segunda-feira, setembro 06, 2010

Música para um político qualquer que hoje faz anos





PS - Porreiro, pá...!

Música para a minha mana que hoje é bebé...


Shout

Shout, shout, let it all out, these are the things I can do without
Come on, I'm talking to you, come on
Shout, shout, let it all out, these are the things I can do without


In violent times, you shouldn't have to sell your soul
In black and white, they really really ought to know
Those one track minds that took you for a working boy
Kiss them goodbye, you shouldn't have to jump for joy
You shouldn't have to
Shout, shout, let it all out, these are the things I can do without
Come on, I'm talking to you, come on


They gave you life, and in return you gave them hell
As cold as ice, I hope we live to tell the tale
I hope we live to tell the tale


Let it all out, these are the things I can do without
Come on, I'm talking to you, come on
Shout, shout, let it all out, these are the things I can do without
Come on, I'm talking to you, come on


Shout, shout, let it all out
These are the things I can do without
Come on, I'm talking to you, come on


And when you've taken down your guard
If I could change your mind, I'd really love to break your heart
I'd really love to break your heart


Shout, shout, let it all out
(Break your heart) these are the things I can do without
(I'd really love to break your heart) come on
I'm talking to you, come on
Shout, shout, let it all out, these are the things I can do without
Come on, I'm talking to you so come on


Shout, shout, let it all out, these are the things I can do without
Come on, I'm talking to you, come on
(They really really ought to know) Shout, shout, let it all out
(Really really ought to know) These are the things I can do without
(They really really) Come on, I'm talking to you, come on
(They really really ought to know) Shout, shout, let it all out
(I'd really love to break your heart)
These are the things I can do without
(I'd really love to break your heart)
Come on, I'm talking to you so come on
Shout, shout, let it all out, these are the things I can do without
Come on, I'm talking to you, come on...


NOTA: espero que a minha mana goste (e se lembre...). Para os outros, mais uma versão - os Tears For Fears estão vivos:

domingo, setembro 05, 2010

A Terra vista do espaço em tempo real


Um nosso fiel leitor mando-nos um link para este interessante site, que mostra a Terra, vista do espaço, com a chegada da noite e muitos outros aspectos configuráveis.

Vão ver, que vão adorar:

Falta um mês para a palhaçada do ano

sábado, setembro 04, 2010

Sismo da Nova Zelândia - dados do NEIC

Magnitude7.0
Date-Time
Location43.530°S, 172.120°E
Depth5 km (3.1 miles) set by location program
RegionSOUTH ISLAND OF NEW ZEALAND
Distances
  • 44 km (27 miles) W (273°) from Christchurch, New Zealand
  • 200 km (124 miles) S (169°) from Westport, New Zealand
  • 290 km (180 miles) NNE (27°) from Dunedin, New Zealand
  • 332 km (206 miles) SW (220°) from WELLINGTON, New Zealand
Location UncertaintyError estimate not available
ParametersNST=374, Nph=374, Dmin=88.7 km, Rmss=0 sec, Gp= 18°,
M-type=centroid moment magnitude (Mw), Version=9
Source
  • Institute of Geological and Nuclear Sciences, Lower Hutt, New Zealand


Forte sismo na ilha do Sul da Nova Zelândia

Há apenas registo de feridos ligeiros
Sismo provocou danos avultados na Nova Zelândia

Vários carros foram esmagados pela queda de muros

Um sismo de magnitude sete na escala de Richter abalou a Nova Zelândia às primeiras horas de sábado (tarde de sexta-feira em Portugal), provocando danos avultados em Christchurch, a segunda maior cidade do país. Até ao momento, há apenas registos de feridos ligeiros.

Segundo o instituto geológico norte-americano, o sismo ocorreu às 04.35 horas locais (17.35 em Lisboa), com epicentro a 55 quilómetros de Christchurch, na costa Leste da Ilha Sul. Teve origem a 12 quilómetros da superfície, mas apesar da pouca profundidade não foi emitido qualquer alerta de tsunami.

Segundo a edição online do jornal local The Press, o sismo danificou vários edifícios da cidade, derrubando muros e telhados. A cidade está também sem electricidade e a circulação na rede de comboios foi suspensa para verificar a extensão dos danos causados. O abalo foi sentido em toda a ilha e também na capital, Wellington, na vizinha Ilha Norte.

O site noticioso Wellington Stuff divulgou já fotografias dos estragos, com ruas bloqueadas e carros esmagados pelos destroços.

Logo após o abalo, descrito como um dos mais fortes de que há registo, viveram-se momentos de pânico na cidade, com os moradores a saírem ainda em pijama para a rua, relata o jornal.

“Foi inacreditável. Tinha acordado para ir trabalhar e ouvi um barulho imenso e a seguir, boom, a causa foi atingida e tudo começou a estremecer”, contou ao The Press Kevin O’Halon.

sexta-feira, setembro 03, 2010

Relato de Ciência Viva no Verão no Algarve

No passado dia 25 de Agosto de 2010 fui, mais a família, a uma actividade da Ciência Viva no Verão 2010 na Praia de Faro. No pacote estava incluída uma Geologia no Verão (As barras também migram) e uma Biologia no Verão (Biodiversidade numa Ria Formosa em permanente mudança), numa actividade feita debaixo de telha, no Centro Náutico.

Muito interessante, pese embora o facto de poder ser melhorada, em termos de Geologia, no futuro. Para o ano, se houver novamente, lá estaremos novamente...

