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sábado, setembro 14, 2024

Músicas de aniversariante de hoje...!

 


Morten Harket, o vocalista dos A-Ha, faz hoje 65 anos

       
Morten Harket (Kongsberg, 14 de setembro de 1959) é o ex-vocalista da banda norueguesa A-Ha. É uma das maiores vozes dos últimos tempos e fez grande sucesso com os A-Ha. Foi eleito a melhor voz do ano de 1986.
      

 


sexta-feira, setembro 06, 2024

Paul Waaktaar-Savoy, dos A-ha, faz hoje 63 anos

  
Paul Waaktaar-Savoy, nascido Pål Waaktaar Gamst (Magnelrud, Oslo, 6 de setembro de 1961) é um guitarrista norueguês. É um dos componentes da banda A-ha. Mudou o seu apelido após o casamento, em 1994.
É um artista que, ao longo da sua carreira, ocupou vários cargos: como membro dos A-ha (como é mais conhecido) destacou-se na composição e tocando viola, na banda Bridges interpreta o papel de guitarrista, vocalista e compositor, no grupo Savoy (a sua própria banda) é o esteio da formação, no qual é o vocalista, guitarrista, compositor, programador e ainda lida com os teclados e percussão (sem bateria). 

Em paralelo com os a-ha, Paul Waaktaar-Savoy mantém, com a sua esposa Lauren Savoy e o baterista Frode Unneland, a banda Savoy. Paul e a banda Savoy residem alternadamente em Nova York e Oslo.

  • Mary is coming (1996)
  • Lackluster me (1997)
  • Mountains of time (1999)
  • Reasons to stay indoors (2001)
  • Savoy (2004)
  • Savoy Songbook Vol 1 (2007)

Em 2011, Paul juntou-se ao músico americano Jimmy Gnecco do grupo Ours e lançaram a música “Weathervane“, faixa-título do filme norueguês Hodejegerne.

 
     

 


quarta-feira, setembro 04, 2024

Edvard Grieg morreu há 117 anos...

   

Edvard Hagerup Grieg (Bergen, 15 de junho de 1843 - Bergen, 4 de setembro de 1907) é o mais célebre compositor norueguês, um dos mais célebres do período romântico e do mundo. As suas peças mais conhecidas são a suite sinfónica Holberg, o concerto para piano e a suíte Peer Gynt.
    
Como outros grandes compositores, Edvard Grieg demonstrara desde muito novo um excecional talento musical. Começou a sua aprendizagem com a mãe, sobretudo no piano, aos seis anos de idade. Na adolescência, foi influenciado por Mozart, Weber e Chopin. A suas primeiras composições datam de 1857.
O célebre violinista norueguês Ole Bull apercebeu-se dos dotes do jovem Edvard e este foi enviado para o conservatório de Leipzig. Aí teve uma rica e proveitosa experiência no meio musical. Trabalhava com importantes músicos como Carl Reinecke, Louis Plaidy, Ernst Ferdinand Wenzel e Ignaz Moscheles e ouvia música como a interpretação de Clara Schumann do concerto para piano de seu marido, Robert Schumann.
Porém, Edvard Grieg sentia-se insatisfeito com o que aprendera. Em 1863 parte para Copenhaga, para estudar com o maior representante da música escandinava, o compositor Niels Gade, continuando ainda assim a duvidar do que aprendera. Em 1864, após conhecer o nacionalista norueguês Rikard Nordraak, compositor do atual hino nacional da Noruega, seguiu uma nova corrente estilística, de inspiração folclórica. As fontes folclóricas norueguesas passaram a ser parte essencial de sua obra, tornando-se Grieg um dos grandes expoentes da música nacionalista, sempre lutando contra o domínio da música alemã, cujos principais representantes eram Robert Schumann e Félix Mendelssohn.
Como compositor reconhecido, Grieg promoveu a música norueguesa através de concertos e aulas. Em 1865 compõe a primeira sonata para piano e as célebres Peças Líricas entre muitas outras obras. Tornou-se regente da Harmoniske Seleskab e foi um dos fundadores da Christiania Musikforening (1871). Tanto a qualidade como a quantidade de obras que compõe levam-no a uma posição de destaque no contexto musical. Grieg acabaria por se tornar no mais forte expoente da cultura musical escandinava. Em 1906, quando esteve em Londres, quis conhecer o pianista e compositor australiano Percy Grainger. Grainger era um grande admirador de Grieg e uma enorme empatia estabeleceu-se entre ambos os músicos.
Pioneiro na utilização impressionista da harmonia e da sonoridade ao piano, recebeu apoio de Franz Liszt, seu grande amigo e incentivador. Falece na sua cidade natal, Bergen, a 4 de setembro de 1907, por causa de uma doença pulmonar que o acompanhou desde a juventude.
    

