sábado, março 23, 2024

Chaka Khan comemora hoje setenta e um anos

  

Chaka Khan (Chicago, 23 de março de 1953) é o pseudónimo da cantora norte-americana Yvette Marie Stevens.
Khan chamou atenção do mundo da música pela primeira vez como cantora, na banda funk Rufus, em meados dos anos 70. Com a ajuda de Stevie Wonder, despontou nas tops de sucesso pop e R&B em 1974, com a canção "Tell Me Something Good".
Em 1978 teve grande sucesso interpretando "I'm Every Woman", canção disco composta pela dupla Ashford & Simpson. Outras músicas de sucesso suas incluem "Do you love what you feel" (1979) e "I Feel for you" (1984).
A carreira de Chaka Khan tem sido irregular em termos de vendas de discos, porém tem continuado a gravar e sua marca como ícone da música negra norte-americana, especialmente do soul, é indiscutível. A sua versatilidade permitiu-lhe ainda fazer música de disco', hip hop, jazz, R&B e funk.
   
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O álbum Eliminator dos ZZ Top foi lançado há 41 anos

   

Eliminator is the eighth studio album by American rock band ZZ Top. It was released on March 23, 1983, by Warner Bros. Records, and rose high on the charts in many countries. Four hit singles were released—"Gimme All Your Lovin'" which reached the American Top 40, "Sharp Dressed Man", "TV Dinners" and their most successful single, "Legs". Eliminator is ZZ Top's most commercially successful release, with sales of 11 million and diamond certification in the US.

Since El Loco in 1981, the bandleader, Billy Gibbons, had been moving ZZ Top's boogie and blues rock style towards the popular new wave style. For Eliminator, he increased the tempo and used more synthesizers and drum machines, producing a "tighter" album with a steady, driving beat. The pre-production engineer Linden Hudson collaborated with Gibbons in Texas on the tempo and songs. The producer Bill Ham and the engineer Terry Manning joined Gibbons in Memphis, Tennessee, to edit the songs, replacing much of the contributions of bassist Dusty Hill and drummer Frank Beard. Ham claimed the album was solely the work of ZZ Top, but in 1986 Hudson won a lawsuit establishing himself as composer of the song "Thug".

Music videos for "Gimme All Your Lovin'", "Sharp Dressed Man" and "Legs" received regular rotation on MTV and helped ZZ Top gain popularity with a younger base. A customized 1933 Ford coupe, depicted on the album cover, appeared in the videos. Following Eliminator's release, ZZ Top embarked on a worldwide concert tour.

The video for "Legs" earned the band the MTV Video Music Award for Best Group. Rolling Stone named Eliminator number 398 on its list of the 500 Greatest Albums of All Time. It was listed at number 39 in The 100 Greatest Albums of the 80s, and it was also included in Robert Dimery's book 1001 Albums You Must Hear Before You Die. A remastered version was released in 2008. 

 

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O geólogo William Smith nasceu há 255 anos

 
William Smith, conhecido como Strata Smith, (Churchill, Oxfordshire, 23 de março de 1769 - Northampton, Northamptonshire, 28 de agosto de 1839) foi um geólogo britânico. É considerado o "pai da geologia inglesa".
O seu trabalho mais famoso é conhecido como "The Map That Changed the World" (O mapa que mudou o Mundo), um mapa geológico detalhado da Inglaterra, do País de Gales e de uma parte da Escócia. O seu trabalho, no início, não recebeu o devido valor; foi plagiado, e, arruinado financeiramente, passou muito tempo na prisão. A nova ciência da Geologia e as realizações de Smith só foram reconhecidas no final da sua vida.
Recebeu a primeira Medalha Wollaston, concedida pela Sociedade Geológica de Londres, em 1831.
   
O famoso mapa geológico de Smith da Grã-Bretanha (1815)
   

Calouste Gulbenkian nasceu há 155 anos

     
Calouste Sarkis Gulbenkian (Üsküdar, 23 de março de 1869 - Lisboa, 20 de julho de 1955), foi um engenheiro e empresário arménio otomano, naturalizado britânico (1902), ativo no sector do petróleo e um dos pioneiros no desenvolvimento desse setor no Médio Oriente. Foi também um mecenas, tendo dado um grande contributo para o fomento da cultura em Portugal. A sua herança esteve na origem da constituição da Fundação Calouste Gulbenkian.
       
