sábado, setembro 14, 2013

Morten Harket, o vocalista dos A-Ha, faz hoje 54 anos

Morten Harket (Kongsberg, 14 de setembro de 1959) é o ex-vocalista da banda norueguesa A-Ha. É uma das maiores vozes dos últimos tempos e fez grande sucesso com os A-Ha. Foi eleito a melhor voz do ano de 1986.
Está novamente ativo, com os A-Ha, que continua fazendo grande sucesso no mundo. Para se ter uma ideia do sucesso com a volta do trio norueguês, o disco que marcou a volta deles (Minor Earth Major Sky) vendeu 500 mil cópias em apenas dois dias, e continuam lançando discos e fazendo muito sucesso. Ao longo dos vinte anos de carreira venderam mais de 80 milhões de discos no mundo todo.


Amy Winehouse nasceu há 30 anos

Amy Jade Winehouse (Londres, 14 de setembro de 1983 - Londres, 23 de julho de 2011) foi uma cantora e compositora britânica conhecida por seu poderoso e profundo contralto vocal e sua mistura eclética de gêneros musicais, incluindo soul, jazz e R&B. Ingressou na carreira musical ainda na adolescência, apresentando-se em pequenos clubes de jazz em Londres. No fim de 1999, assinou o seu primeiro contrato com uma editora discográfica, a EMI Music, mas, após ter sido descoberta por Darcus Breeze, em 2001, assinou contrato com a Island Records.
A sua primeira aparição no cenário musical britânico foi em 2003, com o seu álbum de estreia, Frank. O disco foi bem recebido pela crítica especialista, mas, inicialmente, não obteve sucesso comercial apesar de ter produzido quatro singles, todos sem êxito. Foi em 2006, com o lançamento do seu segundo álbum de estúdio, Back to Black, que Amy Winehouse ganhou proeminência como uma artista. Esse obteve sucesso crítico e comercial e alcançou as posições mais elevadas no ranking internacional, tendo atingido o número um em dezoito países, incluindo Reino Unido, Áustria, Alemanha, Dinamarca e Irlanda, enquanto nos Estados Unidos chegou à sua posição máxima como número dois.
Desse trabalho, foram retirados seis singles, sendo "Rehab" o mais bem-sucedido. Back to Black vendeu seis milhões de cópias e foi o disco mais vendido de 2007. No ano seguinte, o álbum foi nomeado para seis categorias nas 50.ª edição dos Grammy Awards, das quais venceu cinco, o que fez de Winehouse a artista feminina britânica mais premiada em apenas uma edição.
Considerada a desencadeadora da nova invasão britânica, Amy Winehouse é referida como a revolucionadora da música soul pela crítica especialista. Ela é citada como influência musical por várias cantoras, incluindo Adele, Duffy, Rumer e Lady Gaga, e foi a intérprete que mais vendeu em nível digital no Reino Unido, em 2007, sendo posicionada no número dez na Lista dos Ricos do jornal inglês Sunday Times, com uma renda total de dez milhões de libras. Foi, ainda, eleita a segunda maior heroína dos britânicos pelo canal de televisão Sky News, com base em uma pesquisa realizada entre pessoas com menos de 25 anos de idade, em 2008, atrás apenas da princesa Diana, e na lista elaborada pela revista Veja, em 2009, das cantoras internacionais que mais venderam em solo brasileiro, ficou na primeira posição com mais de 500 mil álbuns vendidos, o que fez dela uma das recordistas de vendas no país. Ao longo de sua carreira, Winehouse vendeu um número estimado de trinta milhões de CDs e DVDs em todo o mundo, tornando-se uma das artistas que mais venderam a nível global. As suas conquistas incluem três prémios Ivor Novello Awards e um total de seis Grammy Awards.
No entanto, apesar de bem-sucedida, a sua carreira foi muitas vezes ofuscada por seus problemas pessoais, principalmente pelo seu casamento conturbado com o ex-assistente de vídeo Blake Fielder-Civil, uma vez que as brigas do casal foram diariamente comentadas pela imprensa. Além disso, o seu envolvimento com álcool e drogas e a sua luta para superá-lo também prejudicou a sua imagem pública.
Amy Winehouse foi encontrada morta em sua casa em Londres, em 23 de julho de 2011. A causa da morte foi intoxicação por álcool. Após o falecimento da cantora, Back to Black tornou-se o disco mais vendido do século XXI no Reino Unido. Posteriormente, foi lançada a compilação póstuma Lioness: Hidden Treasures, que recebeu análises positivas da mídia especializada e teve um desempenho comercial favorável. Nesse mesmo ano, o jornal sueco Metro International concedeu à cantora o título de Celebridade do Ano, enquanto o canal VH1 colocou-a na 26.ª posição em sua lista das 100 Grandes Mulheres na Música, em 2012, e o periódico i Online denominou-a como a melhor cantora do século, em 2013.


Marcos Valle - 70 anos!


Biografia
Começou a estudar piano clássico aos seis anos de idade e formou-se em piano e teoria musical em 1956. O primeiro sucesso da dupla Marcos e Paulo Sérgio foi Sonho de Maria, gravada pelo Tamba Trio em 1963.
Marcos começou tocando no trio formado por ele, Edu Lobo e Dori Caymmi. Em 1964, a sua canção Samba de Verão atingiu o segundo lugar nas paradas de sucesso norte-americanas, e teve pelo menos 80 versões gravadas nos EUA.
Escreveu muitos temas para telenovelas, dentre elas Pigmalião 70 e Os Ossos do Barão. Nos anos 70, a TV Globo encomendou aos irmãos Valle e Nelson Motta que fizessem uma canção de natal para o fim do ano, com os atores das telenovelas e artistas da Rede Globo cantando. A canção "Um novo tempo" (a dos versos "Hoje é um novo dia / de um novo tempo / que começou...") tornou-se um sucesso tão grande que nunca mais saiu do ar, sendo presença obrigatória no Natal da Rede Globo até hoje.
Jet-Samba foi o primeiro disco lançado por um selo brasileiro após dezanove anos, e o primeiro totalmente instrumental em 38 anos, com Valle comandando toda a produção e também assinando os arranjos. Seu último trabalho é o CD e DVD Estática , lançado em 2010. 

