O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
No final de 1978, Zé Pedro, Kalú, Tim e Zé Leonel, formam os Xutos e Pontapés, dando o primeiro concerto a 13 de janeiro de 1979, com Zé Leonel na voz, Tim no baixo, Zé Pedro na guitarra e Kalú na bateria, na sala Alunos de Apolo, para a comemoração dos 25 anos do Rock & Roll.
Em 1981 entra para a banda o guitarrista Francis e sai Zé Leonel, assumindo Tim as funções de vocalista. Em 1982 sai o compacto 1978-1982, com músicas marcantes como "Sémen" e "Mãe". Em 1983 Francis sai da banda, que passa a actuar com músicos convidados, entre os quais o saxofonista Gui, e no mesmo ano entra para a banda o guitarrista João Cabeleira.
O primeiro álbum gravado por João Cabeleira, em 1985, foi Cerco, com as músicas "Barcos gregos" e "Homem do leme", que sairiam também em single.
A explosão mediática começou em 1987 com o álbum Circo de Feras e os seus mega sucessos "Contentores", "Não sou o único" e "N'América". Continuou com o single "7º Single" e o seu estrondoso hit "A minha casinha". O álbum 88
foi um dos pontos mais altos da carreira dos Xutos e Pontapés com os
mega êxitos "À Minha Maneira", "Para Ti Maria" e "Enquanto a noite
cai", entre outros, dando início a uma das maiores turnés da banda que
ficou retratada no álbum "Xutos - Ao vivo".
Em 1990 o álbum Gritos Mudos é mal recebido e o sucesso da banda sofre o seu primeiro revés, embora a música "Gritos Mudos" seja também um grande sucesso.
Na década de 90, o grupo entra em crise interna, com os seus elementos a iniciarem outros projetos. Tim integra os Resistência, Zé Pedro e Kalu abrem o bar Johnny Guitar e integram a banda de Jorge Palma, Palma's Gang, com Flak e Alex, ambos dos Rádio Macau.
Em 1999, com novo fôlego, fazem a turné XX Anos Ao Vivo,
onde fazem cerca de oitenta concertos. Em ano de comemoração dos
vinte anos de carreira é também editada uma compilação de homenagem, XX Anos XX Bandas,
com a participação de várias das bandas e artistas. Nesse ano, gravam
ainda o tema "Inferno" para o filme do mesmo nome, de Joaquim Leitão.
No ano seguinte, gravam uma versão da canção "Chico Fininho" de Rui Veloso, para o álbum de homenagem aos vinte anos de estreia de Veloso com "Ar de rock".
Os membros dos Xutos & Pontapés em 2004, foram agraciados pelo Presidente da RepúblicaJorge Sampaio com o grau de Comendador da Ordem do Mérito. Nesse mesmo ano, os Xutos deram dois concertos no Pavilhão Atlântico,
em Lisboa, nos dias 8 e 9 de outubro, para celebrar os seus 25 anos
de carreira. A canção "O Mundo ao Contrário", do álbum homónimo, foi
escolhida para música oficial do filme Sorte Nula, que conta com uma breve participação de Zé Pedro como ator.
Em 2005, os Xutos & Pontapés realizaram uma turné intitulada A turné dos 3 desejos,
na qual deram três séries de concertos, cada um com um alinhamento
diferente. Em 2006 não só deram um concerto acústico, em celebração dos
seus vinte e oito anos, como também lançaram um DVD triplo com toda a
sua história desde o início (1978) até 2005 (turné 3 desejos).
Em 2006, António Feio encenou um musical, Sexta Feira 13, apenas com músicas dos Xutos, tendo estes concebido um tema especialmente para o musical com mesmo nome da peça.
Em 2008 foram convidados pela Associação Encontrar-se a integrarem o Movimento UPA – Unidos Para Ajudar, em conjunto com os Oioai, para interpretarem o tema de solidariedade "Pertencer".
Ao longo do ano de 2009, foi reeditada toda a discografia da banda,
sendo editadas em vinil e limitadas a 500 unidades, o que se tornará
numa peça de colecionador.
Já em setembro desse ano, os Xutos & Pontapés atuam perante 40
mil espetadores, num Estádio do Restelo quase cheio para ver o
derradeiro concerto de comemoração dos trinta anos de carreira da
banda. Os Pontos Negros e Tara Perdida asseguraram as primeiras partes e nomes como Camané, Pacman, Manuel Paulo e Pedro Gonçalves foram os convidados da noite.
