segunda-feira, novembro 11, 2024

A última Rainha do Havai morreu há cento e sete anos...

    
Lili'uokalani, Rainha do Havai (Honolulu, Havaí, 2 de setembro de 1838 - Honolulu, Havaí, 11 de novembro de 1917) - originalmente Lydia Kamaka'eha, também conhecida como Lydia Kamaka'eha Paki, escolhendo como nome real Lili'uokalani, e mais tarde teve o nome alterado para Lydia K. Dominis - foi a última monarca do Reino do Havai.

Vida
A última rainha soberana do Havaí nasceu em 1838, em Honolulu. De acordo com as tradições havaianas da época, ela foi adotada no nascimento por Abner Paki e sua esposa, Konia (neta do Rei Kamehameha I). A infância de Liliuokalani foi passada com Bernice Pauahi, filha biológica dos Pakis. Liliuokalani estudou na Escola Real e tornou-se fluente em inglês.

Reinado
Em 16 de setembro de 1862, casou-se com John Owen Dominis, que se tornou governador de Oahu e Maui. O casal não teve filhos; o herdeiro do trono de Lili'uokalani era a sua sobrinha, Victoria Ka'iulani (18751899).
Lili'uokalani herdou o trono do seu irmão Kalākaua em 17 de janeiro de 1891. Logo após a sua ascensão ao poder, ela tentou promulgar uma nova constituição, já que a "Constituição da Baioneta" - assim apelidada porque havia sido assinada pelo monarca anterior sob pressão - limitava o seu poder. Foi derrotada em 1893 por descendentes de norte-americanos que queriam que o reino passasse a para os Estados Unidos da América, algo que finalmente conseguiram anos depois, quando a monarca abdicou do trono para evitar enfrentamentos sangrentos.
Os empresários americanos que há anos investiam na produção açucareira estavam preocupados com os impostos cobrados pelo Reino do Havai, por isso almejavam a anexação do território pelos Estados Unidos, um grande mercado consumidor. Em 1893, o representante do governo norte-americano no Havaí, John L. Stevens, pediu que as tropas do U.S.S. Boston estabelecidas em terra protegessem os negócios e as propriedades dos norte-americanos. Sua Majestade foi deposta naquele ano, e foi estabelecido um governo provisório.
    
  
Derrota
O governo do presidente dos EUA, Grover Cleveland (1893-97), acreditava que a população havaiana estava do lado da sua monarca e que a deposição da rainha era ilegal. Por conta disso, em 16 de novembro de 1893, o governo ofereceu à rainha a restauração de seu trono se ela concedesse amnistia a todos os envolvidos na deposição. Num primeiro momento, a rainha negou, alegando que queria que os golpistas fossem punidos. Ante esta situação, o Presidente Cleveland levou a questão ao Congresso. Em 18 de dezembro de 1893 o ministro norte-americano Willis solicitou ao governo provisório que devolvesse o poder a Lili'uokalani, que se negou a fazê-lo. Em 4 de julho (alusão ao dia da independência dos EUA) de 1894, foi proclamada a República do Havaí e Sanford B. Dole, um dos primeiros defensores da república, nomeado presidente. O governo dos EUA logo reconheceu o novo país.

Abdicação
 Lili'uokalani foi detida em 16 de janeiro de 1895 (vários dias após uma rebelião de Robert Wilcox) quando armas de fogo foram encontradas nos jardins de sua casa; facto do qual ela negou conhecimento. Por este motivo, foi sentenciada a cinco anos de trabalhos pesados na prisão e a uma multa de $5.000, mas a sentença foi comutada para prisão domiciliar no Palácio 'Iolani, onde ficou presa até 1896. Após oito meses, ela abdicou ao trono em troca da libertação dos seus aliados da prisão. Mudou-se para o palácio Washington Place, onde residiu, de forma anónima, até à sua morte, em 1917, por complicações de um derrame cerebral. O Território do Havai foi anexado pelos Estados Unidos em 1898.
  

A I Grande Guerra terminou há 106 anos...

