sexta-feira, março 29, 2024
O asteroide 4 Vesta foi descoberto há 217 anos
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quinta-feira, março 28, 2024
O asteroide Palas foi descoberto há duzentos e vinte e dois anos
História
Palas tem sido observado ocultando uma estrela várias vezes. Medições cuidadosamente dos tempos de ocultação tem ajudado a dar um diâmetro preciso.
Mas estima-se que, em conjunto com Ceres, que são os únicos corpos da cintura de asteroides de forma esférica.
Durante a ocultação de 29 de maio de 1979 falou-se da descoberta de um possível satélite diminuto, com um diâmetro de 1 km, ainda não foi confirmada. Como curiosidade, o elemento químico paládio (número atómico 46) foi assim batizado em homenagem ao asteroide Palas.
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sexta-feira, março 15, 2024
O meteorito de Alais, o primeiro a ser reconhecido pelos cientistas como tal, caiu há 218 anos
La météorite d'Alais est l'une des météorites les plus importantes de France. Elle est noire avec une texture friable et lâche, et une faible densité, inférieure à 1,7 g/cm3. Initialement composée de fragments pesant au total 6 kg, elle a fait l'objet d'un examen scientifique approfondi et il n'en reste actuellement que 260 g. Un fragment de 39,3 g est détenu par le Muséum national d'histoire naturelle à Paris.
Composition et classification
La météorite est l'une des cinq météorites connues appartenant au groupe des chondrites CI. Ce groupe est remarquable pour avoir une distribution élémentaire qui a la plus forte similitude avec celle de la nébuleuse solaire. À l'exception de certains éléments volatils, comme le carbone, l'hydrogène, l'oxygène, l'azote et les gaz rares, qui ne sont pas présents dans la météorite, les rapports des éléments sont très similaires. La météorite contient de la cubanite, de la dolomite, de la favorite, de la pyrrhotite et du zircon parmi d'autres minéraux.
Controverse sur l'origine de la vie
La météorite a été au centre d'affirmations controversées sur une origine extraterrestre de la vie depuis la découverte de matière organique sur la météorite par Jöns Jacob Berzelius. Des composés organiques, des acides aminés et de l'eau ont été trouvés dans la météorite. Cependant, les études font la différence entre la matière organique et la matière biologique, cette dernière n'étant pas présente.
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domingo, março 10, 2024
Os anéis do planeta Úrano foram descobertos há 47 anos
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sábado, março 02, 2024
Continua a procura de mais um planeta principal no sistema solar...
Úrano foi descoberto em 1781 por William Herschel, que notou que um objeto brilhante havia se movido em relação a outras estrelas.
Já Neptuno foi descoberto em 1846 por Urbain Le Verrier, que percebeu uma discrepância entre a órbita prevista de Úrano e a sua órbita real. Le Verrier sugeriu a existência de outro planeta além de Úrano, o que levou à descoberta de Neptuno.
A procura pelo Planeta Nove foi impulsionada em 2015, quando dois astrónomos do Caltech encontraram provas de que seis objetos, além da órbita de Neptuno, estavam agrupados de uma maneira que sugeria a influência de um grande objeto com forte gravidade.
Agora, segundo o IFL Science, essa mesma equipa reduziu ainda mais os possíveis locais onde o Planeta Nove poderia estar, embora ainda não tenha sido encontrado.
Num novo estudo publicado no The Astronomical Journal, os investigadores usaram dados do Pan-STARRS1 para descartar 78% dos locais anteriormente considerados como possíveis esconderijos do Planeta X. O facto de terem reduzido a área de procura é um progresso significativo.
Algumas áreas de interesse incluem regiões próximas ao plano galáctico, que serão investigadas pelo futuro Observatório Vera Rubin. A equipa também considerou possíveis razões para não terem encontrado o Planeta Nove ainda.
“Uma possibilidade é que o Planeta Nove simplesmente não exista“, disseram os investigadores. “Até que tenhamos explicações alternativas para os fenómenos observados no Sistema Solar exterior, continuamos a considerar o Planeta Nove como a explicação mais provável”.
