quarta-feira, dezembro 07, 2011

Mário Soares - 87 anos!

Mário Alberto Nobre Lopes Soares GCol TEGC CGCol L (Lisboa, 7 de Dezembro de 1924) é um político português.
Nascido em Lisboa, foi o segundo filho de João Lopes Soares, sacerdote e pedagogo, ministro na I República e combatente do Salazarismo, e de Elisa Nobre Baptista. Co-fundador do Partido Socialista de Portugal, a 19 de Abril de 1973, Mário Soares foi um dos mais famosos resistentes ao Estado Novo, pelo que foi preso doze vezes (num total de cerca de três anos de cadeia) e deportado sem julgamento para a ilha de São Tomé, em 1968, até se exilar em França, em 1970.
Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1951, e em Direito, na Faculdade de Direito da mesma universidade, em 1957. Foi nos tempos de estudante que, com apoio do pai, iniciou o seu percurso político — pertenceu ao MUNAF - Movimento de Unidade Nacional Anti-Fascista, em Maio de 1943, integrou a Comissão Central do MUD - Movimento de Unidade Democrática, sob a presidência de Mário de Azevedo Gomes, em 1946, foi fundador o MUD Juvenil e membro da primeira Comissão Central, no mesmo ano. Em 1949 foi secretário da Comissão Central da candidatura do General Norton de Matos à Presidência da República, em 1955 integrou o Directório Democrático-Social, dirigido por António Sérgio, Jaime Cortesão e Azevedo Gomes e, em 1958, pertenceu à comissão da candidatura do General Humberto Delgado à Presidência da República.
Foi professor do Ensino Secundário Particular e chegou a dirigir o Colégio Moderno, propriedade da família. Como advogado defensor de presos políticos, participou em numerosos julgamentos, realizados no Tribunal Plenário e no Tribunal Militar Especial. Representou a família de Humberto Delgado na investigação do seu alegado assassinato. Ainda na década de 1950 foi membro da Resistência Republicana e Socialista, foi redactor e signatário do Programa para a Democratização da República em 1961, candidato a deputado pela Oposição Democrática, em 1965, e pela CEUD, em 1969.
Aquando do seu exílio em França, em 1970, foi chargé de cours nas universidades de Paris VIII (Vincennes) e Paris IV (Sorbonne), e igualmente professor associado na Faculdade de Letras da Universidade da Alta Bretanha, em Rennes, que lhe atribuiu o grau de Doutor Honoris Causa.
A 28 de Abril de 1974, depois da Revolução de 25 de Abril, desembarcou em Lisboa, vindo do exílio em Paris no chamado «Comboio da Liberdade». Foi recebido, entre uma multidão de portugueses.[2] Dois dias depois, esteve presente na chegada a Lisboa de Álvaro Cunhal. Ainda que tivessem ideias políticas diferentes, subiram de braços dados, pela primeira e última vez, as ruas da Baixa Pombalina e a avenida da Liberdade.
Durante o período revolucionário que ficou conhecido como PREC foi o principal líder civil do campo democrático, tendo conduzido o Partido Socialista à vitória nas eleições para a Assembleia Constituinte de 1975.
Foi Ministro dos Negócios Estrangeiros, de Maio de 1974 a Março de 1975, e um dos impulsionadores da independência das colónias portuguesas, tendo sido responsável por parte desse processo.
A partir de Março de 1977 colaborou no processo de adesão de Portugal à CEE, vindo a subscrever, como Primeiro-Ministro, o Tratado de Adesão, em 12 de Julho de 1985.
Foi primeiro-ministro de Portugal nos seguintes períodos:
Presidente da República entre 1986 e 1996 (1º mandato de 10 de Março de 1986 a 1991, 2º mandato de 13 de Janeiro de 1991 a 9 de Março de 1996).
  • Deputado ao Parlamento Europeu entre 1999 e 2004. Foi candidato a presidente do parlamento, mas perdeu a eleição para Nicole Fontaine, a quem não teve problema em chamar «dona de casa» (no sentido pejorativo do termo).
Em 13 Dezembro de 1995 assume a Presidência da Comissão Mundial Independente Sobre os Oceanos; em Março de 1997 a Presidência da Fundação Portugal África e a Presidência do Movimento Europeu; em Setembro a Presidência do Comité Promotor do Contrato Mundial da Água. Como ex-presidente da república, é também Conselheiro de Estado.
Foi, em 2005, aos oitenta anos, o segundo candidato - após Jerónimo de Sousa pelo PCP - a assumir a candidatura à Presidência da República (o que seria um inédito terceiro mandato) após algumas crispações no PS, principalmente com o seu amigo de longa data Manuel Alegre. Na eleição, a 22 de Fevereiro de 2006, obteve apenas o terceiro lugar, com 14% dos votos.
Em 2007 foi nomeado presidente da Comissão de Liberdade Religiosa. Preside ao Júri do Prémio Félix Houphouët-Boigny, da UNESCO, desde 2010, e ao Comité Promotor do Contrato Mundial da Água, desde Janeiro de 1998. É patrono do International Ocean Institute, desde 2009.
Dia 11 de Outubro de 2010 recebeu o Doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Lisboa aquando das comemorações do centenário da mesma, coincidindo com as comemorações do centenário da República Portuguesa (5 de Outubro).
Publicou os livros Ideias Políticas e Sociais de Teófilo Braga (1950), A Justificação Jurídica da Restauração e a Teoria da Origem Popular do Poder (1956), Escritos Políticos (1959), Le Portugal Baillonné (1973), Portugal Amordaçado (1974), Entre Militantes PS (1975), Escritos do Exílio (1975), Portugal's Sttrugle for Liberty, A Europa Connosco (1976), Crise e Clarificação (1977), O Futuro Será o Socialismo Democrático (1979), entre outros.

