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sábado, novembro 11, 2023

A I Grande Guerra terminou há 105 anos...

Foto após a assinatura do armistício: em primeiro plano, o marechal Foch, ladeado pelos almirantes britânicos Hope e Rosslyn Wemyss
   
O Armistício de Compiègne foi um tratado assinado a 11 de novembro de 1918 entre os Aliados e a Alemanha, dentro de um vagão-restaurante, na floresta de Compiègne, com o objetivo de encerrar as hostilidades na frente ocidental da Primeira Guerra Mundial. Os principais signatários foram o Marechal Ferdinand Foch, comandante-em-chefe das forças da Tríplice Entente, e Matthias Erzberger, representante alemão.
Seguiu-se ao armistício o tratado de paz de Versalhes, celebrado em 1919, segundo o qual, a Alemanha, derrotada, era obrigada a:
  • reduzir as suas tropas a metade;
  • pagar pesadas indemnizações aos países vencedores;
  • ceder todas as suas colónias;
  • restituir a Alsácia-Lorena à França.
  

segunda-feira, setembro 04, 2023

Albert Schweitzer, vencedor de um Nobel da Paz, morreu há 58 anos...

      

Albert Schweitzer (Ludwig Philipp Albert Schweitzer), né le à Kaysersberg (Alsace-Lorraine) et mort le à Lambaréné (Gabon), est un médecin, pasteur et théologien protestant, philosophe et musicien alsacien.

L'hôpital qu'il développe dans la forêt équatoriale au bord de l'Ogooué à partir de 1913 le fait connaître dans le monde entier. En 1952, l'attribution du prix Nobel de la paix lui apporte la consécration et une visibilité médiatique considérable.

Personnage marquant du XXe siècle, «homme universel», il est en même temps une figure emblématique de l'Alsace, de la théologie libérale ou des admirateurs de Jean-Sébastien Bach. On voit parfois en lui un précurseur de l'action humanitaire, de l'écologie, de l'antispécisme et du désarmement nucléaire.

La notion de «respect de la vie» (Ehrfurcht vor dem Leben) et son indignation devant la souffrance sont au cœur de la démarche d'Albert Schweitzer, qui s'est voulu «un homme au service d'autres hommes», tourné vers l'action.

Nourri d'une double culture allemande et française, il bénéficie d'une aura internationale, mais, à l'exception de son Alsace natale, son œuvre reste peu connue en France où elle a été diffusée plus tardivement. Auteur prolifique, il a laissé de nombreux travaux, sermons, lettres et documents, pas encore tous exploités. De leur côté, témoins, disciples et détracteurs, en Europe ou en Afrique, apportent des points de vue contrastés, que la recherche s'emploie à mettre en perspective. Son œuvre a été distinguée par le prix du patrimoine Nathan Katz (2015).

   

sexta-feira, setembro 01, 2023

Napoleão III perdeu a coroa imperial há 153 anos

Napoleão III e Bismarck na manhã seguinte à Batalha de Sedan
  
A Batalha de Sedan foi travada a 1 de setembro de 1870, próximo da cidade francesa de Sedan, durante a Guerra Franco-Prussiana.
Resultou na captura do Imperador Napoleão III, juntamente com o seu exército, e praticamente decidiu o conflito em favor do Reino da Prússia e seus aliados.
Nesta batalha, o exército prussiano demonstrou, de forma cabal, a sua superioridade em liderança, tática, logística e em adestramento.Também nesta batalha marcou-se o fim do Segundo Império Francês e o início da Terceira República Francesa.
     

quinta-feira, julho 06, 2023

A primeira vacina contra a raiva foi aplicada há 138 anos

Meister, enquanto criança
     
Joseph Meister (Steige, Alsácia, 21 de fevereiro de 1876 - Paris, 16 de junho de 1940) foi o primeiro ser humano imunizado contra a raiva, por Louis Pasteur, e a sobreviver à infeção da doença, em julho de 1885.
Mais tarde tornou-se funcionário do Instituto Pasteur de Paris, do qual foi porteiro. Suicidou-se após a invasão alemã na Segunda Guerra Mundial.
     
