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quinta-feira, dezembro 05, 2024

O Big Smoke começou a matar milhares de londrinos há 72 anos...

     
O Nevoeiro de 1952, conhecido também como Big Smoke, foi um período de severa poluição atmosférica, entre os dias 5 e 9 de dezembro de 1952, que cobriu a cidade de Londres. O fenómeno foi considerado como um dos piores impactes ambientais até então, sendo causado pelo crescimento incontrolado da queima de combustíveis fósseis na indústria e nos transportes. Acredita-se que o nevoeiro tenha causado a morte de 12.000 londrinos, e deixado outros 100.000 doentes.

História
Em dezembro de 1952, uma frente fria chegou a Londres e fez com que as pessoas queimassem mais carvão que o habitual no inverno. O aumento na poluição do ar foi agravado por uma inversão térmica, causada pela densa massa de ar frio. A acumulação de poluentes foi crescente, especialmente de fumo e partículas do carvão que era queimado.
Devido aos problemas económicos no pós-guerra, o carvão de melhor qualidade para o aquecimento havia sido exportado. Como resultado, os londrinos usaram o carvão de baixa qualidade, rico em enxofre, o que agravou muito o problema.
O nevoeiro resultante, uma mistura de névoa natural com muito fumo negro, tornou-se muito denso, chegando a impossibilitar o trânsito de automóveis nas ruas. Muitas sessões de filmes e concertos foram canceladas, uma vez que a plateia não podia ver o palco ou a tela, pois a fumaça invadiu facilmente os ambientes fechados.

Saúde pública
Inicialmente, não houve pânico, pois os nevoeiros em Londres, conhecidos por fog, são comuns e famosos. Porém, nas semanas seguintes as estatísticas compiladas pelos serviços médicos descobriram que o nevoeiro já havia matado 4.000 pessoas. A maioria das vítimas foram crianças muito novas, idosos e pessoas com problemas respiratórios pré-existentes. As mortes, na maioria dos casos, ocorreram em consequência de infeções do trato respiratório, causada por hipóxia, e também pela obstrução mecânica das vias respiratórias superiores, por deposição de secreções causada pela fumaça negra e afeções.
As infeções de pulmão eram principalmente broncopneumonia ou bronquite aguda. Um total de 8.000 pessoas morrem nas semanas e meses seguintes.

Meio ambiente
O grande número de mortes deu um importante impulso aos movimentos ambientais, e levou a uma reflexão acerca da poluição do ar, pois o fumo tinha mostrado ter grande potencial letal. Então, novas regulamentações legais foram criadas, restringindo o uso de combustíveis sujos na indústria e banindo o fumo negro. Nos anos seguintes, uma série de normas legais como o Clean Air Act 1956 e o Clean Air Act 1968, restringiram a poluição do ar.
O carvão, além de enxofre, contém metais pesados, altamente tóxicos, como mercúrio, cádmio, níquel e arsénio, entre outros.
   

sábado, abril 20, 2024

O desaste da plataforma Deepwater Horizon foi há catorze anos...

      
A explosão da plataforma Deepwater Horizon ocorreu no dia 20 de abril de 2010, no Golfo do México, nos Estados Unidos. O desastre consistiu na explosão da plataforma de petróleo semi-submersível Deepwater Horizon que pertence à Transocean e que estava sendo operada pela BP, afundando na quinta-feira seguinte à explosão, depois de ficar dois dias em chamas. Uma grande mancha de óleo espalhou-se e chegou à costa da Luisiana e a outros estados. De notar que 17 trabalhadores ficaram feridos e 11 morreram.
            
Imagem de satélite da NASA mostrando a mancha de petróleo, a 25 de abril de 2010

sexta-feira, março 29, 2024

Notícia antiga sobre um problema ambiental na Venezuela e a boa vontade para o tentar resolver

Milhares de pessoas (e os seus cães) doam cabelo para absorver um enorme derrame de petróleo

  

 

Voluntários fazem fila para doar o seu cabelo - por uma boa causa

    

Milhares de pessoas estão a cortar o cabelo e a doá-lo para ajudar a absorver um derrame de petróleo na Venezuela - que é tão grande, que pode ser visto do espaço.

No âmbito de uma iniciativa para ajudar na limpeza do Lago Maracaibo, na Venezuela, milhares de pessoas estão a cortar e doar o seu cabelo (e o dos seus cães) a uma associação ambientalista.

Os ambientalistas estão a usar o cabelo doado para tecer redes que são aplicadas nas zonas mais poluídas do lago, impedindo a propagação das manchas de petróleo.

Este invulgar método, usado há décadas, é uma ferramenta com comprovada eficácia na limpeza de petróleo.