terça-feira, dezembro 06, 2011

Recordar o Pai fundador da nossa Pátria

Óleo de Carlos Alberto Santos (retirado daqui)

D. AFONSO HENRIQUES

Pai, foste cavaleiro.
Hoje a vigília é nossa.
Dá-nos o exemplo inteiro
E a tua inteira força!

Dá, contra a hora em que, errada,
Novos infiéis vençam,
A bênção como espada,
A espada como benção!

in
Mensagem (1934) - Fernando Pessoa

Pequeno sismo no Alentejo

Recebido via e-mail do Instituto de Meteorologia (IM):


O Instituto de Meteorologia informa que no dia 06-12-2011 pelas 03:28 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 2,3 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 14 km a Noroeste de Reguengos de Monsaraz.

Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima II/III (escala de Mercalli modificada) na região de Reguengos de Monsaraz.

Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados.

Sugere-se o acompanhamento da evolução da situação através da página do IM na Internet (www.meteo.pt) e a obtenção de eventuais recomendações junto da Autoridade Nacional de Protecção Civil (www.prociv.pt).

El-Rei D. Afonso Henriques, o fundador de Portugal, morreu há 826 anos

 Estátua de D. Afonso Henriques em Guimarães

D. Afonso I de Portugal, mais conhecido por Dom Afonso Henriques (Guimarães ou Viseu, 1109 (?) - Coimbra, 6 de Dezembro de 1185) foi o fundador do Reino de Portugal e primeiro Rei dos portugueses, cognominado O Conquistador, O Fundador ou O Grande pela fundação do reino e pelas muitas conquistas. Era filho de D. Henrique de Borgonha, conde de Portucale, e de D. Teresa, infanta do reino de Leão e condessa de Portucale, um condado dependente do reino de Leão. Após a morte de seu pai, Afonso tomou uma posição política oposta à da mãe, que se aliara ao nobre galego Fernão Peres de Trava. Pretendendo assegurar o domínio do condado armou-se cavaleiro e após vencer a batalha de São Mamede em 1128, assumiu o governo. Concentrou então os esforços em obter o reconhecimento como reino. Em 1139, depois da vitória na batalha de Ourique contra um contingente mouro, D. Afonso Henriques proclamou-se rei de Portugal com o apoio das suas tropas. A independência portuguesa foi reconhecida em 1143 pelo tratado de Zamora. Com a pacificação interna, prosseguiu as conquistas aos mouros, empurrando as fronteiras para sul, desde Leiria ao Alentejo, mais que duplicando o território que herdara. Os muçulmanos, em sinal de respeito, chamaram-lhe Ibn-Arrik («filho de Henrique», tradução literal do patronímico Henriques) ou El-Bortukali («o Português»).

O legado do seu reinado foi, entre outros:
O seu túmulo encontra-se no Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, em frente ao túmulo do filho D. Sancho I.