 


sábado, agosto 03, 2024

Haakon VII, o primeiro rei do moderno estado da Noruega, nasceu há 152 anos

  
Haakon VII (Charlottenlund, 3 de agosto de 1872Oslo, 21 de setembro de 1957), nascido como príncipe Carlos da Dinamarca, foi o Rei da Noruega desde a sua eleição, em 1905, até à sua morte, sendo o primeiro monarca após a dissolução da união pessoal com a Suécia. Ele era membro da Casa de Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg. Como um dos poucos monarcas eleitos, Haakon rapidamente ganhou o respeito e afeição do povo e teve papel importante ao unir os noruegueses em resistência a invasão nazi e a subsequente ocupação de cinco anos na Segunda Guerra Mundial.
  
     
Na Noruega, é considerado como um dos maiores noruegueses do século XX, particularmente reverenciado pela sua coragem durante a invasão alemã, ameaçando abdicar caso o governo cooperasse com os invasores, e pela sua liderança e preservação da unidade do país durante o conflito. Viveu até aos 85 anos, reinando 52 anos e sendo sucedido pelo filho Olavo V.
 

segunda-feira, julho 22, 2024

Hoje é dia de recordar um maluco perigoso e as suas asneiras...

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Fjotolf Hansen (Oslo, 13 February 1979), better known by his birth name Anders Behring Breivik and by his pseudonym Andrew Berwick, is a Norwegian far-right domestic terrorist, known for committing the 2011 Norway attacks on 22 July 2011. On that day, he killed eight people by detonating a van bomb at Regjeringskvartalet in Oslo, then killed 69 participants of a Workers' Youth League (AUF) summer camp in a mass shooting on the island of Utøya.

Breivik's trial was held in 2012. After being found psychologically competent to stand trial, in July 2012, he was found guilty of mass murder, causing a fatal explosion, and terrorism. Breivik was sentenced to the maximum civilian criminal penalty in Norway, which is 21 years imprisonment in addition to preventive detention, which is the possibility of one or more extensions for as long as he is deemed a danger to society. Breivik must serve at least ten years imprisonment. Breivik announced that he did not recognize the legitimacy of the court and therefore did not accept its decision—he decided not to appeal, saying this would legitimize the authority of the Oslo District Court.

At the age of 16, he was arrested for spraying graffiti on walls. He was not chosen for conscription into the Norwegian Armed Forces. At the age of 20, he joined the anti-immigration Progress Party, and chaired the local Vest Oslo branch of the party's youth organization in 2002. He joined a gun club in 2005. He left the Progress Party in 2006. A company he founded was later declared bankrupt. He had no declared income in 2009 and his assets were 390,000 kroner (equivalent to $72,063), according to Norwegian tax authority figures. He financed the terror attacks with a total of €130,000; nine credit cards gave him access to credit.

On the day of the attacks, Breivik emailed a compendium of texts entitled 2083: A European Declaration of Independence, describing his militant ideology. In them, he stated his opposition to Islam and blamed feminism for a European "cultural suicide." The text called for the deportation of all Muslims from Europe and Breivik wrote that his main motive for the attacks was to publicize his manifesto.

Two teams of court-appointed forensic psychiatrists examined Breivik before his trial. The first team diagnosed Breivik with paranoid schizophrenia, but after this initial finding was criticized, a second evaluation concluded that he was not psychotic during the attacks but did have narcissistic personality disorder and antisocial personality disorder.

