O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
O projeto para a construção das duas sondas, Pioneer 10 e Pioneer 11, foi aprovado em 1969. Cedendo a múltiplas propostas durante a década de 60, os objetivos iniciais da missão foram definidos:
Explorar o meio interplanetário para além da órbita de Marte.
Investigar a natureza da cintura de asteroides do ponto de vista científico e avaliar eventuais perigos a correr em missões para os planetas exteriores.
Explorar o ambiente de Júpiter.
Após o planeamento do encontro com Saturno, muitos outros objetivos foram acrescentados:
Mapear o campo magnético de Saturno, sua intensidade, direção e estrutura.
Determinar como muitos eletrões e protões de várias energias são
distribuídas ao longo da trajetória da nave através do sistema de
Saturno.
Mapear a interação do vento solar com o sistema de Saturno.
Medir a temperatura da atmosfera de Saturno e Titã, a grande lua de Saturno.
Mapear a estrutura térmica da atmosfera de Saturno através de
observações no infravermelho acoplada com rádio de ocultação de dados.
Obter e digitalizar as imagens do sistema de Saturno em duas cores e
durante a sequência de medidas de polarimetria no encontro com o
planeta.
Sondar o sistema de anéis e atmosfera de Saturno com ondas de rádio na banda S.
Determinar com maior precisão a massa de Saturno e seus satélites
maiores por observações precisas dos efeitos de seus campos
gravitacionais sobre o movimento da nave espacial.
Como um precursor para a missão Marineer Júpiter/Saturno,
verificar o ambiente do plano do anel para descobrir onde ele pode ser
seguramente cruzado pela sonda Marineer sem graves danos.
Muitos elementos e a experiência com as sondas Pioneer 11 e 10 provou ser fundamental para as sondas Voyager 1 e Voyager 2, que obtiveram bastante sucesso nos seus objetivos e missões.
Design e estrutura
Placa Pioneer
Uma placa de ouro-alumínio foi anexada na Pioneer 11 e outra na sua sonda irmã Pioneer 10,
foram criadas no caso de uma forma de vida inteligente de outros
lugares do universo conseguirem achar ou intercetar a sonda, a placa
mostra dois humanos, um masculino e outro feminino, alem de símbolos que
mostram a localização da origem da nave, a Terra.
Controle de altitude e propulsão
A nave tinha seis propulsores de 4,5 newtons cada, eles utilizavam
hidrazina, a referência para a Terra era a estrela Canopus e dois
sensores solares.
Comunicação
A sonda espacial incluía um sistema redundante de transceptores, um ligado à antena de alto ganho, o outro para uma antena omni e uma antena de médio prazo. Cada transmissor tinha 8 watts e transmite dados em toda a banda S com 2110 MHz para o uplink da Terra e 2292 MHz para downlink para a Terra, com a Deep Space Network
a rastrear o sinal. Antes da transmissão de dados, utilizou um
codificador convolucional, uma forma de correção de erro, para evitar o
envio de dados corrompidos.
Energia elétrica
A energia para a sonda provinha de quatro RTGs SNAP-19 que estavam
posicionadas a três metros por uma antena, no lançamento a nave recolhia
155 Watts dos RTGs, quando chegou a Júpiter a potência era de 140
watts, eram necessários 100 watts para que a sonda funcionasse
corretamente.
Computador
Grande parte do cálculo para a missão na Terra foi realizada e
transmitida para a sonda, onde foi capaz de reter na memória, até cinco
comandos dos 222 possíveis entradas pelos controladores de terra. A
sonda inclui dois descodificadores de comando e uma unidade de
distribuição de comando, uma forma muito limitada de processador, para
operações diretas na nave espacial. Este sistema exige que os
operadores da missão preparem os comandos muito antes de transmiti-los
para a sonda. Uma unidade de armazenamento de dados foi incluído para
gravar até 6144 bytes
de informações recolhidas pelos instrumentos. A unidade de telemetria
digital seria então usada para preparar os dados coletados num dos
possíveis formatos dos treze antes de transmiti-lo de volta à Terra.
Em cerca de 14.000 anos ou mais, a sonda ultrapassará os limites da Nuvem de Oort, caso não aconteça nenhum dano físico que a comprometa, libertando-se definitivamente da influência solar.
Foto de Saturno feita pela Pioneer 11 a 26/08/1979
A Psyche ligou o seu motor revolucionário — e apontou ao asteroide que nos faria ricos
A nave espacial Psyche encontra-se a mais de 300 milhões de
quilómetros de distância e move-se a uma velocidade de 37 quilómetros
por segundo, em relação à Terra.