Foto após a assinatura do armistício: em primeiro plano, o marechal Foch, ladeado pelos almirantes britânicos Hope e Rosslyn Wemyss
   
O Armistício de Compiègne foi um tratado assinado a 11 de novembro de 1918 entre os Aliados e a Alemanha, dentro de um vagão-restaurante, na floresta de Compiègne, com o objetivo de encerrar as hostilidades na frente ocidental da Primeira Guerra Mundial. Os principais signatários foram o Marechal Ferdinand Foch, comandante-em-chefe das forças da Tríplice Entente, e Matthias Erzberger, representante alemão.
Seguiu-se ao armistício o tratado de paz de Versalhes, celebrado em 1919, segundo o qual, a Alemanha, derrotada, era obrigada a:
  • reduzir as suas tropas a metade;
  • pagar pesadas indemnizações aos países vencedores;
  • ceder todas as suas colónias;
  • restituir a Alsácia-Lorena à França.
  

Yasser Arafat morreu há vinte anos...


Yasser Arafat
(Cairo, 24 de agosto de 1929 - Clamart, 11 de novembro de 2004) foi o líder da Autoridade Palestiniana, presidente (desde 1969) da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), líder da Fatah, a maior das fações da OLP, e co-detentor do Nobel da Paz.
  
Morte suspeita

 

Túmulo de Arafat em Ramallah

      
Arafat, morreu dia 11 de novembro de 2004, aos 75 anos, após treze dias internado no hospital militar Percy, em Clamart, a sudoeste de Paris.
De acordo com Christian Estripeau, porta-voz do hospital, Arafat morreu por falência múltipla dos órgãos. No entanto, o seu biógrafo, Amnon Kapeliouk, levantou a possibilidade de a sua morte ter sido causada por anos de contínuo envenenamento, realizado pelos serviços secretos israelitas.
Em 3 de julho de 2012, foi divulgado pelo Instituto de Radiofísica do Hospital Universitário da Universidade de Lausanne, na Suíça, o resultado de um trabalho de nove meses de análises do material biológico encontrado em objetos de uso pessoal de Arafat (roupas, escova de dentes e keffiyeh). O relatório apontou a presença de altos níveis de polónio 210 no material recolhido. Segundo a rede de televisão Al Jazeera, o resultado do estudo reforça a possibilidade de que Arafat tenha sido envenenado com material radioativo. Em 9 de julho, o presidente palestino Mahmoud Abbas aprovou pedido de exumação do corpo de Arafat, apresentado por Suha Arafat, para teste do nível de polónio. O governo de Israel negou qualquer envolvimento com as recentes descobertas. A Justiça francesa, através do tribunal de Nanterre, decidiu iniciar uma investigação sobre a morte do líder palestino, depois que a viúva apresentou queixa de assassinato do seu marido, no final de julho.
Arafat, considerado como o mais importante líder palestino e tido, pelos israelitas, como um líder de intenções dúbias, não preparou um sucessor. Os testes realizados após a exumação de seu corpo mostraram um nível 20 vezes maior que o permitido para um ser humano normal do isótopo polónio 210, reforçando a tese que o líder foi envenenado. Contudo, uma equipa russa que examinou o seu corpo afirmou que não havia nada de anormal com Arafat e que, provavelmente, não foi envenenado. O assunto continua envolto em controvérsia.
  

Teresa Tarouca morreu há cinco anos...

(imagem daqui)

      

Teresa de Jesus Pinto-Coelho Teles da Silva, mais conhecida por Teresa Tarouca (Lisboa, 4 de janeiro de 1942 - Lisboa, 11 de novembro de 2019), foi uma fadista portuguesa. Recebeu o Prémio da Imprensa em 1964, na categoria "Fado". 

     

Biografia

Nasceu em 4 de janeiro de 1942, em Lisboa. Oriunda de uma família ligada à música (é prima de Frei Hermano da Câmara e prima afastada de Maria Teresa de Noronha) adotou o nome de Teresa Tarouca, devido à sua descendência dos condes de Tarouca.

Na década de 50 foi considerada "menina-prodígio", começou a cantar desde muito cedo, com 11 anos de idade, em espetáculos de beneficência, estreando-se no fado aos 13 anos.

Assinou contrato com a editora RCA, em 1962, para a gravação do primeiro disco.

Teresa Tarouca recebeu o Prémio da Imprensa (1964), ou Prémio Bordalo, na categoria "Fado". Na mesma cerimónia de entrega, no Pavilhão dos Desportos a 3 de abril de 1965, a Casa da Imprensa distinguiu na mesma categoria o fadista Alfredo Marceneiro.