E, agora, algumas fotos da actividade:


Bichos da Ria Formosa - I (pepino do mar)


Bichos da Ria Formosa - II (ferro de engomar)


Bichos da Ria Formosa - III (lebre do mar)


Bichos da Ria Formosa - IV


Malacologia



Vendo microrganismos no microscópio óptico



Fitoplâncton no microscópio



Zooplâncton no microscópio



O Tanque das bichesas da Ria Formosa



Fichas para identificar invertebrados da Ria Formosa



Brincando às ondas



As Dunas - versão secador



A Ria Formosa na Carta Corográfica


Brincando às sequências estratigráficas positivas...

Fernando Machado Soares nasceu há 80 anos



Fernando Machado Soares (nasceu a 3 de Setembro 1930) é um cantor de fado, de Coimbra, poeta, compositor, jurista e juiz jubilado.

Nasceu em Roque do Pico, Ilha do Pico, Açores, sendo descendente do último Capitão-Mor das Lajes do Pico. Licenciou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra nos anos 50. Participou no filme Rapsódia Portuguesa. Após ter concluído o curso superior, suspendeu durante alguns anos a sua actividade artística. Porém, acompanhou o Orfeão Académico de Coimbra aos Estados Unidos, onde cantou com êxito em Nova York (Lincoln Center), Boston, Chicago ou Atlanta. Participou ainda num programa televisivo da NBC. Autor de diversos fados muito célebre, entre eles a "Balada da Despedida".



quarta-feira, setembro 01, 2010

Mais um ano de trabalho...

Uma musiquinha para celebrar a data...

terça-feira, agosto 31, 2010

Conferência em Sesimbra


Clicar para aumentar

Diz que é uma espécia de flash mob - versão operática


Vale a pena ver e ouvir a Companhia de Ópera de Filadélfia a actuar no meio de um mercado em Filadélfia no passado dia 24 de Abril.

segunda-feira, agosto 30, 2010

O referendo que deu a independência a Timor-Leste foi há onze anos

 (imagem daqui)
Timor-Leste (oficialmente República Democrática de Timor-Leste) é um dos países mais jovens do mundo, e ocupa a parte oriental da ilha de Timor na Ásia, além do exclave de Oecussi, na costa norte da banda ocidental de Timor, da ilha de Ataúro, a norte, e do ilhéu de Jaco ao largo da ponta leste da ilha. As únicas fronteiras terrestres que o país tem ligam-no à Indonésia, a oeste da porção principal do território, e a leste, sul e oeste de Oecusse, mas tem também fronteira marítima com a Austrália, no Mar de Timor, a sul. Sua capital é Díli, situada na costa norte.

Conhecido no passado como Timor Português, foi uma colónia portuguesa até 1975, altura em que se tornou independente, tendo sido invadido pela Indonésia três dias depois. Permaneceu considerado oficialmente pelas Nações Unidas como território português por descolonizar até 1999. Foi, porém, considerado pela Indonésia como a sua 27.ª província com o nome de "Timor Timur".
Em 30 de Agosto de 1999, cerca de 80% do povo timorense optou pela independência em referendo organizado pela Organização das Nações Unidas.

domingo, agosto 29, 2010

Fim de férias

E estão mesmo a acabar - e em grande...! Uma ida à FATACIL, em Lagoa (Algarve), para ver os Xutos & Pontapés... Estão cada vez melhores - foi giro ver o meu puto à frente do palco a cantar letras que eu canto há quase trinta anos!

Aqui fica a música de abertura:



Contentores

A carga pronta metida nos contentores
Adeus aos meus amores que me vou
P'ra outro mundo
É uma escolha que se faz
O passado foi lá atrás

Num voo nocturno num cargueiro espacial
Não voa nada mal isto onde vou
P'lo espaço fundo

Mudaram todas as cores
Rugem baixinho os motores
E numa força invencível
Deixo a cidade natal
Não voa nada mal
Não voa nada mal

Pela certeza dum bocado de treva
De novo Adão e Eva a renascer
No outro mundo
Voltar a zero num planeta distante
Memória de elefante talvez
O outro mundo

É a escolha que se faz
O passado foi lá atrás
E nasce de novo o dia
Nesta nave de Noé
Um pouco de fé


Letra: Tim
Música: Xutos & Pontapés

sábado, agosto 28, 2010

Noite dos Investigadores 2010

Via Blog De Rerum Natura:


Informação recebida do Museu de Ciência da Universidade de Coimbra (UC):

Dia 24 de Setembro: Cientistas regressam à ribalta para nova edição da Noite dos Investigadores

Evento promovido pela Comissão Europeia chega a Coimbra graças ao Museu da Ciência da UC

As actividades são muitas, mas o objectivo é um só: aproximar os cientistas do público em geral. No dia 24 de Setembro, a partir das 15.00 horas e até à meia-noite, o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra acolhe a “Noite dos Investigadores” e uma nova performance dos “Cientistas ao Palco”.

Qual é o impacto da ciência na nossa sociedade? Em que consiste o quotidiano dos investigadores? Para o saber, nada melhor do que falar directamente com os cientistas. Na sexta-feira, 24 de Setembro, a “Noite dos Investigadores” começa em Coimbra às 15.00 horas, com “Conversas com Cientistas”, e prolonga-se pela noite dentro com uma sessão de ‘Speed Dating’, onde as pessoas podem ver as suas questões esclarecidas em curtos diálogos com os investigadores da Universidade de Coimbra.

Dirigidas ao público escolar, as conferências abordam diversas temáticas. Nuno Empadinhas (Centro de Neurociências e Biologia Celular - CNC) irá falar d’‘O Planeta das Micobactérias’, João Fernandes (Dep. de Matemática, FCTUC) de ‘Um universo cheio de planetas’ enquanto que Emília Duarte (Dep. de Ciências da Vida, FCTUC / CNC) fechará as “Conversas com Cientistas” com uma intervenção sobre a ‘Vida longa para os neurónios – protecção e regeneração’.