Outra possibilidade é que o Planeta X esteja mais distante e seja mais massivo do que se pensava anteriormente, o que dificultaria a sua deteção.
No entanto, os astrónomos acreditam que o Planeta Nove é a melhor explicação para as órbitas peculiares observadas nos confins do Sistema Solar.
in ZAP
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A sonda Pioneer 10 foi lançada há cinquenta e dois anos
As Pioneer 10 e 11 receberam no seu corpo principal placas de ouro com uma mensagem com a imagem humana, caso a Pioneer 10 ou 11 fossem intercetadas por seres extraterrestres inteligentes.
Devido às características das órbitas da Terra e de Júpiter, a cada treze meses surge uma janela de lançamento que permite uma viagem interplanetária mais económica em termos energéticos (menos combustível e como tal, menos peso), foi definido que se iriam construir duas sondas idênticas a serem lançadas com um intervalo de treze meses. A primeira (a Pioneer 10) a ser lançada em 1972 e a segunda (a Pioneer 11) em 1973. O programa foi aprovado em fevereiro de 1969, definindo, a partida, três grandes objetivos para a missão:- Explorar o meio interplanetário para além da órbita de Marte;
- Investigar a cintura de asteróides e verificar os perigos que esta representa para as sondas nas missões para além da órbita de Marte, e
- Explorar o sistema de Júpiter.
A 2 de março de 1972 um lançador Atlas-Centaur colocou a sonda numa trajetória em direção a Júpiter (adquirindo nesse momento a sua designação definitiva de Pioneer 10) a uma velocidade de 51.680 km/h (na altura, representava a mais elevada velocidade de qualquer artefacto feito pelo homem). Após a sua separação do andar Centaur, a sonda articula as vigas de suporte dos RTG para a sua posição final.
Após a passagem por Júpiter, a sonda seguiu numa trajetória que a levará para fora do sistema solar. Passa em 1976 pela órbita de Saturno, em 1980 pela órbita de Úrano e em 1983 pela de Plutão.
O último sinal recebido pela Pioneer 10 foi em 23 de janeiro de 2003. Até ao seu último sinal ela continuou enviando informações do sistema solar exterior. Em 1980 uma aceleração anómala foi notada a partir da análise de dados da Pioneer 10 e Pioneer 11. O problema é conhecido como Anomalia das Pioneers e foi observado noutras sondas como a Galileu e a Ulisses.
A validação das tecnologias e protocolos envolvidos permitiram e abriram caminho ao desenvolvimento do projecto Mariner Jupiter-Saturn Mission que em 1977 lançou duas sondas para Júpiter e Saturno com as designações de Voyager 1 e Voyager 2.
Em outubro de 2005 a Pioneer 10 encontrava-se a uma distância do Sol de 89,1 UA (Unidades Astronómicas) afastando-se do Sol a uma velocidade de 12,2 km/s.
Em outubro de 2009, a sonda atingiu a marca de 100 UA (15 mil milhões de km) de distância do Sol, tornando-se o segundo mais distante objeto existente produzido pela humanidade, perdendo apenas para a sonda Voyager 1.
Daqui a cerca de 14.000 anos ou pouco mais, a sonda ultrapassará os limites da Nuvem de Oort, saindo assim do sistema solar (influência do campo magnético do Sol). A sua posição atual situa-se na constelação de Touro, para onde se encaminha a uma velocidade relativa de 2,6 UA por ano, na direção da estrela Aldebarã (Alfa de Touro) onde chegará daqui a cerca de 2.000.000 de anos, caso resista.
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terça-feira, fevereiro 27, 2024
Cresceu a família da Terra...
Urano e Neptuno têm companhia: três novas luas
Uma equipa de astrónomos da Carnegie Science descobriu três novas luas: uma pertencente a Urano e as outras duas a Neptuno.
