domingo, dezembro 22, 2019

Joe Strummer, o vocalista dos The Clash, morreu há dezassete anos

  
Joe Strummer, nascido John Grahan Mellor (Ancara, 21 de agosto de 1952 - Somerset, 22 de dezembro de 2002) foi um músico britânico, mais conhecido pelo seu trabalho como vocalista e guitarrista da banda The Clash. Antes era integrante da banda The 101ers. Foi ainda membro dos The Mescaleros e temporariamente dos The Pogues.
   
  
in Wikipédia
 

Puccini nasceu há 161 anos


Giacomo Antonio Domenico Michele Secondo Maria Puccini ou apenas Giacomo Puccini (Lucca, 22 de dezembro de 1858 - Bruxelas, 29 de novembro de 1924) foi um compositor de óperas italiano. As suas óperas estão entre as mais interpretadas atualmente, entre essas estão La bohème, Tosca, Madame Butterfly e Turandot. Algumas das árias das suas óperas, como "O mio babbino caro" de Gianni Schicchi, "Che gelida manina" de La Bohème e "Nessun dorma" de Turandot tornaram-se parte da cultura popular.
  
  

Robin e Maurice, os gémeos dos Bee Gees, nasceram há setenta anos

Robin Hugh Gibb (Douglas, Ilha de Man, 22 de dezembro de 1949 - Londres, 20 de maio de 2012) foi um músico, cantor e compositor britânico. Foi um dos membros fundadores da famosa banda de pop Bee Gees. Era irmão de Barry Gibb, Andy Gibb e gémeo de Maurice Gibb, falecido em 2003, e que também era membro dos Bee Gees.
Foi conhecido pelos shows com a Neue Philharmonie Frankfurt, a mais reconhecida orquestra do mundo. Robin possuía uma carreira a solo de sucesso, com vários hits e álbuns.
  
  
Maurice Ernest Gibb (Douglas, Ilha de Man, 22 de dezembro de 1949 - Miami, 12 de janeiro de 2003) foi um cantor, compositor, pianista, guitarrista, baixista, teclista, multi-instrumentista britânico, conhecido principalmente por ser um membro dos Bee Gees, um dos grupos de maior sucesso de todos os tempos. Gémeo de Robin Gibb, Maurice era o mais novo por 35 minutos.
  
    
  

Júlio Pereira - 66 anos!

   
Júlio Pereira (Lisboa, 22 de dezembro de 1953), de seu nome completo Júlio Fernando de Jesus Pereira, é um músico, compositor, multi-instrumentista e produtor português.
A sua música caracteriza-se pela utilização de instrumentos tradicionais portugueses, como o cavaquinho e a viola braguesa. Apesar de ter iniciado a sua carreira como músico de rock, nos grupos Petrus Castrus e Xarhanga, mais tarde, começou a dedicar-se à música tradicional portuguesa.
Destaque-se a sua colaboração com outros músicos, como os The Chieftains, Pete Seeger, Zeca Afonso, Kepa Junkera, Carlos do Carmo, Chico Buarque ou Sara Tavares.
Júlio Pereira tem 20 discos de autor e participou em dezenas de discos de outros artistas.
A 9 de junho de 2015, foi feito Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
  
      
 


Porque o inverno chegou...

(imagem daqui)

Glosa à chegada do Inverno

Ao frio suave, obscuro e sossegado,
e com que a noite, agora, se anuncia
depois de posto, ao longe, um sol dourado
que a uma rosada fímbria arrasta e esfia...

Da solidão dos homens apartado,
e entregue a tal silêncio, que devia
mais entender as sombras a meu lado
que a terra nua onde se atrasa o dia...

Recordo o amor distante que em mim vive,
sem tempo ou espaço, e apenas amarrado
à liberdade imensa que não tive,

e que não há. Como o recordo agora
que a luz do dia já se não demora,
se apenas de si próprio é recordado?




in Pedra Filosofal (1950) - Jorge de Sena

Vanessa Paradis - 47 anos

Vanessa Chantal Paradis, (Saint-Maur-des-Fossés, 22 de dezembro de 1972) é uma atriz e cantora francesa. Ela tornou-se uma das cantoras mais conhecidas da sua geração aos 14 anos, com o seu primeiro single, "Joe le Taxi", e desde então leva uma carreira consistente, tanto na música como no cinema.
É sobrinha do ator e produtor Didier Pain e irmã da atriz Alysson Paradis.
De maio de 1998 até junho de 2012 manteve um relacionamento com o ator americano Johnny Depp, pai dos seus dois filhos: Lily-Rose Melody Depp, nascida a 27 de maio de 1999, e Jack John Christopher III, nascido a 9 de abril de 2002 (ambos nasceram em Paris).
  