Em outubro de 2023, a NASA lançou a missão Psyche, a 14ª do seu Discovery Program, para uma viagem de 450 milhões de quilómetros até ao louco asteroide metálico Psyche 16.
Este asteroide peculiar com mais e mais de 250 quilómetros de diâmetro é composto por metais pesados cujo valor se estima em 700 triliões de dólares, o equivalente a 615 triliões de euros, o que significa que poderia converter todos os habitantes da Terra em multimilionários.
Em maio do ano passado, sete meses após o lançamento, a nave da agência espacial norte-americana ligou finalmente o seu motor de iões,
o revolucionário e incrivelmente eficiente sistema de propulsão
elétrica alimentado a energia solar que vai levar a sonda para além da
órbita de Marte.
A nave dispõe de um espetrómetro de raios gama e de neutrões, de um imageador multiespectral, de um magnetómetro, de um sistema de telecomunicações por rádio de banda X e de um instrumento de comunicação por laser denominado “Deep Space Optical Communications System” (DSOCS).
A nave espacial vai chegar ao asteroide metálico em 2029 com o objetivo de fazer observações e recolher dados científicos para compreender a formação de planetas rochosos com núcleos metálicos.
Por sua vez, antes de alcançar esta meta, a Psyche vai entrar em modo de voo cruzeiro, para que os seus propulsores elétricos assumam o controlo e impulsionem a sonda para a cintura de asteroides.
Desta forma, a nave espacial irá conseguir atingir velocidades até 200.000 quilómetros por hora para se mover através do Sistema Solar.
Além disso, recorda o Ciencia Plus, vai desligar os propulsores à medida que se aproxima de Marte, utilizando a gravidade do planeta para se lançar para o exterior.
No final de abril do ano passado, a NASA conseguiu estabelecer uma comunicação ótica, via laser, com a missão Psyche a 226 milhões de quilómetros, uma vez e meia a distância entre a Terra e o Sol.
Esta proeza significa que DSOCS interagiu pela primeira vez com o sistema de comunicações da nave Psyche, emitindo dados para a Terra.
Além disto, permitiu também perceber como é que as naves espaciais poderão utilizar esta tecnologia no futuro de modo a permitir comunicações com maior recolha de dados de informação científica.
“Até agora, temos estado a ligar e a verificar os equipamentos
necessários para completar a missão, e podemos afirmar que estão a
funcionar perfeitamente”, afirma o gestor do projeto Psyche, Henry Stone em comunicado.
“Agora estamos ansiosos pelo próximo sobrevoo de Marte”, conclui Stone.
A Mariner 10 foi uma sonda planetária integrada no Programa Mariner desenvolvido pelos Estados Unidos durante as décadas de 60 e 70. Foi a primeira sonda a utilizar a técnica de aceleração gravítica de um corpo celeste para auxílio à navegação (neste caso, utilizou a massa de Vénus para conseguir atingir Mercúrio). Foi também a primeira sonda a visitar dois planetas distintos (Vénus e Mercúrio).
Até à chegada da sonda MESSENGER a Mercúrio, a 18 de março de 2011, a Mariner 10 era a única sonda a ter visitado o planeta Mercúrio.
Foi a última missão do Programa Mariner sendo que as duas missões seguintes tiveram a sua designação alterada para Voyager.
A Missão
A Mariner 10 tinha como missão primária o estudo dos planetas Mercúrio e Vénus, em relação às suas características físicas, atmosféricas e ambientais. Estava também previsto o estudo do meio interplanetário e a avaliação de técnicas para o deslocamento nesse meio. Esta sonda foi lançada na sua missão através de um foguete Atlas-Centauro, a 3 de novembro de 1973.
Após o lançamento, a sonda foi colocada numa órbita em torno do Sol
e numa trajetória em direção a Vénus. Foram, entretanto, detetadas
algumas falhas em sistemas a bordo da sonda, nomeadamente com os
sistemas de análise de electrostática e com o sistema de aquecimento das câmaras de observação. Durante a trajetória,
um conjunto de outros problemas apresentaram-se aos controladores da
missão, com especial relevância para o funcionamento irregular da antena
de alto ganho, a câmara de navegação e o computador de comando da sonda.
A 5 de fevereiro de 1974, a Mariner 10 cruza a órbita do planeta Vénus, a uma altitude
de 5.768 km, transmitindo para a Terra as primeiras imagens detalhadas
da espessa atmosfera venusiana. A alteração da trajetória provocada
por Vénus (provocada pela redução da velocidade da sonda) coloca a
Mariner 10 na direção de Mercúrio.