O Sistema Solar tem três novos membros lunares—o primeiro novo satélite de Urano descoberto em mais de 20 anos,
provavelmente o menor, bem como dois novos satélites de Neptuno, um dos
quais é o satélite mais ténue alguma vez descoberto por telescópios
terrestres.
As descobertas foram anunciadas pelo Centro de Planetas Menores da União Astronómica Internacional.
As três luas recém-descobertas são as mais fracas já encontradas em torno de Urano e Neptuno, dois planetas gigantes gelados.
Segundo o comunicado da equipa, o novo membro uraniano, detetado pela primeira vez a 4 de novembro do ano passado, eleva o número total de luas do planeta para 28. Com apenas 8 quilómetros, é, muito provavelmente, a mais pequena lua de Urano e demora 680 dias para orbitar o planeta.
“Os três novos satélites descobertos são os mais ténues alguma vez encontrados em torno destes planetas gigantes de gelo com o uso de telescópios terrestres”, explica o astrónomo norte-americano Scott Sheppard . “Foi necessário um processamento especial de imagem para revelar tais objetos ténues.”
S/2023 U1 – assim batizada – irá receber um novo nome, eventualmente o de uma personagem de uma peça de Shakespeare, de acordo com as convenções de nomenclatura para os satélites externos de Urano.
Já as duas luas de Neptuno foram vistas, pela primeira vez, em setembro de 2021. As observações de acompanhamento acabaram por revelar que uma delas é a lua mais brilhante a orbitar o planeta: S/2002 N5 tem cerca de 23 quilómetros de tamanho e demora quase 9 anos para orbitar o gigante gelado.
Por sua vez, a lua mais fraca tem uma designação provisória S/2021 N1 e mede cerca de 14 quilómetros, com uma órbita de quase 27 anos.
Ambas as luas vão receber nomes permanentes baseados nas 50 deusas nereidas do mar da mitologia grega.
Os cientistas realçam que as três luas de Urano e Neptuno têm órbitas distantes, excêntricas e inclinadas, o que sugere que terão sido capturadas pela gravidade dos planetas durante ou logo após a sua formação.
quinta-feira, fevereiro 08, 2024
O meteorito de Allende caiu, no México, há 55 anos...!
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domingo, janeiro 21, 2024
John Couch Adams, astrónomo que previu a existência de Neptuno, morreu há 132 anos
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domingo, outubro 22, 2023
A sonda Venera 9 aterrou em Vénus há 48 anos
Maquete da Venera 9 - o aterrizador estava alojado dentro da esfera
A Venera 9 foi uma sonda espacial enviada a Vénus e fazia parte do Programa Venera, desenvolvido pelo programa espacial soviético e era essencialmente idêntica à Venera 10.
sábado, outubro 21, 2023
Notícia interessante sobre o astro rei...
Cientistas desvendaram o maior enigma do Sol
A temperatura da coroa solar é surpreendentemente maior do que a da sua superfície, apesar de estar bastante mais longe da fonte de calor. Este facto constitui um mistério há mais de 80 anos, mas pode ter sido explicado.
A coroa solar atinge temperaturas arrasadoras de um milhão de graus Celsius, enquanto as temperaturas da superfície solar se mantêm nos 6 mil - apesar da coroa se situar bastante mais longe da fonte de calor do Sol.
Sendo assim, porque é que este envolto luminoso é tão quente? Há décadas que os cientistas se contorcem para tentar responder a este grande mistério. Agora, esse dia pode ter chegado.
Na superfície da grande estrela, foram descobertas pequenas ondas magnéticas a mover-se rapidamente. Estas ondas, segundo o Space, produzem grandes quantidades de energia e podem mesmo explicar, segundo novos cálculos, o estranho sobreaquecimento da coroa solar.
As provas de que ondas magnéticas estão na origem deste fenómeno, acumuladas há mais de 80 anos, são incontornáveis, mas nunca chegaram à raiz do enigma. No entanto, até agora, nunca tinham sido detetadas ondas tão rápidas e com tanta capacidade de produção energética como estas de 10 mil quilómetros de distância.
