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quinta-feira, dezembro 19, 2024

Os últimos astronautas a pisar a Lua aterraram há 52 anos...

Estatísticas da missão


Módulo de comando America
Módulo lunar Challenger
Número de tripulantes 3
Lançamento 07.12 de 1972, 05.33 UTC, Cabo Kennedy
Alunagem 11.12 de 1972, 19.54.57 UTC, Taurus-Littrow
Aterragem 19.12 de 1972, 19.24.59 UTC
Órbitas 3 (Terra), 75 (Lua)
Duração 12 dias, 13 horas, 51 minutos e 59 segundos
                                  Imagem da tripulação                                           
 
 

 

Da esquerda para a direita: Schmitt, Evans e Cernan (sentado)

A Apollo XVII foi a sexta e última missão tripulada do Projeto Apollo à Lua, realizada em dezembro de 1972. Foi a única missão que contou com um geólogo profissional em sua tripulação, a missão que mais tempo permaneceu na superfície lunar, o primeiro lançamento noturno de uma missão tripulada norte-americana e a última viagem espacial tripulada realizada por qualquer país para além da órbita terrestre.


in Wikipédia

sábado, dezembro 14, 2024

Faz hoje 52 anos que um Geólogo foi o último homem a pisar a Lua...

Estatísticas da missão
Módulo de comando America
Módulo lunar Challenger
Número de tripulantes 3
Lançamento 07.12 de 1972, 05.33 UTC, Cabo Kennedy
Alunagem 11.12 de 1972, 19.54.57 UTC, Taurus-Littrow
Aterragem 19.12 de 1972, 19.24.59 UTC
Órbitas 3 (Terra), 75 (Lua)
Duração 12 dias, 13 horas, 51 minutos e 59 segundos
                                  Imagem da tripulação                                           

Da esquerda para a direita: Schmitt, Evans e Cernan (sentado)

A Apollo XVII foi a sexta e última missão tripulada do Projeto Apollo à Lua, realizada em dezembro de 1972. Foi a única missão que contou com um geólogo profissional em sua tripulação, a missão que mais tempo permaneceu na superfície lunar, o primeiro lançamento noturno de uma missão tripulada norte-americana e a última viagem espacial tripulada realizada por qualquer país para além da órbita terrestre.

  

  
Harrison Hagan "Jack" Schmitt (Santa Rita, 3 de julho de 1935) é um astronauta, geólogo e ex-senador dos Estados Unidos. Foi um dos integrantes da missão Apollo 17, a última a pousar na Lua, em dezembro de 1972. Nesta missão, ele tornou-se o primeiro membro do grupo de astronautas-cientistas da NASA a ir para o espaço. Ele continua a ser o único cientista profissional a ter voado numa órbita para fora da Terra e a ter visitado a Lua. Foi um membro bastante influente da comunidade de geólogos do Programa Apollo e, antes de começar sua própria preparação para a missão, fazia parte da equipa de cientistas que fazia treino rotineiro visando uma viagem à Lua.
 

sábado, dezembro 07, 2024

O astrónomo Gerard Peter Kuiper nasceu há 119 anos

  
Gerard Peter Kuiper, batizado como Gerrit Pieter Kuiper (Harenkarspel, 7 de dezembro de 1905 - Cidade do México, 23 de dezembro de 1973) foi um astrónomo neerlandês, onde nasceu e cresceu, que passou a ser cidadão dos Estados Unidos em 1933.
Gerard Kuiper descobriu duas luas de planetas no nosso Sistema Solar: uma lua de Úrano, Miranda, e uma de Neptuno, Nereida. Sugeriu a existência de um cinturão de asteroides além da órbita de Neptuno, hoje designada como Cintura de Kuiper, de que já se conseguiu confirmar a existência (hoje conhecem-se vários objetos trans-neptunianos). Kuiper foi também pioneiro na observação aérea por infravermelhos, utilizado o avião Convair 990 nos anos 60.
Em 1959 recebeu a Henry Norris Russell Lectureship, da Sociedade Astrónoma Americana e, na década de 1960, Kuiper ajudou na decisão  da escolha dos locais de aterragem na Lua para o projeto Apollo.
O asteroide 1776 Kuiper e crateras de impacto na Lua, Marte e Mercúrio foram batizadas com o seu nome, como homenagem.

terça-feira, novembro 19, 2024

A Apollo XII poisou na Lua há 55 anos


Apollo XII foi a segunda missão do Programa Apollo a pousar na superfície da Lua e a primeira a fazer um pouso de precisão num ponto pré-determinado do satélite, a fim de resgatar partes de uma sonda não tripulada, enviada dois anos antes, a Surveyor 3, e trazer partes dela de volta à Terra, para estudos do efeito da permanência lunar sobre o material empregado no artefacto.



