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terça-feira, março 25, 2025

O homem que deu nome à guilhotina (e a melhorou...) morreu há 211 anos

    
Joseph-Ignace Guillotin (Saintes, 28 de maio de 1738 - Paris, 26 de março de 1814) foi um médico francês que propôs, a 10 de outubro de 1789, o uso de um dispositivo mecânico para realizar as penas de morte na França. Embora não tenha inventado a guilhotina, e até se opôs à pena de morte, o seu nome tornou-se um epónimo para ela.
   
     
No final do Terror, Guillotin foi preso e encarcerado, por causa de uma carta de conde de Méré, que, prestes a ser executado, recomendou-lhe que cuidasse da sua esposa e filhos. Ele foi libertado da prisão em 1794, depois de Robespierre (e a sua cabeça...) cair do poder, e abandonou a carreira política, para retomar a profissão médica.
Guillotin tornou-se um dos primeiros médicos franceses a apoiar a descoberta de Edward Jenner da vacinação e em 1805 foi o Presidente do Comité de Vacinação, em Paris. Ele também foi um dos fundadores da Académie Nationale de Médecine de Paris.
A associação com a guilhotina envergonhou a família de Dr. Guillotin, que pediu ao governo francês para renomear esse objeto; quando o governo recusou, eles mudaram o nome da própria família. Por coincidência, uma pessoa chamada Guillotin foi realmente executada pela guilhotina - ele era JMV Guillotin, um médico de Lyon. Esta coincidência pode ter contribuído para as declarações erróneas sobre Guillotin ser executado na máquina que tinha o seu nome; no entanto, Guillotin faleceu em Paris, em 1814, de causas naturais, e foi enterrado no cemitério Père-Lachaise, em Paris.
   

sábado, março 22, 2025

Dois atentados em Bruxelas semearam o caos na Bélgica há nove anos...

Imagem de vídeo-vigilância de três pessoas responsáveis pelos atentados no aeroporto
   
Os atentados em Bruxelas de março de 2016 foram uma ação terrorista suicida cometida na manhã de 22 de março de 2016 no aeroporto e no metropolitano de Bruxelas, capital da Bélgica. Os atentados causaram a morte de pelo menos 35 pessoas, incluindo os 3 bombistas-suicidas, e deixaram outras trezentas pessoas feridas.
O grupo extremista do auto-proclamado Estado Islâmico reivindicou, poucas horas depois, a autoria dos ataques.
     
Ataques
Aeroporto
Em 22 de março de 2016, perto das 07:45 (UTC+1) produziram-se duas explosões no aeroporto de Bruxelas que provocaram a morte de pelo menos 14 pessoas e dezenas de feridos. Um dos ataques ocorreu perto dos mostradores seis e sete da American Airlines e outro perto do mostrador da Brussels Airlines e de um café Starbucks. A promotoria belga confirmou que o atentado foi cometido por pelo menos um atacante suicida que, de acordo com a BBC, teria gritado palavras em árabe antes de cometer o ataque e levava consigo uma arma do tipo AK-47. O edifício do aeroporto sofreu danos significativos. Vídeos nas redes sociais mostraram cenários de danos depois do ataque e as pessoas a fugir da área. As autoridades policiais foram à zona de embarques para vistoriar centenas de malas que, depois das explosões, foram abandonadas, à procura de novos explosivos.
  
Metro
No mesmo dia, apenas minutos mais tarde, por volta das 08:00 (UTC+1) ocorreu pelo menos uma explosão na estação de metropolitano de Maelbeek/Maalbeek que provocou, pelo menos, vinte mortes. O atentado ocorreu à hora de maior utilização do sistema de transporte. A estação situa-se perto de várias agências da União Europeia, incluindo o Parlamento. O metro da cidade foi depois evacuado e fechado.
    

sábado, março 15, 2025

David Cronenberg, o rei do cinema de terror, celebra hoje 82 anos

  
David Paul Cronenberg(Toronto, Ontario, March 15, 1943) is a Canadian director, screenwriter and actor. He is one of the principal originators of what is commonly known as the body horror genre, with his films exploring visceral bodily transformation, infection, and the intertwining of the psychological with the physical. In the first half of his career, he explored these themes mostly through horror and science fiction films such as Scanners (1981) and Videodrome (1983), although his work has since expanded beyond these genres.
Cronenberg's films have polarized critics and audiences alike; he has earned critical acclaim and has sparked controversy for his depictions of gore and violence. The Village Voice called him "the most audacious and challenging narrative director in the English-speaking world". His films have won numerous awards, including, for Crash, the Special Jury Prize at the 1996 Cannes Film Festival, a unique award that is distinct from the Jury Prize as it is not given annually, but only at the request of the official jury, who in this case gave the award "for originality, for daring, and for audacity".
    

