sábado, abril 13, 2019

D. António Ferreira Gomes, Bispo do Porto que afrontou Salazar, morreu há trinta anos

D. António Ferreira Gomes (Milhundos, 10 de maio de 1906 - Ermesinde, 13 de abril de 1989) foi um religioso católico português, bispo titular da Diocese do Porto de 1952 a 1982.
A figura do bispo portuense é emblemática não só por ter pago com dez anos de exílio (1959-1969) o seu amor à verdade, a sua fidelidade à doutrina social da Igreja, mas por ser um grande homem do pensamento português, pela inovação com que lê a tradição nacional. O ter aliado a intervenção da reflexão com a vivência do testemunho guindam o perfil da sua estatura moral a um nível fora do comum. Faz doutrina ao longo de quase quarenta anos, variando de temas segundo a realidade que tinha diante e a partir das referências da renovação da doutrina cristã, desde Pio XII ao Concílio, desde S. Tomás a Rahner. Reflecte, como poucos, o carácter ético da busca da verdade, em diálogo e confronto com os grandes “mestres da suspeita” como Nietzche, Marx e Freud.
Homem livre, configurando a liberdade em referência ao Absoluto, defende os direitos humanos em tom profético, com intransigência de génio. Entusiasma-se com o II Concílio do Vaticano e percebe as resistências interiores à mudança de perspectiva, exigida pelo fim do constantinismo. A dimensão sócio-política das suas reflexões integra-se perfeitamente e unicamente na missão pastoral da Igreja. Foi sempre impulsionado pelo dever de bispo que D. António abriu caminho a um diálogo com a cultura contemporânea, consciente e atento observador das suas manifestações concretas no viver da sociedade. O diálogo crítico que entabulou com a modernidade partiu da novidade do evento Jesus Cristo, pela ligação entre história e Revelação acontecida nele. Ao caminhar para uma civilização de liberdade e de amor, como meta da história, estava ciente do mundo ecuménico e pluralista e lançava pontes para uma relação entre cultura e transcendência.
O Bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes, nasceu na freguesia de Milhundos (Penafiel) a 10 de maio de 1906. Milhundos é uma pequena terra rural atravessada por um riacho, o Cavalum, que dá fertilidade às breves encostas companheiras do seu percurso. António era o quarto de nove filhos de Manuel Ferreira e Albina Rosa de Jesus, lavradores abastados do lugar da Quintela, que teve educação firme, solidificada na disciplina e pautada pela honra. Entrou para o Seminário a 16 de outubro de 1916. O facto de ter um tio padre e cónego motivava-o para abraçar a vida de serviço à Igreja. Acabaria os estudos filosófico-teológicos em Roma, na Universidade Gregoriana, entre 1925 e 1928. Aos 22 anos é presbítero (22 de setembro de 1928), sendo ordenado na Torre da Marca, por D. António Augusto de Castro Meireles. É logo depois nomeado prefeito e director de disciplina no Seminário de Vilar. Por impedimento do seu tio, Cónego Ferreira Gomes, em 1936 iria ser vice-reitor com funções de Reitor. Em junho de 1936 é feito cónego da Sé do Porto, juntamente com Manuel Valente e Sebastião Soares de Resende. Foi, então, o exigente professor de filosofia, firmado no seu imperturbável pensamento, seguido com temor e espanto pelos alunos. A ele se deve a colocação de duas máximas nas paredes do Seminário de Vilar: “De joelhos diante de Deus, de pé diante dos homens” e “Fostes resgatados por grande preço, não queirais tornar-vos servos dos homens” (1Cor 7, 23). A vinda para o Porto de D. Agostinho de Jesus e Sousa, em agosto de 1942, depois dos problemas atribulados surgidos na diocese, foi ocasião para relações de colaboração cordial entre o director de Vilar e do novo bispo portucalense.
Em 15 de janeiro de 1948, Ano da Proclamação da Declaração Universal dos Direitos do Homem, dos quais foi insistente defensor, o Papa nomeia-o bispo e coadjutor de Portalegre, com direito a sucessão. É ordenado na Sé do Porto a 2 de maio de 1948, dia de Santo Atanásio de Alexandria. Coincidência imprevisível de exilados! Preside à celebração D. Agostinho de Jesus e Sousa, sendo ladeado por D. António Valente da Fonseca, bispo de Vila Real e D. Manuel Maria Ferreira da Silva, bispo titular de Gurza. Tomou posse a 25 de maio. Pela morte de D. Domingos Frutuoso, a 6 de junho de 1949, é nomeado Bispo de Portalegre e aí prossegue o contacto com a realidade do Alentejo que estuda, como testemunha o seu então secretário particular, P. José Geraldes Freire (ver Voz Portucalense, de 18 de março de 1982); o outro secretário seria o P. Elias Lopes, que o acompanharia durante alguns meses no Porto. De facto a experiência alentejana iria durar pouco. A sua sensibilidade para com os problemas sociais vem ao de cima desde a primeira hora, perante a situação do proletariado alentejano. Sonhou constituir uma associação agrária de inspiração cristã, com base na doutrina social da Igreja, para apresentar soluções para os graves problemas aí vividos e juntamente com as necessidades económicas atender aos valores morais. O proprietário e engenheiro agrónomo José Pequito Rebelo, lançou em março de 1949 um apelo ao novo bispo para que se fizesse defensor da criação de uma irmandade dos proprietários alentejanos de Lisboa, junto dos bispos vizinhos de Évora e Beja. António Ferreira Gomes contrapõe razões à ideia de Pequito: era o bispo mais novo para tomar iniciativas em todo o Alentejo, tinha prioridades pastorais como a construção do Seminário, a associação não devia valorizar os absentistas. Perante esta resposta Pequito advoga que não vale a pena deitar mãos à criação da associação como D. António a concebera. De facto a ideia for sendo trabalhada. Em 1951, nasce a Acção Católica Agrária, animada pelo engenheiro Nuno Vaz Pinto e cria-se uma Fraternidade Operária, inaugurada a 8 de abril de 1951, com operários de toda a diocese. Os poucos anos de contacto com as gentes do Alentejo foram suficientes para criar no bispo um carinho e um apreço muito especiais.
A 13 de julho de 1952 é nomeado bispo do Porto. Toma posse por procuração a 14 de setembro e entra solenemente no dia 12 de outubro, uma vez que continuou como Administrador Apostólico de Portalegre até à tomada de posse do sucessor, D. Agostinho Lopes de Moura, a 2 de maio de 1953. De 1952 a 1958, o bispo do Porto notabilizou-se pela atenção à miséria social do povo português, pela critica do corporativismo do Estado e pela exigência de livre expressão do pensamento e da acção política (célebres discursos aos jornalistas, no dia de S. Francisco de Sales).
A seguir à campanha do General Humberto Delgado para a Presidência da República tornou-se conhecido o pró-memória, enviado pelo bispo do Porto a Oliveira Salazar, para anteceder uma conversa que este desejou. É conhecido erradamente como Carta a Salazar (13 de julho de 1958). Ao terminar o Pro memoria para uma conversa com Salazar, o bispo do Porto lançou quatro perguntas relativas às possíveis objecções que o Estado teria à acção da Igreja e dos católicos. Com estas questões não pretende qualquer favor e declara: “antes, pelo contrário, penso que se não forem capazes de aguentar o desfavor e a animosidade do Poder, pouco podem merecer o respeito e a liberdade. Apenas sugiro e peço, mas isso com toda a nitidez e firmeza, o respeito, a liberdade e a não-discriminação devidos ao cidadão honesto em qualquer sociedade civil.” (Gomes - D. António, pp. 139)

