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quinta-feira, dezembro 19, 2024

Os últimos astronautas a pisar a Lua aterraram há 52 anos...

Estatísticas da missão


Módulo de comando America
Módulo lunar Challenger
Número de tripulantes 3
Lançamento 07.12 de 1972, 05.33 UTC, Cabo Kennedy
Alunagem 11.12 de 1972, 19.54.57 UTC, Taurus-Littrow
Aterragem 19.12 de 1972, 19.24.59 UTC
Órbitas 3 (Terra), 75 (Lua)
Duração 12 dias, 13 horas, 51 minutos e 59 segundos
                                  Imagem da tripulação                                           
 
 

 

Da esquerda para a direita: Schmitt, Evans e Cernan (sentado)

A Apollo XVII foi a sexta e última missão tripulada do Projeto Apollo à Lua, realizada em dezembro de 1972. Foi a única missão que contou com um geólogo profissional em sua tripulação, a missão que mais tempo permaneceu na superfície lunar, o primeiro lançamento noturno de uma missão tripulada norte-americana e a última viagem espacial tripulada realizada por qualquer país para além da órbita terrestre.


in Wikipédia

sábado, dezembro 14, 2024

Faz hoje 52 anos que um Geólogo foi o último homem a pisar a Lua...

Estatísticas da missão
Módulo de comando America
Módulo lunar Challenger
Número de tripulantes 3
Lançamento 07.12 de 1972, 05.33 UTC, Cabo Kennedy
Alunagem 11.12 de 1972, 19.54.57 UTC, Taurus-Littrow
Aterragem 19.12 de 1972, 19.24.59 UTC
Órbitas 3 (Terra), 75 (Lua)
Duração 12 dias, 13 horas, 51 minutos e 59 segundos
                                  Imagem da tripulação                                           

Da esquerda para a direita: Schmitt, Evans e Cernan (sentado)

A Apollo XVII foi a sexta e última missão tripulada do Projeto Apollo à Lua, realizada em dezembro de 1972. Foi a única missão que contou com um geólogo profissional em sua tripulação, a missão que mais tempo permaneceu na superfície lunar, o primeiro lançamento noturno de uma missão tripulada norte-americana e a última viagem espacial tripulada realizada por qualquer país para além da órbita terrestre.

  

  
Harrison Hagan "Jack" Schmitt (Santa Rita, 3 de julho de 1935) é um astronauta, geólogo e ex-senador dos Estados Unidos. Foi um dos integrantes da missão Apollo 17, a última a pousar na Lua, em dezembro de 1972. Nesta missão, ele tornou-se o primeiro membro do grupo de astronautas-cientistas da NASA a ir para o espaço. Ele continua a ser o único cientista profissional a ter voado numa órbita para fora da Terra e a ter visitado a Lua. Foi um membro bastante influente da comunidade de geólogos do Programa Apollo e, antes de começar sua própria preparação para a missão, fazia parte da equipa de cientistas que fazia treino rotineiro visando uma viagem à Lua.
 

quarta-feira, dezembro 11, 2024

Humanos pisaram pela última vez a Lua há 52 anos...

    
Apollo XVII foi a sexta e última missão tripulada do Projeto Apollo à Lua, realizada em dezembro de 1972. Foi a única missão que contou com um geólogo profissional na sua tripulação, a missão que mais tempo permaneceu na superfície lunar, o primeiro lançamento noturno de uma missão tripulada norte-americana e a última viagem espacial tripulada realizada por qualquer país para além da órbita terrestre.

O Fim do Começo
Apesar da cortina estar a fechar-se sobre o Programa Apollo, o ato final foi espetacular. A área de pouso do Módulo Lunar Challenger, num bonito vale cercado de montanhas no limite do Mar da Serenidade, prometia ser um paraíso geológico. Em fotografias tiradas antes da missão, a área escolhida para o pouso, Taurus-Littrow, estava coalhada de pedras roladas das montanhas em volta, e no vale no centro destas montanhas podiam ser vistas inúmeras crateras escuras, provavelmente produzidas por material vulcânico.
Para explorar esta preciosidade geológica, a direção de voo tinha escolhido uma tripulação de dois homens com, talvez, a mais ampla gama de capacidades de todas as tripulações da Apollo. O comandante Eugene Cernan era um veterano de duas missões anteriores, tendo voado na Gemini IX e na Apollo 10. Era o único comandante que já havia pilotado o Módulo Lunar no espaço e havia poucos, no corpo de astronautas, que conheciam o foguetão tão profundamente. Já o seu co-piloto e piloto do ML Challenger, Harrison "Jack" Schmitt, não apenas conhecia o módulo profundamente, mas também era um geólogo profissional, que havia sido um participante ativo no planeamento das primeiras missões Apollo. Se a região lunar de Taurus-Littrow era um paraíso geológico, então Harrison Schmitt era geólogo.