Outrora um símbolo da riqueza dos depósitos petrolíferos da Venezuela, um dos maiores produtores mundiais de crude, as manchas de petróleo bruto que ao longo dos anos foram poluindo o Lago Maracaibo atingiram uma dimensão de tal ordem que podem ser vistas do espaço.

Agora, reporta o The Washington Post, uma jovem ambientalista está a tentar reverter o crescimento da poluição do lago venezuelano pedindo a voluntários que doem o seu cabelo para absorver o petróleo.

“Milhares de pessoas já doaram o seu cabelo, e algumas até trouxeram os seus cães para contribuir para esta causa”, explica Selene Estrach, de 28 anos, fundadora da organização ambientalista venezuelana Proyecto Sirena, responsável pela iniciativa.

Os cabelos recolhidos pela equipa de Estrach vão ser usados para tecer redes - chamadas boias - que, além impedir a propagação das manchas, conseguem mesmo absorver o próprio petróleo.

Segundo Estrach, dois quilos de cabelo podem absorver de 5 a 7,7 quilos de petróleo. Mas, considerando que caem ao lago mil barris de petróleo por dia, com os recursos de que dispõe atualmente a organização necessitaria de 381 anos para limpar todo o crude que polui o lago.

O passo seguinte, explica a ambientalista, é desenvolver uma forma de espremer com segurança e descartar o petróleo, para que as boias possam ser reutilizadas.

O trabalho de Estrach segue os passos de ambientalistas que têm estado a explorar este método há décadas.

Em 1989, Phillip McCrory, um cabeleireiro do Alabama, nos EUA, criou o protótipo de um dispositivo de limpeza de petróleo feito de cabelo humano - um dispositivo que, segundo um estudo de 1998a NASA testou e considerou eficaz.

 

in ZAP

terça-feira, dezembro 05, 2023

Há 71 anos o Big Smoke começou a matar milhares de londrinos...

     
O Nevoeiro de 1952, conhecido também como Big Smoke, foi um período de severa poluição atmosférica, entre os dias 5 e 9 de dezembro de 1952, que cobriu a cidade de Londres. O fenómeno foi considerado como um dos piores impactes ambientais até então, sendo causado pelo crescimento incontrolado da queima de combustíveis fósseis na indústria e nos transportes. Acredita-se que o nevoeiro tenha causado a morte de 12.000 londrinos, e deixado outros 100.000 doentes.

História
Em dezembro de 1952, uma frente fria chegou a Londres e fez com que as pessoas queimassem mais carvão que o usual no inverno. O aumento na poluição do ar foi agravado por uma inversão térmica, causada pela densa massa de ar frio. A acumulação de poluentes foi crescente, especialmente de fumo e partículas do carvão que era queimado.
Devido aos problemas económicos no pós-guerra, o carvão de melhor qualidade para o aquecimento havia sido exportado. Como resultado, os londrinos usaram o carvão de baixa qualidade, rico em enxofre, o que agravou muito o problema.
O nevoeiro resultante, uma mistura de névoa natural com muito fumo negro, tornou-se muito denso, chegando a impossibilitar o trânsito de automóveis nas ruas. Muitas sessões de filmes e concertos foram canceladas, uma vez que a plateia não podia ver o palco ou a tela, pois a fumaça invadiu facilmente os ambientes fechados.

Saúde pública
Inicialmente, não houve pânico, pois os nevoeiros em Londres, conhecidos por fog, são comuns e famosos. Porém, nas semanas seguintes as estatísticas compiladas pelos serviços médicos descobriram que o nevoeiro já havia matado 4.000 pessoas. A maioria das vítimas foram crianças muito novas, idosos e pessoas com problemas respiratórios pré-existentes. As mortes, na maioria dos casos, ocorreram em consequência de infeções do trato respiratório, causada por hipóxia, e também pela obstrução mecânica das vias respiratórias superiores por deposição de secreções causada pela fumaça negra e afeções.
As infeções de pulmão eram principalmente broncopneumonia ou bronquite aguda. Um total de 8.000 pessoas morrem nas semanas e meses seguintes.

Meio ambiente
O grande número de mortes deu um importante impulso aos movimentos ambientais, e levou a uma reflexão acerca da poluição do ar, pois o fumo tinha mostrado ter grande potencial letal. Então, novas regulamentações legais foram criadas, restringindo o uso de combustíveis sujos na indústria e banindo o fumo negro. Nos anos seguintes, uma série de normas legais como o Clean Air Act 1956 e o Clean Air Act 1968, restringiram a poluição do ar.
O carvão, além de enxofre, contém metais pesados, altamente tóxicos, como mercúrio, cádmio, níquel e arsénio, entre outros.
   

quinta-feira, abril 20, 2023

O desaste da plataforma Deepwater Horizon foi há treze anos...

