terça-feira, outubro 04, 2022

Max Planck morreu há 75 anos

        
Max Karl Ernst Ludwig Planck (Kiel, 23 de abril de 1858 - Göttingen, 4 de outubro de 1947) foi um físico alemão. É considerado o pai da física quântica e um dos físicos mais importantes do século XX. Planck foi laureado com o Nobel de Física de 1918, pelas suas contribuições na área da física quântica.

(...)

Como consequência do nascimento da física quântica, foi laureado em 1918 com o Nobel de Física. De 1930 a 1937, Planck foi presidente da Kaiser-Wilhelm-Gesellschaft zur Förderung der Wissenschaften (KWG, Sociedade para o Avanço das Ciências do Imperador Guilherme).
Avesso aos ideais nazis, Planck tentou convencer Hitler a dar liberdade aos cientistas judeus. Planck argumentou que haveria diversos tipos de judeus, alguns valiosos e outros inúteis para a Alemanha. O Führer então lhe respondeu: "Se a ciência não pode passar sem judeus, teremos de nos haver sem a ciência!"
Este facto desagradou a Hitler. Mais tarde o seu filho Erwin foi executado, a 20 de julho de 1944, acusado de traição relacionada com um atentado para matar Hitler.
Participou da 1ª e da 5ª Conferência de Solvay.

(...)

A morte trágica do seu filho Erwin abalou-o psicologicamente. Este facto fez com que Planck perdesse a vontade de viver. Assim, após o final da Segunda Guerra Mundial, ele e a sua segunda esposa mudariam para Göttingen, onde, em 4 de outubro de 1947, aos 89 anos, Planck morreria, em consequência de uma queda e de diversos derrames e que, segundo James Franck, morte que ele via "como uma redenção."
Logo após a sua morte, a Sociedade KWG foi renomeada como Max-Planck-Gesellschaft zur Förderung der Wissenschaften (MPG, Sociedade Max Planck para o Progresso das Ciências).
O seu corpo foi sepultado no Stadtfriedhof de Göttingen, na Alemanha.
   

Me and Bobby McGee...

Música adequada à data...

 

NADA TE TURBE
Jacques Berthier - Teresa de Ávila
 
Nada te turbe,
nada te espante;
quien a Dios tiene,
nada le falta.
Nada te turbe,
nada te espante;
solo Dios basta.

Todo se pasa,
Dios no se muda,
la paciencia todo lo alcanza.

En Cristo mi confianza
y de Él solo, mi asimiento.
En Sus cansancios, mi aliento
y en Su imitación, mi holganza.

Aquí estriba mi firmeza,
aquí mi seguridad.
La prueba de mi verdad,
la muestra de mi firmeza.

Rembrandt morreu há 353 anos

Autorretrato (1660)
  
Rembrandt Harmenszoon van Rijn (Leida, 15 de julho de 1606 - Amesterdão, 4 de outubro de 1669) foi um pintor e gravador neerlandês. É geralmente considerado um dos maiores nomes da história da arte europeia e o mais importante da história neerlandesa. É considerado, por alguns, como o maior pintor de todos os tempos. As suas contribuições para a arte surgiram num período denominado pelos historiadores de "Século de Ouro dos Países Baixos", na qual a influência política, a ciência, o comércio e a cultura neerlandesa - particularmente a pintura - atingiram seu ápice.
Tendo alcançado sucesso na juventude como um pintor de retratos, seus últimos anos foram marcados por uma tragédia pessoal e dificuldades financeiras. No entanto, suas gravuras e pinturas foram populares em toda a sua vida e sua reputação como artista manteve-se elevada, e por vinte anos ele ensinou quase todos os importantes pintores neerlandeses. Os maiores triunfos criativos de Rembrandt são exemplificados especialmente nos retratos de seus contemporâneos, autorretratos e ilustrações de cenas da Bíblia. Os seus autorretratos formam uma biografia singular e intimista em que o artista pesquisou a si mesmo sem vaidade e com a máxima sinceridade.
Tanto na pintura como na gravura, ele expõe um conhecimento completo da iconografia clássica, que ele moldou para se adequar às exigências da sua própria experiência; assim, a representação de uma cena bíblica era baseada no conhecimento de Rembrandt sobre o texto específico, na sua assimilação da composição clássica, e em suas observações da população judaica de Amesterdão. Devido a sua empatia pela condição humana, ele foi chamado de "um dos grandes profetas da civilização".
      