terça-feira, fevereiro 25, 2025

Nikita Khrushchev desmascarou, finalmente, os crimes de Estaline há 69 anos

 
O XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) teve lugar entre 14 e 26 de fevereiro de 1956. Na ocasião, o secretário do Partido, Nikita Khrushchov, com o seu célebre discurso secreto, denunciou as violências, os expurgos e as limitações à liberdade impostas pelo regime de Estaline, seu predecessor.
Durante a sessão a portas fechadas, no penúltimo dia do congresso, Khrushchov criticou asperamente a política estalinista, denunciando o culto de personalidade e uma série de crimes cometidos por ele e seus colaboradores. Estaline não procurava persuadir com explicações mas impunha suas ideias e exigia uma submissão absoluta, qualquer um que discordasse era demitido de qualquer função diretiva, e em seguida liquidado moralmente e fisicamente.
 

...Estaline descartou o método leninista de convencer e educar, ele abandonou o método de luta ideológica para que a violência, repressões em massa e terror...

...É claro que Estaline mostrou em toda uma série de casos a sua intolerância, a sua brutalidade e o seu abuso de poder. Em vez de provar a sua correção política e mobilizar as massas, muitas vezes ele escolheu o caminho da repressão e aniquilação física, não só contra os inimigos reais, mas também contra as pessoas que não tinham cometido qualquer crime contra o partido e o governo soviético. Aqui vemos nenhuma sabedoria, mas apenas uma demonstração da força brutal que outrora tão alarmou Lenine.

  

  
O discurso chocou os delegados presentes, que depois de anos de propaganda estavam convencidos da grandeza de Estaline. Após um longo debate, o discurso veio a tornar-se público no mês seguinte mas o relatório completo, no qual se baseou, só foi publicado em 1989. Logo após o congresso quase todos os Gulag foram fechados e, somente em Moscovo, regressaram 200.000 presos políticos. Anastas Mikoyan, vice-primeiro ministro, criou comissões para reabilitar os presos acusados ou mortos injustamente.
    

sexta-feira, fevereiro 14, 2025

Os crimes de Estaline começaram a ser finalmente denunciados há 69 anos


O XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) teve lugar entre 14 e 26 de fevereiro de 1956. Na ocasião, o secretário do Partido, Nikita Khrushchov, com o seu célebre discurso secreto, denunciou as violências, as purgas e as limitações à liberdade impostas pelo regime de Estaline, o seu predecessor.
Durante a sessão a portas fechadas, no último dia do congresso, Khrushchov criticou asperamente a política estalinista, denunciando o culto de personalidade e uma série de crimes cometidos por ele e os seus colaboradores.
O discurso chocou os delegados presentes, que depois de anos de propaganda, estavam convencidos da grandeza de Estaline. Após um longo debate, o discurso veio a tornar-se público no mês seguinte mas o relatório completo, no qual se baseou, só foi publicado em 1989

terça-feira, fevereiro 04, 2025

Alice Cooper - 77 anos

 

Vincent Damon Furnier, mais conhecido por seu nome artístico, Alice Cooper, é um cantor, compositor e ator americano, nascido na cidade de Detroit, em 4 de fevereiro de 1948, que ficou mundialmente conhecido nos anos 70 por seus shows de rock inovadores e feitos para chocar e provocar o público, em conjunto com letras obscenas, obscuras e sangrentas que, juntamente com o seu visual gótico, transformaram Alice num ícone do rock que continua como fonte de inspirações para artistas de todos os estilos até hoje.      