A sonda cruza a órbita de Mercúrio a 29 de março
de 1974, a uma altitude de 704 km. Nesta primeira passagem,
obtiveram-se as primeiras (poucas) imagens de Mercúrio e alterou-se a
trajetória por forma a permitir mais 2 passagens adicionais - a 21 de setembro do mesmo ano, a uma altitude de 48.000 km, e a 16 de março
de 1975, a uma altitude de 327 km. Na segunda e terceira passagens,
obtiveram-se um conjunto de imagens detalhadas da superfície mas que,
devido à forma da órbita, apenas permitiram a observação de pouco menos
de metade da superfície total.
A missão manteve-se operacional até 24 de março de 1975, quando o controlo sobre os sistemas foi perdido. Hoje, a Mariner 10 permanece inativa numa órbita em torno do Sol.
Painel de fotografias de Mercúrio, 6 horas antes da primeira passagem junto ao planeta
A Sonda
A sonda Mariner 10, era constituída por um chassis octogonal com uma diagonal de 1,39 m. Ligados à estrutura, dois painéis solares com uma área de 2,5 m² forneciam toda a energia
necessária à manutenção dos sistemas e dos instrumentos. Também
conectado à estrutura octogonal, um braço de 5,8 m que suportava um magnetómetro. No topo da estrutura estava situada a antena, com 1,53 m de diâmetro e com um motor de direcionamento. A transmissão era realizada através das bandas S e X com um débito máximo de 117,6 kilobits por segundo. A propulsão era realizada através de um propulsor com 222 N de potência acoplado a um tanque esférico do combustível localizado no centro da estrutura. O peso total da sonda, no lançamento, era de 503 kg.
Venera 13 and 14 were identical spacecraft built to take advantage of
the 1981 Venus launch opportunity and launched 5 days apart, Venera 13
on 30 October 1981 at 06:04:00 UTC and Venera 14 on 4 November 1981 at 05:31:00 UTC, both with an on-orbit dry mass of 760 kg.
(...)
After launch and a four-month cruise to Venus the descent vehicle
separated from the cruise stage and plunged into the Venusian atmosphere
on 1 March 1982. After entering the atmosphere a parachute was
deployed. At an altitude of about 50 km the parachute was released and
simple airbraking was used the rest of the way to the surface.
Venera 13 landed at 7.5°S 303°E, about 950 km northeast of Venera 14, just east of the eastern extension of an elevated region known as Phoebe Regio.
The lander had cameras to take pictures of the ground and spring-loaded
arms to measure the compressibility of the soil. The quartz camera
windows were covered by lens caps which popped off after descent.
The area was composed of bedrock outcrops surrounded by dark,
fine-grained soil. After landing, an imaging panorama was started and a
mechanical drilling arm reached to the surface and obtained a sample,
which was deposited in a hermetically sealed chamber, maintained at 30
°C and a pressure of about 0.05 atmosphere (5 kPa). The composition of
the sample determined by the X-ray fluorescence spectrometer put it in
the class of weakly differentiated melanocratic alkalinegabbroids.
The lander functioned for 127 minutes (the planned design life was 32
minutes) in an environment with a temperature of 457 °C (855 °F) and a
pressure of 89 Earth atmospheres (9.0 MPa). The descent vehicle
transmitted data to the satellite, which acted as a data relay as it
flew by Venus.
Luna 20 foi a designação da segunda missão robótica bem sucedida, conduzida pela União Soviética, com o objetivo de pousar na Lua e regressar com uma amostra do solo lunar para a Terra. O foguetão usado nessa missão era do tipo E-8-5.
O foguetão consistia de duas partes interligadas: um de descida e um de
subida montada sobre o primeira. Aparte de descida era um
cilindro montado sobre um conjunto de tanques esféricos com quatro
"pernas", um motor principal e jatos auxiliares para atuar durante a
descida diminuindo a velocidade. O estágio de subida, era um cilindro
menor com o topo arredondado. Ele carregava um recipiente hermeticamente
fechado para a amostra de solo dentro de uma cápsula de reentrada esférica.
O lançamento da Luna 20, ocorreu a 14 de fevereiro de 1972 as 03:27:59 UTC, através de um foguete Proton-K, a partir da plataforma 81/24 do Cosmódromo de Baikonur que a levou a uma órbita de espera intermediária e em seguida impulsionada em direção à Lua.
Percurso e órbita
Depois
de quatro dias e meio de voo em direção à Lua, que incluíram uma única
manobra de correção de curso, realizada em 15 de fevereiro, a Luna 20
entrou em órbita circular a 100 km da superfície da Lua com 65° de
inclinação, em 18 de fevereiro de 1972. Nessa órbita foram efetuados
estudos sobre a gravidade lunar.