Para perceber melhor a ciência, reflectir e discutir sobre o trabalho desenvolvido pelos investigadores, os participantes também poderão pôr mãos à obra, através das experiências interactivas e observações astronómicas promovidas pelo Museu da Ciência da UC. O teatro será outro meio de comunicação dos cientistas com o público, graças aos “Cientistas ao Palco”.

A ciência também explicada graças ao teatro

“Cientistas ao Palco” é um dos projectos portugueses seleccionado pela Comissão Europeia para a Noite dos Investigadores. Decorre pela segunda vez em Coimbra e convida cientistas a subir ao palco para interpretar peças produzidas para o evento.

Serão apresentados em Coimbra, este ano, os espectáculos “Método Bosão de Higgs”, de David Marçal (às 21.30 e às 23.00) e “As Moscas são Ratos que Voam”, uma produção da companhia MARIONET (às 18.00 e às 21.30).

O Museu da Ciência da Universidade de Coimbra conta, na iniciativa, com o apoio do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), do Departamento de Ciências da Vida e do Departamento de Matemática da FCTUC, da companhia de Teatro MARIONET e da associação Alpha Centauri.

A iniciativa “Cientistas ao Palco - 2010” tem lugar no próximo dia 24 de Setembro em Coimbra, Porto, Lisboa e Olhão. É desenvolvida pelo Museu da Ciência da UC em paralelo com mais 8 instituições nacionais de investigação e de divulgação da cultura científica, entre as quais o Instituto de Biologia Molecular e Celular, o Centro de Astrofísica da Universidade do Porto, o Instituto Gulbenkian da Ciência (Fundação Calouste Gulbenkian) e a Universidade do Algarve.

Mais informações: aqui e aqui

Programa:

TEATRO (18.00 – 23.30)
- Método Bosão de Higgs | de David Marçal (21.30 e 23.00)
- As Moscas são Ratos que Voam | MARIONET (18.00 e 21.30)

CONVERSAS COM CIENTISTAS (15h00 – 18h00)
Cientistas de diferentes áreas falam sobre a investigação científica que desenvolvem, numa conversa dirigida ao público escolar.

15.00: O Planeta das Micobactérias | Nuno Empadinhas (CNC)

16.00: Um universo cheio de planetas | João Fernandes (Dep. de Matemática, FCTUC)

17.00: Vida longa para os neurónios – protecção e regeneração | Emília Duarte (Dep. de Ciências da Vida, FCTUC / CNC)

SPEED DATING (21.00 – 24.00)
Cientistas da Universidade de Coimbra estarão disponíveis para curtas conversas com o público

CIÊNCIA AO VIVO (21.00 – 24.00)
Assista a demonstrações ao vivo de experiências científicas

EXPERIÊNCIAS INTERACTIVAS (15.00 – 24.00)
Actividades hands-on (mãos na massa) para todos

EXPOSIÇÕES (15.00 – 24.00)
Conheça os Segredos da luz e da matéria

OBSERVAÇÕES ASTRONÓMICAS (21.00 – 24.00)
Venha observar o céu e conhecer os seus segredos

ADENDA: faz hoje 35 anos que morreu Hailé Selassié, Sua Majestade Imperial, Imperador Haile Selassie, Eleito de Deus, Rei dos Reis, Senhor dos Senhores, Leão Conquistador da Tribo de Judá, o último Rei da Etiópia.Recordemos a data com a música de Bob Marley:

El-Rei D. Afonso V morreu há 529 anos


D. Afonso V de Portugal, (Sintra, 15 de Janeiro de 1432 - Sintra, 28 de Agosto de 1481), foi o décimo-segundo Rei de Portugal, cognominado o Africano pelas conquistas no Norte de África. Filho do rei Duarte I, sucedeu-o em 1438 com apenas seis anos. Por ordem paterna a regência foi atribuída a sua mãe, Leonor de Aragão mas passaria para o seu tio D. Pedro, Duque de Coimbra, que procurou concentrar o poder no rei em detrimento da aristocracia e concluiu uma revisão na legislação conhecida como Ordenações Afonsinas. Em 1448 D. Afonso V assumiu o governo, anulando os editais aprovados durante a regência. Com o apoio do tio homónimo Afonso I, Duque de Bragança declarou D. Pedro inimigo do reino, derrotando-o na batalha de Alfarrobeira. Concentrou-se então na expansão no norte de África, onde conquistou Alcácer Ceguer, Anafé, Arzila, Tânger e Larache. Concedeu o monopólio do comércio na Guiné a Fernão Gomes, com a condição de este explorar a costa, o que o levaria em 1471 a Elmina, onde descobriu um florescente comércio de ouro cujos lucros auxiliaram o rei na conquista. Em 1475, na sequência de uma crise dinástica, D. Afonso V casou com a sobrinha Joana de Trastâmara assumindo pretensões ao trono de Castela, que invadiu. Após fracassar na batalha de Toro, com sintomas de depressão, D. Afonso abdicou para o filho, D. João II de Portugal, falecendo em 1481.

Contra a barbárie


ADENDA - faz hoje 45 anos a cantora canadiana Shania Twain. Até para contrapor à tristeza do post, recordemos a data com uma música sua:

sexta-feira, agosto 27, 2010

Alma até Almeida!

(imagem daqui)

Passam amanhã dois séculos sobre a rendição da Praça Forte de Almeida, após a explosão do paiol, no decorrer das Invasões Napoleónicas - recordemos a data com uma referência à recriação do evento - AQUI.