     

Jean-François Millet nasceu há 208 anos

Auto-retrato
   
Jean-François Millet (Gréville-Hague, 4 de outubro de 1814Barbizon, 20 de janeiro de 1875) foi um pintor romântico e um dos fundadores da Escola de Barbizon na França rural, conhecido como precursor do realismo, pelas suas representações de trabalhadores rurais.
Juntamente com Courbet, Millet foi um dos principais representantes do realismo europeu surgido em meados do século XIX, a sua obra foi uma resposta à estética romântica, de gostos um tanto orientais e exóticos, e deu forma à realidade circundante, sobretudo a das classes trabalhadoras.
Millet era filho de um latifundiário, nascido na vila de Gruchy, em La Hague, na Normandia. Recebeu as suas primeiras aulas de pintura em 1834, no estúdio dos pintores Paul Dumouchel, Jérome Langlois e Chevreville, em Cherbourg. Mudou-se depois para Paris, em 1838, onde continuou sob a orientação do pintor Paul Delaroche, dedicando-se a estudar os grandes mestres do Louvre, principalmente Giorgione, Michelangelo e Poussin. O início de sua carreira como artista foi muito difícil. Precisava ganhar a vida pintando quadros a pastel no estilo rococó.
Após 1840, decide abandonar o academismo e fica sob a influência de Daumier. Nessa época consegue apresentar-se pela primeira vez no Salão de Paris e conhece os pintores Théodore Rousseau e Constant Troyon, que o influenciaram a mudar-se para o campo. Ele acabou indo para a aldeia de Barbizon. Lá viveria toda a sua vida, longe da cidade que detestava e pintando os seus célebres quadros de camponeses, que tantas críticas despertaram entre os conservadores franceses. Em 1849 abdica definitivamente de outros tipo de pinturas para se dedicar por inteiro às suas representações de trabalhadores rurais das mais diversas áreas.
As suas obras sobre camponeses foram consideradas sentimentais para alguns, exageradamente piegas para outros, mas a verdade é que as obras de Millet em nenhum momento suscitaram indiferença. Na tepidez de seus ocres e castanhos, no lirismo da sua luz, na magnificência e dignidade de suas figuras humanas, o pintor manifestava a integração do homem com a natureza. Alguns temas eram tratados talvez com um pouco mais de sentimentalismo do que outros. No entanto, é nos pequenos gestos que se pode descobrir a capacidade de observação deste grande pintor.
    
             

Saudades de La Negra...

 

Alfonsina y el mar - Mercedes Sosa
(Félix Luna - Ariel Ramírez)

Por la blanda arena que lame el mar
su pequeña huella no vuelve más,
un sendero solo de pena y silencio llegó
hasta el agua profunda.
Un sendero solo de penas mudas llegó
hasta la espuma.

Sabe Dios qué angustia te acompañó
qué dolores viejos, calló tu voz
para recostarte arrullada en el canto
de las caracolas marinas.
La canción que canta en el fondo oscuro del mar
la caracola.

Te vas Alfonsina con tu soledad,
¿qué poemas nuevos fuiste a buscar?
Una voz antigua de viento y de sal
te requiebra el alma y la está llevando
y te vas hacia allá como en sueños,
dormida, Alfonsina, vestida de mar.

Cinco sirenitas te llevarán
por caminos de algas y de coral
y fosforescentes caballos marinos harán
una ronda a tu lado.
Y los habitantes del agua van a jugar
pronto a tu lado.

Bájame la lámpara un poco más,
déjame que duerma nodriza en paz
y si llama él no le digas que estoy
dile que Alfonsina no vuelve.
Y si llama él no le digas nunca que estoy,
di que me he ido.

Te vas Alfonsina con tu soledad,
¿qué poemas nuevos fuiste a buscar?
Una voz antigua de viento y de sal
te requiebra el alma y la está llevando
y te vas hacia allá como en sueños,
dormida, Alfonsina, vestida de mar.

O espião soviético Richard Sorge nasceu há 127 anos


      
Richard Sorge (Sabunchi, Baku, 4 de outubro de 1895 - Tóquio, 7 de novembro de 1944) foi um jornalista alemão e um espião da União Soviética no Japão, antes e durante a Segunda Guerra Mundial. O nome de código na KGB do grupo deste espião era "Ramsay".
     
(...)
    