   
in Wikipédia
 

quinta-feira, janeiro 16, 2025

John Carpenter celebra hoje 77 anos

 
John Howard Carpenter
(Carthage, Nova Iorque, 16 de janeiro de 1948) é um realizador, argumentista, produtor, editor e compositor de cinema norte-americano. Apesar de Carpenter ter trabalhado em vários géneros de cinema, está mais associado aos filmes do género de terror e de ficção científica dos anos de 70 e 80.
Grande parte dos filmes da carreira de Carpenter foram fracassos tanto a nível da crítica como comercial, com as exceções  dos filmes Halloween (1978), Escape from New York (1981) e Starman (1984). No entanto, muitos dos seus filmes de 70 e de 80 como Dark Star (1974), Assault on Precinct 13 (1976), The Fog (1980), The Thing (1982), Christine (1983), Big Trouble in Little China (1986), Prince of Darkness (1987) e They Live (1988) tornaram-se desde então clássicos de culto e Carpenter, por consequência, reconhecido como um cineasta influente.
Carpenter também se tornou notável por ter composto (ou feito em parceria) grande parte da banda sonora dos seus filmes; algumas dessas são hoje em dia consideradas bandas sonoras de culto, com o tema principal da Halloween, a ser visto como parte da cultura popular. O seu primeiro álbum de estúdio, Lost Themes, foi lançado em 2015 e o seu filme Vampires (1998) ganhou um Prémio Saturn para a Melhor Música. 
   

sexta-feira, janeiro 10, 2025

A palavra vandalismo faz hoje há 231 anos

Busto de Germânico - uma cruz foi talhada na testa da estátua e o nariz foi arrancado
  
Vandalismo é o comportamento atribuído originalmente aos vândalos, pelos romanos, em relação a destruição cruel ou deterioração de qualquer coisa bela ou venerável.
  
O nome deriva do povo vândalo, um dos povos bárbaros que invadiu e atacou, no seu final, o Império Romano. O termo "vandalismo" como sinónimo de espírito de destruição foi cunhado no final do século XVIII, em 10 de janeiro de 1794, por Henri Grégoire, bispo constitucional de Blois; ele cunhou o termo e tornou-o comum através de uma série de relatórios, para a Convenção, denunciando a destruição de artefactos culturais como monumentos, pinturas e livros, que estavam sendo destruídos como símbolo de um ódio ao passado e presente de exploração desde o "feudalismo", durante o Reino do Terror. Em seu livro Memoirs, ele escreveu: "Inventei a palavra para abolir o ato".
   

quarta-feira, janeiro 01, 2025

O livro Frankenstein foi publicado há 207 anos

    
Frankenstein ou o Moderno Prometeu (Frankenstein: or the Modern Prometheus, no original em inglês), mais conhecido simplesmente por Frankenstein, é um romance de terror gótico com inspirações do movimento romântico, de autoria de Mary Shelley, escritora britânica nascida em Londres. O romance relata a história de Victor Frankenstein, um estudante de ciências naturais que constrói um monstro no seu laboratório. Mary Shelley escreveu a história quando tinha apenas 19 anos, entre 1816 e 1817, e a obra foi primeiramente publicada em 1818, sem crédito para a autora na primeira edição. Atualmente costuma-se considerar a versão, revista, da terceira edição do livro, publicada em 1831, como a definitiva.
O romance obteve grande sucesso e gerou todo um novo género de literatura de terror, tendo grande influência na literatura e cultura popular ocidental.

Origem
Em 1815 o Monte Tambora, na ilha de Sumbawa, na atual Indonésia, entrou em erupção. Como consequência, um milhão e meio de toneladas de poeira foram lançadas na atmosfera, bloqueando a luz solar, deixando o ano de 1816 sem verão no hemisfério norte.
Neste ano, Mary Shelley, então com 19 anos e ainda com o nome de solteira, Mary Wollstonecraft Godwin, e seu futuro marido, Percy Bysshe Shelley, foram passar o verão à beira do Lago Léman, onde também se encontrava o amigo e escritor Lord Byron. Forçados a ficar confinados por vários dias em ambiente fechado pelo clima hostil anormal para a época e local, os três e mais outro hóspede, o também escritor John Polidori, passavam o tempo lendo uns para os outros historias de horror, principalmente histórias de fantasmas alemãs traduzidas para o francês.
Eventualmente Lord Byron propôs que os quatro escrevessem, cada um, uma história de fantasmas. Byron escreveu um conto que usaria em parte mais tarde na conclusão de seu poema Mazzepa. Inspirado por outro fragmento de história de Byron desta época, Polidori mais tarde escreveria o romance “O Vampiro”, que seria a primeira história ocidental contendo o vampiro, como conhecemos hoje, e que, décadas depois, inspiraria Bram Stoker no seu Drácula. Porém, passados vários dias, Mary Shelley ainda não conseguira criar uma história. Eventualmente ela veio a ter uma visão sobre um estudante dando vida a uma criatura. Essa visão tornou-se a base da história de Frankenstein, a qual Mary Shelley veio a desenvolver num romance, encorajada pelo seu futuro marido.
Desta forma, é curioso notar que o Frankenstein e o Vampiro vieram a ter sua génese literária na mesma ocasião.
Shelley relatou a sua versão da génese da história no prefácio da terceira edição (definitiva) de seu romance.
  
