O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Em 1966, viajou para a Bolívia, onde realizou apresentações em conjunto com Gilbert Favré e gravou seu último disco: "Ultimas composiciones", considerado como o seu melhor disco, que contém canções como: "Maldigo del alto cielo", "Gracias a la vida", "El albertío", "Run Run se fue pa’l norte" e "Volver a los 17".
Cometeu suicídio em 5 de fevereiro de 1967, na tenda de La Reina.
Bill! Se algum dia voltares Aos caminhos do passado, Acharás tudo mudado: A dança, o trajo, os cantares… Fica a máscara por fora? Por baixo dela, ainda igual, Se ergue a bandeira real – Branca e azul – intacta, agora? Bailam a Gota?
– Eu te digo:
Veio, há tempos, um amigo (Meu país foi sempre o teu E esse país não morreu!) Ver de perto com seus olhos O lírio de que eu falava (Lírio tão branco entre abrolhos!) Em versos de silva brava. Branco lírio! Branco lírio! Ao alto da serra da Arga! Lembro nele o Fandangueiro Que, ao bailar, de corpo inteiro, Era uma flor, doce e amarga… Mas, em chegando, ouvi só Insultos de altifalantes! Onde estavam os amantes Do Poeta?
Apenas pó.
E olhos, olhos espantados E toda a monotonia Da voz que o rosto desvia Dos rouxinóis dos silvados. Que loucura! (Pense-o, pense-o Quem quiser de lábios mudos.) – Comprei por dez mil escudos Dez minutos de silêncio. Calou-se o altifalante! Castanholaram os dedos… De novo, Naquele instante, Voltou o povo a ser povo! E voltaram homens ledos: – Veio o Nelson e a Artemisa, Veio Afife e Gondarém E os de Carreço também Misturar-se aos da Galiza… E bastaram dez minutos (Os dez minutos comprados!) Para dez mil namorados Sorrirem, de olhos enxutos. Que loucura! – (Pense-o, pense-o Quem quiser de lábios mudos!)
Comprei por dez mil escudos Dez minutos de silêncio!
Entre sombras misteriosas Em rompendo ao longe estrelas Trocaremos nossas rosas Para depois esquecê-las
Se o meu sangue não me engana Como engana a fantasia Havemos de ir a Viana Ó meu amor de algum dia Ó meu amor de algum dia Havemos de ir a Viana Se o meu sangue não me engana Havemos de ir a Viana
Partamos de flor ao peito Que o amor é como o vento Quem para perde-lhe o jeito E morre a todo o momento
Se o meu sangue não me engana Como engana a fantasia Havemos de ir a Viana Ó meu amor de algum dia Ó meu amor de algum dia Havemos de ir a Viana Se o meu sangue não me engana Havemos de ir a Viana
Ciganos, verdes ciganos Deixai-me com esta crença Os pecados têm vinte anos Os remorsos têm oitenta
Nasceu no seio de uma família fidalga, filho de António Homem de Melo
e de Maria do Pilar da Cunha Pimentel, tendo, desde cedo, sido imbuído
de ideais monárquicos, católicos e conservadores. Foi sempre um
sincero amigo do povo e a sua poesia é disso reflexo. O seu pai,
pertenceu ao círculo íntimo do poeta António Nobre.
Estudou Direito em Coimbra, acabando por se licenciar em Lisboa, em 1926.
Exerceu a advocacia, foi subdelegado do Procurador da República e,
posteriormente, professor de português em escolas técnicas do Porto
(Mouzinho da Silveira e Infante D. Henrique), tendo sido diretor da
Mouzinho da Silveira. Membro dos Júris dos prémios do secretariado da
propaganda nacional. Foi um entusiástico estudioso e divulgador do
folclore português, criador e patrocinador de diversos ranchos
folclóricos minhotos, tendo sido, durante os anos 60 e 70, autor e apresentador de um popular programa na RTP sobre essa temática.
