sábado, fevereiro 08, 2025
O meteorito de Allende caiu há 56 anos
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terça-feira, janeiro 21, 2025
John Couch Adams, um astrónomo que previu a existência de Neptuno, morreu há 133 anos
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terça-feira, outubro 22, 2024
A sonda Venera 9 aterrou em Vénus há 49 anos
Maquete da Venera 9 - o aterrizador estava alojado dentro da esfera
A Venera 9 foi uma sonda espacial enviada a Vénus e fazia parte do Programa Venera, desenvolvido pelo programa espacial soviético e era essencialmente idêntica à Venera 10.
O objetivo do orbitador era atuar como um retransmissor de comunicação para o aterrizador e explorar as camadas de nuvens e vários parâmetros atmosféricos. Consistia de um cilindro com dois painéis solares e uma antena parabólica de alto ganho presa na superfície curva. Uma unidade em forma de sino presa na parte inferior do cilindro, abrigava o sistema de propulsão e na parte de cima havia uma esfera com diâmetro de 2,4 m que abrigava o aterrizador. Pesava 2300 kg e possuía os seguintes instrumentos:
Objetivo do estudo | Instrumento |
---|---|
Estrutura da atmosfera e nuvens; condições de
luz e calor através de características ópticas |
Telefotómetro - câmera de TV (λ < 0,4 μm)
Espectrómetro (λ = 0,24 - 0,7 μm) Espectrómetro infra-vermelho (λ = 1,7 - 2,8 μm) Radiómetro infravermelho (λ = 8 - 40μm ) Fotómetro ultravioleta (λ = 0,35 μm) Fotopolarímetro (λ = 0,4 - 0,8 μm) Transmissor de RF (ocultação) |
Estudo da superfície | Transmissor de RF (radar biestático) |
Estudo da atmosfera superior e ionosfera | Fotómetro para linha Lyman-α
Espectrómetro (λ = 0,3 - 0,8 μm) Transmissor de RF |
Estudo da interação do planeta com o | Magnetómetro
Espectrómetro eletrostático de plasma Armadilha para partículas carregadas |
Alguns resultados preliminares indicaram:
- nuvens com espessuras de 30 a 40 km;
- pressão na superfície de aproximadamente 90 atm (terrestres);
- temperatura na superfície de 485 °C;
- níveis de luz comparáveis a dias nublados de verão na Terra;
- ausência aparente de poeira no ar e uma variedade de rochas de 30 a 40 cm não erodidas;
- os constituintes das rochas do local de pouso indicavam serem semelhantes ao basalto;
- a velocidade dos ventos no local de pouso variavam de 0,4 a 0,7 m/s, uma velocidade baixa com consequente pouca poeira no ar;
- a velocidade dos ventos variava entre 50 a 100 m/s nas altitudes de 40 a 50 km respetivamente..
quinta-feira, setembro 05, 2024
A sonda Voyager 1 foi lançada há 47 anos...
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terça-feira, agosto 20, 2024
A sonda Voyager 2 foi lançada há 47 anos
Utilizou uma técnica de auxílio a navegação que utiliza a atração gravítica dos planetas aos quais se aproxima. Esta técnica permite às sondas receberem uma aceleração e uma alteração de direção por forma a serem colocadas numa nova direção que as leve a um novo destino. Desta forma, as sondas podem ser construídas de forma mais leve (não necessitam de tanto combustível para aceleração e mudanças de direção), mas implica uma grande precisão nas aproximações aos planetas a visitar.
A sonda aproximou-se de Júpiter em 9 de julho de 1979, a uma distância de 570.000 quilómetros. Ela descobriu alguns anéis ao redor de Júpiter, assim como a atividade vulcânica na lua Io. Dois novos satélites de pequeno porte, Adrastea e Metis. foram encontrados orbitando. Um terceiro satélite novo, Tebe, foi descoberto entre as órbitas de Amalteia e Io. A sonda em seguida visitou Saturno, em 25 de janeiro de 1981, a uma distância de 101.000 quilómetros da superfície do planeta. Em seguida, visitou Urano, em 24 de janeiro de 1986.
