quarta-feira, dezembro 29, 2021

Os garimpeiros de Serra Pelada foram massacrados há 34 anos

Imagem da Ponte Mista de Marabá, que foi bloqueada no dia do Massacre
   
O Massacre de São Bonifácio ou Guerra da Ponte foi um conflito que ocorreu a 29 de dezembro de 1987 na cidade de Marabá, entre os garimpeiros de Serra Pelada e a Polícia Militar do Pará, com o auxílio do Exército Brasileiro. A manifestação que gerou o conflito bloqueou o acesso à Ponte Mista de Marabá e pedia a reabertura do garimpo de Serra Pelada.
O conflito tem características muito semelhantes aos do massacre dos sem-terra em Eldorado dos Carajás, em 1996. Contudo este ocorreu dez anos antes, na ponte sobre o Rio Tocantins, no caminho das locomotivas que transportam minério de Carajás para Itaqui, no Maranhão.
Este massacre é nomeado desta forma devido ao facto de que ele ocorreu num dos dias litúrgicos de Papa São Bonifácio I. A maioria dos garimpeiros era devoto católico, e naquele dia clamava pela unidade de luta dos trabalhadores, mimetizando o Papa São Bonifácio I, que clamou pela unidade da igreja. Alguns fontes se referem ao caso como o "Massacre da Ponte" ou "Chacina da Ponte".
  
Antecedentes
As prováveis causas do surgimento de tal conflito foram a desativação da Serra Pelada e a insatisfação dos garimpeiros pela falta de condições de trabalho no garimpo. A manifestação, portanto - em primeiro momento pacífica - era uma forma de chamar a atenção das autoridades nacionais para a questão do garimpo.
De facto, entretanto, a revolta começou no ano anterior, quando o garimpeiro João Edson Borges foi espancado e morto por um polícia. Como reação, um polícia foi morto e a Polícia Militar acabou expulsa de Serra Pelada. Dali em diante, os garimpeiros receberam ameaças de vingança.
  
Protestos
Os garimpeiros organizaram-se em dezembro de 1987 e foram para Marabá, para solucionar tal impasse. Os garimpeiros haviam deixado Serra Pelada na madrugada do dia anterior. Queriam o rebaixamento da cava do garimpo. Após percorrerem, em autocarros e camiões, 160 quilómetros, eles acamparam na cidade, não havendo movimentações políticas para a resolução ou negociação das reivindicações. Então aproximadamente mil garimpeiros se deslocaram até à Ponte Mista de Marabá - trecho da BR-155 a mesma estrada onde ocorreu mais tarde o Massacre de Eldorado dos Carajás - e bloquearam o acesso de veículos, pessoas e das locomotivas que circulavam no Caminho de Ferro de Carajás (que também atravessa a ponte), a fim de chamar atenção para sua manifestação. A ponte bloqueada é a principal ligação entre os distritos periféricos e o centro da cidade, além de fazer a ligação rodoviária e ferroviária de Marabá com a costa norte do Brasil. Na serra, sob o comando de Victor Hugo Rosa, permaneceram dez mil "formigas" (garimpeiros) em assembleia, acompanhando colegas e recolhendo comida para os revoltosos.
  
Conflito
O então governador Hélio Gueiros deu ordem para que a Polícia Militar desobstruísse a ponte. O grupo da ponte liderado por Jane Resende – primeira líder feminina de um garimpo –, colocou os restos de um camião e brita no trilho da ponte.
Quinhentos soldados do 4º batalhão da Polícia Militar do Pará encurralaram os garimpeiros e avançaram por uma das cabeceiras da ponte, atirando na multidão, enquanto o Exército fechava o acesso na outra cabeceira. Os policiais atiraram durante 15 minutos com metralhadoras e espingardas. Muitos garimpeiros atiraram-se do vão, de 76 metros, da ponte.
  
Mortos
O governo informou inicialmente que duas pessoas morreram, depois aumentou esse número para nove, contudo há registos que constam que houve setenta e nove (79) garimpeiros desaparecidos no decorrer do conflito. Por parte das tropas da Polícia e do Exército não houve registo de baixas.
Um garimpeiro de nome Francisco, que disse ter visto oito cadáveres, foi assassinado à paulada por um grupo desconhecido, no centro de Marabá, um dia depois de dar entrevista à TV Liberal. A morte de Francisco amedrontou outras testemunhas do conflito e silenciou-as mais de vinte anos.
 

Hermann Oberth, um dos fundadores da astronáutica, morreu há 32 anos

  
Hermann Oberth (Hermannstadt, 25 de junho de 1894Nuremberga, 29 de dezembro de 1989) foi um cientista alemão.
Oberth foi, juntamente com o russo Konstantin Tsiolkovsky e o norte-americano Robert Goddard, um dos precursores da moderna astronáutica.
O seu interesse por exploração espacial surgiu desde cedo, quando ele leu o livro "Da Terra a Lua", de Júlio Verne. Oberth foi o primeiro a idealizar foguetes com múltiplos estágios e a imaginar estações espaciais.
  