Pedro
Homem de Melo casou com Maria Helena Pamplona e teve dois filhos:
Maria Benedita, que faleceu ainda criança, e Salvador Homem de Melo, já
falecido, que foi casado com Maria Helena Moreira Telles da Silva, de
quem teve uma filha, Mariana Telles da Silva Homem de Mello, e depois
com Maria José Barros Teixeira Coelho, de quem teve uma filha, Rita
Teixeira Coelho Homem de Melo.
Foi um dos colaboradores do movimento da revista Presença.
Apesar de gabada por numerosos críticos, a sua vastíssima obra
poética, eivada de um lirismo puro e pagão (claramente influenciada por
António Botto e Federico García Lorca), está injustamente votada ao esquecimento. Entre os seus poemas mais famosos destacam-se Povo que Lavas no Rio e Havemos de Ir a Viana, imortalizados por Amália Rodrigues, e O Rapaz da Camisola Verde.
Afife (Viana do Castelo) foi a terra da sua adoção. Ali viveu durante anos, num local paradisíaco, no Convento de Cabanas, junto ao rio com o mesmo nome, onde escreveu parte da sua obra, "cantando" os costumes e as tradições de Afife e da Serra de Arga.
Nasceu no seio de uma família fidalga, filho de António Homem de Melo de Macedo, irmão do 1.º Conde de Águeda,
e de sua mulher Maria do Pilar da Cunha Pimentel Homem de Vasconcelos,
tendo, desde cedo, sido imbuído de ideais monárquicos, católicos e
conservadores. Foi sempre um sincero amigo do povo e a sua poesia é
disso reflexo. O seu pai pertenceu ao círculo íntimo do poeta António Nobre.
Estudou Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, acabando por se licenciar na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1926. Exerceu a advocacia, foi subdelegado do Procurador-Geral da República
e, posteriormente, professor de português em escolas técnicas do Porto
(Mouzinho da Silveira e Infante D. Henrique), tendo sido director da
Mouzinho da Silveira. Membro dos Júris dos prémios do secretariado da
propaganda nacional, foi um entusiástico estudioso e divulgador do
folclore português, criador e patrocinador de diversos ranchos
folclóricos minhotos, tendo sido, durante os anos 60 e 70, autor e apresentador de um popular programa na RTP sobre essa temática.
Foi um dos colaboradores do movimento da revista Presença, tendo também colaborado na revista Altura
(1945). Apesar de gabada por numerosos críticos, a sua vastíssima obra
poética, eivada de um lirismo puro e pagão (claramente influenciada
por António Botto e Federico García Lorca), está injustamente votada ao esquecimento. Entre os seus poemas mais famosos destacam-se Povo que Lavas no Rio e Havemos de Ir a Viana, imortalizados por Amália Rodrigues, e O Rapaz da Camisola Verde.
Afife (Viana do Castelo) foi a terra da sua adoção. Ali viveu durante anos num local paradisíaco, no Convento de Cabanas, junto ao rio com o mesmo nome, onde escreveu parte da sua obra, "cantando" os costumes e as tradições de Afife e da Serra de Arga.
Casamento e descendência
Pedro Homem de Melo casou com Maria Helena de Sá Passos Rangel
Pamplona, filha de José César de Araújo Rangel (24 de janeiro de 1871 -
1 de junho de 1942) e de sua mulher Alda Luísa de Sá Passos (Lisboa,
6 de novembro de 1887 - 25 de junho de 1935), e teve dois filhos:
Maria Benedita Pamplona Homem de Melo (3 de fevereiro de 1934), que
faleceu ainda criança, e Salvador José Pamplona Homem de Melo (Porto, Cedofeita,
30 de julho de 1936), já falecido, que casou a 6 de setembro de 1969
com Maria Helena Moreira Teles da Silva (10 de janeiro de 1944), neta
paterna da 12.ª Condessa de Tarouca,
de quem teve uma filha, Mariana Teles da Silva Homem de Melo (Porto, 3
de novembro de 1974), e depois com Maria José de Barros Teixeira
Coelho (Braga, São José de São Lázaro, 9 de janeiro de 1943), de quem teve uma filha, Rita Teixeira Coelho Homem de Melo (Porto, Santo Ildefonso, 10 de julho de 1983). Foi tio-avô de Cristina Homem de Melo.