    

Chico Mendes morreu há 31 anos

Chico Mendes em sua casa, em Xapuri (Acre), com os seus dois filhos mas novos
  
Francisco Alves Mendes Filho, mais conhecido como Chico Mendes (Xapuri, 15 de dezembro de 1944 - Xapuri, 22 de dezembro de 1988) foi um seringueiro, sindicalista, ativista político e ambientalista brasileiro. Lutou a favor dos seringueiros da Bacia Amazónica, cuja subsistência dependia da preservação da floresta e das seringueiras nativas. O seu ativismo trouxe-lhe reconhecimento internacional, ao mesmo tempo que provocou a ira dos grandes fazendeiros locais.
 

Começa hoje o Inverno...

Na astronomia, solstício (do latim sol + sistere, que não se mexe) é o momento em que o Sol, durante seu movimento aparente na esfera celeste, atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do equador. Os solstícios ocorrem duas vezes por ano: em dezembro e em junho. O dia e hora exatos variam de um ano para outro. Quando ocorre no verão significa que a duração do dia é a mais longa do ano. Analogamente, quando ocorre no inverno, significa que a duração da noite é a mais longa do ano.
No hemisfério norte o solstício de verão ocorre por volta do dia 21 de junho e o solstício de inverno por volta do dia 21 de dezembro. Estas datas marcam o início das respectivas estações do ano neste hemisfério.
  
NOTA - este ano o inverno começa exatamente às 04.19 horas...

sábado, dezembro 21, 2019

Paco de Lucía nasceu há 72 anos

Paco de Lucía, nome artístico de Francisco Sánchez Gomes (Algeciras, 21 de dezembro de 1947 - Cancún, 25 de fevereiro de 2014) foi um guitarrista espanhol de flamenco reconhecido internacionalmente. Fez carreira como compositor, produtor e guitarrista.
Em 2004, foi distinguido com o Prémio Príncipe das Astúrias, como "um músico que transcendeu fronteiras e estilos".
As suas principais influências, para além do seu pai, foram os guitarristas de flamenco Nino Ricardo, Miguel Borrull, Mario Escudero e Sabicas.
Em 20 de novembro de 2014, a viúva de Paco recebeu um prémio póstumo do marido, com os dois filhos do casal, em Las Vegas, nos Estados Unidos, na 15ª edição do Grammy Latino; o prémio foi de melhor álbum do ano, pelo seu disco "Canción Andaluza".
Paco era o mais novo de cinco irmãos, filhos do também guitarrista de flamenco Antonio Sánchez com quem primeiro aprendeu a tocar guitarra.
Os seus irmãos Pepe de Lucía e Ramón de Algeciras também são músicos de flamenco; Pepe é cantor e Ramón é também guitarrista.
Em Algeciras, e de uma forma geral na maior parte da Andaluzia, é costume os rapazes adoptarem o nome da mãe por forma a serem corretamente identificados como por exemplo "Paco de (la) Carmen," ou "Paco de (la) María," deste modo, o seu nome artístico foi adotado em honra de sua mãe Lúcia, de origem portuguesa e nascida em Castro Marim.
  
   

Frank Zappa nasceu há 79 anos

Frank Vincent Zappa (Baltimore, 21 de dezembro de 1940 - Los Angeles, 4 de dezembro de 1993) foi um cantor, guitarrista, produtor de gravação e realizador. Em uma carreira de mais de trinta anos, a sua obra musical estendeu-se pelo rock, fusion, jazz, música eletrónica, música concreta e música clássica. Ele também dirigiu longas-metragens e videoclipes e desenhou capas de álbuns seus. Zappa produziu quase todos os seus 60 álbuns que lançou com a banda Mothers of Invention, grupo que o acompanhou em boa parte da carreira e que teve sua formação mudada muitas vezes, e como artista a solo.
  
  

Bocage morreu há 214 anos

Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage (Setúbal, 15 de setembro de 1765Lisboa, 21 de dezembro de 1805) foi um poeta português e, possivelmente, o maior representante do arcadismo lusitano. Embora ícone deste movimento literário, é uma figura inserida num período de transição do estilo clássico para o estilo romântico que terá forte presença na literatura portuguesa do século XIX.
  