O presidente do Brasil renunciou (antes de ser demitido) há 29 anos

 Foto histórica de 1992, onde o presidente Collor deixa a presidência
   
Fernando Affonso Collor de Mello (Rio de Janeiro, 12 de agosto de 1949), mais conhecido como Fernando Collor, é um político brasileiro. Foi prefeito de Maceió de 1979 a 1982, deputado federal de 1982 a 1986, governador de Alagoas de 1987 a 1989 e o 32º presidente do Brasil, de 1990 a 1992. Renunciou à presidência da República em 29 de dezembro de 1992, horas antes de ser condenado pelo Senado por crime de responsabilidade, perdendo os direitos políticos por oito anos. Posteriormente, voltou às disputas eleitorais e, desde 2007, é senador por Alagoas.
Foi o presidente mais jovem da história do Brasil, eleito aos quarenta anos de idade, o primeiro presidente eleito por voto direto do povo, após o Regime Militar (1964/1985) e o primeiro a ser afastado temporariamente por um processo de impeachment no país. Sucedeu o presidente José Sarney, nas eleições de 1989. Antes destas eleições, a última vez que o povo brasileiro elegeu um presidente pelo voto direto, foi em 1960, com a eleição de Jânio Quadros.
O seu governo foi marcado pela implementação do Plano Collor e a abertura do mercado nacional às importações e pelo início de um programa nacional de desestatização. O seu Plano, que no início teve uma boa aceitação, acabou por aprofundar a recessão económica, colaborada pela extinção, em 1990, de mais de 920 mil postos de trabalho e uma inflação na casa dos 1200% ao ano; junto a isso, denúncias de corrupção política envolvendo o tesoureiro de Collor, Paulo César Farias, feitas por Pedro Collor de Mello, irmão de Fernando Collor, culminaram com um processo de impugnação de mandato (impeachment). O processo, antes de aprovado, fez com que o presidente renunciasse ao cargo em 29 de dezembro de 1992, deixando-o para o seu vice Itamar Franco. Collor ficou inelegível durante oito anos.
  
(...)
  
Em meados de 1991, denúncias de irregularidades começaram a surgir na imprensa, envolvendo pessoas do círculo próximo de Fernando Collor, como ministros, amigos do presidente e mesmo a primeira-dama Rosane Collor. Em entrevista à Revista Veja em maio de 1992, Pedro Collor de Mello, irmão do presidente, revelou o esquema de corrupção que envolvia o ex-tesoureiro da campanha Paulo César Farias, entre outros factos comprometedores para o presidente. No meio de forte comoção popular, é instalada em 27 de maio uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar a responsabilidade do presidente sobre os factos divulgados. Em 1 de junho, a CPI começa os seus trabalhos com forte cobertura dos meios de comunicação. A Revista IstoÉ publica em 1 de julho uma notícia, confirmada na edição seguinte da revista (8 de julho), na qual Eriberto França, motorista da secretária de Collor, revela que ele próprio pagava as despesas pessoais do presidente com dinheiro de uma conta fantasma mantida por Paulo César Farias, reforçando a tese do irmão do presidente. Em 2 de setembro é aberto o processo de impeachment na Câmara dos Deputados proposto por Barbosa Lima Sobrinho e Marcello Lavenére Machado, impulsionado pela maciça presença do povo nas ruas, como o movimento dos caras-pintadas.
Em 29 de setembro, por 441 contra 38 votos, a Câmara vota pelo impeachment do presidente, que é afastado do cargo. A presidência é assumida no dia 2 de outubro pelo então vice-presidente, Itamar Franco. Em 29 de dezembro de 1992, Collor renunciou à presidência da República, horas antes de ser condenado pelo Senado por crime de responsabilidade, tendo os seus direitos políticos suspensos por oito anos.
Foi a primeira vez na história republicana do Brasil que um presidente eleito pelo voto direto era afastado por via democrática.

Cássia Eller morreu há vinte anos...

  
Cássia Rejane Eller (Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 1962 - Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 2001) foi uma cantora, compositora e multi-instrumentista brasileira. Foi uma das maiores representantes do rock brasileiro dos anos 90 e eleita a 18ª maior voz e 40ª maior artista da música brasileira pela revista Rolling Stone Brasil.
   
(...)
    
  
Cássia Eller faleceu a 29 de dezembro de 2001, com apenas 39 anos, no auge da sua carreira, por causa de um enfarte do miocárdio repentino. Foi levantada a hipótese de overdose de drogas, já que era consumidora de cocaína desde adolescente. A suspeita foi considerada inicialmente como causa da morte, porém foi descartada pelos relatório do Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro após a autópsia. Encontra-se sepultada no Cemitério Jardim da Saudade, no bairro Sulacap, na cidade do Rio de Janeiro.
   