Carreira
Considerado como um dos integrantes da segunda geração da bossa nova, iniciou a sua carreira artística em 1961 integrando um trio, juntamente com Edu Lobo e Dori Caymmi. Nessa época, começou a compor suas primeiras músicas em parceria com o irmão Paulo Sérgio Valle. O trabalho da dupla foi registado, pela primeira vez, em 1963, com a gravação da canção "Sonho de Maria", pelo Tamba Trio.
Em 1964, gravou o seu primeiro LP, "Samba demais", registando suas composições "Amor de nada", "Razão do amor", "Tudo de você", "Sonho de Maria", "E vem o sol" e "Ainda mais lindo", todas em parceria com Paulo Sérgio Valle, além das canções "Vivo sonhando" (Tom Jobim), "Moça flor", (Durval Ferreira e Lula Freire), "Canção pequenina" (Pingarilho), "Ela é carioca" (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), "Ilusão à toa" (Johnny Alf) e "A morte de um Deus de sal" (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli). O disco foi contemplado com vários prémios. Nessa época, começou a apresentar-se em shows e abandonou o curso de Direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro no segundo ano.
Em 1965, participou do espetáculo "A bossa no Paramount", realizado no Teatro Paramount (SP), no qual interpretou duas canções inéditas que se tornariam emblemáticas na sua carreira de compositor: "Preciso aprender a ser só" e "Terra de ninguém", ambas com Paulo Sérgio Valle. A segunda, contou com a participação de Elis Regina, então em início de carreira, alcançando, de imediato, enorme sucesso. Nesse mesmo ano, lançou o disco de autor "O compositor e o cantor Marcos Valle", com destaque para as canções "Gente", "Preciso aprender a ser só", "Samba de verão", "A resposta" e "Deus brasileiro", todas com Paulo Sérgio Valle. Ainda em 1965, viajou para os Estados Unidos, onde fez parte durante sete meses do conjunto de Sérgio Mendes, Brasil’65, com o qual se apresentou em casas noturnas, universidades e no programa de televisão de Andy Williams. Também gravou um single com "All my loving", dos Beatles, em ritmo de bossa nova. Após esse período, retornou ao Brasil.
Em 1966, a gravação de Walter Wanderley de sua música "Samba de Verão" (com Paulo Sérgio Valle) alcançou o 2º lugar nas paradas de sucesso norte-americanas, recebendo, mais tarde, cerca de 80 regravações nesse país. Nesse ano, Marcos começou a gravar as faixas do que seria seu terceiro LP mas não concluiu esse trabalho. Voltou no ano seguinte para os Estados Unidos e lançou nesse país o LP instrumental "Braziliance! A música de Marcos Valle", registando suas canções "Os grilos", "Preciso aprender a ser só", "Batucada surgiu", "Samba de verão", "Vamos pranchar", "Deus brasileiro", "Patricinha", "Passa por mim" e "Se você soubesse", todas com Paulo Sérgio Valle, "Seu encanto" (com Paulo Sérgio Valle e Pingarilho), "Dorme profundo" (com Pingarilho) e "Tanto andei". Nesse mesmo ano, gravou outro LP, "Samba '68". Lançado pelo lendário selo Verve, esse trabalho contém alguns de seus maiores sucessos vertidos para o inglês, com arranjos de Eumir Deodato e participação de grandes músicos norte-americanos. O próprio Valle cuidou dos vocais principais, em dueto com Annamaria de Carvalho Valle, então a sua esposa.
Porém, com saudades do Rio de Janeiro e assustado com a possibilidade de ser recrutado para servir o Exército norte-americano na Guerra do Vietname, Marcos Valle desembarcou no Galeão nos últimos dias de 1967. Trazia novas canções na bagagem e, no início de 1968 preparou um novo LP. "Viola enluarada", exclusivamente de autor, tem como destaque a faixa-título (com Paulo Sérgio Valle), cantada em duo com Milton Nascimento, além de "Próton elétron nêutron" (uma primeira experiência misturando baião e samba), "Maria da favela", "Homem do meu mundo", "Terra de ninguém", "Eu", "Tião Braço Forte" e "O amor é chama", todas com Paulo Sérgio Valle, "Viagem" (com Ronaldo Bastos), "Bloco do eu sozinho" (com Ruy Guerra), "Réquiem" (com Milton Nascimento, Ruy Guerra e Ronaldo Bastos) e "Pelas ruas do Recife" (com Paulo Sérgio Valle e Novelli).
Em 1969, gravou o LP "Mustang cor de sangue", com destaque para a faixa título, para o tema instrumental "Azimuth" e para a canção "Dia de vitória", ambas com Paulo Sérgio Valle. Esse trabalho representa uma mudança interessante de direção em sua carreira. A bossa nova vivia um momento de baixa no Brasil e Marcos Valle tratou de caminhar em direção a um pop cosmopolita. Uma influência presente desde sempre em sua vida: o menino Marcos adorava ouvir música norte-americana no rádio e no gira-discos. Na adolescência, o rock'n'roll o conquistou a ponto de ele até hoje citar "Be Bop a Lula" (de Gene Vincent) como uma das canções que o marcaram no período. Com um enorme talento natural para criar grooves e apaixonado por ritmo, incorporou o soul norte-americano e a pilantragem de Wilson Simonal. Longe da inocência juvenil dos primeiros anos de sua carreira, esse novo Marcos Valle passou a ser associado à modernidade, à tecnologia e a uma imagem de cidadão do mundo. Por sua vez, as letras de Paulo Sérgio Valle passaram a adotar temáticas críticas. Disparando contra a sociedade de consumo e a ditadura militar, os irmãos Valle produziram algumas obras-primas nessa época. Infelizmente, esse lado de sua obra não recebeu até hoje o devido crédito: Marcos Valle não se identificou com o padrão "guerrilheiro" vigente na MPB a partir da Tropicália. Descendente de alemães, loiro e tachado como "um bem-nascido representante da elite carioca", suas provocações e contestações são ignoradas por parte da crítica e do público. No livro "Eu não sou cachorro não", de Paulo César de Araújo, sua canção "Flamengo até morrer" foi descrita como "adesista" quando era exatamente o contrário: uma ironia muito sofisticada à alienação causada pelo futebol nos brasileiros.
Na década de 1970, teve intensa atuação em trilhas sonoras de novelas. Atuou também na área publicitária, montando a empresa Aquarius Produções Artísticas em sociedade com seu irmão Paulo Sérgio e com o amigo Nelson Motta. Assinou diversos jingles de muito sucesso.
Em 1970, gravou o LP "Marcos Valle", com destaque para "Quarentão simpático" (com Paulo Sérgio Valle), "Pigmalião" (com Paulo Sérgio Valle e Novelli) e a provocadora "Ele e ela" (onde ele e a sua irmã Ângela Valle insinuam uma relação sexual). Na capa desse disco, o artista aparece deitado em uma cama, com o quarto arrumado. Na contracapa, o mesmo quarto - na verdade o quarto de sua irmã na casa de seus pais - está vazio e desarrumado. Há roupas femininas espalhadas pelo cenário.