As novas imagens que revelam as rápidas ondas foram capturadas pela EUI, uma câmara de alta resolução instalada no Solar Orbiter (SOLO), satélite artificial desenvolvido pela Agência Espacial Europeia, que desde 2020 tem encontrado indicadores de processos que têm um papel no mistério da coroa.
Enquanto os telescópios terrestres têm, de facto, a capacidade de capturar imagens do Sol com melhor qualidade, o SOLO reserva a vantagem de capturar as imagens mais próximas do centro do nosso Sistema Solar, aproximando-se do Sol a menos de 77 milhões de quilómetros, ficando mais próximo do que a órbita de Mercúrio, o planeta mais próximo da estrela que nos dá luz.
“Uma vez que os resultados indicaram um papel fundamental para as oscilações rápidas no aquecimento da coroa, vamos dedicar muita da nossa atenção ao desafio de descobrir frequências magnéticas mais altas com o EUI”, disse o principal investigador do instrumento e físico solar do Observatório da Bélgica, David Berghmans.
A coroa solar torna-se mais visível durante um eclipse total do Sol, quando a Lua bloqueia a luz solar direta e revela a brilhante aura em torno do disco escurecido do Sol. Durante esse raro fenómeno, os cientistas podem estudar a coroa com maior eficácia. Compreender a coroa é fundamental para prever o comportamento do Sol e proteger tecnologias sensíveis à radiação solar.
in ZAP
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sexta-feira, setembro 15, 2023
O sistema solar pode voltar a ter nove planetas principais...
O Sistema Solar pode ter um nono planeta (e não é Plutão)
Todos nós costumávamos pensar que havia nove planetas. Mas em 2006 o Sistema Solar ficou com apenas oito planetas, quando Plutão deixou de ser classificado como tal.
Mas ainda é possível que haja um planeta além de Neptuno – possivelmente muito além dele? Nos últimos vinte anos, fizemos avanços significativos na exploração do sistema solar exterior.
Estamos a falar do que é conhecido como Espaço Transneptuniano, a noite eterna além do reino dos planetas gigantes. E nesta exploração deparamo-nos com uma surpreendente população de habitantes, os chamados Objetos Trans-Neptunianos Extremos, cujas características peculiares têm suscitado intenso debate na comunidade científica.
Alguns pesquisadores veem nessa população a manifestação de uma presença invisível, um novo planeta ainda não descoberto nos confins escuros e frios do nosso Sistema Solar. Outros, no entanto, pensam que tal planeta não existe e que essas peculiaridades transneptunianas extremas se devem à incompletude das nossas observações limitadas, os chamados “vieses de observação”.
Um hipotético mundo enorme e distante
Este planeta hipotético é provisoriamente conhecido como Planeta 9. Acredita-se que o Planeta 9 não seja um objeto pequeno como Plutão ou como muitos outros objetos transneptunianos que foram descobertos nos últimos anos. Simulações detalhadas foram criadas para teorizar sobre as características que o corpo poderia ter para produzir os efeitos observados, e a conclusão é que deve ser um planeta muito grande, com 4 a 8 vezes a massa da Terra.
Também deve estar extremamente longe do Sol: algo como dez vezes a distância de Plutão. Provavelmente ainda mais.
Se existir, seria um novo tipo de planeta, diferente dos outros que conhecemos atualmente no sistema solar. Os nossos vizinhos planetários são basicamente classificados em dois tipos. Eles são pequenos mundos rochosos com uma superfície sólida (Mercúrio, Vénus, Terra e Marte) ou são gigantes gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno).
O Planeta 9 cairia em algum lugar entre essas categorias. Pode ser o que é conhecido como Super-Terra, um planeta rochoso maior que o nosso, ou Sub-Neptuno, um mundo gasoso menos massivo e ligeiramente menor que Neptuno.
Já localizamos planetas como este em torno de outras estrelas, mas, estando tão distantes, sabemos muito pouco sobre eles. Descobrir um no nosso próprio Sistema Solar abriria as portas para estudar em detalhes uma categoria de planetas quase desconhecida hoje.