Bill! Se algum dia voltares Aos caminhos do passado, Acharás tudo mudado: A dança, o trajo, os cantares… Fica a máscara por fora? Por baixo dela, ainda igual, Se ergue a bandeira real – Branca e azul – intacta, agora? Bailam a Gota?
– Eu te digo:
Veio, há tempos, um amigo (Meu país foi sempre o teu E esse país não morreu!) Ver de perto com seus olhos O lírio de que eu falava (Lírio tão branco entre abrolhos!) Em versos de silva brava. Branco lírio! Branco lírio! Ao alto da serra da Arga! Lembro nele o Fandangueiro Que, ao bailar, de corpo inteiro, Era uma flor, doce e amarga… Mas, em chegando, ouvi só Insultos de altifalantes! Onde estavam os amantes Do Poeta?
Apenas pó.
E olhos, olhos espantados E toda a monotonia Da voz que o rosto desvia Dos rouxinóis dos silvados. Que loucura! (Pense-o, pense-o Quem quiser de lábios mudos.) – Comprei por dez mil escudos Dez minutos de silêncio. Calou-se o altifalante! Castanholaram os dedos… De novo, Naquele instante, Voltou o povo a ser povo! E voltaram homens ledos: – Veio o Nelson e a Artemisa, Veio Afife e Gondarém E os de Carreço também Misturar-se aos da Galiza… E bastaram dez minutos (Os dez minutos comprados!) Para dez mil namorados Sorrirem, de olhos enxutos. Que loucura! – (Pense-o, pense-o Quem quiser de lábios mudos!)
Comprei por dez mil escudos Dez minutos de silêncio!
A sua música caracteriza-se pela utilização de instrumentos tradicionais portugueses, como o cavaquinho e a viola braguesa. Apesar de ter iniciado a sua carreira como músico de rock, nos grupos Petrus Castrus e Xarhanga,mais tarde, começou a dedicar-se à música tradicional portuguesa.
Destaque-se a sua colaboração com outros músicos, como os The Chieftains, Pete Seeger, Zeca Afonso, Kepa Junkera, Carlos do Carmo, Chico Buarque ou Sara Tavares.
Júlio Pereira tem 20 discos de autor e participou em dezenas de discos de outros artistas.
Bill! Se algum dia voltares Aos caminhos do passado, Acharás tudo mudado: A dança, o trajo, os cantares… Fica a máscara por fora? Por baixo dela, ainda igual, Se ergue a bandeira real – Branca e azul – intacta, agora? Bailam a Gota?
– Eu te digo:
Veio, há tempos, um amigo (Meu país foi sempre o teu E esse país não morreu!) Ver de perto com seus olhos O lírio de que eu falava (Lírio tão branco entre abrolhos!) Em versos de silva brava. Branco lírio! Branco lírio! Ao alto da serra da Arga! Lembro nele o Fandangueiro Que, ao bailar, de corpo inteiro, Era uma flor, doce e amarga… Mas, em chegando, ouvi só Insultos de altifalantes! Onde estavam os amantes Do Poeta?
Apenas pó.
E olhos, olhos espantados E toda a monotonia Da voz que o rosto desvia Dos rouxinóis dos silvados. Que loucura! (Pense-o, pense-o Quem quiser de lábios mudos.) – Comprei por dez mil escudos Dez minutos de silêncio. Calou-se o altifalante! Castanholaram os dedos… De novo, Naquele instante, Voltou o povo a ser povo! E voltaram homens ledos: – Veio o Nelson e a Artemisa, Veio Afife e Gondarém E os de Carreço também Misturar-se aos da Galiza… E bastaram dez minutos (Os dez minutos comprados!) Para dez mil namorados Sorrirem, de olhos enxutos. Que loucura! – (Pense-o, pense-o Quem quiser de lábios mudos!)
Comprei por dez mil escudos Dez minutos de silêncio!
Nasceu no seio de uma família fidalga, filho de António Homem de Melo
e de Maria do Pilar da Cunha Pimentel, tendo, desde cedo, sido imbuído
de ideais monárquicos, católicos e conservadores. Foi sempre um
sincero amigo do povo e a sua poesia é disso reflexo. O seu pai,
pertenceu ao círculo íntimo do poeta António Nobre.
