Ubi caritas et amor
Ubi caritas Deus ibi est
ADENDA: tradução da letra, sem grandes preocupações linguísticas:
Onde houver caridade e amor
Onde houver caridade, Deus está lá
O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas. Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Postado por Fernando Martins às 23:07 0 bocas
Marcadores: Dia de Reis, música, Taizé
Postado por Pedro Luna às 21:27 0 bocas
Marcadores: Humor, Monty Python's, Monty Python's Life of Brian, Os Reis Astrólogos, Vida de Brian
Postado por Adelaide Martins às 19:14 0 bocas
Marcadores: La confession, Lhasa de Sela, música, My Name
Os Cantares de Reis chamados nalgúns lugares da nosa xeografía como "reises" ou "aguinaldos", son pequenas composicións cantadas que tradicionalmente entonábanse divididas en dous grupos e que narran a historia do nacemento do neno Xesús maila chegada dos reis Magos a Belén coas súas reliquias.
Estas composicións adoitaban presentar tres partes: a petición de licencia pra o canto, a cantiga narrativa propiamente dita e finalmente, a petición de aguinaldo, que tradicionalmente consistía en algo de xantar ou doces pra montaren unha festa. En moitos lugares aparecía a figura máxica do Gaiteiro interpretando xotas e muiñeiras pra abri-la festa.
No video amósanse dous temas sonoros de execución espontánea: "Coplas de Nadal, Aninovo e Reises" (Soto-Ustre) e "Reises" (Hio) - localidades de Pontevedra. Contidos no disco de Alan Lomax "The Spanish Recordings: Galicia" - gravacións realizadas no ano 1952 -, o documento sonoro baseado nun criterio musicolóxico máis antigo de que se dispoñe da nosa música tradicional .
Postado por Fernando Martins às 19:05 0 bocas
Marcadores: Dia de Reis, Galiza, música
Hoje é Dia de Reis, dia oito é Dia de Gays (não confundir...):
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Marcadores: Dia de Gays, Dia de Reis, Gatos Fedorentos, TMN
The singer Lhasa de Sela passed away in her Montreal home on the night of January 1st 2010, just before midnight.
She succumbed to breast cancer after a twenty-one month long struggle, which she faced with courage and determination.
Throughout this difficult period, she continued to touch the lives of those around her with her characteristic grace, beauty and humor. The strength of her will carried her once again into the recording studio, where she completed her latest album, followed by successful record launches in Montreal at the Théatre Corona and in Paris at the Théatre des Bouffes du Nord. Two concerts in Iceland in May were to be her last.
She was forced to cancel a long international tour scheduled for autumn 2009. A projected album of the songs of Victor Jara and Violeta Parra would also remain unrealized.
Lhasa de Sela was born on September 27, 1972, in Big Indian, New York.
Lhasa's unusual childhood was marked by long periods of nomadic wandering through Mexico and the U.S., with her parents and sisters in the school bus which was their home. During this period the children improvised, both theatrically and musically, performing for their parents on a nightly basis. Lhasa grew up in a world imbued with artistic discovery, far from conventional culture.
Later Lhasa became the exceptional artist that the entire world discovered in 1997 with La Llorona, followed by 2003's The Living Road, and 2009's self-titled LHASA. These three albums have sold over a million copies world-wide.
It is difficult to describe her unique voice and stage presence, which earned her iconic status in many countries throughout the world, but some Journalists have described it as passionate, sensual, untameable, tender, profound, troubling, enchanting, hypnotic, hushed, powerful, intense, a voice for all time.
Lhasa had a unique way of communicating with her public. She dared to open her heart on stage, allowing her audience to experience an intimate connection and communion with her. She profoundly affected and inspired many people throughout the cities and countries she visited.
An old friend of Lhasa's, Jules Beckman, offered these words:
"We have always heard something ancestral coming through her. She has always spoken from the threshold between the worlds, outside of time. She has always sung of human tragedy and triumph, estrangement and seeking with a Witness's wisdom. She has placed her life at the feet of the Unseen."
Lhasa leaves behind her partner Ryan, her parents Alejandro and Alexandra, her step-mother Marybeth, her 9 brothers and sisters (Gabriela, Samantha, Ayin, Sky, Miriam, Alex, Ben, Mischa and Eden), her 16 nieces and nephews, her cat Isaan, and countless friends, musicians, and colleagues who have accompanied her throughout her career, not to mention her innumerable admirers throughout the world.