(imagem daqui)
    
  
Oh Retrato da Morte, oh Noite Amiga
  
  
Oh retrato da morte, oh noite amiga
Por cuja escuridão suspiro há tanto!
Calada testemunha do meu pranto,
Dos meus desgostos secretária antiga!
 
Pois manda Amor, que a ti somente os diga,
Dá-lhes pio agasalho no teu manto;
Ouve-os, como costumas, ouve, enquanto
Dorme a cruel, que a delirar me obriga:
 
E vós, oh cortesãos da escuridade,
Fantasmas vagos, mochos piadores,
Inimigos, como eu, da claridade!
 
Em bandos acudi aos meus clamores;
Quero a vossa medonha sociedade,
Quero fartar meu coração de horrores.

Albert King morreu há 27 anos

Albert King (Indianola, 25 de abril de 1923Memphis, 21 de dezembro de 1992) foi um influente guitarrista e cantor americano de blues. Foi considerado o 13º melhor guitarrista do mundo pela revista norte-americana Rolling Stone.
  
(...)
  
Albert King influenciou milhares de guitarristas, incluindo músicos famosos como Jimi Hendrix, Eric Clapton, Mike Bloomfield, Stevie Ray Vaughan e Gary Moore. O solo de Eric Clapton na música "Strange Brew" (Cream, 1968) é uma cópia nota-a-nota do solo de King na música "Pretty Woman".
Albert King morreu a 21 de dezembro de 1992, vítima de uma crise de pancreatite aguda, em Memphis, Tennessee. Foi sepultado no Paradise Gardens Cemetery, Edmondson, Arkansas, nos Estados Unidos.
  
    

O atentado de Lockerbie foi há 31 anos

O atentado de Lockerbie foi um ataque terrorista ao voo 103 da Pan Am em 21 de dezembro de 1988. O avião Boeing 747-121 partira do Aeroporto de Londres Heathrow em Londres com destino a Nova Iorque, e explodiu no ar logo acima da cidade escocesa de Lockerbie, matando 270 pessoas (259 no avião e 11 na terra) de 21 nacionalidades diferentes. Deste total, 189 vítimas eram cidadãos dos Estados Unidos da América.
  
(...)
  
Uma investigação conjunta da Scotland Yard, FBI e da polícia escocesa do condado de Dumbries & Galloway (onde fica Lockerbie), a qual ouviu mais de dez mil testemunhas, apresentou acusações contra os agentes líbios Al Megrahi e Lamin Jalifa Fhimah em 1991, levando a versão oficial de que o atentado havia sido planeado pelo governo líbio.
  
Julgamento
Embora tenha se negado a entregar os agentes, Gaddafi aceitou fazê-lo em 1999, em troca do fim das sanções impostas pela ONU contra a Líbia, e que os acusados fossem processados sob jurisdição escocesa nos Países Baixos, considerado um país neutro.
Em 2001, os dois ex-agentes foram julgados pelo Tribunal Penal Internacional. Jalifa Fhimah foi absolvido, mas Al Megrahi foi condenado a 27 anos de prisão, que cumpriu em uma penitenciária da Escócia até ser entregue em 2009 à Líbia por razões humanitárias - ele tinha um cancro da próstata em fase terminal.
Gaddafi concordou em pagar US$ 2,7 mil milhões como indemnização para as famílias das vítimas americanas, sendo 40% do dinheiro enviado quando as sanções da ONU fossem suspensas; 40% quando as sanções comerciais dos Estados Unidos fossem suspensas; e 20% quando a Líbia fosse removida da lista do Departamento de Estado de países patrocinadores de terrorismo.
Mesmo assim, familiares das vítimas exigem que seja esclarecido se Al Megrahi foi realmente o autor do atentado. Representante das famílias das vítimas britânicas, Jim Swire, cuja filha Flora morreu no atentado, acredita que Al Megrahi não era culpado.
  