Depois de terem completado 30 anos, os Xutos têm mais uma prenda dos
fãs, em setembro de 2009, são nomeados para os EMAs na categoria de
"Best Portuguese Act", ganhando o prémio em novembro do mesmo ano.
Mais recentemente, apenas o cantor Tim, lançou uma música com Rui
Veloso, acerca de um rapaz portador de Trissomia 21, que se encontra
preso no quarto, denomina-se "Voar".
Em 2012 sai o disco "O Cerco Continua" com músicas do disco "Cerco" mas noutra versão.
Em 2014 é lançado o disco "Puro", que comemora os 35 anos da banda.
A 30 de novembro de 2017 morre o guitarrista e fundador, Zé Pedro, aos 61 anos, vítima de doença hepática.
Em 2019 foi lançado o disco ''Duro'', que comemora os 40 anos da banda.
Vem ouvir a minha cabeça a contar histórias ricas que ainda não viajei! Traze tinta encarnada para escrever estas coisas! Tinta cor de sangue, sangue verdadeiro, encarnado!
Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça!
Eu ainda não fiz viagens e a minha cabeça não se lembra senão de viagens! Eu vou viajar. Tenho sede! Eu prometo saber viajar.
Quando voltar é para subir os degraus da tua casa, um por um. Eu vou aprender de cor os degraus da nossa casa. Depois venho sentar-me ao teu lado. Tu a coseres e eu a contar-te as minhas viagens, aquelas que eu viajei, tão parecidas com as que não viajei, escritas ambas com as mesmas palavras.
Mãe! ata as tuas mãos às minhas e dá um nó-cego muito apertado! Eu quero ser qualquer coisa da nossa casa. Como a mesa. Eu também quero Ter um feitio que sirva exatamente para a nossa casa, como a mesa.
Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça!
Quando passas a tua mão na minha cabeça é tudo tão verdade!
in A Invenção do Dia Claro (1921) - José de Almada Negreiros
Vem ouvir a minha cabeça a
contar histórias ricas que ainda não viajei! Traze tinta encarnada para
escrever estas coisas! Tinta cor de sangue, sangue verdadeiro,
encarnado!
Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça!
Eu ainda não fiz viagens e a minha cabeça não se lembra senão de viagens! Eu vou viajar. Tenho sede! Eu prometo saber viajar.
Quando voltar é para subir os
degraus da tua casa, um por um. Eu vou aprender de cor os degraus da
nossa casa. Depois venho sentar-me ao teu lado. Tu a coseres e eu a
contar-te as minhas viagens, aquelas que eu viajei, tão parecidas com as
que não viajei, escritas ambas com as mesmas palavras.
Mãe! ata as tuas mãos às minhas e
dá um nó-cego muito apertado! Eu quero ser qualquer coisa da nossa
casa. Como a mesa. Eu também quero Ter um feitio que sirva exactamente
para a nossa casa, como a mesa.
Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça!
Quando passas a tua mão na minha cabeça é tudo tão verdade!
in A Invenção do Dia Claro (1921) - José de Almada Negreiros
Vem ouvir a minha cabeça a contar histórias ricas que ainda não viajei! Traze tinta encarnada para escrever estas coisas! Tinta cor de sangue, sangue verdadeiro, encarnado!
Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça!
Eu ainda não fiz viagens e a minha cabeça não se lembra senão de viagens! Eu vou viajar. Tenho sede! Eu prometo saber viajar.
Quando voltar é para subir os degraus da tua casa, um por um. Eu vou aprender de cor os degraus da nossa casa. Depois venho sentar-me ao teu lado. Tu a coseres e eu a contar-te as minhas viagens, aquelas que eu viajei, tão parecidas com as que não viajei, escritas ambas com as mesmas palavras.
Mãe! ata as tuas mãos às minhas e dá um nó-cego muito apertado! Eu quero ser qualquer coisa da nossa casa. Como a mesa. Eu também quero Ter um feitio que sirva exactamente para a nossa casa, como a mesa.
Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça!
Quando passas a tua mão na minha cabeça é tudo tão verdade!
in A Invenção do Dia Claro (1921) - José de Almada Negreiros
Mãe: Que visita tão pura me fizeste Neste dia! Era a tua memória que sorria Sobre o meu berço. Nu e pequeno como me deixaste, Ia chorar de medo e de abandono. Então vieste, e outra vez cantaste, Até que veio o sono.