O ataque
No dia 4 de julho de 1885 Joseph, filho do padeiro Joseph Meister Anthony, como de costume vai à cervejaria Witz na vizinha vila de Maisonsgoutte, distante alguns quilómetros, a fim de comprar fermento.
A criança, que contava então nove anos de idade, ao chegar à aldeia, foi atacado pelo cão raivoso de Theodore Vonne, um taberneiro, que também fora ferido levemente pelo animal; Joseph, contudo, sofreu mais cruelmente - tendo ao todo catorze mordidelas na sua perna e braço direito.
Segundo o seu próprio relato:
"Passando pela povoação de Maisonsgoutte para ir à cervejaria, de repente vi um cão de caça grande, que eu conhecia bem, por entre duas casas, abaixando a cabeça e se atirando sobre mim. Eu estava segurando na mão uma taça de estanho, e os cães raivosos não gostam de nada que brilha. Ele mordeu a minha mão primeiro e, vindo sobre mim, derrubou-me e mordeu-me gravemente nas pernas, fazendo catorze ferimentos. Felizmente um serralheiro de Steige assistiu a cena de longe. Ele veio correndo com uma barra de ferro e bateu no cão. Enquanto isso o proprietário chegou. Pegou o animal pelo pescoço e o trancou num celeiro, mas também foi ferido no dedo."
Enquanto a filha do taberneiro lhe cosia as calças, alguns moradores lavaram-lhe os ferimentos. Meister foi depois, contudo, deixado sozinho para regressar a casa e, ferido, tinha que parar a cada dez metros, numa demorada jornada que preocupou os seus pais: a mãe, Marie Angelique, chegou a pensar que o garoto faltara às aulas, já que depois de trazer o fermento deveria ir à escola. Mandam, então, alguém procurar o menino.
Vendo o estado dele, ficaram apavorados e sua mãe levou-o até o consultório do Dr. Weber, o médico da vila. Este procede à desinfeção das feridas com ácido carbólico mas, ante a gravidade e número das lesões, avisa que não há grandes expectativas, se fosse o caso de raiva.
Nesse momento, o proprietário do cão, vendo o seu estado agressivo, conduziu-o até Sélestat - distante cerca de 25 km, para que um veterinário o examine mas, no caminho, como o animal tentava atacar as pessoas, ele foi abatido por gendarmes; Vonne continua a viagem e o cão é autopsiado, sendo encontrados no seu estômago restos de palha, feno e madeira - constatando-se assim que estava realmente raivoso.
Vonne então, no caminho de volta, para num café onde relata o ocorrido; ali alguns presentes contam ter lido nos jornais sobre as experiências de um químico, o Sr. Pasteur, inoculando a vacina experimental em cães com sucesso; ele, então, retorna à vila e, procurando os pais do rapaz, relata-lhes o que soubera.
No dia seguinte o Sr. Vonne e a esposa do padeiro, conduzidos por um seu familiar, partem para Paris, enquanto o pai permanece na vila, cuidando dos negócios. Na capital francesa tiveram grande dificuldade para encontrar o endereço de Pasteur; sobre isso Meister relatou:
"O Sr. Pasteur tinha, naquela época, muitos inimigos, especialmente no mundo da medicina, e tínhamos muita dificuldade encontrá-lo. Nos hospitais onde o procuramos queriam que ficasse por lá, dizendo que ali eu teria cuidados iguais aos do Sr. Pasteur e que, além disso, ele não estava em Paris. Minha mãe, irritada, respondia que ela havia chegado muito longe para encontrá-lo e queria saber onde ele se achava. Uma vez que não lhe atendiam, sem dar-lhe o endereço dele, ela começou a chorar. Vendo a sua insistência, fomos enviados para o Hotel Dieu, onde nos encontramos com o seu diretor que finalmente nos deu o endereço: ele trabalhava na Escola Normal, na rua d'Ulm..."
No dia 6 de julho, enfim, levam Meister a Pasteur.
  
Pasteur assiste à inoculação da vacina em Joseph Meister
   
A vacina
Pasteur recebeu a visita inesperada; ele registou: "A morte da criança parecia inevitável. Decidi, não sem profunda angústia e ansiedade, como se pode imaginar, aplicar em Joseph Meister o método que eu havia experimentado com sucesso consistente nos cães"
Meister também falou sobre esse momento: "O Sr. Pasteur ficou muito emocionado quando nos viu chegar, mas mostrou-se relutante em iniciar o tratamento, afirmando que não podia se responsabilizar por mim, já que fizera seus experimentos apenas em animais, mas nunca em seres humanos. Minha mãe então pediu-lhe para que fizesse uma experiência, dizendo que eu já estava condenado, era melhor tentar o único tratamento que havia."
Pasteur queria, antes de iniciar o tratamento - e também porque, não sendo médico, este deveria ser feito por um profissional habilitado - consultar dois colegas, os doutores Vulpian e Grancher, que estão de acordo com a situação de morte certa do menino, bem como na realização do tratamento, que tem início naquela mesma noite, pelo médico Grancher; até o dia seguinte, conseguiram alojar os visitantes na própria École Normale, na sala de esgrima.
O tratamento durou até o dia 16, com doses crescentes da vacina sendo aplicada, num total de 21 sessões; exausto, Pasteur foi descansar na sua residência no Jura, recebendo de Gracher relatórios diários sobre o estado de saúde do rapaz, a quem se afeiçoara. A 27 de julho Meister e a sua mãe terminam o tratamento e regressam à terra natal.
O sucesso daquela experiência pioneira marcou a primeira vitória contra a raiva em seres humanos na história.
   

sexta-feira, novembro 11, 2022

A I Grande Guerra terminou há 104 anos

Foto após a assinatura do armistício: em primeiro plano, o marechal Foch, ladeado pelos almirantes britânicos Hope e Rosslyn Wemyss
   
O Armistício de Compiègne foi um tratado assinado a 11 de novembro de 1918 entre os Aliados e a Alemanha, dentro de um vagão-restaurante, na floresta de Compiègne, com o objetivo de encerrar as hostilidades na frente ocidental da Primeira Guerra Mundial. Os principais signatários foram o Marechal Ferdinand Foch, comandante-em-chefe das forças da Tríplice Entente, e Matthias Erzberger, representante alemão.
Seguiu-se ao armistício o tratado de paz de Versalhes, celebrado em 1919, segundo o qual, a Alemanha, derrotada, era obrigada a:
  • reduzir as suas tropas a metade;
  • pagar pesadas indemnizações aos países vencedores;
  • ceder todas as suas colónias;
  • restituir a Alsácia-Lorena à França.
  

domingo, setembro 04, 2022

Albert Schweitzer, vencedor de um Nobel da Paz, morreu há 57 anos

      
Albert Schweitzer, né le à Kaysersberg et mort le à Lambaréné, est un médecin alsacien, par ailleurs philosophe, théologien protestant et musicien organiste.
Connu pour son éthique du «respect de la vie», inspiré (comme il en témoigne) des religions de l'Inde, dont notamment le principe d’ahimsâ («non-violence») issu du jaïnisme, de l’hindouisme et du bouddhisme, mais aussi célèbre pour avoir été le précurseur de l’aide humanitaire pour la fondation en 1913 de son hôpital de Lambaréné, au Gabon, ainsi que pour ses travaux sur Bach et ses interprétations à l’orgue, caractéristiques du mouvement de la réforme alsacienne, Albert Schweitzer fut lauréat du prix Goethe en 1928 et du prix Nobel de la paix en 1952.
   