Túmulo de Afonso Henriques no Mosteiro de Santa Cruz em Coimbra


O 9º Duque de Bragança e herdeiro de El-Rei D. João IV morreu há 358 anos

D. Teodósio de Bragança (Vila Viçosa, 8 de Fevereiro de 1634 - Belém, 6 de Dezembro de 1653), primogénito do Rei de Portugal, D. João IV e da Rainha D. Luísa de Gusmão, herdeiro da coroa portuguesa, 9.º Duque de Bragança (como D. Teodósio III) e 1.º Príncipe do Brasil, título especialmente criado em sua honra, enquanto herdeiro do trono, por carta do pai de 27 de Outubro de 1645.
Desde cedo vocacionado para o exercício do poder, revelou grandes dotes para as letras e para a música, à semelhança de seu pai; contudo, a sua morte prematura, aos 19 anos, apartou-o do trono, levando ao poder, em seu lugar, seu irmão D. Afonso, mentalmente débil.
Com apenas seis anos, impusera-se como a grande esperança da Restauração. Diz Veríssimo Serrão em «História de Portugal» (volume V - página 36): «recebera uma boa educação literária, científica e militar, contribuindo para a sua formação o padre António Vieira, que lhe moldou o espírito religioso na consciência do grande papel que o destino lhe reservava.» «O impulso da juventude o fez visitar em 1651 os castelos do Alentejo, onde animou os soldados e as populações; e, no regresso a Lisboa, viu-se nomeado capitão-general das armas do Reino. Para ele houve várias tentativas de consórcio, mas a diplomacia portuguesa não conseguiu impor o projecto na corte de França. Referem os cronistas que era muito devoto e, ao mesmo tempo, impregnado de ideal guerreiro. Mas tinha uma saúde frágil, pelo que aos 19 anos não resistiu aos efeitos de uma tuberculose pulmonar de que há muito padecia.»

A Emenda que acabou com escravatura nos Estados Unidos foi aprovada há 146 anos

A Décima terceira Emenda da constituição dos Estados Unidos da América (em inglês: The Thirteenth Amendment to the United States Constitution) aboliu oficialmente e continua a proibir em território Americano a escravatura e a servidão involuntária, essa última excepto como punição por um crime. Foi aprovada pelo Senado em 8 de abril de 1864, aprovada pela Câmara em 31 de janeiro de 1865 e aprovado em 06 de dezembro de 1865. Foi então declarada por anúncio do Secretário de Estado William Seward, em 18 de dezembro. Foi a primeira das emendas da Reconstrução.
A emenda esta assim redigida:

Emenda XIII

Secção 1
Não haverá, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar sujeito a sua jurisdição, nem escravidão, nem trabalhos forçados, salvo como punição de um crime pelo qual o réu tenha sido devidamente condenado.

Secção 2
O Congresso terá competência para fazer executar este artigo por meio das leis necessárias.

A Espanha aprovou em referendo uma Constituição democrática há 33 anos


O Referendo para a ratificação da Constituição espanhola ocorreu na Espanha a 6 de dezembro de 1978; em ele perguntava-se aos espanhóis sobre a aprovação da nova Constituição espanhola de 1978 aprovada nas Cortes. A pergunta foi "Aprova o Projeto de Constituição?". O resultado final foi a aprovação do projeto constituinte, ao receber o apoio de 88,54% dos votantes.

Resultados
  • Censo: 26.632.180 eleitores
  • Votos contabilizados: 17.873.301 votantes (67,11%)
  • Votos a favor: 15.706.078 milhões (88,54%)
  • Votos contra: 1.400.505 milhões (7,89%)
  • Votos em branco: 632.902 (3,57 %)
  • Votos nulos: 133.786 (0,75 %)

Roy Orbison morreu há 23 anos


Roy Kelton Orbison (Vernon, 23 de abril de 1936Hendersonville, 6 de dezembro de 1988), apelidado de "The Big O", foi um influente cantor e compositor norte-americano e um dos pioneiros do rock and roll, e cuja carreira estendeu-se por mais de quatro décadas. Orbison foi internacionalmente reconhecido por suas baladas sobre amores perdidos, por suas melodias ritmicamente avançadas, seu timbre vocal de três oitavas, seus característicos óculos escuras e um ocasional uso de falsete, tipificado nas canções como "Only The Lonely", "Oh, Pretty Woman" e "Crying". Em 1988 foi incluido postumamente na galeria da Fama de compositores de música.

segunda-feira, dezembro 05, 2011

Josep Carreras cantando ária da ópera Don Giovanni de Mozart


Concerto para violino de Mozart


Hoje é um bom dia para ouvir o Requiem de Mozart



1º andamento da Sinfonia nº 40 de Mozart


Hoje é dia de festa...

...cantam as nossas almas
para o menino Luís Costa...!