Her family and close friends were able to mourn peacefully during the last two days, and greatly appreciated this meaningful period of quiet intimacy. Funeral and services will be held privately.
It has snowed more than 40 hours in Montreal since Lhasa's departure.
Lhasa de Sela: A nómada não canta mais
05.01.2010 - João Bonifácio
Lhasa de Sela, cantora de culto americana-mexicana que vivia no Canadá, morreu no primeiro dia deste ano, aos 37 anos. A mulher misteriosa dos discos era uma rapariga doce e esquiva, movida por um ímpeto criativo muito distante das normas habituais da indústria
Tão repentinamente como surgiu também assim partiu: Lhasa de Sela, cantora e compositora nascida em Nova Iorque, mas profundamente influenciada pela cultura mexicana, faleceu no dia 1 de Janeiro deste ano, aos 37 anos de idade, de um cancro da mama, contra o qual lutava há 21 meses. Deixou pai, mãe, irmãos, sobrinhos, e um culto de fãs indefectíveis, reflectido no milhão de cópias que os seus três discos venderam.
Desde a primeira vez que a sua voz se ouviu em disco que Lhasa surgiu aos melómanos como um ser vindo de outro mundo. Do seu álbum de estreia, La Llorona, composto a meias com o magnífico músico Yves Desroisiers, constavam apenas baladas cambaleantes, que versavam mitos pagãos mexicanos, amores de faca e alguidar, o sangue, a morte e as cartas que trazem a fortuna e a desgraça e nos traçam o destino.
Era um disco centrado na guitarra acústica de Desroisiers, com apontamentos de acordeão e banjo, mas que estava longe de ser "bonitinho", muito por força da voz de Lhasa, que dominava - ou assombrava, se quisermos ser exactos - cada canção: possuidora de uma voz grave mas ampla, Lhasa tão depressa conseguia soar ébria como apaixonada como vingativa como sensual. La Llorona cantava os mais velhos dos assuntos e Lhasa cantava-os como se existisse desde sempre, como se aquelas canções estivessem ali, há séculos, à espera de serem ouvidas. Não parecia ter 26 anos: parecia ser mais velha que Chavela Vargas, a diva mexicana com quem na altura foi comparada. Podia ter uma voz de veludo, mas aquele veludo conhecia todo o tipo de nódoas.
Irrequietude natural
O êxito de La Llorona foi rápido e surpreendente, em particular tendo em conta que em 1997 o mundo não estava propriamente virado para canções acústicas cantadas em espanhol. Mas além das canções, a própria Lhasa contribuiu para o sucesso do disco: não só era tremendamente bonita como tinha igualmente uma história pessoal incomum que contribuiu, nesses dias pré-YouTube, para o mito de "mulher misteriosa" que sempre a seguiu.
Filha de pai mexicano e mãe americana-judia-libanesa, Lhasa não cresceu como a maior parte das raparigas. Os seus pais eram nómadas, e ela passou os primeiros anos de vida com eles e os irmãos on the road entre os Estados Unidos e o México. Todas as noites, em vez de ver televisão, os irmãos faziam um teatrinho ou cantavam. Isto marcou-a ao ponto de após a digressão de La Llorona se ter juntado a um circo em França.
A sua história de vida valeu-lhe o epíteto "cantora nómada", mas quem teve oportunidade de privar com ela tem a impressão de o nomadismo não se dever a uma qualquer mania aventureira, antes a uma irrequietude natural e à incapacidade de conviver com a indústria musical. Numa entrevista à Roots World, na altura do lançamento do seu segundo disco, The Living Road, em 2003, Lhasa confessava que depois da digressão do primeiro disco abandonara tudo para ir para França porque se sentia "a morrer". "Fiz tudo menos rapar o cabelo e tornar-me freira", acrescentou. A vida no circo, rodeada de alguns dos irmãos, era simples e repleta de tarefas, o que lhe agradava: "Acordo todos os dias com a minha sobrinha a dizer-me que me ama", dizia, com candura.
The Living Road era um disco mais complexo, com guitarras, banjos, melódicas. Mesmo sendo um disco mais opulento, com arranjos imaculados, soava ainda a uma carroça a desconjuntar-se na beira de uma estrada poeirenta, e voltou a merecer os encómios da crítica.