      

Werner von Braun nasceu há 112 anos


Wernher Magnus Maximilian von Braun (Wirsitz, 23 de março de 1912 - Alexandria, 16 de junho de 1977) foi um engenheiro alemão e uma das principais figuras no desenvolvimento do foguete V-2 na Alemanha nazi e do foguetão Saturno V nos Estados Unidos.
Um pioneiro e visionário das viagens espaciais, é mundialmente conhecido pela sua liderança do projeto aeroespacial americano durante a Corrida Espacial, tendo trabalhado como projetista chefe do primeiro foguete de grande porte movido a combustível líquido produzido em série, o Aggregat 4, e por liderar o desenvolvimento do foguete Saturno V, que levou os astronautas dos Estados Unidos à Lua, em julho de 1969. O seu rival, do lado soviético, foi o engenheiro Sergei Korolev.
     

Damon Albarn celebra hoje 56 anos


Damon Albarn
(Londres, 23 de março de 1968) é um cantor britânico, mais conhecido por ser vocalista das bandas Blur e Gorillaz. Na juventude participou das bandas Circus, Real Lives e The Aftermath. Nos anos 90 ganhou notoriedade como líder e vocalista dos Blur, uma das mais importantes e emblemáticas bandas inglesas do chamado Britpop. Formado por Graham Coxon (guitarra e voz), Alex James (baixo), Dave Rowntree (bateria) e Damon Albarn (voz e teclado), os Blur lançaram oito álbuns: Leisure (1991), Modern Life Is Rubbish (1993), Parklife (1994), The Great Escape (1995), Blur (1997), 13 (1999), Think Tank (2003) e The Magic Whip (2015), além de inúmeros hits no topo das paradas de sucesso entre eles "There's No Other Way", "Girls And Boys", "Song 2" e "Coffee And TV". 

Damon esteve a dedicar-se, desde 2003, a outros projetos de sucesso comercial e/ou de crítica. O primeiro deles foi os Gorillaz, banda virtual criada em parceria com o cartunista Jamie Hewlett onde os músicos são desenhos animados. Os Gorillaz lançaram, desde 2001, seis álbuns de estúdio e contaram com a participação de diversos artistas como Miho Hatori, De La Soul, Neneh Cherry, Shaun Ryder, Lou Reed e Snoop Dogg, entre outros.

Em 2002, Damon lançou Mali Music, álbum gravado durante uma viagem que fez em apoio a ONG Oxfam, em 2000. O projeto contou com a participação de músicos locais e tem a sua sonoridade baseada na música de Mali e no britpop.

Em 2006, ele lançou o projeto The Good, the Bad & the Queen, banda que tem na sua formação, além de Damon (voz e piano), o baixista Paul Simonon (The Clash), o guitarrista Simon Tong (The Verve) e o baterista Tony Allen (Fela Kuti). O grupo lançou o disco homónimo que estreou em janeiro de 2007.

Em 2008, formou o supergrupo Rocket Juice and The Moon junto com o baixista do Red Hot Chili Peppers, Flea e o baterista Tony Allen. O único álbum do grupo foi lançado em março de 2012.

Em 2012, ainda lançou pelos Blur o single Under the Westway.

Mesmo com os Blur reunindo e realizando concertos por todo o mundo em turnês, Damon Albarn ainda se dedica a outros projetos como os Gorillaz, além de sua carreira individual. Ele lançou o seu primeiro álbum solo, Everyday Robots, em abril de 2014.

Em abril de 2015, é lançado um novo álbum de música inédita com os Blur, The Magic Whip, o primeiro álbum lançado pelo grupo em 12 anos, e também o primeiro após o retorno da banda, em 2009.

Em 2017 e 2018, novamente com os Gorillaz, lança respetivamente os álbuns Humanz e The Now Now.

Em novembro de 2018, ele retoma as atividades com a banda The Good, the Bad and the Queen lançando Merrie Land, o primeiro material de inéditos do grupo desde 2007.
 

 


A cantora Poe faz hoje 56 anos

   
Poe (Annie Decatur Danielewski, Nova Iorque, 23 de março de 1968) é uma cantora e compositora americana, filha do diretor cinematográfico polaco Tad Danielewski e irmã do escritor Mark Z. Danielewski.

O estilo musical de Poe é uma mistura de rock, jazz, electro, folk e elementos de hip hop, combinadas com composições líricas íntimos. Muitas das canções de Poe foram utilizados em filmes e na televisão. Poe teve o primeiro hit nos tops de rock moderno em 1995.


 


Laplace nasceu há 275 anos...!