Pouso
Três dias
depois de entrar em órbita, em 21 de fevereiro, às 19:13:00 UTC, a sonda
disparou o seu foguete principal 267 segundos, para iniciar a
descida para a superfície lunar. Um segundo disparo diminuiu a
velocidade antes que a Luna 20 pousasse com sucesso na Lua, às 19:19:00
UTC de 21 de fevereiro de 1972, a 3°32' de latitude Norte e 56°33' de
longitude Leste, numa região montanhosa conhecida como Terra Apollonius (ou serra Apollonius) próxima do Mare Fecunditatis (Mar da Fertilidade), a apenas 1,8 km do local de queda da Luna 18.
Recolha
Alguns minutos depois do pouso a sonda começou a transmitir imagens da
superfície lunar. Uma broca automatizada perfurou alguns centímetros do
solo lunar recolhendo amostras no seu interior. Em seguida suspendeu o
recipiente com as amostras, depositando-o no interior da cápsula de
reentrada esférica localizada no módulo de subida, no topo da sonda.
Regresso
Finalmente, depois de pouco menos de 28 horas na superfície lunar, o
módulo de subida foi acionado partindo da Lua em direção à Terra, às
22:58:00 UTC de 22 de fevereiro de 1972. Três dias depois, sem
necessidade de correção de voo, numa trajetória direta, a cápsula, com
55 gramas de amostra de solo lunar, reentrou na atmosfera terrestre. O
paraquedas foi acionado e a cápsula aterrou a 40 km a norte da cidade de
Dzhezkazgan, no Kazaquistão, às 19:19 UTC de 25 de fevereiro de 1972.
O Explorer 9 ou (S-56A), foi um satélite de pesquisas terrestres, de origem norte americana, lançado pela NASA usando um foguete Scout (ST-4), com o objetivo de se estudar a densidade e a composição da termosfera superior e da exosfera inferior.
Esta missão, foi uma reedição da S-56 (Scout ST-3), que falhou anteriormente, e consistia de um balão de 7 kg, especialmente projetado, com uma série de sensores externos, que foi colocado numa órbita terrestre média.
O Explorer 9 foi lançado em 16 de fevereiro de 1961, através de um foguetão Scout X-1 (ST-4).
Réplica da Luna 9 em exibição no Museu do Ar e do Espaço de Paris, Le Bourget
A Luna 9, também conhecida como Luna E-6M No.1, foi a designação de uma sonda soviética do Programa Luna usando a plataforma E-6M, com o objetivo de efetuar uma alunagem suave na Lua.
Depois de um lançamento bem sucedido, em 31 de janeiro de 1966,
ela efetuou as correções de voo necessárias, acionou os retrofoguetes
conforme o planeado e tornou-se a primeira nave espacial a efetuar uma alunagem suave na superfície da Lua, a 3 de fevereiro de 1966.
A sonda
A nave espacial era baseada na plataforma E-6M, uma versão melhorada e reforçada (desenvolvida pelo escritório Lavochkin), em relação à anterior. Pesando 1.583 kg no total, o módulo de aterragem
possuía uma esfera de aço no topo, pesando 99 kg. Essa esfera era
recoberta por bolsas infláveis pouco antes do pouso e libertada a cerca
de cinco metros de altura, momentos antes de o módulo de aterragem/alunagem tocar
o solo. Essa esfera, hermeticamente fechada, possuía no seu interior
equipamento de rádio comunicação, dispositivos temporizadores, sistema
de controle de temperatura, instrumentos científicos e um
sistema de transmissão de imagens de televisão.
Depois disso, a sonda iniciou um processo de rotação sobre o
próprio eixo a 0.67 rpm, usando jatos de azoto. Em 1 de fevereiro, às
19.29 horas UTC, uma correção de curso foi efetuada, envolvendo o
acionamento de um dos motores durante 48 segundos.
Descida e alunagem
A uma distância de 8.300 km da Lua, a sonda foi orientada para acionar os seus retrofoguetes e a sua rotação parou, para preparação para o pouso. A 25 km da superfície lunar, o radioaltímetro
comandou o abandono dos módulos laterais, o enchimento das bolsas de
ar, e um novo acionamento dos retrofoguetes. A 250 m da superfície, o
retrofoguete principal foi desligado e os quatro retrofoguetes
auxiliares foram usados para diminuir a velocidade. A aproximadamente 5 m
acima da superfície lunar, um sensor de contacto tocou o solo e comandou
o desligar dos motores e a ejeção da cápsula de pouso. A nave
"pousou" a 22 km/h de velocidade.