Estudou Direito em Coimbra, acabando por se licenciar em Lisboa, em 1926.
Exerceu a advocacia, foi subdelegado do Procurador da República e,
posteriormente, professor de português em escolas técnicas do Porto
(Mouzinho da Silveira e Infante D. Henrique), tendo sido diretor da
Mouzinho da Silveira. Membro dos Júris dos prémios do secretariado da
propaganda nacional. Foi um entusiástico estudioso e divulgador do
folclore português, criador e patrocinador de diversos ranchos
folclóricos minhotos, tendo sido, durante os anos 60 e 70, autor e apresentador de um popular programa na RTP sobre essa temática.
Pedro
Homem de Melo casou com Maria Helena Pamplona e teve dois filhos:
Maria Benedita, que faleceu ainda criança, e Salvador Homem de Melo, já
falecido, que foi casado com Maria Helena Moreira Telles da Silva, de
quem teve uma filha, Mariana Telles da Silva Homem de Mello, e depois
com Maria José Barros Teixeira Coelho, de quem teve uma filha, Rita
Teixeira Coelho Homem de Melo.
Foi um dos colaboradores do movimento da revista Presença.
Apesar de gabada por numerosos críticos, a sua vastíssima obra
poética, eivada de um lirismo puro e pagão (claramente influenciada por
António Botto e Federico García Lorca), está injustamente votada ao esquecimento. Entre os seus poemas mais famosos destacam-se Povo que Lavas no Rio e Havemos de Ir a Viana, imortalizados por Amália Rodrigues, e O Rapaz da Camisola Verde.
Afife (Viana do Castelo) foi a terra da sua adoção. Ali viveu durante anos num local paradisíaco, no Convento de Cabanas, junto ao rio com o mesmo nome, onde escreveu parte da sua obra, "cantando" os costumes e as tradições de Afife e da Serra de Arga.
A Pátria não é apenas Um corpo de bailador. Não são duas mãos morenas Nem mesmo um beijo de amor Mais do que os livros que lemos, Mais que os amigos que temos, Mais até que a mocidade, A Pátria, realidade, Vive em nós, porque vivemos.
Nasceu no seio de uma família fidalga, filho de António Homem de Melo de Macedo, irmão do 1.º Conde de Águeda,
e de sua mulher Maria do Pilar da Cunha Pimentel Homem de Vasconcelos,
tendo, desde cedo, sido imbuído de ideais monárquicos, católicos e
conservadores. Foi sempre um sincero amigo do povo e a sua poesia é
disso reflexo. O seu pai pertenceu ao círculo íntimo do poeta António Nobre.
Estudou Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, acabando por se licenciar na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1926. Exerceu a advocacia, foi subdelegado do Procurador-Geral da República
e, posteriormente, professor de português em escolas técnicas do Porto
(Mouzinho da Silveira e Infante D. Henrique), tendo sido director da
Mouzinho da Silveira. Membro dos Júris dos prémios do secretariado da
propaganda nacional, foi um entusiástico estudioso e divulgador do
folclore português, criador e patrocinador de diversos ranchos
folclóricos minhotos, tendo sido, durante os anos 60 e 70, autor e apresentador de um popular programa na RTP sobre essa temática.
Foi um dos colaboradores do movimento da revista Presença, tendo também colaborado na revista Altura
(1945). Apesar de gabada por numerosos críticos, a sua vastíssima obra
poética, eivada de um lirismo puro e pagão (claramente influenciada
por António Botto e Federico García Lorca), está injustamente votada ao esquecimento. Entre os seus poemas mais famosos destacam-se Povo que Lavas no Rio e Havemos de Ir a Viana, imortalizados por Amália Rodrigues, e O Rapaz da Camisola Verde.
Afife (Viana do Castelo) foi a terra da sua adopção. Ali viveu durante anos num local paradisíaco, no Convento de Cabanas, junto ao rio com o mesmo nome, onde escreveu parte da sua obra, "cantando" os costumes e as tradições de Afife e da Serra de Arga.