In 2016, Breivik sued the Norwegian Correctional Service, claiming that his solitary confinement violated his human rights. The justice system concluded that his rights had not been violated, despite a lower court ruling in 2016. In 2017 Breivik filed a complaint with the European Court of Human Rights, which dismissed his case in 2018.

In January 2022, due to the fact that under Norwegian law Breivik was eligible to be paroled after he had served ten years of his twenty-one year sentence, he stood trial to determine whether the District Attorney's initial decision to refuse parole would be reversed or upheld. He lost, with the court refusing his request for parole. The verdict is being appealed, and Breivik and his lawyer are working on a lawsuit regarding the conditions of his imprisonment, and violations of the European Convention on Human Rights.

Since his imprisonment, Breivik has identified himself as a fascist and a nazi, who practices Odinism.
    

 

Edifício governamental danificado pela explosão
     
Os atentados de 22 de julho de 2011 na Noruega consistiram numa explosão na zona de edifícios governamentais da capital, Oslo, e num tiroteio ocorrido poucas horas depois, na ilha de Utøya (no lago Tyrifjorden, Buskerud). Os atentados, perpetrados por um ativista de extrema-direita e fundamentalista cristão, resultaram em pelo menos 76 mortos (68 em Utoya e 8 em Oslo).
  
Local da explosão - vermelho: prédio do governo; azul: ministério do Petróleo e laranja: localização provável da bomba
    
Oslo
Às 15.20 horas CET (13.20 UTC), houve uma grande explosão junto dos prédios onde se situa o gabinete do primeiro-ministro da Noruega Jens Stoltenberg, danificando vários edifícios e provocando oito mortos e numerosos feridos. Na zona fica também a sede do Ministério do Petróleo e Energia, que foi o edifício mais danificado. Segundo os meios de comunicação locais, o edifício do governo atingido ficou praticamente destruído e a zona "assemelha-se a uma zona de guerra", pelos danos causados. De acordo com as declarações da polícia, o atentado foi perpetrado mediante um carro-bomba e pode ter consistido em uma ou mais explosões que atingiram os edifícios, deixando o edifício do gabinete do primeiro-ministro em chamas e os seus dezassete pisos com graves danos. Para uma melhor ação das equipas de emergência, a polícia vedou o acesso à área e evacuou a totalidade do resto dos edifícios governamentais.
Meios de comunicação noruegueses asseguraram que "literalmente" se sentiu um movimento no solo com a explosão. Testemunhos no local asseguraram que poderá ter sido causada por um carro-bomba. Além disso, o estrondo da explosão e a onda de choque foram sentidos a muitos quilómetros em redor.
  
Utøya fica no lago Tyrifjorden, a nordeste de Nes
      
Utøya
Poucas horas depois, na ilha de Utøya, ao norte da capital, um homem armado abriu fogo contra os participantes de um acampamento de jovens («universidade de verão»), organizado pela juventude do Arbeiderpartiet (Partido Trabalhista Norueguês), que estava então no governo do país. Entre 400 e 600 pessoas participavam do evento e pelo menos 68 foram mortas no atentado. O atirador, vestido com um uniforme de polícia, justificou a sua entrada no campo como «verificação de rotina após o atentado em Oslo» e começou a disparar contra os jovens. Estava prevista uma visita do primeiro-ministro Jens Stoltenberg ao acampamento. 
 
(imagem daqui)
 