Começou a circular, devido a inconfidências de um amigo de D. António e de um ministro de Salazar. Causou grande polémica nos jornais, às vezes bem reveladora do fanatismo vulgar de alguns espíritos. Certo é que saindo do país a 24 de julho de 1959, por ser aconselhado a retirar-se uns tempos para férias, é depois proibido de entrar. Vê-se forçado a um exílio de dez anos, iniciado em Vigo e depois continuado em Santiago de Compostela, Valência – onde colabora na acção pastoral - , Lourdes, Ciudad Rodrigo e Salamanca. Neste locais recebe frequentes visitas de amigos e apoio da diocese do Porto, que soube ser fiel e digna no exílio do seu bispo.

Durante o Concilio está em Roma, é membro da Comissão dos Seminários e Estudos, e participa na aula conciliar com intervenções de interesse, relativas ao esquema dos bispos, do ecumenismo, da Igreja no mundo e da liberdade religiosa (1963-1965), talvez esta a mais pertinente. Juntamente com o portuense D. Sebastião Soares de Resende, tem as intervenções mais relevantes da débil presença portuguesa no II Concilio do Vaticano.
No ano de 1969, devido a diligências da ala liberal, em colaboração com padres diocesanos actuantes junto da Nunciatura, Marcelo Caetano autoriza a sua entrada em Portugal. Agora é o esforço de retomar e de redescobrir a diocese e de a reestruturar no estilo do Concílio. A sua preocupação dominante de pastor foi a doutrinação e a criação de organismo de correspondência eclesial.
Não deixa de ser uma figura incómoda e polémica. São exemplos: a presença no julgamento do P. Mário Pais de Oliveira, nos dias 7 e 8 de janeiro de 1971, a homilia da paz de 1972, quando fala da teologia da guerra e inclui referências à «virtudes militares» dos capelães, o interdito à paróquia de Mozelos, no dia 1 de janeiro de 1974. A mesma linha ética se manteve após o 25 de Abril do mesmo ano. Enfrenta a nova situação com a coragem merecida por uma coerência granítica. É um período de escrita singularmente fecundo. O diálogo com a cultura moderna será o seu tema central desde 1976, até ao fim. Isto após os esclarecidos avisos aos portugueses, com apelos à tolerância e a denúncia dos novos perigos pós-revolucionários. Dentro da Igreja, a crítica aos cristãos pelo socialismo demonstrou o homem da fidelidade à memória doutrinal da Igreja (ver Cristianismo, Liberdade e Socialização, in Igreja e Missão, 75/76 (1975; pp. 305/330). A partir de 1978 notam-se algumas reacções do clero com posições mais irrequietas e radicais. Nos anos oitenta diminuem os momentos de intervenção.