Em 1933, dirigentes soviéticos, interessados em conhecer melhor as intenções do governo japonês, enviam Sorge para o Japão, país que havia vencido a Rússia uma vez - na Guerra Russo-Japonesa (1904-1905). A sua missão era simples mas fulcral: descobrir se os japoneses tinham a intenção de cumprir com o Pacto Anti-Komintern e atacar a Rússia. Além disso, Sorge deveria aproveitar a oportunidade para reunir informações sobre as relações entre o Japão e a Alemanha e também sobre a indústria pesada e o exército japoneses.
Sorge, com uma brilhante reputação como jornalista do Frankfurter Zeitung, rapidamente tornou-se amigo próximo e confidente do general Eugen Ott, que seria o futuro embaixador alemão em Tóquio. Ao mesmo tempo, era amante da mulher do militar. Para a nomeação de Ott como embaixador no Japão a ajuda de Sorge foi fundamental. Com o apoio de sua vasta biblioteca sobre o país, forneceu grande quantidade de informação a Ott, auxiliando-o também nas análise do material.
Hedonista, amante de mulheres e bebidas fortes, Sorge passava despercebido aos serviços de contra-espionagem japoneses, não deixando perceber que, por sob a aparência do herói de guerra alemão, estaria um eficiente espião soviético. Recluso no Japão, após recusar-se a regressar à Alemanha - cumprindo ordens de Estaline -, em 1937 Sorge passa informações da maior importância a Moscovo, tais como a data do início da Operação Barbarossa - desacreditada por Estaline - e, principalmente, a de que o Japão não atacaria a URSS, o que permitiu o reposicionamento dos exércitos russos que se encontravam na fronteira com o Japão para oeste, o que possibilitou deter, em Estalingrado, a operação alemã de invasão da URSS.
Ozaki Hozumi, um jornalista japonês do Asahi Shimbun que trabalhava para Sorge, foi preso no dia 14 de outubro de 1941. Interrogado, acabou entregando Sorge, que foi preso a 18 de outubro de 1941, em Tóquio, e posteriormente encarcerado na prisão de Sugamo. Inicialmente, os japoneses pensaram que, devido à sua condição de membro do Partido Nazi e pelos seus laços com a Alemanha, Sorge fosse um  agente da Abwehr, o que a Abwehr negou. Mesmo sob tortura, Sorge negou os seus vínculos com os soviéticos.
No dia 7 de novembro de 1944 - ironicamente o dia da Revolução de Outubro, o feriado mais importante na URSS - ambos os prisioneiros são enforcados. Os japoneses chegaram a fazer três ofertas de negociação aos soviéticos, oferecendo a troca de Sorge por um de seus espiões. Contudo, os soviéticos recusaram-se a negociar, alegando que Sorge lhes era desconhecido, muito provavelmente devido ao receio de Estaline de que se soubesse que havia ignorado os avisos de Sorge sobre a Operação Barbarossa. Assim, a contribuição de Richard Sorge permaneceu ignorada durante duas décadas, até que, em 1964, recebeu, postumamente, o título de Herói da União Soviética, sendo erguidos monumentos em sua homenagem em Baku e no centro de Moscovo.
Encontra-se sepultado no Cemitério de Tama, em Fuchū (Tóquio).
  
Selo postal soviético de homenagem a Richard Sorge
   

Violeta Parra nasceu há 105 anos

     
Violeta del Carmen Parra Sandoval (San Carlos, 4 de outubro de 1917 - Santiago do Chile, 5 de fevereiro de 1967) foi uma compositora, cantora, artista plástica e ceramista chilena, considerada a mais importante folclorista daquele país e fundadora da música popular chilena.
   

 

Janis Joplin morreu há 52 anos...

      
Janis Lyn Joplin (Port Arthur, 19 de janeiro de 1943 - Los Angeles, 4 de outubro de 1970) foi uma cantora e compositora norte-americana. Considerada a "Rainha do Rock and Roll", "a maior cantora de rock dos anos 60" e "a maior cantora de blues e soul da sua geração", ela alcançou proeminência no fim dos anos 60 como vocalista da Big Brother and the Holding Company e, posteriormente, como artista a solo, acompanhada das suas bandas de suporte: a Kozmic Blues e a Full Tilt Boogie.
Influenciada por grandes nomes do jazz e do blues, como Aretha Franklin, Billie Holiday, Etta James, Tina Turner, Big Mama Thornton, Odetta, Leadbelly e Bessie Smith, Janis fez da sua voz a sua característica mais marcante, tornando-se um dos ícones do rock psicadélico e dos anos 60. Todavia, problemas com drogas e álcool encurtaram a sua carreira. Morta em 1970, devido a uma overdose de heroína, Janis lançou apenas quatro álbuns: Big Brother and the Holding Company (1967), Cheap Thrills (1968), I Got Dem Ol' Kozmic Blues Again Mama! (1969) e o póstumo Pearl (1971), que foi o último álbum com participação direta da cantora.
   