Vasco Sacramento, produtor musical, convidou então Lhasa para uma digressão em Portugal por alturas do seu segundo disco, The Living Road, digressão que na altura acompanhámos. Sacramento disse ontem, numa nota à imprensa, que "Lhasa de Sela não estava interessada no estrelato, na fama ou no dinheiro". Acrescentou ainda que Lhasa "parecia que cantava apenas por imperativo de consciência, sem grandes preocupações com estratégia de mercado", antes de lembrar, num toque mais pessoal, que Lhasa lhe falava sempre do bacalhau que comera em Xabregas.
Intensidade assustadoraLembramo-nos do bacalhau em Xabregas, mas acima de tudo confirmamos essa impressão de que Lhasa cantava apenas por imperativo de consciência. Lhasa revelou-se ao início uma mulher distante, sempre acompanhada dos seus cadernos, com dificuldade em posar para fotografias. Não gostava que lhe fizessem muitas perguntas e no entanto, uma vez ganha a sua confiança, percebia-se que a sua distância era uma timidez congénita.
Tinha o hábito de ouvir mais que falar e observava tudo à sua volta com uma intensidade que podia ser assustadora. Sabia deixar-se aproximar (deixou-nos conversar com a sua mãe, em quem depositava extrema confiança), mas precisava do seu momento de isolamento: antes do concerto da Aula Magna arranjou um cantinho onde fazer ioga sem ser perturbada pela banda ou por jornalistas - só a mãe podia estar ali com ela. Era sem dúvida reservada e intensa e tão doce quanto, ao que nos pareceu, assustada.
O terceiro disco, Lhasa, do ano passado, cantado em inglês, nunca foi devidamente promovido e já foi afectado pelas condições de saúde. Por esta altura já Lhasa colaborara com os Tindersticks e com Arthur H, cantor francês, e era um nome mais que firmado. Segundo os seus representantes, Lhasa, que só conseguia fazer o que queria, como queria e quando percebia o que verdadeiramente queria, tinha planos de fazer um disco com temas de Violeta Parra e Victor Jara.
A andarilha morreu. O seu site, lhasadesela.com, abre com uma fotografia dela, de costas, o rosto encoberto pelo cabelo a esvoaçar ao vento. Em fundo há uma longa estrada. O salmo dizia: "Não serás como a palha que o vento leva." Lhasa teve a coragem de o ser, e foi maior por isso.
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Lhasa de Sela (27 de Setembro de 1972 - 1 de Janeiro de 2010) foi uma cantora nascida na pequena cidade de Big Indian, no estado de Nova Iorque, em 1972, e tendo-se mudado para o Quebec, Canadá.
Sua ascendência era de um lado mexicana e de outro americano-judeu-libanesa. Filha de um professor, não convencional, que percorria os EUA e o México, difundindo o conhecimento, e de uma fotógrafa. Assim, passou sua infância, de maneira nómada, junto com seus pais e suas três irmãs.
Sua obra musical mescla tradição mexicana, klezmer e rock e é cantada em três idiomas : espanhol, francês e inglês.
Faleceu a 1 de Janeiro de 2010, em Montreal, Canadá, vítima de cancro da mama.in Wikipédia
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Sir Isaac Newton (Woolsthorpe, 4 de Janeiro de 1643 — Londres, 31 de Março de 1727) foi um cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático, embora tenha sido também astrónomo, alquimista, filósofo natural e teólogo.
A sua obra, Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, é considerada uma das mais influentes em História da ciência. Publicada em 1687, esta obra descreve a lei da gravitação universal e as três leis de Newton, que fundamentaram a mecânica clássica.
Ao demonstrar a consistência que havia entre o sistema por si idealizado e as leis de Kepler do movimento dos planetas, foi o primeiro a demonstrar que o movimento de objectos, tanto na Terra como em outros corpos celestes, são governados pelo mesmo conjunto de leis naturais. O poder unificador e profético de suas leis era centrado na revolução científica, no avanço do heliocentrismo e na difundida noção de que a investigação racional pode revelar o funcionamento mais intrínseco da natureza.
Em uma pesquisa promovida pela instituição Royal Society, Newton foi considerado o cientista que causou maior impacto na história da ciência. De personalidade sóbria, fechada e solitária, para ele, a função da ciência era descobrir leis universais e enunciá-las de forma precisa e racional.
(...)