Começa o reconhecimento público e oficial. É agraciado em 7 de agosto de 1980, com a Grã-cruz da Ordem da Liberdade e a 20 de maio de 1982 é homenageado na Assembleia da República. Escolhe mais uma vez, o dia 2 de maio de 1982 – passados trinta e quatro anos da sua ordenação sacerdotal – para se despedir do seu rebanho do Porto e ir viver para a Quinta da Mão Poderosa, casa da diocese em Ermesinde. Aí viveu discretamente e morreu serenamente. Aí escreveu as Cartas ao Papa e previa escrever um volume de Provas, mas a falta progressiva da visão e a morte do Secretário, Cónego Rebelo, fizeram-no desistir. Em 1986 esteve presente na RTP, onde afirmou em longa entrevista: «eu professo que Deus é o Senhor da História e que a História tem sentido».
Deixou testamento, redigido em 21 de Agosto de 1977. Testemunha o desprendimento nobre e a pobreza essencial que nortearam a sua vida e revela a criação do Fundação Spes, com fins benéficos, educativos e culturais. Nenhum dos seus escritos foge ao carácter pastoral. Não escreveu tratados temáticos nem manuais. O conjunto da sua obra proporciona critérios bem alicerçados para os ouvintes ficarem habilitados no discernimento da realidade e da história segundo os princípios do humanismo personalista cristão. Uma ou outra vez acedeu a insistências para escrever textos introdutórios. Um deles é a Saudação para a Lusitania Sacra (1 - 1956; pp. 7-15). Aqui critica o historicismo como naufrágio da história, lança alguns desafios para o fazer de uma «história arquitectónica», como combinação de ciência, arte e filosofia. A História devia chegar a «disciplina total», compreender e respeitar a tradição por consideração para com a vida e traçar visões panorâmicas de conjunto, irradiar uma profunda filosofia da história.
Várias vezes desenhou perfis com a densidade própria da visão alargada, que é seu timbre. É o caso, por exemplo, de D. António Barroso e de D. António Castro Meireles. O drama Herói e Santo (1931) sobre a vida do beato Nuno é a sua estreia literária. Se é falho de valor dramatúrgico, embora escrito com intenção pedagógica para os alunos do Seminário, quer, já então, sugerir uma nova interpretação do Condestável, levantada de novo em Coimbra em 1974. D. António teve pena que ninguém lhe confirmasse ou rebatesse a tese sugerida. Uma conferência, pronunciada na sede da Justiça e Paz de Coimbra, tem por título: Os direitos do homem na tradição portuguesa antiga. É um contributo para conhecer melhor a tradição cristã em Portugal. O longo e belo Pórtico à 3ª edição (1969) dos Contos Exemplares de Sophia de Mello Breyner é uma profunda e erudita reflexão de teor histórico. Considera o bispo que Sophia chega à verdade não pela via platónica grega, mas pela paixão invoca o mistério e a transcendência do ser humano, ao modo católico.
A distância do tempo ajudará a estabelecer a verdadeira estatura deste vulto. Para tal contribuirá a publicação de textos que a Fundação Spes tem vindo a dar à luz. Uma estátua do escultor Arlindo Rocha foi colocada em frente da Torre dos Clérigos, ex-libris do Porto. Outra obra, da escultora Irene Vilar, comemora a presença do ilustre prelado na sua terra natal. O discurso de D. António Ferreira Gomes «entre Revelação/Tradição e Modernidade/História» (A. Pinho), ficará em amálgama com o testemunho vivido em nobre serviço à liberdade superior do homem, a interpelar o presente. A concluir fiquem, por isso, as suas próprias palavras: «O homem existe, cumpre-se e pensa-se na história. E a história não existe, faz-se. É o homem que a faz e escreve; mas também é ela, feita e escrita, que faz o homem…». Assim quisemos.
Perante a pergunta: “seremos nós os homens do fim?” (Cartas, pp. 139), o Bispo de Portalegre e do Porto assume uma atitude de profissão de fé nestes termos: “Penso e creio que a História tem um sentido, que o tempo é um dom de Deus e que os sucessivos avatares de encarnação [...] são passos [...] que sustentam o templo de Deus altíssimo” (Cartas, p.147). Ou mais adiante: ”cremos e professamos que o Bem supera o mal, que onde abundou o pecado superabundou a Redenção e que no fim o Bem triunfará. É isto que dá sentido à história” (Cartas, p. 148). Aceitou livremente a morte com plena lucidez, a 13 de abril de 1989. Também no seu fim adere à realidade e vive o último traço do seu itinerário com pleno humanismo cristão.

sexta-feira, abril 12, 2019

Herbie Hancock - 79 anos

Herbie Hancock (Chicago, 12 de abril de 1940) é um pianista e compositor norte-americano, considerado um dos mestres do jazz.
Tocou ao lado de grandes músicos, com destaque para sua colaboração com Miles Davis nos anos 60, em um quinteto que se tornou antológico na história do Jazz. Ali, Hancock foi introduzido ao piano elétrico Fender Rhodes, ao qual adaptou-se imediatamente e tão logo experimentou a improvisada adaptação de um pedal de wah-wah e uma câmara de eco (um Echoplex). Harold Rhodes, pai do piano elétrico, ao noticiar essas estranhas e até então originais conexões, providencia para que esses conectores constem em todos os novos modelos deste piano.
Uma década adiante, emergindo do universo de Miles Davis, Herbie Hancock monta um grupo com maiores aproximações à tradição popular afro-americana, de uma sonoridade bem mais acessível ao grande público e de grande sucesso. No álbum de título homónimo do deste grupo, Head Hunters (1973), Hancock alterna bem sucedidas experimentações pelo eletrofunk com pitadas daquele espírito do quinteto de Miles.
A sua discografia inclui discos voltados para o jazz, assim como algumas incursões pela fusion, funk e música clássica. Poucos pianistas têm ou tiveram uma carreira tão fecunda quanto Hancock, que já atravessa algumas décadas como um dos maiores pianistas da história do Jazz. Gravou, em 1978, com Chick Corea um dos mais belos e surreais trabalhos de dupla ao piano: An Evening with Herbie Hancock & Chick Corea: In Concert.
   
    

Josephine Baker morreu há 44 anos

Josephine Baker, nome artístico de Freda Josephine McDonald, (Saint Louis, 3 de junho de 1906 - Paris, 12 de abril de 1975) foi uma célebre cantora e dançarina norte-americana, naturalizada francesa em 1937, e conhecida pelos apelidos de Vénus Negra, Pérola Negra e ainda a Deusa Crioula.
Vedeta do teatro de revista, Josephine Baker é geralmente considerada como a primeira grande estrela negra das artes cénicas.
  

Guy Berryman, o baixista dos Coldplay, faz hoje 41 anos

Guy Rupert Berryman (Kirkcaldy, 12 de abril de 1978), é um multi-instrumentista escocês, mais conhecido como o baixista da banda Coldplay.
  
 

Yuri Gagarin conquistou o espaço há 58 anos

Gagarin na Suécia em 1964

Yuri Alekseievitch Gagarin (Klushino, 9 de Março de 1934 - Kirjatch, 27 de Março de 1968) foi um cosmonauta soviético e o primeiro homem a viajar pelo espaço, em 12 de Abril de 1961, a bordo da Vostok I, uma nave que pesava 4725 quilos.

