sábado, julho 21, 2012

Adeus José Hermano Saraiva

Morreu o historiador José Hermano Saraiva

O historiador nasceu em Leiria, a 3 de outubro de 1919 (Foto: Pedro Cunha)

José Hermano Saraiva morreu esta sexta-feira de manhã aos 92 anos, confirmou o produtor dos programas televisivos do historiador, José António Crespo.

O assistente do produtor dos programas da Videofono feitos por José Hermano Saraiva, "História Essencial de Portugal" e "A Alma e a Gente", adiantou à Lusa que o historiador morreu em casa, em Palmela, distrito de Setúbal.

Nascido em Leiria, a 3 de outubro de 1919, começou os seus estudos na cidade natal. Ingressou mais tarde na Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Ciências Histórico-Filosóficas, em 1941, e em Ciências Jurídicas, em 1942.

Começou a sua carreira como professor, acrescentando depois ao seu currículo a advocacia. Entrada depois na política durante o Estado Novo, tendo em 1957 sido deputado à Assembleia Nacional e procurador às cortes. Ainda antes do 25 de Abril assumiu os cargos de procurador à Câmara Corporativa e ministro da Educação, entre 1968 e 1970, cargo no qual foi substituído por Veiga Simão após a crise académica de 1969. Em 1972 passaria a a ser o embaixador de Portugal em Brasília.

Depois do cargo diplomático, José Hermano Saraiva iniciou uma colaboração com a RTP em 1971 que se manteve até hoje. Primeiro com “Horizontes da Memória”, depois com “Gente de Paz”, “O Tempo e a Alma”, “Histórias que o Tempo Apagou” e “A Alma e a Gente”.

Um dos seus livros mais conhecidos é a “História concisa de Portugal”, já na 25.ª edição, com um total de cerca de 180 mil exemplares vendidos. Editado pela primeira vez em 1978, este título foi já traduzido em espanhol, italiano, alemão, búlgaro e chinês.

José Hermano Saraiva dirigiu também uma outra História de Portugal em seis volumes, publicada em 1981 pelas Edições Alfa. Na área da História, José Hermano Saraiva publicou perto de 20 títulos, entre eles “Uma carta do Infante D. Henrique”, “O tempo e alma”, “Portugal - Os últimos 100 anos”, “Vida ignorada de Camões” ou “Ditos portugueses dignos de memória”.

O historiador foi distinguido com a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública, a Grã-Cruz da Ordem do Mérito do Trabalho, a Comenda da Ordem de N.ª S.ª da Conceição de Vila Viçosa e a Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco (Brasil).

Ficou no 26º lugar no concurso da RTP os "Cem Grandes Portugueses", ganho por António Oliveira Salazar.


Vídeo sobre José Hermano Saraiva para o programa da RTP "Os Grandes Portugueses", no qual o historiador ficou classificado em 26.º




José Hermano Saraiva discorre sobre a "História essencial" de Portugal - este é o primeiro tomo do programa

in Público - ler notícia

NOTA: não gostando da ação política deste Senhor (recordemos apenas que, por causa da crise académica de 1969, há, na FCTUC, um espaço, nas Matemáticas, chamada de sala 17 de Abril de 1969) há que lembrar o comunicador fantástico que era, mesmo que não se concordasse com tudo o que se dizia. Paz à sua alma...

sexta-feira, julho 20, 2012

Há 43 anos o Homem pisou outro planeta

Apollo XI
Insígnia da missão
Estatísticas da missão
Módulo de comando Columbia
Módulo lunar Eagle
Número de tripulantes 3
Base de lançamento LC 39A Centro Espacial Kennedy, Cabo Canaveral
Lançamento 16 de julho de 1969
13 h 32 min UTC
Alunagem 20 de julho de 1969
20 h 17 min 40 s UTC
0° 40' 26.69" N 23° 28' 22.69" E
Mar da Tranquilidade
Aterragem 24 de julho de 1 969
16 h 50 min 35 UTC[1]
13°19′ N 169°9′ W
Órbitas 30 (órbitas lunares)
Duração Total:
8 d 3 h 18 min 35 s
Órbita lunar:
59 h 30 min 25.79 s
Superfície lunar:
21 h 31 min 20 s
                                    Imagem da tripulação                                                            
Neil Armstrong, Michael Collins e Edwin Aldrin
Neil Armstrong, Michael Collins e Edwin Aldrin