    
Pierre Simon, Marquis de Laplace (Beaumont-en-Auge, 23 de março de 1749 - Paris, 5 de março de 1827) foi um matemático, astrónomo e físico francês que organizou a astronomia matemática, sintetizando e ampliando o trabalho de seus predecessores nos cinco volumes da sua Mécanique Céleste (Mecânica Celeste) (1799-1825). Esta obra-prima traduziu o estudo geométrico da mecânica clássica usada por Isaac Newton para um estudo baseado em cálculo, conhecido como mecânica física.
Ele também formulou a equação de Laplace. A transformada de Laplace aparece em todos os ramos da física matemática - campo em que teve um papel principal na formação. O operador diferencial de Laplace, da qual depende muito a matemática aplicada, também recebeu o seu nome.
Ele foi elevado a conde do Império, em 1806, foi elevado a marquês, em 1817, depois da restauração dos Bourbons.

Brasão de Laplace
     
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Foi há treze anos...!

  

Na noite do dia 22 de março de 2011, os deputados da Assembleia da República rejeitaram o projeto do IV Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) proposto por José Sócrates para combate à recessão económica, o que obrigou a pedir resgate ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), como ocorreu de facto na Irlanda e Grécia. Na manhã do dia de 23 de março, José Sócrates apresentou o pedido de demissão do cargo de primeiro-ministro ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva

 

sexta-feira, março 22, 2024

Porque hoje foi o Dia Mundial da Água...

Canhão da Ribeira dos Amiais - Olhos de Água do Alviela (foto de Fernando Martins)

 

À Água

Ninguém ouve a canção, mas o ribeiro canta!
Canta, porque um alegre deus o acompanha!
Quantos mais tombos, mais a voz levanta!
Canta, porque vem limpo da montanha!

Espelho do céu, é quanto mais partido
Que mais imagens tem da grande altura.
E quebra-se a cantar, enternecido
De regar a paisagem de frescura.

Água impoluta da nascente,
És a pura poesia
Que se dá de presente
Às arestas da humana penedia...
 
 
  
in
Odes (1946) - Miguel Torga

As cinco maiores extinções em notícia...

Os ensinamentos das cinco extinções maciças da história

 

   

Durante o Pérmico tardio, era possível encontrar predadores como o gorgonopsídeo gigante Inostrancevia - nesta imagem, encontra-se ao lado da sua presa, um dicinodonte, enquanto afugenta a espécie Cyonosaurus, muito mais pequena


Certa Primavera, há 66 milhões de anos, um dinossauro levantou os olhos para o céu. O ponto brilhante que aparecera minutos antes estava cada vez maior. meteorito Chicxulub, com cerca de 14 quilómetros de diâmetro, aproximava-se da Terra a uma velocidade incrível. Conforme demonstrado por estudos posteriores, a enorme rocha demorou apenas 20 segundos a atravessar a atmosfera e a cair na costa da península do Iucatão, berço de grandes civilizações pré-colombianas.

A energia libertada criou uma onda de choque que derrubou qualquer ser vivo que se encontrasse num raio de centenas de quilómetros, provocando tsunamis enormes e vaporizando milhares de toneladas de rochas sulfurosas que acidificaram os oceanos e taparam o Sol durante anos.

A extinção maciça do Cretácico-Paleogénico pôs fim a aproximadamente dois terços das espécies da Terra, incluindo todos os répteis e dinossauros não-voadores com mais de 40 quilogramas, exceto tartarugas e crocodilos. Graças aos eventos ocorridos após o impacto, os mamíferos rapidamente se encontraram num mundo com pouquíssima concorrência e começaram a dominar o planeta – até à atualidade. No entanto, embora esta extinção seja a mais conhecida, é apenas a última de uma longa lista que dura até aos dias de hoje e que já se conhece como “a sexta extinção maciça”.

 

AS PRIMEIRAS: AS EXTINÇÕES MACIÇAS DO ORDOVÍCICO-SILÚRICO

Quando a vida complexa estava a dar os seus primeiros passos após a Explosão Câmbrica, centenas de famílias de espécies evoluíram para se adaptarem a um ambiente em mudança. No enorme oceano Pantalassa, que cobria a maior parte da superfície do planeta, espécies conhecidas, como as trilobites, viviam ao largo da costa e os primeiros peixes começaram a nadar nas águas quentes. Neste período, também apareceram as primeiras espécies que viviam em terra firme, como certas plantas e, supostamente, os primeiros artrópodes.

No entanto, há entre 450 e 440 milhões de anos, aproximadamente 60 por cento de todos os géneros que habitavam o planeta desapareceram, e pensa-se que 85 por cento das espécies marinhas se tenham extinguido. Existem diferentes hipóteses sobre o que causou esta perda de biodiversidade. A mais aceite atualmente é que houve uma série de glaciações, embora as suas causas não sejam claras e sejam tema de debate. Algumas das opções são o vulcanismo, o deslocamento dos polos e o impacto de radiação vinda de uma supernova, mas não existem provas suficientemente sólidas para demonstrar qual a causa concreta – ou se o sucedido foi uma combinação destas.