      
A explosão da plataforma Deepwater Horizon ocorreu no dia 20 de abril de 2010, no Golfo do México, nos Estados Unidos. O desastre consistiu na explosão da plataforma de petróleo semi-submersível Deepwater Horizon que pertence à Transocean e que estava sendo operada pela BP, afundando na quinta-feira seguinte à explosão, depois de ficar dois dias em chamas. Uma grande mancha de óleo espalhou-se e chegou à costa da Luisiana e a outros estados. De notar que 17 trabalhadores ficaram feridos e 11 morreram.
            
Imagem de satélite da NASA mostrando a mancha de petróleo, a 25 de abril de 2010

segunda-feira, dezembro 05, 2022

O Big Smoke começou a matar os londrinos aos milhares há setenta anos...

     
O Nevoeiro de 1952, conhecido também como Big Smoke, foi um período de severa poluição atmosférica, entre os dias 5 e 9 de dezembro de 1952, que cobriu a cidade de Londres. O fenómeno foi considerado como um dos piores impactes ambientais até então, sendo causado pelo crescimento incontrolado da queima de combustíveis fósseis na indústria e nos transportes. Acredita-se que o nevoeiro tenha causado a morte de 12.000 londrinos, e deixado outros 100.000 doentes.

História
Em dezembro de 1952, uma frente fria chegou a Londres e fez com que as pessoas queimassem mais carvão que o usual no inverno. O aumento na poluição do ar foi agravado por uma inversão térmica, causada pela densa massa de ar frio. A acumulação de poluentes foi crescente, especialmente de fumo e partículas do carvão que era queimado.
Devido aos problemas económicos no pós-guerra, o carvão de melhor qualidade para o aquecimento havia sido exportado. Como resultado, os londrinos usaram o carvão de baixa qualidade, rico em enxofre, o que agravou muito o problema.
O nevoeiro resultante, uma mistura de névoa natural com muito fumo negro, tornou-se muito denso, chegando a impossibilitar o trânsito de automóveis nas ruas. Muitas sessões de filmes e concertos foram canceladas, uma vez que a plateia não podia ver o palco ou a tela, pois a fumaça invadiu facilmente os ambientes fechados.

Saúde pública
Inicialmente, não houve pânico, pois os nevoeiros em Londres, conhecidos por fog, são comuns e famosos. Porém, nas semanas seguintes as estatísticas compiladas pelos serviços médicos descobriram que o nevoeiro já havia matado 4.000 pessoas. A maioria das vítimas foram crianças muito novas, idosos e pessoas com problemas respiratórios pré-existentes. As mortes, na maioria dos casos, ocorreram em consequência de infeções do trato respiratório, causada por hipóxia, e também pela obstrução mecânica das vias respiratórias superiores por deposição de secreções causada pela fumaça negra e afeções.
As infeções de pulmão eram principalmente broncopneumonia ou bronquite aguda. Um total de 8.000 pessoas morrem nas semanas e meses seguintes.

Meio ambiente
O grande número de mortes deu um importante impulso aos movimentos ambientais, e levou a uma reflexão acerca da poluição do ar, pois o fumo tinha mostrado ter grande potencial letal. Então, novas regulamentações legais foram criadas, restringindo o uso de combustíveis sujos na indústria e banindo o fumo negro. Nos anos seguintes, uma série de normas legais como o Clean Air Act 1956 e o Clean Air Act 1968, restringiram a poluição do ar.
O carvão, além de enxofre, contém metais pesados, altamente tóxicos, como mercúrio, cádmio, níquel e arsénio, entre outros.
   

quarta-feira, abril 20, 2022

A plataforma Deepwater Horizon explodiu há doze anos

    
A explosão da plataforma Deepwater Horizon ocorreu no dia 20 de abril de 2010, no Golfo do México, nos Estados Unidos. O desastre consistiu na explosão da plataforma de petróleo semi-submersível Deepwater Horizon que pertence à Transocean e que estava sendo operada pela BP, afundando na quinta-feira seguinte à explosão, depois de ficar dois dias em chamas. Uma grande mancha de óleo espalhou-se e chegou à costa da Luisiana e a outros estados. De notar que 17 trabalhadores ficaram feridos e 11 faleceram.
          
