sexta-feira, fevereiro 28, 2014
António Livramento nasceu há 71 anos
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Rui Reininho - 59 anos
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Há 45 anos houve o último sismo com mortos em Portugal continental
O Sismo de 1969 ocorreu em 28 de fevereiro de 1969 pelas 02.40.32,5 horas UTC (mais uma hora no tempo local). Atingiu o sul do país e a região de Lisboa, sendo o último grande sismo a ocorrer em Portugal Continental, e o mais forte do século XX. O epicentro do sismo foi determinado como tendo as coordenadas 36.01º N e 10.57º W e a magnitude atribuída foi Ms=7.9 e Mw=8.0. Este evento é interpretado como resultante da compressão interplacas (Africana e Euroasiática) que ocorre na região sudoeste ibérica.
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quinta-feira, fevereiro 27, 2014
O músico Aleksandr Borodin morreu há 127 anos
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Adrian Smith - 57 anos
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quarta-feira, fevereiro 26, 2014
Mais poesia de aniversariante de hoje...
Amor à Vista
Entras como um punhal
até à minha vida.
Rasgas de estrelas e de sal
a carne da ferida.
Instala-te nas minas.
Dinamita e devora.
Porque quem assassinas
é um monstro de lágrimas que adora.
Dá-me um beijo ou a morte.
Anda. Avança.
Deixa lá a esperança
para quem a suporte.
Mas o mar e os montes...
isso, sim.
Não te amedrontes.
Atira-os sobre mim.
Atira-os de espada.
Porque ficas vencida
ou desta minha vida
não fica nada.
Mar e montes teus beijos, meu amor,
sobre os meus férreos dentes.
Mar e montes esperados com terror
de que te ausentes.
Mar e montes teus beijos, meu amor!...
in Poesia 1956-1979 (1989) - Fernando Echevarría
Vinham Rosas na Bruma Florescidas
Vinham rosas na bruma florescidas
rodear no teu nome a sua ausência.
E a si se coroavam, e tingiam
a apenas sombra de sua transparência.
Coroavam-se a si. Ou no teu nome
a mágoa que vestiam madrugava
até que a bruma dissipasse o bosque
e ambos surgissem só lugar de mágoa.
Mágoa não de antes ou de depois. Presente
sempre actual de cada bruma ou rosa,
relativos ou não no espelho ausente.
E ausente só porque, se não repousa,
é nome rodopio que, na mente,
em bruma a brisa em que se aviva a rosa.
in Poesia 1956-1979 (1989) - Fernando Echevarría
Felizes
Felizes. Porque, ao fundo de si mesmos,
cheios andam de quanto vão pensando.
E, disso cheios,
nada mais sabem. Dão para aquele lado
onde o mundo acabou, mas resta o eco
de o haverem pensado até ao cabo
e irem agora criar o movimento
que subsiste no tempo
de o mundo ainda estar a ser criado.
Por isso são felizes. Foram sendo
até, perdido o tempo, só em memória o estarem
in Figuras (1987) - Fernando Echevarría
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Há 21 anos um atentado ao World Trade Center provocou seis mortes
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Adíos, Paco...
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Corinne Bailey Rae - 35 anos!
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Fernando Echevarría - 85 anos!
- Entre Dois Anjos (1956)
- Tréguas para o Amor (1958)
- Sobre as Horas (1963)
- Ritmo real (1971)
- A Base e o Timbre (1974)
- Media Vita (1979)
- Introdução à Filosofia (1981)
- Fenomenologia (1984)
- Figuras (1987)
- Poesia (1956-1979) (1989)
- Livro (1991)
- Sobre os Mortos (1991)
- Poesia (1980-1984) (1993)
- Uso da penumbra (1995)
- Geórgicas (1998)
- Poesia (1987-1991) (2001)
- Introdução à Poesia (2001)
- Corpo Intenso (2003)
- Epifanías (2006)
- Obra Inacabada [Poesia Completa 1956-2006] (2006)
- Lugar de Estudo (2009)
- Antologia (2010)
- In Terra Viventium (2011)
- Categorias e Outras Paisagens (2013)
- Grande Prémio de Poesia do Pen Club (1981 e 1998), por Introdução à Filosofia
- Grande Prémio de Poesia Inasset (1987), por Figuras
- Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores (1991), por Sobre os Mortos
- Prémio de Eça de Queiroz (1995)
- Prémio de Poesia António Ramos Rosa (1998)
- Prémio Luís Miguel Nava (1999)
- Prémio Teixeira de Pascoaes (2002)
- Prémio Padre Manuel Antunes (2005), pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura
- Prémio D. Dinis (2007), pela Casa de Mateus
- Grande Prémio Sophia de Mello Breyner Andresen (2008) por toda sua trajetória poética compilada em 'Obra Inacabada'
Escrevemos Docemente
Escrevemos docemente. Se a figura
sobe de estar tão funda a essa mesa
é que escrever se lembra. E só da altura
de se lembrar percorre a linha acesa
a ponta de escrever, que traça a pura
forma de rosto que abre na tristeza.
E a tristeza ilumina de escultura
penumbras de volumes com que pesa.