 

AS EXTINÇÕES MACIÇAS DO FINAL DO DEVÓNICO

Estima-se que apenas cinco milhões de anos após as extinções do Ordovícico-Silúrico, os ecossistemas tenham recuperado a sua biodiversidade. Depois disto, começou aquilo que se conhece informalmente como “a Idade dos Peixes”, uma época durante a qual surgiu uma infinitude de espécies marinhas, das quais se destacam os peixes ósseos, que chegaram até aos nossos dias, bem como corais, esponjas, artrópodes e cefalópodes.

No Devónico, apareceram também as primeiras florestas. As mais antigas de que há conhecimento datam de há 390 milhões de anos, e foram descobertas recentemente nas falésias do sudoeste de Inglaterra. Estas florestas eram formadas por plantas vasculares, com um tronco oco que poderia assemelhar-se – na forma – às palmeiras atuais, atingindo uma altura máxima de cerca de dez metros de altura. Além disso, as plantas desenvolveram as primeiras sementes, um passo essencial na reprodução vegetal.

Após cerca de 70 milhões de anos de relativa tranquilidade, até 83 por cento destas espécies desapareceram rapidamente. Mais uma vez, a causa não é completamente clara. Existe a hipótese de ter ocorrido uma glaciação semelhante à anterior, mas também não se descarta a possibilidade de vulcanismo ou de impactos de meteoritos. Em 2020, uma investigação sugeriu a possibilidade de a camada de ozono se ter desvanecido devido a um aquecimento repentino da superfície terrestre. O desaparecimento da camada de ozono deixaria todos os seres desprotegidos perante a radiação ultravioleta emitida pelo Sol, que tornou a superfície do planeta inabitável. Na opinião dos investigadores, poderá ocorrer um acontecimento semelhante na atualidade, caso se reúnam as condições adequadas.

 

A GRANDE MORTANDADE: EXTINÇÃO PÉRMICO-TRIÁSSICA

Chamar “A Grande Mortandade” a um evento dá pistas sobre a enorme quantidade de espécies que desapareceram na maior extinção da história. Estima-se que tenham desaparecido até 95 por cento das espécies marinhas e 70 por cento das terrestres ao longo de 200.000 anos. Neste caso, a hipótese mais sólida é corroborada pelas enormes formações de rochas de origem vulcânica da Sibéria (os “trapps siberianos”) e pelas formações de dolomitas italianas. As rochas siberianas resultam de algumas das maiores erupções vulcânicas dos últimos tempos, enquanto as dolomitas evidenciam a erosão provocada por acidez.

Destes eventos infere-se que, há aproximadamente 252 milhões de anos, ocorreram enormes erupções vulcânicas que libertaram quantidades crescentes de gases para a atmosfera. Estima-se que a temperatura tenha aumentado até 5 graus e que alguns elementos tenham alterado a geoquímica global. Por exemplo, estima-se que enxofre possa ter acidificado o solo, chegando a atingir, segundo indicam alguns estudos, um pH de 2,3 em algumas zonas especificas – uma acidez semelhante à do sumo de limão. Estas condições provocaram a extinção de muitas algas e invertebrados com concha, além de impedirem o crescimento das plantas em terra. 

A Grande Mortandade foi uma provação dura para a vida terrestre, mas quando as condições se estabilizaram, formou-se um caldo perfeito para o desenvolvimento dos dinossauros e proto-mamíferos, que começaram então a povoar o planeta.

 

A EXTINÇÃO DO TRIÁSICO-JURÁSSICO

Apenas 50 milhões de anos após a última extinção, há 201 milhões de anos, um evento extinguiu 75 por cento de todas as espécies que habitavam o nosso planeta. Esta extinção foi o início do domínio global dos dinossauros, já que a maioria dos arcossauros, terápsideos e grandes anfíbios desapareceram. Mais uma vez, as hipóteses mais sólidas apontam para os vulcões, que aumentaram a quantidade de gases com efeito de estufa e acidificaram os oceanos.

Mais concretamente, as evidências sugerem a ocorrência de erupções numa zona conhecida como “província magmática do Atlântico Central”. Esta região, formada pela fragmentação do supercontinente Pangeia, teve atividade vulcânica durante pelo menos 600.000 anos e os especialistas consideram-na uma das maiores em termos de volume de magma expelido. No entanto, também não se descarta a possibilidade de a extinção ter sido desencadeada pelo impacto de um ou vários meteoritos mais pequenos do que o da extinção do Cretácico-Paleogénico.