 


Freddie Hubbard morreu há treze anos

 
Na juventude, Hubbard associou-se a vários músicos em Indianápolis, entre eles Wes Montgomery e os seus irmãos. Chet Baker foi uma de suas primeiras influências, embora Hubbard tenha logo se alinhado com a abordagem de Clifford Brown (e, claramente, Fats Navarro e Dizzy Gillespie).
Hubbard ingressou mais seriamente no jazz após se mudar para Nova Iorque em 1958. Ali, trabalhou com Sonny Rollins, Slide Hampton, J. J. Johnson, Bill Evans, Philly Joe Jones, Oliver Nelson e Quincy Jones, além de outros.
Em 1972 recebeu um Grammy para o melhor disco de jazz.
Durante a sua carreira, de quase cinquenta anos, Hubbard recebeu o Prémio dos Mestres do Jazz da Instituição Nacional das Artes, em 2006, e tocou com com figuras lendárias como John Coltrane, Ornette Coleman, McCoy Tyner, Art Blakey e Herbie Hancock.
Morreu num hospital de Sherman Oaks, no noroeste de Los Angeles, um mês depois de ter sofrido um ataque cardíaco.

 


Música de aniversariante de hoje!

O baterista Cozy Powell nasceu há 74 anos

  
Cozy Powell (Cirencenter, Gloucestershire, 29 de dezembro de 1947 - Bristol, 5 de abril de 1998) foi um famoso e aclamado baterista britânico.
Muito solicitado em gravações de pop e rock, Cozy Powell foi quase uma lenda no estilo pesado de tocar bateria, tocando ao lado de nomes como Rainbow, Whitesnake, Mickie Most, Black Sabbath, Keith Emerson, Greg Lake (Emerson, Lake & Powell), ou mesmo no seu trabalho a solo, como o single "Dance with the Devil", que foi o seu maior hit no Reino Unido, em 1974.
Powell começou a sua carreira profissional em 1965 com os The Sorcerers, eventualmente tocando com Jeff Beck, depois que este deixou os Yardbirds. Em 1971, formou a banda Bedlam, chegando a lançar um álbum, mas abandonou este projeto para produzir singles, como o "Dance with the Devil", faixa instrumental que chegou à 3ª posição no Reino Unido em 1974. Mais tarde ele formou os Cozy Powell's Hammer, que acabaram em 1975. Nesse mesmo ano juntou-se aos Rainbow, do guitarrista Ritchie Blackmore, ficando até 1980. Sempre muito requisitado, ele alternava os seus trabalhos entre sessões de estúdio e concertos ao vivo com uma grande variedade de bandas como os Michael Schenker Group, Whitesnake e Black Sabbath, nunca permanecendo em nenhuma banda durante muito tempo. Em 1996, ele trabalhou numa longa turnê com os Fleetwood Mac.
Em abril de 1998, Cozy Powell havia abandonado uma turnê com Yngwie Malmsteen, por se ter magoado no pé. Pouco depois, a 5 de abril, Cozy morreu num acidente de automóvel enquanto dirigia o seu carro, um Saab 9000, a cerca de 170 km/h,  com chuva, na Auto Estrada M4, próximo da cidade de Bristol, na Inglaterra. De acordo com uma reportagem da BBC, no momento do acidente o nível alcoólico de Cozy estava acima do limite legal. Ele não usava cinto de segurança e estava a conversar com a então sua namorada, Sharon Reeve, ao telemóvel, quando ela ouviu o barulho do acidente.
   

 


Joaquim Namorado morreu há 35 anos


Joaquim Namorado (30.06.1914 - 29.12.1986) nasceu em Alter do Chão, Alentejo. Licenciou-se em Ciências Matemáticas pela Universidade de Coimbra, dedicando-se ao ensino. Notabilizou-se como poeta neo-realista, tendo colaborado nas revistas Seara Nova, Sol Nascente, Vértice, etc. Obras poéticas: Aviso à Navegação (1941), Incomodidade (1945), A Poesia Necessária (1966).

Adaptado de Projecto Vercial

 
Legenda para a vida de um vagabundo

Nasci vagabundo em qualquer país,
minhas fronteiras são as do mundo.
Esta sina vem-me no sangue:
não me fartar! Um desejo morto,
mais de dez a matar.

O caminho é longo!…
— Mas nada é longe e distante
quando se quer realmente…
E nunca o cansaço é tão grande
que um passo mais senão possa dar.


in Incomodidade - Joaquim Namorado

terça-feira, dezembro 28, 2021

The Rev morreu há doze anos...