Apollo XI foi a quinta missão tripulada do Programa Apollo e primeira a realizar uma alunagem, no dia 20 de julho de 1969. Tripulada pelos astronautas Neil Armstrong, Edwin 'Buzz' Aldrin e Michael Collins, a missão cumpriu a meta proposta pelo Presidente John F. Kennedy, quando em 1962 perante o Congresso dos Estados Unidos afirmou: "[...] Eu acredito que esta nação deve comprometer-se em alcançar a meta de colocar um homem na Lua antes do final da década (1970) e traze-lo de volta à Terra em segurança".
Composta pelo módulo de comando Columbia, o módulo lunar Eagle e o módulo de serviço, a Apollo 11, com seus três tripulantes a bordo, foi lançada de Cabo Canaveral, na Flórida, às 13.32 horas UTC de 16 de julho, na ponta de um foguete Saturno V, sob o olhar de centenas de milhares de espectadores que enchiam estradas, praias e campos em redor do Centro Espacial Kennedy e de milhões de espectadores pela televisão em todo o mundo, para a histórica missão de oito dias de duração, que culminou com as duas horas de caminhada de Armstrong e Aldrin na Lua.

quinta-feira, julho 19, 2012

Brian May faz hoje 65 anos!

Sir Brian Harold May (Hampton, Middlesex, Inglaterra, 19 de julho de 1947) é um músico inglês e também astrofísico, mais conhecido por ser o guitarrista, compositor e, ocasionalmente vocalista, da banda inglesa de rock Queen.
Brian está nos Queen desde sua formação, tendo sido, inclusive, um dos responsáveis pela criação da banda (juntamente com o baterista Roger Taylor), no início dos anos 1970.
Brian foi considerado o 26º melhor guitarrista de todos os tempos, segundo a revista norte-americana Rolling Stone.

A rainha Filipa de Lencastre morreu há 597 anos

(imagem daqui)


Filipa de Lencastre (Lancaster, 1359 - Lisboa, 19 de julho de 1415) foi uma princesa inglesa da Casa de Lencastre, filha de João de Gant, 1.º Duque de Lencastre, pela sua mulher Branca de Lencastre.

Tornou-se rainha consorte de Portugal através do casamento com o rei D. João I, celebrado em 1387 na cidade do Porto. Este casamento foi acordado no âmbito da Aliança Luso-Inglesa, contra o eixo França-Castela. Foi-lhe atribuída a distinção inglesa da Ordem da Jarreteira.
As rainhas de Portugal contaram, desde muito cedo, com os rendimentos de bens, adquiridos na sua grande maioria por doação. D. Filipa de Lencastre recebeu as rendas da alfândega de Lisboa, bem como as vilas de Alenquer, Sintra, Óbidos, Alvaiázere, Torres Novas e Torres Vedras.
Foi uma rainha generosa e amada pelo povo. Os seus filhos que chegaram à idade adulta seriam lembrados como a ínclita geração, de príncipes cultos e respeitados em toda a Europa.
Filipa morreu de peste negra nos arredores de Lisboa, poucos dias antes da partida para a expedição a Ceuta; segundo uns, terá sido no convento de Odivelas; segundo outros, no convento de Sacavém. Está sepultada na Capela do Fundador do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha, ao lado do seu esposo.
A Escola Secundária D. Filipa de Lencastre, em Lisboa, foi baptizada em sua honra.

Descendência
Do seu casamento com D. João I de Portugal nasceram:

Aristides de Sousa Mendes nasceu há 127 anos

Aristides de Sousa Mendes (Cabanas de Viriato, Carregal do Sal, 19 de julho de 1885 - Lisboa, 3 de abril de 1954) foi um diplomata português. Cônsul de Portugal em Bordéus no ano da invasão da França pela Alemanha Nazi na Segunda Guerra Mundial, Sousa Mendes desafiou ordens expressas do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, António de Oliveira Salazar, cargo que tinha em acumulação com a chefia do Governo, e concedeu 30 mil vistos de entrada em Portugal a refugiados de todas as nacionalidades que desejavam fugir da França em 1940.
Aristides Sousa Mendes salvou dezenas de milhares de pessoas do Holocausto. Chamado de "o Schindler português", Sousa Mendes também teve a sua lista e salvou a vida de milhares de pessoas, das quais cerca de 10 mil judeus.
Antes de 1940
Foi batizado Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches numa pequena aldeia do concelho do Carregal do Sal, no sul do distrito de Viseu. Aristides pertenceu a uma família aristocrática rural, católica, conservadora e monárquica (ele também católico e monárquico). Seu pai era membro do supremo tribunal. Pelo lado materno era descendente de D. Fernando de Almada (2º Conde de Avranches). Pelo lado familiar "Sousa", descendente de Madragana Ben-Bekar (de quem houve filhos El-Rei D.Afonso III). Esta Senhora pertencia à Comunidade Judaica de Faro, cuja ascendência provinha do próprio Rei David de Israel.
Aristides instala-se em Lisboa em 1907 após a licenciatura em Direito pela Universidade de Coimbra, tal como o seu irmão gémeo. Ambos enveredaram pela carreira diplomática. Em 1909 nasceu seu primogénito, tendo ao todo 14 filhos com a sua mulher Angelina.
Aristides ocupou diversas delegações consulares portuguesas pelo mundo fora, entre elas: Zanzibar, Brasil, Estados Unidos, Guiana, entre outras.
Em 1929 é nomeado Cônsul-geral em Antuérpia, cargo que ocupa até 1938. O seu empenho na promoção da imagem de Portugal não passa despercebido. É condecorado por duas vezes por Leopoldo III, rei da Bélgica, tendo-o feito oficial da Ordem de Leopoldo e comendador da Ordem da Coroa, a mais alta condecoração belga. Durante o período em que viveu na Bélgica, conviveu com personalidades ilustres, como o escritor Maurice Maeterlinck, Prémio Nobel da Literatura, e o cientista Albert Einstein, Prémio Nobel da Física.
Depois de quase dez anos de serviço na Bélgica, Salazar, presidente do Conselho de Ministros e ministro dos negócios estrangeiros, nomeia Sousa Mendes cônsul em Bordéus, França.