 

O METEORITO e OS DINOSSAUROS, A EXTINÇÃO DO CRETÁCICO-PALEOGÉNICO

O início deste artigo refere-se a esta extinção, que pôs fim ao reinado dos dinossauros não-voadores e deu lugar a uma época dominada por mamíferos e aves. Sendo a mais próxima, é desta que dispomos de mais evidências, já que se podem ver claramente algumas das consequências do impacto no México. Atualmente, analisa-se a trajetória e a órbita de milhares de objetos que se aproximam da Terra para assegurar que nenhum chocará com o nosso planeta nas próximas centenas de anos.

 

A SEXTA EXTINÇÃO MACIÇA. O que está a acontecer agora?

O ritmo de aparecimento e desaparecimento de espécies foi relativamente tranquilo nos últimos milhões de anos. No entanto, esta tendência mudou rapidamente e ritmo de desaparecimento de espécies aumentou consideravelmente. Mais concretamente, depois de analisar milhares de espécies animais e vegetais, estima-se que o ritmo de desaparecimento das espécies seja várias ordens de magnitude superior ao dos últimos dois milhões de anos.

Este processo, desencadeado pelas alterações climáticas antropogénicas, pode ter consequências devastadoras para os ecossistemas, que poderão perder a sua resiliência perante ameaças externas. Atualmente, também se está a estudar se o enorme volume deCO₂ libertado para a atmosfera poderá provocar um cenário semelhante ao de algumas das extinções provocadas pelas enormes erupções vulcânicas.

O desaparecimento de certas espécies não augura nada de bom, já que a perda de biodiversidade pode ter efeitos inesperados. Estes efeitos vão desde a perda das simbioses existentes e a rutura das cadeias tróficas até ao aumento do risco de surtos de novas doenças. Por isso, os esforços de conservação e estudo das consequências das atividades humanas são essenciais para assegurar a sobrevivência das espécies atuais.

 

in Nat Geo España

Goethe morreu há cento e noventa e dois anos...

 
Johann Wolfgang von Goethe (Frankfurt am Main, 28 de agosto de 1749 - Weimar, 22 de março de 1832) foi um escritor alemão e pensador que também fez incursões pelo campo da ciência. Como escritor, Goethe foi uma das mais importantes figuras da literatura alemã e do Romantismo europeu, nos finais do século XVIII e inícios do século XIX. Juntamente com Friedrich Schiller foi um dos líderes do movimento literário romântico alemão Sturm und Drang. De sua vasta produção fazem parte: romances, peças de teatro, poemas, escritos autobiográficos, reflexões teóricas nas áreas de arte, literatura e ciências naturais. Além disso, sua correspondência epistolar com pensadores e personalidades da época é grande fonte de pesquisa e análise de seu pensamento. Através do romance Os Sofrimentos do Jovem Werther, Goethe tornou-se famoso em toda a Europa no ano de 1774. Mais tarde, com o amadurecimento de sua produção literária, e influenciado pelo também escritor alemão Friedrich Schiller, Goethe tornou-se o mais importante autor do classicismo de Weimar. Goethe é até hoje considerado o mais importante escritor alemão, cuja obra influenciou a literatura de todo o mundo.
  

 

Feliz Só Será

 

Feliz só será
A alma que amar.

'Star alegre
E triste,
Perder-se a pensar,
Desejar
E recear
Suspensa em penar,
Saltar de prazer,
De aflição morrer —
Feliz só será
A alma que amar.


 

Johann Wolfgang von Goethe (tradução de Paulo Quintela)

Artur Agostinho morreu há treze anos...

(imagem daqui)
   
Artur Fernandes Agostinho (Lisboa, 25 de dezembro de 1920 - Lisboa, 22 de março de 2011) foi um jornalista, radialista, escritor e um premiado ator português.

Artur Agostinho fez parte do departamento desportivo da Rádio Renascença, nos anos 80 do século XX, depois de ter sido um dos mais brilhantes relatores desportivos de sempre aos microfones da Emissora Nacional de Radiodifusão.
Foi proprietário de uma agência de publicidade, a Sonarte, e jornalista. Dirigiu o diário desportivo Record, entre 1963 e 1974, tendo regressado ao jornal como colunista e patrono do prémio destinado a premiar o desportista do ano, em 2005. Entretanto, foi também diretor do Jornal do Sporting.
Apresentou o primeiro concurso da televisão portuguesa, o "Quem Sabe, Sabe", e participou em programas como "O Senhor que se Segue", "No Tempo Em Que Você Nasceu" e "Curto-Circuito" e ainda nas séries e telenovelas:
Na ressaca da revolução de abril escreveu os livros «Até na prisão fui roubado!» (1976), «Português sem Portugal» (1977), e, em 2009, lançou o livro «Bela, riquíssima e além disso ...viúva».
Foi agraciado com a comenda da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada em 28 de dezembro de 2011. Morreu a 22 de março de 2011, com 90 anos de idade, no Hospital de Santa Maria onde estava internado já há uma semana.