Novas investigações 
Até o momento o atentado havia sido atribuído à Líbia. Mas novas investigações colocam que o ataque teria sido ordenado pelo Irão - como uma resposta ao ataque ao voo 655 da Iran Air pelo navio USS Vincennes em julho de 1988 que matou 290 pessoas - e executado por um grupo terrorista palestino baseado na Síria. Documentos apontariam o envolvimento do Hezbollah, da Frente Popular para a Libertação da Palestina - Comando Geral (FPLP- CG) e do serviço secreto do Irão - um ex-agente iraniano, Abolghassem Mesbahi, diz que a bomba colocada no avião o foi no aeroporto de Heathrow, em Londres, e não em Malta, como se acreditava anteriormente.
  

Carlos do Carmo faz hoje oitenta anos!

Carlos do Carmo, nome artístico de Carlos Manuel de Ascenção do Carmo de Almeida (Lisboa, 21 de dezembro de 1939) é um cantor e intérprete de fado português.
  
  
Biografia
  
Infância e juventude
Filho de Alfredo de Almeida, comerciante de livros e, posteriormente, proprietário da casa de fados O Faia, e de sua mulher, a fadista Lucília do Carmo, Carlos do Carmo nasceu na Maternidade Magalhães Coutinho, e passou a infância no bairro da Bica.
Estudou no Liceu Passos Manuel, antes de partir, com 15 anos de idade, para a Suíça. Neste país frequentou o Institut auf dem Rosenberg, um colégio alemão situado em São Galo, durante três anos, tendo oportunidade de estudar línguas estrangeiras, tornando-se fluente em francês, inglês, alemão, italiano e espanhol. Depois, já em Genebra, obteve um diploma em Gestão Hoteleira.
 
Anos 60 — a carreira artística
Empregado na Companhia Nacional de Navegação, a morte do pai, em 1962, levou Carlos do Carmo a assumir a gerência d'O Faia, que, com o passar dos anos, se tornara numa concorrida casa de Fados da capital. N' O Faia começou a atuar para os amigos e clientes mais frequentes da casa, até que em 1964 abraçou definitivamente a carreira artística.
O surgimento de Carlos do Carmo como fadista dá-se após gravar com Mário Simões uma versão de Loucura, fado de Júlio de Sousa, interpretado também por Lucília do Carmo. O fadista afirma que escolheu o Loucura porque era o único fado de que sabia a letra. Se bem que habituado a ouvir o fado desde criança, quer na voz de sua mãe, quer na voz de outros intérpretes, como os fadistas populares que ouvia nas verbenas de Lisboa ou dos artistas que passavam pel'O Faia - Alfredo Marceneiro, Maria Teresa de Noronha ou Carlos Ramos, para citar os que mais admirava - o fadista viria a confessar que, nessa época, andava afastado da canção tradicional de Lisboa. Ganhara gosto, no limiar da adolescência, pela música de Luiz Gonzaga e Dorival Caymmi, até se deixar fascinar, pouco mais tarde, por Frank Sinatra e Jacques Brel. De resto, também o facto de passar vários anos no estrangeiro, contribuíra para que Carlos do Carmo se afastasse do Fado.
A interpretação gravada com o quarteto de Mário Simões é um desafio à forma tradicional de interpretação do Fado. Carlos do Carmo canta este tema acompanhado de piano, baixo, guitarra elétrica e um coro de vozes femininas. A faixa começa a passar regularmente na rádio e, em consequência do sucesso que tem, o fadista estreante lança, logo no ano seguinte, um EP em nome próprio: Carlos do Carmo com Orquestra de Joaquim Luiz Gomes.
Em 1967, a Casa da Imprensa distingue-o com o prémio Melhor Intérprete e, em 1970, atribui-lhe o prémio Pozal Domingues de Melhor Disco do Ano, para o seu primeiro álbum, intitulado O Fado de Carlos do Carmo, editado pela Alvorada em 1969.
Seria o início de uma das mais exemplares carreiras do panorama musical português, em geral, e do fado, em particular.
Ainda em 1964, casou com Maria Judite de Sousa Leal, com quem teve três filhos, Cila do Carmo, Becas do Carmo e Gil do Carmo
   