A II Guerra Mundial
Aristides de Sousa Mendes permanece ainda cônsul de Bordéus quando tem início a Segunda Guerra Mundial, e as tropas de Adolf Hitler avançam rapidamente sobre a França. Salazar manteve a neutralidade de Portugal.
Pela Circular 14, Salazar ordena aos cônsules portugueses espalhados pelo mundo que recusem conferir vistos às seguintes categorias de pessoas: "estrangeiros de nacionalidade indefinida, contestada ou em litígio; os apátridas; os judeus, quer tenham sido expulsos do seu país de origem ou do país de onde são cidadãos".
Entretanto, em 1940, o governo francês refugiou-se temporariamente na cidade de Vichy, fugindo de Paris antes da chegada das tropas alemãs. Milhares de refugiados que fogem do avanço Nazi dirigiram-se a Bordéus. Muitos deles afluem ao consulado português desejando obter um visto de entrada para Portugal ou para os Estados Unidos, onde Sousa Mendes, o cônsul, caso seguisse as instruções do seu governo, distribuiria vistos com parcimónia.
Já no final de 1939, Sousa Mendes tinha desobedecido às instruções do seu governo e emitido alguns vistos. Entre as pessoas que ele tinha então decidido ajudar encontra-se o Rabino de Antuérpia, Jacob Kruger, que lhe faz compreender que há que salvar os refugiados judeus.
A 16 de junho de 1940, Aristides decide conceder visto a todos os que o pedissem: "A partir de agora, darei vistos a toda a gente, já não há nacionalidades, raça ou religião". Com a ajuda dos seus filhos e sobrinhos e do rabino Kruger, ele carimba passaportes, assina vistos, usando todas as folhas de papel disponíveis.
Confrontado com os primeiros avisos de Lisboa, ele terá dito: "Se há que desobedecer, prefiro que seja a uma ordem dos homens do que a uma ordem de Deus".
Uma vez que Salazar tomara medidas contra o cônsul, Aristides continuou a sua actividade de 20 a 23 de junho, em Baiona (França), no escritório de um vice-cônsul estupefato, e mesmo na presença de dois outros funcionários de Salazar. A 22 de junho de 1940, a França pediu um armistício à Alemanha Nazi. Mesmo a caminho de Hendaye, Aristides continua a emitir vistos para os refugiados que cruzam com ele a caminho da fronteira, uma vez que a 23 de junho, Salazar demitira-o de suas funções de cônsul.
Apesar de terem sido enviados funcionários para trazer Aristides, este lidera, com a sua viatura, uma coluna de veículos de refugiados e guia-os em direção à fronteira, onde, do lado espanhol, não existem telefones. Por isso mesmo, os guardas fronteiriços não tinham sido ainda avisados da decisão de Madrid de fechar as fronteiras com a França. Sousa Mendes impressiona os guardas aduaneiros, que acabariam por deixar passar todos os refugiados, que, com os seus vistos, puderam continuar viagem até Portugal.
O castigo em Portugal
A 8 de julho de 1940, Aristides, de volta a Portugal, é punido pelo governo de Salazar, que priva o diplomata de suas funções por um ano, diminuindo em metade o seu salário, antes de o enviar para a reforma. Para além disso, Sousa Mendes perde o direito de exercer a profissão de advogado. A sua licença de condução, emitida no estrangeiro, também lhe é retirada.
O cônsul demitido e sua família, bastante numerosa, sobrevivem graças à solidariedade da comunidade judaica de Lisboa, que facilitou a alguns dos seus filhos os estudos nos Estados Unidos. Dois dos seus filhos participaram no Desembarque da Normandia.
Frequentou, juntamente com os seus familiares, a cantina da assistência judaica internacional, onde causou impressão pelas suas ricas vestimentas e sua presença. Certo dia, teve de confirmar: "Nós também, nós somos refugiados".
Em 1945, Salazar felicitou-o por Portugal ter ajudado os refugiados, recusando-se no entanto a reintegrar Sousa Mendes no corpo diplomático.
A sua miséria será ainda maior: venda dos bens, morte de sua esposa em 1948, emigração dos seus filhos, com uma excepção. Após a morte da mulher, Aristides de Sousa Mendes viveu com uma amante francesa que, segundo testemunhos da época, muito contribuiu para a sua miséria.
Aristides de Sousa Mendes faleceu muito pobre, a 3 de abril de 1954, no hospital dos franciscanos em Lisboa. Não possuindo um fato próprio, foi enterrado com um hábito franciscano.

