Gaddafi chegou ao poder em 1969, sem derramar sangue, por meio de um
golpe de estado e assumiu a função formal de
Chefe da Nação
até 1977, quando renunciou o comando do chamado Conselho do Comando
Revolucionário da Líbia e alegou apenas ser uma figura simbólica do
governo. Os seus críticos dizem que ele agia como um
autocrata ou um
demagogo, apesar do antigo governo líbio dizer que ele não detinha qualquer poder e o próprio Gaddafi tentava passar a imagem de um
estadista e
filósofo.
Após Gaddafi renunciar ao cargo, ele ficou conhecido como o "Irmão
Líder e Chefe da Grande Revolução de Jamahiriya Popular Socialista da
Líbia" ou "líder Fraternal e chefe da revolução"; em 2008, durante um
encontro de líderes africanos, alguns destes chamaram-no de "Rei dos
Reis".
(...)
Em fevereiro de 2011, frente a protestos pedindo sua derrocada do poder,
Gaddafi respondeu aos manifestantes com violência, porém as
manifestações contrárias ao seu governo intensificaram-se. Então eclodiu
no país
uma violenta guerra civil, colocando em confronto forças leais e contrárias ao regime. Durante este conflito, Gaddafi foi acusado de cometer vários
crimes contra a humanidade e um mandado de prisão foi expedido contra ele pelo
Tribunal Penal Internacional. Em agosto de 2011, tropas do
Conselho Nacional de Transição (CNT)
atacaram e conquistaram a capital,
Trípoli, colocando assim Gaddafi e seu governo em fuga. A 20 de outubro, após 8 meses de guerra, o ex-líder foi morto em
Sirte por simpatizantes do CNT.
Morte
Em 20 de outubro de 2011, após
a queda de Sirte, o último grande reduto das forças de Gaddafi, o
Conselho Nacional de Transição informou oficialmente à
Al Jazeera
que Gaddafi havia sido capturado. De acordo com algumas fontes, Gaddafi
teria sido ferido nas pernas ou levado dois tiros no peito. Segundo as
primeiras informações, ele teria morrido em consequência desses
ferimentos. Imagens de um vídeo amador mostravam o corpo ensanguentado
de Gaddafi, ainda vivo, sendo carregado como um troféu em Sirte.
O primeiro-ministro do
Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio,
Mahmoud Jibril,
confirmou a morte do ex-líder Muammar Kadhafi, durante os confrontos
pela tomada da cidade de Sirte. "Esperávamos havia muito tempo por este
momento. Muammar Kadhafi foi morto", afirmou à
Associated Press. Segundo Jibril, a
autópsia
determinou que o líder deposto foi morto por um ferimento de bala na
cabeça, após a sua captura. Jibril afirmou, durante entrevista coletiva,
que Gaddafi estava em boa saúde e armado, quando foi encontrado.
Enquanto era levado até uma camioneta, levou um tiro no braço ou na mão
direita. Posteriormente, levou um tiro na cabeça, em circunstâncias pouco claras.
O corpo de Gaddafi foi levado para uma câmara frigorífica e ficou
exposto para visita pública, juntamente com o corpo de seu filho,
Mo'tassim, e do chefe militar do regime,
Abu-Bakr Yunis Jabr,
durante quatro dias. Posteriormente foram enterrados, num local
secreto, numa simples e respeitosa cerimónia, de acordo com o governo
líbio. De acordo com o jornal francês
Le Figaro,
o corpo de Muammar Gaddafi foi enterrado no meio do deserto num
local não especificado, para evitar que o túmulo se torne um local de
peregrinação dos seus partidários. No seu testamento político, divulgado
pouco depois da sua morte, Gaddafi exortou o seu povo a continuar a
lutar e resistindo de todas as formas contra o novo governo e deixou
instruções sobre como ele gostaria de ser enterrado, à maneira
muçulmana.
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