A longa jornada do asteroide CNEOS14
Como poderíamos detetar este Planeta 9? Não é fácil. Estando tão longe, o seu brilho seria extremamente fraco e precisaríamos de poderosos telescópios. O problema é que esses telescópios costumam ter um campo de visão muito pequeno.
É como usar um microscópio para digitalizar uma área muito grande em busca de algo pequeno que deixamos cair. Nos últimos anos, esforços observacionais significativos foram feitos para tentar descobrir esse mundo indescritível – até agora sem sucesso.
Há alguns meses, foi publicado um artigo científico de dois investigadores de Harvard afirmando que um meteorito (CNEOS14) que caiu no Pacífico em 2014 não era um objeto do nosso Sistema Solar.
Este seria o primeiro objeto interestelar que detetamos, um pequeno asteroide de aproximadamente um metro de diâmetro que impactou o nosso planeta enquanto viajava pelo Sistema Solar a 60 quilómetros por segundo.
Esta alta velocidade é precisamente o que levou os investigadores a determinar a sua proveniência como visitante de outras estrelas. Para fazer isso, eles primeiro tiveram que descartar que o objeto tinha sido acelerado ou desviado pela gravidade de um planeta do nosso Sistema Solar, o que é fácil de verificar reconstruindo a sua trajetória e vendo se ele passou perto de algum dos planetas conhecidos. Neste caso, o asteroide não tinha passado perto de nenhum planeta conhecido.
Mas, e se CNEOS14 tivesse interagido com um planeta ainda não conhecido durante a sua jornada pelo Sistema Solar? Esta foi a pergunta que um novo estudo fez.
Uma incrível coincidência
A primeira pista de que poderia haver uma conexão entre o meteorito CNEOS14 e o Planeta 9 apareceu quando foi traçada num mapa celeste a órbita que o planeta deveria ter, de acordo com as simulações mais detalhadas, e sobreposta a origem do CNEOS14.
Foi descoberta uma coincidência impressionante entre a origem do meteorito e a região onde as simulações preveem que o Planeta 9 é mais provável de ser encontrado. A probabilidade de tal coincidência ser resultado do acaso é da ordem de 1%.
Seguindo essa linha de pensamento, foram feitas simulações que reconstroem a trajetória do CNEOS14 e foram encontradas outras três anomalias estatísticas que seriam altamente improváveis num objeto vindo diretamente do meio interestelar.
Combinando a probabilidade dessas irregularidades, descobriu-se que ou há algo que não entendemos sobre objetos no meio interestelar ou há 99,9% de probabilidade de que o CNEOS14 tenha encontrado um planeta desconhecido no Sistema Solar externo – e esse novo mundo estar localizado exatamente na região prevista pelas simulações.
Essas coincidências e anomalias estatísticas levaram os autores a formular a “hipótese do mensageiro”, referindo-se ao uso do termo “mensageiro” na astrofísica para designar partículas que nos trazem informações dos corpos celestes. De acordo com esta hipótese, o CNEOS14 talvez tenha sido desviado por um objeto massivo desconhecido no Sistema Solar externo, possivelmente o Planeta 9, há entre 30 e 60 anos.
Se a conjetura estiver correta, traçando a trajetória do CNEOS14 para trás no tempo, encontraríamos a localização do Planeta 9 que, segundo os cálculos, estaria muito próximo do ponto onde as constelações de Áries, Touro e Cetus se encontram.
Está em curso uma campanha de observação no Observatório Javalambre (Teruel) para realizar esta busca. A tarefa ainda é difícil e vai levar tempo e trabalho, porque o campo a ser pesquisado ainda é grande e o objeto procurado é muito escuro, mas agora parece factível.
CNEOS14 pode estar a indicar a posição do Planeta 9 para nós. Ou talvez seja apenas uma grande coincidência cósmica. De qualquer forma, é uma bela história à qual poderíamos aplicar o velho ditado italiano de que se non è vero è ben trovato (mesmo que não seja verdade, está bem concebido) – expressão que, aliás, é atribuída a um astrónomo, o renascentista Frei Giordano Bruno.
