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segunda-feira, março 18, 2024

Frederik Willem de Klerk nasceu há 88 anos

 
Frederik Willem de Klerk
(Joanesburgo, 18 de março de 1936 - Cidade do Cabo, 11 de novembro de 2021) foi um político sul-africano que serviu como presidente da África do Sul de setembro de 1989 a maio de 1994, tendo sido o último branco a ocupar o cargo. De Klerk foi também o líder do Partido Nacional, de fevereiro de 1989 a setembro de 1997.

Nascido em Joanesburgo numa influente família africânder, de Klerk estudou na Universidade de Potchefstroom antes de começar uma carreira como advogado. Ele filiou-se no Partido Nacional, que tinha ligações com a sua família, sendo eleito para o Parlamento e foi membro do governo de P. W. Botha, servindo em vários postos ministeriais. Como ministro, ele apoiou e implementou políticas do apartheid, um sistema de segregação racial que privilegiava os sul-africanos brancos em detrimento da maioria negra. Após a renúncia do presidente Botha em 1989, de Klerk substitui-o, primeiro como líder do Partido Nacional e depois como Presidente do país. Embora observadores da época acreditassem que de Klerk continuaria com as políticas de Botha de defesa do apartheid, ele decidiu seguir ao caminho oposto e apostar na abertura política e encerrar a política estatal de segregação. Ele estava ciente da crescente animosidade e violência étnica que estava a levar a África do Sul a uma guerra civil racial. No meio dessa crise, as forças de segurança do Estado cometeram abusos generalizados de direitos humanos e encorajavam a violência entre os povos xhosa e zulu, embora de Klerk negasse que sancionava estas atitudes. Então, para apaziguar o clima tenso interno da nação, além das condenações da comunidade internacional, ele permitiu marchas e manifestações anti-apartheid, legalizou uma série de partidos políticos anti-apartheid anteriormente proibidos e libertou ativistas presos, incluindo Nelson Mandela. O presidente também desmantelou o programa nuclear sul-africano.

De Klerk negociou com Mandela o desmantelamento do governo do apartheid e estabeleceu a transição política para o sufrágio universal. Em 1993, ele formalmente pediu desculpas pelos efeitos maléficos do apartheid, mas não pelo apartheid em si. Ele supervisionou a eleição livre de 1994 onde Mandela liderou o Congresso Nacional Africano (o ANC) e levou à vitória; o Partido Nacional de Frederik de Klerk terminou em segundo lugar. De Klerk foi vice-presidente de Mandela na sua coligação, formando o Governo de Unidade Nacional. Nesta posição, ele apoiou as políticas económicas liberais do governo Mandela, mas opôs-se à instituição da Comissão de Verdade e Reconciliação que deveria investigar violações de direitos humanos na era do apartheid. De Klerk defendia amnistia completa. A sua relação de trabalho com Mandela era tensa, embora mais tarde ele falasse positivamente dele. Em maio de 1996, após o Partido Nacional se opor à nova constituição do país, de Klerk retirou-se da coligação de governo; o partido desfez-se no ano seguinte e reapareceu como o "Novo Partido Nacional". Em 1997, ele retirou-se da política ativa e, a partir daí, lecionou internacionalmente.

De Klerk foi uma figura controversa. Ele recebeu vários prémios, incluindo um Nobel da Paz, ganhando muitos elogios por desmantelar o apartheid e trazer o sufrágio universal para a África do Sul. Por outro lado, ativistas anti-apartheid criticaram-no por oferecer apenas um pedido de desculpas básico pelo regime repressivo e por ignorar os abusos de direitos humanos pelas forças de segurança do Estado. Enquanto isso, membros da extrema-direita sul-africana e supremacistas brancos acusaram-no de traição, por abandonar o apartheid.

Em 19 de março de 2021, foi anunciado que De Klerk sofria com mesotelioma, um tipo de cancro. Alguns meses depois, em 11 de novembro, ele faleceu em sua casa na Cidade do Cabo, enquanto dormia, aos 85 anos de idade.