Universidade e resumo das suas realizações
Newton estudou no Trinity College de Cambridge, tendo-se graduado em 1665. Um dos principais precursores do Iluminismo, seu trabalho científico sofreu forte influência de seu professor e orientador Barrow (desde 1663), e de Schooten, Viète, John Wallis, Descartes, dos trabalhos de Fermat sobre rectas tangentes a curvas; de Cavalieri, das concepções de Galileu Galilei e Johannes Kepler.
Em 1663, formulou o teorema hoje conhecido como Binômio de Newton. Fez suas primeiras hipóteses sobre gravitação universal e escreveu sobre séries infinitas e o que chamou de teoria das fluxões (1665), o embrião do Cálculo Diferencial e Integral. Por causa da peste negra, o Trinity College foi fechado em 1666 e o cientista foi para casa de sua mãe em Woolsthorpe. Foi neste ano de retiro que construiu quatro de suas principais descobertas: o Teorema Binomial, o cálculo, a Lei da Gravitação Universal e a natureza das cores. Construiu o primeiro telescópio de reflexão em 1668, e foi quem primeiro observou o espectro visível que se pode obter pela decomposição da luz solar ao incidir sobre uma das faces de um prisma triangular transparente (ou outro meio de refracção ou de difracção), atravessando-o e projectando-se sobre um meio ou um anteparo branco, fenómeno este conhecido como Dispersão Luminosa. Optou, então, pela teoria corpuscular de propagação da luz, enunciando-a em (1675) e contrariando a teoria ondulatória de Huygens.
Tornou-se professor de matemática em Cambridge (1669) e entrou para a Royal Society (1672). Sua principal obra foi a publicação Philosophiae Naturalis Principia Mathematica (Princípios matemáticos da filosofia natural - 1687), em três volumes, na qual enunciou a lei da gravitação universal (3º volume), generalizando e ampliando as constatações de Kepler, e resumiu suas descobertas, principalmente o cálculo. Essa obra tratou essencialmente sobre física, astronomia e mecânica (leis dos movimentos, movimentos de corpos em meios resistentes, vibrações isotérmicas, velocidade do som, densidade do ar, queda dos corpos na atmosfera, pressão atmosférica, etc).
De 1687 a 1690 foi membro do Parlamento Britânico, em representação da Universidade de Cambridge. Em 1696 foi nomeado Warden of the Mint e em 1701 Master of the Mint, dois cargos burocráticos da casa da moeda britânica. Foi eleito sócio estrangeiro da Académie des Sciences em 1699 e tornou-se presidente da Royal Society em 1703. Publicou, em Cambridge, Arithmetica universalis (1707), uma espécie de livro-texto sobre identidades matemáticas, análise e geometria, possivelmente escrito muitos anos antes (talvez em 1673).
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Inquérito-crime arquivado por indisponibilidade dos serviços
Godinho extraiu areia ilegalmente e enterrou entulho nos buracos
Uma das empresas de Manuel José Godinho, o principal arguido do processo Face Oculta e o único em prisão preventiva, extraiu ilegalmente areia num terreno em Ovar, tendo enchido os buracos criados com "cargas de terra e entulho vindos de outros locais".
Os factos fazem parte de um auto de notícia levantado pela GNR em Março de 2007 e que deram origem à aplicação de duas coimas, dois anos depois. A primeira, de oito mil euros, foi determinada pela Inspecção-Geral do Ambiente e Ordenamento do Território (IGAOT) em Janeiro e a outra, de três mil euros, foi aplicada pela Câmara Municipal de Ovar, em Junho.
O empresário de Esmoriz só pagou a última, tendo contestado em tribunal a de valor mais alto. Entretanto, foi também aberto um inquérito por suspeitas de crime ambiental, que acabou arquivado em Maio de 2008. Ainda por decidir está o recurso da contra-ordenação aplicada pela IGAOT, pendente no Tribunal de Ovar.
Segundo o auto da GNR, a polícia recebeu uma denúncia relativa à extracção ilegal de inertes na Zona Industrial de Ovar, onde está hoje localizada a maior empresa de Godinho, a O2 - Tratamentos e Limpezas Ambientais. Em finais de Novembro, agentes que se deslocaram ao local verificaram que se procedia à extracção de areia e que os buracos eram preenchidos com terra e que podia "verificar-se alguns resíduos, entre os quais tubos de plástico e outros, que ficavam entranhados no solo", lê-se no auto. A GNR voltou ao local três vezes, tendo verificado que a extracção continuava e que a mesma não estava autorizada, sendo, por isso, ilegal.