Há 127 anos uma erupção destruiu a ilha de Krakatoa e matou 36.000 pessoas


No dia 27 de Agosto de 1883, a ilha de Krakatoa ou Cracatoa (em indonésio: Krakatau), localizada no estreito de Sunda, entre as ilhas de Sumatra e Java, na Indonésia, desapareceu quando o vulcão de mesmo nome, no monte Perboewatan - supostamente extinto - entrou em erupção. É considerada a erupção vulcânica mais violenta que o homem moderno já testemunhou.

A sucessão de erupções e explosões durou 22 horas e o saldo foi de mais de 36 mil mortos. Sua explosão atirou pedras a aproximadamente 27 km de altitude e o som da grande última explosão foi ouvida a cinco mil quilómetros, na ilha de Rodrigues, tendo os habitantes ficado surpreendidos com o estrondo, supondo significar uma batalha naval. Os barógrafos de Bogotá (próximo às antípodas do local da explosão) e Washington enlouqueceram. O barulho chegou também até Austrália, Filipinas e Índia.

Acredita-se que o som da última grande explosão foi o mais intenso já ouvido na face da Terra e reverberou pelo planeta ao longo de nove dias. Todos os que se encontravam em um raio de 15 km do vulcão tiveram seus tímpanos rompidos.
Os efeitos atmosféricos da catástrofe, como poeira e cinzas circundando o globo, causaram estranhas transformações na Terra, como súbita queda de temperatura e transformações no nascer e pôr do Sol por aproximadamente 18 meses e levando até anos para voltar ao normal. Todas as formas de vida animal e vegetal da ilha foram destruídas. Por causa das explosões, vários tsunamis ocorreram em diversos pontos do planeta. Perto das ilhas de Java e Sumatra, as ondas chegaram a mais de 40 metros de altura.

A cratera do vulcão era monstruosa, possuía aproximadamente 16 km de diâmetro. O vulcão não parou de cuspir lava e houve ainda outras erupções durante todo o ano. Antes da erupção, a ilha possuía quase dois mil metros de altitude, mas após a erupção a ilha foi riscada do mapa, tendo-se um lago formado na cratera do vulcão, onde hoje vivem várias espécies de plantas e pássaros.

Actualmente, na região da cratera, há uma nova formação rochosa em andamento chamada Anak Krakatau (Anak Krakatoa, filho de Krakatoa ou Krakatau), que já possui mais de 800 metros de altura, sendo que a cada ano aumenta cinco metros aproximadamente, podendo haver mudanças.

quinta-feira, agosto 26, 2010

O grande químico Lavoisier nasceu há 267 anos


Antoine-Laurent de Lavoisier (Paris, 26 de Agosto de 1743 — Paris, 8 de Maio de 1794) foi um químico francês, considerado o criador da química moderna.

Foi o primeiro cientista a enunciar o princípio da conservação da matéria. Além disso identificou e baptizou o oxigénio, refutou a teoria flogística e participou na reforma da nomenclatura química. Célebre por seus estudos sobre a conservação da matéria, mais tarde imortalizado pela frase popular "Na Natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma."


NOTA: este homem era mesmo importante - só recordo, com pena, nos meus tempos de estudante em Coimbra, o facto de as Cantinas da Universidade usarem como lema a máxima atrás citada - "nada se perde, nada se cria, tudo se transforma".

Madre Teresa de Calcutá nasceu há um século


Madre Teresa de Calcutá, também chamada Beata Teresa de Calcutá, cujo nome verdadeiro é Agnes Gonxha Bojaxhiu (Skopje, 26 de Agosto de 1910Calcutá, 5 de Setembro de 1997), foi uma missionária católica albanesa, nascida na República da Macedônia e naturalizada indiana, beatificada pela Igreja Católica em 2003. Considerada, por alguns, a missionária do século XX, fundou a congregação "Missionárias da Caridade", tornando-se conhecida ainda em vida pelo cognome de "Santa das sarjetas".

quarta-feira, agosto 25, 2010

It´s a small step for...




É um pequeno passo - a assunção dos erros da Ministra Maria de Lurdes Rodrigues, a correcção de asneiras graves que ainda iremos pagar bem caro no futuro... - mas não chega ainda. E vem demasiado tarde pois estamos a duas semanas do início da ano lectivo e depois de três anos de estragos na Escola Pública.

Mas quem fez as asneiras - a verdadeira Ministra da Educação nos últimos seis anos, de seu nome Sócrates - há-de ainda vir a pagar tudo (com juros e correcção monetária...), embora a factura final, como sempre, seja paga pelos do costume.

ADENDA: faz hoje 80 anos o verdadeiro agente 007 James Bond, Sir Sean Connery... Os nossos parabéns ao actor!

Curso de fotografia no Parque Natural do Tejo Internacional




Aproveitando as noites mais frescas e também o facto de esta propriedade da Quercus ficar longe da confusão e das luzes dos centros urbanos, temos os ingredientes necessários para uma bela sessão de fotografia nocturna, brincar com as estrelas, pintar de cor árvores e rochas, são algumas das actividades deste workshop que nos convida a fotografar durante a noite. A noite é convidativa á criatividade e técnica. E porque não vais querer perder esta oportunidade de conhecer o Monte Barata, mesmo no coração do Parque Natural do Tejo Internacional, espaço onde os abutres e muitas águias, veados, velhas azinheiras e,  quem sabe, o lince ibérico, convivem em perfeita harmonia com os que se aventuram a aparecer nesta bela propriedade, vamos descobrir isto tudo de noite, quando não temos sol, mas temos muitas oportunidades fotográficas a descobrir. Aparece e descobre como…

Eu serei o orientador desta actividade que decorre nos dias 3, 4 e 5 de Setembro de 2010. Esta está limitada a 20 participantes e as temáticas a aprender e a praticar são: introdução à fotografia nocturna, conhecer o equipamento, técnicas para fotografar a noite, curtas e longas exposições, pintar com a luz, rastros de luz e estrelas, eventos de noite, amanhecer e anoitecer, análise de resultados. Material fotográfico a não esquecer em casa e aconselhado é máquina fotográfica, tripé, flash e cabo disparador, lanterna e relógio. Os destinatários são qualquer pessoa que goste de fotografia e pretenda aprofundar os aspectos criativos, independentemente das temáticas preferidas e do tipo de equipamento que possua.