A montagem do ALSEP

Após uma alunagem perfeita, Cernan e Schmitt começaram o seu trabalho na superfície, descarregando e montando o jipe lunar e depois as experiências do ALSEP - sigla que denominava o conjunto de material e experiências que acompanhava cada missão. Muitos destas experiências eram exclusivas da Apollo XVII e de vários deles esperava-se que transmitissem informações da estrutura geológica ao redor do vale de Taurus-Littrow. As experiências que já haviam sido usados em missões anteriores, incluíam a experiência de circulação de calor, um detetor de raios cósmicos semelhante ao usado na Apollo XVI e um tubo de  perfuração como aqueles usados nas Apollos XV e XVI.

As novas experiências levados incluíam um instrumento para determinar a composição da fina atmosfera lunar, um invento para detetar meteoritos e um gravímetro de longa duração, feito com a intenção de que fosse um detetor de ondas gravitacionais.

Estatísticas da missão
FoguetãoSaturno V SA-512
Módulo de comandoAmerica
Módulo de serviçoSM-114
Módulo lunarChallenger
Número de tripulantes3
Base de lançamentoLC 39A, no Centro Espacial Kennedy
Lançamento7 de dezembro de 1972
Cabo Kennedy
Alunagem11 de dezembro de 1972
Taurus-Littrow
Aterragem19 de dezembro de 1972
Órbitas3 (Terra), 75 (Lua)
Duração12 d 13 h 51 m 59 s


  Da esquerda para a direita: Schmitt, Evans e Cernan (sentado)

sábado, dezembro 07, 2024

A última missão Apollo foi lançada há 52 anos

    
A Apollo XVII foi a sexta e última missão tripulada do Projeto Apollo à Lua, realizada em dezembro de 1972. Foi a única missão que contou com um geólogo profissional em sua tripulação, a missão que mais tempo permaneceu na superfície lunar, o primeiro lançamento noturno de uma missão tripulada norte-americana e a última viagem espacial tripulada realizada por qualquer país para além da órbita terrestre.

O Fim do Começo
Apesar da cortina estar a fechar-se sobre o Programa Apollo, o ato final foi espetacular. A área de pouso do Módulo Lunar Challenger, num bonito vale cercado de montanhas no limite do Mar da Serenidade, prometia ser um paraíso geológico. Em fotografias tiradas antes da missão, a área escolhida para o pouso, Taurus-Littrow, estava coalhada de pedras roladas das montanhas em volta, e no vale no centro destas montanhas podiam ser vistas inúmeras crateras escuras, provavelmente produzidas por material vulcânico.
Para explorar esta preciosidade geológica, a direção de voo tinha escolhido uma tripulação de dois homens com, talvez, a mais ampla gama de capacidades de todas as tripulações da Apollo. O comandante Eugene Cernan era um veterano de duas missões anteriores, tendo voado na Gemini IX e na Apollo 10. Era o único comandante que já havia pilotado o Módulo Lunar no espaço e havia poucos, no corpo de astronautas, que conheciam a nave espacial tão profundamente. E o seu co-piloto e piloto do ML Challenger, Harrison "Jack" Schmitt, não apenas conhecia o módulo profundamente, mas também era um geólogo profissional, que havia sido um ativo participante no planeamento das primeiras missões Apollo. Se a região lunar de Taurus-Littrow era um paraíso geológico, então Harrison Schmitt era o geólogo.
  

Estatísticas da missão
Foguetão Saturno V SA-512
Módulo de comando America
Módulo de serviço SM-114
Módulo lunar Challenger
Número de tripulantes 3
Base de lançamento LC 39A, no Centro Espacial Kennedy
Lançamento 7 de dezembro de 1972
Cabo Kennedy
Alunagem 11 de dezembro de 1972
Taurus-Littrow
Aterragem 19 de dezembro de 1972
Órbitas 3 (Terra), 75 (Lua)
Duração 12 d 13 h 51 m 59 s


  Da esquerda para a direita: Schmitt, Evans e Cernan (sentado)

terça-feira, novembro 19, 2024

A Apollo XII poisou na Lua há 55 anos


Apollo XII foi a segunda missão do Programa Apollo a pousar na superfície da Lua e a primeira a fazer um pouso de precisão num ponto pré-determinado do satélite, a fim de resgatar partes de uma sonda não tripulada, enviada dois anos antes, a Surveyor 3, e trazer partes dela de volta à Terra, para estudos do efeito da permanência lunar sobre o material empregado no artefacto.