A 16 de Dezembro de 2006, uma equipa de protecção da natureza da GNR faz uma acção de fiscalização conjunta com inspectores tributários, da Segurança Social e de elementos da Autoridade para as Condições do Trabalho.
"Constatou-se a existência de montes de entulho/terra, provenientes de outros locais, colocados estrategicamente de forma a tapar os locais onde antes se tinha extraído areia." O terreno tinha sido remexido num comprimento de 245 metros por 85 metros de largura e o local onde se efectuavam as extracções apresentava 15 metros de profundidade.
O facto de a empresa não ter assegurado a correcta gestão dos resíduos, levou a IGAOT a aplicar-lhe uma coima de oito mil euros. A autarquia de Ovar puniu a empresa Manuel J.Godinho - Administrações Prediais com uma multa de três mil euros devido à "exploração de massas minerais sem licença", desvalorizando a defesa apresentada pelo empresário, que alegava que apenas dera instruções para nivelar e terraplenar o local. O facto de o terreno pertencer a uma das empresas de Godinho, a licença de construção estar no nome de outra e os funcionários que trabalhavam serem ainda de outra levou a câmara a considerar que havia a intenção de enganar as autoridades.
"Verifica-se haver um aproveitamento da situação com vista a criar nos fornecedores e clientes e, em geral, naqueles que com as empresas contactam uma confusão sobre com quem efectivamente se está a lidar, de forma a que cada uma dessas empresas possa assacar culpas a uma outra. Tal procedimento é demonstrativo de que a arguida age com dolo, com a intenção de enganar as autoridades e se eximir da responsabilidade", justifica a decisão.
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ARIANE
Ariane é um navio.
Tem mastros, velas e bandeira à proa,
E chegou num dia branco, frio,
A este rio Tejo de Lisboa.
Carregado de Sonho, fundeou
Dentro da claridade destas grades...
Cisne de todos, que se foi, voltou
Só para os olhos de quem tem saudades...
Foram duas fragatas ver quem era
Um tal milagre assim: era um navio
Que se balança ali à minha espera
Entre as gaivotas que se dão no rio.
Mas eu é que não pude ainda por meus passos
Sair desta prisão em corpo inteiro,
E levantar âncora, e cair nos braços
De Ariane, o veleiro.
in Diário I - Miguel Torga (Prisão do Aljube - Lisboa, 1 de Janeiro de 1940)
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Do Blog De Rerum Natura publicamos o seguinte post:
À beira de um novo ano, de uma nova década, e para os assinalar, publicamos um belo poema de Carlos Drummod de Andrade que recebemos da parte dum profundo conhecedor da poesia universal. Obrigada Paulo Rato.Receita de ano novo
Postado por Fernando Martins às 01:02 0 bocas
Marcadores: Carlos Drummond de Andrade, De Rerum Natura, poesia
Postado por Fernando Martins às 00:08 0 bocas
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Postado por Pedro Luna às 00:01 0 bocas
Marcadores: anos 60, José Afonso, música, Vejam bem, Zeca Afonso
Postado por Fernando Martins às 23:59 0 bocas
Marcadores: Baía de Cascais, Delfins, música
Nacional, a uma enorme distância do resto:
Pontos Negros, Conto de Fadas de Sintra a Lisboa
Internacional, num ano muito bom em que qualquer selecção é algo arbitrário. Por isso, digam que sim.
Snow Patrol, Just Say Yes
Outros balanços se farão, assim o tempo seja caridoso.
Postado por Fernando Martins às 20:02 0 bocas
Marcadores: 2009, A Educação do meu Umbigo, Conto de Fadas de Sintra a Lisboa, Just Say Yes, música, Paulo Guinote, Pontos Negros, Snow Patrol
Post em estereofonia com o Blog AstroLeiria:
Postado por Fernando Martins às 17:03 0 bocas
Marcadores: Ano Internacional da Astronomia, AstroLeiria, astronomia, eclipse, Leiria
Postado por Fernando Martins às 00:50 0 bocas
Marcadores: Delfins, música, Não vou ficar
Hoje é dia de eclipse e de Lua azul! Esta última expressão refere-se ao facto de haver duas luas cheias nesse mês (pois, em Dezembro de 2009, houve Lua Cheia a 2 de Dezembro e há novamente a 31 de Dezembro...).