Trabalhou com uma vasta galeria de autores de qualidade como D. António de Bragança, João de Noronha, Casimiro Ramos, João Ferreira-Rosa, Francisco Viana, Alfredo Marceneiro, D. Nuno de Lorena, Pedro Homem de Mello ou Maria Manuel Cid.

Algumas das suas canções mais conhecidas são "Mouraria", "Deixa Que Te Cante Um Fado", "Fado, Dor e Sofrimento", "Passeio à Mouraria" ou "Saudade, Silêncio e Sombra".

Teresa Tarouca atuou em vários países como Dinamarca, Bélgica, Espanha, Estados Unidos da América ou Brasil.

A fadista foi convidada para atuar na edição de 1973 do Festival RTP da Canção.

Em 1989 foi editado o álbum "Tereza Tarouca Canta Pedro Homem de Mello", um disco emblemático da sua carreira.

No ano de 1997 participou, como "Atração de Fado", na revista Preço Único, no Teatro ABC do Parque Mayer.

Após alguns afastamento das lides artísticas, Teresa Tarouca teve uma participação especial em 2008 no musical Fado... Esse Malandro Vadio! de João Núncio, com encenação de Francisco Horta.

A 7 de junho de 2013, foi feita Comendadora da Ordem do Infante D. Henrique, tal como também a fadista Maria da Fé.

Ainda em 2013 foi distinguida com o "Prémio Carreira" na 8.ª edição dos Prémios Amália.

Morreu, a 11 de novembro de 2019, no Hospital de S. Francisco Xavier, em Lisboa, vítima de pneumonia dupla.

  

in Wikipédia

 

Gonçalo Ribeiro Telles morreu há quatro anos...

         
Gonçalo Pereira Ribeiro Telles  (Lisboa, 25 de maio de 1922 - Lisboa, 11 de novembro de 2020), conhecido como Gonçalo Ribeiro Telles, foi um arquiteto paisagista, ecologista e político português.
Foi Subsecretário de Estado do Ambiente nos I (Adelino da Palma Carlos), II e III (Vasco Gonçalves) Governos Provisórios. Foi Ministro de Estado e da Qualidade de Vida do VII Governo Constitucional (AD, Francisco Pinto Balsemão), de 1981 a 1983.
     
Percurso académico e profissional
Iniciou a sua vida profissional nos serviços da Câmara Municipal de Lisboa, ao mesmo tempo que lecionava no ISA, tornando-se discípulo de Francisco Caldeira Cabral, pioneiro da arquitetura paisagista em Portugal. Com este professor, publicará o livro A Árvore em Portugal, obra de referência sobre as espécies arbóreas existentes no nosso País.
Na Câmara de Lisboa integrou, desde 1951 até 1953, a Repartição de Arborização e Jardinagem, passando em 1955 a arquiteto paisagista do Gabinete de Estudos de Urbanização da CML, dirigido pelo engenheiro Guimarães Lobato, onde permaneceu até 1960
De 1971 a 1974 dirigiu, igualmente enquanto arquiteto paisagista, o Setor de Planeamento Biofísico e de Espaços Verdes do Fundo de Fomento da Habitação.
O projeto mais marcante da sua carreira é, provavelmente, o jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, que assinou com António Viana Barreto e que lhe valeu, ex aequo, o Prémio Valmor de 1975.
Mas, também na capital, merece destaque o conjunto de projetos que concebeu, entre 1998 a 2002, por solicitação da Câmara Municipal, das estruturas verdes principal e secundária da Área Metropolitana de Lisboa, e que se encontram hoje em diferentes fases de implementação: o Vale de Alcântara e a Radial de Benfica, o Vale de Chelas, o Parque Periférico, o Corredor Verde de Monsanto e a Integração na Estrutura Verde Principal de Lisboa da Zona Ribeirinha Oriental e Ocidental.
Entre os seus restantes projetos, cabe ainda assinalar o espaço público do Bairro das Estacas, em Alvalade; os jardins da Capela de São Jerónimo, no Restelo; a cobertura vegetal da colina do Castelo de São Jorge; o Jardim Amália Rodrigues, junto ao Parque Eduardo VII, projetado em 1996.
Na qualidade de professor catedrático convidado, lecionou na Universidade de Évora, onde criou na década de 1990 as licenciaturas em Arquitetura Paisagista e em Engenharia Biofísica.
Em abril de 2013 foi galardoado com o Prémio Sir Geoffrey Jellicoe, a mais importante distinção internacional no âmbito da arquitetura paisagista.
  