  
À entrada da década de 1970, Carlos do Carmo grava diversos EPs e LPs, como O Fado em Duas Gerações, Carlos do Carmo e Lucília do Carmo, Por Morrer uma Andorinha ou Carlos do Carmo.
Entretanto, depois de algumas aparições na televisão, surge em 1972 como produtor e apresentador de um programa semanal na RTP: o Convívio Musical, por onde passam alguns dos grandes nomes da canção portuguesa e internacional.
Subsequentemente ao 25 de abril, no Festival RTP da Canção de 1976, em que esta adotou um modelo diferente do habitual, foi o único intérprete. Cantou oito canções, previamente selecionadas por um júri de dois elementos: Manuel da Fonseca e Pedro Tamen. As canções foram No teu poema (José Luís Tinoco), Novo Fado alegre (José Carlos Ary dos Santos/ Fernando Tordo), Os lobos e ninguém (José Luís Tinoco), Maria-criada, Maria-senhora (Tozé Brito), Flor de verde pinho (Manuel Alegre/ José Niza), Onde é que tu moras (Joaquim Pessoa/ Paulo de Carvalho) e Estrela da tarde (Ary dos Santos/ Fernando Tordo) - de entre estas, seria Flor de Verde Pinho, poema de Manuel Alegre e música de José Niza, a canção mais votada pelo público e, por consequência, aquela que interpretou em representação de Portugal no XXI Festival Festival Eurovisão da Canção. A participação daria o mote para a gravação do disco Uma Canção Para a Europa.
Referência obrigatória na história do Fado e na carreira de Carlos do Carmo é o disco Um Homem na Cidade, editado em 1977 pela Trova. Neste álbum, interpreta poemas de José Carlos Ary dos Santos, aliados a um conjunto de composições musicais inovadoras, de autorias tão diversas como José Luís Tinoco, Paulo de Carvalho, António Victorino de Almeida, Frederico de Brito, Fernando Tordo, Joaquim Luís Gomes, Mário Moniz Pereira ou Martinho d'Assunção.
Com efeito, Carlos do Carmo deve grande parte dos seus êxitos a Ary dos Santos, entre eles Um homem na cidade (letra de Ary dos Santos e música de José Luís Tinoco), Lisboa, menina e moça (letra de Ary dos Santos, Joaquim Pessoa e Fernando Tordo, e música de Paulo de Carvalho), Estrela da Tarde (Ary dos Santos/ Fernando Tordo), Novo Fado alegre (Ary dos Santos/ Fernando Tordo), O homem das castanhas (Ary dos Santos/ Paulo de Carvalho), O amarelo da Carris (Ary dos Santos/ José Luís Tinoco), Sonata de Outono (Ary dos Santos/ Fernando Tordo), Fado varina (Ary dos Santos/ Mário Moniz Pereira), Fado do Campo Grande (Ary dos Santos/ António Victorino de Almeida), Balada para uma velhinha (Ary dos Santos/ Martinho d'Assunção) ou Menor maior (Ary dos Santos/ Fado das Horas).
Mas o fadista irá trazer, ao longo da sua carreira, diversos novos autores para o Fado, como José Luís Tinoco (No teu poema, Os lobos e ninguém), António Lobo Antunes (Canção da Tristeza Alegre), José Saramago (Aprendamos o rito), Manuela de Freitas (Fado Penélope), Vasco Graça Moura (Nasceu assim, cresceu assim), Nuno Júdice (Lisboa Oxalá), Maria do Rosário Pedreira (Pontas soltas, Vem, não te atrases), Fernando Pinto do Amaral (Fado da Saudade) ou Júlio Pomar (Fado do 112).
 
Anos 80 - atuações ao vivo e carreira internacional
Desde as suas atuações n'O Faia, inicialmente de forma informal para amigos, que se sucedem as apresentações ao vivo de Carlos do Carmo. As suas primeiras digressões foram realizadas ainda no início da década de 70, com espectáculos em Angola, EUA e Canadá e, em 1973, estreou-se no Brasil, cantando ao lado de Elis Regina, no Copacabana Palace, Rio de Janeiro.
A partir do ano de 1979, quando abandona a gerência d'O Faia, intensifica as suas apresentações fora do país. As suas passagens no Olympia de Paris, na Ópera de Frankfurt, na Ópera de Wiesbaden, no Canecão do Rio de Janeiro, no Hotel Savoy de Helsínquia, no Teatro da Rainha em Haia, no Teatro de São Petersburgo, no Place des Arts em Montreal, no Tivoli de Copenhaga ou no Memorial da América Latina em São Paulo, são momentos muito altos na carreira do fadista. Em Portugal, salienta as suas apresentações em locais como os Coliseus de Lisboa e do Porto, o Casino Estoril, o Centro Cultural de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos ou a Fundação Calouste Gulbenkian. Em entrevista ao jornal A Capital, revela que: (...) cantar é um ato de prazer, mas sobretudo no palco, que é um constante jogo de sedução, uma troca indescritível de sentimentos e emoções (...).
Com efeito, a carreira internacional de Carlos do Carmo deve muito à sua passagem pelo Olympia de Paris, onde se apresentou pela primeira vez a 11 e 12 de outubro de 1980. A estreia foi bem sucedida e o fadista recorda o momento em que interpretou a canção La Valse A Mille Temps, de Jacques Brel: «A sala veio abaixo!» (cf. Carlos do Carmo: Um Homem no Mundo, in RTP Play). Seguiu-se a primeira atuação na Alte Oper de Frankfurt, em 1982, palco onde teve tal sucesso que a gravação do espetáculo foi editada em disco e regressou para atuar nos dois anos seguintes.
Outro facto assinalável nesta década e que marca a obra discográfica de Carlos do Carmo é o lançamento de Um Homem no País, em 1984, novamente um projeto em torno de poemas de Ary dos Santos, que se destaca como a primeira edição em formato CD de um artista português.