Recordemos este raro evento (ainda mais raro porque associado a um eclipse...) com uma curiosa música de Amália Rodrigues:
Postado por Fernando Martins às 22:27 0 bocas
Marcadores: Azul, Bastet, Delfins, João Cabeleira, música, Xutos e Pontapés, Zé Pedro
E há para a escolha...
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Marcadores: anos 90, Boa, Melga, Ministra da Educação, música, Xutos e Pontapés
A noite de 31 de Dezembro oferece o último evento astronómico do ano, o eclipse parcial da Lua. Só nos resta esperar boas condições meteorológicas para poder presenciar este belo espectáculo e findar o ano em grande.
As efemérides do Eclipse parcial da Lua, em 31 de Dezembro, para Lisboa, são:
17.15 - A Lua entra na penumbra
18.52 - A Lua entra na umbra
19:23 - Meio do eclipse
19.54 - A Lua sai da umbra
21.30 - A Lua sai da penumbra
Grandeza do eclipse = 0,082 (considerando o diâmetro da Lua como unidade)
Será um eclipse "quase" penumbral, pois a Lua atravessa o cone de sombra da Terra quase tangencialmente.
Será visto na Europa, na África, na Ásia, na parte extrema da Austrália Ocidental e no oceano Índico.
Eclipse parcial da Lua é um fenómeno celeste que ocorre quando a Lua penetra, parcialmente, no cone de sombra projectado pela Terra. Isto acontece sempre que o Sol, a Terra e a Lua se encontram próximos ou em perfeito alinhamento, estando a Terra no meio destes outros dois corpos. O eclipse parcial da Lua só pode ocorrer quando coincide com a fase de Lua cheia e a passagem dela pelo seu nodo orbital.
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Gralhas e morcegos inviabilizam investimento de 100 milhões de euros
Ministério do Ambiente chumba parque eólico no PNSAC
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(Via Blasfémias)
Nesta reportagem da SIC podemos observar a propaganda socrática no estado puro. Reparem bem nas palavras do ridículo Manuel Pinho: "quando daqui a 15 anos muitos países produzirem electricidade a partir da energia das ondas, todos se vão lembrar que tudo começou aqui e hoje".
Passados três meses dessa bonita cerimónia, e com um apoio a fundo perdido de 1 milhão e 250 mil euros por parte do Estado português, as máquinas avariaram e o projecto terminou. O dinheiro dos contribuintes que se lixe, desde que vá dando para estas operações de propaganda, repetidamente engendradas pelo governo socialista.
Post de Nuno Gouveia - Blog 31 da Armada
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ANIVERSÁRIO
Mãe:
Que visita tão pura me fizeste
Neste dia!
Era a tua memória que sorria
Sobre o meu berço.
Nu e pequeno como me deixaste,
Ia chorar de medo e de abandono.
Então vieste, e outra vez cantaste,
Até que veio o sono.
in Diário IV, Miguel Torga
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Marcadores: aniversário, mãe, MASFOM, Miguel Torga
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5 euros é quanto vale um computador Magalhães no mercado paraleloHá computadores Magalhães a ser vendidos por esse preço na Ilha de São Miguel, Açores, por crianças, ou em troca de brinquedos.
As crianças que os receberam nas suas escolas, muitas delas oriundas de bairros carenciados, fazem negócio, trocando o computador por dinheiro ou por brinquedos.
A troca pode ser efectuada por uma bicicleta ou por um carro-de-esferas - disseram algumas crianças à Antena 1 / Açores.
Quanto ao dinheiro, a venda pode ser concretizada entre os 5 e os 30 euros, porque, disse uma criança " é para a Mãe fazer a sua vida, para comer ou até mesmo para brincar.
O Governo pagou por cada computador um preço que ronda os 200 euros, com vista a implementar o uso da informática no ensino, distribuindo essa nova ferramenta de estudo e de trabalho pelas escolas do País e das Regiões Autónomas.
Solicitada a pronunciar-se sobre esta questão, a secretária regional da Educação, Maria Lina Mendes disse à Antena 1 / Açores "que, a partir do momento em que os pais pagam o computador, essa responsabilidade passa a ser deles e não da tutela".
Postado por Fernando Martins às 17:00 0 bocas
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História Antiga
Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava, e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.
E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da Nação.
Mas,
Por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.
Miguel Torga, Antologia Poética, Coimbra, Ed. do Autor, 1981
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Visão, 23 de Dezembro de 2009
Um esclarecimento cabal sobre o processo financeiro através do qual o Magalhães se tornou uma arma de propaganda ao serviço do Governo mais do que uma ferramenta pedagógica.
