Aprendeu
piano e
guitarra na infância. A ideia de seguir a carreira de pianista tomou forma quando ouviu
Keith Jarrett. Estudou piano na escola de jazz "Louisiana", em Cascais, dirigida por Luís Villas Boas, e depois na Academia de Amadores de Música e no Conservatório, onde teve como professores Carla Seixas e
Jorge Moyano.
Tocou primeiro em hotéis e como acompanhante de outros músicos; o primeiro trabalho profissional aconteceu no teatro, na peça
Baal, de
Brecht, no Teatro da Trindade. Mas a entrada a sério no mundo do jazz deu-se ao integrar o quinteto da cantora
Maria João, com o qual gravou dois discos nos anos 1980:
Quinteto Maria João (1983) e
Cem Caminhos (1985), com standards e alguns originais.
Mário Laginha foi investindo cada vez mais nas suas próprias composições, afastando-se da interpretação do jazz clássico e dos
standards. Em 1987, com o apoio da
Fundação Gulbenkian, estreou o Decateto de Mário Laginha durante o Festival Jazz em Agosto; as composições e arranjos eram totalmente seus. Nesse mesmo ano, foi considerado pela crítica o melhor músico de jazz português.
Em 1994 lançou o primeiro disco assinado com o seu nome, Hoje. No mesmo ano saiu Danças, onde voltou a colaborar com Maria João, num duo e amizade pessoal que persistem até hoje. Os dois gravaram vários discos e colaboraram em espectáculos de teatro, cinema e outras artes.
Em 1999 Mário Laginha iniciou uma colaboração de grande êxito com
Bernardo Sassetti. Desde então, deram vários concertos e lançaram dois álbuns:
Mário Laginha e Bernardo Sassetti (2003), e
Grândolas (2004), disco integrado na comemoração dos 30 anos do
25 de Abril.
Em 2005 gravou o seu primeiro disco a solo, Canções e Fugas.
Em 2007 actuou ao vivo com
Pedro Burmester e Bernardo Sassetti, no
CCB (lisboa), concerto esse que foi editado em DVD com o título 3 Pianos. O repertório inclui temas de música clássica, música erudita moderna e temas dos próprios pianistas.