Vostok 1 - a cápsula em que Yuri Gagarin efectuou a sua ida ao espaço

Brendon Urie, dos Panic! at the Disco, faz hoje 32 anos

Brendon Boyd Urie (Las Vegas, 12 de abril de 1987) é o vocalista e guitarrista da banda Panic! at the Disco. Ele toca teclado, acordeão, piano, baixo, guitarra, violoncelo e bateria.
   
Vida
Brendon Boyd Urie nasceu no dia 12 de abril, em Las Vegas, Nevada (EUA). É filho de Boyd e Grace Urie, uma família de mórmons, mas abandonou a religião no começo da carreira. Estudou em Palo Verde High School,  em Las Vegas. Durante o ensino seundário, trabalhou num 'Tropical Café Smoothies' na sua cidade. E, segundo pessoas que trabalhavam com ele, era um rapaz calmo e bonitas, que cantava (alto demais) as músicas que tocavam no rádio. Foi expulso de casa quando decidiu não fazer a faculdade de direito para seguir uma carreira musical. Foi eleito uma das estrelas mais sexys com menos de 25 anos pela revista “Spin”. Participou do clipe de "A Little Less Sixteen Candles, A Little More Touch Me" e também participou dos vocais da música 7 Minutes In Heaven, ambos da banda Fall Out Boy. Também gravou 20 Dollar Nose Bleed juntamente com a banda. Foi essa mesma banda que abriu aos Panic at the Disco as portas para o sucesso. Participa também dos vocais da música "Don't Wake me Up", da banda The Hush Sound.
Brendon e seus companheiros banda participaram do clipe "Clothes Off" da banda Gym Class Heroes, vestidos com fantasias de animais. Foi atingido por uma garrafa, em 2006, durante um show no Reading Festival e chegou a cair no palco, mas levantou-se e continuou a apresentação. Tocava guitarra quando entrou na banda, mas virou vocalista assim que os membros da banda descobriram o seu potencial vocal.
Ele e a sua banda ganharam a Madonna, Christina Aguilera, Shakira e Red Hot Chili Peppers na categoria de vídeo do ano, com I Write Sins Not Tragedies no VMA 2006. Fez há pouco tempo uma tatuagem de teclas de piano no braço esquerdo. Um amigo do segurança da banda fazia tatuagens em San Bernardino na Califórnia, então ele teve a ideia de fazer as teclas de um piano saindo de seu braço. Poder se tornar 'metade piano' seria demais, segundo Brendon. A poucos meses Brendon adornou essas teclas com flores coloridas, num estilo muito havaiano.
O segundo CD que a banda fez (Pretty. Odd.), pareceu ser um CD bem mais "calmo" do que "A Fever You Can't Sweat Out". Segundo Brendon, eles inspiraram-se nos Beatles para fazer esse segundo álbum.
Em algumas de suas entrevistas, ao ser indagado sobre os hobbies da banda em tempo livre, o mesmo confirma que ele e Spencer adoram visitar bons restaurantes, jogar pingue-pongue, além de tocar as suas músicas favoritas (músicas da banda The Beatles)
O terceiro disco da banda, agora formada apenas por Brendon Urie foi lançado em 22 de março de 2011, chamado Vices & Virtues. Too Weird to Live, Too Rare to Die! é o quarto álbum de estúdio da banda e foi lançado em 8 de outubro de 2013. O álbum estreou em 2º lugar da USA Billboard 200, ficando atrás apenas de "Bangerz", da cantora Miley Cyrus. O quinto álbum chamado Death Of A Bachelor foi lançado em 15 de janeiro de 2016, e é o primeiro álbum da banda a chegar ao topo da US Billboard 200, com 190 mil cópias vendidas.
Em janeiro de 2016, numa conversa com fãs, questionado se aceitaria fazer uma reunião com os ex-integrantes da banda, Brendon respondeu "Não". Também em 2016, a banda foi indicada ao Grammy​ na categoria de Melhor Álbum de Rock, porém o prémio foi dado ao Cage the Elephant.
Em 2017, a Death of a Bachelor Tour foi eleita pela Billboard como a turnê mais rentável do primeiro trimestre, com uma arrecadação de quase 8 milhões de dólares e um público de 170 mil pessoas, ficando na frente de nomes como Bruno Mars, Ed Sheeran e The Weeknd. Em 22 de junho de 2018 lançou o CD Pray for the Wicked.
   

quinta-feira, abril 11, 2019

Há 662 anos nasceu um filho bastardo do príncipe herdeiro português que iria ser um dos nossos melhores Reis...

D. João I de Portugal (Lisboa, 11 de abril de 1357 – Lisboa, 14 de agosto de 1433), foi o décimo Rei de Portugal e o primeiro da Dinastia de Avis, cognominado O de Boa Memória pelo legado que deixou.
Filho ilegítimo do rei D. Pedro I e 3.º Mestre da Ordem de Avis (com sede em Avis), foi aclamado rei na sequência da Crise de 1383-1385 que ameaçava a independência de Portugal.
Com o apoio do Condestável do reino, Nuno Álvares Pereira, e aliados ingleses, travou a batalha de Aljubarrota contra o Reino de Castela, que invadira o país. A vitória foi decisiva: Castela retirou-se, acabando bastantes anos mais tarde por o reconhecer oficialmente como rei.
Para selar a aliança Luso-Britânica, casou com D. Filipa de Lencastre, filha de João de Gaunt, dedicando-se desde então ao desenvolvimento do reino.
Em 1415 conquistou Ceuta, praça estratégica para a navegação no norte de África, o que iniciaria a expansão portuguesa. Aí foram armados cavaleiros os seus filhos D. Duarte, D. Pedro e o Infante D. Henrique, irmãos da chamada ínclita geração.
Escrito entre esse mesmo ano de 1415 e 1433, terá escrito um "notável" livro versado em montaria, uma das artes de caçar.
  