Anos 90 até à atualidade - novos originais e ligação às novas gerações do Fado
No início da década de 90, sofre um acidente durante um espetáculo em Bordéus, caindo do palco para a primeira fila da plateia, uma queda de uma altura equivalente a um andar, que o obrigará a uma longa recuperação. Em março de 1991, faz o seu regresso no Casino Estoril, apresentando um espectáculo intitulado Vim Para o Fado e Fiquei.
Regressa à televisão,com um programa como o seu próprio nome - Carlos do Carmo - transmitido em mais de 30 emissões entre 1997 e 1998, onde conversa com diversos convidados, sobre temas que vão desde o fado, à música em geral, mas também a outras vertentes artísticas.
Em 2007, Carlos do Carmo apresentou, no Museu do Fado, um álbum intitulado À Noite, que reúne textos inéditos de Nuno Júdice, Fernando Pinto do Amaral, Maria do Rosário Pedreira, Júlio Pomar, Luís Represas, José Luís Tinoco e José Manuel Mendes, para as músicas de fados tradicionais da autoria de Armandinho, Joaquim Campos e Alfredo Marceneiro.
Em 2010, junta-se ao pianista e compositor Bernardo Sassetti para fazer o álbum Carlos do Carmo & Bernardo Sassetti, onde recria canções marcantes de outros intérpretes, entre elas Cantigas do Maio (Zeca Afonso), Lisboa que amanhece (Sérgio Godinho), Porto sentido (Rui Veloso), Foi por ela (Fausto Bordalo Dias), Quand On N'a Que L'Amour (Jacques Brel) ou Gracias a la vida (Violeta Parra).
Desde o início da década de 2000, numa relação próxima com as novas gerações do Fado, promove atuações conjuntas com novos fadistas. É o caso de Mariza; Gala de Fado do Casino Estoril, a 8 de junho de 2004, por exemplo, ou Camané; concerto de encerramento das Festas de Lisboa, nos jardins da Torre de Belém, em 2006, por exemplo.
Essas ligações seriam reforçadas com a edição, em 2014, do álbum Fado é amor, apresentado nesse ano no Coliseu dos Recreios, onde o fadista apresenta temas gravados com Camané, Mariza, Ana Moura, Aldina Duarte, Cristina Branco, Mafalda Arnauth, Ricardo Ribeiro, Marco Rodrigues, Raquel Tavares e Carminho.
Anunciou em 7 de fevereiro de 2019 o fim de atuação em palcos. Os seus últimos concertos foram a 12 de outubro no Theatro Circo, a 2 de novembro no Coliseu do Porto e a 9 de novembro no Coliseu dos Recreios.