Edições
Mary Shelley completou o romance em 1817 e Frankenstein ou o moderno Prometeu foi publicado em 1 de janeiro de 1818 por uma pequena editora de Londres, a Lackington, Hughes, Harding, Mavor & Jones, após ter sido rejeitada por duas outras editoras. A publicação não continha o nome da autora, somente um prefácio escrito por Percy Bysshe Shelley, o seu noivo, e uma dedicatória a William Godwin, o seu pai. A primeira edição foi feita em três volumes e foram impressas somente 500 cópias.
Apesar das críticas desfavoráveis, a edição teve um sucesso de vendas quase imediato. Ficou bastante conhecida, principalmente através de adaptações para o teatro, e a obra foi traduzida para o francês.
A segunda edição de Frankenstein foi publicada a 11 de agosto de 1823, em dois volumes, desta vez com o crédito como autora para Mary Shelley.
Em 31 de outubro de 1831, a editora Henry Colburn & Richard Bentley lançou a primeira edição popular, num volume. Esta edição foi significativamente revista por Mary Shelley, e continha um novo e longo prefácio, escrito por ela, relatando a génese da história. Esta edição é a mais conhecida e mais usada como base para traduções.

sábado, dezembro 28, 2024

O livro Arquipélago de Gulag foi publicado há 51 anos...

     
Arquipélago de Gulag é provavelmente a mais forte e a certamente a mais influente obra sobre como funcionavam os gulags (campos de concentração e de trabalho forçado, na antiga União Soviética) nos tempos de Estaline
  
  
Escrito por Alexander Soljenítsin, o livro de cerca de 600 páginas e é uma narrativa sobre factos que foram presenciados pelo autor, prisioneiro durante onze anos, em Kolima, num dos campos do arquipélago, e por duzentas e trinta e sete pessoas, que confiaram as suas cartas e relatos ao autor.
  
  
Escrito entre 1958 a 1967, a obra foi publicada no ocidente (em Paris) no ano de 1973 (a 28 de dezembro) e circulou, clandestinamente, na União Soviética, numa versão minúscula, escondida, até à sua publicação oficial, no ano de 1989.
"GULag" é um acrónimo em russo para o termo: "Direção Principal (ou Administração) dos Campos de Trabalho Corretivo" ("Glavnoye Upravleniye Ispravitelno-trudovykh Lagerey"), um nome burocrático para este sistema de campos de concentração.
O título original em russo do livro era "Arkhipelag GULag". A palavra arquipélago relaciona-se ao sistema de campos de trabalho forçado espalhados por toda a União Soviética como uma vasta corrente de ilhas, conhecidas apenas por quem fosse destinado a visitá-las.
     

sábado, novembro 23, 2024

Boris Karloff nasceu há 137 anos

      
Boris Karloff
, nome artístico de William Henry Pratt (Dulwich, Londres, 23 de novembro de 1887 - Sussex, 2 de fevereiro de 1969) foi um ator britânico nascido na Inglaterra que atuava principalmente em filmes de terror.
Projetou-se interpretando o monstro de Frankenstein em 1931 e com isso especializou-se em papéis de filmes de terror. O seu último trabalho foi em Targets (1968).
Morreu, devido a graves problemas respiratórios, a 2 de fevereiro de 1969, na Inglaterra, com 81 anos de idade.
   

sábado, novembro 16, 2024

A república francesa afogou, barbaramente, noventa padres católicos há 231 anos...

 Pintura de Joseph Aubert, 1882, mostrando as Noyades de Nantes

    

Noyades (em português: afogamentos) foi a forma de execução coletiva que Jean-Baptiste Carrier aplicou na cidade francesa de Nantes, em 1793, por ele descrita como "execução vertical do degredo", durante a fase do Terror na Revolução Francesa, e que consistia em fazer afundar, num barco, no rio Loire, dezenas de pessoas.

No dizer de Otto Flake, Nantes fora "entregue ao furor de Carrier, sanguinário patológico, egresso diretamente dos romances de Sade".
 