   
Estatísticas da missão
Módulo de comando Yankee Clipper
Módulo lunar Intrepid
Número de tripulantes 3
Lançamento 14 de novembro de 1969
16:22:00 UTC
Cabo Kennedy
Alunagem 19 de novembro de 1969
06:54:35 UTC
3° 0' 44.60" S - 23° 25' 17.65" W
Oceanus Procellarum
Aterragem 19 de novembro de 1969
20:58:24 UTC
15° 47' S 165° 9' W
Órbitas 45 (órbitas lunares)
Duração Total:
10 d 4 h 36 min 24 s
Órbita lunar:
88 h 58 min 11,52 s; Superfície lunar:
31 h 31 min 11,6 s
Imagem da tripulação
Conrad, Gordon e Bean
Conrad, Gordon e Bean

segunda-feira, novembro 18, 2024

Alan Shepard, o segundo astronauta a viajar no espaço e o quinto a pisar a Lua, nasceu há cento e um anos...

Alan Barlett Shepard, Jr. (Derry, 18 de novembro de 1923 - Monterey, 21 de julho de 1998) foi um astronauta dos Estados Unidos, integrante dos projetos Mercury e Apollo, segundo homem e primeiro norte-americano a ir ao espaço - num voo suborbital em 1961 - e um dos doze homens que pisaram na Lua, onde esteve na missão Apollo XIV, em fevereiro em 1971
     

     
In the Navy
O seu pai era um oficial do exército.
Formado em Ciências pela Academia Naval dos Estados Unidos em Annapolis em 1944 e pela Escola de Piloto de Teste Naval dos Estados Unidos em 1951, Alan Shepard começou a sua carreira naval na Segunda Guerra Mundial, a bordo de um destroyer, no Oceano Pacífico. Logo depois a guerra, ele entrou em treino aéreo de combate no Texas e na Flórida e recebeu as suas asas de aviador em 1947, aos 24 anos de idade, tendo, nessa altura, casado com Louise Brewer. Integrado num esquadrão da caças, serviu em porta-aviões no Mediterrâneo nos anos seguintes. Na década de 1950 serviu como piloto de diversos tipos de aeronaves de combate e de testes em grandes altitudes e fez duas viagens ao sudoeste do Pacífico como líder de esquadrão baseado em porta-aviões.
Ao fim da sua carreira como piloto militar, Shepard havia acumulado uma experiência de mais de 8.000 horas de voo, 3.700 delas em caças a jato de combate.
  
Shepard a bordo da Freedom VII
     
Projeto Mercury
Em 1959, Shepard foi um dos 110 aviadores militares norte-americanos convidados a participar da recém criada agência espacial Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (National Aeronautics and Space Administration - NASA) como voluntários para o programa que pretendia enviar o primeiro homem ao espaço, chamado Projeto Mercury. Após uma série de duros e exaustivos testes físicos e psicológicos, apenas sete daquele total de pilotos foram escolhidos para integrar o programa, entre eles Shepard.
Em janeiro de 1961 ele foi escolhido para o primeiro voo espacial tripulado dos Estados Unidos. Apesar da missão ter sido planeada para se realizar em outubro de 1960, uma série de atrasos, devido a problemas técnicos, adiaram-na para maio de 1961. Com estes atrasos, em 12 de abril de 1961, o cosmonauta soviético Yuri Gagarin tornou-se o primeiro ser humano no espaço.
Em 5 de maio de 1961, Shepard pilotou a nave Freedom VII e tornou-se o segundo homem a viajar pelo espaço. Lançado de Cabo Canaveral, no Centro Espacial Kennedy, Flórida, Shepard voou numa trajetória balística que o levou a uma altitude 116 milhas no espaço - cerca de 180 km de altura - num voo suborbital, mas ao contrário do voo orbital automático de Gagarin dias antes, ele teve que assumir o controle manual da cápsula espacial por diversas vezes. O seu voo, o retorno do espaço e a sua recolha no mar por helicópteros da marinha foi visto pela televisão por milhões de pessoas em todo mundo.
Após a missão ele se tornou um herói nacional norte-americano, desfilou em carro aberto no meio de multidões em Nova Iorque, Washington e Los Angeles e foi recebido e condecorado na Casa Branca pelo presidente John F. Kennedy.
     
Projeto Gemini
Em junho de 1963 ele foi designado para comandar o primeiro voo tripulado do projeto Gemini, o programa espacial da NASA que levaria dois homens ao espaço na mesma missão, com Tom Stafford, da nova turma selecionada de astronautas, como seu co-piloto. Mas no começo de 1964 foi-lhe diagnosticada uma doença na parte interna do ouvido, que lhe afetava a audição e o equilíbrio, a Síndrome de Ménière, o que causou sua remoção do status de astronauta do programa espacial por todo o resto da década de 1960, sendo substituído nesse voo pioneiro pelo colega de Projeto Mercury, Virgil Grisson.
   