Música dos anos oitenta para geopedrados


Mozart morreu há 220 anos

Wolfgang Amadeus Mozart, baptizado Joannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart; Salzburgo, 27 de Janeiro de 1756Viena, 5 de Dezembro de 1791) foi um prolífico e influente compositor austríaco do período clássico.
Mozart mostrou uma habilidade musical prodigiosa desde sua infância. Já competente nos instrumentos de teclado e no violino, começou a compor aos cinco anos de idade, e passou a se apresentar para a realeza da Europa, maravilhando a todos com seu talento precoce. Chegando à adolescência foi contratado como músico da corte em Salzburgo, porém as limitações da vida musical na cidade o impeliram a buscar um novo cargo em outras cortes, mas sem sucesso. Ao visitar Viena em 1781 com seu patrão, desentendeu-se com ele e solicitou demissão, optando por ficar na capital, onde, ao longo do resto de sua vida, conquistou fama, porém pouca estabilidade financeira. Seus últimos anos viram surgir algumas de suas sinfonias, concertos e óperas mais conhecidos, além de seu Requiem. As circunstâncias de sua morte prematura deram origem a diversas lendas. Deixou uma esposa, Constanze, e dois filhos.
Foi autor de mais de seiscentas obras, muitas delas referenciais na música sinfónica, concertante, operística, coral, pianística e de câmara. Sua produção foi louvada por todos os críticos de sua época, embora muitos a considerassem excessivamente complexa e difícil, e estendeu sua influência sobre vários outros compositores ao longo de todo o século XIX e início do século XX. Hoje Mozart é visto pela crítica especializada como um dos maiores compositores do ocidente, conseguiu conquistar grande prestígio mesmo entre os leigos, e sua imagem se tornou um ícone popular.

Alexandre Dumas Pai morreu há 141 anos

Alexandre Dumas, pai (Villers-Cotterêts, 24 de julho de 1802 - Puys, 5 de dezembro de 1870) foi um romancista francês. Seu nome de batismo era Dumas Davy de la Pailleterie. Nasceu na região de Aisne, próximo a Paris. Era neto do marquês Antoine-Alexandre Davy de la Pailleterie e de uma escrava (ou liberta, não se sabe ao certo) negra, Marie Césette Dumas. Seu pai foi o General Dumas, grande figura militar de sua época.
Alexandre Dumas, pai, escreveu romances e crónicas históricas com muita aventura que estimulavam a imaginação do público francês e de outros países nos idiomas para os quais foram traduzidos.