Yayoi Kusama nasceu há 95 anos

 

 

Yayoi Kusama (Matsumoto, 22 de março de 1929) é uma artista plástica e escritora japonesa, considerada uma das mais originais e importantes artistas plásticas do seu país. Seu trabalho é uma mistura de diversas artes, como colagens, pinturas, esculturas, arte performática e instalações ambientais, onde é visível uma característica que se tornou a marca da artista: a obsessão por pontos e bolas. 

 

 

 

Em todas as suas artes, que possuem um quê de surrealismo, modernismo e minimalismo, podemos notar o padrão de repetição e acumulação. Além disso, Kusama também se embrenhou na arte da literatura, com romances e poesias, escritas em 13 livros. Alguns dos seus romances são considerados chocantes e surrealistas, com personagens fortes como prostitutas, proxenetas, assassinos e um auto-retrato de si própria como Shimako, enlouquecida em Foxgloves Central Park. De onde vem tanta criatividade? Tudo indica que é devido à esquizofrenia, que a faz ter uma perceção e uma visão diferente da realidade em que vive. Segundo ela mesma conta, ela sempre foi atormentada por visões distorcidas, que a fazem enxergar bolas e pontos. Yayoi nasceu em 22 de março de 1929 em Matsumoto-shi (Nagano Ken) e desde a infância sofre com alucinações. A sua relação com sua mãe não era nada boa. Segundo Yayoi conta, sua mãe era uma mulher de negócios e que jamais aceitou a veia artística da filha, chegando até a agredi-la fisicamente diversas vezes por causa disso. Isso pode ter ajudado a piorar o quadro psíquico de Yayoi, assim como gerou uma grande instabilidade emocional. Como forma de “fuga da realidade”, desabafo e também para mostrar às pessoas como era o mundo que enxergava, ela passou a se expressar no papel usando guache, aguarela e tinta a óleo, as bolinhas ou “pontos do infinito”, como ela também lhes costuma chamar. Yayoi sofre de alucinações e hoje em dia mora num hospital psiquiátrico que fica perto de uma das suas galerias. 

 

  

The Spirits of the Pumpkins Descended into the Heavens (2017)

 

in Wikipédia

William Shatner celebra hoje noventa e três anos!

   
William Alan Shatner (Montreal, 22 de março de 1931) é um premiado ator canadiano, vencedor dos prémios Emmy e Golden Globe.


Shatner começou a sua carreira atuando em peças e, nos anos 50, passou a fazer pequenos papéis em filmes canadianos. Foi para os EUA e passou a participar de dezenas de filmes, como The Intruder (1962) e Judgment at Nuremberg (1961). Também fez participações em diversos seriados, como Alfred Hitchcock Presents (em 1957 e 1960), The Twilight Zone (em 1960, no episódio Nick of Time, e 1963, no episódio Nightmare at 20000 Feet), The Other Limits (em 1964), The Man from U.N.C.L.E. (em 1964) e Emergência 911 (1989).
Shatner já trabalhou como escritor, produtor, diretor e músico. Já contracenou com o ator Leonard Nimoy em seis séries diferentes: The Man from U.N.C.L.E., Star Trek, Star Trek: A Série Animada, Mission: Impossible, TJ Hooker e Futurama. Shatner atuou em outra série como personagem principal, chamada T.J. Hooker, de 1982 a 1986.

Em 1965 Jeffrey Hunter foi escolhido para o papel de capitão Christopher Pike, da USS Enterprise no episódio piloto mas decidiu não continuar na série; então William Shatner foi escolhido para o personagem principal num segundo episódio-piloto da série Star Trek para a NBC. O programa foi aprovado e em 8 de setembro de 1966 estreava Star Trek. Shatner interpretava James T. Kirk, o capitão da nave estelar USS Enterprise.
Depois de apenas três temporadas, em 1969, a série foi cancelada, mas as reprises fizeram de Star Trek um sucesso e de William Shatner, um astro. Logo, em 1973, dobrou Kirk em Star Trek: A Série Animada e, em 1979 o interpretou no filme Star Trek: The Motion Picture.
Também fez Kirk em outros cinco filmes com o elenco da série clássica e em Star Trek: Generations (1994), com os elencos da série clássica e da Nova Geração. Em 1989, fez a direção do filme Star Trek V: A Última Fronteira, mas não foi bem sucedido. Kirk é até hoje adorado e considerado pelos fãs um dos melhores personagens de toda a série de Star Trek.