Alan Shepard hasteia a bandeira dos Estados Unidos em Fra Mauro
     
Projeto Apollo
Em maio de 1969, após seis anos trabalhando em funções técnicas no solo, Shepard foi novamente integrado ao corpo de astronautas após uma cirurgia corretiva - através do desenvolvimento de novos métodos - da Síndrome de Ménière e foi inicialmente escalado para o comando da missão Apollo XIII, mas como sentiu que tinha necessidade de um pouco mais de tempo de treino, ele e seus colegas de tripulação - Edgar Mitchell e Stuart Roosa - fizeram uma troca de missões com a então tripulação da Apollo XIV, James Lovell, Ken Mattingly e Fred Haise. A troca iria permitir-lhe pisar a Lua, já que os integrantes da fatídica Apollo XIII, devido a problemas na nave, jamais tiveram essa oportunidade.
Aos 47 anos, o mais velho astronauta do Programa Apollo, ele fez o seu segundo voo ao espaço, desta vez para a Lua, no comando da missão Apollo XIV, entre 31 de janeiro e 9 de fevereiro de 1971, a terceira bem sucedida missão lunar dos Estados Unidos. Pilotando o módulo lunar Antares, ele realizou a mais precisa alunagem de todo o programa, na primeira missão transmitida pela televisão a cores para todo o mundo.
Na Lua, entrou para a história a sua frase quando, ao se tornar o primeiro jogador de golfe fora da Terra, descreveu a tacada com a bola viajando por "milhas, milhas e milhas", pela superfície de baixa gravidade do satélite.
Após a missão ele voltou a assumir a posição de chefe do escritório de astronautas da NASA por mais três anos e, como oficial da marinha, ainda foi promovido a contra-almirante antes de se retirar da vida militar e da NASA, em agosto de 1974.
   
Depois de sair da NASA
Sempre um homem de negócios experiente, Shepard foi o primeiro astronauta a ser milionário ainda ativo. Após a sua reforma como astronauta, criou a sua própria empresa, a Seven-Fourteen Enterprises (Empresas Sete-Quatorze), em homenagem aos números de suas missões, Freedom 7 e Apollo 14, e por vinte anos serviu em direções e conselhos de diversas empresas de seu país.
Faleceu de leucemia, dois anos após lhe ser diagnosticado a doença, em Pebble Beach, Califórnia, aos 74 anos, em 21 de julho de 1998. A sua esposa de 53 anos da casamento, Louise Brewer Shepard, morreu cinco semanas depois. Ambos foram cremados e as suas cinzas foram atiradas juntas ao mar. O mais competitivo, frio e determinado do brilhante grupo de pilotos de teste que compôs o primeiro grupo de astronautas do programa espacial norte-americano, no dia de sua morte disse dele o Presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton: "Alan Shepard foi um dos grandes heróis de nossa era".
     
Condecorações
Entre as diversas honrarias que recebeu em vida, Shepard é um dos 28 homens e mulheres a terem recebido até hoje a Medalha de Honra Espacial do Congresso, a maior condecoração concedida pelo governo dos Estados Unidos a astronautas que tenham realizado algum feito extraordinário para a nação ou para a Humanidade, no desempenho de alguma missão espacial.
    

domingo, outubro 06, 2024

Há ideias novas sobre a formação da Lua

Nova teoria desafia tudo o que sabemos sobre a origem da Lua

 

superlua azul

 

Uma nova pesquisa desafia a hipótese dominante, que defende que a Lua se formou a partir de material ejetado após o choque da Terra com um antigo planeta hipotético chamado Theia.

Um estudo recente disponível em pré-publicação pôs em causa a teoria dominante de que a Lua se formou a partir de material ejetado quando um objeto da dimensão de Marte, Theia, colidiu com a proto-Terra.

Esta hipótese tem sido amplamente aceite na ciência planetária, mas a nova investigação sugere que a Lua pode ter a mesma idade da Terra, em vez de ser algumas centenas de milhões de anos mais nova, como se pensava anteriormente.

A hipótese Theia ganhou força devido à necessidade de explicar o facto de a Lua da Terra ser invulgarmente grande em comparação com outros planetas do Sistema Solar. A maioria dos planetas interiores, como Vénus, não tem luas, e as luas de Marte são minúsculas em comparação, escreve o IFLScience.

A lua da Terra, com um tamanho relativamente próximo do planeta, é excecional, levando a especulações sobre a sua formação. A existência de um satélite tão grande pode ter sido crucial para o desenvolvimento de vida complexa na Terra, estabilizando o clima e a inclinação axial do planeta.

Um elemento chave da hipótese de Theia é a expectativa de que a Terra e a Lua teriam diferenças subtis de composição. Se Theia se formou noutro local do Sistema Solar, a sua composição isotópica deveria ser ligeiramente diferente da da Terra.

No entanto, o investigadores descobriram que a Terra e a Lua têm uma composição surpreendentemente semelhante, especialmente nos seus isótopos de oxigénio, crómio e titânio.

O estudo revelou que as rochas lunares partilham rácios isotópicos quase idênticos aos do manto da Terra, desafiando a ideia de que Theia introduziu uma assinatura isotópica única.

A principal diferença entre os dois corpos é a quantidade de ferro, com a Lua a conter significativamente menos (7,5% em comparação com os 33% em peso da Terra). Os modelos anteriores esforçaram-se por explicar esta mistura de semelhanças e diferenças sob a hipótese de Theia.