O Presidente-Rei Sidónio Pais começou um golpe de estado há 94 anos

Sidónio Bernardino Cardoso da Silva Pais (Caminha, 1 de maio de 1872 - Lisboa, 14 de dezembro de 1918) foi um militar e político que, entre outras funções, exerceu os cargos de deputado, de ministro do Fomento, de ministro das Finanças, de embaixador de Portugal em Berlim e de presidente da República Portuguesa.
Enquanto presidente da República, exerceu o cargo de forma ditatorial, suspendendo e alterando por decreto normas essenciais da Constituição Portuguesa de 1911, razão pela qual ficou conhecido como o Presidente-Rei.
Oficial de Artilharia, foi também professor na Universidade de Coimbra, onde leccionou Cálculo Diferencial e Integral. Protagonizou a primeira grande perversão ditatorial do republicanismo português, transformando-se numa das figuras mais fracturantes da política portuguesa do século XX.
Sidónio Pais nasceu em Caminha, filho de Sidónio Alberto Pais, notário e secretário judicial, e de Rita da Silva Cardoso Pais, ambos naturais de Caminha. Casou-se em Amarante em 1895 com Maria dos Prazeres Martins Bessa , com quem teve cinco filhos. Bernardo da Costa Sassetti Pais reconhecido pianista português, é seu bisneto.
Concluiu os seus estudos secundários no Liceu de Viana do Castelo, após o que seguiu para Coimbra, onde cursou os preparatório de Matemática e Filosofia. Destinado à carreira militar, entrou em 1888 para a Escola do Exército, frequentando o curso da arma de Artilharia. Aluno brilhante, completou com distinção o cursos e foi promovido a alferes em 1892, a tenente em 1895, a capitão em 1906 e a major em 1916.
Após a conclusão do curso da Escola do Exército matriculou-se na Universidade de Coimbra, onde se licenciou em Matemática, disciplina em que se doutorou, naquela mesma Universidade, no ano de 1898. Data deste período a sua adesão aos ideais republicanos, num altura em que a Monarquia Constitucional Portuguesa vivia os seus anos finais.
Durante este período pertenceu por um curto espaço de tempo à Maçonaria na Loja Estrela de Alva, de Coimbra, com o nome simbólico de irmão Carlyle, não sendo, no entanto, um membro muito activo.
Considerado um distinto matemático, permaneceu em Coimbra, onde foi nomeado professor da cadeira de Cálculo Diferencial e Integral da Universidade. Chegou a professor catedrático e foi nomeado vice-reitor a 23 de outubro de 1910, sendo reitor Manuel de Arriaga. Foi também professor da Escola Industrial Brotero, da qual foi director em 1911.Considerado um republicano destacado, após a implantação da República Portuguesa em 1910 foi catapultado para a vida política activa: depois de durante um breve período de tempo ter ocupado o cargo de membro dos corpos gerentes da Companhia de Caminhos de Ferro, foi eleito deputado à Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição Portuguesa de 1911.
Membro destacado da Assembleia Constituinte, foi nomeado Ministro do Fomento do Governo presidido por João Chagas, assumindo as funções a 24 de agosto de 1911. Nessas funções, em que permaneceu até 3 de novembro de 1911, representou o Governo nas manifestações que assinalaram o primeiro aniversário da implantação da República, na cidade do Porto.
Após a queda do governo de João Chagas, permaneceu em funções governativas, transitando para a pasta de Ministro das Finanças do governo de concentração liderado por Augusto de Vasconcelos Correia, tomando posse a 7 de novembro daquele mesmo ano, cargo que exerceu até 16 de junho de 1912.
Numa fase em que as tensões internacionais que levaram à Primeira Guerra Mundial já se sentiam, foi nomeado para o cargo de ministro plenipotenciário de Portugal (embaixador) em Berlim, iniciando funções a 17 de agosto de 1912. Permaneceu naquele importante posto diplomático durante o período crítico que levou à deflagração da guerra, mantendo um difícil equilíbrio entre as pressões do Governo português, com posições progressivamente pró-belicistas e anglófilas, as tentativas de dirimir pela via diplomática os conflitos fronteiriços nas zonas de contacto entre as colónias portuguesas e alemãs em África e o seu crescente posicionamento germanófilo. Apesar dessas dificuldades, desempenhou o cargo até 9 de março de 1916, data em que a Alemanha declarou guerra a Portugal na sequência do aprisionamento dos seus navios que se encontravam em portos sob controlo português.
Regressado a Portugal, foi naturalmente engrossar a fileira daqueles que se opunham à participação de Portugal na Grande Guerra, catalizando o crescente descontentamento causado pelo esforço de guerra e pelos maus resultados obtidos pelo Corpo Expedicionário Português na frente de batalha.
Afirmou-se então como o principal líder da contestação ao Governo do Partido Democrático Republicano e de 5 a 8 de dezembro de 1917 liderou uma insurreição protagonizada por uma Junta Militar Revolucionária, da qual era Presidente. O golpe de estado acabou vitorioso, após três dias de duros confrontos, nos quais o papel dos grupos civis foi determinante para a vitória dos revoltosos.
Na madrugada do dia 8 de Dezembro fora exonerado o Governo da União Sagrada liderado por Afonso Costa, transferindo-se o poder para a Junta Revolucionária presidida por Sidónio Pais. Então, em vez de iniciar a habitual consulta para formação de novo governo, os revoltosos assumem o poder, destituindo Bernardino Machado do cargo de Presidente da República e forçando o seu exílio. Nesse processo, a 11 de dezembro de 1917, Sidónio Pais tomou posse como Presidente do Ministério, acumulando as pastas de Ministro da Guerra e de Ministro dos Negócios Estrangeiros e, já em profunda ruptura com a Constituição de 1911, que ajudara a redigir, a 27 de dezembro do mesmo ano, assumiu as funções de Presidente da República, até nova eleição. Durante o golpe e na fase inicial do seu governo, Sidónio Pais contou com o apoio de vários grupos de trabalhadores, em troca da libertação de camaradas encarcerados, e com a expectativa benévola da União Operária Nacional, parecendo posicionar-se como mais uma tentativa de consolidação no poder da esquerda republicana.