Uma das novidades foi a descoberta de 11 satélites naturais (Cordélia, Ofélia, Bianca, Cressida, Desdemona, Juliet, Portia, Rosalinda, Belinda, Perdita e Puck) e de um anel ao redor de Urano. Também descobriu-se que o Polo Sul de Urano estava apontado diretamente para o Sol. Depois de visitar Urano, a sonda dirigiu-se em direção a Neptuno, até que chegou lá em agosto em 1989, também chegando a pesquisar seu satélite natural Tritão. Após a passagem pela órbita de Plutão, a Voyager 2 iniciou a sua saída do Sistema Solar.
A sonda tem, anexado a sua parte externa, um disco fonográfico feito de ouro intitulado "Sounds of the Earth" (Sons da Terra), com uma hora e meia de música e alguns sons da natureza do planeta Terra. O disco traz instruções de uso e a frase "For makers of music of all worlds and all times" ("Para os produtores de música de todos os mundos e todos os tempos"). O objetivo deste disco é levar dados da Terra para uma possível civilização exterior.
Em maio de 2010, a sonda alcançou a distância de 92 UA do Sol, a uma velocidade de 3,3 UA por ano (15,4 km/s), localizando-se na constelação de Telescópio. Prevê-se que, depois de 2030, a sonda perderá contacto com a Terra.
Em 2020 a Voyager 2 encontra-se no espaço inter-estelar, a mais de 13,5 mil milhões de quilómetros da Terra (Plutão fica a uma distância média de cerca de 6 mil milhões de quilómetros do Sol). Em novembro de 2020, a NASA recuperou as comunicações com a sonda, após melhorias feitas à antena Deep Space Station 43 na Austrália, que é a única que tem capacidade para comunicar com a nave. As comunicações ficaram suspensas desde que a antena deu início a trabalhos de reparação e melhoramentos em março de 2020.
A Voyager 2, a mais de 18,7 mil milhões de quilómetros de distância da Terra e ficando cada vez mais longe, no entanto, foi capaz de receber qualquer comunicação da Terra. A Voyager 2 mandou após 17 horas e 24 minutos um sinal confirmando que havia recebido as instruções e executou os comandos sem emitir em 30 de outubro de 2020.
A sonda deverá ainda percorrer um grande espaço vazio antes de
chegar a outros corpos celestes. Em torno de 14 mil anos ou mais, a
exemplo da sua sonda-irmã Voyager 1, ela emergirá da Nuvem de Oort em direção ao espaço interestelar
absoluto (totalmente fora da influência do campo gravitacional do Sol),
desde que não haja nenhum anteparo físico (detritos ou corpos celestes)
para impedi-la. Em torno de 296.000 anos, ela passará perto da estrela Sirius, a estrela alfa da constelação de Cão Maior e que está a 4,3 anos-luz da Terra.
sábado, abril 27, 2024
Há novidades sobre o planeta anão Plutão e o seu coração...
O mistério do coração de Plutão foi finalmente resolvido
Representação artística do enorme e lento impacto em Plutão que levou à estrutura em forma de coração na sua superfície
Impacto gigante e lento de ângulo oblíquo deu origem ao “coração partido” do anão, verificou nova investigação - que também desmente a presença de um oceano subsuperficial de água líquida no planeta.
O mistério de como Plutão adquiriu uma característica gigante em forma de coração na sua superfície foi finalmente resolvido por uma equipa internacional de astrofísicos liderada pela Universidade de Berna e por membros do NCCR (National Center of Competence in Research) PlanetS.
A equipa é a primeira a reproduzir com sucesso a forma invulgar, através de simulações numéricas, atribuindo-a a um impacto gigante e lento de ângulo oblíquo.
Desde que as câmaras da missão New Horizons da NASA descobriram, em 2015, uma grande estrutura em forma de coração à superfície do planeta anão Plutão, que este “coração” tem intrigado os cientistas devido à sua forma única, composição geológica e elevação.
Uma equipa de cientistas da Universidade de Berna, incluindo vários membros do NCCR PlanetS, e da Universidade do Arizona em Tucson utilizou simulações numéricas para investigar as origens de Sputnik Planitia, a parte ocidental em forma de lágrima da superfície em forma de “coração” de Plutão.