Em 1971, lançou o LP "Garra", trazendo na capa o rosto sereno de Marcos em um corpo de ave de rapina sobre as cores da bandeira brasileira, com destaque para "Com mais de 30", "O cafona" e "Minha voz virá do sol da América", todas com Paulo Sérgio Valle, e "Que bandeira" (com Paulo Sérgio Valle e Mariozinho Rocha). Ainda nesse ano, venceu a IV Olimpíada da Canção de Atenas com "Minha voz virá do sol da América", defendida por Cláudia. "Black is beautiful", também gravada por Elis Regina, transformou Marcos Valle de certa forma em líder da causa negra. Uma posição defendida até hoje na literatura académica.
Em 1972, lançou o LP "Vento sul", registando composições próprias, como "Revolução orgânica", "Malena" e a faixa-título, todas com Paulo Sérgio Valle, além de "Voo cego" (Cláudio Guimarães) e "Paisagem de Mariana" (Frederyko), entre outras. "Vento sul" representa outra ruptura radical na carreira de Marcos Valle. Realizado logo após o lançamento de sua banda sonora de maior sucesso, a da novela "Selva de pedra", o LP representou um momento de grande cansaço para o artista. Ele se sentia limitado em sua criatividade pelas imposições dos trabalhos encomendados e queria dar vazão a tudo o que o influenciava naquele instante. Surfista desde a juventude, Marcos Valle começou a frequentar o vilarejo de Búzios e alugou ali uma casa, onde permaneceu com alguns amigos por alguns dias e idealizou parte do repertório do disco. Queria então contestar preconceitos e explorar uma maior sensação de liberdade criativa. Acompanhado pelo grupo O Terço (Sérgio Hinds, Cezar de Mercês e Vinícius Cantuária), mergulhou na contracultura, no psicadelismo e no rock'n'roll. Na faixa "Mi Hermoza", Valle se aproxima até mesmo do heavy metal através de um riff pesado com ecos de Led Zeppelin e Black Sabbath.
Ainda em 1972, compôs a banda sonora do documentário "O fabuloso Fittipaldi", de Roberto Farias, registada em disco pela Philips. Essa banda sonora, muito influenciada pelos filmes blaxploitation norte-americanos e pelo jazz-rock, significa o início da colaboração de Valle com os músicos José Roberto Bertrami (órgão e sintetizadores), José Alexandre "Alex" Malheiros (baixo) e Ivan "Mamão" Conti (bateria) que seguiram carreira juntos com o nome de Azymuth. Esses músicos trouxeram novas sonoridades para a carreira de Marcos Valle: José Roberto Bertrami incorporou os sintetizadores na sua música, e Alex Malheiros utilizava um baixo Rickenbacker 4001, então muito utilizado por grupos de rock progressivo e por Paul McCartney. E lançou em compacto "Alegria da vida", a música de abertura do programa infantil "Vila Sésamo", lançado em conjunto pela Rede Globo e pela TV Cultura de São Paulo.
Em 1973, gravou o LP "Previsão do tempo", exclusivamente de autor, que incluiu as canções "Flamengo até morrer", "Os ossos do barão" e "Tiu-ba-la-quieba", todas com Paulo Sérgio Valle, além de "Não tem nada não" (c/ João Donato e Eumir Deodato), entre outras. Nesse disco, que também contou com a participação dos músicos do Azymuth, Marcos Valle utilizou uma "human beatbox" na faixa "Mentira", reproduzindo com sua voz os sons de uma bateria. Ainda que a "beatbox" não esteja presente ao longo de toda a música e apareça junto de outros instrumentos em parte de suas intervenções, ela não se diferencia das experiências realizadas quase uma década depois pelo rapper norte-americano Doug E. Fresh, apontado em várias obras musicológicas como o inventor da beatbox. Com base em "Mentira", podemos considerar então Marcos Valle como o criador da "human beatbox". Na provocadora capa, um Marcos Valle debochado e sorridente aparece mergulhado na piscina da casa de seus pais, para ressurgir na contracapa como se tivesse morrido afogado, pelas mãos da ditadura militar do Brasil.
Em 1974, lançou um LP com uma trilha completa para o programa "Vila Sésamo". Nesse disco, Marcos Valle divide os vocais com João Mello e Suzana Machado (formando o Trio Soneca) e toca um piano Fender Rhodes, instrumento recém-incorporado ao seu arsenal e que sempre o acompanhou desde então. Devido ao pequeno orçamento, as faixas foram gravadas no estúdio da Aquarius Produções Artísticas, próximo ao Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Em seguida, Marcos gravou o LP "Marcos Valle", contendo, entre outras, suas canções "No rumo do sol", "Meu herói" e "Casamento, filhos e convenções", todas com Paulo Sérgio Valle. Esse disco, influenciado pelo "piano pop" de Elton John e pelo rock progressivo, conta com a participação do grupo Som Imaginário (o qual já havia participado no disco de 1970), reflete a tristeza do artista pelas limitações impostas pela censura ao seu trabalho. As faixas transmitem uma impressão de tristeza e despedida.
De facto, Marcos Valle, farto da censura e enfrentando alguns problemas psicológicos que afetavam sua voz, estava de partida. Entre 1975 a 1980, morou nos Estados Unidos, onde participou do LP de Sarah Vaughan "Songs of the Beatles", interpretando com a cantora a faixa "Something" (George Harrison). Trabalhou, também, com Airto Moreira, com quem dividiu os arranjos do disco "Touching you, touching me", gravado pelo intrumentista e compositor, indicado para o Prémio Grammy. Teve, também, canções de sua autoria gravadas por artistas norte-americanos, como o grupo Chicago ("Life is what it is") e a cantora Sarah Vaughan, que registrou as versões "If you went away" e "The face I love" (respectivamente "Preciso aprender a ser só" e "Seu encanto") no disco "I love Brazil". Fortemente influenciado pela disco music, que lhe evocava os antigos bailes de carnaval do Copacabana Palace e os filmes de Fred Astaire e Gene Kelly, Marcos foi se aproximando de músicos negros e do universo do R&B e do boogie funk. Estabeleceu por volta de 1978 uma sólida parceria musical com o norte-americano Leon Ware, colaborador frequente de Marvin Gaye.
Em 1980, Marcos Valle regressou ao Brasil ,ansioso para participar da vida musical e de um Brasil em processo de redemocratização e disposto a ficar de vez no Rio de Janeiro. No ano seguinte, lançou o LP "Vontade de rever você", em que registou composições próprias, como "Bicho no cio" e "Velhos surfistas querendo voar", (ambas com Paulo Sérgio Valle e Leon Ware), e "A Paraíba não é Chicago" (com Paulo Sérgio Valle, Laudir de Oliveira, Leon Ware e Peter Cetera), entre outras.
Em 1983, gravou o LP "Marcos Valle", contendo exclusivamente canções de sua autoria, como "Estrelar" (cujo single vendeu cerca de 90 mil cópias, quase alcançando um Disco de Ouro), "Fogo do sol", "Samba de verão" e "Viola enluarada" todas com Paulo Sérgio Valle.
Em 1984, lançou um compacto simples contendo a canção "Bicicleta", que se tornou outro grande sucesso.
Em 1986, gravou o LP "Tempo da gente", exclusivamente autoral, contendo as canções "O tempo da gente" (com Paulo Sérgio Valle e Ary Carvalho), "Sem você não dá" (com Erasmo Carlos), "Tá tudo bem" (com Vinícius Cantuária) e "Pior que é" (com Eumir Deodato), entre outras.
A partir de 1990, as suas músicas começaram a ser muito executadas em pistas de dança de casas noturnas de Londres, alcançando um grande sucesso em outros países da Europa e no Japão.
