quinta-feira, junho 20, 2024
Porque chegou a minha estação favorita...
Postado por Fernando Martins às 23:59 0 bocas
Marcadores: música, Ó minha amora madura, Solstício, Verão, Zeca Afonso
Começou o verão...!
Postado por Fernando Martins às 20:51 0 bocas
Marcadores: astronomia, Solstício, Verão
sexta-feira, dezembro 22, 2023
Porque a ciência diz que começa agora o inverno...
Glosa à chegada do Inverno
Ao frio suave, obscuro e sossegado,
e com que a noite, agora, se anuncia
depois de posto, ao longe, um sol dourado
que a uma rosada fímbria arrasta e esfia…
Da solidão dos homens apartado,
e entregue a tal silêncio, que devia
mais entender as sombras a meu lado
que a terra nua onde se atrasa o dia…
Recordo o amor distante que em mim vive,
sem tempo ou espaço, e apenas amarrado
à liberdade imensa que não tive,
e que não há. Como o recordo agora
que a luz do dia já se não demora,
se apenas de si próprio é recordado?
Jorge de Sena
Postado por Pedro Luna às 03:27 0 bocas
Marcadores: astronomia, Inverno, Jorge de Sena, poesia, Solstício
Começou o inverno...!
Música para preparar a chegada do inverno...
Postado por Pedro Luna às 00:00 0 bocas
Marcadores: As Quatro Estações, Inverno, L'Inverno, música, Solstício, The Winter, Vivaldi
quarta-feira, junho 21, 2023
Chegou o verão...!
O meu país sabe as amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.
Postado por Fernando Martins às 14:58 0 bocas
Marcadores: astronomia, Eugénio de Andrade, poesia, Solstício, Verão
quarta-feira, dezembro 21, 2022
Porque os astrónomos insistem que hoje começa o inverno...
Glosa à chegada do Inverno
Ao frio suave, obscuro e sossegado,
e com que a noite, agora, se anuncia
depois de posto, ao longe, um sol dourado
que a uma rosada fímbria arrasta e esfia…
Da solidão dos homens apartado,
e entregue a tal silêncio, que devia
mais entender as sombras a meu lado
que a terra nua onde se atrasa o dia…
Recordo o amor distante que em mim vive,
sem tempo ou espaço, e apenas amarrado
à liberdade imensa que não tive,
e que não há. Como o recordo agora
que a luz do dia já se não demora,
se apenas de si próprio é recordado?
Jorge de Sena
Postado por Pedro Luna às 22:22 0 bocas
Marcadores: astronomia, Inverno, Jorge de Sena, poesia, Solstício
Começou o inverno...
Não se esqueçam que é hoje...
Postado por Pedro Luna às 11:11 0 bocas
Marcadores: astronomia, Guerra dos Tronos, Inverno, Natal, Solstício, Stark, Winter is coming
terça-feira, junho 21, 2022
Poema para celebrar a chegada do verão...
O meu país sabe as amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.
Chegou o verão...!
Postado por Fernando Martins às 10:14 0 bocas
Marcadores: astronomia, Solstício, Verão
terça-feira, dezembro 21, 2021
Música para celebrar a chegada do inverno...
Postado por Geopedrados às 22:22 0 bocas
Marcadores: Inverno, música, Solstício, The Staves, Winter trees
Poema para celebrar a chegada do Inverno...
O solstício de dezembro
O mundo jamais é parecido consigo próprio
tão inesperada é a noite,
mesmo quando em sua rotação se repete,
efectiva e extingue,
no corpo e cinzas de uma criança,
não vos espanteis por isso senhores,
dezembro é um solstício que nos sobrevive
e nada mais se anseia
do que abraçar todo o tempo do tempo
para seguir uma estrela viva,
um frágil e divino coração de criança
em homens aturdidos pelo afago da entrega,
guardai pois um Natal,
nada mais se reterá no cheiro do orvalho
que aconchegamos dentro de nós,
o seu leito evidencia a inquietude do fogo
e a poesia parece a puerícia do verbo:
ainda que nos céus
em seu nome o nome do mundo se cante,
o que é sagrado e profano,
o que é rei e pastor
e se planta e adolesce
e se percorre até à extrema boca do advento,
mundo de júbilos e prantos
que como o sol nas trevas se revive.