 
James Owen Sullivan
, mais conhecido como The Rev, diminutivo de The Reverend Tholomew Plague (Huntington Beach, 9 de fevereiro de 1981 - 28 de dezembro de 2009), foi um baterista, cantor e compositor norte-americano que fez sucesso com a banda Avenged Sevenfold.
  
(...)
  
Jimmy foi encontrado morto na sua casa. A polícia foi notificada pelos bombeiros, que chegaram em sua casa às 13.00 horas. A polícia afirmara que The Rev teria morrido de causas naturais, e pouco depois a perícia foi considerada "inconclusiva". Em junho de 2010, descobriram a que morte foi causada por uma "overdose acidental", resultado de uma intoxicação devido ao efeito combinado de oxicodona, oximorfona, diazepam (todos eles calmantes). O baterista foi cremado numa cerimónia privada a 6 de Janeiro. O guitarrista da banda Synyster Gates fez um elogio - no cemitério - aos pais de The Rev, juntamente com o ex-baterista do Pantera Vinnie Paul, o vocalista do Bullet For My Valentine, Matt Tuck, e os membros do Buckcherry e My Chemical Romance. Synyster Gates estava a escrever uma letra para uma música, para dedicar ao seu avô, que havia morrido, só que ainda não estava completa, então quando o seu melhor amigo, "The Rev", faleceu, resolveu terminar a letra e compor a canção "So Far Away".
  

 


Stan Lee nasceu há 99 anos


Stanley Martin Lieber, mais conhecido como Stan Lee (Nova Iorque, 28 de dezembro de 1922 - Los Angeles, 12 de novembro de 2018), foi um escritor, editor, publicitário, produtor, diretor, empresário e ator norte-americano. Foi editor-chefe e presidente da Marvel Comics antes de deixar a empresa para se tornar presidente emérito da editora, bem como um membro do conselho editorial. Lee também era conhecido por fazer várias aparições (cameos) em filmes da Universo Cinematográfico Marvel.

Em colaboração com vários artistas, incluindo Jack Kirby e Steve Ditko, concriou diversos super-heróis incluindo o Homem-Aranha, Hulk, Doutor Estranho, Quarteto Fantástico, Demolidor, Pantera Negra e os X-Men. Além disso, desafiou a organização de censura da Banda desenhada norte-americana, o Comics Code Authority, indiretamente levando-a a atualizar as suas políticas. Lee liderou a expansão da Marvel Comics de uma pequena divisão de uma editora para uma grande corporação de multimédia.

Stan Lee foi introduzido no Will Eisner Award Hall of Fame em 1994, no Jack Kirby Hall of Fame em 1995 e recebeu uma National Medal of Arts em 2008. 

   

Ravel morreu há 84 anos

      
Joseph-Maurice Ravel (Ciboure, 7 de março de 1875Paris, 28 de dezembro de 1937) foi um compositor e pianista francês, conhecido sobretudo pela subtileza das suas melodias instrumentais e orquestrais, entre elas, o Bolero, que ele considerava trivial e descreveu como "uma peça para orquestra sem música".
   

   


Manuel Puig nasceu há 89 anos

  
Juan Manuel Puig Delledonne
(General Villegas, 28 de diciembre de 1932 - Cuernavaca, 22 de julio de 1990) fue un escritor argentino de relevancia mundial por sus novelas Boquitas pintadas, El beso de la mujer araña y Pubis angelical.

Pasó su infancia en su pequeño pueblo natal y emigró a la capital argentina para llevar a cabo sus estudios secundarios. Después de iniciar diferentes estudios superiores, optó por formarse en la cinematografía, para lo cual se trasladó a Italia. No concretó su formación y terminó realizándose como escritor. Vivió en Roma, París, Londres, Estocolmo, México, Nueva York, Río de Janeiro y Cuernavaca. Es autor de ocho novelas y cuatro obras de teatro, además de relatos breves y guiones cinematográficos. Es muy reconocido por su uso de la polifonía literaria y el monólogo interior.

Aunque desde la pubertad se asumió como homosexual, escribió  y militó respecto a este tema, llegando a declarar que algo tan «banal» como la sexualidad no puede definir la identidad de una persona y, por otro lado, opinó que la actividad de las agrupaciones homosexuales tendían a incurrir en el error de separar la cuestión homosexual de otras agrupaciones, comunidades o sectores sociales.​ Con todo, fue miembro fundador del Frente de Liberación Homosexual en 1971 junto al sociólogo e historiador Juan José Sebreli, el abogado y escritor Blas Matamoro y el poeta y escritor Néstor Perlongher.

 

Alex Chilton nasceu há 71 anos

 

Alex Chilton (Memphis, Tennessee, 28 de dezembro de 1950 - Nova Orleans, Luisiana, 17 de março de 2010) foi um compositor, cantor, guitarrista e produtor musical dos Estados Unidos da América.