Bandeira pessoal de D. João I com a sua divisa: «Pour bien»
  
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Cronistas contemporâneos descrevem D. João I como um homem arguto, cioso em conservar o poder junto de si, mas ao mesmo tempo benevolente e de personalidade agradável. Na juventude, a educação que recebeu como Grão Mestre da Ordem de Aviz transformou-o num Rei invulgarmente culto para a época.
O seu amor ao conhecimento passou também para os filhos, designados por Luís Vaz de Camões, nos Lusíadas, por «Ínclita Geração»: o Rei D. Duarte de Portugal foi poeta e escritor, D. Pedro, Duque de Coimbra, o «Príncipe das Sete Partidas», foi um dos príncipes mais esclarecidos do seu tempo e muito viajado, e o Henrique, Duque de Viseu, o «Navegador», investiu toda a sua fortuna em investigação relacionada com navegação, náutica e cartografia, dando início à epopeia dos Descobrimentos.
A sua única filha, D. Isabel de Portugal, casou com o Duque da Borgonha e entreteve uma corte refinada e erudita nas suas terras.
No reinado de D. João I foram descobertas as ilhas de Porto Santo (1418), da Ilha da Madeira (1419) e dos Açores (1427), além de se fazerem expedições às Canárias. Teve início, igualmente, o povoamento dos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
D. João faleceu a 14 de agosto de 1433. Jaz na Capela do Fundador, no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha.
Foi cognominado O de Boa Memória, pela lembrança positiva do seu reinado na memória dos portugueses, também podendo ser chamado de O Bom ou O Grande.
  
Descendentes
Do seu casamento com Filipa de Lencastre (13591415) nasceram nove filhos. Destes, os seis que chegaram à idade adulta seriam lembrados como a Ínclita Geração:
D. João teve ainda dois filhos naturais, de Inês Pires, antes do seu casamento:

Lisa Stansfield - 53 anos

Lisa Jane Stansfield (Heywood, Inglaterra, 11 de abril de 1966) é uma cantora britânica.
Aos 11 anos, mudou-se com a família para a cidade de Rochdale. A música esteve sempre esteve presente na sua vida, pois a sua mãe sempre colocava para as três filhas discos de Diana Ross, The Supremes, Marvin Gaye e Barry White. Desde pequena, Lisa costumava cantar pela casa.
A primeira experiência com um público não familiar foi aos 14 anos, quando participou num concurso de talentos numa TV local. Ela ganhou na categoria de cantora e apresentou-se no programa. Aos 17 anos, formou a primeira banda, Blue Zone, com os colegas de escola Andy Morris e Ian Devaney. Eles compuseram algumas canções e gravaram uma demo para levar às gravadoras da região.
A Rockin’ Horse Records, um selo pequeno de música indie, gostou e gravou o single “On Fire”, mas um acidente queimou os discos e eles voltaram ao estúdio para gravar outro single, “Thinking About This Baby”, com a música “Big Think” no lado B. Uma rádio começou a tocar “Big Think” e ela se espalhou pelos clubes, o que fez o single vender 10 mil cópias numa semana. Andy e Ian faziam parte também de outra banda, a Coldcut, e decidiram unir as duas para gravar um novo single, “People Hold On”, que chegou ao 1º lugar da parada britânica.
Com a voz sexy e a soul music na alma, Lisa logo começou a chamar atenção e a Artista Records, que tinha comprado o selo Rockin’ Horse, decidiu contratá-la. Andy e Ian se tornaram os seus instrumentistas, compositores e produtores. O disco de estreia, “Affection”, vendeu 4,5 milhões de cópias. Um dos motivos foi a música “All Around the World”, que esteve no topo das paradas em 1989 e garantiu, ainda, alguns prémios, como o de melhor canção e de melhor artista revelação, entre eles, o Brit Award.
Em 1990, Lisa participou da gravação do disco “Down In The Depths”, de Cole Porter, com o objetivo de arrecadar fundos para a pesquisa da cura da SIDA. Em janeiro de 1991, ela esteve no Rock In Rio, onde se apresentou para cerca de 150 mil pessoas e durante o resto do ano, dedicou-se à produção de um novo disco. “Real Love” foi lançado no final de 1991 e conseguiu colocar quatro músicas nas paradas.
Na mesma época, Lisa regravou “All Around the World” de maneira muito especial porque contou com a participação de um ídolo seu, Barry White, que ela ouvia desde pequena. A turnê internacional ocupou o resto do tempo de Lisa. O lançamento seguinte, em 1993, “So Natural”, também teve boa repercussão, mas só na Inglaterra. Ela ficou algum tempo longe do estúdio, até voltar com força total em 1997, quando lançou “Lisa Stansfield”. O disco voltou a fazer sucesso mundialmente, graças às músicas “The Real Thing”, “Don’t Cry For Me”, “People Hold On” e “I’m Leavin’”.
Em 1998, ela estreou no cinema, no filme “Swing”, que conta a história de uma banda de jazz. Ela é uma das protagonistas, mas o filme não fez sucesso. A banda sonora, porém, cantada por Lisa, chamou a atenção. No ano seguinte, estava nas prateleiras o novo disco, “Face Up”, que é puro soul.
Lisa ganhou também um rótulo de cantora romântica, já que parte de suas composições eram feitas juntamente com o marido e o músico, que sempre esteve presente na vida e carreira de Lisa, Ian Devaney. Lisa acumulou 10 milhões de discos vendidos pelo mundo em pouco mais de 10 anos de carreira.
A cantora ficou algum tempo parada no final da década de 90, mas, em 2003, voltou para conquistar novos fãs e agradar aos fiéis, lançando o disco “Biography”, com 17 canções de sucessos da sua carreira. No ano seguinte, outra surpresa para os fãs: um projeto de relançamento da discografia completa da compositora. Os discos ganharam faixas adicionais e novo visual.
  