Por isso é docemente que da linha
de estar ali aonde sempre esteve
aparece figura de rainha
que sempre foi e agora só se escreve.
E escrevermos é como se na vinha
o sol se iluminasse. E fosse breve.
in Figuras (1987) - Fernando Echevarría
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Johnny Cash nasceu há 82 anos
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Fats Domino faz hoje 86 anos
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terça-feira, fevereiro 25, 2014
Há 50 anos, Cassius Clay tornou-se campeão do Mundo de Pesos Pesados de Boxe antes de se tornar Muhammad Ali
1964-02-25 : Sonny Liston 218 lbs lost to Muhammad Ali 210½ lbs by RTD in round 6 of 15
- Location: Convention Center, Miami Beach, Florida, USA
- Referee: Barney Felix 57-57
- Judge: Bernie Lovett 58-56
- Judge: Gus Jacobson 56-58
- World Heavyweight Title (2nd defense by Liston)
Postado por Pedro Luna às 23:50 0 bocas
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Luísa LoveFoxxx, a vocalista da banda Cansei de Ser Sexy, fez hoje 30 anos!
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George Harrison nasceu há 71 anos
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Renoir nasceu há 173 anos
Cesário Verde nasceu há 159 anos
Nós podemos viver alegremente,
Sem que venham com fórmulas legais,
Unir as nossas mãos, eternamente,
As mãos sacerdotais.
Eu posso ver os ombros teus desnudos,
Palpá-los, contemplar-lhes a brancura,
E até beijar teus olhos tão ramudos,
Cor de azeitona escura.
Eu posso, se quiser, cheio de manha,
Sondar, quando vestida, pra dar fé,
A tua camisinha de bretanha,
Ornada de crochet.
Posso sentir-te em fogo, escandescida,
De faces cor-de-rosa e vermelhão,
Junto a mim, com langor, entredormida,
Nas noites de verão.
Eu posso, com valor que nada teme,
Contigo preparar lautos festins,
E ajudar-te a fazer o leite-creme,
E os mélicos pudins.
Eu tudo posso dar-te, tudo, tudo,
Dar-te a vida, o calor, dar-te cognac,
Hinos de amor, vestidos de veludo,
E botas de duraque
E até posso com ar de rei, que o sou!
Dar-te cautelas brancas, minha rola,
Da grande loteria que passou,
Da boa, da espanhola,
Já vês, pois, que podemos viver juntos,
Nos mesmos aposentos confortáveis,
Comer dos mesmos bolos e presuntos,
E rir dos miseráveis.
Nós podemos, nós dois, por nossa sina,
Quando o Sol é mais rúbido e escarlate,
Beber na mesma chávena da China,
O nosso chocolate.
E podemos até, noites amadas!
Dormir juntos dum modo galhofeiro,
Com as nossas cabeças repousadas,
No mesmo travesseiro.
Posso ser teu amigo até à morte,
Sumamente amigo! Mas por lei,
Ligar a minha sorte à tua sorte,
Eu nunca poderei!
Eu posso amar-te como o Dante amou,
Seguir-te sempre como a luz ao raio,
Mas ir, contigo, à igreja, isso não vou,
Lá essa é que eu não caio!
in O Livro de Cesário Verde (1887) - Cesário Verde
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Alfredo Marceneiro nasceu há 123 anos
(imagens daqui)
Era filho de uma família muito humilde, oriunda do Cadaval. Com a morte do pai teve que deixar a escola primária. Começou então a trabalhar como aprendiz de encadernador para ajudar o sustento da sua mãe e irmãos.
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segunda-feira, fevereiro 24, 2014
Poema de Mourão-Ferreira cantado por Amália
Amália Rodrigues - Espelho Quebrado
David Mourão-Ferreira - Alain Oulman
Com o seu chicote, o vento
Quebra o espelho do lago.
Em mim, foi mais violento o estrago
Porque o vento, ao passar
Murmurava o teu nome
Depois de o murmurar, deixou-me.
Tão rápido passou,
Nem soube destruir-me
As mágoas em que sou tão firme.
Mas a sua passagem
Em vidro recortava
No lago a minha imagem de escrava.
Ó líquido cristal dos meus olhos sem ti
Em vão um vendaval pedi
Para que se quebrasse
O espelho que me enluta
E me ficasse a face enxuta.
Ai, meus olhos sem ti...
Em mim, foi mais violento, o vento!
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Poema de aniversariante de hoje...
Soneto do Cativo
Se é sem dúvida Amor esta explosão
de tantas sensações contraditórias;
a sórdida mistura das memórias,
tão longe da verdade e da invenção;
o espelho deformante; a profusão
de frases insensatas, incensórias;
a cúmplice partilha nas histórias
do que os outros dirão ou não dirão;
se é sem dúvida Amor a cobardia
de buscar nos lençóis a mais sombria
razão de encantamento e de desprezo;
não há dúvida, Amor, que te não fujo
e que, por ti, tão cego, surdo e sujo,
tenho vivido eternamente preso!
in Os Quatro Cantos do Tempo (1958) - David Mourão-Ferreira
Postado por Pedro Luna às 23:50 0 bocas
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