Imagem de satélite da NASA mostrando a mancha de petróleo, a 25 de abril de 2010

domingo, dezembro 05, 2021

Há 69 anos o Big Smoke começou a matar milhares de londrinos

  
O Nevoeiro de 1952, conhecido também como Big Smoke, foi um período de severa poluição atmosférica, entre os dias 5 e 9 de dezembro de 1952 que encobriu a cidade de Londres. O fenómeno foi considerado como um dos piores impactes ambientais até então, sendo causado pelo crescimento incontrolado da queima de combustíveis fósseis na indústria e nos transportes. Acredita-se que o nevoeiro tenha causado a morte de 12.000 londrinos, e deixado outros 100.000 doentes.

História
Em dezembro de 1952, uma frente fria chegou a Londres e fez com que as pessoas queimassem mais carvão que o usual no inverno. O aumento na poluição do ar foi agravado por uma inversão térmica, causada pela densa massa de ar frio. A acumulação de poluentes foi crescente, especialmente de fumo e partículas do carvão que era queimado.
Devido aos problemas económicos no pós-guerra, o carvão de melhor qualidade para o aquecimento havia sido exportado. Como resultado, os londrinos usaram o carvão de baixa qualidade, rico em enxofre, o que agravou muito o problema.
O nevoeiro resultante, uma mistura de névoa natural com muito fumo negro, tornou-se muito denso, chegando a impossibilitar o trânsito de automóveis nas ruas. Muitas sessões de filmes e concertos foram canceladas, uma vez que a plateia não podia ver o palco ou a tela, pois a fumaça invadiu facilmente os ambientes fechados.

Saúde pública
Inicialmente, não houve pânico, pois os nevoeiros em Londres, conhecidos por fog, são comuns e famosos. Porém, nas semanas seguintes as estatísticas compiladas pelos serviços médicos descobriram que o nevoeiro já havia matado 4.000 pessoas. A maioria das vítimas foram crianças muito novas, idosos e pessoas com problemas respiratórios pré-existentes. As mortes, na maioria dos casos, ocorreram em consequência de infecções do trato respiratório, causada por hipóxia, e também pela obstrução mecânica das vias respiratórias superiores por deposição de secreções causada pela fumaça negra e afecções.
As infecções de pulmão eram principalmente broncopneumonia ou bronquite aguda. Um total de 8.000 pessoas morrem nas semanas e meses seguintes.

Meio ambiente
O grande número de mortes deu um importante impulso aos movimentos ambientais, e levou a uma reflexão acerca da poluição do ar, pois o fumo tinha mostrado ter grande potencial letal. Então, novas regulamentações legais foram criadas, restringindo o uso de combustíveis sujos na indústria e banindo o fumo negro. Nos anos seguintes, uma série de normas legais como o Clean Air Act 1956 e o Clean Air Act 1968, restringiram a poluição do ar.
O carvão, além de enxofre, contém metais pesados, altamente tóxicos, como mercúrio, cádmio, níquel e arsénio, entre outros.
   

terça-feira, abril 20, 2021

A plataforma Deepwater Horizon explodiu há onze anos

  
A explosão da plataforma Deepwater Horizon ocorreu no dia 20 de abril de 2010, no Golfo do México, nos Estados Unidos. O desastre consistiu na explosão da plataforma de petróleo semi-submersível Deepwater Horizon que pertence à Transocean e que estava sendo operada pela BP, afundando na quinta-feira seguinte à explosão, depois de ficar dois dias em chamas. Uma grande mancha de óleo espalhou-se e chegou à costa da Louisiana e a outros estados. De notar que 17 trabalhadores ficaram feridos e 11 faleceram.
      
Imagem de satélite da NASA mostrando a mancha de óleo, a 25 de abril de 2010

sábado, abril 20, 2019

A explosão da plataforma Deepwater Horizon foi há nove anos

A plataforma Deepwater Horizon antes da explosão
   
A explosão da plataforma Deepwater Horizon ocorreu no dia 20 de abril de 2010, no Golfo do México, nos Estados Unidos. O desastre consistiu na explosão da plataforma de petróleo semi-submersível Deepwater Horizon, da empresa Transocean e que estava sendo operada pela BP, afundando na quinta-feira seguinte à explosão, depois de ter ficado dois dias em chamas. Uma grande mancha de óleo espalhou-se e que chegou à costa da Louisiana e a outros estados. Houve 17 trabalhadores que ficaram feridos e 11 faleceram.
  
A torre estava na fase final da perfuração de um poço, na qual se reforça com concreto o poço. Este é um processo delicado, pois há possibilidade de os fluidos do poço serem libertados descontroladamente. No dia 20 de abril de 2010 houve uma explosão na torre e esta incendiou-se. Morreram onze pessoas em consequência deste acidente, 11 outros foram encontrados com vida. Sete trabalhadores foram evacuados para a estação aérea naval em Nova Orleães e levados para o hospital. Barcos de apoio lançaram água para a torre, numa infrutífera tentativa de extinguir as chamas. A Deepwater Horizon afundou-se a 22 de abril de 2010, em águas com aproximadamente 1500 metros de profundidade, e os seus restos foram encontrados no leito marinho a aproximadamente 400 metros a noroeste do poço.
O derrame de petróleo resultante prejudicou o habitat de centenas de espécies de aves.
   