  

Zeca Baleiro - 53 anos

José Ribamar Coelho Santos (São Luís, 11 de abril de 1966), mais conhecido como Zeca Baleiro, é um cantor, compositor, cronista, e músico brasileiro de MPB. Transferiu-se para São Paulo onde lançou sua carreira. Zeca canta, toca violão e já teve suas composições interpretadas por Simone, Gal Costa, Elba Ramalho, Vange Milliet, Adriana Maciel, Luíza Possi, Rita Ribeiro, Renato Braz e Claudia Leitte. Em 2011, lançou um livro de crónicas intitulado Bala na agulha. Atualmente, além da carreira de músico, é colunista mensal da revista Isto É.
  
 

Há quarenta anos Idi Amin fugiu finalmente do Uganda

Uma caricatura de Idi Amin em 1977 - Edmund S. Valtman
  
Idi Amin Dada (~192016 de agosto de 2003) foi um ditador militar e o terceiro presidente de Uganda entre 1971 e 1979. Amin fez parte do King's African Rifles, um regimento colonial britânico, em 1946, servindo na Somália e no Quénia. Eventualmente, ele chegou à patente de Major-General no exército ugandense, e tornou-se Chefe Supremo do Exército, antes de liderar um golpe de estado em 1971, depondo o então presidente Milton Obote. Mais tarde, como chefe de estado, ele auto-promoveu-se a Marechal de Campo.
O governo de Amin foi caracterizado por violações dos direitos humanos, repressão política, perseguição étnica, assassinatos, nepotismo, corrupção e má gestão económica. O número de mortos durante o seu regime ditatorial é estimado por observadores internacionais e grupos de direitos humanos como estando entre cem mil e quinhentos mil. Durante os seus anos no poder, Amin deixou de ser um anticomunista com considerável apoio de Israel e passou a ser apoiado por Muammar al-Gaddafi, a União Soviética e a Alemanha Oriental. Entre 1975 e 1976, ele foi o presidente da Organização da Unidade Africana, um grupo criado para promover a solidariedade entre as nações no continente. Entre 1977 e 1979, Uganda foi membro da Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Em 1977, quando o Reino Unido rompeu relações diplomáticas com o país, Amin declarou que havia derrotado os britânicos, adicionando "CBE", de "Conquistador do Império Britânico", aos seus títulos. O seu título completo era "Sua Excelência Presidente Vitalício, Marechal de Campo Alhaji Dr. Idi Amin Dada, VC, DSO, MC, CBE".
Após a Guerra Uganda-Tanzânia, em 1978, onde Idi Amin tentou anexar a região de Kagera, dissidentes conseguiram terminar com o seu regime de oito anos, forçando o seu exílio. Primeiro ele foi para a Líbia, depois para a Arábia Saudita, onde viveu até à sua morte, em 16 de agosto de 2003.
  
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Em janeiro de 1979, o presidente tanzâniano Nyerere mobilizou o exército de seu país e contra atacou, com o apoio de grupos dissidentes ugandeses, como a Frente de Libertação Nacional de Uganda (UNLA). As forças de Amin recuaram frente à contra-ofensiva e, apesar do apoio militar vindo do ditador líbio, Muammar al-Gaddafi, ele foi obrigado a fugir do país, a 11 de abril de 1979, após a queda da capital, Kampala. Ele fugiu então para a Líbia, mas teve de procurar um novo refúgio quando Gaddafi o expulsou do país. Recebeu então asilo da Arábia Saudita em nome da caridade islâmica, onde passou a viver até ao fim de sua vida, acompanhado pelas suas quatro esposas e seus mais de 50 filhos. Quando o seu estado de saúde se agravou, em julho, uma de suas quatro mulheres pediu para voltar ao Uganda para morrer, mas o governo negou-lhe o pedido, sob o argumento que se retornasse ao país seria julgado pelas suas atrocidades.
  
Em 2007, foi lançado o filme "The Last King of Scotland" ("O Último Rei da Escócia"), que retrata as atrocidades de Idi Amin. O ator Forest Whitaker fez o papel do ditador ugandês, pelo qual conquistou o Óscar da Academia como melhor ator.
   

quarta-feira, abril 10, 2019

Poemas de aniversariante de hoje...


Pequeno poema

Quando eu nasci,
ficou tudo como estava,
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.

As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...

P'ra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...


*+*+*+*



Toada do Ladrão

A mim não me roubaram
Porque eu nada tinha.
Mas roubaram tudo
À minha vizinha.

Vejam os senhores:
Roubaram-lhe a ela
A filha mais grácil,
A filha mais bela.

Nem na sua casa,
Nem na freguesia,
Sequer no concelho,
Melhor não havia.

Prendada, bonita...
E depois... uns modos
De matar a gente,
De prender a todos.

Dizia a vizinha
Que era o seu tesoiro;
Que valia mais
Que a prata e que o oiro.

Que a não trocaria
Por coisa nenhuma;
Que filhas assim
Só havia uma.

Pois hoje um ladrão
Que há muito a mirava
Entrava-lhe em casa
Para sempre a levava.

É a minha vizinha
Dona de solares
E de longas terras
Com rios e pomares.

E de jóias raras
Que ninguém mais tinha,
Ei-la num instante
Pobrinha... pobrinha...

(Tem pomares ainda,
Tem jóias, tem oiro...
Mas de que lhe servem
Sem o seu tesoiro?)

- Vizinha e senhora,
Não me queira mal!
Se há ladrões felizes
Sou o mais feliz
Que há em Portugal.


Sebastião da Gama

Poema cantado de aniversariante de hoje...


Cantilena

Cortaram as asas
ao rouxinol
Rouxinol sem asas
não pode voar.

Quebraram-te o bico,
rouxinol!
Rouxinol sem bico
não pode cantar.

Que ao menos a Noite
ninguém, rouxinol!,
ta queira roubar.
Rouxinol sem Noite
não pode viver.

Sebastião da Gama

¡Viva Zapata!


Sebastião da Gama nasceu há 95 anos!