   
Estatísticas da missão
Módulo de comando Yankee Clipper
Módulo lunar Intrepid
Número de tripulantes 3
Lançamento 14 de novembro de 1969
16:22:00 UTC
Cabo Kennedy
Alunagem 19 de novembro de 1969
06:54:35 UTC
3° 0' 44.60" S - 23° 25' 17.65" W
Oceanus Procellarum
Aterragem 19 de novembro de 1969
20:58:24 UTC
15° 47' S 165° 9' W
Órbitas 45 (órbitas lunares)
Duração Total:
10 d 4 h 36 min 24 s
Órbita lunar:
88 h 58 min 11,52 s; Superfície lunar:
31 h 31 min 11,6 s
Imagem da tripulação
Conrad, Gordon e Bean
Conrad, Gordon e Bean

segunda-feira, novembro 18, 2024

Alan Shepard, o segundo astronauta a viajar no espaço e o quinto a pisar a Lua, nasceu há cento e um anos...

Alan Barlett Shepard, Jr. (Derry, 18 de novembro de 1923 - Monterey, 21 de julho de 1998) foi um astronauta dos Estados Unidos, integrante dos projetos Mercury e Apollo, segundo homem e primeiro norte-americano a ir ao espaço - num voo suborbital em 1961 - e um dos doze homens que pisaram na Lua, onde esteve na missão Apollo XIV, em fevereiro em 1971
     

     
In the Navy
O seu pai era um oficial do exército.
Formado em Ciências pela Academia Naval dos Estados Unidos em Annapolis em 1944 e pela Escola de Piloto de Teste Naval dos Estados Unidos em 1951, Alan Shepard começou a sua carreira naval na Segunda Guerra Mundial, a bordo de um destroyer, no Oceano Pacífico. Logo depois a guerra, ele entrou em treino aéreo de combate no Texas e na Flórida e recebeu as suas asas de aviador em 1947, aos 24 anos de idade, tendo, nessa altura, casado com Louise Brewer. Integrado num esquadrão da caças, serviu em porta-aviões no Mediterrâneo nos anos seguintes. Na década de 1950 serviu como piloto de diversos tipos de aeronaves de combate e de testes em grandes altitudes e fez duas viagens ao sudoeste do Pacífico como líder de esquadrão baseado em porta-aviões.
Ao fim da sua carreira como piloto militar, Shepard havia acumulado uma experiência de mais de 8.000 horas de voo, 3.700 delas em caças a jato de combate.
  
Shepard a bordo da Freedom VII
     
Projeto Mercury
Em 1959, Shepard foi um dos 110 aviadores militares norte-americanos convidados a participar da recém criada agência espacial Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (National Aeronautics and Space Administration - NASA) como voluntários para o programa que pretendia enviar o primeiro homem ao espaço, chamado Projeto Mercury. Após uma série de duros e exaustivos testes físicos e psicológicos, apenas sete daquele total de pilotos foram escolhidos para integrar o programa, entre eles Shepard.
Em janeiro de 1961 ele foi escolhido para o primeiro voo espacial tripulado dos Estados Unidos. Apesar da missão ter sido planeada para se realizar em outubro de 1960, uma série de atrasos, devido a problemas técnicos, adiaram-na para maio de 1961. Com estes atrasos, em 12 de abril de 1961, o cosmonauta soviético Yuri Gagarin tornou-se o primeiro ser humano no espaço.
Em 5 de maio de 1961, Shepard pilotou a nave Freedom VII e tornou-se o segundo homem a viajar pelo espaço. Lançado de Cabo Canaveral, no Centro Espacial Kennedy, Flórida, Shepard voou numa trajetória balística que o levou a uma altitude 116 milhas no espaço - cerca de 180 km de altura - num voo suborbital, mas ao contrário do voo orbital automático de Gagarin dias antes, ele teve que assumir o controle manual da cápsula espacial por diversas vezes. O seu voo, o retorno do espaço e a sua recolha no mar por helicópteros da marinha foi visto pela televisão por milhões de pessoas em todo mundo.
Após a missão ele se tornou um herói nacional norte-americano, desfilou em carro aberto no meio de multidões em Nova Iorque, Washington e Los Angeles e foi recebido e condecorado na Casa Branca pelo presidente John F. Kennedy.
     