A esfera de pouso, bateu e rolou algumas vezes antes de parar a oeste das crateras Reiner e Marius, num lugar com as coordenadas aproximadas de 7.08 N, 64.37 W, da região conhecida como Oceanus Procellarum (Oceano das Tormentas, em português), às 18.45.30 UTC do dia 3 de fevereiro de 1966, 3 dias, 8 horas, 3 minutos e 15 segundos após o seu lançamento.
A Luna 9, foi o primeiro objeto feito pelo homem a pousar num outro corpo celeste. Foi a décima segunda tentativa da União Soviética em efetuar um pouso suave na Lua; também foi a primeira sonda espacial bem sucedida produzida pelo escritório de projetos Lavochkin, que passou a ser o responsável por praticamente todas as sondas lunares e interplanetárias soviéticas (depois russas).
Todas as operações antes da alunagem, correram sem falhas.
Aproximadamente cinco minutos depois do alunagem, a Luna 9 começou a
transmitir dados para a Terra, mas somente depois de 7 horas, quando o
Sol atingiu 7° de elevação, a sonda começou a enviar a primeira de nove
imagens (incluindo cinco panorâmicas) da superfície da Lua. Essas foram
as primeiras imagens transmitidas da superfície de um outro corpo
celeste.
Operação na superfície
Aproximadamente 250 segundos depois do pouso, as quatro "pétalas" que
cobriam a parte superior da sonda esférica abriram e estabilizaram-na
na superfície lunar. As antenas assumiram sua posições operacionais e o
sistema de espelhos rotativos da câmara de televisão iniciaram o
varrimento do ambiente lunar. Sete sessões de rádio, totalizando 8 horas e
5 minutos, foram transmitidas, assim como três séries de imagens de TV.
Depois de editadas, as fotografias forneceram uma visão panorâmica da
superfície lunar nas vizinhanças do local de pouso, incluindo rochas e o
horizonte, a cerca de 1,4 km.
As imagens da Luna 9, não foram mostradas imediatamente pelas autoridades soviéticas. No meio tempo, os cientistas do observatório Jodrell Bank, na Inglaterra, que estava monitorizando a nave espacial, notaram que o formato
dos sinais utilizados por ela era o mesmo usado internacionalmente
pelos jornais da época para transmitir fotografias. O Daily Express
apressou-se a obter um recetor para o observatório, e as fotografias
da Luna 9 foram descodificadas e publicadas em todo o Mundo. A BBC News
especulou que os projetistas da nave deliberadamente equiparam a
sonda com equipamentos de acordo com o padrão comercial da época, para
permitir a receção das imagens pelo observatório Jodrell Bank.
O detetor de radiação, o único instrumento a bordo, mediu uma dosagem de 30 milirads (0,3 miligrays), por dia. A missão também constatou que um foguetão não iria afundar no solo lunar; que o solo podia suportar um módulo de aterragem pesado. A última transmissão da sonda foi recebida no dia 6 de fevereiro de 1966, às 22.55 horas UTC, quando se perdeu contacto com a superfície lunar.
O principal objetivo desta missão era caracterizar globalmente a geologia e a morfologia de Plutão e as suas luas, além de mapear as suas superfícies. Também ia procurar estudar a atmosfera de Plutão e a sua taxa de fuga.
Outros objetivos secundários incluíam o estudo das variações da
superfície e da atmosfera de Plutão e de Caronte ao longo do tempo.
Foram obtidas imagens de alta-definição de determinadas áreas dos dois
corpos celestes, para caracterizar a sua atmosfera superior, a ionosfera, as partículas energéticas do meio ambiente e a sua interação com o vento solar. Além disso, a sonda vai procurou determinar a existência de alguma atmosfera
em torno de Caronte e caracterizar a ação das partículas energéticas
entre Plutão e Caronte. Também ia procurar por satélites ainda não
descobertos e por possíveis anéis que envolvam o planeta-anão e o seu
satélite, antes de ser direcionado para a Cintura de Kuiper e de lá
para o espaço interestelar.
Lançada a 19 de janeiro de 2006, diretamente numa trajetória de escape Terra-Sol com uma velocidade relativa de 16,26 km/s ou 58.536 km/h e usando uma combinação de foguete monopropulsor e assistência gravitacional, ela sobrevoou a órbita de Marte a 7 de abril de 2006, a de Júpiter a 28 de fevereiro de 2007, a de Saturno a 8 de junho de 2008 e a de Úrano a 18 de março de 2011, a caminho da órbita de Netuno, que cruzou a 25 de agosto de 2014, na sua jornada até Plutão.