  

domingo, março 17, 2024

O referendo que acabou com o apartheid na África do Sul foi há 32 anos


 

 

Election results
Yes or no Votes Percentage
Yes check.svg Yes 1,924,186 68.73%
X mark.svg No 875,619 31.27%
Valid votes 2,799,805 99.82%
Invalid or blank votes 5,142 0.18%
Total votes 2,804,947 100.00%
Voter turnout 85.08%
Electorate 3,296,800

   

Results by region
 
 
The 1992 referendum was held in South Africa on 17 March of that year. In it, white South Africans were asked to vote in the country's last whites-only referendum to determine whether or not they supported the negotiated reforms begun by State President F.W. de Klerk two years earlier, in which he proposed to end the apartheid that had been started in 1948. The result of the election was a large victory for the "yes" side, which ultimately resulted in apartheid being lifted.
  

domingo, fevereiro 11, 2024

Nelson Mandela foi libertado há trinta e quatro anos...!

(imagem daqui)
      
Nelson Rolihlahla Mandela (Mvezo, 18 de julho de 1918 - Joanesburgo, 5 de dezembro de 2013) foi um advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra,  vencedor do Prémio Nobel da Paz de 1993 e Pai da Pátria da moderna nação sul-africana.
    
      
(...)
   
Mandela e de Klerk: os adversários cumprimentam-se
     
Em 11 de fevereiro de 1990 Mandela finalmente é solto. Uma multidão aclama-o, respondendo quando no gesto de luta ergue o punho fechado. Tem fim o longo cárcere, e ele iria depois registar o momento: "Quando me vi no meio da multidão, alcei o punho direito e estalou um clamor. Não havia podido fazer isso desde há vinte e sete anos, e me invadiu uma sensação de alegria e de força."
Os passos de Mandela ao sair da prisão de Victor Vester, atualmente renomeada para Drakenstein, foram perpetuados na sua entrada, com uma estátua em bronze de 3 metros de altura em que o líder aparece com o braço direito erguido e o punho fechado, inaugurada em 2008.
Nos encontros públicos que então realizaram mais tarde Mandela gritava "Amandla!" ("Poder!), ao que a multidão respondia - "Awethu!" ("Para o povo!"); mas os seus discursos não eram tão inflamados, e sim conciliadores, para a deceção dos setores mais radicais.
As inovações que encontrou fora da prisão foram-lhe um choque; ao ter sido preso, em 1958, não havia sequer televisão no país; ficou surpreso por ser possível usar o telefone dentro de um avião - tinha que enfrentar um ritmo de vida que não conhecia.
A 22 de abril de 1991 foi agraciado, por Portugal, com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.
Em julho de 1991 é eleito presidente do ANC, e passa a empreender viagens a vários países (inclusive ao Brasil), mostrando-se desde então um verdadeiro estadista.
Em julho de 1992 um referendo entre os brancos dá ao governo, com mais de 68% de votos, o aval para as reformas e permitem a realização de uma futura constituinte.
    

terça-feira, dezembro 05, 2023

Música adequada à data...

 

Free Nelson Mandela - The Specials 


Free Nelson Mandela
Free free
Free free free Nelson Mandela

Free Nelson Mandela

21 years in captivity
Shoes too small to fit his feet
His body abused, but his mind is still free
You're so blind that you cannot see

Free Nelson Mandela

Visited the causes at the AMC
Only one man in a large army
You're so blind that you cannot see
You're so deaf that you cannot hear him

Free Nelson Mandela

21 tears in captivity
You're so blind that you cannot see
You're so deaf that you cannot hear him
You're so dumb that you cannot speak

Free Nelson Mandela

 

Mandela morreu há dez anos...


Nelson Rolihlahla Mandela (Mvezo, 18 de julho de 1918 - Joanesburgo, 5 de dezembro de 2013) foi um advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra, vencedor do Prémio Nobel da Paz de 1993, e pai da moderna nação sul-africana, onde é normalmente referido como Madiba (nome do seu clã) ou Tata ('Pai').
   

terça-feira, julho 18, 2023

Saudades de Mandela...

 

Free Nelson Mandela - The Specials 


Free Nelson Mandela
Free free
Free free free Nelson Mandela

Free Nelson Mandela

21 years in captivity
Shoes too small to fit his feet
His body abused, but his mind is still free
You're so blind that you cannot see

Free Nelson Mandela

Visited the causes at the AMC
Only one man in a large army
You're so blind that you cannot see
You're so deaf that you cannot hear him

Free Nelson Mandela

21 tears in captivity
You're so blind that you cannot see
You're so deaf that you cannot hear him
You're so dumb that you cannot speak

Free Nelson Mandela

Mandela nasceu há 105 anos...


