurássico, quando há onze anos recebeu um prémio cuja verba investiu nas escavações de vestígios de um dinossauro saurópode, no concelho da Lourinhã. 

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Ilustração científica de Dinossáurios - mais um concurso

Concurso Ilustração sobre Europasaurus

O dinossauro saurópode Europasaurus holgeri que eu descrevi juntamente com colegas alemães em 2006, tem agora o seu próprio concurso de ilustração científica:









Info Dinopark.de:

We are currently planning a new exhibit on Europasaurus holgeri and as an integral part of the exhibit we would like to show a large number of drawings, reconstructions, and other artwork of Europasaurus holgeri, which preferably depict this taxon in its natural habitat. To reach that goal, we are initiating a paleo-art contest.
Prizes:
  • 1st prize: 500 €
  • 2nd prize: 250 €
  • 3rd prize: 100 €
  • 3 honorable mentions: 50 € each

Submission deadline is March 1, 2011.

in Lusodinos - post de Octávio Mateus

domingo, janeiro 09, 2011

Novo modelo de dinossáurio à venda no Museu a Lourinha

Lourinhanosaurus antunesi é um dos novos dinossauros da Procon Collecta 2011

A Collecta lançou a nova colecção de bonecos comercializados a nível mundial. O dinossauro terópode Lourinhanosaurus antunesi, exposto no Museu da Lourinhã, é uma das novidades. Este ano também é o lançamento do Miragaia longicollum, pela Carnegie Collection, baseado num esqueleto também em exposição no museu lourinhanense.

Lourinhanosaurus
© Procon CollectA
in Lusdinos - post de Octávio Mateus

segunda-feira, novembro 15, 2010

Plesiossauro histórico de Portugal é objecto de estudo

Embora discretos e quase desconhecidos no registo fóssil de Portugal, os plesiossauros foram um dos grupos mais bem sucedidos de répteis marinhos do Mesozóico (e não são dinossauros).

Um dos primeiros registo deste fósseis é-nos apresentado por Henri-Émile Sauvage em 1898, a partir de uma colheita feita em Alhadas, perto de Coimbra. Trata-se de um fóssil do Toarciano (183-175 milhões de anos), logo um dos mais antigos vertebrados fósseis de Portugal.

Este espécime, em exposição no Museu Geológico de Lisboa, não era objecto de estudo desde o século XIX e agora é resultado de uma reavaliação assinada por Adam Smith, Ricardo Araújo e Octávio Mateus e apresentada na Society of Vertebrate Paleontology.




Smith, A., Araújo, R., Mateus, O. (2010) A plesiosauroid skull from the Toarcian (Lower Jurassic) of Alhadas, Portugal. Journal of Vertebrate Paleontology, 30(suppl. to 3).



sábado, outubro 16, 2010

Dinossáurio Miragaia em boneco a partir de 2011

Miragaia longicollum, protótipo acabado

O dinossauro estegossauro Miragaia longicollum é uma das vedetas da Carnegie Collection, famosa pela sua colecção de miniatura e bonecos, comercializados por todo o mundo. O modelo a uma escala de 1/30 será ser lançado em 2011, foi feito sob a estampa do prestigiado Carnegie Museum esculpido por Forest Rogers, sob a orientação de Matthew Lammana e de mim.  É a primeira vez, mas não a última, que uma espécie portuguesa é representada e comercializada a nível mundial.

Aqui estão algumas fotografia dos protótipos que deram origem ao modelo final.



Miragaia longicollum, tal como é comercializado
Miragaia longicollum, protótipo em fase final
O holótipo deste dinossauro está exposto no Museu da Lourinhã.

Mateus, O., S Maidment, N Christiansen. 2009.  A new long-necked 'sauropod-mimic' stegosaur and the evolution of the plated dinosaurs.   Proceedings of the Royal Society of London B. 276: 1815-1821 doi:10.1098/rspb.2008.1909    PDF (Main paper + Suppl. data) 

in Lusodinos - post de Octávio Mateus

terça-feira, setembro 21, 2010

Pele de estegossauro do Jurássico



Saiu um interessante artigo sobre preservação de pele num estegossauro Hesperasaurus mjosi dos Estados Unidos, assinado por Nicolai Christiansen e Emanuel Tschopp.

O primeiro foi preparador de fósseis no Museu da Lourinhã e mais tarde foi meu orientando de mestrado pela Universidade Marie et Pierre et Marie Currie (Paris VI). O segundo é actual estudante de doutoramento sob minha orientação na Universidade Nova de Lisboa.