Em dezembro de 2014, a nave encontrava-se a uma distância de 31,96 AU da Terra
(4.781.148 000 km ou 4,26 horas-luz, o tempo que os sinais de rádio
enviados da Terra demoram para chegar à sonda) e a 1,74 UA
(260.300.000 km) de Plutão, com a frente virada para a Constelação de Sagitário, após sair do seu estado final de "hibernação" eletrónica às 01:53 UTC de 7 de dezembro.
Desde o seu lançamento em 2006, a sonda passou 1.873 dias hibernando
no espaço, com a quase totalidade dos seus equipamentos desligados, 2/3
do tempo total da sua jornada, divididos por 18 períodos diferentes de
"hibernação" com duração variada entre 36 e 202 dias contínuos. Este
período de desligamento foi o último antes da chegada ao planeta-anão.
As primeiras observações de Plutão, mesmo que ainda à distância,
iniciaram-se a 15 de janeiro de 2015.
A sonda sobrevoou Plutão a 14 de julho de 2015, após nove anos e meio
de viagem interplanetária, alcançando o seu ponto mais próximo da
superfície do planeta, cerca de 12.500 km de distância, às 12.49 horas
UTC, a uma velocidade de 45.000 km/h.
Os cientistas esperam que ela se torne a quinta sonda interestelar já construída pelo Homem – após deixar o Sistema Solar em direção à heliosfera – e o segundo objeto artificial mais veloz da história de exploração espacial.
Stardust é a primeira missão norte-americana, dedicada única e exclusivamente para explorar um cometa com a finalidade de trazer material extraterrestre, para lá da órbita da Lua.
A Stardust aproximou-se de Wild 2 em 2 de janeiro de 2004,
após uma viagem de quatro anos pelo espaço. Durante esta aproximação
ele recolheu amostras de poeira do cometa e obteve fotos detalhadas do
seu núcleo gelado.
Adicionalmente a sonda Stardust devia trazer amostras de poeira interestelar que foi recentemente descoberta passando pelo Sistema Solar e se dirige para a constelação de Sagitário.
A sonda Stardust regressou, a 15 de janeiro de 2006, à Terra, para entregar as amostras do material proveniente do cometa dentro de uma cápsula.
A missão
Acredita-se
que o material recolhido pela sonda era antigo, de época anterior à
existência do Sistema Solar e que também seja formado de grãos e de
nuvens de poeira remanescentes da época da formação do Sistema Solar.
Para encontrar com o cometa Wild 2, a sonda teve que fazer
três voltas em torno do Sol. Na segunda volta ocorreu a trajetória de
interseção com o cometa. Durante este encontro, a sonda Stardust
realizou uma série de tarefas como a contar o número de partículas com o
instrumento científico denominado de Dust Flux Monitor (DFM) e em tempo real, analisar a composição destas partículas e substâncias voláteis pelo Comet and Interstellar Dust Analyzer (CIDA).
Utilizando uma substância denominada de Aerogel,
a sonda Stardust consegue capturar e armazenar em segurança amostras do
cometa, na sua longa jornada de volta para a Terra. Ela é constituída
de silício, material que foi construído junto com a grade do coletor de aerogel, que é similar a uma grande raquete de ténis.
Estava previsto que em janeiro de 2006 a Stardust devia regressar e entregar a cápsula com as amostras dentro de um paraquedas, pesando aproximadamente 57 quilogramas.
Stardust foi a quarta missão da NASA do Programa Discovery,
programa este que consiste na construção de pequenas naves espaciais de
pesquisa espacial, que levem no máximo 36 meses para ficarem prontas e
que custem menos de US$ 190 milhões de dólares em desenvolvimento e que o custo total da missão, seja inferior a US$ 299 milhões de dólares.
Este é um programa de pesquisa espacial visa a obter dados
científicos relevantes em missões de baixo custo, onde se emprega
tecnologia de ponta, e cujas missões possam ser levadas adiante em um
curto espaço de tempo.
Sucesso no retorno da cápsula
Em 15 de janeiro de 2006
a sonda Stardust teve sucesso regressou e, ao chegar à atmosfera terrestre, a
cápsula contendo amostras do cometa e de poeira estelar, foi recolhida.
A cápsula de 45 kg pousou às 3 horas e 10 minutos, hora local, no deserto do Estado de Utah, no noroeste dos Estados Unidos.
Quando a cápsula se encontrava a 105.000 pés, um pequeno pára-quedas
se abriu e estabilizou a cápsula. Quando foi atingido a altitude de
10.000 pés, o pára-quedas principal abriu e permitiu um pouso suave
no deserto. Devido à escuridão da noite foram utilizados câmarasinfravermelhas para monitorizar a descida da cápsula.