De acordo com a sua investigação, a história inicial de Plutão foi marcada por um evento cataclísmico que formou Sputnik Planitia: uma colisão com um corpo planetário, com cerca de 700 km de diâmetro.
As descobertas da equipa, recentemente publicadas na revista Nature Astronomy, sugerem também que a estrutura interna de Plutão é diferente do que se supunha anteriormente, indicando que não existe um oceano subterrâneo.
Um coração dividido
O “coração”, também conhecido como Tombaugh Regio, captou a atenção do público imediatamente após a sua descoberta. Mas também captou imediatamente o interesse dos cientistas porque está coberto por um material de alto albedo que reflete mais luz do que os seus arredores, criando a sua cor mais branca.
No entanto, o “coração” não é composto por um único elemento. Sputnik Planitia (a parte ocidental) cobre uma área de 1200 por 2000 quilómetros, o que equivale a um-quarto da Europa ou dos Estados Unidos. O que é surpreendente, no entanto, é que esta região é três a quatro quilómetros mais baixa em elevação do que a maior parte da superfície de Plutão.
“A aparência brilhante de Sputnik Planitia deve-se ao facto de estar predominantemente cheia de nitrogénio gelado branco que se move e convecta para alisar constantemente a superfície. Este nitrogénio provavelmente acumulou-se rapidamente após o impacto, devido à mais baixa altitude”, explica o Dr. Harry Ballantyne da Universidade de Berna, autor principal do estudo.
A parte oriental do “coração” está também coberta por uma camada semelhante, mas muito mais fina, de nitrogénio gelado, cuja origem ainda não é clara para os cientistas, mas está provavelmente relacionada com Sputnik Planitia.
Um impacto oblíquo
“A forma alongada de Sputnik Planitia sugere fortemente que o impacto não foi uma colisão frontal direta, mas sim oblíqua“, salienta o Dr. Martin Jutzi da Universidade de Berna, que deu início ao estudo.
Assim, a equipa, tal como várias outras em todo o mundo, utilizou o seu software de simulação SPH (Smoothed Particle Hydrodynamics) para recriar digitalmente tais impactos, variando a composição de Plutão e do objeto impactante, bem como a velocidade e o ângulo. Estas simulações confirmaram as suspeitas dos cientistas sobre o ângulo oblíquo do impacto e determinaram a composição do objeto.
“O núcleo de Plutão é tão frio que as rochas permaneceram muito duras e não derreteram apesar do calor do impacto e, graças ao ângulo e à baixa velocidade, o núcleo do objeto não se afundou no núcleo de Plutão, mas permaneceu intacto, como uma mancha, sobre ele”, explica Harry Ballantyne. “Algures por baixo de Sputnik está o núcleo remanescente de outro corpo massivo, que Plutão nunca chegou a digerir”, acrescenta o coautor Erik Asphaug da Universidade do Arizona.
Esta força do núcleo e a velocidade relativamente baixa foram fundamentais para o sucesso destas simulações: uma força menor resultaria numa superfície muito simétrica que não se parece com a forma de lágrima observada pela New Horizons.
“Estamos habituados a pensar nas colisões planetárias como acontecimentos incrivelmente intensos em que se podem ignorar os pormenores, exceto coisas como a energia, o momento e a densidade. Mas no Sistema Solar distante, as velocidades são muito mais baixas e o gelo sólido é forte, pelo que temos de ser muito mais precisos nos nossos cálculos. É aí que começa a diversão”, diz Erik Asphaug.
As duas equipas têm um longo historial de colaborações conjuntas, explorando desde 2011 a ideia de “salpicos” planetários para explicar, por exemplo, as características do lado oculto da Lua. Depois da nossa Lua e de Plutão, a equipa da Universidade de Berna planeia explorar cenários semelhantes para outros corpos do Sistema Solar exterior, como o planeta anão Haumea, semelhante a Plutão.
Não há um oceano subsuperficial em Plutão
O estudo atual lança também uma nova luz sobre a estrutura interna de Plutão. De facto, é muito mais provável que um impacto gigante como o simulado tenha ocorrido muito cedo na história de Plutão.