Inicia então a emissão de um conjunto de decretos ditatoriais, sobre os quais nem consulta o Congresso da República, que suspendem partes importantes da Constituição, dando ao regime um cunho marcadamente presidencialista, fazendo do Presidente da República simultaneamente Chefe de Estado e líder do Governo, o qual, significativamente, deixa de ser constituído por Ministros para integrar apenas Secretários de Estado. Nesta nova arquitectura do sistema político, que os seus apoiantes designavam por República Nova, o Presidente da República era colocado numa posição de poder que não tinha paralelo na história portuguesa desde o fim do absolutismo monárquico. Daí o epíteto de Presidente-Rei que lhe foi aposto. Nos seu objectivos e em muitas das suas formas, a República Nova foi precursora do Estado Novo de António de Oliveira Salazar.
Numa tentativa de apaziguamento das relações com a Igreja Católica Romana, em guerra aberta com o regime republicano desde 1911, a 23 de fevereiro de 1918 Sidónio Pais alterou a Lei de Separação entre as Igrejas e o Estado, suscitando de imediato feroz reacção dos republicanos históricos e da Maçonaria, mas colhendo o apoio generalizado dos católicos, dos republicanos moderados e da população rural, então a vasta maioria dos portugueses. Com essa decisão também conseguiu o reatamento das relações diplomáticas com o Vaticano, através do envio de monsenhor Benedetto Aloisi Masella (que mais tarde seria núncio apostólico no Brasil, cardeal e camerlengo), que assumiu as funções de encarregado de negócios da Santa Sé em Lisboa a 25 de julho de 1918.
Noutro movimento inconstitucional, a 11 de março de 1918 por decreto estabeleceu o sufrágio directo e universal para a eleição do Presidente da República, subtraindo-se à necessidade de legitimação no Congresso e enveredando por uma via claramente plebiscitária.
Fazendo uso da sua popularidade junto dos católicos, a 28 de abril de 1918 foi eleito, por sufrágio directo dos cidadãos eleitores, obtendo 470 831 votos, uma votação sem precedentes. Foi proclamado Presidente da República a 9 de maio do mesmo ano, sem sequer se dar ao trabalho de consultar o Congresso e passando a gozar de uma legitimidade democrática directa, que usou sem rebuços para esmagar qualquer tentativa de oposição.
Os decretos de Fevereiro e Março de 1918, que pela sua profunda contradição com a constituição vigente foram denominados de Constituição de 1918, alteram profundamente a Constituição Portuguesa de 1911 e conferiram ao regime uma clara feição presidencialista, reformulando a lei eleitoral, as leis estabelecidas sobre a separação do Estado e da Igreja e a própria distribuição de poder entre os órgãos de soberania do Estado.
Entretanto, em Abril de 1918 as forças do Corpo Expedicionário Português são chacinadas na Batalha de La Lys, sem que o Governo português consiga os necessários reforços nem a manutenção de um regular aprovisionamento das tropas. A situação atingiu um extremo tal que, após o armistício que marcou o final da guerra, o Estado português não foi capaz de trazer de imediato as suas forças de volta ao país. A contestação social no país aumentou ao ponto de se viver uma permanente situação de sublevação.
Esta situação foi o fim do estado de graça: sucederam-se as greves, as contestações e os movimentos conspirativos. A partir do Verão de 1918 as tentativas de pôr fim ao regime sidonista vão escalando em gravidade e violência, o que levou o Presidente a decretar o estado de sítio a 13 de outubro daquele ano. Com aquele acto, e a dureza da repressão sobre os opositores, conseguiu recuperar momentaneamente o controlo da situação política, mas o seu regime estava claramente ferido de morte.
Com o aproximar do fim do ano a situação política não melhora, apesar da assinatura do Armistício da Grande Guerra, em 11 de novembro, acontecimento acompanhado de uma mensagem afectuosa do rei Jorge V de Inglaterra tentando minorar a clara ligação entre Sidónio Pais e as posições germanófilas que anteriormente assumira, e que agora apareciam derrotadas.
Entra-se então numa espiral de violência que não poupa o próprio Presidente: a 5 de dezembro de 1918, durante a cerimónia da condecoração dos sobreviventes do NRP Augusto de Castilho, sofreu um primeiro atentado, do qual conseguiu escapar ileso; o mesmo não aconteceu dias depois, na Estação do Rossio, onde a 14 de dezembro de 1918 foi morto a tiro por José Júlio da Costa, um militante republicano.
O assassinato de Sidónio Pais foi um momento traumático para a Primeira República, marcando o seu destino: a partir daí qualquer simulacro de estabilidade desapareceu, instalando-se uma crise permanente que apenas terminou quase 8 anos depois com a Revolução Nacional de 28 de maio de 1926 que pôs termo ao regime.
Os funerais de Sidónio Pais foram momentosos, reunindo muitas dezenas de milhar de pessoas, num percurso longo e tumultuoso, interrompido por múltiplos e violentos incidentes. Com este fim, digno de um verdadeiro Presidente Rei, Sidónio Pais entrou no imaginário português, em particular dos sectores católicos mais conservadores, como um misto de salvador e de mártir, mantendo-se durante décadas como uma figura fraturante no sistema político.
A imagem de mártir levou ao surgimento de um culto popular, semelhante ao que existe em torno da figura de Sousa Martins, que fez de Sidónio Pais um santo, com honras de promessas e ex-votos, que ainda hoje se mantém, sendo comum a deposição de flores e outros elementos votivos junto ao seu túmulo.