    
Autoria
O cidadão norueguês Anders Behring Breivik (Oslo, 13 de fevereiro de 1979), foi descrito inicialmente como um fundamentalista cristão, embora tal definição seja contestada (não no que concerne ao "cristão"). Muitos mantém a definição de Breivik como um fundamentalista cristão. O ativista, ligado à extrema-direita europeia, filiado numa loja maçónica de Oslo, neoconservador e defensor do Estado de Israel, foi o autor confesso dos atentados. Foi acusado de ter entrado, disfarçado de agente da polícia, no acampamento de jovens do Partido Trabalhista (Arbeiderpartiet), na ilha de Utøya, abrindo fogo contra os presentes e matando pelo menos 68 deles. Também se lhe atribui a autoria do atentado usando bombas em combinação, ocorrido cerca de duas horas antes, em Oslo. Behring foi preso em Utøya, ficando sob custódia da polícia.
De acordo com o chefe da polícia de Oslo, Breivik era dono de uma empresa agrícola. Estava inscrito no registo estadual com duas armas - uma automática e uma pistola do tipo Glock. Em maio de 2009, inscreveu a sua empresa agrícola (uma quinta no leste do país) no registo de comércio com o nome de "Breivik Geofarm". Segundo a polícia, isso permitiu que comprasse grandes quantidades de fertilizantes, que podem ser usados na fabricação de explosivos, sem levantar suspeitas.
De 1999 a 2006, Anders Behring Breivik foi membro do Fremskrittspartiet (Partido do Progresso), de direita, populista, que defende maiores restrições à imigração. Entre 1997 e 2007, Breivik participou ativamente na juventude do partido (Framstegspartiet sin Ungdom, FpU), tendo servido em várias funções, inclusive a de presidente da secção local de Oslo-Oeste (de janeiro a outubro de 2002) da organização e a de diretor da mesma secção, entre outubro de 2002 e novembro de 2004. Apesar disso, o líder do Fremskrittspartiet, Siv Jensen, garante que Breivik já não militava no partido e "nunca foi muito ativo".
Retratado como neonazi pelos media, Anders na verdade auto-proclamava-se anti-nazi e defensor do Estado de Israel como bastião da Civilização Ocidental no Oriente Médio, ao mesmo tempo em que coloca a ideologia nazi, do marxismo cultural e do fundamentalismo islâmico num mesmo "pacote anti-Ocidente".
Segundo o chefe dos serviços de informação, Øystein Mæland, Anders Behring Breivik parecia situar-se na extrema-direita política e seria um "fundamentalista cristão". Breivik manifestou-se em blogs, atacando o multiculturalismo e o Islão. "Quando o multiculturalismo deixará de ser uma ideologia criada para destruir a cultura europeia, as tradições e a identidade do Estado-nação?", escreveu ele em comentário postado no dia 2 de fevereiro de 2010, num site de extrema-direita (www.documento.no). Um jornalista do diário DagBladet definiu Breivik como "islamofóbico, pró-Israel, anti-imigração, hipernacionalista e relativamente intelectual, que cresceu na zona oeste de Oslo, a parte rica e burguesa". Na sua suposta página no Facebook, dizia que é solteiro, cristão (mas contra a política do Vaticano), conservador, interessado em fisiculturismo, francomaçonaria e caça. Devido ao crime, as contas de Anders B. Breivik no Facebook e no Twitter foram bloqueadas pela polícia.
     
 
in Wikipédia

 

quinta-feira, julho 18, 2024

Roald Amundsen morreu há 96 anos...

     
Roald Engelbregt Gravning Amundsen (Borge, 16 de julho de 1872  - Ártico, perto da Ilha do Urso, 18 de junho de 1928) foi um explorador norueguês das regiões polares.
Atravessou a passagem Noroeste que liga os oceanos Atlântico ao Pacífico, na região norte do Canadá em 1905. Liderou a primeira expedição a atingir o Polo Sul em 1911-1912 utilizando trenós puxado por cães.
Foi o primeiro explorador a sobrevoar o Polo Norte no dirigível Norge em 1926. Ele foi a primeira pessoa a chegar a ambos os Polos, Norte e Sul.
Amundsen nasceu numa família de proprietários de navio e capitães. Inspirado na leitura das aventuras do explorador inglês John Franklin (1786-1847), que provou a existência da Passagem Noroeste ele se decidiu por uma vida de exploração no desconhecido. Com 16 anos Amundsen estudava as regiões polares, tendo como referência a travessia da Gronelândia por Fridtjof Nansen.
    
(...)
    