Os investigadores analisaram 70 elementos em rochas lunares e descobriram que os elementos mais propensos a transformarem-se em gás estavam em falta na Lua, provavelmente devido à sua menor gravidade.

Os elementos que se vaporizam a temperaturas superiores a 1130°C permaneceram em quantidades semelhantes nos dois corpos. Isto sugere que a Lua e a Terra se formaram a partir do mesmo material, sendo o núcleo mais pequeno da Lua responsável por outras variações.

Os autores propõem que a Terra e a Lua podem ter-se formado independentemente, mas a partir de material da mesma região do Sistema Solar.

Esta teoria contrasta com a hipótese prevalecente de Theia, que postula um impacto cataclísmico. No entanto, levanta novas questões sobre como é que ambos os corpos acabaram por ter composições tão semelhantes.

 

in ZAP

quinta-feira, setembro 12, 2024

JFK proferiu o discurso "We choose to go to the moon" há 62 anos...

   
The "Address at Rice University on the Nation's Space Effort", or better known informally as the "We choose to go to the moon" speech, was delivered by U.S. President John F. Kennedy to a large crowd gathered at Rice Stadium in Houston, Texas on September 12, 1962. It was one of Kennedy's earlier speeches meant to persuade the American people to endorse the Apollo program, the national effort to land a man on the Moon.
  
Background
When John F. Kennedy became president during January 1961, many Americans perceived that the United States was losing the Space Race with the USSR, which had successfully launched the first artificial satellite, Sputnik 1, almost four years earlier. The perception increased when during April 1961, Russian cosmonaut Yuri Gagarin became the first man in space before the U.S. could launch its first Project Mercury astronaut. Convinced of the political need to make an achievement which would decisively demonstrate America's space superiority, and after consulting with NASA to identify such an achievement, Kennedy stood before Congress on May 25, 1961, and proposed that “this nation should commit itself to achieving the goal, before this decade is out, of landing a man on the Moon and returning him safely to the Earth.”
Kennedy's goal gave a specific mission to National Aeronautics and Space Administration's Apollo program. This required the expansion of NASA's Space Task Group into a Manned Spacecraft Center. Houston, Texas was chosen as the site, and the Humble Oil and Refining Company donated the land during 1961, with Rice University as an intermediary. Kennedy took advantage of the 1962 construction of the facility to deliver a speech on the nation's space effort.

The speech
On September 12, 1962, President Kennedy delivered his speech before a crowd of 35,000 people in the Rice University football stadium. The most memorable and quoted portion of the speech is in the middle:
We set sail on this new sea because there is new knowledge to be gained, and new rights to be won, and they must be won and used for the progress of all people. For space science, like nuclear science and all technology, has no conscience of its own. Whether it will become a force for good or ill depends on man, and only if the United States occupies a position of pre-eminence can we help decide whether this new ocean will be a sea of peace or a new terrifying theater of war. I do not say that we should or will go unprotected against the hostile misuse of space any more than we go unprotected against the hostile use of land or sea, but I do say that space can be explored and mastered without feeding the fires of war, without repeating the mistakes that man has made in extending his writ around this globe of ours.
There is no strife, no prejudice, no national conflict in outer space as yet. Its hazards are hostile to us all. Its conquest deserves the best of all mankind, and its opportunity for peaceful cooperation may never come again. But why, some say, the Moon? Why choose this as our goal? And they may well ask, why climb the highest mountain? Why, 35 years ago, fly the Atlantic? Why does Rice play Texas?
We choose to go to the Moon! ... We choose to go to the Moon in this decade and do the other things, not because they are easy, but because they are hard; because that goal will serve to organize and measure the best of our energies and skills, because that challenge is one that we are willing to accept, one we are unwilling to postpone, and one we intend to win ...
   
Full Moon in the darkness of the night sky. It is patterned with a mix of light-tone regions and darker, irregular blotches, and scattered with varied circles surrounded by out-thrown rays of bright ejecta: impact craters.
 

quarta-feira, agosto 28, 2024

A nossa Lua, sempre a mexer com a Terra...

Os dias na Terra já tiveram mais de 26 horas por causa da Lua (que gerou uma explosão de vida)

 

 

Uma nova pesquisa revela que a Lua já levou a que os dias na Terra tivessem mais 2,2 horas do que atualmente. O aumento da exposição solar devido aos dias mais longos terá  causado uma grande explosão da diversidade de vida.

Um estudo recente publicado na PNAS, revelou que os dias da Terra já foram mais de duas horas mais longos do que são atualmente, devido ao afastamento gradual da Lua do nosso planeta. Este processo, que ocorreu em dois períodos distintos, pode ter tido implicações significativas para a evolução da vida na Terra, nomeadamente através de eventos de oxigenação acrescida.