Para mais Informações e inscrições contactar a Quercus/Castelo Branco para o telefone 272 324 272 ou para o e-mail castelobranco@quercus.pt ou através do meu contacto de telemóvel 962 943 454.

in Grande Angular - post de Pedro Martins

terça-feira, agosto 24, 2010

Ou a Lua encolheu ou...

A Nasa descobriu que o diâmetro da Lua diminuiu 100 metros


Segundo Thomas Watters, do Centro de Estudos Planetários e da Terra do Museu do Ar e Espaço do Smithsonian, ao analisar as imagens proporcionadas pelo orbitador eles descobriram "falhas" na crosta lunar até agora nunca vistas.
Watters explicou que as imagens que se tinha da Lua até agora não permitiam detectar que o satélite se "contraiu cerca de 100 metros" em seu diâmetro em um passado que o cientista considera "recente", embora remeta a 1 bilhão de anos atrás.
Esta descoberta proporciona chaves importantes para estudar a geologia da Lua e a evolução tectônica recente, dizem os pesquisadores.
A Lua se formou em um ambiente caótico de intenso bombardeio por asteróides e meteoritos, há 4,5 bilhões de anos, explica a Nasa.
A Lua se formou em um ambiente caótico de intenso bombardeio por asteróides e meteoritos, há 4,5 bilhões de anos, explica a Nasa.
Estes choques, junto com a desintegração de elementos radioativos, fizeram com que a Lua fosse um corpo quente que posteriormente se esfriou.
"Estes incríveis resultados sublinham a importância de observar globalmente para entender os processos globais", disse John Keller, o subdiretor do projeto de reconhecimento lunar da Nasa no centro de voos espaciais Goddard, em Greenbelt (Maryland).
"Enquanto o projeto está em uma nova fase, com ênfase em medições científicas e nossa habilidade de fazer um inventário dos traços da Lua, será uma poderosa ferramenta para entender a história da Lua e do sistema solar", acrescentou.
O orbitador LRB foi lançado ao espaço em junho do ano passado.

Um interessante sistema estelar...

A 127 anos-luz da Terra
Descoberto o sistema solar mais parecido com o nosso 


A representação artística do sistema solar agora descoberto (ESO/L. Calçada)

Tem sete planetas em órbita, um é rochoso e pouco maior do que a Terra e está a 127 anos-luz de distância. É o sistema solar mais parecido com o nosso descoberto até agora, anunciou hoje uma equipa internacional de caçadores de planetas extra-solares — de que os portugueses Alexandre Correia, da Universidade de Aveiro, e Nuno Santos, do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto, fazem parte.

“Só tem menos um planeta do que o nosso sistema solar. Desde 2006, Plutão é um planeta-anão, como o asteróide Ceres”, sublinha Alexandre Correia, que com este anúncio recebeu uma prenda de aniversário antecipada. Amanhã faz 35 anos.

Para cinco dos planetas, gasosos como Neptuno, os cientistas têm provas fortes da sua existência, segundo os resultados apresentados numa conferência em França, no Observatório de Haute-Provence. Para os restantes dois, há indícios: um será semelhante a Saturno, o outro será o mais pequeno detectado até ao momento. A confirmar-se o tamanho, tem apenas 1,4 vezes a massa da Terra.

Ao longo de seis anos, os cientistas acompanharam uma estrela, conhecida por HD 10180, na constelação da Hidra, com observações num telescópio do Observatório Europeu do Sul (ESO) em La Silla, no Chile. Na equipa estão dois grandes caçadores de planetas, Michel Mayor e Didier Queloz, do Observatório de Genebra, na Suíça, que descobriram o primeiro planeta extra-solar em 1995 e causaram furor mundial. Nuno Santos, de 36 anos, há muito que colabora com a equipa da Suíça.

Desde 1995 já foram detectados mais de 500 planetas. Conhecem-se 15 sistemas solares com pelo menos três planetas. O recorde anterior era um sistema solar com cinco planetas.

Um aparelho de grande precisão instalado no telescópio foi registando movimentos minúsculos da estrela HD 10180, ora para a frente, ora para trás, que a atracção gravitacional de planetas em seu redor causaria. Foi dessa forma que se obtiveram sinais fortes da presença de cinco planetas, com 13 e 25 vezes a massa da Terra, e que demoram entre seis e 600 dias terrestres a completar uma órbita à estrela.

Rochoso mas sem vida
No caso dos dois planetas de que há indícios, o que é idêntico a Saturno atinge 65 vezes a massa da Terra e está mais afastado da estrela: é preciso que passem 2200 dias para completar uma volta. Em contrapartida, o que é pouco maior do que o nosso planeta situa-se tão perto da estrela que o faz apenas em pouco mais de 28 horas. Um ano lá é pouco mais do que um dia na Terra.

“Está mesmo em cima da estrela, está mais perto do que Mercúrio do Sol. Não pode ter vida, isso está completamente fora de questão”, diz Alexande Correia.

E é sólido? “Para ser deste tamanho, tem de ser rochoso.” Segundo os modelos sobre a formação de planetas, até cinco massas da Terra considera-se que é rochoso. “A partir daí, passa a ser gasoso. Tem gravidade suficiente para ter uma atmosfera tão grande como Júpiter ou Saturno”, responde o astrofísico.
Outro aspecto interessante é o da distribuição dos sete planetas pelo sistema solar, obedecendo a uma lei semelhante à que se encontra no nosso sistema solar (a lei de Titius-Bode): cada planeta está quase ao dobro da distância do anterior, explica um comunicado da Universidade de Aveiro.