Contexto

Vivia a Revolução uma fase de afirmação de qual das correntes predominaria sobre as demais. Em abril daquele ano o Clube dos Jacobinos, sob a direção de Maximilien de Robespierre, principiou a tomada do poder, sob uma filosofia em que este seria transferido ao povo (os próprios jacobinos), e com a derrota dos girondinos, a 3 de junho.

Várias das cidades comandadas por simpatizantes da Gironda se rebelaram, forçando a Convenção a enviar seus representantes para submetê-las. Para Lião seguiram Fouché e Collot d'Herbois; para Nantes seguiu Carrier.

Ali, na Vendeia, havia os realistas tentado um golpe fracassado contra Nantes. Cerca de oitenta mil homens tentaram romper o cerco em direção à fronteira, mas foram impedidos em Le Mans e completamente batidos em Savenay. Determinou então a Convenção que a Vendeia fosse assediada, enviando para lá dezasseis acampamentos fortificados, tendo por pontos de apoio as chamadas Colunas Infernais - uma dúzia de colunas volantes - que avançaram destruindo a ferro e fogo os seus adversários.

Nantes havia de pagar pela insubordinação, e Carrier foi o encarregado disto. 

  

Afogamentos

A repressão fazia-se com execuções à guilhotina mas, para Carrier, esta era muito demorada. Enquanto em Lião Fouché criou o fuzilamento em massa, em Nantes Carrier decidiu embarcar de uma vez noventa sacerdotes e, estando a embarcação a meio do rio, era a mesma posta a pique.
 
  

domingo, outubro 20, 2024

Béla Lugosi nasceu há 142 anos

   
Béla Ferenc Dezsõ Blaskó, mais conhecido como Béla Lugosi, (Lugoj, 20 de outubro de 1882 - Los Angeles, 16 de agosto de 1956) foi um ator húngaro nascido no então Império Austro-Húngaro, na região do Banat.
  
(...)
  
Após sair do serviço militar, teve uma vida conturbada. Fez cerca de 12 filmes, casou-se pela primeira de cinco vezes e saiu da Hungria por causa das suas opiniões políticas. Refugiou-se na Alemanha, onde pouco tempo, para depois migrar para o país onde conseguiu alcançar a fama: os Estados Unidos. Béla participou no cenário do teatro na comunidade húngaro-americana e após algum tempo ganhou a oportunidade de interpretar Drácula, numa adaptação teatral escrita por John Balderston.
A sua interpretação única e assustadora nesta peça foi a que lhe abriu as portas para o estrelato no cinema. O diretor Tod Browing descobriu Béla e chamou-o para interpretar o vampiro na sua versão cinematográfica de Drácula. Este papel deu-lhe o  estrelato ao mesmo tempo que o marcou como "um ator de um só papel".


quarta-feira, setembro 11, 2024

Poema para nunca esquecer um dia triste...


(imagem daqui)

 
 
Ainda refulge a chama
 
  
Ainda refulge a chama
que perturbou um dia meus sentidos?

Não se apaga jamais
a luz de certo olhar que em segredo amei?

Chora, em meu coração,
a nostalgia do bem com que sonhei?

Da noite, abismo imenso,
oiço indistinta voz chamar por mim?

O que me falta e inquieta
serás tu, de quem não sei o nome?

Ou todo o sonho erguido é cinza ao vento,
estrela fria, cada vez mais longe
do puro silêncio em que se esvai a vida?
 
  
 
Luís Amaro

Pinochet instituiu uma ditadura no Chile há 51 anos...


Em 11 de setembro de 1973, Salvador Allende, o presidente democraticamente eleito em 1970, sofreu um golpe de estado e o general Augusto Pinochet assumiu o governo, instaurando uma ditadura que iria perdurar por dezassete anos.
   

O corajoso Homem que denunciou os crimes de Estaline morreu há 53 anos...

  
Nikita Sergueievitch Khrushchov
(também grafado Khrushchev, Kalinovka, Oblast de Kursk, 17 de abril de 1894 - Moscovo, 11 de setembro de 1971) foi secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) entre 1953 e 1964 e líder político do mundo comunista até ser afastado do poder, por causa da sua perspetiva reformista e substituído na direção da URSS pelo político conservador Leonid Brejnev.
   
(...)
  