 (imagem daqui)
     
Sebastião Artur Cardoso da Gama (Vila Nogueira de Azeitão, 10 de abril de 1924 - Lisboa, 7 de fevereiro de 1952) foi um poeta e professor português,
Sebastião da Gama licenciou-se em Filologia Românica, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1947.
Foi professor em Lisboa, na Escola Industrial e Comercial Veiga Beirão, em Setúbal, na Escola Industrial e Comercial (atual Escola Secundária Sebastião da Gama) e, em Estremoz, na Escola Industrial e Comercial local.
Colaborou nas revistas Árvore e Távola Redonda.
A sua obra encontra-se ligada à Serra da Arrábida, onde vivia e que tomou por motivo poético de primeiro plano (desde logo no seu livro de estreia, Serra-Mãe, de 1945), e à sua tragédia pessoal, motivada pela doença que o vitimou precocemente, a tuberculose.
Uma carta sua, enviada em agosto de 1947, para várias personalidades, a pedir a defesa da Serra da Arrábida, constituiu a motivação para a criação da LPN, Liga para a Protecção da Natureza, em 1948, a primeira associação ecologista portuguesa.
O seu Diário, editado postumamente, em 1958, é um interessantíssimo testemunho da sua experiência como docente e uma valiosa reflexão sobre o ensino.
As Juntas de Freguesia de São Lourenço e de São Simão, instituíram, com o seu nome, um Prémio Nacional de Poesia. No dia 1 de junho de 1999, foi inaugurado em Vila Nogueira de Azeitão, o Museu Sebastião da Gama, destinado a preservar a memória e a obra do Poeta da Arrábida, como era também conhecido.
Faleceu vitima de tuberculose renal, de que sofria desde adolescente.
     
     
Elegia para uma gaivota
  
Morreu no mar a gaivota mais esbelta,
a que morava mais alto e trespassava
de claridade as nuvens mais escuras com os olhos.

Flutuam quietas, sobre as águas, suas asas.
Água salgada, benta de tantas mortes angustiosas,
aspergiu-a.
E três pás de ar pesado para sempre as viagens lhe vedaram.

Eis que deixou de ser sonho apenas sonhado. 
-:É finalmente sonho puro,
sonho que sonha finalmente, asa que dorme voos.

Cantos de pescadores, embalai-a! Versos dos poetas, embalai-a!
Brisas, peixes, marés, rumor das velas, embalai-a!

Há na manhã um gosto vago e doce de elegia,
tão misteriosamente, tão insistentemente,
sua presença morta em tudo se anuncia.

Ela vai, sereninha e muito branca.
E a sua morte simples e suavíssima
é a ordem-do-dia na praia e no mar alto.


in Campo Aberto (1950) - Sebastião da Gama

O Tambora explodiu há 204 anos

Topographic map of Tambora and Sumbawa
   
Mount Tambora (or Tamboro) is an active stratovolcano on the island of Sumbawa, Indonesia. Sumbawa is flanked both to the north and south by oceanic crust, and Tambora was formed by the active subduction zone beneath it. This raised Mount Tambora as high as 4.300 m, making it, in the 18th century, one of the tallest peaks in the Indonesian archipelago. After a large magma chamber inside the mountain filled over the course of several decades, volcanic activity reached a historic climax in the eruption of 10 April 1815. This eruption was approximately VEI-7, the only eruption unambiguously confirmed of that size since the Lake Taupo eruption in about AD 180. The Heaven Lake eruption of Baekdu Mountain, circa AD 969, may have also been VEI-7.
With an estimated ejecta volume of 160 km3, Tambora's 1815 outburst was the largest volcanic eruption in recorded history. The explosion was heard on Sumatra island more than 2,000 km (1,200 mi) away. Heavy volcanic ash falls were observed as far away as Borneo, Sulawesi, Java and Maluku islands. Most deaths from the eruption were from starvation and disease, as the eruptive fallout ruined agricultural productivity in the local region. The death toll was at least 71.000 people, of whom 11.000–12.000 were killed directly by the eruption; the often-cited figure of 92.000 people killed is believed to be overestimated.
The eruption caused global climate anomalies that included the phenomenon known as "volcanic winter": 1816 became known as the "Year Without a Summer" because of the effect on North American and European weather. Crops failed and livestock died in much of the Northern Hemisphere, resulting in the worst famine of the 19th century.
During an excavation in 2004, a team of archaeologists discovered cultural remains buried by the 1815 eruption. They were kept intact beneath the 3 m deep pyroclastic deposits. At the site, dubbed the Pompeii of the East, the artifacts were preserved in the positions they had occupied in 1815.

Mt. Tambora and its surroundings as seen from space
  
The 1815 eruption of Mount Tambora was one of the most powerful in recorded history and classified as a VEI-7 event. Mount Tambora is on the island of Sumbawa in Indonesia. The eruption that began on 10 April 1815 was preceded by between six months and three years of increased steaming and small phreatic eruptions. The eruption column lowered global temperatures, and some experts believe this led to global cooling and worldwide harvest failures, sometimes known as the Year Without a Summer.
  
