História
Devido aos problemas económicos no pós-guerra, o carvão de melhor qualidade para o aquecimento havia sido
exportado. Como resultado, os londrinos usaram o carvão de baixa qualidade, rico em
enxofre, o que agravou muito o problema.
O nevoeiro resultante, uma mistura de névoa natural com muito fumo negro, tornou-se muito denso, chegando a impossibilitar o
trânsito de
automóveis nas ruas. Muitas sessões de
filmes e
concertos
foram canceladas, uma vez que a plateia não podia ver o palco ou a
tela, pois a fumaça invadiu facilmente os ambientes fechados.
Saúde pública
Inicialmente, não houve
pânico, pois os nevoeiros em
Londres, conhecidos por
fog,
são comuns e famosos. Porém, nas semanas seguintes as estatísticas
compiladas pelos serviços médicos descobriram que o nevoeiro já havia
matado 4.000 pessoas.
A maioria das vítimas foram
crianças muito novas,
idosos e pessoas com problemas respiratórios pré-existentes. As
mortes, na maioria dos casos, ocorreram em consequência de
infecções do trato respiratório, causada por
hipóxia,
e também pela obstrução mecânica das vias respiratórias superiores por
deposição de secreções causada pela fumaça negra e afecções.
Meio ambiente
O grande número de mortes deu um importante impulso aos movimentos ambientais, e levou a uma reflexão acerca da
poluição do ar,
pois o fumo tinha mostrado ter grande potencial letal. Então, novas
regulamentações legais foram criadas, restringindo o uso de
combustíveis sujos na
indústria e banindo o fumo negro. Nos anos seguintes, uma série de normas legais como o
Clean Air Act 1956 e o
Clean Air Act 1968, restringiram a poluição do ar.
O carvão, além de enxofre, contém metais pesados, altamente tóxicos, como mercúrio, cádmio, níquel e arsénio, entre outros.