Morte suspeita
Túmulo de Arafat em Ramallah
Arafat, morreu dia 11 de novembro de 2004, aos 75 anos, após treze dias internado no hospital militar Percy, em
Clamart, a sudoeste de
Paris.
Em
3 de julho de
2012, foi divulgado pelo Instituto de Radiofísica do Hospital Universitário da
Universidade de Lausanne, na
Suíça,
o resultado de um trabalho de nove meses de análises do material
biológico encontrado em objetos de uso pessoal de Arafat (roupas, escova
de dentes e
keffiyeh). O relatório apontou a presença de altos níveis de
polónio 210 no material recolhido. Segundo a rede de televisão
Al Jazeera, o resultado do estudo reforça a possibilidade de que Arafat tenha sido envenenado com material
radioativo. Em 9 de julho, o presidente palestino
Mahmoud Abbas aprovou pedido de
exumação
do corpo de Arafat, apresentado por Suha Arafat, para teste do nível de
polónio. O governo de Israel negou qualquer envolvimento com as
recentes descobertas. A Justiça francesa, através do tribunal de
Nanterre, decidiu iniciar uma investigação sobre a morte do líder palestino, depois que a viúva apresentou queixa de
assassinato do seu marido, no final de julho.
Arafat, considerado como o mais importante líder palestino e tido,
pelos israelitas, como um líder de intenções dúbias, não preparou um
sucessor. Os testes realizados após a exumação de seu corpo mostraram um
nível 20 vezes maior que o permitido para um ser humano normal do
isótopo
polónio 210,
reforçando a tese que o líder foi envenenado. Contudo, uma equipa
russa que examinou o seu corpo afirmou que não havia nada de anormal
com Arafat e que, provavelmente, não foi envenenado. O assunto continua
envolto em controvérsia.