Com a morte de Estaline em 1953, Khrushchov chegou ao poder como líder do PCUS, vencendo uma sangrenta disputa interna com políticos poderosos da era estalinista - como Gueórgui Malenkov, Lazar Kaganovitch, Viatcheslav Molotov e Nikolai Bulganin. A disputa culminou na prisão e execução de Laurenti Béria, o líder da temida NKVD - a polícia política da URSS - e Ministro do Interior.
Khrushchov iniciou uma série de reformas no país, priorizando a fabricação de bens de consumo para a população soviética ao invés da ênfase no desenvolvimento da indústria pesada.
Em 23 de fevereiro de 1956, durante o XX Congresso do PCUS, Khrushchov chocaria a nação e o mundo ao fazer o seu famoso “discurso secreto”, no qual acusava Estaline do crime de genocídio durante as grandes purgas realizadas nos anos 30 na URSS e denunciava o culto da personalidade que o cercava. O seu ato acabou afastando-o dos líderes soviéticos mais conservadores, mas ele acabou derrotando-os numa disputa interna que visava derrubá-lo do poder em 1957.
Em 1958, Khrushchov substituiu Nikolai Bulganin como primeiro-ministro da União Soviética. Ao tornar-se o líder incontestado da URSS, teve condições para dar maior agilidade ao processo de implementação das suas reformas.
Khrushchov era um líder pouco diplomático, de instrução apenas básica, a quem faltavam entendimento e conhecimento da história e do mundo fora das fronteiras da URSS, apesar dos seus adversários o reconhecerem como inteligente, dentro e fora da URSS. Ficou conhecido no período da Guerra Fria pelas suas atitudes pouco convencionais e grosseiras, famoso por interromper oradores de outros países em eventos internacionais para insultá-los e por suas atitudes insólitas, como tirar os sapatos e batê-los na mesa de discussões, durante sessões do Conselho de Segurança das Nações Unidas, ou brandir uma bota na cara do líder chinês Mao Tsé Tung, ou ainda fazer comentários xenófobos e racistas sobre o povo búlgaro, com o próprio primeiro-ministro da Bulgária.
Em 1959 foi-lhe atribuído o Prémio Lenine da Paz.
Conjuntamente com erros estratégicos, tanto na condução da economia agrícola soviética, como na derrota política sofrida frente aos Estados Unidos na crise dos mísseis de Cuba (1962), o seu comportamento e suas atitudes humilhavam os seus companheiros do Politburo e acabaram por causar a sua queda.
Em 14 de outubro de 1964, Khrushchov foi derrubado do poder na União Soviética pelos seus adversários do Politburo, acusado de erros políticos graves e desorganização da economia soviética, a principal acusação foi de se meter numa guerra armamentista, iniciada pela invasão da Baía dos Porcos, cuja atribuição, segundo os soviéticos foi única e exclusiva de John F. Kennedy, iniciando-se a chamada Guerra Fria. Passou os restantes sete anos de sua vida em prisão domiciliar, até morrer, em Moscovo, a 11 de setembro de 1971.
  

segunda-feira, setembro 09, 2024

Mao Tsé-Tung, um dos maiores genocidas de sempre, morreu há 48 anos

     
Mao Tsé-Tung (Mao Tse-tung pela transliteração Wade-Giles, ou Máo Zédōng, pela pinyin; Shaoshan, 26 de dezembro de 1893 - Pequim, 9 de setembro de 1976) foi um político, teórico, líder comunista e revolucionário chinês. Liderou a Revolução Chinesa e foi o arquiteto e fundador da República Popular da China, governando o país desde a sua criação em 1949 até sua morte em 1976. A sua contribuição teórica para o marxismo-leninismo, estratégias militares, e suas políticas comunistas são conhecidas coletivamente como maoísmo.
Mao chegou ao poder comandando a Longa Marcha, formando uma frente unida com Kuomintang (KMT) durante a Guerra Sino-Japonesa para repelir uma invasão japonesa, e posteriormente conduzindo o Partido Comunista Chinês até à vitória contra o generalíssimo Chiang Kai-shek do KMT na Guerra Civil Chinesa. Mao restabeleceu o controle central sobre os territórios divididos da China, com exceção do Taiwan, e com sucesso suprimiu os opositores da nova ordem. Ele promulgou uma reforma agrária radical, usando a violência e o terror para derrubar latifundiários antes de tomar as suas grandes propriedades e dividir as terras em comunas populares. O triunfo definitivo do Partido Comunista aconteceu depois décadas de turbulência na China, que incluiu uma invasão brutal pelo Japão e uma prolongada guerra civil. O Partido Comunista de Mao finalmente atingiu um grau de estabilidade na China, apesar do reinado de Mao ser marcado pela crise de eventos como o Grande Salto em Frente e a Revolução Cultural, e os seus esforços para fechar China ao comércio de mercado, e erradicar a cultura tradicional chinesa, que tem sido amplamente rejeitado pelos seus sucessores.
   