quinta-feira, setembro 01, 2022

Napoleão III perdeu a coroa imperial há 152 anos

Napoleão III e Bismarck na manhã seguinte à Batalha de Sedan
  
A Batalha de Sedan foi travada a 1 de setembro de 1870, próximo da cidade francesa de Sedan, durante a Guerra Franco-Prussiana.
Resultou na captura do Imperador Napoleão III, juntamente com o seu exército, e praticamente decidiu o conflito em favor do Reino da Prússia e seus aliados.
Nesta batalha, o exército prussiano demonstrou, de forma cabal, a sua superioridade em liderança, tática, logística e em adestramento.Também nesta batalha marcou-se o fim do Segundo Império Francês e o início da Terceira República Francesa.
     

quarta-feira, julho 06, 2022

A primeira vacina contra a raiva foi dada há 137 anos

Meister, enquanto criança
     
Joseph Meister (Steige, Alsácia, 21 de fevereiro de 1876 - Paris, 16 de junho de 1940) foi o primeiro ser humano imunizado contra a raiva, por Louis Pasteur, e a sobreviver à infeção da doença, em julho de 1885.
Mais tarde tornou-se funcionário do Instituto Pasteur de Paris, do qual foi porteiro. Suicidou-se após a invasão alemã na Segunda Guerra Mundial.
     
O ataque
No dia 4 de julho de 1885 Joseph, filho do padeiro Joseph Meister Anthony, como de costume vai à cervejaria Witz na vizinha vila de Maisonsgoutte, distante alguns quilómetros, a fim de comprar fermento.
A criança, que contava então nove anos de idade, ao chegar à aldeia, foi atacado pelo cão raivoso de Theodore Vonne, um taberneiro, que também fora ferido levemente pelo animal; Joseph, contudo, sofreu mais cruelmente - tendo ao todo catorze mordidelas na sua perna e braço direito.
Segundo o seu próprio relato:
"Passando pela povoação de Maisonsgoutte para ir à cervejaria, de repente vi um cão de caça grande, que eu conhecia bem, por entre duas casas, abaixando a cabeça e se atirando sobre mim. Eu estava segurando na mão uma taça de estanho, e os cães raivosos não gostam de nada que brilha. Ele mordeu a minha mão primeiro e, vindo sobre mim, derrubou-me e mordeu-me gravemente nas pernas, fazendo catorze ferimentos. Felizmente um serralheiro de Steige assistiu a cena de longe. Ele veio correndo com uma barra de ferro e bateu no cão. Enquanto isso o proprietário chegou. Pegou o animal pelo pescoço e o trancou num celeiro, mas também foi ferido no dedo."
Enquanto a filha do taberneiro lhe cosia as calças, alguns moradores lavaram-lhe os ferimentos. Meister foi depois, contudo, deixado sozinho para regressar a casa e, ferido, tinha que parar a cada dez metros, numa demorada jornada que preocupou os seus pais: a mãe, Marie Angelique, chegou a pensar que o garoto faltara às aulas, já que depois de trazer o fermento deveria ir à escola. Mandam, então, alguém procurar o menino.
Vendo o estado dele, ficaram apavorados e sua mãe levou-o até o consultório do Dr. Weber, o médico da vila. Este procede à desinfeção das feridas com ácido carbólico mas, ante a gravidade e número das lesões, avisa que não há grandes expectativas, se fosse o caso de raiva.
Nesse momento, o proprietário do cão, vendo o seu estado agressivo, conduziu-o até Sélestat - distante cerca de 25 km, para que um veterinário o examine mas, no caminho, como o animal tentava atacar as pessoas, ele foi abatido por gendarmes; Vonne continua a viagem e o cão é autopsiado, sendo encontrados no seu estômago restos de palha, feno e madeira - constatando-se assim que estava realmente raivoso.
Vonne então, no caminho de volta, para num café onde relata o ocorrido; ali alguns presentes contam ter lido nos jornais sobre as experiências de um químico, o Sr. Pasteur, inoculando a vacina experimental em cães com sucesso; ele, então, retorna à vila e, procurando os pais do rapaz, relata-lhes o que soubera.
No dia seguinte o Sr. Vonne e a esposa do padeiro, conduzidos por um seu familiar, partem para Paris, enquanto o pai permanece na vila, cuidando dos negócios. Na capital francesa tiveram grande dificuldade para encontrar o endereço de Pasteur; sobre isso Meister relatou:
"O Sr. Pasteur tinha, naquela época, muitos inimigos, especialmente no mundo da medicina, e tínhamos muita dificuldade encontrá-lo. Nos hospitais onde o procuramos queriam que ficasse por lá, dizendo que ali eu teria cuidados iguais aos do Sr. Pasteur e que, além disso, ele não estava em Paris. Minha mãe, irritada, respondia que ela havia chegado muito longe para encontrá-lo e queria saber onde ele se achava. Uma vez que não lhe atendiam, sem dar-lhe o endereço dele, ela começou a chorar. Vendo a sua insistência, fomos enviados para o Hotel Dieu, onde nos encontramos com o seu diretor que finalmente nos deu o endereço: ele trabalhava na Escola Normal, na rua d'Ulm..."
No dia 6 de julho, enfim, levam Meister a Pasteur.
  