“Esta descoberta extraordinária também enfatiza o facto de estarmos a entrar numa nova era da investigação de exoplanetas: o estudo 
de sistemas planetários complexos e não apenas de planetas individuais”, comenta Christophe Lovis, 
do Observatório de Genebra, que é o primeiro autor do artigo científico sobre a descoberta, a publicar na revista "Astronomy and Astrophysics".
“Os estudos dos movimentos planetários no novo sistema revelam interacções gravitacionais complexas entre os planetas e dão informações sobre a evolução do sistema a longo prazo”, refere Lovis, citado numa nota do ESO.

Pode ainda não ter sido desta vez que se encontrou uma cópia perfeita do nosso sistema solar, incluindo um planeta rochoso a uma distância da estrela que permita a vida. Mas esse momento parece aproximar-se.

Sobre um anarquista falador, os espiões e um General sem papas na língua

Do regular funcionamento das instituições


Ontem, o Ministro da Defesa deu uma entrevista ao jornal I, anunciando que Portugal deverá enviar espiões para o Líbano.
 
 
Num Estado decente, ou o Ministro se demitia ou o Chefe do Estado Maior das Forças Armadas seria demitido.
 
Faltam 14 dias para o PR perder o direito de dissolver o Parlamento. 
in O Cachimbo de Magritte - post de

Estamos a ficar velhos (para isto...)

Investigação publicada ontem
Sistema solar ‘envelhece’ dois milhões de anos


Análise de restos minerais de um meteorito revelou novos dados

A análise dos restos minerais de um meteorito encontrado no noroeste de África revelou que o sistema solar poderá ter-se originado dois milhões de anos antes do que se pensava, segundo um artigo publicado na revista ‘Nature’.

Os minerais do meteorito são os restos sólidos mais antigos encontrados até agora e crê-se que se formaram logo após o nascimento do Sol, de modo que a análise pode fornecer dados mais precisos sobre a formação do sistema solar.

Segundo a investigação da Universidade de Arizona, EUA, a formação do sistema solar teria acontecido há 4568,2 milhões de anos, entre 300 mil e 1,9 milhões de anos antes do que se pensava. Os cientistas Audrey Bouvier e Meenaskshi Wadhwa, que coordenaram a investigação, utilizaram a técnica dos isótopos, empregada em geologia para determinar a idade de restos de fósseis.

in CM - ler notícia

A cidade romana de Pompeia foi destruida pelo Vesúvio há 1931 anos


Pompeia foi outrora uma antiga cidade do Império Romano situada a 22 quilómetros da cidade de Nápoles, na Itália, no território do actual município de Pompeia. A antiga cidade foi destruída durante uma grande erupção do vulcão Vesúvio em 24 de Agosto do ano 79 d.C.

A erupção do vulcão provocou uma intensa chuva de cinzas que sepultou completamente a cidade, que se manteve oculta por 1600 anos antes de ser reencontrada por acaso. Cinzas e lama moldaram os corpos das vítimas, permitindo que fossem encontradas do modo exacto em que foram atingidas pela erupção do Vesúvio. Desde então, as escavações proporcionaram um sítio arqueológico extraordinário, que possibilita uma visão detalhada na vida de uma cidade dos tempos da Roma Antiga.

segunda-feira, agosto 23, 2010

Geologia no Verão em Leiria


Vai decorrer na cidade de Leiria uma Geologia no Verão que eu já fiz o ano passado e que o Blog Geopedrados recomenda:

Título: Leiria do rio Liz tem uma geologia encantadora
(Departamento de Ciências da Terra, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade de Coimbra)
Data: 29-08-2010 10:00:00 
Descrição: Travessia da cidade, analisando a natureza das rochas, a disposição dos estratos, a morfologia e a localização das águas (Liz e nascentes). As observações permitirão a interpretação dos principais traços da geologia: movimentos de rochas maleáveis (um diapiro) no cruzamento de duas grandes fracturas. Por estas ascenderam as rochas ígneas que, resistindo melhor à erosão, formam o Castelo natural.
Ponto de encontro: Açude dos Caniços / ponte sobre o Liz (junto ao quartel dos Bombeiros Municipais).
Como Chegar: Fora da cidade: seguir indicações Hospital e depois Bombeiros Municipais. Junção das Ruas da Fábrica do Papel e Joaquim Ribeiro de Carvalho
Coordenadas GPS: 39.74044186316138 N, -8.799726963043213 O
Idade mínima: 6 anos
Localidade: Leiria / LEIRIA / LEIRIA
Itinerário: Ao longo do Liz entre o Açude dos Caniços e a Fonte Quente, Castelo, Estádio, rotunda N1-N109.
Duração: 5 h
Transporte: A pé, Bicicleta
Responsável pela acção: Jorge Dinis
Nota: Usar roupa e calçado de passeio, chapéu, protector solar, líquidos. Recomenda-se pequeno farnel, binóculos e câmara fotográfica e/ou de vídeo...para mais tarde recordar. Pode ser seguida de bicicleta, embora com subidas moderadas.

INSCRIÇÕES - AQUI

O Ministério da Anarquia - notícia do Público

Início do ano lectivo
Escolas abrem sem regulamentos internos adaptados ao novo Estatuto do Aluno


"Vai ser um início de ano de loucos", diz o presidente da ANDAEP


O ano lectivo vai arrancar sem que as escolas tenham os regulamentos internos adaptados ao novo Estatuto do Aluno, que ainda nem foi promulgado. Segundo as associações de directores, é necessário entre “um a dois meses” para concluir o processo.