Surveyor 7 was the seventh and last lunar lander of the American unmanned Surveyor program sent to explore the surface of the Moon. A total of 21,091 pictures were transmitted to Earth.
Surveyor 7 was the fifth and final spacecraft of the Surveyor series to achieve a lunar soft landing.
The objectives for this mission were to perform a lunar soft landing
(in an area well removed from the maria to provide a type of terrain
photography and lunar sample significantly different from those of other
Surveyor missions); obtain postlanding TV pictures; determine the
relative abundances of chemical elements; manipulate the lunar material;
obtain touchdown dynamics data; and obtain thermal and radar
reflectivity data. This spacecraft was similar in design to the previous
Surveyors, but it carried more scientific equipment including a
television camera with polarizing filters, a surface sampler, bar
magnets on two footpads, two horseshoe magnets on the surface scoop, and
auxiliary mirrors. Of the auxiliary mirrors, three were used to
observe areas below the spacecraft, one to provide stereoscopic views
of the surface sampler area, and seven to show lunar material deposited
on the spacecraft. The spacecraft landed on the lunar surface on January 10, 1968, on the outer rim of the crater Tycho.
Operations of the spacecraft began shortly after the soft landing and
were terminated on January 26, 1968, 80 hours after sunset. On January
20, while the craft was still in daylight, the TV camera clearly saw
two laser beams aimed at it from the night side of the crescent Earth,
one from Kitt Peak National Observatory, Tucson, Arizona, and the other
at Table Mountain at Wrightwood, California.
Operations on the second lunar day occurred from February 12 to 21,
1968. The mission objectives were fully satisfied by the spacecraft
operations. Battery damage was suffered during the first lunar night and
transmission contact was subsequently sporadic. Contact with Surveyor 7
was lost on February 21, 1968.
It was planned to be visited by the cancelled Apollo 20 mission,
however Skylab and subsequent budget cuts stopped this from happening.
Photomosaic of a panorama taken by Surveyor 7 of its landing site
Surveyor 7 was the first probe to detect the faint glow on the lunar
horizon after dark that is now thought to be light reflected from
electrostatically levitated moon dust.
Lunar Prospector was the third mission selected by NASA for full development and construction as part of the Discovery Program. At a cost of $62.8 million, the 19-month mission was designed for a low polar orbit investigation of the Moon, including mapping of surface composition including polar ice deposits, measurements of magnetic and gravity
fields, and study of lunar outgassing events. The mission ended July
31, 1999, when the orbiter was deliberately crashed into a crater near the lunar south pole after the presence of water ice was successfully detected.
Data from the mission allowed the construction of a detailed map of
the surface composition of the Moon, and helped to improve understanding
of the origin, evolution, current state, and resources of the Moon.
Several articles on the scientific results were published in the journal
Science.
Lunar Prospector was managed by NASA Ames Research Center with the prime contractor Lockheed Martin. The Principal Investigator for the mission was Alan Binder. His personal account of the mission, Lunar Prospector: Against all Odds, is highly critical of the bureaucracy of NASA overall, and of its contractors.
Luna 1 (E-1 No.4), também conhecido em russo como Мечта ou "Sonho", foi a primeira sonda bem sucedida do Programa Luna (um projeto soviético). A sua missão, lançada em 2 de janeiro de 1959, foi a primeira a chegar perto da superfície da Lua, a cerca de 6.000 km, com sucesso, enviando para a Terra muitas fotografias.
Missão
Enquanto viajava fora do cinturão de radiação Van Allen, o cintilador da sonda detetou um pequeno número de partículas subatómicas
fora do cinturão. Além disso, foram feitas outras descobertas sobre o
cinturão de radiação e o espaço exterior. Não foi detetado nenhum campo
magnético na Lua. Foram efetuadas as primeiras observações e medições
dos ventos solares, que é um grande fluxo de plasma ionizado
emanado do Sol que se espalha pelo espaço interplanetário. Essa
concentração de plasma ionizado, foi medida, e ficou em torno de 700
partículas por cm3 à distância de 20 a 25 mil km e cerca de 300 a 400 partículas por cm3 à distância de 100 a 150 mil km. Essa sonda também executou a primeira comunicação de rádio a uma distância de 500.000 km da Terra.
Um mau funcionamento no sistema de controle em Terra causou um
erro no tempo de ignição do foguete, e a sonda errou o seu alvo,
passando a 5.900 km da Lua no ponto de maior aproximação. Depois disso, a
Luna 1 tornou-se o primeiro objeto feito pelo homem a entrar em órbita heliocêntrica e foi considerado um "novo planeta", sendo rebatizado para Mechta ("Sonho").