No entanto, isto coloca um problema: espera-se que uma depressão gigante como Sputnik Planitia se mova lentamente em direção ao polo do planeta anão devido às leis da física, uma vez que tem um défice de massa, mas paradoxalmente, está perto do equador.
A explicação teórica anterior era que Plutão, tal como vários outros corpos planetários no Sistema Solar exterior, tem um oceano subsuperficial de água líquida. De acordo com esta explicação anterior, a crosta gelada de Plutão seria mais fina na região de Sputnik Planitia, fazendo com que o oceano se avolumasse aí e, como a água líquida é mais densa do que o gelo, acabaria por haver um excedente de massa que induziria a migração para o equador.
No entanto, o novo estudo oferece uma perspetiva alternativa.
“Nas nossas simulações, todo o manto primordial de Plutão é escavado pelo impacto e, à medida que o material do núcleo do objeto impactante “salpica” o núcleo de Plutão, cria um excesso de massa local que pode explicar a migração para o equador sem um oceano subsuperficial ou, no máximo, um oceano muito fino”, explica Martin Jutzi. A Dra. Adeene Denton da Universidade do Arizona, também coautora do estudo, está atualmente a realizar um novo projeto de investigação para estimar a velocidade desta migração.
“Esta nova e inventiva origem para a característica em forma de coração de Plutão pode levar a uma melhor compreensão da origem do planeta anão”, conclui.
in ZAP
Fotografia em cores de Plutão, obtida pela sonda New Horizons em 14 de julho de 2015
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sexta-feira, março 29, 2024
O asteroide 4 Vesta foi descoberto há 217 anos
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quinta-feira, março 28, 2024
O asteroide Palas foi descoberto há duzentos e vinte e dois anos
História
Palas tem sido observado ocultando uma estrela várias vezes. Medições cuidadosamente dos tempos de ocultação tem ajudado a dar um diâmetro preciso.
Mas estima-se que, em conjunto com Ceres, que são os únicos corpos da cintura de asteroides de forma esférica.
Durante a ocultação de 29 de maio de 1979 falou-se da descoberta de um possível satélite diminuto, com um diâmetro de 1 km, ainda não foi confirmada. Como curiosidade, o elemento químico paládio (número atómico 46) foi assim batizado em homenagem ao asteroide Palas.
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sexta-feira, março 15, 2024
O meteorito de Alais, o primeiro a ser reconhecido pelos cientistas como tal, caiu há 218 anos
La météorite d'Alais est l'une des météorites les plus importantes de France. Elle est noire avec une texture friable et lâche, et une faible densité, inférieure à 1,7 g/cm3. Initialement composée de fragments pesant au total 6 kg, elle a fait l'objet d'un examen scientifique approfondi et il n'en reste actuellement que 260 g. Un fragment de 39,3 g est détenu par le Muséum national d'histoire naturelle à Paris.
Composition et classification
La météorite est l'une des cinq météorites connues appartenant au groupe des chondrites CI. Ce groupe est remarquable pour avoir une distribution élémentaire qui a la plus forte similitude avec celle de la nébuleuse solaire. À l'exception de certains éléments volatils, comme le carbone, l'hydrogène, l'oxygène, l'azote et les gaz rares, qui ne sont pas présents dans la météorite, les rapports des éléments sont très similaires. La météorite contient de la cubanite, de la dolomite, de la favorite, de la pyrrhotite et du zircon parmi d'autres minéraux.
Controverse sur l'origine de la vie
La météorite a été au centre d'affirmations controversées sur une origine extraterrestre de la vie depuis la découverte de matière organique sur la météorite par Jöns Jacob Berzelius. Des composés organiques, des acides aminés et de l'eau ont été trouvés dans la météorite. Cependant, les études font la différence entre la matière organique et la matière biologique, cette dernière n'étant pas présente.
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domingo, março 10, 2024
Os anéis do planeta Úrano foram descobertos há 47 anos
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sábado, março 02, 2024
Continua a procura de mais um planeta principal no sistema solar...
O Planeta X (ou Planeta 9) será um gigante gasoso semelhante a Úrano e Neptuno
Os astrónomos estão a rever possíveis locais onde o misterioso Planeta Nove poderá estar escondido, se realmente existir, limitando as suas pesquisas.