Em 1992 nasceu seu o primeiro filho, Daniel, seguido por Tiago, em 1994.
Em 1995, Marcos recebeu o título de "Homem do Momento", conferido pela revista inglesa "Straight no Chaser". A partir desse ano, seus discos "The essential Marcos Valle", "The essential Marcos Valle 2", "Previsão do tempo", "O compositor e o cantor" e "Vontade de rever você" começaram a ser lançados nos mercados europeu e japonês.
Em 1998, gravou para o selo londrino Far Out Recordings o CD "Nova bossa nova", contendo composições próprias, como "Novo visual (New look)", "Abandono (Abandon)", "Cidade aberta (Open city)" e "Bahia blue", entre outras. Ainda nesse ano, foi lançado o "Songbook Marcos Valle", produzido por Almir Chediak, contendo parte expressiva de sua obra.
Em 1999, apresentou-se no "Festival de Verão: Rio, sempre Bossa Nova", projeto da Prefeitura do Rio de Janeiro realizado no Parque Garota de Ipanema.
Em 2000, realizou, com o guitarrista argentino Victor Biglione e a cantora Patrícia Alví, além dos músicos canadianos Jean Pierre Zanella (sax e flauta) Jean-François Groulx (sintetizador), Jim Hillman (bateria) e Norman Lachapelle (baixo), o show de encerramento das comemorações dos 500 anos do Brasil, em Montreal.
Em 2001, participou, ao lado de Roberto Menescal, Wanda Sá, Patrícia Alví e Danilo Caymmi, do Fare Festival, realizado em Pavia (Itália) pela Società dell’Academia, em colaboração com a prefeitura da cidade. Nesse mesmo ano, lançou o CD "Bossa entre amigos", gravado ao vivo, com Roberto Menescal, Wanda Sá e Patrícia Alví, no Teatro Rival. E lançou pela Far Out Recordings mais um CD autoral, "Escape".
Em 2003, lançou, com Victor Biglione, o CD "Live in Montreal", registo ao vivo do espetáculo realizado em 2000 no Canadá. E também "Contrasts", para a Far Out Recordings de Londres.
Em 2004, participou, ao lado de Gilberto Gil e outros artistas, da gravação do CD "Hino do Fome Zero" (Roberto Menescal e Abel Silva). Também nesse ano, apresentou-se, ao lado de Johnny Alf, João Donato, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Wanda Sá, Leny Andrade, Pery Ribeiro, Durval Ferreira, Eliane Elias, Os Cariocas e Bossacucanova, no espetáculo "Bossa Nova in Concert", realizado no Canecão (RJ). O show foi apresentado por Miele e contou com uma banda de apoio formada por Durval Ferreira (violão), Adriano Giffoni (contrabaixo), Marcio Bahia (bateria), Fernando Merlino (teclados), Ricardo Pontes (sax e flauta) e Jessé Sadoc (trompete), concepção e direção artística de Solange Kafuri, direção musical de Roberto Menescal, pesquisa e textos de Heloisa Tapajós, cenários de Ney Madeira e Lídia Kosovski, e projeções de Sílvio Braga.
Em 2005, apresentou-se no Songbook Café (RJ). Também nesse ano, esteve no palco do Bar do Tom (RJ), ao lado de Roberto Menescal, Wanda Sá e Carlos Lyra, com o show "Bossa entre amigos". Ainda em 2005, participou da segunda apresentação do espetáculo "Bossa Nova in Concert", no Parque dos Patins (RJ). Nesse mesmo ano, lançou o CD "Jet-Samba".
Em 2006, foi contemplado com o prêmio TIM, na categoria Melhor Disco Instrumental, pelo CD Jet-Samba, cuja produção foi assinada pelo próprio artista.
No ano seguinte, após realizar turnê de 20 shows pela Europa, foi o homenageado no mês de junho pelo Instituto Cultural Cravo Albin na série "Sarau da Pedra", projeto realizado com patrocínio da Repsol YPF e apoio da gravadora Biscoito Fino. No evento, foi afixada no Mural da Música do instituto, diante da presença de várias personalidades da cena cultural carioca, uma placa com seu nome, a ele dedicada pela relevância de sua obra musical. Produzida por Heloisa Tapajós e Andrea Noronha, a comemoração contou com palestra do crítico musical Antonio Carlos Miguel e um show realizado por Kiko Continentino (teclado), Paulo Russo (contrabaixo), Marcelo Martins (sax e flauta) e Renato “Massa” Calmon, com músicas de autoria do compositor homenageado, que assumiu o teclado, ao final da apresentação, para interpretar, ao lado de Jorge Vercilo (voz e violão), a canção “Pela ciclovia”, parceria de ambos.
Em 2008, participou do espetáculo "Bossa Nova 50 anos", realizado na Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, acompanhado pela cantora Patrícia Alvi. Também no elenco, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Oscar Castro Neves, Wanda Sá, Leila Pinheiro, Emílio Santiago, Zimbo Trio, Leny Andrade, Maria Rita, Fernanda Takai, João Donato, Bossacucanova e Cris Delanno. O show, em comemoração aos 50 anos da bossa nova, e também celebrando o aniversário da cidade do Rio de Janeiro, teve concepção e direção de Solange Kafuri, direção musical de Roberto Menescal e Oscar Castro Neves, pesquisa e textos de Heloisa Tapajós, e apresentação de Miele e Thalma de Freitas.
Em 2008, lançou, com João Donato, Carlos Lyra e Roberto Menescal, o CD “Os Bossa Nova”, contendo as suas canções “Até o fim” (com Carlos Lyra), “Gente” (com Paulo Sérgio Valle), “Entardecendo” (com João Donato) e “Bossa entre amigos” (com Roberto Menescal), além de “Samba do carioca” (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes), “Tereza da Praia” (Tom Jobim e Billy Blanco), “De um jeito diferente” (João Donato e Lysias Ênio), “Sextante” (Carlos Lyra), “Vagamente” (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), “A cara do Rio” (Roberto Menescal e João Donato), “Ciúme” (Carlos Lyra), “Balansamba” (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), “Até quem sabe” (João Donato e Lysias Ênio) e o meddley “Bewitched, bothered and bewildered” (Richard Rodgers e Lorenz Hart)/”Este seu olhar” (Tom Jobim)/”Só em teus braços” (Tom Jobim). Participaram também do disco os músicos Jorge Helder (baixo), Paulo Braga (bateria), Jessé Sadoc (trompete), Dirceu Leite (sax e flauta), Jaques Morelenbaum (cello) e Carlos Bala (bateria).
Lançou, em 2009, ao lado de Celso Fonseca, o CD “Página Central”, contendo 12 inéditas parcerias de ambos: “Vim dizer que sim”, “Faz de conta”, “Azul cristal”, “Vôo livre”, “Ela é aquela”, “Pra tocar assim”, “Encantadas”, “Quase perto”, “No balanço do meu samba”, “Três da tarde”, “Curvas do tempo” e a faixa-título. O disco contou com a participação do Grupo Azymuth, de Jaques Morelenbaum e da cantora Patrícia Alví. No show de lançamento desse CD, realizado no Teatro Tom Jobim, Marcos retomou a colaboração com o grupo Azymuth e, pela primeira vez, apresentou ao vivo o tema "Fittipaldi show", de 1973. Nessa altura, o disco "Estática" (para a Far Out) já estava gravado. O seu lançamento na Inglaterra aconteceu em outubro de 2010, seguido por uma turnê europeia de shows.
Em julho de 2011, a EMI brasileira lançou a caixa de CDs "Tudo" onde estão todos os seus discos gravados para a empresa britânica entre 1963 e 1974, incluindo alguns fonogramas inéditos recuperados pelo pesquisador Charles Gavin nos arquivos da gravadora.