A BP anunciou, em 17 de julho de 2010, ter conseguido estancar temporariamente o derrame de petróleo, depois de instaladas novas válvulas que conseguiram travar o derrame.
  
Imagem da NASA mostrando o petróleo a 25 de abril de 2010, vendo-se o delta do Mississippi 

sábado, março 24, 2018

A maré negra do Exxon Valdez começou há 29 anos

Exxon Valdez (anteriormente conhecido também como Dong Fang Ocean, Exxon Mediterranean, SeaRiver Mediterranean, S/R Mediterranean e Mediterranean) foi um navio petroleiro que ganhou notoriedade em 24 de março de 1989, quando 50.000 a 150.000 m³ (aproximadamente 257.000 barris) do petróleo que transportava foram lançadas ao mar, na costa do Alasca, depois de o navio encalhar na Enseada do Príncipe Guilherme (Prince William Sound). Em conseqüência, houve um grande desastre ambiental. Centenas de milhares de animais morreram nos meses seguintes. De acordo com as estimativas, morreram 250.000 pássaros marinhos, 2.800 lontras marinhas, 250 águias e 22 orcas, além da perda de milhares de milhões de ovos de salmão. Foi o segundo maior derramamento de petróleo da história dos Estados Unidos. Na época, o navio pertencia à ExxonMobil.
Em 2002, a União Europeia proibiu a utilização de navios petroleiros de casco simples e o “Valdez”, renomeado “Mediterranean”, foi enviado para as águas da Ásia.
Em 2007, o Valdez foi convertido num transportador de minérios e renomeado como “Dong Fang Ocean”.
Em 2011, com o nome de “Oriental Nicety,” o navio foi vendido a uma companhia de demolições indiana, a Priya Blue Industries, a mesma empresa que, em 2006, tinha atraído má fama após terem afundado um navio que continha amianto.
Em 2012 o “Oriental Nicety” foi desmantelado na Índia.

terça-feira, dezembro 05, 2017

Há 65 anos o Big Smoke começou a matar milhares de londrinos

O Nevoeiro de 1952, conhecido também como Big Smoke, foi um período de severa poluição atmosférica, entre os dias 5 e 9 de dezembro de 1952 que encobriu a cidade de Londres. O fenómeno foi considerado como um dos piores impactes ambientais até então, sendo causado pelo crescimento incontrolado da queima de combustíveis fósseis na indústria e nos transportes. Acredita-se que o nevoeiro tenha causado a morte de 12.000 londrinos, e deixado outros 100.000 doentes.

História
Em dezembro de 1952, uma frente fria chegou a Londres e fez com que as pessoas queimassem mais carvão que o usual no inverno. O aumento na poluição do ar foi agravado por uma inversão térmica, causada pela densa massa de ar frio. A acumulação de poluentes foi crescente, especialmente de fumo e partículas do carvão que era queimado.
Devido aos problemas económicos no pós-guerra, o carvão de melhor qualidade para o aquecimento havia sido exportado. Como resultado, os londrinos usaram o carvão de baixa qualidade, rico em enxofre, o que agravou muito o problema.
O nevoeiro resultante, uma mistura de névoa natural com muito fumo negro, tornou-se muito denso, chegando a impossibilitar o trânsito de automóveis nas ruas. Muitas sessões de filmes e concertos foram canceladas, uma vez que a plateia não podia ver o palco ou a tela, pois a fumaça invadiu facilmente os ambientes fechados.

Saúde pública
Inicialmente, não houve pânico, pois os nevoeiros em Londres, conhecidos por fog, são comuns e famosos. Porém, nas semanas seguintes as estatísticas compiladas pelos serviços médicos descobriram que o nevoeiro já havia matado 4.000 pessoas. A maioria das vítimas foram crianças muito novas, idosos e pessoas com problemas respiratórios pré-existentes. As mortes, na maioria dos casos, ocorreram em consequência de infecções do trato respiratório, causada por hipóxia, e também pela obstrução mecânica das vias respiratórias superiores por deposição de secreções causada pela fumaça negra e afecções.
As infecções de pulmão eram principalmente broncopneumonia ou bronquite aguda. Um total de 8.000 pessoas morrem nas semanas e meses seguintes.