Biografia
Chilton estreou nos palcos em 1967 como o vocalista da banda The Box Tops, que alcançou o sucesso com a canção "The Letter". Sentindo-se cada vez menos importante dentro do grupo, que era essencialmente um projeto do produtor-compositor Dan Penn, ele deixou os Box Tops em 1969 para prosseguir carreira uma carreira a solo.
Após passar um período na cidade de Nova York, onde aperfeiçoou a sua técnica vocal e de guitarra, Chilton foi convidado em 1971 pela banda Big Star para ocupar a vaga de guitarrista.
Retomou a sua carreira a solo depois do fim do grupo em 1974. Foi quando voltou a morar em Nova York, passando a maior parte do tempo no clube CBGB durante o auge do punk rock. Nessa mesma época Chilton tornou-se produtor dos The Cramps, continuando a gravar e a fazer tours durante os anos 80.
Em 1993 Chilton reformulou os Big Star, gravando com a banda um novo álbum de estúdio, lançado em 2005.
Em 17 de março de 2010 Chilton faleceu, de causas não confirmadas (possivelmente de ataque cardíaco).
      

  


Lemmy, o cantor e baixo dos Motörhead, morreu há seis anos...

 
Ian Fraser Kilmister (Stoke-on-Trent, 24 de dezembro de 1945 - Los Angeles, 28 de dezembro de 2015), conhecido como Lemmy, foi um cantor, baixista e compositor inglês, conhecido por ser o fundador da banda de rock inglesa Motörhead. Era adorado pelos seus fãs pela sua postura autêntica, estilo de tocar, timbre, e voz marcante. A alcunha de "Lemmy" seria pela época que Lemmy era roadie e sempre pedia £5 emprestado (em inglês: - lemmy a fiver (lend me a fiver)), embora o próprio músico tenha dito, na sua autobiografia, que já era chamado assim desde os dez anos de idade.

Antes de ser músico, foi roadie do cantor e guitarrista Jimi Hendrix, tocou nas bandas Rockin' Vickers e Sam Gopal, sendo roadie da banda Hawkwind, onde ocupou o lugar do baixista que havia faltado no show - e deixado o instrumento na carrinha da banda. Expulso dos Hawkwind por ter sido detido no Canadá com anfetaminas, montou a sua banda, originalmente chamada de Bastards, mais tarde renomeada como Motörhead; o nome vem da última música de Lemmy escrita para o Hawkwind. Na sua autobiografia, White Line Fever, narra a sua carreira e os principais altos e baixos enfrentados pela banda.

No dia 28 de dezembro de 2015, foi anunciado, na página oficial do Facebook da banda, que Lemmy havia falecido, devido a problemas de saúde. Ele havia completado 70 anos quatro dias antes.  

  

 

João Domingos Bomtempo nasceu há 246 anos

(imagem daqui)
      
João Domingos Bomtempo (Lisboa, 28 de dezembro de 1775 – Lisboa, 18 de agosto de 1842) foi um pianista clássico, compositor e pedagogo português.
     

 


Arthur Stanley Eddington nasceu há 139 anos


      
Sir Arthur Stanley Eddington (Kendal, 28 de dezembro de 1882 - Cambridge, 22 de novembro de 1944) foi um astrofísico britânico do início do século XX.
O limite de Eddington foi assim chamado em sua homenagem.
Eddington é famoso pelo seu trabalho sobre a Teoria da Relatividade. Eddington escreveu um artigo em 1919, Report on the relativity theory of gravitation, que anunciou a Teoria Geral da Relatividade de Einstein para o mundo anglófono, pois, devido à Primeira Guerra Mundial, os novos desenvolvimentos da ciência alemã não eram muito bem conhecidos no Reino Unido.
    