O astrónomo Cassini I morreu há 301 anos

Giovanni Domenico Cassini (Perinaldo, República de Génova, hoje Itália, 8 de junho de 1625 - Paris, 14 de setembro de 1712), também chamado Jean-Dominique ou Cassini I, foi um astrónomo e matemático francês de origem italiana.
Giovanni Cassini estudou no colégio dos Jesuítas em Génova e Bolonha, e em 1650 foi, sob a proteção do general e senador Cornelio Malvasia, o sucessor de Pater Bonaventura Cavalieri na Universidade de Bolonha como professor na cátedra de astronomia. Nesta função, lecionou, sob o controle da doutrina da Igreja Católica, geometria euclidiana e a astronomia de Ptolomeu. Seu interesse foi atraído principalmente pela aparição de cometas, que ele observava com muita atenção. Além disso, produziu precisas tabelas solares e observou os períodos de rotação de Vénus, Marte e Júpiter. Em 1669, foi chamado pelo rei Luís XIV para ser membro da Academia de Ciências de Paris, fundada em 1667.
Um ano depois, foi nomeado diretor do Observatório Astronómico de Paris. Apesar do observatório de Paris não ter a melhor localização para a realização de observações astronómicas, Cassini continuou as suas observações, descobrindo em 1671 e 1672 as luas de Saturno Jápeto e Reia, em 1675 uma parte escura dos anéis de Saturno, batizada com o seu nome (a divisão de Cassini, área escura que separa os anéis A e B de Saturno e que tem cerca de 5.000 km de largura) e, em 1684, dois outros satélites do planeta dos anéis: Tétis e Dione.
Em 1672 calculou com precisão a paralaxe solar, e em 1683 foi o primeiro a descrever a luz do zodíaco. Cassini ficou cego em 1710, e dois anos depois, no dia 14 de setembro de 1712, faleceu em Paris.
Sucessores na direção do Observatório Astronómico de Paris foram o seu filho Jacques, seu neto César François e seu bisneto Jean Dominique.
A sonda espacial da missão Cassini-Huygens da NASA e da ESA chegou, em julho de 2004, a Saturno, para investigar o sistema de anéis do planeta.

sexta-feira, setembro 13, 2013

Vítor Damas partiu há 10 anos...

(imagem daqui)

Vítor Manuel Afonso Damas de Oliveira (Lisboa, 8 de outubro de 1947 - Lisboa, 13 de setembro de 2003) foi um jogador de futebol português. Morreu com somente 55 anos, vítima de cancro.

Vítor Damas foi um dos melhores guarda-redes portugueses de sempre. Entre 1966/67 e 1974/75 representou o Sporting, clube do qual era adepto confesso. Transferiu-se depois para a equipa espanhola do Racing de Santander, onde jogou entre 1975/76 e 1979/80, tendo sido por uma vez considerado o melhor estrangeiro a jogar em Espanha. Voltou a Portugal para jogar pelo Vitória de Guimarães, entre 1980/81 e 1982/83, e no Portimonense, em 1983/84. Regressou ao seu clube do coração, o Sporting, entre 1984/85 e 1988/89, onde naturalmente terminou a sua carreira.
Damas jogou 29 vezes pela equipa nacional, tendo-se estreado a 6 de abril de 1969 e fazendo o último jogo pela selecção em 11 de julho de 1986, tendo a sua carreira na selecção comprometida pelos anos passados em Espanha. Foi reservista durante o Campeonato da Europa de 1984 e jogou no Campeonato do Mundo de 1986, substituindo Manuel Bento, quanto este fraturou uma perna.