Atividade política e pública 
Gonçalo Ribeiro Telles iniciou a sua intervenção pública como membro da Juventude Agrária e Rural Católica, estrutura juvenil ligada à Ação Católica Portuguesa.
Em 1945, participou na fundação do Centro Nacional de Cultura, da qual é hoje o associado número um, e ainda Presidente da Assembleia Geral, em cujas sessões acentuou a sua oposição ao regime de Salazar.
Com Francisco Sousa Tavares, fundou, em 1957, o Movimento dos Monárquicos Independentes, a que se seguiria o Movimento dos Monárquicos Populares.
Em 1958, manifestou o seu apoio à candidatura presidencial de Humberto Delgado.
Em 1959, encontra-se entre os signatários da Carta a Salazar sobre os serviços de repressão.
Em 1967, aquando das cheias de Lisboa, impôs-se publicamente contra as políticas de urbanização vigentes.
Em 1969, integra a Comissão Eleitoral Monárquica, que se junta às listas da Ação Socialista Portuguesa, de Mário Soares, na coligação Comissão Eleitoral de Unidade Democrática (CEUD), liderada por Soares, para concorrer à Assembleia Nacional. Não seria eleito, tal como os restantes membros das listas da oposição democrática. Em 1971, ajudou a fundar o movimento Convergência Monárquica, reunião de três movimentos da resistência monárquica: o Movimento Monárquico Popular, a Liga Popular Monárquica e a Renovação Portuguesa.
Após a Revolução de 25 de Abril de 1974, com Francisco Rolão Preto, Henrique Barrilaro Ruas, João Camossa de Saldanha, Augusto Ferreira do Amaral, Luís Coimbra, entre outros, fundou o Partido Popular Monárquico, a cujo Diretório presidiu. Foi subsecretário de Estado do Ambiente, nos I, II e III Governos Provisórios, e secretário de Estado da mesma pasta, no I Governo Constitucional, chefiado por Mário Soares.
Em 1979, alia-se a Francisco Sá Carneiro na formação da Aliança Democrática, coligação através da qual foi eleito deputado à Assembleia da República, consecutivamente, nas legislativas de 1979, 1980 e 1983. Entre 1981 e 1983, integra o VIII Governo Constitucional, chefiado por Francisco Pinto Balsemão, como Ministro de Estado e da Qualidade de Vida. Durante o seu ministério, assume um papel preponderante no estabelecimento de um regime sobre o uso da terra e o ordenamento do território, ao criar as zonas protegidas da Reserva Agrícola Nacional, da Reserva Ecológica Nacional e as bases dos Planos Diretores Municipais.
Enquanto deputado na Assembleia da Republica teve responsabilidades nas propostas da Lei de Bases do Ambiente, da Lei da Regionalização, da Lei Condicionante da Plantação de Eucaliptos, da Lei dos Baldios, da Lei da Caça, e da Lei do Impacte Ambiental.
Em 1984, após sair do governo e já afastado do PPM, fundou o Movimento Alfacinha, com o qual se apresentou candidato à Câmara Municipal de Lisboa, conseguindo a eleição como vereador. Em 1985, regressa à Assembleia da República, agora como deputado independente, eleito nas listas do Partido Socialista (PS). Em 1993, fundou o Movimento o Partido da Terra, MPT, cuja presidência abandonou em 2007.
Em 2010, integrando a Plataforma Cidadania e Casamento, manifestou-se publicamente contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, recentemente legalizado em Portugal.
Em 2009 e 2013, apoiou a candidatura encabeçada por António Costa nas eleições autárquicas para o Município de Lisboa.
Em 2016, no festival de cinema IndieLisboa, foi apresentado o documentário A Vossa Terra - paisagens de Gonçalo Ribeiro Teles, do realizador João Mário Grilo.
   
Condecorações
   

Hoje é dia de São Martinho...!