Pasteur assiste à inoculação da vacina em Joseph Meister
   
A vacina
Pasteur recebeu a visita inesperada; ele registou: "A morte da criança parecia inevitável. Decidi, não sem profunda angústia e ansiedade, como se pode imaginar, aplicar em Joseph Meister o método que eu havia experimentado com sucesso consistente nos cães"
Meister também falou sobre esse momento: "O Sr. Pasteur ficou muito emocionado quando nos viu chegar, mas mostrou-se relutante em iniciar o tratamento, afirmando que não podia se responsabilizar por mim, já que fizera seus experimentos apenas em animais, mas nunca em seres humanos. Minha mãe então pediu-lhe para que fizesse uma experiência, dizendo que eu já estava condenado, era melhor tentar o único tratamento que havia."
Pasteur queria, antes de iniciar o tratamento - e também porque, não sendo médico, este deveria ser feito por um profissional habilitado - consultar dois colegas, os doutores Vulpian e Grancher, que estão de acordo com a situação de morte certa do menino, bem como na realização do tratamento, que tem início naquela mesma noite, pelo médico Grancher; até o dia seguinte, conseguiram alojar os visitantes na própria École Normale, na sala de esgrima.
O tratamento durou até o dia 16, com doses crescentes da vacina sendo aplicada, num total de 21 sessões; exausto, Pasteur foi descansar na sua residência no Jura, recebendo de Gracher relatórios diários sobre o estado de saúde do rapaz, a quem se afeiçoara. A 27 de julho Meister e a sua mãe terminam o tratamento e regressam à terra natal.
O sucesso daquela experiência pioneira marcou a primeira vitória contra a raiva em seres humanos na história.
   

quinta-feira, novembro 11, 2021

A I Grande Guerra terminou há 103 anos

Foto após a assinatura do armistício: em primeiro plano, o marechal Foch, ladeado pelos almirantes britânicos Hope e Rosslyn Wemyss
   
O Armistício de Compiègne foi um tratado assinado a 11 de novembro de 1918 entre os Aliados e a Alemanha, dentro de um vagão-restaurante, na floresta de Compiègne, com o objetivo de encerrar as hostilidades na frente ocidental da Primeira Guerra Mundial. Os principais signatários foram o Marechal Ferdinand Foch, comandante-em-chefe das forças da Tríplice Entente, e Matthias Erzberger, representante alemão.
Seguiu-se ao armistício o tratado de paz de Versalhes, celebrado em 1919, segundo o qual, a Alemanha, derrotada, era obrigada a:
  • reduzir as suas tropas a metade;
  • pagar pesadas indemnizações aos países vencedores;
  • ceder todas as suas colónias;
  • restituir a Alsácia-Lorena à França.
  

sábado, setembro 04, 2021

Albert Schweitzer, prémio nobel da Paz, morreu há 56 anos

    
Albert Schweitzer, né le à Kaysersberg et mort le à Lambaréné, est un médecin alsacien, par ailleurs philosophe, théologien protestant et musicien organiste.
Connu pour son éthique du «respect de la vie», inspiré (comme il en témoigne) des religions de l'Inde, dont notamment le principe d’ahimsâ («non-violence») issu du jaïnisme, de l’hindouisme et du bouddhisme, mais aussi célèbre pour avoir été le précurseur de l’aide humanitaire pour la fondation en 1913 de son hôpital de Lambaréné, au Gabon, ainsi que pour ses travaux sur Bach et ses interprétations à l’orgue, caractéristiques du mouvement de la réforme alsacienne, Albert Schweitzer fut lauréat du prix Goethe en 1928 et du prix Nobel de la paix en 1952.
   

quarta-feira, setembro 01, 2021

O Imperador Napoleão III perdeu a coroa há 151 anos

Napoleão III e Bismarck na manhã seguinte à Batalha de Sedan
  
A Batalha de Sedan foi travada a 1 de setembro de 1870, próximo da cidade francesa de Sedan, durante a Guerra Franco-Prussiana.
Resultou na captura do Imperador Napoleão III, juntamente com o seu exército, e praticamente decidiu o conflito em favor do Reino da Prússia e seus aliados.
Nesta batalha, o exército prussiano demonstrou, de forma cabal, a sua superioridade em liderança, tática, logística e em adestramento.Também nesta batalha marcou-se o fim do Segundo Império Francês e o início da Terceira República Francesa.
     

terça-feira, julho 06, 2021

A primeira vacina contra a raiva foi aplicada há 136 anos

Meister, enquanto criança
     
Joseph Meister (Steige, Alsácia, 21 de fevereiro de 1876 - Paris, 16 de junho de 1940) foi o primeiro ser humano imunizado contra a raiva, por Louis Pasteur, e a sobreviver à infecção da doença, em julho de 1885.
Mais tarde tornou-se funcionário do Instituto Pasteur de Paris, do qual foi porteiro. Suicidou-se após a invasão alemã na Segunda Guerra Mundial.
     