Prémios e distinções
Foi, por duas vezes, agraciado pela Presidência da República com graus honoríficos — no final da década de 90, mais precisamente, a 4 de setembro de 1997, o Presidente Jorge Sampaio atribuiu-lhe o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique. Posteriormente, a 28 de novembro de 2016, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa fê-lo Grande-Oficial da Ordem do Mérito, distinção que lhe foi entregue em cerimónia realizada a 3 de dezembro de 2016.
Recebeu diversos outros prémios, atribuídos pelos seus álbuns ou pela sua carreira - em 1991, a Casa da Imprensa, entrega-lhe o prémio Prestígio, no âmbito da Grande Noite do Fado. Em 1998, a SIC e a revista Caras atribui-lhe o Globo de Ouro de Excelência e Mérito; uma distinção que antes tinha sido atribuída a Mário Soares, David Mourão-Ferreira ou Ruy de Carvalho. Já em 2002, o álbum Nove Fados e Uma Canção de Amor, valeu-lhe um Globo na categoria de Melhor Disco do Ano.
Em 2003, recebeu o Prémio José Afonso, atribuído pela Câmara Municipal da Amadora, na sequência do qual foi publicado o livro Carlos do Carmo, do Fado e do Mundo, uma entrevista biográfica realizada por Viriato Teles.
Em 2004, o então Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Pedro Santana Lopes, atribuiu-lhe a Medalha de Mérito Municipal, de grau ouro, o mais elevado.

Em 2008, recebeu em Espanha, em conjunto com o poeta Fernando Pinto do Amaral, o prestigiado Prémio Goya, na categoria de Melhor Canção Original, com o Fado da Saudade. A canção faz parte da banda sonora do filme Fados, que concorria à edição de 2008 daqueles que são considerados os óscares espanhóis. No entanto, foram levantadas dúvidas sobre a verdadeira autoria deste fado.

Em 2014, torna-se, a par da soprano Elisabete Matos, no segundo artista português a ganhar um Grammy, obtido na categoria Lifetime Achievement, entregue apenas aos artistas pelo conjunto da obra que produziram ao longo da sua carreira e não devido ao êxito que lograram com determinada canção ou álbum. No mesmo ano, a 19 de novembro, o fadista recebe o Grammy Latino de Carreira, no Hollywood MGM de Las Vegas.
Na sequência do prémio volta a ser homenageado pela Câmara Municipal de Lisboa, que lhe outorga, pela mão de António Costa, uma nova Medalha de Mérito Municipal.
Também a Rádio Comercial lhe prestou uma singular homenagem, ao produzir um vídeo onde 35 cantores portugueses de diferentes gerações cantam Lisboa Menina e Moça, entre eles Paulo de Carvalho, Jorge Palma, Rui Reininho, Camané, Mariza, Ana Moura, Tiago Bettencourt ou David Fonseca.
  
   

sexta-feira, dezembro 20, 2019

Pedro Abrunhosa - 59 anos

  
Pedro Machado Abrunhosa, mais conhecido por Pedro Abrunhosa (, Porto, 20 de dezembro de 1960), é um cantor e compositor português.
  
   
   

Bobby Darin morreu há 46 anos

Bobby Darin, nascido Walden Robert Cassotto (Harlem, Nova Iorque, 14 de maio de 1936 - Los Angeles, 20 de dezembro de 1973) foi um cantor e ator norte-americano.
  
  

Camané - 52 anos

Carlos Manuel Moutinho Paiva dos Santos, conhecido por Camané (Oeiras, 20 de dezembro de 1967), é um fadista português, irmão mais velho dos também fadistas Hélder Moutinho e Pedro Moutinho.
  
    


Carl Sagan morreu há vinte e três anos

Carl Edward Sagan (Nova Iorque, 9 de novembro de 1934 - Seattle, 20 de dezembro de 1996) foi um cientista, astrobiólogo, astrónomo, astrofísico, cosmólogo, escritor e divulgador científico norte-americano. Sagan é autor de mais de 600 publicações científicas, e também autor de mais de 20 livros de ciência e ficção científica. Foi durante a vida um grande defensor do ceticismo e do uso do método científico, promoveu a busca por inteligência extraterrestre através do projeto SETI e instituiu o envio de mensagens a bordo de sondas espaciais, destinados a informar possíveis civilizações extraterrestres sobre a existência humana. Mediante as suas observações da atmosfera de Vénus, foi um dos primeiros cientistas a estudar o efeito de estufa à escala planetária. Também fundou a organização não-governamental Sociedade Planetária (TPS) e foi pioneiro no ramo da ciência da exobiologia.
   

Macau passou para a soberania chinesa há vinte anos

  
Macau é uma das regiões administrativas especiais da República Popular da China desde 20 de dezembro de 1999, sendo a outra Hong Kong. Antes desta data, Macau foi colonizada e administrada por Portugal durante mais de 400 anos e é considerada o primeiro entreposto, bem como a última colónia europeia na Ásia.
  
  
in Wikipédia

(imagem daqui)