Abstract
Dinosaur skin impressions are rare in the Upper Jurassic Morrison Formation, but different sites on the Howe Ranch in Wyoming (USA), comprising specimens from diplodocid, camarasaurid, allosaurid and stegosaurian dinosaurs, have proven to be a treasure-trove for these soft-tissue remains. Here we describe stegosaurian skin impressions from North America for the first time, as well as the first case of preservation of an impression of the integument that covered the dorsal plates of stegosaurian dinosaurs in life. Both have been found closely associated with bones of a specimen of the stegosaurianHesperosaurus mjosi Carpenter, Miles and Cloward 2001. The scales of the skin impression of H. mjosi are very similar in shape and arrangement to those of Gigantspinosaurus sichuanensis Ouyang 1992, the only other stegosaurian dinosaur from which skin impressions have been described. Both taxa show a ground pattern of small polygonal scales, which in some places is interrupted by larger oval tubercles surrounded by the small scales, resulting in rosette-like structures. The respective phylogenetic positions of G.sichuanensis as a basal stegosaurian and H. mjosi as a derived form suggest that most stegosaurians had very similar skin structures, which also match the most common textures known in dinosaurs. The integumentary impression from the dorsal plate brings new data to the long-lasting debate concerning the function of dorsal plates in stegosaurian dinosaurs. Unlike usual dinosaur skin impressions, the integument covering the dorsal plates does not show any scale-like texture. It is smooth with long and parallel, shallow grooves, a structure that is interpreted as representing a keratinous covering of the plates. The presence of such a keratinous covering has affects on all the existing theories concerning the function of stegosaurian plates, including defense, thermoregulation, and display, but does not permit to rule out any of them.


Christiansen, N., & Tschopp, E. (2010). Exceptional stegosaur integument impressions from the Upper Jurassic Morrison Formation of Wyoming Swiss Journal of Geosciences DOI: 10.1007/s00015-010-0026-0

in Lusodinos - post de Octavio Mateus

domingo, maio 16, 2010

Artigo sobre estegossauro Miragaia

O artigo no Proceedings of Royal Society B foi destacado como um dos 10 artigos mais descarregados e citados em 2009, ficando agora disponível gratuitamente, numa selecção feita pela própria revista:

Selecção dos mais citados e descarregados: http://rspb.royalsocietypublishing.org/site/misc/top_cites_and_downloads.xhtml

Artigo http://rspb.royalsocietypublishing.org/content/276/1663/1815

Octávio Mateus, Susannah C.R. Maidment and Nicolai A. Christiansen. 2009. A new long-necked ‘sauropod-mimic’ stegosaur and the evolution of the plated dinosaurs. Proceedings of Royal Society B

Miragaia longicollum, por Filipe Alves Elias, (CIID 2009, Museu da Lourinhã)

quinta-feira, maio 06, 2010

Corvus sapiens sapiens



Este fantástico vídeo acompanha o recente artigo "Complex cognition and behavioural innovation in New Caledonian crows" publicado na Proc. R. Soc. B, por uma equipa da Universidade de Auckland e também disponível aqui.

in Blog GeoLeiria - post de Octávio Mateus

quinta-feira, abril 22, 2010

Hoje é dia Mundial da Terra!


Imagem do blogue de astronomia português Astro.pt . Na Feira do Livro de Coimbra, na Praça da República, há uma tertúlia sobre "Como era a vida na Terra" com Octávio Mateus, Vanda Ramos, Pedro Callapez e Eugénia Cunha, moderada por Carlos Fiolhais.

quarta-feira, abril 14, 2010

Tertúlia em Coimbra - Como foi a Vida na Terra

Do Blog De Rerum Natura publicamos, com a devida vénia, o seguinte post, ligeiramente modificado, do Professor Doutor Carlos Fiolhais:


Estou a organizar este evento em conjunto com a Câmara Municipal de Coimbra, no Dia Internacional da Terra, 22 de Abril de 2010, 21.30 horas, na Feira do Livro de Coimbra (Praça da República):


Tertúlia "Como Foi a Vida na Terra"


"Pegadas de Dinossauros em Portugal" - Vanda Faria dos Santos (Museu Nacional de História Natural, Lisboa)

Explica-se como se formam os icnofósseis em geral e as pegadas de dinossauros, em particular. Apresentar uma retrospectiva das jazidas com pegadas e trilhos de dinossauros no Jurássico e Cretácico de Portugal; sua importância patrimonial.


"Dinossauros de Portugal" - Octávio Mateus (Museu Municipal da Lourinhã, Lourinhã)

Explica-se em que condições se formaram jazidas com esqueletos e ninhadas de ovos de dinossauros. Apresenta-se uma retrospectiva das principais jazidas e novas descobertas de dinossauros em rochas do Jurássico e Cretácico de Portugal.


"Fósseis da região de Coimbra"- Pedro Callapez (Museu Mineralógico e Geológico da Universidade de Coimbra, Coimbra)

Mostram-se aspectos da evolução do espaço geográfico de Coimbra ao longo dos tempos geológicos. Apresenta-se uma retrospectiva sucinta dos principais fósseis e jazidas da região de Coimbra e Baixo Mondego.


"Como nos tornámos humanos"- Eugénia Cunha (Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra)

Apresenta-se a história do homem na Terra como vem contada no livro com esse título que a autora acaba de publicar na Imprensa da Universidade de Coimbra.


Entrada livre. Haverá participação da audiência.

Moderador: Carlos Fiolhais

Organizadores: Carlos Fiolhais e Pedro Callapez

Apoios: Câmara Municipal de Coimbra, Centro de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra e Centro Ciência Viva Rómulo de Carvalho