Meio ambiente
O grande número de mortes deu um importante impulso aos movimentos ambientais, e levou a uma reflexão acerca da poluição do ar, pois o fumo tinha mostrado ter grande potencial letal. Então, novas regulamentações legais foram criadas, restringindo o uso de combustíveis sujos na indústria e banindo o fumo negro. Nos anos seguintes, uma série de normas legais como o Clean Air Act 1956 e o Clean Air Act 1968, restringiram a poluição do ar.
O carvão, além de enxofre, contém metais pesados, altamente tóxicos, como mercúrio, cádmio, níquel e arsénio, entre outros.

quinta-feira, abril 20, 2017

A Explosão da plataforma Deepwater Horizon foi há sete anos

A plataforma Deepwater Horizon antes da explosão
A explosão da plataforma Deepwater Horizon ocorreu no dia 20 de abril de 2010, no Golfo do México, nos Estados Unidos. O desastre consistiu na explosão da plataforma de petróleo semi-submersível Deepwater Horizon, da empresa Transocean e que era sendo operada pela BP, afundando-se na quinta-feira seguinte à explosão, depois de ter ficado dois dias em chamas. Uma grande mancha de óleo espalhou-se e que chegou à costa da Luisiana e a outros estados. Houve 17 trabalhadores que ficaram feridos e 11 faleceram.

A torre estava na fase final da perfuração de um poço, na qual se reforça com concreto o poço. Este é um processo delicado, pois há possibilidade de os fluidos do poço serem libertados descontroladamente. No dia 20 de abril de 2010 houve uma explosão na torre e esta incendiou-se. Morreram onze pessoas em consequência deste acidente, 11 outros foram encontrados com vida. Sete trabalhadores foram evacuados para a estação aérea naval em Nova Orleães e levados para o hospital. Barcos de apoio lançaram água para a torre, numa infrutífera tentativa de extinguir as chamas. A Deepwater Horizon afundou-se a 22 de abril de 2010, em águas com aproximadamente 1500 metros de profundidade, e os seus restos foram encontrados no leito marinho a aproximadamente 400 metros a noroeste do poço.
O derrame de petróleo resultante prejudicou o habitat de centenas de espécies de aves.

A BP anunciou, em 17 de julho de 2010, ter conseguido estancar temporariamente o derrame de petróleo, depois de instaladas novas válvulas que conseguiram travar o derrame.
Imagem da NASA mostrando o petróleo a 25 de abril de 2010, vendo-se o delta do Mississippi 

sexta-feira, dezembro 05, 2014

Há 62 anos um nevoeiro tóxico invadiu Londres

A Coluna de Nelson durante o Grande Nevoeiro de 1952

O Nevoeiro de 1952, conhecido também como Big Smoke, foi um período de severa poluição atmosférica, entre os dia 5 e 9 de dezembro de 1952 que encobriu a cidade de Londres. O fenómeno foi considerado como um dos piores impactos ambientais até então, sendo causado pelo crescimento incontrolado da queima de combustíveis fósseis na indústria e nos transportes. Acredita-se que o nevoeiro tenha causado a morte de 12.000 londrinos, e deixado outros 100.000 doentes.

domingo, abril 20, 2014

Há quatro anos, a explosão da plataforma Deepwater Horizon, trouxe novas dúvidas sobre a segurança da exploração petrolífera em grandes profundidades marinhas

A plataforma Deepwater Horizon antes da explosão

A explosão da plataforma Deepwater Horizon ocorreu no dia 20 de abril de 2010, no Golfo do México, nos Estados Unidos. O desastre consistiu na explosão da plataforma de petróleo semi-submersível Deepwater Horizon, da empresa Transocean e que estava sendo operada pela BP, afundando na quinta-feira seguinte à explosão, depois de ter ficado dois dias em chamas. Uma grande mancha de óleo espalhou-se e que chegou à costa da Louisiana e a outros estados. Houve 17 trabalhadores que ficaram feridos e 11 faleceram.

A torre estava na fase final da perfuração de um poço, na qual se reforça com concreto o poço. Este é um processo delicado, pois há possibilidade de os fluidos do poço serem libertados descontroladamente. No dia 20 de abril de 2010 houve uma explosão na torre e esta incendiou-se. Morreram onze pessoas em consequência deste acidente, 11 outros foram encontrados com vida. Sete trabalhadores foram evacuados para a estação aérea naval em Nova Orleães e levados para o hospital. Barcos de apoio lançaram água para a torre, numa infrutífera tentativa de extinguir as chamas. A Deepwater Horizon afundou-se a 22 de abril de 2010, em águas com aproximadamente 1500 metros de profundidade, e os seus restos foram encontrados no leito marinho a aproximadamente 400 metros a noroeste do poço.
O derrame de petróleo resultante prejudicou o habitat de centenas de espécies de aves.