O ataque
No dia 4 de julho de 1885 Joseph, filho do padeiro Joseph Meister Anthony, como de costume vai à cervejaria Witz na vizinha vila de Maisonsgoutte, distante alguns quilómetros, a fim de comprar fermento.
A criança, que contava então nove anos de idade, ao chegar à aldeia, foi atacado pelo cão raivoso de Theodore Vonne, um taberneiro, que também fora ferido levemente pelo animal; Joseph, contudo, sofreu mais cruelmente - tendo ao todo catorze mordidelas na sua perna e braço direito.
Segundo o seu próprio relato:
"Passando pela povoação de Maisonsgoutte para ir à cervejaria, de repente vi um cão de caça grande, que eu conhecia bem, por entre duas casas, abaixando a cabeça e se atirando sobre mim. Eu estava segurando na mão uma taça de estanho, e os cães raivosos não gostam de nada que brilha. Ele mordeu a minha mão primeiro e, vindo sobre mim, derrubou-me e mordeu-me gravemente nas pernas, fazendo catorze ferimentos. Felizmente um serralheiro de Steige assistiu a cena de longe. Ele veio correndo com uma barra de ferro e bateu no cão. Enquanto isso o proprietário chegou. Pegou o animal pelo pescoço e o trancou num celeiro, mas também foi ferido no dedo."
Enquanto a filha do taberneiro lhe cosia as calças, alguns moradores lavaram-lhe os ferimentos. Meister foi depois, contudo, deixado sozinho para regressar a casa e, ferido, tinha que parar a cada dez metros, numa demorada jornada que preocupou os seus pais: a mãe, Marie Angelique, chegou a pensar que o garoto faltara à aula, já que depois de trazer o fermento deveria ir à escola. Mandam, então, alguém procurar o menino.
Vendo o estado dele, ficaram apavorados e sua mãe levou-o até o consultório do Dr. Weber, o médico da vila. Este procede à desinfecção das feridas com ácido carbólico mas, ante a gravidade e número das lesões, avisa que não há grandes expectativas, se fosse o caso de raiva.
Nesse momento, o proprietário do cão, vendo o seu estado agressivo, conduziu-o até Sélestat - distante cerca de 25 km, para que um veterinário o examine mas, no caminho, como o animal tentava atacar as pessoas, ele foi abatido por gendarmes; Vonne continua a viagem e o cão é autopsiado, sendo encontrados no seu estômago restos de palha, feno e madeira - constatando-se assim que estava realmente raivoso.
Vonne então, no caminho de volta, para num café onde relata o ocorrido; ali alguns presentes contam ter lido nos jornais sobre as experiências de um químico, o Sr. Pasteur, inoculando a vacina experimental em cães com sucesso; ele, então, retorna à vila e, procurando os pais do rapaz, relata-lhes o que soubera.
No dia seguinte o Sr. Vonne e a esposa do padeiro, conduzidos por um seu familiar, partem para Paris, enquanto o pai permanece na vila, cuidando dos negócios. Na capital francesa tiveram grande dificuldade para encontrar o endereço de Pasteur; sobre isso Meister relatou:
"O Sr. Pasteur tinha, naquela época, muitos inimigos, especialmente no mundo da medicina, e tínhamos muita dificuldade encontrá-lo. Nos hospitais onde o procuramos queriam que ficasse por lá, dizendo que ali eu teria cuidados iguais aos do Sr. Pasteur e que, além disso, ele não estava em Paris. Minha mãe, irritada, respondia que ela havia chegado muito longe para encontrá-lo e queria saber onde ele se achava. Uma vez que não lhe atendiam, sem dar-lhe o endereço dele, ela começou a chorar. Vendo a sua insistência, fomos enviados para o Hotel Dieu, onde nos encontramos com o seu diretor que finalmente nos deu o endereço: ele trabalhava na Escola Normal, na rua d'Ulm..."
No dia 6 de julho, enfim, levam Meister a Pasteur.
  
Pasteur assiste à inoculação da vacina em Joseph Meister
   
A vacina
Pasteur recebeu a visita inesperada; ele registou: "A morte da criança parecia inevitável. Decidi, não sem profunda angústia e ansiedade, como se pode imaginar, aplicar em Joseph Meister o método que eu havia experimentado com sucesso consistente nos cães"
Meister também falou sobre esse momento: "O Sr. Pasteur ficou muito emocionado quando nos viu chegar, mas mostrou-se relutante em iniciar o tratamento, afirmando que não podia se responsabilizar por mim, já que fizera seus experimentos apenas em animais, mas nunca em seres humanos. Minha mãe então pediu-lhe para que fizesse uma experiência, dizendo que eu já estava condenado, era melhor tentar o único tratamento que havia."
Pasteur queria, antes de iniciar o tratamento - e também porque, não sendo médico, este deveria ser feito por um profissional habilitado - consultar dois colegas, os doutores Vulpian e Grancher, que estão de acordo com a situação de morte certa do menino, bem como na realização do tratamento, que tem início naquela mesma noite, pelo médico Grancher; até o dia seguinte, conseguiram alojar os visitantes na própria École Normale, na sala de esgrima.
O tratamento durou até o dia 16, com doses crescentes da vacina sendo aplicada, num total de 21 sessões; exausto, Pasteur foi descansar na sua residência no Jura, recebendo de Gracher relatórios diários sobre o estado de saúde do rapaz, a quem se afeiçoara. A 27 de julho Meister e a sua mãe terminam o tratamento e regressam à terra natal.
O sucesso daquela experiência pioneira marcou a primeira vitória contra a raiva em seres humanos na história.
   

quinta-feira, junho 03, 2021

Hoje é dia de recordar os perigos dos vulcões...

 


Os Kraft, vulcanólogos alsacianos, morreram na erupção do vulcão Unzen há trinta anos...

Katia et Maurice Krafft sur le Kīlauea en 1990
      
Maurice Krafft, né le à Mulhouse et mort accidentellement le au Mont Unzen, Japon, est un volcanologue français. Avec Katia Conrad, son épouse, il a beaucoup œuvré pour la démocratisation de la connaissance des volcans.
Enfant, il est témoin en 1951 d'une éruption au Stromboli lors d'un voyage en famille, ce qui est à l'origine de sa vocation. À 14 ans, il est membre de la Société géologique de France. Après des études à Besançon et à l'Université de Strasbourg, il obtient une maîtrise de géologie. Il rencontre lors d'un voyage d'étude sur l'Etna en 1966 Haroun Tazieff qui l'intègre dans son équipe mais les deux hommes aux caractères forts se séparent. En 1968, il crée avec Roland Haas l'Équipe Vulcain, puis le Centre de volcanologie de Cernay.
Il rencontre Katia Conrad à la faculté de Besançon qui devient sa compagne de vie et de travail.
Durant 25 ans, ils parcourent ensemble le monde, lui privilégiant la caméra, elle l'appareil photo; ils sont surnommés volcano devils (diables des volcans) par les volcanologues américains et se rendent auprès de tous les volcans en éruption (au maximum 8 par an, 175 sur toute leur carrière). Ils donnent de très nombreuses conférences en France et à l'étranger, notamment avec Connaissance du Monde. Maurice Kraft réalise de nombreux films dont Vivre Sous la Menace des Volcans réalisé à la demande de l’IAVCEI et diffusé avec l'aide de l’UNESCO en sept langues à la suite de l’éruption du Nevado del Ruiz en 1985. Cette vidéo a sensibilisé les gouvernements sur les sept grands risques volcaniques et les mesures d'évacuation à entreprendre en cas d'alerte.
Maurice et Katia Krafft meurent, emportés par une coulée pyroclastique sur les flancs du mont Unzen au Japon, qui tue également Harry Glicken, spécialiste américain des nuées ardentes ainsi que 41 autres personnes. Leurs corps ne furent jamais retrouvés. Une stèle est visible au pied du mont Unzen, où sont également inscrits en alphabets japonais et latin les noms des autres victimes.
   