Projeto Gemini
Em junho de 1963 ele foi designado para comandar o primeiro voo tripulado do projeto Gemini, o programa espacial da NASA que levaria dois homens ao espaço na mesma missão, com Tom Stafford, da nova turma selecionada de astronautas, como seu co-piloto. Mas no começo de 1964 foi-lhe diagnosticada uma doença na parte interna do ouvido, que lhe afetava a audição e o equilíbrio, a Síndrome de Ménière, o que causou sua remoção do status de astronauta do programa espacial por todo o resto da década de 1960, sendo substituído nesse voo pioneiro pelo colega de Projeto Mercury, Virgil Grisson.
   
Alan Shepard hasteia a bandeira dos Estados Unidos em Fra Mauro
     
Projeto Apollo
Em maio de 1969, após seis anos trabalhando em funções técnicas no solo, Shepard foi novamente integrado ao corpo de astronautas após uma cirurgia corretiva - através do desenvolvimento de novos métodos - da Síndrome de Ménière e foi inicialmente escalado para o comando da missão Apollo XIII, mas como sentiu que tinha necessidade de um pouco mais de tempo de treino, ele e seus colegas de tripulação - Edgar Mitchell e Stuart Roosa - fizeram uma troca de missões com a então tripulação da Apollo XIV, James Lovell, Ken Mattingly e Fred Haise. A troca iria permitir-lhe pisar a Lua, já que os integrantes da fatídica Apollo XIII, devido a problemas na nave, jamais tiveram essa oportunidade.
Aos 47 anos, o mais velho astronauta do Programa Apollo, ele fez o seu segundo voo ao espaço, desta vez para a Lua, no comando da missão Apollo XIV, entre 31 de janeiro e 9 de fevereiro de 1971, a terceira bem sucedida missão lunar dos Estados Unidos. Pilotando o módulo lunar Antares, ele realizou a mais precisa alunagem de todo o programa, na primeira missão transmitida pela televisão a cores para todo o mundo.
Na Lua, entrou para a história a sua frase quando, ao se tornar o primeiro jogador de golfe fora da Terra, descreveu a tacada com a bola viajando por "milhas, milhas e milhas", pela superfície de baixa gravidade do satélite.
Após a missão ele voltou a assumir a posição de chefe do escritório de astronautas da NASA por mais três anos e, como oficial da marinha, ainda foi promovido a contra-almirante antes de se retirar da vida militar e da NASA, em agosto de 1974.
   
Depois de sair da NASA
Sempre um homem de negócios experiente, Shepard foi o primeiro astronauta a ser milionário ainda ativo. Após a sua reforma como astronauta, criou a sua própria empresa, a Seven-Fourteen Enterprises (Empresas Sete-Quatorze), em homenagem aos números de suas missões, Freedom 7 e Apollo 14, e por vinte anos serviu em direções e conselhos de diversas empresas de seu país.
Faleceu de leucemia, dois anos após lhe ser diagnosticado a doença, em Pebble Beach, Califórnia, aos 74 anos, em 21 de julho de 1998. A sua esposa de 53 anos da casamento, Louise Brewer Shepard, morreu cinco semanas depois. Ambos foram cremados e as suas cinzas foram atiradas juntas ao mar. O mais competitivo, frio e determinado do brilhante grupo de pilotos de teste que compôs o primeiro grupo de astronautas do programa espacial norte-americano, no dia de sua morte disse dele o Presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton: "Alan Shepard foi um dos grandes heróis de nossa era".
     
Condecorações
Entre as diversas honrarias que recebeu em vida, Shepard é um dos 28 homens e mulheres a terem recebido até hoje a Medalha de Honra Espacial do Congresso, a maior condecoração concedida pelo governo dos Estados Unidos a astronautas que tenham realizado algum feito extraordinário para a nação ou para a Humanidade, no desempenho de alguma missão espacial.
    

domingo, julho 21, 2024

Alan Shepard (segundo astronauta a viajar no espaço e o quinto a pisar a Lua) faleceu há 26 anos...