Roald Amundsen morreu em 18 de junho de 1928 num acidente com o seu hidroavião Latham 47, no Oceano Ártico. O voo tinha o objetivo de procurar pelo explorador e aviador italiano Umberto Nobile, cujo dirigível Italia retornava do Polo Norte e caiu a nordeste do arquipélago Svalbard. Cinco países enviaram navios e aviões para os trabalhos de resgate dos sobreviventes do dirigível, que aguardavam socorro numa massa de gelo flutuante. Os tripulantes sobreviventes foram resgatados pelo navio quebra-gelo russo Krassin em 12 de julho, dezanove dias após a retirada de Umberto Nobile do local por um avião da Suécia. A busca por Amundsen e pelos seis desaparecidos do Italia continuou por todo o verão de 192, e nela participou Louise Boyd, exploradora e aviadora norte-americana. O hidroavião de Amundsen nunca foi encontrado. O corpo de Roald Amundsen permanece no Ártico. A Marinha Real da Noruega organizou expedições nos anos de 2004 e 2009 com o objetivo de localizar os restos do hidroavião.
Existe controvérsia quanto à conquista do Polo Norte por Frederick Cook e depois Robert Peary. Pesquisas e estudos recentes apontam Roald Amundsen e o seu companheiro de explorações, Oscar Wisting, como os primeiros a alcançar os dois polos da terra.
   

O arquétipo de traidor moderno nasceu há 137 anos - embora se vejam atualmente muitos quislings...

 
Vidkun Abraham Lauritz Jonssøn Quisling
(Fyresdal, 18 de julho de 1887Oslo, 24 de outubro de 1945) foi um oficial militar e político norueguês que chefiou, nominalmente, o governo da Noruega como Ministro-Presidente, depois do país ter sido ocupado pela Alemanha Nazi, durante a Segunda Guerra Mundial. Quisling havia chegado à proeminência internacional como colaborador do explorador Fridtjof Nansen, organizando uma ajuda humanitária na fome russa de 1921. Ele foi designado como diplomata norueguês na União Soviética, voltando para o seu país em 1929 e servindo como Ministro da Defesa de 1931 a 1933.
Quisling deixou o Partido dos Agricultores em 1933 e fundou o partido fascista União Nacional. Apesar de ter conseguido certa popularidade, pelos seus ataques contra a esquerda política, o seu partido nunca conseguiu ganhar assentos no parlamento norueguês e era apenas uma organização periférica, por volta de 1940. Quisling aproximou-se dos líderes do Partido nazi e tentou tomar o poder através de um golpe de estado, via rádio, em abril de 1940, enquanto a invasão da Noruega estava em andamento, porém falhou depois dos alemães se terem recusado a apoiar o seu governo.
Ele foi nomeado Ministro-Presidente em 1942, chefiando o estado norueguês, conjuntamente com o comissário alemão Josef Terboven. O seu governo fantoche pró-nazi colaborou com a Alemanha e participou na solução final. Quisling foi preso, julgado ao final da guerra em 1945 e considerado culpado de fraude, assassinato e alta traição, sendo executado, na Fortaleza de Akershus, em outubro do mesmo ano. A palavra "quisling" acabou por se tornar sinónimo de "traidor" ou "colaborador" em vários idiomas, com historiadores atribuindo a Quisling praticamente zero de legado político.

terça-feira, julho 16, 2024

Amundsen nasceu há 152 anos...

   
Roald Engelbregt Gravning Amundsen (Borge ,16 de julho de 1872 - Ártico, perto da Ilha do Urso, 18 de junho de 1928) foi um explorador norueguês das regiões polares.
Atravessou a passagem Noroeste que liga os oceanos Atlântico ao Pacífico, na região norte do Canadá em 1905. Liderou a primeira expedição a atingir o Polo Sul em 1911-1912 utilizando trenós puxado por cães.
Foi o primeiro explorador a sobrevoar o Polo Norte no dirigível Norge, em 1926. Foi a primeira pessoa a chegar a ambos os Polos, Norte e Sul.
Amundsen nasceu numa família de proprietários de navio e capitães. Inspirado na leitura das aventuras do explorador inglês John Franklin (1786-1847), que provou a existência da Passagem Noroeste, ele decidiu-se por ter uma vida de exploração do desconhecido. Com 16 anos Amundsen estudava as regiões polares, tendo como referência a travessia da Gronelândia por Fridtjof Nansen.
    