 


Mafalda Arnauth - 48 anos

(imagem daqui)
  
Teresa Mafalda Nunes Arnauth de Figueiredo (Lisboa, 4 de outubro de 1974) é uma fadista portuguesa. É um dos nomes incontornáveis do Novo Fado. A sua carreira teve início em 1995, ao aceitar o convite de João Braga para participar num concerto seu, no Teatro de São Luís, em Lisboa.

 


Santa Teresa de Ávila morreu há quatrocentos e quarenta anos

Teresa de Ávila - Rubens
   
Santa Teresa de Ávila ou Santa Teresa de Jesus (Gotarrendura, 28 de março de 1515 - Alba de Tormes, 4 de outubro de 1582), nascida Teresa Sánchez de Cepeda y Ahumada, foi uma freira carmelita, mística e santa católica do século XVI, importante pelas suas obras sobre a vida contemplativa através da oração mental e pela sua atuação durante a Contra Reforma. Foi também uma das reformadoras da Ordem Carmelita e é considerada co-fundadora da Ordem dos Carmelitas Descalços, juntamente com São João da Cruz.
Em 1622, quarenta anos depois da sua morte, foi canonizada pelo papa Gregório XV. Em 27 de setembro de 1970, Paulo VI proclamou-a Doutora da Igreja. Os seus livros, inclusive uma autobiografia ("A Vida de Teresa de Jesus") e a sua obra prima, "O Castelo Interior" (em espanhol: El Castillo Interior), são parte integral da literatura renascentista espanhola e do corpus do misticismo cristão. As suas práticas meditativas estão detalhadas noutra obra importante, o "Caminho da Perfeição" (Camino de Perfección).
Depois da sua morte, o culto a Santa Teresa espalhou-se pela Espanha, durante a década de 1620, principalmente durante o debate nacional pela escolha dum padroeiro, juntamente com Santiago Matamoros.
    
       
O Êxtase de Santa Teresa, estátua de Bernini na igreja de Santa Maria della Vittoria, em Roma - os profundos êxtases de Santa Teresa são descritos em detalhe nas suas obras e inspiraram outros religiosos como S. João da Cruz


 
SANTA TERESA

Terra...
Era em Ávila da Ibéria a minha terra...
Terra!
Mas eu não vi a terra que me teve!
Nem lhe dei o calor que um filho deve
A sua Mãe!
Terra!
Nem lhe sabia o nome verdadeiro!
Nem a cor! nem o gosto! nem o cheiro!
Nem calculava o peso que ela tem!

Terra...
Vai-se embaçando o brilho dos meus olhos!
Apodrece o tutano dos meus ossos!
Crescem as unhas doidas nos meus dedos
Contra a palma da mão encarquilhada!
Medra o livor em mim de tal maneira
Que me babo de nojo do meu nada!

Terra!...
E andei eu a morrer a vida inteira!
E andei eu a secar a seiva da raiz
Que do Céu ou do Inferno me prendia
A ti, humana terra de Castela!
Terra!
E andei eu a viver a morte que vivia
Disfarçada em amor na minha cela!

Terra!...
E andei eu a negar o amor do mundo,
Quando de pólo a pólo o meu amor podia
Ser sem limites como a alma quer!...
E ser fecundo como a luz do dia!
E dar um filho, porque eu fui mulher!

Terra!...
E andei eu a legar este legado:
“Vivo morrendo primeiro”,
Derradeiro Castelo a que subi!...
Terra...
E Deus, que prometeu ter-me a seu lado,
Tem-me aqui.
  

  
in Poemas Ibéricos (1965) - Miguel Torga

Graham Chapman morreu há trinta e três anos...

    
Graham Arthur Chapman (Leicester, Leicestershire, 8 de janeiro de 1941 - Maidstone, 4 de outubro de 1989) foi um actor e escritor britânico e membro do grupo Monty Python.
  