O diploma foi aprovado em votação final no Parlamento a 22 de Julho e enviado para promulgação pelo Presidente da República a 6 de Agosto. Fonte do Palácio de Belém disse à Lusa que “ainda não há qualquer decisão” por parte de Cavaco Silva.

O presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares sublinha que este tipo de documentos, para entrar em vigor no próximo ano lectivo, deveriam chegar às escolas até ao final de Maio, para que haja “um tempo razoável” para a adaptação às novas orientações.

“Para que se façam as adaptações de forma conscienciosa, com critérios, com rigor e para que se encontrem as soluções mais razoáveis é necessário entre um a dois meses”, estima Pedro Araújo, lembrando que as alterações ao regulamento interno necessitam de parecer do conselho pedagógico e aprovação do conselho geral.

Segundo o responsável, sempre que o limite de final de Maio for ultrapassado, as escolas ficam “impedidas” de tomar as melhores decisões, o que, alerta, poderá trazer “prejuízos” para escolas e alunos.


Escolas terão “tempo necessário”

Questionado pela Lusa, o Ministério da Educação sublinhou que será “solicitado oportunamente” às escolas que procedem às adaptações necessárias, garantindo que os estabelecimentos de ensino terão “o tempo necessário”.

Também o presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) garante que as escolas já não vão a tempo de regulamentar o Estatuto do Aluno e estima que o processo só esteja pronto no final do primeiro período.

“Os regulamentos internos só vão estar adaptados no final do primeiro período. As alterações implicam uma regulamentação muito bem pensada”, defende Adalmiro Botelho da Fonseca.

Mesmo que o diploma saia em Diário da República nas próximas semanas, Pedro Araújo garante que no primeiro dia de aulas “nenhuma” escola terá o regulamento interno adoptado, pelo que directores, conselhos pedagógicos e conselhos gerais vão ter de trabalhar “em cima do joelho”.

 
Período de transição

“As escolas ou iniciam o ano com o anterior estatuto enquanto estudam o novo, apesar de entrar em vigor no dia seguinte ao da publicação, ou então vão ter de trabalhar em cima do joelho. Mas terá sempre de haver um período de transição”, sublinha Pedro Araújo, director da Escola Secundária de Felgueiras.

Segundo a tutela, no início do ano lectivo vale “o que já se encontra consignado” nos regulamentos internos, desde que “não conflitue” com o novo Estatuto do Aluno.

Por seu turno, o presidente da ANDAEP e director da Escola Secundária de Oliveira do Douro lembra que em Setembro há necessidade de dar andamento a todas as questões relacionadas com o arranque do ano lectivo, como a preparação de aulas, planificação de actividades, reunir conselhos de turma: “Vai ser um início de ano de loucos”. O ano lectivo começa entre 8 e 13 de Setembro no ensino pré-escolar, básico e secundário.


Violência escolar

Cinco meses depois do anúncio, o bullying ainda não foi tipificado como crime no âmbito da violência escolar. O Governo afirma que a matéria será tratada “oportunamente”, a menos de três semanas do arranque do novo ano lectivo.

A 30 de Março, numa audição no Parlamento, a ministra da Educação, Isabel Alçada, anunciou a intenção de levar a Conselho de Ministros uma proposta de alteração ao Código Penal, criando o “crime de violência escolar”, configurado como “crime público”, no qual se incluirá o bullying.

Questionado pela Lusa sobre o atraso na apresentação da proposta, o Ministério da Educação limitou-se a afirmar que esta “é uma matéria que será oportunamente tratada pelo Governo”.

ADENDA: parece-me que dois meses para actualizar os Regulamentos Internos é manifestamente pouco (sei o que digo, sou Presidente de um Conselho Geral...). Mas bem pior estão, neste capítulo (nos outros estão ainda num estado que não atrevo a classificar...), os órgãos dos Mega Agrupamentos: não têm Regulamento Interno em vigor e não têm ainda órgão (Conselho Geral Transitório) que o crie e aprove... Se a anterior Ministra era uma anarquista assumida, esta nova mostra ainda melhor como não se legislar...!

O triste caso do desaparecimento das abelhas

As abelhas estão a desaparecer do país e ninguém sabe porquê


"Tem sido uma calamidade, morrem, morrem e ninguém sabe porquê"

Comunidade científica internacional continua a estudar o fenómeno e ainda não tem conclusões. Em Arouca, os apicultores estão apreensivos com o abandono inexplicável das colmeias.

No alto de um monte de Arouca, Alberto Aguiar, apicultor há 20 anos, mostra as 30 colmeias com um ar desolado. "O movimento está fraco, está quase tudo morto, devo ter duas ou três colónias vivas", desabafa. O fato de protecção não chega a ser necessário para dar uma volta pelas colónias. Está tudo calmo. Há quatro anos que as abelhas teimam em desaparecer das suas colmeias sem deixar rasto. Situação que o deixa apreensivo ao ponto de questionar a continuidade na arte. Tem agora pouco mais de 20 colmeias habitadas, chegou a ter 170. "Tem sido uma calamidade, morrem, morrem e ninguém sabe porquê."

Alberto Aguiar mostra o que resta das provas, ou seja, o interior de colmeias com aspecto queimado, colónias que estranhamente deixaram de ter habitantes. "A partir do ano passado, comecei a desistir de povoar as colmeias", revela. Ainda foi ao Alentejo comprar abelhas, mas no último ano garante que 90 por cento das suas colónias morreram. Feitas as contas, a diminuição dos ganhos financeiros ronda a mesma drástica percentagem. "Não vale a pena investir, é perder dinheiro." Sempre que abre uma colmeia e encontra o inesperado, que agora que se tornou habitual, a vontade de desistir da apicultura aumenta. "As rainhas continuam a pôr ovos, mas o problema é que não têm abelhas suficientes para o aquecimento e para alimentar as larvas."