(...)
    
Roald Amundsen morreu em 18 de junho de 1928 num acidente com o seu hidroavião Latham 47, no Oceano Ártico. O voo tinha o objetivo de procurar pelo explorador e aviador italiano Umberto Nobile, cujo dirigível Italia retornava do Polo Norte e caiu a nordeste do arquipélago Svalbard. Cinco países enviaram navios e aviões para os trabalhos de resgate dos sobreviventes do dirigível, que aguardavam socorro em uma massa de gelo flutuante. Os tripulantes sobreviventes foram resgatados pelo navio quebra-gelo russo Krassin em 12 de julho, dezanove dias após a retirada de Umberto Nobile do local por um avião da Suécia. A busca por Amundsen e pelos seis desaparecidos do Italia continuou por todo o verão de 1928, e dela participou Louise Boyd exploradora e aviadora norte-americana. O hidroavião de Amundsen nunca foi encontrado. O corpo de Roald Amundsen permanece no Ártico. A Marinha Real da Noruega organizou expedições nos anos de 2004 e 2009 com o objetivo de localizar os restos do hidroavião.
Existe controvérsia quanto à conquista do Polo Norte por Frederick Cook e depois Robert Peary. Pesquisas e estudos recentes apontam Roald Amundsen e o seu companheiro de explorações Oscar Wisting, como os primeiros a alcançar os dois polos da terra.
    
(...)
   

Roald Amundsen é reconhecido e lembrado por seus feitos, tendo destaque:

      

terça-feira, junho 18, 2024

Roald Amundsen morreu há 96 anos...

   
Roald Engelbregt Gravning Amundsen (Borge, 16 de julho de 1872 - Ártico, perto da Ilha do Urso, 18 de junho de 1928) foi um explorador norueguês das regiões polares, que liderou a primeira expedição a atingir o Polo Sul, a 14 de dezembro de 1911, utilizando trenós puxados por cães.
Amundsen nasceu em uma família de proprietários de navio e capitães. Inspirado na leitura das aventuras do explorador inglês John Franklin, que provou a existência da passagem Noroeste, ele decidiu-se por uma vida de exploração do desconhecido. Com 16 anos Amundsen estudava as regiões polares, tendo como referência a travessia da Gronelândia por Fridtjof Nansen. Embora tivesse frequentado o curso de Medicina, Amundsen decidiu seguir uma vida ligada ao mar e à exploração. Em 1897, com 25 anos, fez parte da tripulação do Belgica, como primeiro oficial, na Expedição Antártica Belga, de Adrien de Gerlache. Anos mais tarde, em 1903, parte para uma expedição que iria atravessar a passagem Noroeste, que liga os oceanos Atlântico ao Pacífico, na região norte do Canadá, a bordo do Gjøa.
Depois de atingir o Polo Sul, em 1911, Amundsen desejava alcançar novas conquistas. De regresso dos Estados Unidos, onde esteve em digressão de conferências, interessou-se pelo mundo da aviação e, em 1914, obteve o seu certificado de voo, o primeiro atribuído a um civil na Noruega. Em 1918, parte para o Ártico, no veleiro Maud mas, depois de dois anos à deriva, não conseguiu chegar ao Polo Norte. Em 1925, organiza a primeira expedição aérea ao Ártico, chegando à latitude de 87º 44' N. Um ano depois, foi o primeiro explorador a sobrevoar o Polo Norte no dirigível Norge, e a primeira pessoa a chegar a ambos os Polos Norte e Sul.
Em junho de 1928, Roald Amundsen embarca num hidroavião, em Tromso, perto do cabo Norte, para efectuar as buscas do dirigível Itália que levava o aviador Umberto Nobile a bordo; foi a última vez que se teve notícias de Amundsen.
   
(...)
  