Adaptado e corrigido de ZAP
terça-feira, setembro 05, 2023
A Voyager 1 foi lançada há 46 anos...
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domingo, agosto 20, 2023
A sonda Voyager 2 foi lançada há 46 anos
Utilizou uma técnica de auxílio a navegação que utiliza a atração gravítica dos planetas aos quais se aproxima. Esta técnica permite às sondas receberem uma aceleração e uma alteração de direção por forma a serem colocadas numa nova direção que as leve a um novo destino. Desta forma, as sondas podem ser construídas de forma mais leve (não necessitam de tanto combustível para aceleração e mudanças de direção), mas implica uma grande precisão nas aproximações aos planetas a visitar.
A sonda aproximou-se de Júpiter em 9 de julho de 1979, a uma distância de 570.000 quilómetros. Ela descobriu alguns anéis ao redor de Júpiter, assim como a atividade vulcânica na lua Io. Dois novos satélites de pequeno porte, Adrastea e Metis. foram encontrados orbitando. Um terceiro satélite novo, Tebe, foi descoberto entre as órbitas de Amalteia e Io. A sonda em seguida visitou Saturno, em 25 de janeiro de 1981, a uma distância de 101.000 quilómetros da superfície do planeta. Em seguida, visitou Urano, em 24 de janeiro de 1986.
Uma das novidades foi a descoberta de 11 satélites naturais (Cordélia, Ofélia, Bianca, Cressida, Desdemona, Juliet, Portia, Rosalinda, Belinda, Perdita e Puck) e de um anel ao redor de Urano. Também descobriu-se que o Polo Sul de Urano estava apontado diretamente para o Sol. Depois de visitar Urano, a sonda dirigiu-se em direção a Neptuno, até que chegou lá em agosto em 1989, também chegando a pesquisar seu satélite natural Tritão. Após a passagem pela órbita de Plutão, a Voyager 2 iniciou a sua saída do Sistema Solar.
A sonda tem, anexado a sua parte externa, um disco fonográfico feito de ouro intitulado "Sounds of the Earth" (Sons da Terra), com uma hora e meia de música e alguns sons da natureza do planeta Terra. O disco traz instruções de uso e a frase "For makers of music of all worlds and all times" ("Para os produtores de música de todos os mundos e todos os tempos"). O objetivo deste disco é levar dados da Terra para uma possível civilização exterior.
Em maio de 2010, a sonda alcançou a distância de 92 UA do Sol, a uma velocidade de 3,3 UA por ano (15,4 km/s), localizando-se na constelação de Telescópio. Prevê-se que, depois de 2030, a sonda perderá contacto com a Terra.
Em 2020 a Voyager 2 encontra-se no espaço inter-estelar, a mais de 13,5 mil milhões de quilómetros da Terra (Plutão fica a uma distância média de cerca de 6 mil milhões de quilómetros do Sol). Em novembro de 2020, a NASA recuperou as comunicações com a sonda, após melhorias feitas à antena Deep Space Station 43 na Austrália, que é a única que tem capacidade para comunicar com a nave. As comunicações ficaram suspensas desde que a antena deu início a trabalhos de reparação e melhoramentos em março de 2020.
A Voyager 2, a mais de 18,7 mil milhões de quilómetros de distância da Terra e ficando cada vez mais longe, no entanto, foi capaz de receber qualquer comunicação da Terra. A Voyager 2 mandou após 17 horas e 24 minutos um sinal confirmando que havia recebido as instruções e executou os comandos sem emitir em 30 de outubro de 2020.
A sonda deverá ainda percorrer um grande espaço vazio antes de
chegar a outros corpos celestes. Em torno de 14 mil anos ou mais, a
exemplo da sua sonda-irmã Voyager 1, ela emergirá da Nuvem de Oort em direção ao espaço interestelar
absoluto (totalmente fora da influência do campo gravitacional do Sol),
desde que não haja nenhum anteparo físico (detritos ou corpos celestes)
para impedi-la. Em torno de 296.000 anos, ela passará perto da estrela Sirius, a estrela alfa da constelação de Cão Maior e que está a 4,3 anos-luz da Terra.
quinta-feira, agosto 03, 2023
Notícia sobre a idade dos planetas do sistema solar...