Degas nasceu há 178 anos

Auto-retrato, Museu de Orsay

Edgar Hilaire Germain Degas (Paris, 19 de julho de 1834 - Paris, 27 de setembro, 1917) foi um gravurista, pintor e escultor francês. Embora seja muito conhecido pelas suas pinturas, maioritariamente de carisma impressionista, é igualmente relembrado como gravurista. Muitos dos seus trabalhos se conservam hoje no Museu de Orsay, na cidade de Paris, onde o artista nasceu e faleceu.

A Máfia assassinou Paolo Borsellino há 20 anos

   
Paolo Borsellino (Palermo, 19 de janeiro de 1940 - 19 de julho de 1992) foi um advogado italiano.
Como magistrado e conjuntamente com o juiz Giovanni Falcone, levou a cabo processos judiciais contra a mafia siciliana. Começou o seu trabalho sob a direcção do também assassinado Chefe de Fiscais Rocco Chinnici. Faleceu num atentado perpetrado com uma viatura armadilhada, menos de dois meses depois de Giovanni Falcone ter sido assassinado.
Salvatore Riina, chefe do ramo corleonês da Mafia, cumpre prisão perpétua pelos assassinatos de Falcone e Borsellino, entre outros crimes.
Paolo Borsellino é hoje tido como um dos mais importantes magistrados da luta contra a Mafia durante o século XX.

in Wikipédia

quarta-feira, julho 18, 2012

Nelson Mandela - 94 anos!

Nelson Rolihlahla Mandela (Mvezo, 18 de julho de 1918) é um advogado, ex-líder rebelde e ex-presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra, ganhador do Prémio Nobel da Paz de 1993, e Pai da Pátria da moderna nação sul-africana.
Até 2009 havia dedicado 67 anos de sua vida a serviço da humanidade - como advogado dos direitos humanos e prisioneiro de consciência, até tornar-se o primeiro presidente da África do Sul livre, razão pela qual em sua homenagem a ONU instituiu o Dia Internacional Nelson Mandela no dia de seu nascimento, como forma de valorizar em todo o mundo a luta pela liberdade, pela justiça e pela democracia.
Nascido numa família de nobreza tribal, numa pequena aldeia do interior onde possivelmente viria a ocupar cargo de chefia, abandonou este destino aos 23 anos ao seguir para a capital Joanesburgo e iniciar atuação política. Passando do interior rural para uma vida rebelde na faculdade, transformou-se em jovem advogado na capital e líder da resistência não-violenta da juventude em luta, acabando como réu em um infame julgamento por traição, foragido da polícia e o prisioneiro mais famoso do mundo, após o qual veio a se tornar o político mais galardoado em vida, responsável pela refundação de seu país - em moldes de aceitar uma sociedade multiétnica.
Criticado muitas vezes por ser um pouco egocêntrico e por seu governo ter sido amigo de ditadores que foram simpáticos ao Congresso Nacional Africano, a figura do ser humano que enfrentou dramas pessoais e permaneceu fiel ao mister de conduzir seu país suprimiu todos os aspectos negativos.
Foi o mais poderoso símbolo da luta contra o regime segregacionista do Apartheid, sistema racista oficializado em 1948, e modelo mundial de resistência. No dizer de Ali Abdessalam Treki, Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, "um dos maiores líderes morais e políticos de nosso tempo".

Caravaggio morreu há 402 anos

Caravaggio, desenho de Ottavio Leoni

Michelangelo Merisi da Caravaggio (Caravaggio, 29 de setembro de 1571Porto Ercole, comuna de Monte Argentario, 18 de julho de 1610) foi um pintor italiano que realizou trabalhos em Roma, Nápoles, Malta e Sicília, entre 1593 e 1610. É normalmente identificado como um artista barroco, estilo do qual foi o primeiro grande representante. Caravaggio era o nome da aldeia natal da sua família, que adotou como nome artístico.