(...)
  
Em 1988, a saúde de Graham começou a deteriorar-se. Os seus anos de alcoolismo tinham deixado a sua marca e este tinha o fígado em muito mau estado. No entanto foi algo diferente que o matou - em novembro desse ano, durante uma consulta de rotina no seu dentista, este reparou que as suas amígdalas estavam estranhamente grandes. Mais tarde descobriu-se um tumor maligno nas amígdalas, que teve de remover. Depois de uma consulta com o seu médico, Chapman descobriu que o problema nas amígdalas derivava de um cancro na coluna. Ele foi operado e removeu o tumor, mas ficou confinado a uma cadeira de rodas. Durante o ano de 1989 submeteu-se a várias operações e a tratamentos de radioterapia, mas sempre que retirava um tumor, aparecia-lhe outro ou na coluna ou na garganta. Foi na sua cadeira de rodas que gravou algum material para a celebração dos vinte anos dos Monty Python. Mas, a 1 de outubro, foi hospitalizado em Maidstone, depois de um ataque cardíaco grave que se tornou numa hemorragia interna.
Na noite da sua morte, a 4 de outubro, estavam presentes John Cleese, Michael Palin, o seu companheiro David Sherlock, o seu irmão John e a sua cunhada, no entanto John Cleese teve de ser levado para lidar com a dor e o choque de ver o seu amigo a morrer. Terry Jones e Peter Cook também o tinham visitado nesse dia. A morte de Chapman ocorreu na véspera do 20º aniversário da primeira transmissão do Monty Python's Flying Circus, algo a que Terry Jones chamou o "pior caso de festa perdida da História".
Os Monty Python decidiram não estar presentes no seu funeral, para que este não se tornasse num circo dos media e para dar alguma privacidade à família de Chapman. A sua presença foi marcada de uma forma bastante humorística, como sempre. O grupo enviou o pé característico dos seus programas com a mensagem: "Para o Graham dos outros Pythons. Pára-nos se estivermos a ficar muito patetas". Em vez de marcarem presença no funeral, os Pythons organizaram um Memorial, com todos os amigos de Graham, para celebrar a sua vida. O discurso foi feito por John Cleese e ainda hoje é um dos mais famosos de sempre. Os restantes Pythons também discursaram, sendo que Idle tinha lágrimas nos olhos e disse que Graham tinha preferido morrer a ouvir mais Michael Palin a falar (é conhecido como uma piada dos Monty Python que Palin fala demasiado). Durante a cerimónia foram cantadas músicas como Jerusalem, uma das preferidas de Chapman e Always Look On The Bright Side Of Life. Esta foi cantada pelos amigos mais próximos de Graham, guiados por Eric Idle, que mais tarde confessou ter sido uma das coisas mais difíceis que alguma vez teve de fazer.
   

 


A Guerra Civil Moçambicana terminou há trinta anos

Uma vítima de mina terrestre da Guerra Civil Moçambicana

A Guerra Civil Moçambicana foi um conflito civil que começou em 1977, dois anos após o fim da Guerra de Independência de Moçambique, e que foi semelhante à Guerra Civil Angolana, visto que ambas eram guerras secundárias dentro do contexto maior da Guerra Fria. O partido no poder, a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), e as forças armadas moçambicanas, eram violentamente contrários a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), que recebia financiamento da Rodésia e, mais tarde, da África do Sul. Durante o conflito, cerca de um milhão de pessoas morreram em combates e por conta de crises de fome, cinco milhões de civis foram deslocados e muitos sofreram amputações por minas terrestres, um legado da guerra que continua a assolar o país. O conflito terminou em 1992 com o Acordo Geral de Paz e as primeiras eleições multipartidárias do país foram realizadas em 1994. No entanto, passados mais de vinte anos de paz formal, Moçambique presenciou em 2013 o ressurgimento do conflito armado nas regiões central e norte do país, pondo em questão a aparente estabilidade democrática e o processo de reconciliação. Apesar das inúmeras negociações, um novo acordo de paz ainda não foi concluído.
  