Uma criança nos aquieta o corpo,
a noite atravessa o mundo,
obscuros e formais viajantes,
se as quimeras se ofuscam sob os céus
a culpa é dos corações e não da luz das estrelas.
João Rasteiro
Postado por Pedro Luna às 15:59 0 bocas
Marcadores: astronomia, Inverno, João Rasteiro, poesia, Solstício
E chegou o inverno...
É hoje...!
Postado por Pedro Luna às 00:00 0 bocas
Marcadores: astronomia, Guerra dos Tronos, Inverno, Natal, Solstício, Stark, Winter is coming
segunda-feira, junho 21, 2021
Poesia para celebrar a chegada do verão...!
O meu país sabe as amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.
(imagem daqui)
Poema da sombra mínima
De um mesmo corpo o Sol projecta sombras
de diferentes tamanhos e contornos.
Quando atinge o seu zénite, o mais alto,
aquele seu mais alto que é possível,
quase não tenho sombra,
quase a busco,
quase não a descubro de acanhada.
Glória ao Sol na alturas!
Ó alegria da sombra mínima!
Eu canto, eu rio, eu sonho, eu estendo os braços,
eu com os dedos afago.
Falam-me as pedras, sorriem-me as paredes
e à beira dos meus passos se desenham
os novelos de luz, os véus, as plumas,
aqueles rolos breves e translúcidos
com que sobem ao céu, nas telas quinhentistas,
os bem-aventurados.
Ó alegria da sombra mínima!
Já não me cansa o que lá vai no tempo.
Já não me cansa o que há-de vir depois.
A sombra existe sempre
mas quando o Sol me banha do seu alto,
ó alegria das alegrias!,
eu canto, eu rio, eu sonho,eu estendo os braços,
eu com os dedos afago.
in Novos Poemas Póstumos (1990) - António Gedeão
Postado por Pedro Luna às 04:32 3 bocas
Marcadores: António Gedeão, Eugénio de Andrade, poesia, Solstício, Verão
Começou o verão...!
Postado por Fernando Martins às 04:32 0 bocas
Marcadores: astronomia, Solstício, Verão
segunda-feira, dezembro 21, 2020
Poema para celebrar a chegada do Inverno...
O solstício de dezembro
O mundo jamais é parecido consigo próprio
tão inesperada é a noite,
mesmo quando em sua rotação se repete,
efectiva e extingue,
no corpo e cinzas de uma criança,
não vos espanteis por isso senhores,
dezembro é um solstício que nos sobrevive
e nada mais se anseia
do que abraçar todo o tempo do tempo
para seguir uma estrela viva,
um frágil e divino coração de criança
em homens aturdidos pelo afago da entrega,
guardai pois um Natal,
nada mais se reterá no cheiro do orvalho
que aconchegamos dentro de nós,
o seu leito evidencia a inquietude do fogo
e a poesia parece a puerícia do verbo:
ainda que nos céus
em seu nome o nome do mundo se cante,
o que é sagrado e profano,
o que é rei e pastor
e se planta e adolesce
e se percorre até à extrema boca do advento,
mundo de júbilos e prantos
que como o sol nas trevas se revive.
Uma criança nos aquieta o corpo,
a noite atravessa o mundo,
obscuros e formais viajantes,
se as quimeras se ofuscam sob os céus
a culpa é dos corações e não da luz das estrelas.
João Rasteiro
Postado por Pedro Luna às 10:02 0 bocas
Marcadores: astronomia, Inverno, João Rasteiro, poesia, Solstício