A ceia de Emaús


O Padre António Vieira morreu há 315 anos

Um dos mais influentes personagens do século XVII em termos de política e oratória, destacou-se como missionário em terras brasileiras. Nesta qualidade, defendeu infatigavelmente os direitos humanos dos povos indígenas combatendo a sua exploração e escravização e fazendo a sua evangelização. Era por eles chamado de "Paiaçu" (Grande Padre/Pai, em tupi).
António Vieira defendeu também os judeus, a abolição da distinção entre cristãos-novos (judeus convertidos, perseguidos à época pela Inquisição) e cristãos-velhos (os católicos tradicionais), e a abolição da escravatura. Criticou ainda severamente os sacerdotes da sua época e a própria Inquisição.
Na literatura, seus sermões possuem considerável importância no barroco brasileiro e português. As universidades frequentemente exigem sua leitura.

Eugene Shoemaker morreu há 15 anos

Eugene Merle Shoemaker (Los Angeles, 28 de abril de 1928 - Alice Springs, 18 de julho de 1997) foi um geólogo e astrónomo norteamericano e um dos fundadores do campo da ciência planetária, conhecido principalmente pela sua descoberta, em conjunto com a sua mulher Carolyn Shoemaker e o astrónomo David Levy, do Cometa Shoemaker-Levy 9.

Biografia
Nascido em Los Angeles, Califórnia, era especialista em colisões interplanetárias. Graduou-se no California Institute of Technology, em Pasadena, aos 19 anos, com uma tese em petrologia em rochas metamórficas pré-câmbricas. Passou então a trabalhar para a United States Geological Survey (USGS) e o seu primeiro trabalho foi pesquisar depósitos naturais de urânio no Colorado e em Utah. Durante este trabalho passou a se interessar pela origem das crateras lunares e iniciou um trabalho em nível de Ph.D. na Universidade de Princeton, como continuidade de seus estudos sobre petrologia em rochas metamórficas, processos vulcânicos e impactes de asteroides.
Em 1951 casou com Carolyn Spellman, fazendo o mestrado (1954) e o doutoramento (1960) na Universidade de Princeton com uma tese sobre crateras produzidas por meteoritos. No ano seguinte passou a estudar astrogeologia em Flagstaff, Arizona, e esteve ligado às missões Lunar Ranger e ao treino dos astronautas estado-unidenses. Tinha pretensões de se tornar no primeiro cientista a caminhar na Lua, mas foi detectado que sofria da doença de Addison e assim foi apontado como cientista-chefe do Centro de Astrogeologia da USGS em 1965.
Retornou para a Caltech em 1969 como professor de geologia e serviu por três anos como diretor da Division of Geological and Planetary Sciences. Em 1985 aposentou-se como professor e passou a dividir seu tempo entre Pasadena e Flagstaff. Em 1992 recebeu a mais importante honra científica atribuída pelo presidente dos EUA, a National Medal of Science. Aposentou-se da USGS em 1993 e assumiu um cargo no Observatório Lowell. Nesse mesmo ano, junto com sua mulher Carolyn e o amigo David Levy, descobriu o cometa Shoemaker-Levy 9, que chocou com Júpiter em 1994.
Eugene Shoemaker morreu em consequência de um acidente automobilístico em Alice Springs, Austrália, em 1997. Algumas de suas cinzas foram levadas para a Lua pela sonda espacial Lunar Prospector. É, à data, a única pessoa a ter sido enterrada em outro corpo celeste.