Atualmente, a lua orbita a Terra a uma distância média de 384.400 quilómetros. No entanto, nem sempre foi assim. À medida que a Lua se afasta lentamente da Terra, absorve a energia cinética do planeta, levando a um abrandamento gradual da rotação da Terra. Este abrandamento tem resultado em dias progressivamente mais longos ao longo de milhões de anos.

Tradicionalmente, os modelos que tentam reconstruir a história da rotação da Terra têm tido dificuldades de precisão, levando frequentemente à previsão incorreta de que a Terra e a Lua teriam colidido há cerca de 1,5 mil milhões de anos.

Para resolver este problema, uma equipa de investigadores liderada pelo geólogo He Huang da Universidade de Tecnologia de Chengdu, na China, examinou camadas de rocha de ambientes marinhos datadas entre 700 milhões e 200 milhões de anos atrás. Estas camadas, conhecidas como tidalites, registam a força das marés ao longo do tempo e podem fornecer informações sobre a velocidade de rotação da Terra.

Os investigadores descobriram um padrão de “escada” na história da rotação da Terra, caracterizado por dois períodos de rápida mudança na rotação do planeta, seguidos de estabilidade. Durante estes períodos, os dias eram aproximadamente 2,2 horas mais longos do que são agora e a Lua estava cerca de 20.000 quilómetros mais longe da Terra, explica o Live Science.

Um desses períodos, entre há 650 milhões e 500 milhões de anos, coincidiu com a explosão câmbrica, uma época de significativa diversificação da vida na Terra. O segundo período, de cerca de 340 milhões a 280 milhões de anos atrás, ocorreu durante uma época em que enormes glaciares cobriam o planeta.

O estudo sugere que estes dias mais longos, e o correspondente aumento da exposição à luz solar, podem ter desempenhado um papel no desencadear de grandes eventos de oxigenação que contribuíram para a diversificação da vida. No entanto, os investigadores alertam para o facto de estes resultados deverem ser interpretados com cuidado.

Além disso, o estudo desafia a teoria de que um evento de glaciação rápida, que levou a uma extinção em massa, teve um impacto significativo na rotação da Terra. Em vez disso, os investigadores sugerem que a principal causa do abrandamento da rotação da Terra são as forças de maré exercidas pela Lua.

 

in ZAP

domingo, agosto 25, 2024

Neil Armstrong morreu há doze anos...

  
Neil Alden Armstrong (Wapakoneta, 5 de agosto de 1930Cincinnati, 25 de agosto de 2012) foi um engenheiro aeroespacial, aviador naval, piloto de teste, astronauta e professor norte-americano que tornou-se o primeiro homem a pisar na Lua em 1969. Armstrong estudou engenharia na Universidade Purdue; em 1949 tornou-se aspirante da Marinha dos Estados Unidos e, no ano seguinte, fez o curso de aviador naval. Lutou na Guerra da Coreia a partir do porta-aviões USS Essex e depois completou o seu bacharelado em engenharia; na sequência, trabalhou como piloto de testes na Estação de Voo de Alta-Velocidade da Base Aérea Edwards, voando em diversos aviões da Série Centenária e, por sete vezes, no North American X-15. Também participou de dois programas espaciais concebidos pela Força Aérea: Man in Space Soonest e X-20 Dyna-Soar.
  

sexta-feira, agosto 09, 2024

Notícia interessante sobre impactismo e um asteroide que quase é uma lua da Terra

O asteroide Kamo’oalewa pode ser a “segunda lua” da Terra (e ter-se separado da primeira)

 

 

Um novo estudo indica que o asteróide Kamo’oalewa pode ser um fragmento da Lua que se separou após um choque há vários milhões de anos.

Uma nova pesquisa publicada na revista Nature detalha uma descoberta importante que pode ter resolvido o mistério das origens do asteroide Kamo’oalewa.

Detetado em 2016, Kamo’oalewa tem sido um enigma devido às suas características orbitais únicas e composição. No entanto, o novo estudo sugere que este asteroide pode ter origem na Lua, especificamente da cratera Giordano Bruno, localizada no lado mais distante da Lua.

A pesquisa utilizou simulações numéricas para analisar as propriedades das crateras lunares e a sua capacidade de produzir detritos que poderiam migrar para o espaço co-orbital da Terra.

Segundo o phys.org, a equipa encontrou uma correspondência na cratera Giordano Bruno, sugerindo que Kamo’oalewa poderia ser um fragmento lunar de um evento de impacto que ocorreu há alguns milhões de anos.

Esta descoberta fornece uma ligação direta entre um asteroide específico e a sua origem lunar, indicando que pode haver mais pequenos asteroides compostos de material lunar ainda por descobrir perto da Terra.

As propriedades de reflexão e a cor do asteroide também se assemelham muito às da superfície lunar, diferindo significativamente de outros asteroides próximos da Terra.