Depois de uma fase de decadência, Shatner voltou com sucesso à televisão, interpretando o advogado Denny Crane, na série Boston Legal (conhecido no Brasil como Justiça sem Limites). Por esse papel foi candidato por duas vezes ao Emmy, ganhando um, em 2005.
  

O Massacre de Khatyn foi há 81 anos...

    
O Massacre de Khatyn foi um extermínio em massa ocorrido na vila de Khatyn (bielorruso) ou Chatyń (russo), na província de Minsk, Bielorrúsia (então União Soviética), durante a II Guerra Mundial. Em 22 de março de 1943 a população local foi exterminada por homens de um batalhão auxiliar de colaboradores das tropas ocupantes nazis, o 118º Schutzmannschaft, formado um ano antes em Kiev na sua maioria com colaboradores ucranianos, desertores do exército russo e prisioneiros de guerra, juntamente com homens das Waffen-SS, integrantes da 36ª Divisão Waffen Grenadier da SS.
O massacre não foi um acidente isolado. Cerca de 5.300 pequenas localidades bielorrussas foram destruídas pelos nazis e vários dos seus habitantes executados pelos invasores. Na região de Vitebsk, 243 vilas foram queimadas por duas vezes, 83 três vezes e 22 vilas foram destruídas mais de três vezes. Na região de Minsk, 92 vilas foram queimadas duas vezes, 40 delas três vezes, nove quatro vezes e seis vilas cinco ou mais vezes. No total, cerca de dois milhões de civis foram executados na Bielorrússia durante os três anos de ocupação nazi, cerca de um quarto da população total do país.
  
O Massacre
Em 22 de março de 1943, um comboio militar alemão foi atacado por membros da resistência, perto da vila de Kozin, a cerca de 6 km de Khatyn. O ataque resultou na morte de quatro oficiais de polícia do 118º batalhão Schutzmannschaft, composto na sua maioria de desertores russos, ex-prisioneiros de guerra e colaboradores ucranianos, comandados pelo capitão Hans Woellke, morto no atentado. Woellke tinha sido campeão olímpico do lançamento do martelo nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936.
Naquela tarde, reforçado por homens da 36ª Divisão Waffen Grenadier da SS, uma unidade composta na sua maioria de ex-criminosos recrutados para combate anti-guerrilha, o batalhão entrou em Khatyn e retirou todos os habitantes das suas casas, acordando-as com a ponta de rifles e colocando-os num grande barracão, que teve as suas portas trancadas, foi coberto com palha e incendiado. As pessoas aprisionadas do lado de dentro que tentavam escapar, forçando as portas, eram mortas a tiros de metralhadora. 140 pessoas, incluindo 75 crianças, foram assassinadas. A vila foi então saqueada e queimada até o chão. Apenas três crianças conseguiram escapar do cerco, escondendo-se nas redondezas. A mais jovem morta tinha apenas sete semanas de vida.
De entre os que foram aprisionados, Viktor Zhelobkovich, um menino de sete anos, conseguiu sobreviver ferido debaixo do corpo de sua mãe. Outro, Anton Baranovsky, de 12 anos, foi dado como morto por ter uma perna ferida e também escapou. O único adulto sobrevivente, Yuzif Kaminsky, queimado e ferido à bala, recobrou a consciência após os assassinos terem se retirado. Ele teria encontrado o seu filho no meio dos corpos, totalmente queimado e ferido, mas ainda vivo, e a criança morreu nos seus braços. Esse incidente foi depois reproduzido com uma estátua de ambos, no Memorial de Khatyn.
   
Julgamentos
No pós-guerra, os perpetradores do massacre foram identificados. O comandante do batalhão ucraniano, Vasyl Meleshko, foi julgado pelas autoridades soviéticas, condenado à morte e executado em 1975. O seu chefe-de-staff, outro ucraniano, Grigory Vassiura, foi julgado em Minsk, em 1986, e também condenado à morte. O caso e o julgamento do massacre de Khatin não teve um grande noticiário nos media local, devido ao receio dos soviéticos de provocar uma divisão na unidade entre os povos da Ucrânia e da Bielorrússia, então duas repúblicas da URSS.
   