Encontrar planetas a orbitar outras estrelas é relativamente simples, comparativamente com a procura pelo Planeta Nove, também conhecido como Planeta X.
Quando um planeta passa em frente a uma estrela que estamos a observar, ocorre uma pequena queda na luz detetada. Através desse método de trânsito, milhares de exoplanetas foram descobertos nos últimos anos.
No entanto, esse método não é útil para encontrar planetas no nosso próprio Sistema Solar, já que apenas Vénus e Mercúrio transitam diante do nosso Sol e ambos são visíveis a olho nu. Saturno, Júpiter e Marte foram identificados simplesmente a olhar para o céu e a localizar objetos brilhantes.
Úrano foi descoberto em 1781 por William Herschel, que notou que um objeto brilhante havia se movido em relação a outras estrelas.
Já Neptuno foi descoberto em 1846 por Urbain Le Verrier, que percebeu uma discrepância entre a órbita prevista de Úrano e a sua órbita real. Le Verrier sugeriu a existência de outro planeta além de Úrano, o que levou à descoberta de Neptuno.
A procura pelo Planeta Nove foi impulsionada em 2015, quando dois astrónomos do Caltech encontraram provas de que seis objetos, além da órbita de Neptuno, estavam agrupados de uma maneira que sugeria a influência de um grande objeto com forte gravidade.
Agora, segundo o IFL Science, essa mesma equipa reduziu ainda mais os possíveis locais onde o Planeta Nove poderia estar, embora ainda não tenha sido encontrado.
Num novo estudo publicado no The Astronomical Journal, os investigadores usaram dados do Pan-STARRS1 para descartar 78% dos locais anteriormente considerados como possíveis esconderijos do Planeta X. O facto de terem reduzido a área de procura é um progresso significativo.
Algumas áreas de interesse incluem regiões próximas ao plano galáctico, que serão investigadas pelo futuro Observatório Vera Rubin. A equipa também considerou possíveis razões para não terem encontrado o Planeta Nove ainda.
“Uma possibilidade é que o Planeta Nove simplesmente não exista“, disseram os investigadores. “Até que tenhamos explicações alternativas para os fenómenos observados no Sistema Solar exterior, continuamos a considerar o Planeta Nove como a explicação mais provável”.
Outra possibilidade é que o Planeta X esteja mais distante e seja mais massivo do que se pensava anteriormente, o que dificultaria a sua deteção.
No entanto, os astrónomos acreditam que o Planeta Nove é a melhor explicação para as órbitas peculiares observadas nos confins do Sistema Solar.
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A sonda Pioneer 10 foi lançada há cinquenta e dois anos
As Pioneer 10 e 11 receberam no seu corpo principal placas de ouro com uma mensagem com a imagem humana, caso a Pioneer 10 ou 11 fossem intercetadas por seres extraterrestres inteligentes.
Devido às características das órbitas da Terra e de Júpiter, a cada treze meses surge uma janela de lançamento que permite uma viagem interplanetária mais económica em termos energéticos (menos combustível e como tal, menos peso), foi definido que se iriam construir duas sondas idênticas a serem lançadas com um intervalo de treze meses. A primeira (a Pioneer 10) a ser lançada em 1972 e a segunda (a Pioneer 11) em 1973. O programa foi aprovado em fevereiro de 1969, definindo, a partida, três grandes objetivos para a missão:- Explorar o meio interplanetário para além da órbita de Marte;
- Investigar a cintura de asteróides e verificar os perigos que esta representa para as sondas nas missões para além da órbita de Marte, e
- Explorar o sistema de Júpiter.
A 2 de março de 1972 um lançador Atlas-Centaur colocou a sonda numa trajetória em direção a Júpiter (adquirindo nesse momento a sua designação definitiva de Pioneer 10) a uma velocidade de 51.680 km/h (na altura, representava a mais elevada velocidade de qualquer artefacto feito pelo homem). Após a sua separação do andar Centaur, a sonda articula as vigas de suporte dos RTG para a sua posição final.