As estimativas indicam que Kamo’oalewa tem entre 10 e 100 milhões de anos, ajustando-se ao perfil de detritos resultantes de um impacto lunar substancial.

A cratera Giordano Bruno, com 22 quilómetros de diâmetro e menos de 10 milhões de anos, emerge como a fonte mais provável devido ao seu tamanho e idade.

O estudo também destaca que a composição de piroxena encontrada nas paredes e na borda da cratera corresponde à de Kamo’oalewa, apoiando a hipótese da sua origem comum.

As simulações estimam que um impacto de um asteroide na superfície da Lua, com cerca de 1,66 quilómetros de diâmetro, poderia ter ejetado até 400 fragmentos do tamanho de Kamo’oalewa.

Embora se espere que a maioria desses fragmentos tenha deixado o espaço co-orbital da Terra dentro de 10 milhões de anos após o impacto, alguns, como Kamo’oalewa, podem permanecer em órbitas semelhantes por períodos prolongados.

A Administração Espacial Nacional Chinesa está a planear a missão Tianwen-2 para investigar mais a fundo Kamo’oalewa, o que pode servir para confirmar as teorias sobre as origens lunares do asteroide.

 

in ZAP

segunda-feira, agosto 05, 2024

Neil Armstrong nasceu há 94 anos...

  
Neil Alden Armstrong (Wapakoneta, 5 de agosto de 1930Cincinnati, 25 de agosto de 2012) foi um norte-americano engenheiro aeroespacial, aviador naval, piloto de teste, astronauta e professor que se tornou o primeiro homem a pisar na Lua, em 1969. Armstrong estudou engenharia na Universidade Purdue; em 1949 tornou-se aspirante da Marinha dos Estados Unidos e, no ano seguinte, fez o curso de aviador naval. Lutou na Guerra da Coreia a partir do porta-aviões USS Essex e depois completou o seu bacharelado em engenharia; na sequência, trabalhou como piloto de testes na Estação de Voo de Alta-Velocidade da Base Aérea Edwards, voando em diversos aviões da Série Centenária e, por sete vezes, no North American X-15. Também participou de dois programas espaciais concebidos pela Força Aérea: Man in Space Soonest e X-20 Dyna-Soar.
  

quarta-feira, julho 24, 2024

Ainda havemos de fazer espeleologia na Lua...!

Encontrada uma enorme caverna na Lua

 

Impressão artística do fosso lunar no Mare Tranquillitatis, que esconde uma conduta que dá acesso a uma caverna com dezenas de metros de comprimento

 

Uma equipa de cientistas encontrou provas de uma gruta subterrânea na Lua que é acessível a partir da superfície, podendo vir a ser um local privilegiado para a construção de uma futura base lunar.

Num novo estudo, publicado esta segunda-feira no Nature Astronomy, uma equipa de investigadores anunciou a descoberta de uma gruta com 45 metros de largura e até 80 metros de comprimento, uma área equivalente a catorze campos de ténis.

A gruta é acessível a partir de um poço aberto no Mar da Tranquilidade, a antiga planície de lava onde os astronautas da Apollo XI pisaram a Lua pela primeira vez.

Segundo o The Guardian, as órbitas lunares detetaram pela primeira vez poços na Lua há mais de uma década. Os cientistas acreditam que muitos deles são claraboias que ligam as grutas subterrâneas, tais como tubos de lava que se formam através de processos vulcânicos.

Estas grutas podem vir a constituir a base de um abrigo lunar de emergência, porque a temperatura é maioritariamente estável no interior e os astronautas estariam naturalmente protegidos dos raios cósmicos nocivos, da radiação solar e dos micrometeoritos.

Os cientistas estão interessados em estudar as rochas no interior destas grutas, pois é provável que contenham pistas sobre a formação da Lua e a sua história vulcânica. As grutas podem também conter gelo, um recurso essencial para missões lunares a longo prazo e para a colonização.

 

Pensa-se que muitos poços lunares estão ligados a grutas subterrâneas, tais como tubos de lava, túneis subterrâneos gigantes que se formam através de processos vulcânicos

 

“Os sistemas de cavernas lunares são vistos como potenciais locais para a instalação de futuras bases tripuladas, uma vez que o espesso teto de rocha das cavernas é ideal para proteger as pessoas e as infraestruturas das variações de temperatura dia/noite e para bloquear a radiação de alta energia da superfície lunar”, diz Katherine Joy, professora da University of Manchester, que não esteve envolvida no estudo.

Apesar desta descoberta, um dos maiores desafios seria o acesso ao poço que requer um grande cuidado.

“Para entrar no poço é necessário descer 125 metros antes de chegar ao solo, e a borda é uma encosta íngreme de detritos soltos, onde qualquer movimento enviará pequenas avalanches para quem estiver por baixo”, conclui Robert Wagner, investigador da Arizona State University, também não envolvido no estudo.

 

in ZAP

Poema para recordar o regresso da Apollo XI ao nosso planeta...