Conhecido o financiamento através das verbas da Acção Social Escolar percebem-se duas coisas: os investimento não foi feito por verbas específicas para o efeito, mas sim cortando nos outros apoios aos alunos carenciados, pelo que o anúncio do reforço de verbas na ASE para os últimos anos apenas servia para encobrir o financiamento da JP Sá Couto, desculpem, da aquisição e distribuição dos Magalhães.
Claro que numa perspectiva isaltina ou valentina, ou mesmo avelino ou felgueirista da coisa, os fins justificam os meios. Só que neste caso os fiuns foram a propaganda eleitoralista do PS e os meios foram o dinheiro para o apoio aos alunos carenciados que, por causa disso, ficaram muitas vezes sujeitos a escrutínios às finanças familiares (sendo mais prejudicados aqueles que menos sabem como fazer cosmética com as finanças) e a atrasos imensos na distribuição de materiais de trabalho diários, como os manuais escolares.
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Um poema "temperado com música" enviado por quem tem a mestria de combinar as duas artes. Obrigada Paulo Rato.
O poema: O meu Natal de Antigamente, de Teresa Rita Lopes
O MEU NATAL DE ANTIGAMENTE
Quando era menina
não havia Pai Natal nem Árvore de Natal.
Armava-se o presépio com chão de musgo
rochas de cortiça virgem ervas a valer
pedrinhas de verdade
e searinhas que se semeavam em pires e latas vazias
no dia 8 de Dezembro
e eram o pequeno milagre o primeiro
a despontar dos grãos de trigo e a crescer todos os dias.
As criaturas do presépio eram de compra
mas também moldei algumas em barro fresco.
Uma vez uma das minhas tias fez casas e igrejinhas de papel
e acendemos velas lá dentro.
Foi um deslumbramento a luz a sair pelas janelinhas!
Mas ardeu tudo de repente.
Desde então só a lamparina de azeite continuou a alumiar
esse parco mundo pobre.
No meu Natal de antigamente havia menos presentes.
Os meninos não exigiam esses brinquedos extrabíblicos:
computadores, jogos de computadores, cêdêroms, sei lá.
Nem o Menino Jesus podia com tanto peso!
Sim, porque no meu Natal de antigamente era o Menino Jesus
quem dava as prendas.
Púnhamos, na véspera, o sapatinho na chaminé
mas tínhamos que ir para a cama esperar pela manhã
porque Ele só descia pela calada da noite
se ninguém estivesse à espreita
(hoje o Pai Natal não tem esses pudores).
Eu imaginava-O a saltar das palhinhas
nuzinho em pêlo
e a Nossa Senhora a agasalhá-Lo logo com a sua capa.
E lá ia Ele
Como um menino pobre enrolado no casaco do pai
a contentar todas as crianças do mundo.
O Pai Natal, esse, foi encarregado (não sei por quem)
de dar presentes a pequenos e grandes.
Com o Menino Jesus tudo ficava entre meninos.
e se a prenda não agradava
a gente fazia-lhe uma careta
e até, à socapa, chamava-lhe um nome feio.
O Pai Natal é um palhaço cheio de postiços:
barba bigode cabeleira
até a barriga é uma almofadinha.
E vai à televisão convencer-nos a comprar coisas.
Agora o Natal antecipa o Carnaval.
O Menino Jesus, esse não! nunca ia à televisão
(que para dizer a verdade não existia ainda.)
Mas que menino de hoje trocaria o seu Pai Natal
(gerente de um supermercado de prendas)
pelo meu Menino Jesus
a tiritar nas palhas?Teresa Rita Lopes
A música: Um pastor vindo de longe, de Fernando Valente, sobre uma melodia tradicional portuguesa, numa interpretação de: Sílvia Correia Mateus, soprano; Coro da Sé Catedral do Porto; Octeto de Flautas de Bisel; Orquestra Sinfónica da Póvoa De Varzim; direcção de Osvaldo Ferreira.
Postado por Fernando Martins às 15:51 0 bocas
Marcadores: De Rerum Natura, Natal, poesia, Teresa Rita Lopes
Ontem, a TAP Portugal e a ANA desejaram as Boas Festas aos passageiros no Aeroporto de Lisboa de uma forma muito original.
Eu assustava-me. Pensava que era ameaça de bomba!