Qual é o planeta mais novo do Sistema Solar? E o mais antigo?
Normalmente, a idade dos corpos astronómicos sólidos é baseada no número de crateras na sua superfície.
Há cerca de cinco mil milhões de anos, estima-se, o Sol começou um comportamento transformador: passou a transformar hidrogénio em hélio no seu núcleo, tornando-se uma estrela de pleno-direito.
Era, na altura, um Sol bebé rodeado por um disco de material — principalmente hidrogénio da nebulosa que formou, mas também moléculas mais complexas. As interações neste disco produziram grãos gelados e poeirentos que cresceram e interagiram com outros.
Simultaneamente, partes gaseificadas deste disco também se podem ter separado do resto. E, a partir deste caos, surgiram planetas, descreve o IFL Science.
O primeiro terá sido Júpiter, daí que se tenha tornado tão grande e forte, muito maior do que qualquer outro planeta. De facto, tem uma massa equivalente a 318 Terras. Devido à sua dimensão, o ponto em torno do qual Júpiter orbita o Sol — não é o centro do Sol, mas apenas fora da sua superfície. Assim, Júpiter nem sequer orbita precisamente o Sol.
Perto de Júpiter, Saturno também começou a crescer, seguido por Neptuno e Úrano. Apesar de na altura os dois últimos já estarem bem encaminhados, Júpiter e Saturno já tinham varrido uma grande parte do gás no Sistema Solar para o exterior.
Durante este tempo, no Sistema Solar interior, quatro planetas rochosos e um planeta anão estavam a emergir dos escombros espalhados. O protoplaneta — condensação de matéria que constitui a fase inicial na evolução de um planeta — rochoso demorou muito mais tempo a emergir, já que dependia da colisões entre dois corpos rochosos.
Marte pode ter atingido o seu tamanho atual rapidamente, mais rápido do que a Terra e Vénus de qualquer forma, mas não é possível apontar o momento exato. Normalmente, a idade dos corpos astronómicos sólidos é baseada no número de crateras na sua superfície, mas os objetos celestes que sofreram alterações da superfície tornam a estimativa complicada.
Qual é o planeta mais jovem do Sistema Solar?
Embora faça sentido que Júpiter seja o mais velho com base nos modelos em modelos de formação, não é tão fácil encontrar o mais novo. Há abordagens alternativas, como a necessidade dos planetas de terem a sua massa volumétrica no lugar, assim como de terem propriedades consistentes com as atuais. Entre os mais novos, torna-se uma corrida de dois cavalos entre a Terra e Úrano.
A razão pela qual estes mundos improváveis emergem como os mais jovens tem a ver com o facto de ambos terem sofrido colisões maciças. Por exemplo, é provável que os primórdios da Terra tenham colidido com Theia, um planetóide do tamanho de Marte, e desse acontecimento tenha resultado a Lua. O fenómeno terá acontecido há 4,5 mil milhões de anos.
Já a Lua levou cerca de 200 milhões de anos para se solidificar. A Terra abalada precisaria de um pouco mais de tempo para se tornar o que é hoje, com a formação de oceanos e placas tectónicas, talvez há 3,6 mil milhões de anos.
Entre 3 e 4 mil milhões de anos atrás, Úrano colidiu com um planeta do tamanho da Terra que abalou o seu interior, inverteu-o e criou o campo magnético mais estranho.
Assim, quando se trata de qual é o planeta mais jovem, é preciso definir uma estratégia para chegar a uma conclusão sólida. Para não mencionar, a definição de planeta pode facilmente tornar-se limitativa e controversa, basta pensar no pequeno Plutão.
in ZAP
Postado por Fernando Martins às 15:39 0 bocas
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