A sua órbita ficou entre a da Terra e a de Marte. O nome "Luna-1" foi
aplicado, de forma retroativa, anos mais tarde. O nome "Luna-1" é também
considerado como "primeiro foguetão cósmico", em referência ao facto de
ter atingido a velocidade de escape da Terra.
Stardust foi a primeira missão norte-americana dedicada, única e exclusivamente, a explorar um cometa e com a finalidade de trazer material extraterrestre para lá da órbita da Lua.
A Stardust aproximou-se do cometa Wild 2 no dia 2 de janeiro de 2004,
após uma viagem de quatro anos pelo espaço. Durante esta aproximação
recolheu amostras de poeira do cometa e obteve fotos detalhadas do
seu núcleo gelado.
Adicionalmente a sonda Stardust tentaria trazer amostras de poeira interestelar.
A sonda Stardust chegou, a 15 de janeiro de 2006, à Terra, com as amostras do material proveniente do cometa, dentro de uma cápsula.
A Parker Solar Probe (inicialmente denominada Solar Probe', Solar Probe Plus, ou Solar Probe+) é uma sonda espacial desenvolvida pela NASA cujo objetivo é orbitar o Sol, passando através de sua corona.
Ao longo das suas órbitas, ela se aproxima gradativamente da
estrela até chegar a 8,86 raios solares (cerca de 6,2 milhões de quilómetros) da sua fotosfera.
Ao atingir o ápice de sua aproximação solar, em 24 de dezembro de 2024,
alcançou uma velocidade superior a 700.000 km/h, o que lhe concedeu o
título de objeto mais veloz já lançado pelo homem até a citada data.
(...)
Objetivos das pesquisas
Os
resultados das pesquisas empreendidas pela Parker possibilitarão
aquisição de novos conhecimentos e melhoria do entendimento sobre
aspetos importantes relacionados à dinâmica das atividades solares. A
missão tem como objetivo principal descobrir o motivo da corona ser
muito mais quente que a fotosfera solar e entender de que forma o vento
solar se forma e como suas partículas são aceleradas.
Dentre as principais motivações para a execução das pesquisas
baseadas nos dados coletados pelos instrumentos colocados na sonda, a
NASA faz as seguintes considerações:
O Sol é a única estrela que pode ser investigada de perto.
Estudando essa estrela podemos ampliar nosso entendimento sobre os
demais astros do universo;
O Sol é fonte de energia para a vida na Terra. Quanto mais sabermos sobre seus mecanismos, melhor entenderemos sobre como a vida se desenvolveu;
O Sol afeta a Terra de diversas maneiras e é a fonte do vento solar, um fluxo de partículas ionizadas que se deslocam pelo sistema solar, atingindo nosso planeta a velocidades superiores a 500 km/s (1,8 milhões de km/h);
Para segurança de missões espaciais envolvendo o envio de
astronautas a pontos mais distantes no espaço é necessário melhor
entendimento do comportamento do vento solar.
Investigações empreendidas
Para atingir seus objetivos, a missão irá empreender 5 grandes investigações:
Integrated Science Investigation of the Sun (IS☉IS) — Investigação que envolve a medição de elétrons, prótons e íons pesados presentes no Sol;
Wide-field Imager for Solar PRobe (WISPR)— Telescópios óticos que irão adquirir imagens da corona e heliosfera;
Solar Wind Electrons Alphas and Protons (SWEAP) — Instrumentos que executarão a contagem do número de partículas presentes e medição de grandezas físicas, como velocidade, densidade e temperatura;
A
trajetória da sonda envolverá sete passagens por Vénus, durante as
quais ocorrerá redução na velocidade da sonda, alterando sua órbita de
modo que ela se aproxime mais da superfície solar. Ao todo, serão
executadas 24 translações ao redor do sol, sendo que nas passagens finais ocorrerão as maiores aproximações em relação à estrela.
Os experimentos estão ocorrendo ao longo dos sete anos de duração
da missão, sendo mais concentradas nos períodos em que a sonda executa
passagens próximas ao sol. Para minimizar a possibilidade de que os
intensos níveis de radiação solar possam danificar os equipamentos eletrónicos, a NASA optou por adotar uma órbita altamente elíptica, de forma a reduzir o tempo em que a Parker ficará próxima ao Sol.
Da mesma forma que quaisquer outros objetos em órbita, devido à ação da força da gravidade,
a sonda irá acelerar conforme ruma em direção ao periélio e reduzir a
velocidade quando se deslocar em sentido a seu afélio. No momento em que
atingir sua aproximação máxima ao Sol, esta sonda superará a
velocidade de 700 mil quilómetros horários, passando a ser a detentora
do recorde do objeto mais rápido já lançado pelo homem.