  
Mao intitulava-se "O Grande Timoneiro" e os seus partidários continuam a sustentar que ele foi responsável por uma série de mudanças positivas que vieram à China durante seu governo de três décadas. Estas incluíram a duplicação da população escolar, proporcionando a habitação universal, abolindo o desemprego e a inflação, aumentando o acesso dos cuidados a saúde, e elevando drasticamente a expectativa de vida. O Partido Comunista, que domina a China continental (e Hong Kong e Macau) detém o controle dos meios de comunicação e da educação e oficialmente celebra o seu legado. Como resultado desses fatores, Mao ainda é tido em alta consideração por muitos chineses como um grande estratega político, mentor militar e "salvador da nação". Os maoístas também divulgam o seu papel como um teórico, estadista, poeta e visionário, e os anti-revisionistas continuam a defender a maioria de suas políticas. Em 1950, ele enviou o Exército de Libertação Popular para o Tibete para impor a reivindicação da China na região do Himalaia; esmagou uma revolta ali em 1959; e em 1962, Mao lançou a Guerra sino-indiana. Na política externa, Mao apoiou "revolução mundial" e, inicialmente, procurou alinhar a China com a União Soviética de Estaline, o envio de forças para a Guerra da Coreia e a Primeira Guerra da Indochina, bem como auxiliando movimentos comunistas na Birmânia, Camboja, e em outros países. A China e União Soviética divergiram após a morte de Estaline, e pouco antes da morte de Mao, a China começou a sua abertura comercial com o Ocidente.
Mao continua sendo uma figura controversa na atualidade, com um legado importante e igualmente controverso e constante. Muitos chineses acreditam também que, através de suas políticas, ele lançou os fundamentos económicos, tecnológicos e culturais da China moderna, transformando o país de uma ultrapassada sociedade agrária em uma grande potência mundial. Além disso, Mao é visto por muitos como um poeta, filósofo e visionário. Como consequência, o seu retrato continua na Praça Tiananmen e em todos as notas Renminbi.
Inversamente, no Ocidente, Mao é acusado de com seus programas sociais e políticos, como o Grande Salto em Frente (ou o Grande Salto) e a Revolução Cultural, causar grave fome e danos à cultura, sociedade e economia da China. Embora Mao tenha incentivado o crescimento populacional e a população chinesa quase tenha duplicado durante o período de sua liderança (de cerca de 550 a mais de 900 milhões), suas políticas e os expurgos políticos do seu governo entre 1949 a 1975provocaram a morte de 50 a 70 milhões de pessoas. A fome severa, durante a Grande Fome Chinesa, o suicídio em massa, como resultado das Campanhas Três-Anti e Cinco-Anti, e a perseguição política durante a Campanha Antidireitista, purgas e sessões de luta, todos resultaram destes programas. As suas campanhas e suas variadas consequências catastróficas foram posteriormente consideradas culpadas por danificar património da cultura chinesa e da sociedade, como as relíquias históricas que foram destruídas e os locais religiosos que foram saqueados. Apesar dos objetivos declarados de Mao de combater a burocracia, incentivar a participação popular e sublinhar na China a auto-confiança serem geralmente vistos como louváveis e a rápida industrialização, que começou durante o reinado de Mao, é reconhecida por estabelecer bases para o desenvolvimento da China no final do século XX, os duros métodos que ele usou para consegui-los, incluindo tortura e execuções, têm sido amplamente criticados como sendo cruéis e auto-destrutivos. Desde que Deng Xiaoping assumiu o poder em 1978, muitas políticas maoístas foram abandonadas em favor de reformas económicas.
Mao é visto como uma das figuras mais influentes na história do mundo moderno, e foi nomeado pela revista Time como uma dos cem personalidades mais influentes do século XX.
     

quinta-feira, setembro 05, 2024

O Período do Terror, na revolução francesa, começou há 231 anos...