Nelson Rolihlahla Mandela (Mvezo, 18 de julho de 1918 - Joanesburgo, 5 de dezembro de 2013) foi um advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra, vencedor do Prémio Nobel da Paz de 1993, e pai da moderna nação sul-africana, onde é normalmente referido como Madiba (nome do seu clã) ou Tata ('Pai').

    

quinta-feira, abril 27, 2023

A RSA elegeu democraticamente o Presidente e o Parlamento há 29 anos

 
O dia 27 de abril é o “Dia da Liberdade” para os sul-africanos. A data marcou a primeira eleição (em 1994) que não foi determinada pelas regras do apartheid (regime de segregação racial oficializado pelo governo da África do Sul) desde 1948. Até então, a cor restringia a participação nas eleições de tal modo que, de uma população de quase 28 milhões, apenas 3 milhões eram eleitores. A eleição de 1994, sem restrições raciais, (para as assembleias regionais e para a assembleia nacional do país) foi possível em função das negociações de paz que envolveram toda a sociedade sul-africana após a libertação de Nelson Mandela, em 1990. O partido do mais famoso dissidente político do mundo, Congresso Nacional Africano, foi o grande vencedor do pleito, o que garantiu a eleição de Mandela para a presidência da República.
A eleição foi organizada pela Comissão Eleitoral Independente, formada por representantes de diversos setores da sociedade sul-africana e presidida pelo líder do principal tribunal do país. A Comissão enfrentou uma série de problemas, a ponto de relatório do Departamento de Estado dos EUA ter considerado sua tarefa um “pesadelo logístico”.
Os eleitores não estavam registados em qualquer banco de dados específico. O documento exigido era o de identidade, e os membros das mesas foram instruídos para flexibilizar soluções para os casos mais complicados. A eleição decorreu ao longo de seis dias, e, como o eleitor podia votar em qualquer mesa, alguns locais tiveram filas cujo tamanho alcançaram a marca dos quilómetros. Ao largo de todos estes problemas, os observadores internacionais, vinculados tanto à ONU quanto à União Europeia, afiançaram a credibilidade do pleito, que marcou uma nova era na política sul-africana.
Os votos válidos chegaram a 19.726.579, e os dois partidos mais votados para a Assembleia Nacional foram o Congresso Nacional Africano, com 12.237.655 votos (62.65% e 252 deputados), o Partido Nacional, com 3.983.690 de votos (20.39% e 82 deputados).

 

sábado, março 18, 2023

Frederik Willem de Klerk nasceu há 87 anos

 
Frederik Willem de Klerk
(Joanesburgo, 18 de março de 1936 - Cidade do Cabo, 11 de novembro de 2021) foi um político sul-africano que serviu como presidente da África do Sul de setembro de 1989 a maio de 1994, tendo sido o último branco a ocupar o cargo. De Klerk foi também o líder do Partido Nacional, de fevereiro de 1989 a setembro de 1997.

Nascido em Joanesburgo numa influente família africânder, de Klerk estudou na Universidade de Potchefstroom antes de começar uma carreira como advogado. Ele filiou-se no Partido Nacional, que tinha ligações com a sua família, sendo eleito para o Parlamento e foi membro do governo de P. W. Botha, servindo em vários postos ministeriais. Como ministro, ele apoiou e implementou políticas do apartheid, um sistema de segregação racial que privilegiava os sul-africanos brancos em detrimento da maioria negra. Após a renúncia do presidente Botha em 1989, de Klerk substitui-o, primeiro como líder do Partido Nacional e depois como Presidente do país. Embora observadores da época acreditassem que de Klerk continuaria com as políticas de Botha de defesa do apartheid, ele decidiu seguir ao caminho oposto e apostar na abertura política e encerrar a política estatal de segregação. Ele estava ciente da crescente animosidade e violência étnica que estava a levar a África do Sul a uma guerra civil racial. No meio dessa crise, as forças de segurança do Estado cometeram abusos generalizados de direitos humanos e encorajavam a violência entre os povos xhosa e zulu, embora de Klerk negasse que sancionava estas atitudes. Então, para apaziguar o clima tenso interno da nação, além das condenações da comunidade internacional, ele permitiu marchas e manifestações anti-apartheid, legalizou uma série de partidos políticos anti-apartheid anteriormente proibidos e libertou ativistas presos, incluindo Nelson Mandela. O presidente também desmantelou o programa nuclear sul-africano.