Katia Krafft, née Catherine Joséphine Conrad le à Soultz-Haut-Rhin (Alsace), morte accidentellement le au Mont Unzen, Japon, était une volcanologue française.
Elle fait des études de physique et de géochimie à l'Université de Strasbourg. En 1962, elle obtient le prix de la Fondation de la Vocation, pour ses travaux de volcanologie.
Elle épouse Maurice Krafft en 1970.
Elle meurt aux côtés de son mari, tous deux emportés par une nuée ardente sur les flancs du mont Unzen au Japon le , ainsi que Harry Glicken, spécialiste américain des nuées ardentes. Cette éruption fait également 41 autres victimes.



Livros

Maurice Krafft
  • Guide des volcans d’Europe: généralités, France, Islande, Italie, Grèce, Allemagne..., Neuchâtel: Delachaux et Niestlé, 1974, 412 pp.
  • Questions à un vulcanologue: Maurice Krafft répond, Paris: Hachette-Jeunesse, 1981, 231 pp.
  • Les Volcans et leurs secrets, Paris: Nathan, 1984, 63 pp.
  • Le Monde merveilleux des volcans, Paris: Hachette-Jeunesse, 1981, 58 pp.
  • Les Feux de la Terre, Histoire de volcans, Paris: Découvertes Gallimard, 208 pp.
Maurice e Katia Krafft
  • À l’assaut des volcans, Islande, Indonésie, Paris: Presses de la Cité, 1975, 112 pp.
  • Preface by Eugène Ionesco, Les Volcans, Paris: Draeger-Vilo, 1975, 174 pp.
  • La Fournaise, volcan actif de l’île de la Réunion, Saint-Denis: Éditions Roland Benard, 1977, 121 pp.
  • Volcans, le réveil de la Terre, Paris: Hachette-Réalités, 1979, 158 pp.
  • Dans l’antre du Diable: volcans d’Afrique, Canaries et Réunion, Paris: Presses de la Cité, 1981, 124 pp.
  • Volcans et tremblements de terre, Paris: Les Deux Coqs d’Or, 1982, 78 pp.
  • Volcans et dérives des continents, Paris: Hachette, 1984, 157 pp.
  • Les plus beaux volcans, d’Alaska en Antarctique et Hawaï, Paris: Solar, 1985, 88 pp.
  • Volcans et éruptions, Paris: Hachette-Jeunesse, 1985, 90 pp.
  • Les Volcans du monde, Vevey-Lausanne: Éditions Mondo, 1986, 152 pp.
  • Objectif volcans, Paris: Nathan Image, 1986, 154 pp.
  • Führer zu den Virunga Vulkanen, Stuttgart: F. Enke, 1990, 187 pp.
Maurice Krafft e Roland Benard
  • Au cœur de la Fournaise, Orléans: Éditions Nourault-Bénard, 1986, 220 pp.
Maurice Krafft, Katia Krafft e François-Dominique de Larouzière
  • Guide des volcans d'Europe et des Canaries, Neuchâtel: Delachaux et Niestlé, 1991, 455 pp.
   

sexta-feira, setembro 04, 2020

O nobel da Paz Albert Schweitzer morreu há 55 anos

   
Albert Schweitzer, né le à Kaysersberg et mort le à Lambaréné, est un médecin alsacien, par ailleurs philosophe, théologien protestant et musicien organiste.
Connu pour son éthique du «respect de la vie», inspiré (comme il en témoigne) des religions de l'Inde, dont notamment le principe d’ahimsâ («non-violence») issu du jaïnisme, de l’hindouisme et du bouddhisme, mais aussi célèbre pour avoir été le précurseur de l’aide humanitaire pour la fondation en 1913 de son hôpital de Lambaréné, au Gabon, ainsi que pour ses travaux sur Bach et ses interprétations à l’orgue, caractéristiques du mouvement de la réforme alsacienne, Albert Schweitzer fut lauréat du prix Goethe en 1928 et du prix Nobel de la paix en 1952.
  

segunda-feira, julho 06, 2020

Pasteur aplicou uma vacina contra a raiva a um humano há 135 anos

Meister, ainda criança
   
Joseph Meister (Steige, Alsácia, 21 de fevereiro de 1876 - Paris, 16 de junho de 1940) foi o primeiro ser humano imunizado contra a raiva, por Louis Pasteur, e a sobreviver à infecção da doença, em julho de 1885.
Mais tarde tornou-se funcionário do Instituto Pasteur de Paris, do qual foi seu concierge (porteiro). Suicidou-se após a invasão alemã na Segunda Guerra Mundial.
    