Chronology of the eruption
Mount Tambora experienced several centuries of inactive dormancy before 1815, as the result of the gradual cooling of hydrous magma in a closed magma chamber. Inside the chamber at depths between 1.5–4.5 km (0.93–2.80 mi), the exsolution of a high-pressure fluid magma formed during cooling and crystallisation of the magma. Overpressure of the chamber of about 4.,000–5.000 bar was generated, and the temperature ranged from 700–850 °C. In 1812, the caldera began to rumble and generated a dark cloud.
On 5 April 1815, a moderate-sized eruption occurred, followed by thunderous detonation sounds, heard in Makassar on Sulawesi, 380 km away, Batavia (now Jakarta) on Java 1.260 km away, and Ternate on the Molucca Islands 1.400 km away. On the morning of 6 April, volcanic ash began to fall in East Java with faint detonation sounds lasting until 10 April. What was first thought to be sound of firing guns was heard on 10 April on Sumatra island more than 2,600 km away.
At about 7 p.m. on 10 April, the eruptions intensified. Three columns of flame rose up and merged. The whole mountain was turned into a flowing mass of "liquid fire". Pumice stones of up to 20 cm in diameter started to rain down at approximately 20.00, followed by ash at around 21.00 – 22.00. Pyroclastic flows cascaded down the mountain to the sea on all sides of the peninsula, wiping out the village of Tambora. Loud explosions were heard until the next evening, 11 April. The ash veil had spread as far as West Java and South Sulawesi. A "nitrous" odour was noticeable in Batavia and heavy tephra-tinged rain fell, finally receding between 11 and 17 April.
The explosion is estimated to have been VEI 7. It had roughly four times the energy of the 1883 Krakatoa eruption, meaning that it was equivalent to an 800 Mt explosion. An estimated 160 km3 of pyroclastic trachyandesite was ejected, weighing approximately 1.414 kg. This has left a caldera measuring 6–7 km across and 600–700 m deep. The density of fallen ash in Makassar was 636 kg/m². Before the explosion, Mount Tambora was approximately 4,300 m high, one of the tallest peaks in the Indonesian archipelago. After the explosion, it now measures only 2.851 m.
   

Eugen d'Albert nasceu há 155 anos

Eugen Francis Charles d'Albert (Glasgow, 10 de abril de 1864 - Riga, 3 de março de 1932) foi um pianista e compositor alemão.
Estudando inicialmente sob a orientação de seu pai, posteriormente ingressou no Royal College of Music em Londres, onde foi aluno de Sullivan e Pauer. Seguiu os seus estudos de piano com Liszt em Weimar, onde o seu imenso talento se tornou evidente. Posteriormente d'Albert seria admirado por Liszt, que o chamava de Albertus Magnus. Nascido na Escócia, d'Albert, que pouco falava inglês, adotaria a Alemanha como a sua pátria.
A sua ópera Tiefland (Terra-Baixa), representada pela primeira vez em 1903, foi, na época, reconhecida como de mérito indiscutível. Prosseguiu escrevendo óperas: Flauto solo, Die toten Augen, e muitas outras, sendo que a de nº 21, Mister Wu (1932), ficou incompleta.
É autor de uma Sinfonia, dois Quartetos, dois Concertos para piano, um Concerto para violoncelo, 58 canções e várias obras para piano, entre elas uma Sonata.
D'Albert era concertista de renome e no seu reportório figuravam composições de Beethoven, Chopin, Liszt e Brahms. Interpretou várias vezes a Sonata em Fá menor de Brahms, além de ter sido o solista em apresentações dos dois concertos para piano do mestre de Hamburgo.
Casou-se 6 vezes, tendo sido um destes matrimónios com a pianista venezuelana Teresa Carreño.
  
 

Dante Gabriel Rossetti morreu há 137 anos

Autoretrato, 1847

Dante Gabriel Rossetti (Londres, 12 de maio de 1828 - Birchington-on-Sea, 10 de abril de 1882), originalmente Gabriel Charles Dante Rossetti, foi um poeta, ilustrador e pintor inglês de origem italiana. Devido à sua preferência pela poesia medieval e em especial pela obra de Dante, Rossetti muda a ordem dos seus nomes e passa a usar Dante em primeiro lugar.
Fundou, juntamente com John Everett Millais e William Holman Hunt, em 1848, a Irmandade Pré-Rafaelita, um grupo artístico entre o espírito revivalista do romantismo e as novas vanguardas do século XX.
Rossetti também escrevia poemas para os seus quadros, como "Astarte Syraica". Como designer, trabalhou com William Morris para produzir imagens para vitrais e decorações.
Como ilustrador, Rossetti produziu poucas trabalhos, mas que tiveram influência duradoura sobre ilustradores do século XIX e XX. Fez ilustrações para Moxon Tennyson, Allingham e para os livros de poesia da sua irmã, Christina Rossetti.


Zapata foi assinado há um século...

Emiliano Zapata Salazar (San Miguel Anenecuilco, 8 de agosto de 1879 - Chinameca, 10 de abril de 1919) foi um importante líder na chamada Revolução Mexicana de 1910, contra a ditadura de Porfirio Díaz. Considerado um dos heróis nacionais mexicanos, era conhecido como Caudilho do Sul.
   
(...)
   
O cadáver de Zapata é exibido em Cuautla, Morelos
   
Morte e legado
Em 10 de abril de 1919 o general Jesús Guajardo convidou Zapata para um encontro, fingindo simpatizar com a causa zapatista. Quando Zapata o encontrou, entretanto, Guajardo disparou diversas vezes contra ele; a seguir, entregou o corpo do chefe revolucionário em troca da recompensa oferecida (na verdade, metade do que havia sido oferecido).
Após a morte de Emiliano Zapata, o Exército de Libertação do Sul começou a desintegrar-se, desaparecendo depois que uma rebelião comandada por Obregón depôs Carranza. As conquistas de Zapata no estado de Morelos foram aos poucos desaparecendo, também.
Mas, poucos anos após a morte de Zapata, o presidente Lázaro Cárdenas finalmente conseguiu promover uma reforma agrária nacional no ano de 1934.
O legado de Zapata permanece vivo ainda hoje, particularmente entre os grupos revolucionários do sul do México. Disse ele uma vez: "É melhor morrer de pé do que viver de joelhos". O Movimento zapatista e seu Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) são diretamente inspirados na história e nas ações de Zapata.
Emiliano Zapata foi retratado em filmes por Marlon Brando (Viva Zapata!, 1952), Jaime Fernández (1966), Tony Davis, (1969), Antonio Aguilar (Emiliano Zapata, 1970), e Alejandro Fernandez (Zapata - El sueño del héroe, 2004, com diálogos na língua Nahuatl).