Alan Barlett Shepard, Jr. (Derry, 18 de novembro de 1923 - Monterey, 21 de julho de 1998) foi um astronauta dos Estados Unidos, integrante dos projetos Mercury e Apollo, segundo homem e primeiro norte-americano a ir ao espaço - num voo suborbital em 1961 - e um dos doze homens que pisaram na Lua, onde esteve na missão Apollo XIV, em fevereiro em 1971
     

     
In the Navy
O seu pai era um oficial do exército.
Formado em Ciências pela Academia Naval dos Estados Unidos em Annapolis em 1944 e pela Escola de Piloto de Teste Naval dos Estados Unidos em 1951, Alan Shepard começou a sua carreira naval na Segunda Guerra Mundial, a bordo de um destroyer, no Oceano Pacífico. Logo depois a guerra, ele entrou em treino aéreo de combate no Texas e na Flórida e recebeu as suas asas de aviador em 1947, aos 24 anos de idade, tendo, nessa altura, casado com Louise Brewer. Integrado num esquadrão da caças, serviu em porta-aviões no Mediterrâneo nos anos seguintes. Na década de 1950 serviu como piloto de diversos tipos de aeronaves de combate e de testes em grandes altitudes e fez duas viagens ao sudoeste do Pacífico como líder de esquadrão baseado em porta-aviões.
Ao fim da sua carreira como piloto militar, Shepard havia acumulado uma experiência de mais de 8.000 horas de voo, 3.700 delas em caças a jato de combate.
  
Shepard a bordo da Freedom VII
     
Projeto Mercury
Em 1959, Shepard foi um dos 110 aviadores militares norte-americanos convidados a participar da recém criada agência espacial Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (National Aeronautics and Space Administration - NASA) como voluntários para o programa que pretendia enviar o primeiro homem ao espaço, chamado Projeto Mercury. Após uma série de duros e exaustivos testes físicos e psicológicos, apenas sete daquele total de pilotos foram escolhidos para integrar o programa, entre eles Shepard.
Em janeiro de 1961 ele foi escolhido para o primeiro voo espacial tripulado dos Estados Unidos. Apesar da missão ter sido planeada para se realizar em outubro de 1960, uma série de atrasos, devido a problemas técnicos, adiaram-na para maio de 1961. Com estes atrasos, em 12 de abril de 1961, o cosmonauta soviético Yuri Gagarin tornou-se o primeiro ser humano no espaço.
Em 5 de maio de 1961, Shepard pilotou a nave Freedom VII e tornou-se o segundo homem a viajar pelo espaço. Lançado de Cabo Canaveral, no Centro Espacial Kennedy, Flórida, Shepard voou numa trajetória balística que o levou a uma altitude 116 milhas no espaço - cerca de 180 km de altura - num voo suborbital, mas ao contrário do voo orbital automático de Gagarin dias antes, ele teve que assumir o controle manual da cápsula espacial por diversas vezes. O seu voo, o retorno do espaço e a sua recolha no mar por helicópteros da marinha foi visto pela televisão por milhões de pessoas em todo mundo.
Após a missão ele se tornou um herói nacional norte-americano, desfilou em carro aberto no meio de multidões em Nova Iorque, Washington e Los Angeles e foi recebido e condecorado na Casa Branca pelo presidente John F. Kennedy.
     
Projeto Gemini
Em junho de 1963 ele foi designado para comandar o primeiro voo tripulado do projeto Gemini, o programa espacial da NASA que levaria dois homens ao espaço na mesma missão, com Tom Stafford, da nova turma selecionada de astronautas, como seu co-piloto. Mas no começo de 1964 foi-lhe diagnosticada uma doença na parte interna do ouvido, que lhe afetava a audição e o equilíbrio, a Síndrome de Ménière, o que causou sua remoção do status de astronauta do programa espacial por todo o resto da década de 1960, sendo substituído nesse voo pioneiro pelo colega de Projeto Mercury, Virgil Grisson.
    
Alan Shepard hasteia a bandeira dos Estados Unidos em Fra Mauro
     
Projeto Apollo
Em maio de 1969, após seis anos trabalhando em funções técnicas no solo, Shepard foi novamente integrado ao corpo de astronautas após uma cirurgia corretiva - através do desenvolvimento de novos métodos - da Síndrome de Ménière e foi inicialmente escalado para o comando da missão Apollo XIII, mas como sentiu que tinha necessidade de um pouco mais de tempo de treino, ele e seus colegas de tripulação - Edgar Mitchell e Stuart Roosa - fizeram uma troca de missões com a então tripulação da Apollo XIV, James Lovell, Ken Mattingly e Fred Haise. A troca iria permitir-lhe pisar a Lua, já que os integrantes da fatídica Apollo XIII, devido a problemas na nave, jamais tiveram essa oportunidade.
Aos 47 anos, o mais velho astronauta do Programa Apollo, ele fez o seu segundo voo ao espaço, desta vez para a Lua, no comando da missão Apollo XIV, entre 31 de janeiro e 9 de fevereiro de 1971, a terceira bem sucedida missão lunar dos Estados Unidos. Pilotando o módulo lunar Antares, ele realizou a mais precisa alunagem de todo o programa, na primeira missão transmitida pela televisão a cores para todo o mundo.
Na Lua, entrou para a história a sua frase quando, ao se tornar o primeiro jogador de golfe fora da Terra, descreveu a tacada com a bola viajando por "milhas, milhas e milhas", pela superfície de baixa gravidade do satélite.
Após a missão ele voltou a assumir a posição de chefe do escritório de astronautas da NASA por mais três anos e, como oficial da marinha, ainda foi promovido a contra-almirante antes de se retirar da vida militar e da NASA, em agosto de 1974.
   