(imagem daqui)

NOTA: uma das balizas do atual Estádio Alvalade XXI chama-se, naturalmente, Vítor Damas. Este jogador divide, com Azevedo e Carvalho, o lugar de melhor guarda-redes de sempre de Portugal e foi o 2º mais utilizado de sempre, a seguir a Hilário, na equipa principal do Sporting. Foi o guarda-redes de Sporting no derby mais desnivelado de sempre - o 7 a 1 ao Benfica no antigo Estádio José de Alvalade: - ver AQUI.


Saudades de Natália

A Arte de Ser Amada

Eu sou líquida mas recolhida
no íntimo estanho de uma jarra
e em tua boca um clavicórdio
quer recordar-me que sou ária

aérea vária porém sentada
perfil que os flamingos voaram.
Pelos canteiros eu conto os gerânios
de uns tantos anos que nos separam.

Teu amor de planta submarina
procura um húmido lugar.
Sabiamente preencho a piscina
que te dê o hábito de afogar.

Do que não viste a minha idade
te inquieta como a ciência
do mundo ser muito velho
três vezes por mim rodeado
sem saber da tua existência.

Pensas-me a ilha e me sitias
de violinos por todos os lados
e em tua pele o que eu respiro
é um ar de frutos sossegados.

Natália Correia, in "O Vinho e a Lira"

Há 20 anos os acordos de Oslo troxeram esperança ao Mundo

Os acordos de Oslo foram uma série de acordos na cidade de Oslo na Noruega entre o governo de Israel e o Presidente da OLP, Yasser Arafat mediados pelo presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton. Assinaram acordos que se comprometiam a unir esforços para a realização da paz entre os dois povos. Estes acordos previam o término dos conflitos, a abertura das negociações sobre os territórios ocupados, a retirada de Israel do sul do Líbano e a questão do status de Jerusalém.

Natália Correia nasceu há 90 anos




Queixa das almas jovens censuradas

Dão-nos um lírio e um canivete
E uma alma para ir à escola
E um letreiro que promete
Raízes, hastes e corola.

Dão-nos um mapa imaginário
Que tem a forma duma cidade
Mais um relógio e um calendário
Onde não vem a nossa idade.

Dão-nos a honra de manequim
Para dar corda à nossa ausência.
Dão-nos o prémio de ser assim
Sem pecado e sem inocência.

Dão-nos um barco e um chapéu
Para tirarmos o retrato.
Dão-nos bilhetes para o céu
Levado à cena num teatro.

Penteiam-nos os crânios ermos
Com as cabeleiras dos avós
Para jamais nos parecermos
Connosco quando estamos sós.

Dão-nos um bolo que é a história
Da nossa história sem enredo
E não nos soa na memória
Outra palavra para o medo.

Temos fantasmas tão educados
Que adormecemos no seu ombro
Sonos vazios, despovoados
De personagens do assombro.

Dão-nos a capa do evangelho
E um pacote de tabaco.
Dão-nos um pente e um espelho
Para pentearmos um macaco.

Dão-nos um cravo preso à cabeça
E uma cabeça presa à cintura
Para que o corpo não pareça
A forma da alma que o procura.

Dão-nos um esquife feito de ferro
Com embutidos de diamante
Para organizar já o enterro
Do nosso corpo mais adiante.

Dão-nos um nome e um jornal,
Um avião e um violino.
Mas não nos dão o animal
Que espeta os cornos no destino.

Dão-nos marujos de papelão
Com carimbo no passaporte.
Por isso a nossa dimensão
Não é a vida. Nem é a morte.



Natália Correia

Alexandre Herculano morreu há 136 anos

Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo (Lisboa, 28 de março de 1810 - Quinta de Vale de Lobos, Azoia de Baixo, Santarém, 13 de setembro de 1877) foi um escritor, historiador, jornalista e poeta português da era do romantismo.


A GRAÇA


Que harmonia suave
É esta, que na mente
Eu sinto murmurar,
Ora profunda e grave,
Ora meiga e cadente,
Ora que faz chorar?
Porque da morte a sombra,
Que para mim em tudo
Negra se reproduz,
Se aclara, e desassombra
Seu gesto carrancudo,
Banhada em branda luz?
Porque no coração
Não sinto pesar tanto
O férreo pé da dor,
E o hino da oração,
Em vez de irado canto,
Me pede íntimo ardor?

És tu, meu anjo, cuja voz divina
Vem consolar a solidão do enfermo,
E a contemplar com placidez o ensina
De curta vida o derradeiro termo?

Oh, sim!, és tu, que na infantil idade,.
Da aurora à frouxa luz,
Me dizias: «Acorda, inocentinho,
Faz o sinal da Cruz.»
És tu, que eu via em sonhos, nesses anos
De inda puro sonhar,
Em nuvem d'ouro e púrpura descendo
Coas roupas a alvejar.
És tu, és tu!, que ao pôr do Sol, na veiga,
Junto ao bosque fremente,
Me contavas mistérios, harmonias
Dos Céus, do mar dormente.
És tu, és tu!, que, lá, nesta alma absorta
Modulavas o canto,
Que de noite, ao luar, sozinho erguia
Ao Deus três vezes santo.
És tu, que eu esqueci na idade ardente
Das paixões juvenis,
E que voltas a mim, sincero amigo,
Quando sou infeliz.
Sinta a tua voz de novo,
Que me revoca a Deus:
Inspira-me a esperança,
Que te seguiu dos Céus!...

Há 90 anos Primo de Rivera tornou-se ditador de Espanha

A Ditadura de Primo de Rivera foi o regime político que governou a Espanha desde o golpe de Estado do capitão-general da Catalunha, Miguel Primo de Rivera, a 13 de setembro de 1923, até à sua demissão a 28 de janeiro em 1930, e substituição pela chamada Dictablanda do general Dámaso Berenguer.
Apesar dos seus esforços de regeneração e o progresso da economia e as infra-estruturas, a Ditadura foi capaz de estabilizar a situação política durante um longo período, mas no final da Ditadura ocorreu uma crise política que desprestigiou o rei Afonso XIII e preparou o caminho para a II República.