   
Martinho de Tours (em latim: Martinus Turonensis; Sabaria, Panónia, 316 - Condate, Gália, 397), foi um militar, monge e, mais tarde, bispo de Turonum (Tours), sendo considerado santo pela Igreja Católica.
 
São Martinho de Tours era filho de um tribuno e soldado do exército romano. Nasceu e cresceu na cidade de Sabaria, Panónia (atual Hungria), em 316, sob uma educação baseada na religião dos seus antepassados, os deuses mitológicos venerados no Império Romano. Aos 10 anos de idade, entrou para o grupo dos catecúmenos (aqueles que estão se preparando para receber o batismo). Aos 15 anos de idade, e contra a própria vontade, teve de ingressar no exército romano e dirigir-se para a Gália (região na atual França). Aos 18 anos abandonou o exército, pois o cristianismo não era compatível com as suas funções militares. Foi batizado por Santo Hilário, bispo da cidade de Poitiers.
    
(...)
   
Por curiosidade começou a frequentar uma Igreja cristã, ainda criança, sendo instruído na doutrina cristã, porem sem receber o batismo. Ao atingir a adolescência, para tê-lo mais perto de si, o seu pai alistou-o na cavalaria do exército imperial. Mas se o intuito do pai era afasta-lo da Igreja, o resultado foi o inverso, pois Martinho, continuava praticando os ensinamentos cristãos, principalmente a caridade. Depois, foi destinado a prestar serviço na Gália, hoje França.
Foi nessa época que ocorreu o famoso episódio do manto. Um dia um mendigo que tiritava de frio pediu-lhe esmola e, como não tinha, o cavaleiro cortou o seu próprio manto com a espada, dando metade ao pedinte. Durante a noite o próprio Jesus apareceu-lhe em sonho, usando o pedaço de manto que dera ao mendigo e agradeceu a Martinho por tê-lo aquecido no frio. Dessa noite em diante, ele decidiu que deixaria as fileiras militares para dedicar-se à religião.
Com vinte e dois anos já estava batizado, provavelmente pelo Bispo de Amiens, afastado da vida da corte e do exercito. Tornou-se monge e discípulo do famoso Bispo de Poitiers, Santo Hilário que o ordenou diácono. Mais tarde, quando voltou do exílio em 360, doou a Martinho um terreno em Ligugé, a doze quilómetros de Poitiers. Ali ele fundou uma comunidade de monges. Mas logo eram tantos jovens religiosos que buscavam sua orientação, que Martinho construiu o primeiro mosteiro da França e da Europa ocidental.
No ocidente, ao contrário do oriente, os monges podiam exercer o sacerdócio para que se tornassem apóstolos na evangelização. Martinho liderou então a conversão de muitos e muitos habitantes da região rural. Com seus monges visitava as aldeias pagãs, pregava o evangelho, derrubava templos e ídolos e construía igrejas. Onde encontrava resistência fundava um mosteiro com os monges evangelizando pelo exemplo da caridade cristã, e logo todo o povo se convertia. Dizem os escritos que, nesta época, havia recebido dons místicos, operando muitos prodígios em beneficio dos pobres e doentes que tanto amparava.
Quando ficou vaga a diocese de Tours, em 371 o povo o aclamou por unanimidade para ser o Bispo. Martinho aceitou, apesar de resistir no início. Mas não abandonou a sua peregrinação apostólica, visitava todas as paróquias, zelava pelo culto e não desistiu de converter pagãos e exercer exemplarmente a caridade. Nas proximidades da cidade fundou outro mosteiro, chamado de Marmoutier. E a sua influência não se limitou a Tours, mas expandiu-se por toda a França, tornando-o querido e amado por todo o povo.
Martinho exerceu o bispado por vinte e cinco anos e, aos oitenta e um, estava na cidade de Candes, quando morreu, no dia 8 de novembro de 397. A sua festa é comemorada no dia 11, data em que foi sepultado, na cidade de Tours.
Venerado como São Martinho de Tours, tornou-se o primeiro Santo não mártir a receber culto oficial da Igreja e tornou-se um dos santos mais populares da Europa medieval.
   
 

São Martinho partilhando o seu manto com um mendigo (1531), Lisboa, Museu Calouste Gulbenkian
      
 

domingo, novembro 10, 2024

Música adequada à data - saudades de Mama Africa...