Depois de sair da NASA
Sempre um homem de negócios experiente, Shepard foi o primeiro astronauta a ser milionário ainda ativo. Após a sua reforma como astronauta, criou a sua própria empresa, a Seven-Fourteen Enterprises (Empresas Sete-Quatorze), em homenagem aos números de suas missões, Freedom 7 e Apollo 14, e por vinte anos serviu em direções e conselhos de diversas empresas de seu país.
Faleceu de leucemia, dois anos após lhe ser diagnosticado a doença, em Pebble Beach, Califórnia, aos 74 anos, em 21 de julho de 1998. A sua esposa de 53 anos da casamento, Louise Brewer Shepard, morreu cinco semanas depois. Ambos foram cremados e as suas cinzas atiradas juntas ao mar. O mais competitivo, frio e determinado do brilhante grupo de pilotos de teste que compôs o primeiro grupo de astronautas do programa espacial norte-americano, no dia de sua morte disse dele o Presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton: "Alan Shepard foi um dos grandes heróis de nossa era".
     
Condecorações
Entre as diversas honrarias que recebeu em vida, Shepard é um dos 28 homens e mulheres a terem recebido até hoje a Medalha de Honra Espacial do Congresso, a maior condecoração concedida pelo governo dos Estados Unidos a astronautas que tenham realizado algum feito extraordinário para a nação ou para a Humanidade, no desempenho de alguma missão espacial.
    

terça-feira, julho 16, 2024

A Apollo XI partiu, para conquistar a Lua, há 55 anos...

 
A Apollo XI foi a quinta missão tripulada do Programa Apollo e a primeira a realizar uma alunagem, no dia 20 de julho de 1969. Tripulada pelos astronautas Neil Armstrong, Edwin 'Buzz' Aldrin e Michael Collins, a missão cumpriu a meta proposta pelo Presidente John F. Kennedy, em 25 de maio de 1961, quando, perante o Congresso dos Estados Unidos, afirmou:
   
Eu acredito que esta nação deve comprometer-se em alcançar a meta, antes do final desta década, de pousar um homem na Lua e trazê-lo de volta à Terra em segurança"
    
Composta pelo módulo de comando Columbia, o módulo lunar Eagle e o módulo de serviço, a Apollo XI, com os seus três tripulantes a bordo, foi lançada de Cabo Canaveral, na Flórida, às 13.32 horas UTC de 16 de julho, na ponta de um foguetão Saturno V, sob o olhar de centenas de milhares de espetadores que enchiam estradas, praias e campos em redor do Centro Espacial Kennedy e de milhões de espetadores pela televisão, em todo o mundo, para a histórica missão, de oito dias de duração, que culminou com as duas horas de caminhada de Armstrong e Aldrin na Lua.
     

sábado, maio 25, 2024

JFK decidiu, há 63 anos, que os Estados Unidos iriam, nesse decénio, com homens à Lua

Kennedy com a nave espacial Friendship 7 pilotada pelo astronauta John Glenn, 23 de fevereiro de 1962
  
John Fitzgerald Kennedy (Brookline, 29 de maio de 1917 - Dallas, 22 de novembro de 1963) foi um político norte-americano que foi o 35° presidente dos Estados Unidos (19611963) e é considerado uma das grandes personalidades do século XX. Ele era conhecido como John F. Kennedy ou Jack Kennedy por seus amigos e popularmente como JFK.
   
(...)
    