Imediatamente a seguir à independência do Moçambique, alguns militares (ou ex-militares) portugueses e dissidentes da FRELIMO instalaram-se na Rodésia, que vivia uma situação de "independência unilateral" não reconhecida pela maior parte dos países do mundo. O regime de Ian Smith, já a braços com um movimento interno de resistência que aparentemente tinha algumas bases em Moçambique, aproveitou esses dissidentes para atacar essas bases.
De facto, a FRELIMO apoiava esses rebeldes rodesianos e, em 1976, o governo de Moçambique declarou oficialmente aplicar as sanções estabelecidas pela ONU contra o governo ilegal de Salisbúria e fechou as fronteiras com aquele país. A Rodésia dependia em grande parte do corredor da Beira, incluindo a linha de caminhos de ferro, a estrada e o oleoduto que ligavam o porto da Beira àquele país encravado. Embora, a Rodésia tivesse boas relações com o regime sul-africano do apartheid, este fecho das suas fontes de abastecimento foi um duro golpe para o regime rodesiano.
Pouco tempo depois, para além de intensificarem os ataques contra estradas, pontes e colunas de abastecimento dentro de Moçambique, os rodesianos ofereceram aos dissidentes moçambicanos espaço para formarem um movimento de resistência - a "REsistência NAcional MOçambicana" ou RENAMO - e criarem uma estação de rádio usada para propaganda antigovernamental.
Até 1980, data da independência do Zimbabwe, a RENAMO continuou os seus ataques a aldeias e infraestruturas sociais em Moçambique, semeando minas terrestres em várias estradas, principalmente nas regiões mais próximas das fronteiras com a Rodésia. Estas ações tiveram um enorme papel desestabilizador da economia, uma vez que não só obrigaram o governo a concentrar importantes recursos numa máquina de guerra, mas principalmente porque levaram ao êxodo de muitos milhares de pessoas do campo para as cidades e para os países vizinhos, diminuindo assim a produção agrícola.
Com a independência do Zimbabwe, a RENAMO foi obrigada a mudar a sua base de apoio para a África do Sul, o que conseguiu com muito sucesso, tendo tido amplo apoio das forças armadas sul-africanas. Para além disso, estas forças realizaram vários "raids" terrestres e aéreos contra Maputo, alegadamente para destruírem "bases" do ANC. No entanto, o governo de Moçambique, que já tinha secretamente encetado negociações com o governo sul-africano e com a própria RENAMO, assinou em 1983 um acordo de "boa vizinhança" com aquele governo, que ficou conhecido como o Acordo de Nkomati, segundo o qual o governo sul-africano se comprometia a abandonar o apoio militar à RENAMO, enquanto que o governo moçambicano se comprometia a deixar de apoiar os militantes do ANC que se encontravam em Moçambique.
Em 1986, a RENAMO tinha já estabelecido uma base central na Gorongosa e expandido as ações militares para todas as províncias de Moçambique, contando ainda com o apoio do Malawi, cujo governo tinha boas relações com o regime do apartheid. Nesta altura, a RENAMO tinha conseguido alcançar um dos seus objetivos estratégicos que consistiu em obrigar o governo a abandonar a sua política de "socialização do campo" através das aldeias comunais e machambas estatais.
Em vista dos problemas económicos que Moçambique atravessava, o governo assinou um acordo com o Banco Mundial e FMI em 1987, que o obrigaram a abandonar completamente a política "socialista". A guerra, porém, só terminou em 1992 com o Acordo Geral de Paz, assinado em Roma a 4 de outubro, pelo Presidente da República, Joaquim Chissano e pelo presidente da RENAMO, Afonso Dhlakama, depois de cerca de dois anos de conversações mediadas pela Comunidade de Santo Egídio, uma organização da igreja católica, com apoio do governo italiano.
Nos termos do Acordo, o governo de Moçambique solicitou o apoio da ONU para o desarmamento das tropas beligerantes. A ONUMOZ foi a força internacional que apoiou neste trabalho, que durou cerca de dois anos e que culminou com a formação dum exército unificado e com a organização das primeiras eleições gerais multipartidárias, em 1994.
      

Mercedes Sosa morreu há treze anos...

   
Mercedes Sosa (San Miguel de Tucumán, 9 de julho de 1935 - Buenos Aires, 4 de outubro de 2009) foi uma cantora argentina, uma das mais famosas na América Latina. A sua música tinha raízes na música folclórica argentina. Ela se tornou uma das expoentes do movimento conhecido como Nueva canción
  

 


Jon Secada faz hoje sessenta anos...!