Poema para recordar Cunhal...

(imagem daqui)

 
Os presídios - III
 

Mas,
português da rua,
entre nós,
que ninguém nos escuta,
sabes
onde
está Álvaro Cunhal?
Sabes a ausência,
ou alguém o sabe,
do valente
Militão?
Moça portuguesa,
passas como que bailando
pelas ruas
rosadas de Lisboa,
mas,
sabes onde caiu Bento Gonçalves,
o português mais puro,
honra de teu mar e de tua areia?
Sabes
que existe uma ilha,
a Ilha do Sal
e que nela o Tarrafal
verte sombra?
Sim, tu sabes, moça,
rapaz, sim, tu bem o sabes.
Em silêncio
a palavra
anda com lentidão mas percorre
não só Portugal mas toda Terra.
Sim, sabemos,
em remotos países,
que há trinta anos
uma lápide
espessa como túmulo ou como túnica,
de clerical morcego,
afoga Portugal, teu triste canto,
salpica tua doçura,
com gotas de martírio
e mantém as suas cúpulas de sombra.


in
Las uvas y el viento (1954) - Pablo Neruda

O ator Roy Scheider nasceu há 92 anos...

     
Roy Richard Scheider (Orange, New Jersey, November 10, 1932 – Little Rock, Arkansas, February 10, 2008) was an American actor. Described by AllMovie as "one of the most unique and distinguished of all Hollywood actors", he gained fame for his leading and supporting roles in celebrated films from the 1970s through to the early to mid-1980s. He was nominated for two Academy Awards, a Golden Globe Award, and a BAFTA Award.
   

Ennio Morricone nasceu há 96 anos...

      
Ennio Morricone (Roma, 10 de novembro de 1928 – Roma, 6 de julho de 2020) foi um compositor, arranjador e maestro italiano que escreveu músicas em diversos estilos. Ao longo da sua carreira foi responsável pela composição e arranjo de mais de 500 filmes e programas de televisão.
Morricone escreveu algumas das bandas sonoras mais conhecidas dos western spaghetti do cineasta Sergio Leone: Per un pugno di dollari (Por um Punhado de Dólares), de 1964, Per qualche dollaro in più (Por mais alguns dólares), de 1965, Il buono, il brutto, il cattivo (O Bom, o Mau e o Vilão), de 1966, e Once Upon a Time in the West (Era uma Vez no Oeste), de 1968. As suas composições mais recentes incluem as bandas sonoras de Once Upon a Time in America (Era uma vez na América), de 1984, The Mission (A Missão), de 1986, The Untouchables (Os Intocáveis), de 1987, Nuovo cinema Paradiso (Cinema Paradiso), de 1988, Lolita, de 1997, Malèna, de 2000, e Inglorious Basterds (Sacanas Sem Lei), de 2009.
    
 

Getúlio Vargas instituiu o Estado Novo (aka Terceira República Brasileira) há 87 anos

 
O Estado Novo ou Terceira República Brasileira foi o regime político brasileiro, fundado por Getúlio Vargas, em 10 de novembro de 1937, que vigorou até 31 de janeiro de 1946. Era caracterizado pela centralização do poder, nacionalismo, anticomunismo e pelo seu autoritarismo. É parte do período da história do Brasil conhecido como Era Vargas.
Em 10 de novembro de 1937, através de um golpe de estado, Vargas instituiu o Estado Novo num pronunciamento em rede de rádio, no qual lançou um Manifesto à nação, no qual dizia que o regime tinha como objetivo "reajustar o organismo político às necessidades económicas do país".
Após a constituição de 1937, Vargas consolidou o seu poder. O governo implementava a censura à imprensa e a propaganda era coordenada pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). Também houve forte repressão do comunismo, amparada pela "Lei de Segurança Nacional", que impediu movimentos revolucionários, como a Intentona Comunista de 1935, durante todo o período.
  

Greg Lake nasceu há 77 anos...

   
Greg Lake (Poole, 10 de novembro de 1947Dorset, 7 de dezembro de 2016) foi um músico inglês, membro fundador dos King Crimson e dos Emerson, Lake & Palmer. Algumas das mais conhecidas canções dos ELP são da sua autoria, como "Lucky Man", "The Sage", From the Beginning" e "Still... You Turn Me On".