O ataque
No dia 4 de julho de 1885 Joseph, filho do padeiro Joseph Meister Anthony, como de costume vai à cervejaria Witz na vizinha vila de Maisonsgoutte, distante alguns quilómetros, a fim de comprar fermento.
O garoto, que contava então nove anos de idade, ao chegar à aldeia, foi atacado pelo cão raivoso de Theodore Vonne, um taberneiro, que também fora ferido levemente pelo animal; Joseph, contudo, sofreu mais cruelmente - tendo ao todo catorze mordidelas na sua perna e braço direito.
Segundo seu próprio relato:
"Passando pela povoação de Maisonsgoutte para ir à cervejaria, de repente vi um cão de caça grande, que eu conhecia bem, por entre duas casas, abaixando a cabeça e se atirando sobre mim. Eu estava segurando na mão uma taça de estanho, e os cães raivosos não gostam de nada que brilha. Ele mordeu a minha mão primeiro e, vindo sobre mim, derrubou-me e mordeu-me gravemente nas pernas, fazendo catorze ferimentos. Felizmente um serralheiro de Steige assistiu a cena de longe. Ele veio correndo com uma barra de ferro e bateu no cão. Enquanto isso o proprietário chegou. Pegou o animal pelo pescoço e o trancou num celeiro, mas também foi ferido no dedo."
Enquanto a filha do taberneiro lhe cosia as calças, alguns moradores lavaram-lhe os ferimentos. Meister foi depois, contudo, deixado sozinho para regressar a casa e, ferido, tinha que parar a cada dez metros, numa demorada jornada que preocupou os seus pais: a mãe, Marie Angelique, chegou a pensar que o garoto faltara à aula, já que depois de trazer o fermento deveria ir à escola. Mandam, então, alguém procurar o menino.
Vendo o estado dele, ficaram apavorados e sua mãe levou-o até o consultório do Dr. Weber, o médico da vila. Este procede à desinfecção das feridas com ácido carbólico mas, ante a gravidade e número das lesões, avisa que não há grandes expectativas, se fosse o caso de raiva.
Nesse momento, o proprietário do cão, vendo o seu estado agressivo, conduziu-o até Sélestat - distante cerca de 25 km, para que um veterinário o examine mas, no caminho, como o animal tentava atacar as pessoas, ele foi abatido por gendarmes; Vonne continua a viagem e o cão é autopsiado, sendo encontrados no seu estômago restos de palha, feno e madeira - constatando-se assim que estava realmente raivoso.
Vonne então, no caminho de volta, para num café onde relata o ocorrido; ali alguns presentes contam ter lido nos jornais sobre as experiências de um químico, o Sr. Pasteur, inoculando a vacina experimental em cães com sucesso; ele, então, retorna à vila e, procurando os pais do rapaz, relata-lhes o que soubera.
No dia seguinte o Sr. Vonne e a esposa do padeiro, conduzidos por um seu familiar, partem para Paris, enquanto o pai permanece na vila, cuidando dos negócios. Na capital francesa tiveram grande dificuldade para encontrar o endereço de Pasteur; sobre isso Meister relatou:
"O Sr. Pasteur tinha, naquela época, muitos inimigos, especialmente no mundo da medicina, e tínhamos muita dificuldade encontrá-lo. Nos hospitais onde o procuramos queriam que ficasse por lá, dizendo que ali eu teria cuidados iguais aos do Sr. Pasteur e que, além disso, ele não estava em Paris. Minha mãe, irritada, respondia que ela havia chegado muito longe para encontrá-lo e queria saber onde ele se achava. Uma vez que não lhe atendiam, sem dar-lhe o endereço dele, ela começou a chorar. Vendo a sua insistência, fomos enviados para o Hotel Dieu, onde nos encontramos com o seu diretor que finalmente nos deu o endereço: ele trabalhava na Escola Normal, na rua d'Ulm..."
No dia 6 de julho, enfim, levam Meister a Pasteur.
  
Pasteur assiste à inoculação da vacina em Joseph Meister
   
A vacina
Pasteur recebeu a visita inesperada; ele registou: "A morte da criança parecia inevitável. Decidi, não sem profunda angústia e ansiedade, como se pode imaginar, aplicar em Joseph Meister o método que eu havia experimentado com sucesso consistente nos cães"
Meister também falou sobre esse momento: "O Sr. Pasteur ficou muito emocionado quando nos viu chegar, mas mostrou-se relutante em iniciar o tratamento, afirmando que não podia se responsabilizar por mim, já que fizera seus experimentos apenas em animais, mas nunca em seres humanos. Minha mãe então pediu-lhe para que fizesse uma experiência, dizendo que eu já estava condenado, era melhor tentar o único tratamento que havia."
Pasteur queria, antes de iniciar o tratamento - e também porque, não sendo médico, este deveria ser feito por um profissional habilitado - consultar dois colegas, os doutores Vulpian e Grancher, que estão de acordo com a situação de morte certa do menino, bem como na realização do tratamento, que tem início naquela mesma noite, pelo médico Grancher; até o dia seguinte, conseguiram alojar os visitantes na própria École Normale, na sala de esgrima.
O tratamento durou até o dia 16, com doses crescentes da vacina sendo aplicada, num total de 21 sessões; exausto, Pasteur foi descansar na sua residência no Jura, recebendo de Gracher relatórios diários sobre o estado de saúde do rapaz, a quem se afeiçoara. A 27 de julho Meister e sua mãe terminam o tratamento e regressam à vila natal.
O sucesso daquela experiência pioneira marcou a primeira vitória contra a raiva em seres humanos na história.
   