Após a passagem por Júpiter, a sonda seguiu numa trajetória que a levará para fora do sistema solar. Passa em 1976 pela órbita de Saturno, em 1980 pela órbita de Úrano e em 1983 pela de Plutão.
O último sinal recebido pela Pioneer 10 foi em 23 de janeiro de 2003. Até ao seu último sinal ela continuou enviando informações do sistema solar exterior. Em 1980 uma aceleração anómala foi notada a partir da análise de dados da Pioneer 10 e Pioneer 11. O problema é conhecido como Anomalia das Pioneers e foi observado noutras sondas como a Galileu e a Ulisses.
A validação das tecnologias e protocolos envolvidos permitiram e abriram caminho ao desenvolvimento do projecto Mariner Jupiter-Saturn Mission que em 1977 lançou duas sondas para Júpiter e Saturno com as designações de Voyager 1 e Voyager 2.
Em outubro de 2005 a Pioneer 10 encontrava-se a uma distância do Sol de 89,1 UA (Unidades Astronómicas) afastando-se do Sol a uma velocidade de 12,2 km/s.
Em outubro de 2009, a sonda atingiu a marca de 100 UA (15 mil milhões de km) de distância do Sol, tornando-se o segundo mais distante objeto existente produzido pela humanidade, perdendo apenas para a sonda Voyager 1.
Daqui a cerca de 14.000 anos ou pouco mais, a sonda ultrapassará os limites da Nuvem de Oort, saindo assim do sistema solar (influência do campo magnético do Sol). A sua posição atual situa-se na constelação de Touro, para onde se encaminha a uma velocidade relativa de 2,6 UA por ano, na direção da estrela Aldebarã (Alfa de Touro) onde chegará daqui a cerca de 2.000.000 de anos, caso resista.
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terça-feira, fevereiro 27, 2024
Cresceu a família da Terra...
Urano e Neptuno têm companhia: três novas luas
Urano (esquerda) e Neptuno (direita) têm novas luas
Uma equipa de astrónomos da Carnegie Science descobriu três novas luas: uma pertencente a Urano e as outras duas a Neptuno.
O Sistema Solar tem três novos membros lunares—o primeiro novo satélite de Urano descoberto em mais de 20 anos,
provavelmente o menor, bem como dois novos satélites de Neptuno, um dos
quais é o satélite mais ténue alguma vez descoberto por telescópios
terrestres.
As descobertas foram anunciadas pelo Centro de Planetas Menores da União Astronómica Internacional.
As três luas recém-descobertas são as mais fracas já encontradas em torno de Urano e Neptuno, dois planetas gigantes gelados.
Segundo o comunicado da equipa, o novo membro uraniano, detetado pela primeira vez a 4 de novembro do ano passado, eleva o número total de luas do planeta para 28. Com apenas 8 quilómetros, é, muito provavelmente, a mais pequena lua de Urano e demora 680 dias para orbitar o planeta.
“Os três novos satélites descobertos são os mais ténues alguma vez encontrados em torno destes planetas gigantes de gelo com o uso de telescópios terrestres”, explica o astrónomo norte-americano Scott Sheppard . “Foi necessário um processamento especial de imagem para revelar tais objetos ténues.”
A nova lua de Urano, S/2023 U1
S/2023 U1 – assim batizada – irá receber um novo nome, eventualmente o de uma personagem de uma peça de Shakespeare, de acordo com as convenções de nomenclatura para os satélites externos de Urano.
Já as duas luas de Neptuno foram vistas, pela primeira vez, em setembro de 2021. As observações de acompanhamento acabaram por revelar que uma delas é a lua mais brilhante a orbitar o planeta: S/2002 N5 tem cerca de 23 quilómetros de tamanho e demora quase 9 anos para orbitar o gigante gelado.
Por sua vez, a lua mais fraca tem uma designação provisória S/2021 N1 e mede cerca de 14 quilómetros, com uma órbita de quase 27 anos.
Ambas as luas vão receber nomes permanentes baseados nas 50 deusas nereidas do mar da mitologia grega.
Os cientistas realçam que as três luas de Urano e Neptuno têm órbitas distantes, excêntricas e inclinadas, o que sugere que terão sido capturadas pela gravidade dos planetas durante ou logo após a sua formação.