Monet morreu há 85 anos

Oscar-Claude Monet (Paris, 14 de novembro de 1840 - Giverny, 5 de dezembro de 1926) foi um pintor francês e o mais célebre entre os pintores impressionistas.
O termo impressionismo surgiu devido a um dos primeiros quadros de Monet, "Impressão, nascer do sol", quando de uma crítica feita ao quadro pelo pintor e escritor Louis Leroy: "Impressão, nascer do Sol” – eu bem o sabia! Pensava eu, justamente, se estou impressionado é porque há lá uma impressão. E que liberdade, que suavidade de pincel! Um papel de parede é mais elaborado que esta cena marinha." . A expressão foi usada originalmente de forma pejorativa, mas Monet e seus colegas adotaram o título, sabendo da revolução que estavam iniciando na pintura.


Mer agitée à Étretat, 1883

O Imperador Pedro II do Brasil morreu há 120 anos



D. Pedro II do Brasil (nome completo: Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga; Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 1825 - Paris, 5 de dezembro de 1891), chamado O Magnânimo, foi o segundo e último Imperador do Brasil.

Walt Disney nasceu há 110 anos

Walter Elias Disney (Chicago, 5 de dezembro de 1901 - Los Angeles, 15 de dezembro de 1966) foi um produtor cinematográfico, cineasta, diretor, roteirista, dobrador, animador, empreendedor, filantropo e co-fundador da The Walt Disney Company. Tornou-se conhecido, nas décadas de 1920 e 1930, por seus personagens de desenho animado, como Mickey e Pato Donald. Ele também foi o criador do parque temático sediado nos Estados Unidos chamado Disneylândia, além de ser o fundador da corporação de entretenimento, conhecida como a Walt Disney Company.

O tenor Josep Carreras faz hoje 65 anos

Josep Carreras i Coll (Barcelona, 5 de dezembro de 1946) mais conhecido como José Carreras, é um tenor lírico catalão conhecido particularmente pelas suas performances em óperas de Giuseppe Verdi e Giacomo Puccini. Nasceu em Barcelona e fez sua estreia operática aos onze anos de idade, como Trujamán em El retablo de Maese Pedro de Manuel de Falla e, durante toda a sua carreira, cantou mais de sessenta papéis diferentes nas maiores e melhores casas de óperas do mundo.
José Carreras é um dos célebres "três tenores", juntamente com Plácido Domingo e Luciano Pavarotti. Também é conhecido pelos seus trabalhos humanitários como presidente da Fundação Internacional de Leucemia José Carreras (La Fundaciò Internacional Josep Carreras per a la Lluita contra la Leucèmia), que foi criada após o tenor ter descoberto ter a doença, em 1988.
Sempre trabalhou com os melhores regentes entre os quais, Herbert von Karajan, Claudio Abbado, Riccardo Muti, James Levine, Carlo Maria Giulini, Leonard Bernstein, Jesus López-Cobos, Zubin Mehta. Ao lado de suas atividades operísticas, vem apresentando recitais no Carnegie Hall, Avery Fisher Hall, Royal Festival Hall, Barbican, Royal Albert Hall, Salle Pleyel, Musikverein, Kozenzerthaus de Viena, Philarmonie de Berlin, NHK Hall de Tóquio, Grosses Festspielhaus de Salzburg, Palau de la Música de Barcelona, Teatro Real de Madrid, Academia Santa Cecília de Roma.

Egberto Gismonti nasceu há 63 anos

Egberto Gismonti Amin (Carmo, 5 de dezembro de 1947), é um compositor, multinstrumentista, cantor e arranjador brasileiro, considerado um virtuoso da música instrumental, destacando-se pela sua capacidade de experimentação.