Kennedy queria ansiosamente que os Estados Unidos liderassem a corrida espacial. Sergei Khrushchev, filho do presidente soviético, disse que Kennedy aproximou-se de seu pai, Nikita Khrushchev, duas vezes para unir esforços na exploração do espaço. Na primeira ocasião, a União Soviética estava muito à frente em termos de tecnologia comparado aos americanos no espaço. A primeira vez que Kennedy enunciou o objetivo de levar um homem à Lua foi numa Sessão Conjunta do Congresso e do Senado, em 25 de maio de 1961. Na ocasião, ele disse:

Primeiro, eu acredito que esta nação deve ter como objetivo levar um homem à Lua e fazê-lo voltar em segurança à Terra antes do final da década. Nenhum projeto de outro indivíduo é tão impressionante para a humanidade ou mais importante do que a de conseguir viajar para o espaço e não vai ser tão difícil e caro de se obter.

Na segunda abordagem a Khrushchev, o líder soviético foi convencido dos benefícios que resultariam de compartilhar os custos e os Estados Unidos haviam avançado muito na tecnologia espacial. Os americanos lançaram um satélite em órbita geoestacionária e Kennedy pediu ao Congresso para aprovar um orçamento de mais de 25 mil milhões de dólares para o Programa Apollo. O presidente soviético concordou em trabalhar em conjunto com os norte-americanos no outono de 1963, mas Kennedy foi assassinado antes de qualquer acordo desse tipo pudesse ser formalizado. Em 20 de julho de 1969, quase seis anos após a morte de JFK, o Programa da Apollo XI conquistou os seus objetivos e finalmente um homem pousou na lua.
  

terça-feira, maio 14, 2024

A estação espacial norte-americana Skylab foi lançada para o espaço há 51 anos


 

Skylab designa a estação espacial norte-americana que foi lançada para o espaço a 14 de maio de 1973, a uma altitude de 435 km, e reentrou na atmosfera, destruindo-se, prematuramente, em 1979. O nome também designa a missão Skylab I, que colocou a estação em órbita, e as três missões tripuladas, Skylab II, III e IV que foram lançadas para trabalhar na estação espacial e usavam a nave Apollo.
A Skylab era composta de cinco partes: um telescópio (ATM); um adaptador para acoplagem múltipla (MDA); um módulo selado (AM); uma unidade de instrumentos (IU); e um espaço de trabalho orbital (OWS).
  
A missão Skylab I foi a responsável por colocar em órbita a estação/laboratório espacial Skylab. Foi uma missão não tripulada que usou o foguete Saturno V.
As três missões tripuladas da Skylab foram:
Todas as três missões tripuladas, devido a pequena carga, fizeram uso do foguete Saturno IB, menos potente e mais barato que o Saturno V.
   

sexta-feira, maio 03, 2024

O astronauta Wally Schirra morreu há dezassete anos...

   
Walter 'Wally' Marty Schirra Jr. (Nova Jérsei, 12 de março de 1923 - La Jolla, 3 de maio de 2007) foi um astronauta norte-americano integrante do grupo dos sete astronautas pioneiros do Projeto Mercury, o primeiro programa de exploração espacial humana feito pelos Estados Unidos. Foi o único americano a participar dos três programas destinados a levar o homem ao espaço e à Lua (projetos Mercury, Gemini e Apollo) e passou 295 horas em órbita.
Piloto militar de caça, Schirra lutou na Guerra da Coreia como líder de esquadrão e participou de mais de noventa missões, entre 51 e 52. Após a guerra, tornou-se piloto de testes, até ser escolhido pela NASA para o grupo inicial de astronautas da agência espacial.
Em 3 de outubro de 1962, ‘Wally’ Schirra foi ao espaço pela primeira vez, na nave Sigma 7, numa missão de seis órbitas em volta de Terra durante nove horas e treze minutos. Em dezembro de 1965 realizou o seu segundo voo, na Gemini VI, ao lado de Thomas Stafford, para um encontro em órbita com a Gemini VII, no que se tornou o primeiro encontro de duas naves especiais em órbita terrestre.
A sua última missão aconteceu em outubro de 1968, como comandante da Apollo 7, o primeiro voo tripulado do Programa Apollo após o incêndio da Apollo 1, quase dois anos antes no complexo de lançamento na Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, ficando no espaço onze dias em companhia dos astronautas Donn Eisele e Walter Cunningham, um voo de testes, em órbita da Terra, da nova cápsula espacial que iria à Lua nas missões posteriores.
Em maio de 2007, aos 84 anos de idade, Walter Schirra morreu de enfarte num hospital militar em La Jolla, na Califórnia, após enfrentar uma doença coronária durante algumas semanas.
     

quinta-feira, março 14, 2024

O astronauta Frank Borman nasceu há 96 anos...