O primeiro Rei da dinastia filipina morreu há 415 anos

D. Filipe II de Espanha (Valladolid, 21 de maio de 1527 - El Escorial, 13 de setembro de 1598) foi rei de Espanha, a partir de 1556, e rei de Portugal, como D. Filipe I, a partir de 1580. Foi o primeiro líder mundial a estender seus domínios sobre uma área directa "onde o sol jamais se punha", superando portanto Ghengis Khan, até então o homem mais poderoso de todos os tempos. Os extremos do seu império foram denominados em sua homenagem desde o extremo leste das Américas ao sudeste insular asiático (Filipinas); do Atlântico Centro-Ocidental ao Pacífico Centro-Ocidental passando por todas as longitudes do oceano Índico.

quinta-feira, setembro 12, 2013

Há 70 anos, Mussolini foi libertado da prisão pelos nazis

Bundesarchiv Bild 101I-567-1503A-07, Gran Sasso, Mussolini mit deutschen Fallschirmjägern.jpg

 Mussolini sendo resgatado pelos pára-quedistas alemães

Operação Carvalho (em alemão Unternehmen Eiche, em italiano Operazione Quercia) foi o nome de código da operação militar para resgate do ditador italiano Benito Mussolini por pára-quedistas alemães, em 12 de setembro de 1943, durante a Segunda Guerra Mundial. A ação foi ordenada pessoalmente por Adolf Hitler, planeada pelo major Mors Harald, aprovada pelo general Kurt Student e comandada pelo SS-Obersturmbannführer (tenente-coronel) Otto Skorzeny.

Em 25 de julho de 1943, algumas semanas após a invasão Aliada da Sicília e o bombardeamento de Roma, o Grande Conselho Fascista italiano votou pela deposição de Mussolini e a sua substituição pelo marechal Pietro Badoglio. Mussolini foi preso por ordens do rei Vitor Emanuel.
Depois da sua prisão, ele foi conduzido e detido em vários lugares da Itália pelos seus captores. Por ordens de Hitler, que queria uma missão de resgate, e escolhido pessoalmente pelo Führer e por Ernst Kaltenbrunner, Otto Skorzeny passou a rastreá-lo. Interceptando uma mensagem italiana em código, Skorzeny conseguiu identificar o local de sua última detenção como o Hotel Campo Imperatore, numa estação de esqui nos Alpes, no maciço de Gran Sasso, bem no interior dos Apeninos.
Comandada no solo pelo tenente Conde Otto von Berlepsch, os alemães pousaram seus dez planadores DFS 230 nas montanhas próximas ao hotel e dominaram os guardas sem que um único tiro fosse disparado. Os carabinieri italianos de guarda receberam ordens de não dispararem de um general italiano, Fernando Soleti, que os alemães haviam trazido consigo. Skorzeny atacou os operadores de rádio e cumprimentou Mussolini com a frase "Duce, o Führer mandou-me aqui para libertá-lo" ao que o ditador respondeu "Eu sabia que o meu amigo não me ia abandonar!".
O Duce foi embarcado num pequeno monomotor Fieseler Fi 156 Storch STOL, com Skorzeny, e levado para Viena, na Áustria, onde foi instalado no Hotel Imperial e teve uma recepção de herói.
O sucesso da operação proporcionou aos nazis uma rara oportunidade de relações públicas e propaganda positiva naquela altura da guerra, especialmente para Hermann Goering, o comandante da Luftwaffe. Otto Skorzeny recebeu pessoalmente uma grande parte da publicidade, foi promovido a Sturmbannführer (coronel), e condecorado com a Cruz de Cavaleiro da Cruz de Ferro. A sua fama a partir daí deu-lhe, na imprensa nazi, também o título de "O homem mais perigoso da Europa" e de "herói de guerra ariano".
Benito Mussolini criou o governo de um estado-fantochefascista na região da Itália ocupada pelos nazis, a República Social Italiana, que durou até sua captura e morte, em abril de 1945.

Barry White nasceu há 69 anos

Barrence Eugene Carter, mais conhecido como Barry White (Galveston, 12 de setembro de 1944 - Los Angeles, 4 de julho de 2003) foi um cantor e produtor musical norte-americano. Compositor de inúmeros sucessos em estilo soul e disco e de baladas românticas, e um intérprete com voz profunda e grave.


Roger Moreira, dos Ultraje a Rigor, faz hoje 57 anos

Roger Rocha Moreira (São Paulo, 12 de setembro de 1956) é um músico paulistano idealizador, compositor, guitarrista e vocalista da banda de rock brasileira Ultraje a Rigor.

Vida
Cursou o primeiro grau (primário e ginásio) no Liceu Pasteur e o segundo grau (colegial) no Colégio Objetivo. Cursou até o terceiro ano de Arquitetura na Universidade Mackenzie. É formado em inglês pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Fez o Conservatório Dramático e Musical, o Conservatório Musical Brooklin Paulista, o Clam e a Fundação das Artes de São Caetano do Sul. Morou em San Francisco, no estado da Califórnia, por um ano e meio, entre 1979 e 1980. Toca guitarra e flauta. Em uma entrevista concedida em 2007, à Rede Canção Nova, Roger afirma que aprendeu a ler sozinho, aos três anos de idade, era um bom aluno e que, apesar do QI alto, os colegas o excluíam do convívio. Entretanto, ele afirma que ser considerado um super-dotado não mudou a sua personalidade, muito menos fez com que ele se tornasse uma pessoa amarga. Além disso, os testes vocacionais feitos por ele na juventude lhe indicavam o caminho da música. Entretanto, para agradar os pais, ele iniciou a faculdade de arquitetura.
Trabalhou como professor de inglês antes do estrelato. Não viaja de avião, pois tem muito medo. Para isto, ele recorre do auxílio do autocarro para deslocar-se para diferentes partes do país. Conhecido como torcedor fanático do São Paulo Futebol Clube, Roger faz questão de tocar em alguns shows o hino da sua equipa favorita em versão rock'n'roll. Na música Pelado, durante a apresentação do Acústico MTV 2005, ele insere entre os refrões a expressão entusiasmada: "Tricolor!". Notável pelos sucessivos testes de QI, cujos resultados foram elevados, Roger é membro da Mensa International. Um dos testes de QI deu o resultado 172. Em 1999, Roger recebeu um convite para posar nu para a revista G Magazine. A esse respeito, Roger afirma que nunca teve nada contra o nudismo. Atualmente trabalha com os Ultraje a Rigor no programa Agora é Tarde, apresentado por Danilo Gentili, na TV Bandeirantes. A respeito, Roger não considera que a banda seja um mero apoio, como ocorre com o Programa do Jô, mas sim uma colaboradora das vinhetas e ideias apresentadas do programa de Danilo Gentili.