      
Na Revolução Francesa, o Período do Terror, ou O Terror, ou Período dos Jacobinos, foi um período compreendido entre 5 de setembro de 1793 (queda dos girondinos) e 27 de julho de 1794 (prisão de Maximilien de Robespierre, ex-líder dos Jacobinos, que foi um precursor da ideia de um terrorismo de estado nos séculos posteriores). Entre junho de 1793 e julho de 1794, pelo menos, 16.594 pessoas foram executadas durante o Reinado de Terror na França, sendo 2.639 mortes só em Paris. Apesar disso, há um consenso de que o número é muito maior, com cerca de 10 mil mortes que ocorreram sem julgamentos ou em prisões.
O que inicialmente era uma perseguição velada aos girondinos tornou-se uma perseguição geral a todos os "inimigos" da Revolução, inclusive alguns elementos jacobinos ou que sempre haviam apoiado a mesma, como Danton. O Comité de Salvação Pública era o órgão que conduzia a política do terror; a sua figura de maior destaque foi Robespierre. Após a instituição da Convenção, o governo, precisando do apoio das massas populares (os sans-culottes) promulgou diversas leis de assistência e garantia dos direitos humanos estabelecidos pela revolução (liberdade, igualdade, fraternidade). Houve certa resistência contra essas leis, que se somava à pressão externa contra a França.
O Terror terminou com o golpe de Termidor (27/28 de julho de 1794), que desalojou Robespierre do cargo de presidente do Comité de Salvação Pública e, no dia seguinte, Robespierre e Saint-Just (e mais de uma centena de jacobinos) foram executados na guilhotina. 

Antecedentes
Símbolo do poder régio, da ostentação cortesã e da opulência nobiliárquica, a França foi, até ao século XVIII, um dos expoentes mais visíveis do Antigo Regime. Porém, a 14 de julho de 1789, tudo isso iria mudar. Guiados pelos ideais liberais e iluministas, centenas de burgueses e populares, à mistura de diversos elementos do exército que desertaram fizeram uma Revolução. Esta Revolução, hoje conhecida como Revolução Francesa, ou Revolução de 1789, foi decisiva para a implantação de ideais hoje considerados banais como a Liberdade, a Igualdade, a Divisão de Poderes, a Fraternidade ou a ideia de Nação. Porém, a Revolução Francesa trouxe também uma onda de sangue imensa. Milhares de pessoas foram guilhotinadas, inclusive o rei Luís XVI, a sua esposa Maria Antonieta e o famoso químico Lavoisier.
   

segunda-feira, agosto 26, 2024

Lavoisier nasceu há 281 anos...

  
Antoine Laurent de Lavoisier (Paris, 26 de agosto de 1743 - Paris, 8 de maio de 1794) foi um químico francês, considerado o pai da Química moderna.
Foi o primeiro cientista a enunciar o princípio da conservação da matéria. Além disso identificou e batizou o oxigénio, refutou a teoria flogística e participou na reforma da nomenclatura química. Célebre por seus estudos sobre a conservação da matéria, mais tarde imortalizado pela frase popular:
  
Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.
Nascido numa família rica em Paris, Antoine-Laurent Lavoisier herdou uma grande fortuna com a idade de cinco anos com o falecimento de sua mãe. Ele foi educado no Collège des Quatre-Nations (também conhecido como Collège Mazarin) de 1754 a 1761, estudando química, botânica, astronomia e matemática. Ele era esperado para seguir os passos de seu pai e ainda obteve sua licença para praticar a lei em 1764 antes de voltar a uma vida de ciência.
Lavoisier é considerado o pai da química. Foi ele quem descobriu que a água é uma substância composta, formada por dois átomos de hidrogénio e um de oxigénio: o H2O. Essa descoberta foi muito importante para a época, pois, segundo a teoria de Tales de Mileto, que ainda era aceita, a água era um dos quatro elementos terrestres primordiais, a partir da qual outros materiais eram formados.
Em 16 de dezembro de 1771 Lavoisier casou-se com uma jovem aristocrata, de nome Marie-Anne Pierrette Paulze. A sua mulher tornou-se num dos seus mais importantes colaboradores, não só devido ao seu conhecimento de línguas (em particular o inglês e o latim), mas também pela sua capacidade de ilustradora. Marie-Anne foi responsável pela tradução, para francês, de obras científicas escritas em inglês e em latim, fazendo ilustrações de algumas das experiências mais significativas feitas por Lavoisier. Ele viveu na época em que começava a Revolução Francesa, quando o terceiro estado (camponeses, burgueses e comerciantes) disputava o poder na França.
Lavoisier foi guilhotinado em 8 de maio de 1794, após um julgamento sumário no dia anterior. Joseph-Louis de Lagrange, um importante matemático, contemporâneo de Lavoisier disse:
  
Não bastará um século para produzir uma cabeça igual à que se fez cair num segundo.