       
(Gary, 14 de março de 1928Montana, 7 de novembro de 2023) foi um engenheiro aeroespacial, oficial militar, piloto, piloto de teste, astronauta e executivo norte-americano. Ele comandou duas missões espaciais, Gemini VII e Apollo 8, esta última a primeira a orbitar a Lua. Ele cresceu no Arizona, se formou na Academia Militar dos Estados Unidos em 1950 e foi comissionado oficial da Força Aérea. Qualificou-se como piloto e serviu nas Filipinas. Conquistou um mestrado pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia em 1957, tornando-se professor assistente de termodinâmica e mecânica dos fluidos na Academia Militar. Foi selecionado em 1960 para cursar a Escola Experimental de Pilotos de Teste da Força Aérea e qualificou-se como piloto de teste, depois sendo escolhido como um dos primeiros cinco alunos da Escola de Pilotos de Pesquisa Aeroespacial.

Borman, em 1962, foi selecionado pela NASA para fazer parte de seu segundo grupo de astronautas. Ele envolveu-se no desenvolvimento dos propulsores Titan II para o Projeto Gemini e, em dezembro 1966, passou catorze dias no espaço como comandante da Gemini VII, ao lado de Jim Lovell. Durante a missão, realizou o primeiro encontro orbital com outra espaçonave tripulada, a Gemini VI-A. Depois disso atuou na comissão de avaliação da NASA instaurada para investigar o incêndio da Apollo 1. Retornou ao espaço em dezembro 1968 como comandante da Apollo 8, junto com Lovell e William Anders, tornando-se os primeiros humanos a viajarem para a Lua. Foi também, em julho de 1969, o oficial de ligação da NASA na Casa Branca durante a Apollo 11, quando assistiu a primeira alunissagem tripulada da história junto com o presidente Richard Nixon.

Ele se aposentou da NASA e da Força Aérea em 1970. Um ano antes tinha se tornado consultor especial da Eastern Air Lines e, depois de se aposentar como astronauta, virou vice-presidente de operações da empresa. Em 1975 foi promovido a diretor executivo e se tornou no ano seguinte presidente do conselho. A companhia, sob sua liderança, teve seus quatro anos mais rentáveis de sua história, porém a desregulamentação aérea e dívidas que adquiriu na compra de novas aeronaves levou a Eastern a realizar cortes de salários e demissões, consequentemente a conflitos com sindicatos, culminando com sua renúncia em 1986. Borman foi morar em Las Cruces no Novo México, onde cuidou de uma concessionária da Ford juntamente como  seu filho mais velho. Ele morava num rancho no Condado de Big Horn, Montana, que comprou em 1998. Morreu em decorrência de um AVC no dia 7 de novembro de 2023.

  
Primeira imagem da Terra no horizonte lunar - foto tirada pela tripulação da Apollo VIII
  

terça-feira, março 12, 2024

O astronauta Walter Schirra nasceu há cento e um anos

   
Walter 'Wally' Marty Schirra Jr. (Nova Jérsei, 12 de março de 1923 - La Jolla, 3 de maio de 2007) foi um astronauta norte-americano, integrante do grupo dos sete astronautas pioneiros do Projeto Mercury, o primeiro programa de exploração espacial humana feito pelos Estados Unidos. Foi o único americano a participar dos três programas destinados a levar o homem ao espaço e à Lua (projetos Mercury, Gemini e Apollo) e passou 295 horas em órbita.
Piloto militar de caças, Schirra lutou na Guerra da Coreia como líder de esquadrão e participou de mais de noventa missões entre 1951 e 1952. Após a guerra, tornou-se piloto de testes até ser escolhido, pela NASA, para o grupo inicial de astronautas da agência espacial.
Em 3 de outubro de 1962, ‘Wally’ Schirra foi ao espaço pela primeira vez, na nave Sigma 7, para uma missão de seis órbitas em volta de Terra durante nove horas e treze minutos. Em dezembro de 1965 realizou o seu segundo voo, na Gemini VI, ao lado de Thomas Stafford, para um encontro em órbita com a Gemini VII, no que se tornou o primeiro encontro de duas naves especiais na órbita terrestre.
A sua última missão aconteceu em outubro de 1968, como comandante da Apollo VII, o primeiro voo tripulado do Programa Apollo após o incêndio da Apollo I, quase dois anos antes, no complexo de lançamento na Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, ficando no espaço onze dias em companhia dos astronautas Donn Eisele e Walter Cunningham, um voo de teste, em órbita da Terra, da nova cápsula espacial que iria à Lua nas missões posteriores.
Em maio de 2007, aos 84 anos de idade, Walter Schirra morreu, de enfarte, num hospital militar em La Jolla, na Califórnia, após enfrentar uma doença durante algumas semanas.
   