Música
Considerado como um dos líderes da banda Ultraje a Rigor, as letras de Roger são caracterizadas por letras inteligentes, com uma roupagem cómica e animada. A banda lança reflexões, de forma subtil e crítica, sobre a realidade social brasileira. A incapacidade de a sociedade compreender as próprias mazelas morais está característica nas músicas "Inútil" (1984), conhecida por sua licença poética "a gente somos inútil", "Pelado" (1987), entre outros. Em 2009, Roger gravou um dueto em uma música (Ô Tio) no CD da cantora e pequena apresentadora, Maisa, e, em fevereiro de 2011, a música foi lançada como o sexto single do álbum da garota. Em 2012, o Ultraje a Rigor e a banda de rock Raimundos lançaram o álbum O Embate do Século: Ultraje a Rigor vs. Raimundos. Antes de ser lançado oficialmente pela gravadora, o trabalho dos dois grupos tornou-se o mais vendido na iTunes Store.


O tratado de Alcanizes foi assinado há 716 anos

 (imagem daqui)

O tratado de Alcanizes (em língua castelhana, Alcañices) foi assinado entre os soberanos de Leão e Castela, Fernando IV (1295-1312), e de Portugal, D. Dinis (1279-1325), a 12 de setembro de 1297, na povoação leonesa-castelhana de Alcanizes.
Por ele se restabelecia a paz, fixando-se os limites fronteiriços entre os dois reinos. Em troca de direitos portugueses nos termos raianos de Aroche e de Aracena, passavam para a posse definitiva de Portugal:
E em troca de direitos portugueses nos domínios de Aiamonte, Esparregal, Ferreira de Alcantara e Valença de Alcantara, e outros lugares nos 'Reinos de Leão e de Galiza', era reconhecida a posse portuguesa das chamadas terras de Riba-Côa, que compreendiam as seguintes povoações e respectivos castelos:
Uma versão do tratado, cujo exemplar em castelhano hoje encontra-se depositado no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, está transcrita por Rui de Pina na Crónica de El-Rei D. Dinis. No século XIX, o original foi publicado pelo Visconde de Santarém (1846).
Embora na fórmula de encerramento seja informada a datação como Era de mil trezentos trinta e cinco annos, recorde-se que a referida é a da Era de César, vigente à época daqueles soberanos, equivalente a 1297 no atual calendário gregoriano.

D. Afonso VI morreu há 330 anos

D. Afonso VI de Portugal (Lisboa, 21 de agosto de 1643  - Sintra, 12 de setembro de 1683) foi o 2.º Rei de Portugal da Dinastia de Bragança.

(...)

Em 1652 falhou o casamento com a filha do príncipe de Parma, o mesmo sucedendo pouco depois com Mademoiselle de Montpensier, e tampouco resultou o plano de o casar com a filha do duque de Orléans, origem de uma missão de D. Francisco Manuel de Melo. Afinal o marquês de Sande, D. Francisco de Melo e Torres, assinou em Paris a 24 de fevereiro de 1666 o contrato matrimonial com D. Maria Francisca Isabel de Saboia, Mademoiselle d'Aumale. O casamento celebrou-se por procuração em La Rochelle em 27 de junho e a nova Rainha chegou a Lisboa a 2 de agosto. D. Maria Francisca alimentou esperanças de gravidez, em que pese a corrente favorável ao infante D. Pedro (o duque de Cadaval, o embaixador francês e outros) dizer depois que o casamento não se consumara.
Pelos autos sabe-se que de facto, apenas dois dias após ter conhecido o noivo, a rainha já havia desabafado ao seu confessor, o jesuíta Francisco de Vila: "Meu padre, parece-me que não terá Portugal sucessores deste Rei." Nos meses que se seguiram, ainda em confissão, continuou a queixar-se ao religioso que o Rei era "inábil e impotente", a rainha acabou por recolher-se ao Convento de Nossa Senhora da Esperança em Lisboa, e a entrar, no dia seguinte, com um pedido de anulação do matrimónio no Cabido de Lisboa, designando como seu procurador no processo, o duque de Cadaval. Deixou ao Rei uma carta onde se justificava: "Apartei-me da companhia de Sua Majestade, que Deus guarde, por não haver tido efeito o matrimónio em que nos concertámos (...)". Desse modo, de 9 de janeiro a 23 de fevereiro de 1668, nas tardes de segundas, quartas e sábados, 55 testemunhas foram chamadas ao paço do Arcebispo de Lisboa para depor, em audiências públicas, sobre a incapacidade sexual do monarca.
O processo foi julgado por três autoridades eclesiásticas e um júri com quatro desembargadores e quatro cónegos. Entre as primeiras testemunhas, encontravam-se 14 mulheres com quem o Rei havia tentado envolver-se. Não compareceram quaisquer testemunhas a favor do Rei.
De acordo com o historiador português Joaquim Veríssimo Serrão "o processo constitui uma página lamentável de nossa história", mas mesmo que a tese da não consumação possa suscitar reservas, o processo contém matéria abundante para provar a incapacidade do monarca em assegurar a sucessão do Reino.
Não resiste à menor crítica, segundo o mesmo historiador, a versão posta a correr de os dois cunhados terem amores incestuosos. Antes da anulação ser declarada, já as Cortes de 1668 tinham sentido o grave problema e sugerido ao infante o casamento com a Rainha, "para quietação do Reino e segurança de sua real sucessão". Efetuaram-se diligências em Roma para a necessária dispensa, no impedimento publicae honestatis que pudesse haver entre os nubentes, tendo a bula de autorização chegado a Lisboa a 27 de março.

Instalado na ilha Terceira, ali permaneceu ao longo de cinco anos. Viveu caprichoso, em turbulência constante e com grande violência física, nem mesmo poupava os criados. Em fins de 1673 descobriu-se em Lisboa uma conspiração para favorecer seu regresso. Diversos conspiradores foram mesmo enforcados no Rossio. O Rei, mandado vir, chegou a Lisboa em 14 de setembro de 1674, sendo conduzido ao Palácio de Sintra. Durante nove anos viveu ali, fechado em seus aposentos, com servidores da inteira confiança do duque de Cadaval. No início de 1683 foi sangrado, tomou purgas, em 30 de maio teve «agastamentos, com dores», na manhã de 12 de setembro teve um acidente apoplético e ficou sem fala, morrendo logo. Montalvão Machado, em «Causas de Morte dos Reis Portugueses», Lisboa, 1974, diz que o rei morreu de tuberculose pulmonar, como outros filhos de D. João IV e D. Luísa.
Jaz juntamente com seu irmão D. Pedro II e D. Maria Francisca no Panteão dos Braganças em Lisboa.