Alberto Aguiar, com vários prémios nacionais conquistados pela qualidade do seu mel, acompanha o assunto e sabe que a ciência ainda não conseguiu encontrar uma explicação para tão estranho desaparecimento. Chegou a colocar um plástico preto à entrada de várias colmeias para tentar apanhar uma abelha morta para enviar para um laboratório. Sem resultados. "Elas desorientam-se, desaparecem e não voltam às colmeias... há alguma coisa que interfere com elas." A hipótese que os pesticidas usados nas produções intensivas estão a afastar as abelhas não o convence. "Tenho apiários de montanha, longe de culturas onde se usam pesticidas, e também lá as abelhas estão a desaparecer", explica. As radiações dos aparelhos electrónicos são, na sua opinião, um factor que deve ser analisado com mais atenção. "Sempre que atendo o telemóvel, as abelhas rodeiam a minha mão e não me largam. É curioso."

Luís Tomé mostra um lote de mais de 20 colmeias empilhadas a um canto da sua garagem. "Está tudo morto, vai tudo para queimar. Há um mês, trouxe 10 colmeias para casa cheias de traças", conta. Há 20 anos que se dedica à apicultura e, neste momento, tem cerca de 100 colmeias em Arouca. "Todos os anos, morrem abelhas, mas neste momento esta mortandade é anormal. Este ano, não temos quase mel nenhum", lamenta. Não se lembra de nada assim, mas, por enquanto, Luís Tomé não pensa abandonar a apicultura, que partilha com outra actividade profissional. "Alguém tem de investigar e indicar um medicamento. Há cada vez menos abelhas, cada vez menos... e isto vai acabar."

Alberto Santos, apicultor de Arouca há 15 anos, perdeu todas as colmeias, 18 no total, e não sabe porquê. O que se passa? "Boa pergunta. As abelhas perdem-se... não sei o que acontece. Se fosse uma doença, elas estariam perto das colmeias, mas a questão é que desaparecem sem deixar rasto e sabemos que não morrem à fome", comenta. Há dois anos que os seus apiários vinham a perder habitantes. "Desde o ano passado que esta mortandade tem sido mais acentuada." Alberto Santos, apicultor por hobby, garante que não vai baixar os braços e tentará repovoar as suas colmeias em Fevereiro do próximo ano. "Não se pode desistir", conclui.

Fenómeno global

O desaparecimento das abelhas é um fenómeno global. Nos Estados Unidos a situação é bastante preocupante, pelas repercussões ambientais, humanas e até económicas. Espanha, França e Alemanha também dão conta de uma anormal diminuição de abelhas. Em Portugal, as associações do sector garantem que, por enquanto, não há razões para alarme.

A Federação Nacional dos Apicultores de Portugal (FNAP), que representa cerca de 30 associações do sector, já aderiu a um grupo mundial que está a analisar o caso. Manuel Gonçalves, presidente da FNAP, considera que, neste momento, a situação não é preocupante, mas que poderá sê-lo "a curto prazo" se as abelhas continuarem a desaparecer. "São diversos os factores que são apresentados para tentar explicar essa situação e se se comprovar que é um factor ambiental, isso pode ser preocupante", refere. O responsável garante que há cerca de dois anos que os associados da FNAP falam do assunto. "Todos os anos, há sempre uma falha efectiva de cerca de 20 por cento de colmeias que não se consegue repor, mas a situação poderá vir a ser preocupante se verificarmos que a mortandade é excessiva." "Há um equilíbrio que deixou de existir", acrescenta. A FNAP está, por isso, atenta a todos os passos dados nesta matéria. O recenseamento oficial é feito a meio do ano e o último, segundo o responsável, até aponta para um acréscimo de cerca de cinco por cento do número de colmeias no país - neste momento, existirão à volta de 400 mil colónias, numa média de 50 por cada apicultor.

A Associação de Apicultores do Parque Natural de Motesinho, que representa cerca de 320 dos 600 apicultores da zona de Bragança, Vinhais, Vimioso e Miranda do Douro, registou alguns casos pontuais, mas nada de alarmante. "Na nossa zona têm havido algumas situações de morte de abelhas, o que, para já, não tem sido motivo de preocupação", refere Helena Guedes, técnica da associação. De qualquer forma, a situação está a ser avaliada e acompanhada. "Estamos a averiguar as origens das perdas dos efectivos dos nossos apicultores. Mas, para já, não se pode concluir que haja um desaparecimento anormal de abelhas", adianta.

A Associação de Apicultores do Nordeste do Alentejo também registou "dois ou três casos estranhos". "Embora pudesse haver algumas situações mais estranhas, em termos de desaparecimento de abelhas, não podemos avançar para uma situação alarmista", garante João Neto, técnico da associação. "Vinte por cento de quebra de colónias no Inverno é normal", acrescenta o responsável da estrutura que reúne cerca de 100 apicultores de Nisa, Portalegre, Marvão, Castelo de Vide, entre outras regiões.

Contactado pelo PÚBLICO, o Ministério da Agricultura adianta que a Direcção-Geral de Veterinária não tem, até este momento, conhecimento de qualquer fenómeno relacionado com um estranho desaparecimento de abelhas, sublinhando que a diminuição de efectivos tem sido sempre "associada a causa naturais (incêndios, seca) ou a causas sanitárias (doenças das abelhas)".


NOTA: embora não goste de mel, sei da importância das abelhas em termo de biodiversidade - o nosso planeta está doente... Sugere-se ainda a leitura desta outra notícia do Público - Ciência sem explicações...