Casamento e descendência
Pedro Homem de Melo casou com Maria Helena de Sá Passos Rangel
Pamplona, filha de José César de Araújo Rangel (24 de janeiro de 1871 -
1 de junho de 1942) e de sua mulher Alda Luísa de Sá Passos (Lisboa,
6 de novembro de 1887 - 25 de junho de 1935), e teve dois filhos:
Maria Benedita Pamplona Homem de Melo (3 de fevereiro de 1934), que
faleceu ainda criança, e Salvador José Pamplona Homem de Melo (Porto, Cedofeita,
30 de julho de 1936), já falecido, que casou a 6 de setembro de 1969
com Maria Helena Moreira Teles da Silva (10 de janeiro de 1944), neta
paterna da 12.ª Condessa de Tarouca,
de quem teve uma filha, Mariana Teles da Silva Homem de Melo (Porto, 3
de novembro de 1974), e depois com Maria José de Barros Teixeira
Coelho (Braga, São José de São Lázaro, 9 de janeiro de 1943), de quem teve uma filha, Rita Teixeira Coelho Homem de Melo (Porto, Santo Ildefonso, 10 de julho de 1983). Foi tio-avô de Cristina Homem de Melo.
A sua música caracteriza-se pela utilização de instrumentos
tradicionais portugueses, como o cavaquinho e a viola braguesa. Apesar
de ter iniciado a sua carreira como músico de rock, nos grupos Petrus Castrus e Xarhanga,mais tarde, começou a dedicar-se à música tradicional portuguesa.
Destaque-se a sua colaboração com outros músicos, como os The Chieftains, Pete Seeger, Zeca Afonso, Kepa Junkera, Carlos do Carmo, Chico Buarque ou Sara Tavares.
Júlio Pereira tem 20 discos de autor e participou em dezenas de discos de outros artistas.
Nasceu no seio de uma família fidalga, filho de António Homem de Melo
e de Maria do Pilar da Cunha Pimentel, tendo, desde cedo, sido imbuído
de ideais monárquicos, católicos e conservadores. Foi sempre um
sincero amigo do povo e a sua poesia é disso reflexo. O seu pai,
pertenceu ao círculo íntimo do poeta António Nobre.
Estudou Direito em Coimbra, acabando por se licenciar em Lisboa, em 1926.
Exerceu a advocacia, foi subdelegado do Procurador da República e,
posteriormente, professor de português em escolas técnicas do Porto
(Mouzinho da Silveira e Infante D. Henrique), tendo sido diretor da
Mouzinho da Silveira. Membro dos Júris dos prémios do secretariado da
propaganda nacional. Foi um entusiástico estudioso e divulgador do
folclore português, criador e patrocinador de diversos ranchos
folclóricos minhotos, tendo sido, durante os anos 60 e 70, autor e apresentador de um popular programa na RTP sobre essa temática.
Pedro
Homem de Melo casou com Maria Helena Pamplona e teve dois filhos:
Maria Benedita, que faleceu ainda criança, e Salvador Homem de Melo, já
falecido, que foi casado com Maria Helena Moreira Telles da Silva, de
quem teve uma filha, Mariana Telles da Silva Homem de Mello, e depois
com Maria José Barros Teixeira Coelho, de quem teve uma filha, Rita
Teixeira Coelho Homem de Melo.
Foi um dos colaboradores do movimento da revista Presença.
Apesar de gabada por numerosos críticos, a sua vastíssima obra
poética, eivada de um lirismo puro e pagão (claramente influenciada por
António Botto e Federico García Lorca), está injustamente votada ao esquecimento. Entre os seus poemas mais famosos destacam-se Povo que Lavas no Rio e Havemos de Ir a Viana, imortalizados por Amália Rodrigues, e O Rapaz da Camisola Verde.
Afife (Viana do Castelo) foi a terra da sua adoção. Ali viveu durante anos num local paradisíaco, no Convento de Cabanas, junto ao rio com o mesmo nome, onde escreveu parte da sua obra, "cantando" os costumes e as tradições de Afife e da Serra de Arga.