Memorial
Durante o governo de Leonid Brejnev na União Soviética, uma enorme atenção foi dada a este episódio por parte das autoridades e da imprensa oficial, possivelmente com a intenção de desviar a atenção de outro massacre cujas evidências surgiam em outra região de nome similar, o Massacre de Katyn, na Polónia, quando milhares de soldados polacos prisioneiros foram executados pela NKVD soviética e que começava a tomar o noticiário internacional com as suas descobertas. 
Khatyn tornou-se um símbolo do genocídio da população civil durante as lutas entre guerrilheiros, tropas invasores e colaboradores. Em 1969 ele foi nomeado como memorial de guerra nacional da então República Socialista Soviética da Bielorrússia. Entre os símbolos mais conhecidos dentro do complexo do memorial, há um monumento com três bétulas e uma chama eterna no lugar de uma quarta, que representa um tributo a um em cada quatro bielorrussos que morreram durante a II Guerra. Há também uma estátua de Yuzif Kaminsky carregando o seu filho morto e uma grande parede com nichos que representam as vítimas dos campos de concentração, os maiores deles representando os com mais de 20 mil vítimas. Sinos tocam a cada 30 segundos, para lembrar a taxa de tempo em que cada vida de um bielorrusso foi perdida no período de tempo da guerra.
Entre os líderes mundiais que já visitaram o Memorial, encontram-se Richard Nixon, ex-presidente dos Estados Unidos, Fidel Castro de Cuba, Rajiv Gandhi ex-primeiro-ministro da Índia, Yasser Arafat e Jiang Zemin, ex-presidente da China.
  

Angelo Badalamenti nasceu há 87 anos...

  
Angelo Badalamenti (Brooklyn, New York, March 22, 1937 - Lincoln Park, New Jersey, December 11, 2022) was an American composer and arranger best known for his work in composing for films. He is best known for his acclaimed collaborations with director David Lynch, notably the scores for Blue Velvet (1986), the Twin Peaks television series (both the original 1990–1992 television series and the 2017 revival), The Straight Story (1999), and Mulholland Drive (2001).
  

  


Uns atentados em Bruxelas semearam o caos na Bélgica há oito anos...

Imagem de vídeo-vigilância de três pessoas responsáveis pelos atentados no aeroporto
   
Os atentados em Bruxelas de março de 2016 foram uma ação terrorista suicida cometida na manhã de 22 de março de 2016 no aeroporto e no metropolitano de Bruxelas, capital da Bélgica. Os atentados causaram a morte de pelo menos 35 pessoas, incluindo os 3 bombistas-suicidas, e deixaram outras trezentas pessoas feridas.
O grupo extremista do auto-proclamado Estado Islâmico reivindicou, poucas horas depois, a autoria dos ataques.
     
Ataques
Aeroporto
Em 22 de março de 2016, perto das 07:45 (UTC+1) produziram-se duas explosões no aeroporto de Bruxelas que provocaram a morte de pelo menos 14 pessoas e dezenas de feridos. Um dos ataques ocorreu perto dos mostradores seis e sete da American Airlines e outro perto do mostrador da Brussels Airlines e de um café Starbucks. A promotoria belga confirmou que o atentado foi cometido por pelo menos um atacante suicida que, de acordo com a BBC, teria gritado palavras em árabe antes de cometer o ataque e levava consigo uma arma do tipo AK-47. O edifício do aeroporto sofreu danos significativos. Vídeos nas redes sociais mostraram cenários de danos depois do ataque e as pessoas a fugir da área. As autoridades policiais foram à zona de embarques para vistoriar centenas de malas que, depois das explosões, foram abandonadas, à procura de novos explosivos.
  
Metro
No mesmo dia, apenas minutos mais tarde, por volta das 08:00 (UTC+1) ocorreu pelo menos uma explosão na estação de metropolitano de Maelbeek/Maalbeek que provocou, pelo menos, vinte mortes. O atentado ocorreu à hora de maior utilização do sistema de transporte. A estação situa-se perto de várias agências da União Europeia, incluindo o Parlamento. O metro da cidade foi depois evacuado e fechado.
    

A poetisa Branca de Gonta Colaço morreu há 79 anos

(imagem daqui)
        
Branca Eva de Gonta Syder Ribeiro Colaço (Lisboa, 8 de julho de 1880 - Lisboa, 22 de março de 1945), mais conhecida por Branca de Gonta Colaço, foi uma escritora e recitalista portuguesa, erudita e poliglota, que ficou sobretudo conhecida como poetisa, dramaturga e conferencista. Era filha da inglesa Ann Charlotte Syder e do político e escritor português Tomás Ribeiro. Casou com Jorge Rey Colaço, um ceramista de renome, tendo publicado a sua obra sob o nome de Branca de Gonta Colaço.
    

   
  
  
De Profundis

… E silenciosamente

morri, de morte humilde, humildemente,
numa longínqua torre,
num triste anoitecer ...

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Não é quando se acaba que se morre;
é quando acaba o gosto de viver.



Branca de Gonta Colaço