quarta-feira, junho 03, 2020

O vulcão Unzen matou os Kraft há 29 anos

Katia et Maurice Krafft sur le Kīlauea en 1990
   
Maurice Krafft, né le à Mulhouse et mort accidentellement le au Mont Unzen, Japon, est un volcanologue français. Avec Katia Conrad, son épouse, il a beaucoup œuvré pour la démocratisation de la connaissance des volcans.
Enfant, il est témoin en 1951 d'une éruption au Stromboli lors d'un voyage en famille, ce qui est à l'origine de sa vocation. À 14 ans, il est membre de la Société géologique de France. Après des études à Besançon et à l'Université de Strasbourg, il obtient une maîtrise de géologie. Il rencontre lors d'un voyage d'étude sur l'Etna en 1966 Haroun Tazieff qui l'intègre dans son équipe mais les deux hommes aux caractères forts se séparent. En 1968, il crée avec Roland Haas l'Équipe Vulcain, puis le Centre de volcanologie de Cernay.
Il rencontre Katia Conrad à la faculté de Besançon qui devient sa compagne de vie et de travail.
Durant 25 ans, ils parcourent ensemble le monde, lui privilégiant la caméra, elle l'appareil photo ; ils sont surnommés volcano devils (diables des volcans) par les volcanologues américains et se rendent auprès de tous les volcans en éruption (au maximum 8 par an, 175 sur toute leur carrière). Ils donnent de très nombreuses conférences en France et à l'étranger, notamment avec Connaissance du Monde. Maurice Kraft réalise de nombreux films dont Vivre Sous la Menace des Volcans réalisé à la demande de l’IAVCEI et diffusé avec l'aide de l’UNESCO en sept langues à la suite de l’éruption du Nevado del Ruiz en 1985. Cette vidéo a sensibilisé les gouvernements sur les sept grands risques volcaniques et les mesures d'évacuation à entreprendre en cas d'alerte.
Maurice et Katia Krafft meurent, emportés par une coulée pyroclastique sur les flancs du mont Unzen au Japon, qui tue également Harry Glicken, spécialiste américain des nuées ardentes ainsi que 41 autres personnes. Leurs corps ne furent jamais retrouvés. Une stèle est visible au pied du mont Unzen, où sont également inscrits en alphabets japonais et latin les noms des autres victimes.
   


Katia Krafft, née Catherine Joséphine Conrad le à Soultz-Haut-Rhin (Alsace), morte accidentellement le au Mont Unzen, Japon, était une volcanologue française.
Elle fait des études de physique et de géochimie à l'Université de Strasbourg. En 1962, elle obtient le prix de la Fondation de la Vocation, pour ses travaux de volcanologie.
Elle épouse Maurice Krafft en 1970.
Elle meurt aux côtés de son mari, tous deux emportés par une nuée ardente sur les flancs du mont Unzen au Japon le , ainsi que Harry Glicken, spécialiste américain des nuées ardentes. Cette éruption fait également 41 autres victimes.



Livros

Maurice Krafft
  • Guide des volcans d’Europe: généralités, France, Islande, Italie, Grèce, Allemagne..., Neuchâtel: Delachaux et Niestlé, 1974, 412 pp.
  • Questions à un vulcanologue: Maurice Krafft répond, Paris: Hachette-Jeunesse, 1981, 231 pp.
  • Les Volcans et leurs secrets, Paris: Nathan, 1984, 63 pp.
  • Le Monde merveilleux des volcans, Paris: Hachette-Jeunesse, 1981, 58 pp.
  • Les Feux de la Terre, Histoire de volcans, Paris: Découvertes Gallimard, 208 pp.
Maurice e Katia Krafft
  • À l’assaut des volcans, Islande, Indonésie, Paris: Presses de la Cité, 1975, 112 pp.
  • Preface by Eugène Ionesco, Les Volcans, Paris: Draeger-Vilo, 1975, 174 pp.
  • La Fournaise, volcan actif de l’île de la Réunion, Saint-Denis: Éditions Roland Benard, 1977, 121 pp.
  • Volcans, le réveil de la Terre, Paris: Hachette-Réalités, 1979, 158 pp.
  • Dans l’antre du Diable: volcans d’Afrique, Canaries et Réunion, Paris: Presses de la Cité, 1981, 124 pp.
  • Volcans et tremblements de terre, Paris: Les Deux Coqs d’Or, 1982, 78 pp.
  • Volcans et dérives des continents, Paris: Hachette, 1984, 157 pp.
  • Les plus beaux volcans, d’Alaska en Antarctique et Hawaï, Paris: Solar, 1985, 88 pp.
  • Volcans et éruptions, Paris: Hachette-Jeunesse, 1985, 90 pp.
  • Les Volcans du monde, Vevey-Lausanne: Éditions Mondo, 1986, 152 pp.
  • Objectif volcans, Paris: Nathan Image, 1986, 154 pp.
  • Führer zu den Virunga Vulkanen, Stuttgart: F. Enke, 1990, 187 pp.
Maurice Krafft e Roland Benard
  • Au cœur de la Fournaise, Orléans: Éditions Nourault-Bénard, 1986, 220 pp.
Maurice Krafft, Katia Krafft e François-Dominique de Larouzière
  • Guide des volcans d'Europe et des Canaries, Neuchâtel: Delachaux et Niestlé, 1991, 455 pp.
   

sexta-feira, setembro 04, 2015

Albert Schweitzer morreu há 50 anos

Albert Schweitzer, né le à Kaysersberg et mort le à Lambaréné, est un médecin alsacien, par ailleurs philosophe, théologien protestant et musicien organiste.
Connu pour son éthique du «respect de la vie», inspiré (comme il en témoigne) des religions de l'Inde, dont notamment le principe d’ahimsâ («non-violence») issu du jaïnisme, de l’hindouisme et du bouddhisme, mais aussi célèbre pour avoir été le précurseur de l’aide humanitaire pour la fondation en 1913 de son hôpital de Lambaréné, au Gabon, ainsi que pour ses travaux sur Bach et ses interprétations à l’orgue, caractéristiques du mouvement de la réforme alsacienne, Albert Schweitzer fut lauréat du prix Goethe en 1928 et du prix Nobel de la paix en 1952.