terça-feira, julho 17, 2012

O último Czar da Rússia foi assassinado, com toda a sua família, há 94 anos

 Nicolau, durante a prisão em Tsarskoye Selo, numa das suas últimas fotos

Czar Nicolau II (Nikolái Alieksándrovich Románov - o título completo de Nicolau era: Nicolau, o Segundo, pela graça de Deus, o Imperador e Autocrata de todas as Rússias, de Moscovo, Kiev, Vladimir, Veliky Novgorod, Czar de Kazan, Czar de Astracã, Rei da Polónia, Czar da Sibéria, Czar do Quersoneso Táurico, Czar da Geórgia, Senhor de Pskov, e Grão-duque de Smolensk, da Lituânia, Volhynia, Podolia, e da Finlândia, Príncipe da Estónia, Livónia, Curlândia e Semigola, Samogícia, Belostok, Carélia, de Tver, Yugra, Perm, Vyatka, a Bulgária, e outros territórios; Senhor e Grão-duque de Níjni Novgorod, Chernihiv; soberano de Riazan, Polatsk, Rostov, Iaroslavl, Beloozero, Udoria, Obdoria, Kondia, Vitebsk, Mstislav, e todas as regiões setentrionais; e soberano do Iveria, Kartalinia, e as terras dos Kabardinos e dos territórios da Arménia; Hereditário Senhor e Governador da Circássia e das montanhas Maiorais e outros; Senhor do Turquestão, Herdeiro da Noruega, Duque de Schleswig-Holstein, Stormarn, Dithmarschen, Oldemburgo, e assim sucessivamente, e assim sucessivamente, e assim sucessivamente) foi o último Imperador da Rússia, rei da Polónia e grão-duque da Finlândia. Nasceu no Palácio de Catarina, em Tsarskoye Selo, próximo de São Petersburgo, em 18 de maio (6 de maio no calendário juliano) de 1868. É também conhecido como São Nicolau o Portador da Paz pela Igreja Ortodoxa Russa.

Filho do czar Alexandre III, governou desde a morte do pai, em 1 de novembro de 1894, até à sua abdicação em 15 de março de 1917, quando renunciou em seu nome e no nome de seu herdeiro, passando o trono para seu irmão, o grão-duque Miguel Alexandrovich Romanov.
O seu reinado terminou com a Revolução Russa de 1917, quando, tentando retornar do quartel-general para a capital, seu comboio foi detido em Pskov e ele foi obrigado a abdicar. A partir daí, o czar e sua família foram aprisionados, primeiro no Palácio de Alexandre em Tsarskoye Selo, depois na Casa do Governador em Tobolsk e finalmente na Casa Ipatiev em Ekaterimburgo. Nicolau II, sua mulher, seu filho, suas quatro filhas, o médico da família Imperial, um servo pessoal, a camareira da Imperatriz e o cozinheiro da família foram executados na cave da casa pelos bolcheviques na madrugada de 16 para 17 de julho de 1918. É reconhecido que esse evento foi ordenado a partir de Moscovo por Lenine e pelo também líder bolchevique Yakov Sverdlov. Mais tarde Nicolau II, sua mulher, a Imperatriz e seus filhos foram canonizados como mártires por grupos ligados à Igreja Ortodoxa Russa no exílio.

(...)

Um anúncio oficial apareceu na imprensa nacional dois dias após a morte do czar e sua família em Ekaterimburgo. Informava que o monarca havia sido executado embaixo da ordem do Presidium do Soviete Regional dos Urais sob a pressão da aproximação da Legião Tcheca. Embora o Soviete oficial tenha esclarecido que a responsabilidade da decisão era dos superiores locais do Soviete Regional dos Urais, Leon Trotsky, em seu diário declarou que a execução aconteceu com a autoridade de Lênin e Sverdlov. A execução realizou-se na noite de 16 para 17 de julho sob a liderança de Yakov Yurovsky e resultou na morte de Nicolau II, sua esposa, suas quatro filhas, seu filho, seu médico pessoal Eugene Botkin, a empregada de sua mulher Anna Demidova, o cozinheiro da família Ivan Kharitonov e o criado Alexei Trupp. Nicolau foi o primeiro a morrer. Foi baleado múltiplas vezes na cabeça e no peito por Yurusky. As últimas a morrer foram Anastásia, Tatiana, Olga e Maria, que foram golpeadas por baionetas. Elas vestiam mais de 1,3 quilos de diamantes, o que proporcionou a elas uma proteção inicial das balas e baionetas.
Em janeiro de 1998, os restos mortais escavados embaixo de uma estrada de terra perto de Ekaterimburgo, em 1991, foram identificados como sendo de Nicolau II e sua família (excluindo uma das filhas e Alexei). As identificações feitas separadamente por cientistas russos, britânicos e americanos usando análises de DNA, concordaram e revelaram serem conclusivas. Em abril de 2008, autoridades russas anunciaram que haviam encontrado dois esqueletos perdidos dos Romanovs perto de Ekaterimburgo e foi confirmado por testes de DNA que eles pertenciam a Alexei e a uma de suas irmãs. Em 1 de outubro de 2008, a Suprema Corte Russa determinou que o czar Nicolau II e sua família foram vítimas de repressão política e deveriam ser reabilitados.
(...)
Em 1981, a família foi canonizada pela Igreja Ortodoxa Russa no estrangeiro como Santos Mártires. Em 2000, a Igreja Ortodoxa Russa, dentro da Rússia canonizou a família como Portadores da Paz. De acordo com a declaração do sínodo de Moscovo, eles foram glorificados como santos pelas seguintes razões:
"No último monarca Ortodoxo e membros de sua família, vemos pessoas que sinceramente aspiraram encarnar em suas vidas, os comandos do Evangelho. No sofrimento suportado pela Família Real na prisão, com humildade, paciência e submissão, e em suas mortes martirizadas em Ekaterimburgo na noite de 4/17 de julho de 1918, foi revelada a luz da fé de Cristo, que vence o mal."
Em 30 de setembro de 2008 a Suprema Corte da Rússia reabilitou a Família Real Russa e o czar Nicolau II, 90 anos após sua morte. A Suprema Corte russa declarou que sua execução foi ilegal e que a família real russa foi vítima de um crime.
Encontra-se sepultado na Fortaleza de Pedro e Paulo, São Petersburgo na Rússia.