sexta-feira, março 01, 2024

Eurico da Fonseca nasceu há 103 anos


(imagem daqui
  
Eurico Sidónio Gouveia Xavier Lopes da Fonseca (Lisboa, 1 de março de 1921 - Almada, 4 de dezembro de 2000) foi o principal especialista português em astronáutica. Estendeu o seu trabalho a outras áreas, como informática, energias renováveis e automóveis.

Biografia
Praticamente autodidata, seria nomeado investigador por decreto-lei, equiparado a professor catedrático. Tornou-se conhecido do grande público através da televisão e dos jornais. Nos anos 60, conseguiu grande projeção nos meios científicos norte-americanos.
Diplomou-se em engenharia mecânica e tecnologia de automóveis pela Escola Industrial Marquês de Pombal, em 1939.
Dirigiu desde 1958 o já extinto Centro de Estudos Astronáuticos, pertencente logisticamente à Mocidade Portuguesa, mas independente desta, e foi desenhador-chefe da Escola Naval do Ministério da Marinha até 1962.
Tornou-se delegado oficial de Portugal aos congressos promovidos pela Federação Internacional de Astronáutica, onde apresentou projetos da sua autoria. Dois deles intitulam-se "The Dynamic Limitation of the Freedom of the Space – A Limitação Dinâmica da Liberdade do Espaço Cósmico" (Londres, 1959) e "The Utilization of Artificial Planetoids in Interplanetary Flight – A Utilização de Planetoides Artificiais no Voo Interplanetário"(Estocolmo, 1960).
Na sequência desta última comunicação, Eurico da Fonseca expôs o "The Boomerang Project — O Projecto Bumerangue", em Tóquio, num simpósio da Japan Rocket Society. A ideia foi, posteriormente, discutida com o engenheiro da NASA John C. Houbolt (responsável pela conceção do primeiro módulo lunar), no Centro de Investigação Langley, em Hampton, Virgínia, EUA, em Novembro de 1961.
A convite do Governo americano, participou no "Spaceflight Report to the Nation", em Nova Iorque (1961). Nesta ocasião ficou a conhecer a indústria norte-americana da astronáutica e visitou as instalações da NASA, tornando-se a primeira pessoa não norte-americana a ter esse privilégio.
Conheceu os principais dirigentes do Programa Apollo, contactando com os problemas que surgiram durante a fase inicial do mesmo.
Foi convidado a participar na Conferência sobre Naves Tripuladas em 17 de Janeiro de 1963, organizada em Los Angeles pela American Astronautical Association – sob a presidência de Maxwell Hunter, responsável pelo programa Mercury e então vice-presidente do USA National Aeronautics and Space Council.
Foi autor do vocabulário oficial de Astronáutica em português, elaborado em 1960 em colaboração com a Academia de Ciências de Lisboa, o Centro de Estudos Filológicos do Instituto para a Alta Cultura, a Federação Internacional de Astronáutica e a Sociedade Interplanetária Brasileira.
Assumiu as funções de investigador do Centro de Estudos Especiais da Armada de 1962 a 1984, ano em que se reformou.
Lecionou sobre Cultura Atual na Universidade Nova de Lisboa. Obteve o prémio Einstein pelo melhor trabalho na imprensa portuguesa sobre ciência e tecnologia, em 1985.

Media
Notabilizou-se como comentador de assuntos científicos. Na rádio, acompanhou em direto na Emissora Nacional a descida do primeiro homem na Lua em 1969 e comentou os voos espaciais norte-americanos e soviéticos.
Na televisão, foi o apresentador e autor do programa 5ª Dimensão, da RTP, e comentador de ciência do programa Ponto por Ponto, de Raúl Durão, até outubro de 1995.
Nos jornais, colaborou, entre outros, com O Volante, em 1939, Diário Popular, nos anos 50, e A Capital, onde foi responsável pelo suplemento História do Automóvel e a secção Computadores.
Foi autor da série de ficção científica O Segredo de Marte, emitida nos meados dos anos 80, e reposta em 1993, na RDP.
Traduziu cerca de 260 livros de ficção-científica desde a década de 60 para a editora Livros do Brasil, da coleção Argonauta, da qual foi director até 1995.