De Klerk negociou com Mandela o desmantelamento do governo do apartheid e estabeleceu a transição política para o sufrágio universal. Em 1993, ele formalmente pediu desculpas pelos efeitos maléficos do apartheid, mas não pelo apartheid em si. Ele supervisionou a eleição livre de 1994 onde Mandela liderou o Congresso Nacional Africano (o ANC) e levou à vitória; o Partido Nacional de Frederik de Klerk terminou em segundo lugar. De Klerk foi vice-presidente de Mandela na sua coligação, formando o Governo de Unidade Nacional. Nesta posição, ele apoiou as políticas económicas liberais do governo Mandela, mas opôs-se à instituição da Comissão de Verdade e Reconciliação que deveria investigar violações de direitos humanos na era do apartheid. De Klerk defendia amnistia completa. A sua relação de trabalho com Mandela era tensa, embora mais tarde ele falasse positivamente dele. Em maio de 1996, após o Partido Nacional se opor à nova constituição do país, de Klerk retirou-se da coligação de governo; o partido desfez-se no ano seguinte e reapareceu como o "Novo Partido Nacional". Em 1997, ele retirou-se da política ativa e, a partir daí, lecionou internacionalmente.

De Klerk foi uma figura controversa. Ele recebeu vários prémios, incluindo um Nobel da Paz, ganhando muitos elogios por desmantelar o apartheid e trazer o sufrágio universal para a África do Sul. Por outro lado, ativistas anti-apartheid criticaram-no por oferecer apenas um pedido de desculpas básico pelo regime repressivo e por ignorar os abusos de direitos humanos pelas forças de segurança do Estado. Enquanto isso, membros da extrema-direita sul-africana e supremacistas brancos acusaram-no de traição por abandonar o apartheid.

Em 19 de março de 2021, foi anunciado que De Klerk sofria com mesotelioma, um tipo de cancro. Alguns meses depois, em 11 de novembro, ele faleceu em sua casa na Cidade do Cabo, enquanto dormia, aos 85 anos de idade.

  

sexta-feira, março 17, 2023

O referendo que acabou com o apartheid na África do Sul foi há 31 anos


Election results
Yes or no Votes Percentage
Yes check.svg Yes 1,924,186 68.73%
X mark.svg No 875,619 31.27%
Valid votes 2,799,805 99.82%
Invalid or blank votes 5,142 0.18%
Total votes 2,804,947 100.00%
Voter turnout 85.08%
Electorate 3,296,800

   

Results by region
 
 
The 1992 referendum was held in South Africa on 17 March of that year. In it, white South Africans were asked to vote in the country's last whites-only referendum to determine whether or not they supported the negotiated reforms begun by State President F.W. de Klerk two years earlier, in which he proposed to end the apartheid that had been started in 1948. The result of the election was a large victory for the "yes" side, which ultimately resulted in apartheid being lifted.
  

 

sábado, fevereiro 11, 2023

Nelson Mandela foi libertado há trinta e três anos...!

(imagem daqui)
      
Nelson Rolihlahla Mandela (Mvezo, 18 de julho de 1918 - Joanesburgo, 5 de dezembro de 2013) foi um advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra,  vencedor do Prémio Nobel da Paz de 1993, e Pai da Pátria da moderna nação sul-africana.
    
      
(...)
   
Mandela e de Klerk: os adversários cumprimentam-se
     
Em 11 de fevereiro de 1990 Mandela finalmente é solto. Uma multidão aclama-o, respondendo quando no gesto de luta ergue o punho fechado. Tem fim o longo cárcere, e ele iria depois registar o momento: "Quando me vi no meio da multidão, alcei o punho direito e estalou um clamor. Não havia podido fazer isso desde há vinte e sete anos, e me invadiu uma sensação de alegria e de força."
Os passos de Mandela ao sair da prisão de Victor Vester, atualmente renomeada para Drakenstein, foram perpetuados na sua entrada, com uma estátua em bronze de 3 metros de altura em que o líder aparece com o braço direito erguido e o punho fechado, inaugurada em 2008.
Nos encontros públicos que então realizaram mais tarde Mandela gritava "Amandla!" ("Poder!), ao que a multidão respondia - "Awethu!" ("Para o povo!"); mas os seus discursos não eram tão inflamados, e sim conciliadores, para a deceção dos setores mais radicais.
As inovações que encontrou fora da prisão foram-lhe um choque; ao ter sido preso, em 1958, não havia sequer televisão no país; ficou surpreso por ser possível usar o telefone dentro de um avião - tinha que enfrentar um ritmo de vida que não conhecia.
A 22 de abril de 1991 foi agraciado, por Portugal, com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.
Em julho de 1991 é eleito presidente do ANC, e passa a empreender viagens a vários países (inclusive ao Brasil), mostrando-se desde então um verdadeiro estadista.
Em julho de 1992 um referendo entre os brancos dá ao governo, com mais de 68% de votos, o aval para as reformas e permitem a realização de uma futura constituinte.
    