O padre, físico e astrónomo Georges Lemaître nasceu há 118 anos

Georges-Henri Édouard Lemaître (Charleroi, 17 de julho de 1894 - Lovaina, 20 de junho de 1966) foi um padre católico, astrónomo e físico belga.
Lemaître propôs o que ficou conhecido como teoria da origem do Universo do Big Bang, que ele chamava de "hipótese do átomo primordial", que posteriormente foi desenvolvida por George Gamow.
O asteróide 1565 Lemaître foi assim chamado em sua homenagem.

Lemaître estudou Matemática e Ciências Físicas na Universidade de Lovaina. Entrou no seminário em 1920 para ser ordenado padre em 1923. Em seguida, interessa-se particularmente pela teoria da relatividade de Albert Einstein, que ele encontra diversas vezes. Trabalhou no Observatório de Cambridge sob a direção de Arthur Stanley Eddington, e depois no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, onde redige sua tese sobre os campos gravitacionais da relatividade geral. Retorna à Bélgica em 1925, onde foi nomeado professor na Universidade de Lovaina, onde leciona até 1964.

Em 1927, independentemente dos trabalhos de Alexander Friedmann, Georges Lemaître afirma que o universo está em expansão, baseando-se nos trabalhos de Vesto Slipher, o que foi mais tarde confirmado por Edwin Hubble. Ele foi o primeiro a formular a lei de proporcionalidade entre distância e velocidade de afastamento das galáxias. Essa lei, figurando em seu artigo de 1927, redigido em francês, não será traduzida na sua versão inglesa realizada por Arthur Eddington, e será descoberta empiricamente por Hubble alguns anos mais tarde. Nela, Lemaître propõe uma evolução a partir de um «átomo primitivo».
A hipótese de Lemaître estipula que todo o universo (não somente a matéria, mas também o próprio espaço) estava comprimido num único átomo chamado de "átomo primordial" ou "ovo cósmico". O estudioso afirmava que a matéria comprimida naquele átomo se fragmentou numa quantidade descomunal de pedaços e cada um acabou se fragmentando em outros menores sucessivamente até chegar aos átomos atuais numa gigantesca fissão nuclear.
Foi Lemaître portanto quem propôs a Teoria do Big Bang, mais tarde desenvolvida por George Gamow. Esta teoria foi chamada, sarcasticamente, de «Big Bang» por Fred Hoyle, fervente defensor da teoria do universo estacionário, em 1948 ou 1950, durante uma transmissão de rádio.
Em 1965, um ano antes de sua morte e já doente em um hospital, recebe com alegria a notícia de que sua Teoria do Big Bang fora confirmada pelos experimentos de Arno Penzias e Robert Woodrow Wilson e era tida como a teoria padrão pela comunidade científica.

Há 76 anos começou, quase por engano, numa cidadezinha espanhola do norte de Marrocos, a Guerra Civil Espanhola

 (imagem daqui)



La Sublevación militar del 17 de julio de 1936 en Melilla fue una rebelión militar (como parte del Golpe de Estado del 18 de Julio de 1936) que tuvo lugar en la ciudad de Melilla y que significó el inició de la Guerra Civil Española. Como ya había previsto el General Mola en su planes golpistas, en Melilla empezaría la rebelión militar contra la II República Española pero empezaría el día 18, no el 17 como ocurrió. Un registro policial en el centro de la conspiración provocó que los golpistas adelantaran el golpe, sin perturbar esto sus planes, aunque este adelantamiento si afectaría a otras partes de la conspiración. Antes de terminar el 17 de julio, los militares alzados se habían hecho con el control de toda la ciudad y sus alrededores, dando el pistoletazo de salida a la rebelión el Marruecos español.


Tom Fletcher, um dos vocalistas e guitarristas dos McFly, faz hoje 27 anos


Thomas "Tom" Michael Fletcher (Harrow, 17 de julho de 1985) é um dos vocalistas e guitarristas da banda britânica de pop rock McFly. Ocasionalmente, toca piano e guitarra rítmica. Tom compõe a maioria das canções da banda, juntamente com Danny Jones. Os outros membros são Harry Judd e Dougie Poynter.