  

 

Satélite

 

Fim de tarde.
No céu plúmbeo
A lua baça
Paira.

Muito cosmograficamente
Satélite.

Desmetaforizada,
Desmitificada,

Despojada do velho segredo de melancolia,
Não é agora o golfão de cismas,
O astro dos loucos e enamorados,
Mas tão somente
Satélite.

Ah! Lua deste fim de tarde,
Desmissionária de atribuições românticas;
Sem show para as disponibilidades sentimentais!

Fatigado de mais-valia,
gosto de ti, assim:
Coisa em si,
-Satélite.

 

Manuel Bandeira

A Apollo XI regressou à Terra há cinquenta e cinco anos...

 
Apollo XI foi a quinta missão tripulada do Programa Apollo e a primeira a realizar uma alunagem, no dia 20 de julho de 1969. Tripulada pelos astronautas Neil Armstrong, Edwin 'Buzz' Aldrin e Michael Collins, a missão cumpriu a meta proposta pelo Presidente John F. Kennedy em 25 de maio de 1961, quando, perante o Congresso dos Estados Unidos, afirmou que:

"Eu acredito que esta nação deve comprometer-se em alcançar a meta, antes do final desta década, de pousar um homem na Lua e trazê-lo de volta à Terra em segurança"

Presidente JFK, 25 de maio de 61

Composta pelo módulo de comando Columbia, o módulo lunar Eagle e o módulo de serviço, a Apollo XI, com seus três tripulantes a bordo, foi lançada do Cabo Canaveral, na Flórida, às 13.32 UTC de 16 de julho, na ponta de um foguetão Saturno V, sob o olhar de centenas de milhares de espetadores que enchiam estradas, praias e campos em redor do Centro Espacial Kennedy e de milhões de espetadores pela televisão em todo o mundo, para a histórica missão de oito dias de duração, que culminou com as duas horas e quarenta e cinco minutos de caminhada de Armstrong e Aldrin na Lua.
   

 

 

Columbia floats on the ocean as Navy divers assist in retrieving the astronauts
        
On July 24, the astronauts returned home aboard the Command Module Columbia just before dawn local time (16:51 UTC) at 13°19′N 169°9′W, in the Pacific Ocean 2,660 km (1,440 nmi) east of Wake Island, 380 km (210 nmi) south of Johnston Atoll, and 24 km (13 nmi) from the recovery ship, USS Hornet.
At 16:44 UTC the drogue parachutes had been deployed and seven minutes later the Command Module struck the water forcefully. During splashdown, the Command Module landed upside down but was righted within 10 minutes by flotation bags triggered by the astronauts. "Everything's okay. Our checklist is complete. Awaiting swimmers," was Armstrong's last official transmission from the Columbia. A diver from the Navy helicopter hovering above attached a sea anchor to the Command Module to prevent it from drifting. Additional divers attached flotation collars to stabilize the module and position rafts for astronaut extraction. Though the chance of bringing back pathogens from the lunar surface was considered remote, it was considered a possibility and NASA took great precautions at the recovery site. Divers provided the astronauts with Biological Isolation Garments (BIGs) which were worn until they reached isolation facilities on board the Hornet. Additionally astronauts were rubbed down with a sodium hypochlorite solution and the Command Module wiped with Betadine to remove any lunar dust that might be present. The raft containing decontamination materials was then intentionally sunk.
  
The crew of Apollo XI in quarantine after returning to Earth, visited by Richard Nixon
        

domingo, julho 21, 2024

Há 55 anos dois humanos passearam numa magnífica desolação...

  
At 02:39 UTC on Monday July 21, 1969, Armstrong opened the hatch, and at 02:51 UTC began his descent to the lunar surface. The Remote Control Unit controls on his chest kept him from seeing his feet. Climbing down the nine-rung ladder, Armstrong pulled a D-ring to deploy the Modular Equipment Stowage Assembly (MESA) folded against Eagle's side and activate the TV camera, and at 02:56:15 UTC he set his left foot on the surface. The first landing used slow-scan television incompatible with commercial TV, so it was displayed on a special monitor and a conventional TV camera viewed this monitor, significantly reducing the quality of the picture. The signal was received at Goldstone in the United States but with better fidelity by Honeysuckle Creek Tracking Station in Australia. Minutes later the feed was switched to the more sensitive Parkes radio telescope in Australia. Despite some technical and weather difficulties, ghostly black and white images of the first lunar EVA were received and broadcast to at least 600 million people on Earth. Although copies of this video in broadcast format were saved and are widely available, recordings of the original slow scan source transmission from the lunar surface were accidentally destroyed during routine magnetic tape re-use at NASA.
After describing the surface dust as "very fine-grained" and "almost like a powder," Armstrong stepped off Eagle's footpad and uttered his famous line, "That's one small step for [a] man, one giant leap for mankind" six and a half hours after landing. Aldrin joined him, describing the view as "Magnificent desolation."