A BP anunciou, em 17 de julho de 2010, ter conseguido estancar temporariamente o derrame de petróleo, depois de instaladas novas válvulas que conseguiram travar o derrame.

Imagem da NASA mostrando o petróleo a 25 de abril de 2010, vendo-se o delta do Mississippi 

terça-feira, dezembro 03, 2013

A tragédia de Bhopal foi há 29 anos

A tragédia de Bhopal foi um desastre industrial que ocorreu na madrugada de 3 de dezembro de 1984, quando 40 toneladas de gases tóxicos foram libertada para a atmosfera, na fábrica de pesticidas da empresa norte-americana Union Carbide. É considerado o pior desastre industrial ocorrido até hoje, quando mais de 500 mil pessoas, a sua maioria trabalhadores, foram expostas aos gases. O número total de mortes é controverso: houve num primeiro momento cerca de 3.000 mortes diretas, mas estima-se que outras 10 mil ocorreram devido a doenças relacionadas à inalação do gás. A Union Carbide, empresa de pesticidas de origem americana, negou-se a fornecer informações detalhadas sobre a natureza dos contaminantes, e, como consequência, os médicos não tiveram condições de tratar adequadamente os indivíduos expostos. Cerca de 150 mil pessoas ainda sofrem com os efeitos do acidente e aproximadamente 50 mil pessoas estão incapacitadas para o trabalho, devido a problemas de saúde. As crianças que nascem na região, filhas de pessoas afetadas pelos gases, também apresentam problemas de saúde. Mesmo hoje os sobreviventes do desastre e as agências de saúde da Índia ainda não conseguiram obter da Union Carbide e do seu novo dono, a Dow Chemicals, informações sobre a composição dos gases que vazaram e seus efeitos na saúde. Apesar deste quadro absurdo, a fábrica da Union Carbide em Bhopal permanece abandonada desde a explosão tóxica enquanto que resíduos perigosos e materiais contaminados ainda estão espalhados pela área, contaminando solo e águas subterrâneas, dentro e na zona evolvente da antiga fábrica.



domingo, março 24, 2013

O Exxon Valdez fez estragos ambientais no Alasca há 24 anos

Exxon Valdez (atualmente chamado Dong Fang Ocean e anteriormente conhecido também como Exxon Mediterranean, SeaRiver Mediterranean, S/R Mediterranean e Mediterranean) foi um navio petroleiro que ganhou notoriedade em 24 de março de 1989, quando 50.000 a 150.000 m³ (aproximadamente 257.000 barris) do petróleo que transportava foram lançadas ao mar, na costa do Alasca, depois de o navio encalhar na Enseada do Príncipe Guilherme (Prince William Sound). Em conseqüência, houve um grande desastre ambiental. Centenas de milhares de animais morreram nos meses seguintes. De acordo com as estimativas, morreram 250.000 pássaros marinhos, 2.800 lontras marinhas, 250 águias e 22 orcas, além da perda de milhares de milhões de ovos de salmão. Foi o segundo maior derramamento de petróleo da história dos Estados Unidos. Na época, o navio pertencia à ExxonMobil.
Em 2002, a União Europeia proibiu a utilização de navios petroleiros de casco simples e o “Valdez”, renomeado “Mediterranean”, foi enviado para as águas da Ásia.
Em 2007, o Valdez foi convertido num transportador de minérios e renomeado como “Dong Fang Ocean”.
Em 2011, com o nome de “Oriental Nicety,” o navio foi vendido a uma companhia de demolições indiana, a Priya Blue Industries, a mesma empresa que, em 2006, tinha atraído má fama após terem afundado um navio que continha amianto.
Em 2012 o “Oriental Nicety” foi desmantelado na Índia.

sexta-feira, setembro 16, 2011

Hoje é o Dia Internacional para a Proteção da Camada de Ozono

Cerca de 90% do ozono na atmosfera encontra-se na estratosfera, é a chamada camada de ozono, que absorve a luz ultravioleta e protege a vida na Terra da radiação ultravioleta prejudicial do sol.

O Protocolo de Montreal e a Convenção de Viena (1985) para a Proteção da Camada de Ozono, vieram alertar a comunidade internacional para a necessidade da preservação da camada de ozono e regulamentar a sua atividade através da progressiva eliminação da emissão dos gases que destroem esta camada.

Comemora-se amanhã, dia 16 de setembro, o Dia Internacional para a Proteção da Camada de Ozono, data que a ONU escolheu para assinalar o dia em que foi aberto para adesão o Protocolo de Montreal, em 1987.