segunda-feira, dezembro 05, 2022

Música adequada à data...

Mandela morreu há nove anos...

  
Nelson Rolihlahla Mandela (Mvezo, 18 de julho de 1918 - Joanesburgo, 5 de dezembro de 2013) foi um advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra, vencedor do Prémio Nobel da Paz de 1993, e pai da moderna nação sul-africana, onde é normalmente referido como Madiba (nome do seu clã) ou Tata ('Pai').
   

segunda-feira, julho 18, 2022

Saudades de Mandela...

Mandela nasceu há 104 anos...


Nelson Rolihlahla Mandela (Mvezo, 18 de julho de 1918 - Joanesburgo, 5 de dezembro de 2013) foi um advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra, vencedor do Prémio Nobel da Paz de 1993, e pai da moderna nação sul-africana, onde é normalmente referido como Madiba (nome do seu clã) ou Tata ('Pai').

    

domingo, junho 12, 2022

Nelson Mandela foi condenado a prisão perpétua há 58 anos...

 

 
O Julgamento de Rivonia é como passou à história o célebre julgamento ocorrido em 1963 e 1964, na África do Sul sob o Apartheid, no qual dez líderes do ANC foram acusados de sabotagem e foram submetidos a proposta de condenação à morte.
Recebeu o nome devido ao local onde foram presas seis dessas lideranças - um subúrbio de Joanesburgo chamado Rivonia, onde tinham o seu esconderijo, numa fazenda chamada Liliesleaf, cuja fotografia se pode ver em baixo. Naquela época o local, afastado cerca de 15 km do centro da cidade, era uma região de quintas, completamente rural, em contraste com a situação atual, em que é um local de comércio. A prisão ocorreu em 11 de julho de 1963.
   
Casa em Rivonia (Winston Avenue) onde os diversos ativistas foram presos, em 1963
     
Envolvidos
Não foram julgados os seguintes líderes do Congresso Nacional Africano (ANC) e do Partido Comunista da África do Sul (PCAS): Robert Hepple (PCAS), Harold Wolpe e Arthur Goldreich (PCAS, presos em Rivonia, mas escaparam) e, finalmente, o Chefe Albert Luthuli, presidente geral do ANC.
Também foram nele envolvidos Oliver Tambo (ANC, no exílio), Ruth First (líder do PCAS), Joseph Slovo (PCSA, no exílio) e Michael Harmel (PCSA).
Era, então, primeiro-ministro Henrik Verwoerd e ministro da justiça John Vorster; o julgamento foi acompanhado por observadores britânicos e norte-americanos.
    
Julgamento
Tomando por base documentos encontrados que incriminavam os réus, entre eles um referente à guerrilha (chamado de Operação Mayibuye), bem como anotações de Mandela sobre a guerrilha e o seu diário de viagem pela África de 1962, a acusação foi feita pelos promotores Percy Yutar e A. B. Krog.
Mandela já estava preso, condenado por incitação e por haver deixado o país ilegalmente e, em vez de ser arrolado como testemunha, foi levado também para o banco dos réus, onde, em 20 de abril de 1964 proferiu seu famoso discurso "Estou preparado para morrer".
A 12 de junho de 1964 oito dos réus receberam uma condenação à prisão perpétua, dada pelo juiz Quartus de Wet, no Palácio da Justiça, em Pretória.
    