Eddington nasceu a 22 de dezembro de 1882, em Kendal, na Inglaterra, no seio de uma família Quaker. O seu pai, Henry Arthur Eddington, formado em Filosofia, tornou-se o diretor da Stramongate School em 1878, nomeado pela Assembleia da Sociedade Religiosa dos Amigos de Kendal: os Quakers; porém, dois anos após o nascimento de Eddington, o seu pai falece de febre tifoide.
Gostava de natação e golfe, porém o ciclismo era a sua paixão. Mantinha rigorosos dados referentes a seus passeios, visto que em 1905 tinha percorrido 2669 milhas - aproximadamente 4295 km.
Desde cedo ele mostrou grande talento para a Matemática e ganhou diferentes prémios e bolsas que permitiram que financiasse os seus estudos, que ele finalizou em 1905. Começou as suas pesquisas no laboratório Cavendish, e mais tarde pesquisas em Matemática, que ele interrompeu rapidamente, tendo recebido no final de 1905 um lugar no Observatório de Greenwich. Ele foi imediatamente integrado num projeto de pesquisa, iniciado em 1900, quando placas fotográficas do asteróide 433 Eros foram tiradas durante todo um ano e a sua primeira tarefa foi terminar a análise dessas placas e determinar o valor preciso da paralaxe solar.
Em 1906 ele começou o seu estudo estatístico do movimento das estrelas e, no ano seguinte, ganhou um prémio pelo ensaio que escrevera sobre o assunto.
Em dezembro de 1912, George Darwin, um dos filhos de Charles Darwin, morreu e Eddington foi nomeado para substituí-lo. Como o titular da outra cadeira de Astronomia de Cambridge, a Lowndean Chair, também morreu no ano seguinte, Eddington tornou-se o diretor do Observatório de Cambridge, assumindo assim a responsabilidade da Astronomia teórica e experimental em Cambridge.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Eddington foi chamado para efetuar o serviço militar. Como quaker e pacifista, recusou servir no Exército e pediu uma derrogação, para efetuar um serviço alternativo, mas isso não era possível naquela época. Alguns amigos cientistas resolveram o problema, conseguindo se pronunciar a seu favor para dispensá-lo do serviço militar alegando a sua importância para a ciência. Em 1915, ele recebeu por intermédio da Royal Astronomical Society os artigos sobre a Teoria Geral da Relatividade de Einstein e de de Sitter. Eddington começou então a se interessar pelo assunto, principalmente porque essa nova teoria podia explicar o avanço, inexplicado até então, do periélio de Mercúrio. Como Quaker, Eddington sentia-se capaz de vincular a Física com a sua fé.

Uma das fotografias de Eddington do eclipse de 1919, apresentada no seu artigo de 1920
   
Após a guerra, Eddington partiu para São Tomé e Príncipe, onde um eclipse solar total seria visível em 29 de maio de 1919. Segundo a relatividade geral, uma estrela visível nas proximidades do Sol deveria aparecer em uma posição ligeiramente mais afastada deste porque sua luz deveria ser ligeiramente desviada pela ação da gravidade do Sol. Esse efeito somente pode ser observado durante um eclipse total do Sol, pois senão a luminosidade do Sol impede a visibilidade da estrela em questão. A relatividade geral predizia um desvio duas vezes maior do que o predito pela gravitação newtoniana. As observações foram feitas no território português, na Ilha do Príncipe, mais exatamente na Roça Sundy, com o apoio do seu proprietário, o português Jerónimo Carneiro. Durante o eclipse, Eddington tirou diversas fotografias das regiões situadas em torno do Sol.
As condições meteorológicas não eram boas e as placas fotográficas revelaram-se de péssima qualidade e difíceis de medir. Ele anotou, mesmo assim, no seu caderno:
… uma placa que medi confirmava as predições de Einstein.
Porém, uma outra equipe da expedição de Eddington, que estava na cidade de Sobral, no Brasil, liderada pelo astrónomo britânico Andrew Crommelin, pode observar o eclipse sob boas condições meteorológicas. As placas fotográficas registadas por essa equipe permitiram a Eddington medir uma deflexão da luz de 1,98".
Esse resultado, cuja exatidão foi discutida posteriormente, foi aclamado como uma prova conclusiva da Relatividade Geral sobre o modelo newtoniano; a notícia foi publicada em jornais em todo o mundo como uma importante descoberta. Ela também é a origem da história de que somente três pessoas entendiam a Relatividade; quando perguntado por um repórter que sugeriu isso, Eddington replicou brincando "Oh, who's the third?" (Oh, quem é a terceira?). Outra história conta que Einstein, ao ser questionado por um repórter sobre o que ele teria feito se as medidas efetuadas por Eddington não estivessem de acordo com as predições da teoria Geral da Relatividade, teria respondido: "Eu diria que o bom Deus está enganado".
Eddington também estudou o interior das estrelas e calculou sua temperatura baseando-se na energia necessária para manter a pressão exercida pelas camadas próximas da superfície. Com isso, ele descobriu a relação massa-luminosidade das estrelas. Eddington calculou também a abundância do hidrogénio e elaborou uma teoria explicando a pulsação das cefeidas. O fruto dessas pesquisas está relatado em seu importante trabalho The Internal Constitution of Stars (1926).
Em 1920, tomando como base as medidas precisas de átomos efetuadas por Francis Aston, Eddington foi o primeiro a sugerir que a fonte de energia das estrelas provinha da fusão nuclear do hidrogénio em hélio. Essa teoria revelou-se correta, mas ele teve um longo debate sobre esse assunto com James Jeans, que acreditava que essa energia proviesse da contração da estrela sobre si mesma.
Dos anos 1920 até sua morte, ele se concentrou cada vez mais naquilo que ele chamava de "teoria fundamental", cujo objetivo era a unificação da teoria quântica, da teoria da Relatividade e da gravitação, e que se baseava essencialmente em uma análise das relações adimensionais entre constantes fundamentais.
Eddington foi enobrecido em 1930 e recebeu a Ordem do Mérito em 1938. Recebeu ainda diversas outras honrarias, entre elas a medalha de ouro da Astronomical Society of the Pacific (1923), a medalha de ouro da Royal Astronomical Society (1924), da National Academy of Washington (1924), da Société Astronomique de France (1928) e da Royal Society (1928). Além de ser eleito para a Royal Society, foi também eleito para a Royal Society of Edinburgh, para a Royal Irish Academy, para a National Academy of Sciences, bem como para diversas outras sociedades científicas.
Uma cratera lunar recebeu o seu nome, assim como o asteroide 2761 Eddington.
Eddington soube popularizar a ciência escrevendo diversos livros destinados aos leigos. Ele também é conhecido por ter introduzido a noção (teorema) dos macacos datilógrafos (Infinite Monkey Theorem em inglês) em 1929 com a frase:
...se um exército infinito de macacos teclasse aleatoriamente em máquinas de escrever, eles poderiam escrever todos os livros do British Museum.