 

Saudades de Mário Viegas...


O PORTUGAL FUTURO 

 

   
O portugal futuro é um país
aonde o puro pássaro é possível
e sobre o leito negro do asfalto da estrada
as profundas crianças desenharão a giz
esse peixe da infância que vem na enxurrada
e me parece que se chama sável
Mas desenhem elas o que desenharem
é essa a forma do meu país
e chamem elas o que lhe chamarem
portugal será e lá serei feliz
Poderá ser pequeno como este
ter a oeste o mar e a espanha a leste
tudo nele será novo desde os ramos à raiz
À sombra dos plátanos as crianças dançarão
e na avenida que houver à beira-mar
pode o tempo mudar será verão
Gostaria de ouvir as horas do relógio da matriz
mas isso era o passado e podia ser duro
edificar sobre ele o portugal futuro

 

Ruy Belo

A Revolução Húngara (de 1956) terminou há sessenta e oito anos...

O símbolo da revolução de 56: a Bandeira da Hungria com o emblema comunista cortado

 

A Revolução Húngara de 1956 (em húngaro: 1956-os forradalom) foi uma revolta popular espontânea contra as políticas impostas pelo governo da República Popular da Hungria e pela União Soviética. O movimento durou de 23 de outubro até 10 de novembro de 1956.

A revolta começou como uma manifestação estudantil que atraiu milhares que marcharam pelo centro de Budapeste até o parlamento. Uma delegação de estudantes entrando no prédio da Rádio Free Europe numa tentativa de transmitir as suas demandas, mas foi detida. Quando a libertação da delegação foi exigida pelos manifestantes do lado de fora, eles foram alvejados pela Autoridade de Proteção de Estado (ÁVH) de dentro do prédio. As notícias espalharam-se rapidamente e a desordem e violência irromperam por toda a capital.
A revolta espalhou-se rapidamente por toda a Hungria e o governo caiu. Milhares organizaram-se em milícias, combatendo a Polícia de Segurança do Estado (ÁVH) e as tropas soviéticas. Comunistas pro-soviéticos e membros da ÁVH eram frequentemente executados ou aprisionados, enquanto os antigos prisioneiros eram libertados e armados. Conselhos improvisados tiraram o controle municipal do Partido dos Trabalhadores Húngaros e exigiram verdadeiras mudanças políticas. O novo governo dissolveu formalmente a ÁVH, declarou a sua intenção de se retirar do Pacto de Varsóvia e prometeu restabelecer eleições livres. No final de outubro, as lutas tinham quase parado e um senso de normalidade começava a retornar.
Depois de anunciar a boa vontade para negociar uma retirada das forças soviéticas, o Politburo mudou de ideia e decidiu suprimir a revolução. A 4 de novembro, um grande exército soviético invadiu Budapeste e outras regiões do país. A resistência húngara continuou até 10 de novembro. Mais de 2.500 soldados húngaros e cerca de 700 soldados soviéticos foram mortos no conflito, tendo 200.000 húngaros fugido, passando a ser refugiados. Prisões em massa e denúncias continuaram durante meses. Em janeiro de 1957, o novo governo soviético instalado suprimiu toda a oposição pública. Essas ações soviéticas fizeram duvidar das suas convicções muitos marxistas ocidentais, ainda mais pelo brutal reforço do controle soviético na Europa Central.
Discussões públicas sobre essa revolução foram reprimidas na Hungria durante trinta anos, mas desde os anos 80 ela tem sido objeto de intenso estudo e debate. Após se libertarem do jugo comunista, em 1989, o dia 23 de outubro foi declarado feriado nacional.
   