O líder da banda Goo Goo Dolls nasceu há 46 anos

John Joseph Theodore Rzeznik (Buffalo - Nova Iorque, 5 de dezembro de 1965) é um cantor, compositor, guitarrista e às vezes produtor norte americano. Ele é mais conhecido como o líder da banda de rock Goo Goo Dolls, da qual é membro fundador e com a qual gravou oito álbuns em estúdio.

domingo, dezembro 04, 2011

Sting tocando com Frank Zappa em 1988


3rd March, 1988, Chicago, Illinois, USA

Notícia verdadeira mas manifestamente curta


(imagem daqui)

Há muito que aqui dizemos que a Parque Escolar (a empresa que José Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues criaram para "melhorar" as Escolas Secundária portuguesas) é uma fraude, pois, se nuns casos as Escolas ficaram pior do que estavam, noutros houve destruição de bons materiais (houve Escolas que remodelaram laboratórios e dois anos depois tiverem de receber uma porcaria de pseudolaboratórios não funcionais) e noutros casos houve vontade política para comprar do bom e do melhor e de fazer bonito por fora e não funcional por dentro (basta dizer que gastaram centenas de milhões de euros em ar condicionado que NUNCA funcionará, por falta de dinheiro). Houve ainda erros crassos (os Pavilhões Desportivos são abertos e chove neles - será que o microclima de todas as cidades portuguesas a tal obriga...?!?), parques de estacionamento destruídos, incompreensão do modo de funcionamento de uma Escola Secundária, maus acessos para fornecedores e alunos, destruição de património escolar importante, corte de árvores quase centenárias, problemas de escoamento de águas e milhares de casos mais...
Hoje o Correio da Manhã atreve-se a publicar esta notícia - é um bom começo para se fazer o levantamento dos estragos da dupla Milu & Socas nas Escolas Secundárias Portuguesas:

Em Barcelos
Escola mete água após obras de 8,6 milhões

O grande problema é que, "agora, os telhados não têm telhas"

A Escola Secundária Alcaides de Faria, em Barcelos, "mete água", apesar de ter "reaberto" em Janeiro após obras de requalificação orçadas em 8,6 milhões de euros, denunciou nesta sexta-feira um grupo de alunos.

Gabriel Silva, do 12.º ano, disse à Lusa que o problema principal se regista no pavilhão desportivo, "onde se estão a utilizar baldes" para evitar que a chuva danifique o pavimento.  
O mesmo aluno, que está a dinamizar um abaixo-assinado para reclamar obras que corrijam esta e outras anomalias, disse ainda que a chuva está também a "atacar" nas salas de aula.  
"Um professor estava a dar aulas e começou a sentir umas pingas a caírem-lhe na cabeça", referiu.  
Acrescentou que o azulejo das salas "está a descascar", por causa da humidade.  
Contactado pela Lusa, o diretor da escola, Manuel Lourenço, confirmou que o edifício "tem problemas de infiltrações de água", uma situação que rotulou de "muito estranha" face à "envergadura e ao montante financeiro" das obras a que foi submetido.  
"Depois das chuvadas fortes de Outubro, em que se registaram algumas situações complicadas, contactámos a Parque Escolar e já vieram cá reparar as telas impermeabilizantes da cobertura. Umas situações ficaram resolvidas mas outras, nomeadamente no ginásio, parece que ainda não", referiu.  
Segundo este responsável, o grande problema é que, "agora, os telhados não têm telhas". 

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Os hackers portugueses advertem que roubar demais prejudica a credibilidade dos partidos

Grupo #Antisec PT
Atacam site do PS e falam de alegada offshore de Sócrates

Site do PS ficou com este aspecto

O site oficial do Partido Socialista foi este domingo alvo de um ataque de piratas informáticos, identificados como movimento #Antisec PT

Os 'hackers' referem a existência de uma alegada conta off-shore da família do ex-primeiro-ministro José Sócrates, denominada Medes Holdings LLC.
"O Tugaleaks hoje presta homenagem a outro grande expoente da informação livre. O leak vem do Scribd do Bar do Alcides, e mostra as fortunas movimentadas pela empresa da família de José Sócrates numa Off-Shore 'escondida' até há bem pouco tempo", pode ler-se no site do PS.
Este tipo de ataques intensificou-se desde a última greve geral, no dia 24 de Novembro. Os sites do PSD, do Governo, do Parlamento, da empresa Águas de Portugal e do Hospital da Cruz Vermelha já foram alvo deste grupo.



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Hoje é dia recordar a Guitarra (e a voz) irreverentes de Frank Zappa


29th October 1981 - The Palladium, New York City