Em Chaimite, há 126 anos, Mouzinho de Albuquerque capturou Gungunhana


A 28 de dezembro de 1895, após uma temerária marcha de três dias em direcção a Chaimite, as tropas conduzidas por Mouzinho de Albuquerque cercaram a povoação, prendendo o Chefe Vátua e grande parte da sua família, executando os seus dois Conselheiros pró-Britânicos e forçando-o a entregar mil libras em ouro, oito diamantes, armas e munições e todo o gado e marfim de que dispunha, incluindo uma taça de ouro e pedras preciosas com a legenda "To Gungunhana from Victoria Queen". 

 

Serpa Pinto morreu há cento e vinte e um anos


Alexandre Alberto da Rocha de Serpa Pinto, 1.º Visconde de Serpa Pinto (Cinfães, Tendais, Quinta das Poldras, 20 de abril de 1846 - Lisboa, 28 de dezembro de 1900), foi um militar, explorador e administrador colonial português

 

Vida

Nasceu na freguesia e paróquia de Tendais, casa e quinta das Poldras, concelho de Cinfães, no dia 20 de abril de 1846, filho do miguelista José da Rocha Miranda de Figueiredo (1798-1898), médico, e de sua mulher D. Carlota Cacilda de Serpa Pinto, sendo neto homónimo, pelo lado materno, do famoso liberal, militar e político, Alexandre Alberto de Serpa Pinto (falecido em 1839).

Ingressou no Colégio Militar com dez anos e aos dezassete tornou-se no seu primeiro Comandante de Batalhão.

Serpa Pinto viajou pela primeira vez até à África oriental em 1869 numa expedição ao rio Zambeze. Integrava uma coluna de quase mercenários, cujo objectivo conhecido era o de enfrentar as milícias do Bonga, que já infligira nas tropas portuguesas várias e humilhantes derrotas. Mas Serpa Pinto integra a coluna como técnico, avaliando a rede hidrográfica e a topografia local, pelo que podemos inferir ou suspeitar dos intuitos não apenas bélicos, mas de interesse estratégico no reconhecimento e posterior controle da região.

Casou em 1872 com D. Angélica Gonçalves Correia de Belles, natural de Faro, filha de Pedro Luís Correia de Belles e de D. Maria Joaquina Gonçalves. Tiveram uma filha, Carlota Laura de Serpa Pinto (Casa de Porto Antigo, Oliveira do Douro, Cinfães, 25 de dezembro de 1872 - Encarnação, Lisboa, 11 de dezembro de 1948), que casou em 1890 com Eduardo de Sousa Santos Moreira (1865-1935), tendo três filhos: Alexandre (1892); Jorge (1894) e José (1897).

Em 1877 Serpa Pinto é nomeado por Decreto de 11 de maio do mesmo ano, para participar numa expedição científica à África Central da qual também faziam parte os oficiais da marinha Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens. Segundo o decreto foram nomeados «para comporem e dirigirem a expedição que há-de explorar, no interesse da ciência e da civilização', os territórios compreendidos entre as províncias de Angola e Moçambique, e estudar as relações entre as bacias hidrográficas do Zaire e do Zambeze… » Este objectivo constituía uma vitória de José Júlio Rodrigues sobre Luciano Cordeiro dado que este último tinha lutado por uma travessia de costa a costa, passando pela região dos grandes lagos da África Central. Feito o trajecto Benguela-Bié, divergências entre Serpa Pinto e Brito Capelo levam a expedição a dividir-se, com Serpa Pinto, por sua iniciativa a tentar a travessia até Moçambique. Na verdade Luciano Cordeiro que nunca se tinha conformado com o facto da expedição não ser de costa a costa veio a encontrar em Serpa Pinto um irmão do mesmo sonho, já que Serpa Pinto sonhava desde longa data com uma empresa grandiosa em África. Desde o princípio da viagem Serpa Pinto tenta desviar os objectivos da expedição. Capelo e Ivens recusam-se ao que consideram ser “os desvarios de Serpa Pinto” e cognominando-o de falsário participam a separação. Serpa Pinto acabou por falhar o seu objectivo, pois não o conseguiu como pretendia, atingir qualquer ponto da costa moçambicana, como foi sua declarada intenção. Chegou, no entanto, a Pretória, e posteriormente a Durban. Brito Capelo e Roberto Ivens mantiveram-se fiéis ao projecto inicial concentrando as atenção na missão para que haviam sido nomeados, ou seja nas relações entre as bacias hidrográficas do Zaire e do Zambeze. Mais tarde, Capelo e Ivens explicaram que não tinham "o direito de divagar nos sertões, por onde quiséssemos, dirigindo o nosso itinerário para leste ou norte".