   

Martinho Lutero nasceu há 541 anos

         
Martinho Lutero, em alemão Martin Luther, (Eisleben, 10 de novembro de 1483 - Eisleben, 18 de fevereiro de 1546) foi um sacerdote católico agostiniano e professor de teologia germânico que foi figura central da Reforma Protestante, que, ficando contra os conceitos da Igreja Católica, veementemente contestou a alegação de que a liberdade da punição de Deus sobre o pecado poderia ser comprada, confrontou o vendedor de indulgências Johann Tetzel com as suas 95 Teses em 1517. A sua recusa em retirar os seus escritos, a pedido do Papa Leão X, em 1520, e do Imperador Carlos V, na Dieta de Worms, em 1521, resultou na sua excomunhão pelo Papa e a condenação como um fora-da-lei pelo imperador do Sacro Império Romano Antigo.
Lutero ensinava que a salvação não se consegue com boas ações, mas é um livre presente de Deus, recebida apenas pela graça, através da fé em Jesus como único redentor do pecador. Apesar disso, em suas teses não negava a necessidade da confissão, considerando-a necessária para o perdão da falta A sua teologia desafiou a autoridade papal na Igreja Católica Romana, pois ele ensinava que a Bíblia é a única fonte de conhecimento divinamente revelada e opôs-se ao sacerdotalismo, por considerar todos os cristãos batizados como um sacerdócio santo. Aqueles que se identificavam com os ensinamentos de Lutero eram chamados luteranos.
A sua tradução da Bíblia para o alemão, que não o latim,  fez o livro mais acessível, causando um impacto gigantesco na Igreja e na cultura alemã. Promoveu um desenvolvimento de uma versão padrão da língua alemã, adicionando vários princípios à arte de traduzir, e influenciou a tradução para o inglês da Bíblia do Rei James. Os seus hinos influenciaram o desenvolvimento do ato de cantar em igrejas. O seu casamento com Catarina von Bora estabeleceu um modelo para a prática do casamento clerical, permitindo o matrimónio de padres protestantes.
Nos seus últimos anos, Lutero tornou-se antissemita, chegando a escrever que as casas judaicas deveriam ser destruídas e as suas sinagogas queimadas, o dinheiro confiscado e a liberdade cerceada. Essas afirmações fizeram de Lutero uma figura controversa entre muitos historiadores e estudiosos.
           
     

François Couperin o Grande nasceu há 356 anos

 
François Couperin (Paris, 10 de novembro de 1668 – Paris, 11 de setembro de 1733) foi um apreciado compositor, organista e cravista barroco francês. François Couperin era conhecido como Couperin le Grand (Couperin o Grande) para diferenciá-lo de outros membros da talentosa família Couperin.
   

William Hogarth nasceu há 327 anos

      
William Hogarth (Londres, 10 de novembro de 1697 - Londres, 26 de outubro de 1764) foi um pintor, gravador e ilustrador inglês. O seu trabalho foi desde excelentes retratos realistas a histórias como séries de imagens chamadas "assuntos morais modernos". Muito do seu trabalho, embora às vezes vicioso, satirizava as políticas contemporâneas e as alfândegas. Ilustrações de tal estilo são muitas vezes referidas como hogartianas.
   
Início de vida
William Hogarth nasceu em Bartholomew Close, Londres, filho de Richard Hogarth, um pobre professor de latim e escritor de livros didáticos, e Anne Gibbons. Na sua juventude foi aprendiz do gravurista Ellis Gamble, em Leicester Fields, onde aprendeu a fazer gravaras de cartões de comércio e produtos similares. Jovem, Hogarth também teve um vivo interesse pela vida na rua da metrópole e as feiras de Londres, e divertiu-se desenhando as personagens que via. Na mesma época o seu pai, que tinha aberto um café de língua latina mal sucedida na St John's Gate, foi detido por dívidas na prisão de Fleet, durante cinco anos. Hogarth nunca falou da prisão de seu pai.
Tornou-se um membro do clube de artistas Rose and Crown Club, com Peter Tillemans, George Vertue, Michael Dahl e outros artistas e apreciadores.
 
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David Garrick as Richard III, 1745
  
Breakfeast Scene de Marriage à la Mode, National Gallery de Londres, 1743
      

John Patterson nasceu há 157 anos

   
O coronel John Henry Patterson, (Forgney, Ballymahon, Condado de Westmeath, Irlanda, 10 de novembro de 1867 - Bel Air, Califórnia, EUA, 18 de junho de 1947), conhecido como John Patterson, foi um militar, caçador, sionista e autor anglo-irlandês, mais conhecido pelo seu livro The Man-Eaters of Tsavo (1907), que detalha as suas experiências na construção de uma ferrovia no Quénia. No filme Caçadores na Noite, de 1996, foi interpretado pelo ator americano Val Kilmer.