      

quarta-feira, abril 27, 2022

Os sul-africanos elegeram democraticamente o Presidente e o parlamento há 28 anos

 
O dia 27 de abril é o “Dia da Liberdade” para os sul-africanos. A data marcou a primeira eleição (em 1994) que não foi determinada pelas regras do apartheid (regime de segregação racial oficializado pelo governo da África do Sul) desde 1948. Até então, a cor restringia a participação nas eleições de tal modo que, de uma população de quase 28 milhões, apenas 3 milhões eram eleitores. A eleição de 1994, sem restrições raciais, (para as assembleias regionais e para a assembleia nacional do país) foi possível em função das negociações de paz que envolveram toda a sociedade sul-africana após a libertação de Nelson Mandela, em 1990. O partido do mais famoso dissidente político do mundo, Congresso Nacional Africano, foi o grande vencedor do pleito, o que garantiu a eleição de Mandela para a presidência da República.
A eleição foi organizada pela Comissão Eleitoral Independente, formada por representantes de diversos setores da sociedade sul-africana e presidida pelo líder do principal tribunal do país. A Comissão enfrentou uma série de problemas, a ponto de relatório do Departamento de Estado dos EUA ter considerado sua tarefa um “pesadelo logístico”.
Os eleitores não estavam registados em qualquer banco de dados específico. O documento exigido era o de identidade, e os membros das mesas foram instruídos para flexibilizar soluções para os casos mais complicados. A eleição decorreu ao longo de seis dias, e, como o eleitor podia votar em qualquer mesa, alguns locais tiveram filas cujo tamanho alcançaram a marca dos quilómetros. Ao largo de todos estes problemas, os observadores internacionais, vinculados tanto à ONU quanto à União Europeia, afiançaram a credibilidade do pleito, que marcou uma nova era na política sul-africana.
Os votos válidos chegaram a 19.726.579, e os dois partidos mais votados para a Assembleia Nacional foram o Congresso Nacional Africano, com 12.237.655 votos (62.65% e 252 cadeiras), o Partido Nacional, com 3.983.690 de votos (20.39% e 82 cadeiras).

 

in Wikipédia

sexta-feira, março 18, 2022

Frederik Willem de Klerk nasceu há 86 anos

 
Frederik Willem de Klerk
(Joanesburgo, 18 de março de 1936 - Cidade do Cabo, 11 de novembro de 2021) foi um político sul-africano que serviu como presidente da África do Sul de setembro de 1989 a maio de 1994, tendo sido o último branco a ocupar o cargo. De Klerk foi também o líder do Partido Nacional, de fevereiro de 1989 a setembro de 1997.

Nascido em Joanesburgo numa influente família africânder, de Klerk estudou na Universidade de Potchefstroom antes de começar uma carreira como advogado. Ele se filiou ao Partido Nacional, que tinha ligações com sua família, sendo eleito para o Parlamento e foi membro do governo de P. W. Botha, servindo em vários postos ministeriais. Como ministro, ele apoiou e implementou políticas do Apartheid, um sistema de segregação racial que privilegiava os sul-africanos brancos em detrimento da maioria negra. Após a renúncia do presidente Botha em 1989, de Klerk substitui-o, primeiro como líder do Partido Nacional e depois como Presidente do país. Embora observadores da época acreditassem que de Klerk continuaria com as políticas de Botha de defesa do apartheid, ele decidiu seguir ao caminho oposto e apostar na abertura política e encerrar a política estatal de segregação. Ele estava ciente da crescente animosidade e violência étnica que estava a levar a África do Sul a uma guerra civil racial. No meio dessa crise, as forças de segurança do Estado cometeram abusos generalizados de direitos humanos e encorajavam a violência entre os povos Xhosa e Zulu, embora de Klerk negasse que sancionava estas atitudes. Então, para apaziguar o clima tenso interno da nação, além das condenações da comunidade internacional, ele permitiu marchas e manifestações anti-apartheid, legalizou uma série de partidos políticos anti-apartheid anteriormente proibidos e libertou ativistas presos, incluindo Nelson Mandela. O presidente também desmantelou o programa nuclear sul-africano.

De Klerk negociou com Mandela o desmantelamento do governo do apartheid e estabeleceu a transição política para o sufrágio universal. Em 1993, ele formalmente pediu desculpas pelos efeitos maléficos do apartheid, mas não pelo apartheid em si. Ele supervisionou a eleição livre de 1994 onde Mandela liderou o Congresso Nacional Africano (o ANC) e levou à vitória; o Partido Nacional de Frederik de Klerk terminou em segundo lugar. De Klerk foi vice-presidente de Mandela na sua coligação, formando o Governo de Unidade Nacional. Nesta posição, ele apoiou as políticas económicas liberais do governo Mandela, mas opôs à instituição da Comissão de Verdade e Reconciliação que deveria investigar violações de direitos humanos na era do apartheid. De Klerk defendia amnistia completa. A sua relação de trabalho com Mandela era tensa, embora mais tarde ele falasse positivamente dele. Em maio de 1996, após o Partido Nacional se opor à nova constituição do país, de Klerk retirou-se da coligação de governo; o partido desfez-se no ano seguinte e reapareceu como o "Novo Partido Nacional". Em 1997, ele retirou-se da política ativa e, a partir daí, lecionou internacionalmente.