 
Juan Francisco Secada Martinez, mais conhecido como Jon Secada (Havana, 4 de outubro de 1962) é um cantor e compositor cubano-norte-americano e afro-cubano.

Quando tinha nove anos, sua família pediu para deixar Cuba legalmente. Quando saiu, em 1971, a família deixou o país rumo a Miami. Lá abriram uma cafeteria. Foi na época do ginásio que seu talento para música começou a aparecer. Jon foi levado para a Universidade de Miami, onde começou a fazer os vocais para as apresentações de jazz. Nessa época, Emilio Estefan, que já conhecia o trabalho de Jon, o convidou para ser backing vocal para Gloria Estefan.

Em 1992 conseguiu lançar-se em carreira solo e gravar o primeiro álbum, “Jon Secada”. Ele se tornou um dos maiores artistas contemporâneos da década de 90, vendendo mais de seis milhões de cópias em todo mundo. Os grandes sucessos foram Just Another Day, Angel e Do You Believe in Us. Sua versão espanhola para o disco “Otro Dia Mas Sin Verte”, se tornou o primeiro na parada da Billboard para o mercado latino e também ganhou um Grammy como melhor álbum pop latino. Seu segundo trabalho em inglês, “Heart, Soul & a Voice”, não repetiu o sucesso do primeiro, mas vendeu mais de um milhão de cópias. O destaque foi a canção Mental Picture. Novamente ele lança uma versão em espanhol: Si Te Vas. No ano seguinte chega às lojas “Amor”, deixando de lado o mercado americano e europeu. Novamente ele ganha um Grammy. Dois anos depois é produzido “Secada”, um verdadeiro fracasso comercial. Com isso, Jon assina com a Epic Records. Entre suas obrigações contratuais está compor músicas para os astros Jennifer Lopez e Ricky Martin. Em 2000, saiu seu primeiro disco pela gravadora nova, “Better Part of Me”, seguido de “The Gift – The Christmas Album”, e “Amanecer”.

Em 2005, já como artista independente, gravou pela pequena Big3 Studios Miami, Florida o álbum “Same Dream” que conseguiu expressivas posições em paradas americanas com as faixas Window to My Heart, Tender Love e Free. Ele ainda regravou sucessos compostos por ele, mas que fizeram sucesso com outros artistas como Coming Out of the Dark e She's All I Ever Had. Em 2009, Secada lançou o álbum Expressions, com canções clássicas em versão jazz. No ano seguinte lançou através da gravadora Som Livre o álbum Stage Rio, seu primeiro trabalho em DVD e ao vivo, gravado no Rio de Janeiro.

Atualmente Jon Secada se prepara para o lançamento de mais um álbum que mesclará músicas inéditas com novas leituras, além de um livro autobiográfico intitulado A New Day para outubro, mês de seu aniversário.

 

 


O Sputnik 1, o primeiro satélite artificial, foi lançado há 65 anos...!

  
O Sputnik 1 foi a primeira missão do Programa Sputnik, que enviou o primeiro satélite artificial da Terra. A missão foi lançada pela URSS em 4 de outubro de 1957 do Cosmódromo de Baikonur. O Sputnik era uma esfera de aproximadamente 50 cm e pesando 83,6 kg.
Ele não tinha nenhuma função, a não ser transmitir um sinal de rádio, "beep", que podia ser sintonizado por qualquer radio-amador.
O satélite orbitou a Terra durante três meses, antes de cair. O seu foguete lançador, chamado R.7, pesava 4 toneladas e entrou em órbita também. Ele foi projetado originalmente para lançar ogivas nucleares.
O Sputnik 1 foi o primeiro satélite artificial a ser lançado pela antiga União Soviética e o primeiro satélite a ser lançado também pela humanidade. O seu lançamento abriu, simbolicamente falando, a "porta" para o começo da corrida espacial entre Estados Unidos e URSS.
     

Fernando Echevarría morreu há um ano...