Biografia
Inicialmente Tom fez audições para a banda Busted, mas acabou não sendo escolhido. Porém, a Island Records o convidou para compor as canções da banda ao lado de James Bourne. Enquanto o segundo álbum dos Busted, A Present for Everyone, estava sendo escrito, Tom foi questionado pela gravadora se estava disponível para filmar as audições de uma nova banda, chamada V, e aceitou. Ele encontrou Danny Jones, que fez uma audição para a banda por engano, durante as filmagens e, então, convidou Danny para escrever canções com ele e Bourne. Quando o projeto com os Busted terminou, os dois começaram a escrever canções para a sua nova banda, que, até o momento, não tinha um nome. Eventualmente mudaram-se para o Hotel InterContinental durante dois meses, para trabalhar na composição. Mais tarde, os dois colocaram um anúncio na revista NME e fizeram audições para escolher os outros membros da banda, optando por Harry Judd e Dougie Poynter para baterista e baixista, respectivamente. A banda foi nomeada por causa de Marty McFly, protagonista de seu filme favorito, Back to the Future. Os McFly ganharam maior divulgação após ter participado de uma turnê dos Busted.
Uma das músicas da banda, "Friday Night", faz parte da banda sonora do filme Night at the Museum, estrelado por Ben Stiller. Também fizeram uma participação especial no filme Just My Luck, protagonizado por Lindsay Lohan e Chris Pine.

Composição
Além de ter ajudado na composição de canções para os Busted, Tom compõe a maioria das músicas dos McFly, colaborando com todas as canções do primeiro álbum da banda, Room on the 3rd Floor, exceto uma - "Not Alone", composta por Danny Jones.
Ele escreveu/co-escreveu dez singles número um, sendo três dos Busted: "Crashed the Wedding", "Who's David" e "Thunderbirds". "Five Colours in Her Hair" "Obviously", "All About You", "I'll Be OK", "Please, Please", "Star Girl" e "Transylvania" são da sua banda.

Vida pessoal
Em abril de 2011, Tom tornou-se oficialmente noivo da atriz Giovanna Falcone, que conheceu aos 13 anos de idade e com quem namorava há sete anos. O casamento aconteceu em 12 de maio de 2012.


John Coltrane morreu há 45 anos

John William Coltrane (Hamlet, Carolina do Norte, 23 de setembro de 1926 - Long Island, Nova Iorque, 17 de julho de 1967) foi um saxofonista e compositor de jazz norte-americano, habitualmente considerado pela crítica especializada como o maior sax tenor do jazz e um dos maiores jazzistas e compositores deste género de todos os tempos. A sua influência no mundo da música ultrapassa os limites do jazz, indo desde o rock até a música erudita.
Atuou principalmente durante as décadas de 1950 e 1960. Embora tocasse antes de 1955, seus principais anos foram entre 1955 e 1967, durante os quais reformulou o jazz e influenciou gerações de outros músicos. As gravações de Coltrane foram prolíficas: ele lançou cerca de 50 gravações como líder nestes doze anos, e apareceu em outras tantas lideradas por outro músicos. Através de sua carreira, a música de Coltrane foi tomando progressivamente uma dimensão espiritual que iria consagrar seu legado musical.
Junto com os saxofonistas tenores Coleman Hawkins, Lester Young e Sonny Rollins, Coltrane mudou as perspectivas de seu instrumento. Coltrane recebeu uma citação especial do Prémio Pulitzer em 2007, por sua "perita improvisação, musicalismo supremo e um dos ícones centrais na história do jazz."

(...)

Coltrane faleceu por causa de um cancro do fígado no Hospital Huntington em Long Island - Nova Iorque, em 17 de julho de 1967, com 40 anos de idade. Numa entrevista em 1968, o saxofonista Albert Ayler revelou que Coltrane estava consultando um curandeiro hindu para se tratar, ao invés de usar a medicina ocidental, facto negado mais tarde por Alice Coltrane. Em ambos os casos, no entanto, o tratamento convencional seria inútil.
Especula-se que a família de Coltrane esteja de posse de diversas peças inéditas do músico. A maioria seriam fitas em mono, de referências que o saxofonista teria feito, como o lançamento em 1995 de Stellar Regions, além de master tapes que nunca saíram do estúdio. O selo Impulse!, que de 1965 a 1979 foi conhecido como ABC Records, lançou grande parte desse material na década de 70. O biógrafo Lewis Porter declarou que Alice Coltrane (que faleceu em 2007) pretendia lançar essas músicas mas, o seu filho Ravi Coltrane, responsável por rever o material, pretendia dar mais prioridade à sua carreira, pelo que (ainda) não foram lançadas.