A expedição de Serpa Pinto tinha como objectivo fazer o reconhecimento do território e efectuar o mapeamento do interior do continente africano, para preparar a entrada de Portugal na discussão pela ocupação dos territórios africanos que até então apenas utilizara como entrepostos comerciais ou destino de degredados. A «ocupação efectiva», sobre a ocupação histórica, determinada pelas actas da Conferência de Berlim (1884-1885) obrigou o Estado Português a agir no sentido de reclamar para si uma vasta região do continente africano que uniria as províncias de Angola e Moçambique (então embrionárias) através do chamado "mapa cor-de-rosa"; esta intenção falhou após o ultimato britânico de 1890, o «incidente Serpa Pinto», já que nela interveio o explorador, ao arrear as bandeiras inglesas, num espaço cobiçado e monitorizado pela rede de espionagem do Reino Unido, junto ao lago do Niassa.

A aventura de Serpa Pinto, travessia solitária e arriscada, moldaram a imagem de um homem intrépido que concedeu ao militar uma aura de heroicidade necessária às liturgias cívicas e às celebrações dos feitos passados, quando Portugal atravessava uma grave crise política e moral. Nesse sentido a sua figura foi explorada como o novo herói, das novas descobertas que já não passavam por sulcar os mares, mas rasgar as selvas e savanas de África como forma de manutenção do prestígio internacional na arena diplomática europeia.

Faleceu com 54 anos de idade, em casa, na Rua da Glória, número 21, primeiro andar, freguesia de São José, de Lisboa, vítima de várias complicações, tanto cardíacas, como pulmonares e neurológicas. Deixou a viúva, D. Angélica de Serpa Pinto, que ficou doente, e a filha Carlota, já casada e com filhos. Teve o seu funeral honras de estado e foi acompanhados pelas figuras mais ilustres do país, sendo sepultado no jazigo da família, no Cemitério dos Prazeres.

Conotado com a ala direita dos partidos monárquicos portugueses, por um dos quais foi três vezes deputado (pelo Partido Regenerador), o seu nome feneceu depois de 1910, por um lado pela necessidade de exaltação das novas figuras heróicas republicanas e pela cristalização do espaço colonial europeu pós-guerra (1914-1918). A sua figura é ressuscitada pela filha, Carlota de Serpa Pinto, figura de relevo no meio cultural lisboeta, que o glorifica como ídolo heróico do Estado Novo, aventureiro e administrador colonial, em detrimento do político e cientista (embora este estatuto que, por vezes, lhe foi imposto, seja o mais discutido de todos). Autora de uma biografia de seu pai, "A Vida Breve e Ardente de Serpa Pinto", Lisboa, Agência Geral das Colónias, 1937.

Foi nomeado cônsul-geral para o Zanzibar em 1885 e governador-geral de Cabo Verde em 1894.

Tanto o Rei D. Luís I, como o seu filho Carlos I de Portugal, nomearam-no o seu Ajudante de Campo e o segundo concedeu-lhe, em duas vidas, o título de 1.º Visconde de Serpa Pinto (1899).

A vila de Menongue, no sudeste de Angola, foi chamada Serpa Pinto até 1975 em alusão a este explorador.

Em Cinfães existe o Museu Serpa Pinto que alberga algum do espólio de uma das figuras mais importantes da localidade.

 

Brasão do Visconde de Serpa Pinto (daqui)

     

in Wikipédia

O Sismo de Messina, que arrasou o sul de Itália e a Sicília, foi há 113 anos


Date December 28, 1908
5:20 am
Magnitude 7.1 Mw
Epicenter 38.15°N 15.683°E
Areas affected Sicily & Calabria, Italy
Tsunami Yes
Casualties100.000 to 200.000
   
The 1908 Messina earthquake (also known as the 1908 Messina and Reggio earthquake) and tsunami took about 123.000 lives on December 28, 1908, in Sicily and Calabria, southern Italy. The major cities of Messina and Reggio Calabria were almost completely destroyed.