De Klerk foi uma figura controversa. Ele recebeu vários prémios, incluindo um Nobel da Paz, ganhando muitos elogios por desmantelar o apartheid e trazer o sufrágio universal para a África do Sul. Por outro lado, ativistas anti-apartheid criticaram-no por oferecer apenas um pedido de desculpas básico pelo regime repressivo e por ignorar os abusos de direitos humanos pelas forças de segurança do Estado. Enquanto isso, membros da extrema-direita sul-africana e supremacistas brancos acusaram-no de traição por abandonar o apartheid.

Em 19 de março de 2021, foi anunciado que De Klerk sofria com mesotelioma, um tipo de cancro. Alguns meses depois, em 11 de novembro, ele faleceu em sua casa na Cidade do Cabo, enquanto dormia, aos 85 anos de idade.

  

quinta-feira, março 17, 2022

O referendo que acabou com o apartheid foi há trinta anos...!


Election results
Yes or no Votes Percentage
Yes check.svg Yes 1,924,186 68.73%
X mark.svg No 875,619 31.27%
Valid votes 2,799,805 99.82%
Invalid or blank votes 5,142 0.18%
Total votes 2,804,947 100.00%
Voter turnout 85.08%
Electorate 3,296,800
 
South African apartheid referendum result by region, 1992.png
Results by region
 
 
The 1992 referendum was held in South Africa on 17 March of that year. In it, white South Africans were asked to vote in the country's last whites-only referendum to determine whether or not they supported the negotiated reforms begun by State President F.W. de Klerk two years earlier, in which he proposed to end the apartheid that had been started in 1948. The result of the election was a large victory for the "yes" side, which ultimately resulted in apartheid being lifted.
  

sexta-feira, fevereiro 11, 2022

Nelson Mandela foi libertado há trinta e dois anos...!

(imagem daqui)
      
Nelson Rolihlahla Mandela (Mvezo, 18 de julho de 1918 - Joanesburgo, 5 de dezembro de 2013) foi um advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra,  vencedor do Prémio Nobel da Paz de 1993, e Pai da Pátria da moderna nação sul-africana.
    
      
(...)
   
Mandela e de Klerk: os adversários cumprimentam-se
     
Em 11 de fevereiro de 1990 Mandela finalmente é solto. Uma multidão aclama-o, respondendo quando no gesto de luta ergue o punho fechado. Tem fim o longo cárcere, e ele iria depois registar o momento: "Quando me vi no meio da multidão, alcei o punho direito e estalou um clamor. Não havia podido fazer isso desde há vinte e sete anos, e me invadiu uma sensação de alegria e de força."
Os passos de Mandela ao sair da prisão de Victor Vester, atualmente renomeada para Drakenstein, foram perpetuados na sua entrada, com uma estátua em bronze de 3 metros de altura em que o líder aparece com o braço direito erguido e o punho fechado, inaugurada em 2008.
Nos encontros públicos que então realizaram mais tarde Mandela gritava "Amandla!" ("Poder!), ao que a multidão respondia - "Awethu!" ("Para o povo!"); mas seus discursos não eram tão inflamados, e sim conciliadores, para a deceção dos setores mais radicais.
As inovações que encontrou fora da prisão foram-lhe um choque; ao ter sido preso, em 1958, não havia sequer televisão no país; ficou surpreso por ser possível usar o telefone dentro de um avião - tinha que enfrentar um ritmo de vida que não conhecia.
A 22 de abril de 1991 foi agraciado, por Portugal, com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.
Em julho de 1991 é eleito presidente do ANC, e passa a empreender viagens a vários países (inclusive ao Brasil), mostrando-se desde então um verdadeiro estadista.
Em julho de 1992 um referendo entre os brancos dá ao governo, com mais de 68% de votos, o aval para as reformas e permitem a realização de uma futura constituinte.