(imagem daqui)
 
Fernando Echevarría (Cabezón de la Sal, Santander, Espanha, 26 de fevereiro de 1929 - Porto, 4 de outubro de 2021) foi um poeta português. Nascido na Cantábria, filho de pai português e mãe espanhola, veio com dois anos para Portugal, para Vila Nova de Gaia, onde fez os seus estudos de ensino secundário e cursou Humanidades. Aos dezassete anos voltou para Espanha, onde estudou Filosofia e Teologia, sem concluir qualquer curso. Optou pela carreira docente, primeiro no Porto e depois, já exilado em Paris, para onde parte em 1961 e onde passou novamente a residir desde 1966, após ter estado em Argel, entre 1963 e 1966, residindo desde então na cidade-luz. Embora sendo fluente noutras línguas, escreveu sempre em português e só ocasionalmente nas línguas castelhana e francesa (parte da sua obra está traduzida em francês, castelhano, inglês e romeno). Colaborou em várias revistas literárias portuguesas como Anto, Graal, Cavalo Azul, Eros, Colóquio/Letras, A Phala, Hífen e Limiar. A sua poesia, com um barroquismo intenso, que lhe caldeia o estilo, faz adivinhar o seu fascínio pela poesia de Gôngora e pelas “analogias truncadas” de Mallarmé. Já a busca de um lirismo abstracto e essencial aproximava-o de dois grupos de poetas espanhóis: a Geração de 98, com poetas como António Machado e Juan Ramón Jiménez, e da Geração de 27, com Jorge Guillén e Pedro Salinas como exemplos. Pode dizer-se que a poesia de Echevarría se se insere na corrente antirrealista dos anos 50 do século XX, marcada sobretudo pela sensibilidade metafísica e artística e pelo "imaginismo". 
 

 
Amor à Vista
 


Entras como um punhal
até à minha vida.
Rasgas de estrelas e de sal
a carne da ferida.

Instala-te nas minas.
Dinamita e devora.
Porque quem assassinas
é um monstro de lágrimas que adora.

Dá-me um beijo ou a morte.
Anda. Avança.
Deixa lá a esperança
para quem a suporte.

Mas o mar e os montes...
isso, sim.
Não te amedrontes.
Atira-os sobre mim.

Atira-os de espada.
Porque ficas vencida
ou desta minha vida
não fica nada.

Mar e montes teus beijos, meu amor,
sobre os meus férreos dentes.
Mar e montes esperados com terror
de que te ausentes.

Mar e montes teus beijos, meu amor!...
  
  
in Poesia 1956-1979 (1989) - Fernando Echevarría

Hoje é o Dia Mundial dos Animais...

(imagem daqui)

   

O Dia Mundial dos Animais é comemorado todos os anos a 4 de outubro. Tudo começou em Florença, Itália em 1931, numa convenção de ecologistas. Neste dia, a vida animal em todas as suas formas é celebrada, e eventos especiais são planeadas em locais por todo o mundo. O 4 de outubro foi originalmente escolhido para o Dia Mundial dos Animais, porque é o dia da festa de São Francisco de Assis, um amante da natureza e padroeiro dos animais e do meio ambiente. Igrejas de todo o mundo reservam o domingo mais próximo da data para abençoar os animais.

  

Poesia para celebrar o dia dos meus seres vivos favoritos...

(imagem daqui)
  
   
Os cães

Os cães, tantos. Sem cuidarem
da torpeza
lambem as nossas mãos.

Misteriosa religião a deles.
O rosto do seu Deus não temem
e contemplam lado a lado.

Nem a Moisés tal foi consentido.


 

in A Ignorância da Morte (1982) - António Osório

segunda-feira, outubro 03, 2022

Atividade de comemoração do Dia Internacional da Geodiversidade em Porto de Mós


   
Para celebrar o DIA INTERNACIONAL DA GEODIVERSIDADE vai ser realizado um encontro entre docentes, no próximo dia 6 de outubro, na nova Central das Artes, em Porto de Mós.

Pretende-se comemorar a efeméride mas, essencialmente aproximar todos de um território único, o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, PNSAC. 

A organização solicita que se inscrevam até ao próximo dia 4 de outubro, terça-feira, via e-mail, para sofia.quaresma@icnf.pt
 
Informa-se ainda que o ICNF solicitou, ao pelouros da Educação de Alcobaça e de Porto de Mós, apoio, com disponibilização de transporte de docentes, situação para a qual deverão ser contactados esses serviços.
    
Programa
 
14.00 - Acolhimento dos participantes
  • Jorge Vala - Presidente Câmara Municipal de Porto de Mós
  • Rui Pombo - Diretor Regional da Conservação da Natureza e Florestas de Lisboa e Vale do Tejo 
14.15 - A Oferta Educativa do ICNF-LVT

14.30 - PNSAC - O Reino da Pedra

15.00 -17.00 - Percurso interpretativo à Fórnea