De acordo com os últimos resultados, a espessura da Camada de Ozono no Hemisfério Norte apresenta uma aparente recuperação desde meados da década de 90 do século passado, verificando-se que, embora globalmente exista uma pequena tendência negativa desde 1979, a evolução desde o início da década de 1990 apresenta uma tendência claramente positiva, sugerindo o início da recuperação da camada de ozono, como resultado das medidas tomadas a nível mundial para a eliminação e redução de emissões de gases atmosféricos que reduzem essa camada. Estes resultados não são, no entanto, consistentes com as previsões de modelos, que indicavam que o início dessa recuperação ocorreria depois de 2015 (WMO, 2011).

Resultados semelhantes foram observados, pelo IM, na sua atividade de monitorização da camada de ozono, nas regiões da Madeira (Funchal) e Açores (Angra do Heroísmo), onde os resultados obtidos indicam que o aumento verificado desde a década de 1990 foi suficiente para praticamente anular a tendência negativa que se verificava desde 1979. No caso de Lisboa, os valores atuais da espessura da camada de ozono são equivalentes aos observados no início da década de 1980.

Apesar desde aumento observado, mantêm-se a necessidade de mais estudos e da continuada monitorização e acompanhamento do ozono estratosférico.

quarta-feira, abril 20, 2011

A explosão que provocou o desastre ambiental do Golfo do México foi há um ano


A explosão da plataforma Deepwater Horizon ocorreu no dia 20 de Abril de 2010, no Golfo do México, nos Estados Unidos. O desastre consistiu na explosão da plataforma de petróleo semi-submersível Deepwater Horizon que pertencia à Transocean e que era usada pela BP, afundando-se na quinta-feira seguinte à explosão, depois de ficar dois dias em chamas. 

(...)

Houve 17 trabalhadores que ficaram feridos e 11 faleceram.

(...)
A BP anunciou em 17 de Julho de 2010 ter conseguido estancar temporariamente o derrame de petróleo, depois de instaladas novas válvulas que conseguiram travar o derrame.



Imagem de satélite da NASA mostrando a mancha de óleo em 25 de Abril de 2010

domingo, outubro 10, 2010

Seminário em Évora


CONTAMINAÇÃO COM HIDROCARBONETOS NO SISTEMA AQUÍFERO DE SINES: ANÁLISE DA SITUAÇÃO ACTUAL, INTERVENÇÃO PARA O FUTURO


António Chambel

Universidade de Évora

Departamento de Geociências e Centro de Geofísica de Évora



Horário: 16.30 horas

Data: 13 de Outubro de 2010 (4ª feira)

Local: Anfiteatro 1 – Colégio Luís António Verney


Resumo

O Sistema Aquífero de Sines é composto basicamente por dois aquíferos sobrepostos, o superior livre, poroso, formado por sedimentos terciários (areias e argilas) e o inferior cársico-poroso, confinado, formado por calcários carsificados, mas onde as zonas carsificadas parecem estar preenchidas com arenitos. Na parte sul do Sistema a geologia é mais complexa, pois a intrusão do batólito ígneo na área da cidade de Sines, acompanhado da intrusão de diques radiais, conduziu a uma alteração tectónica nessa parte do Sistema, levando a que, em muitos pontos, os dois aquíferos previamente definidos se encontrem em ligação hidráulica, numa geometria difícil de interpretar com os dados actuais.

Nos anos 70 algumas industrias que usam como matéria-prima os hidrocarbonetos instalaram-se na Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS), sobre o Sistema Aquífero. O aumento das necessidades em água para abastecer uma população em rápido crescimento levou à implementação de um sistema de captações, ainda hoje activas, que convivem de perto com as consequências ambientais provocadas por essa mesma indústria. O abastecimento tem sido garantido fundamentalmente através de dois sistemas independentes, o das Águas de Santo André, SA, nas proximidades da cidade de Santo André, e o do Município de Sines, este nas proximidades da cidade de Sines e dos complexos petroquímicos da ZILS. Neste último campo de captações, desde 2008 que começaram a aparecer derivados de hidrocarbonetos, o que tem levado à interrupção dos abastecimentos por diversos períodos.

Estas situações levaram a uma série de acções por parte de especialistas da Universidade de Évora, do CGE, e da Universidade do Algarve, envolvendo a definição dos perímetros de protecção das captações de abastecimento público, a inventariação de pontos de água em todo o Sistema Aquífero, o estudo da movimentação da contaminação na área da ZILS, levando à definição de uma rede piezométrica de observação que será implementada no futuro, e estudos geofísicos concernentes à implementação de novas captações de abastecimento público. Ao mesmo tempo, definir-se-ão estratégias de remediação e recuperação, quer de solos contaminados, quer da água do aquífero já afectada.