Roald Amundsen morreu a 18 de junho de 1928, num acidente com o seu hidroavião Latham 47, no oceano Ártico. O voo tinha como objetivo resgatar o explorador e aviador italiano Umberto Nobile, cujo dirigível Italia caiu a nordeste do arquipélago Svalbard ao regressar do Polo Norte. Cinco países enviaram navios e aviões para os trabalhos de resgate dos sobreviventes do dirigível, que aguardavam socorro numa massa de gelo flutuante. Os tripulantes sobreviventes foram resgatados pelo navio quebra-gelo russo Krassin a 12 de julho, dezanove dias após a retirada de Umberto Nobile do local por um avião da Suécia. A busca de Amundsen e dos seis desaparecidos do Italia continuou todo o verão de 1928, e nela participou Louise Boyd, exploradora e aviadora norte-americana. O hidroavião de Amundsen nunca foi encontrado e o corpo de Roald Amundsen permanece no Ártico até hoje. A Marinha Real da Noruega organizou expedições nos anos de 2004 e 2009 com o objetivo de localizar os restos do hidroavião.
Existe controvérsia quanto à conquista do Polo Norte por Frederick Cook e depois Robert Peary. Pesquisas e estudos recentes apontam Roald Amundsen e o seu companheiro de explorações Oscar Wisting, como os primeiros a alcançar os dois polos da terra.
   

sábado, junho 15, 2024

Edvard Grieg nasceu há cento e oitenta e um anos...

   
Edvard Hagerup Grieg (Bergen, 15 de junho de 1843 - Bergen, 4 de setembro de 1907) é o mais célebre compositor norueguês, um dos mais célebres do período romântico e do mundo. As suas peças mais conhecidas são a suite sinfónica Holberg, o concerto para piano e a suíte Peer Gynt.
Como outros grandes compositores, Edvard Grieg demonstrara desde muito novo um excecional talento musical. Começou a sua aprendizagem com a mãe, sobretudo no piano, aos seis anos de idade. Na adolescência, foi influenciado por Mozart, Weber e Chopin. A suas primeiras composições datam de 1857.
O célebre violinista norueguês Ole Bull apercebeu-se dos dotes do jovem Edvard e este foi enviado para o conservatório de Leipzig. Aí teve uma rica e proveitosa experiência no meio musical. Trabalhava com importantes músicos como Carl Reinecke, Louis Plaidy, Ernst Ferdinand Wenzel e Ignaz Moscheles e ouvia música como a interpretação de Clara Schumann do concerto para piano de seu marido, Robert Schumann.
Porém, Edvard Grieg sentia-se insatisfeito com o que aprendera. Em 1863 parte para Copenhaga, para estudar com o maior representante da música escandinava, o compositor Niels Gade, continuando ainda assim a duvidar do que aprendera. Em 1864, após conhecer o nacionalista norueguês Rikard Nordraak, compositor do atual hino nacional da Noruega, seguiu uma nova corrente estilística, de inspiração folclórica. As fontes folclóricas norueguesas passaram a ser parte essencial de sua obra, tornando-se Grieg um dos grandes expoentes da música nacionalista, sempre lutando contra o domínio da música alemã, cujos principais representantes eram Robert Schumann e Félix Mendelssohn.
Como compositor reconhecido, Grieg promoveu a música norueguesa através de concertos e aulas. Em 1865 compõe a primeira sonata para piano e as célebres Peças Líricas entre muitas outras obras. Tornou-se regente da Harmoniske Seleskab e foi um dos fundadores da Christiania Musikforening (1871). Tanto a qualidade como a quantidade de obras que compõe levam-no a uma posição de destaque no contexto musical. Grieg acabaria por se tornar no mais forte expoente da cultura musical escandinava. Em 1906, quando esteve em Londres, quis conhecer o pianista e compositor australiano Percy Grainger. Grainger era um grande admirador de Grieg e uma enorme empatia estabeleceu-se entre ambos os músicos.
Pioneiro na utilização impressionista da harmonia e da sonoridade ao piano, recebeu apoio de Franz Liszt, seu grande amigo e incentivador. Falece na sua cidade natal, Bergen, em 4 de setembro de 1907, por causa de uma doença pulmonar que o acompanhou desde a juventude.
 
    

 


sexta-feira, junho 07, 2024

A Noruega tornou-se independente há 119 anos

Postal comemorativo no qual se pode ler "Sim, nós amamos este país", atual hino nacional da Noruega
  
É conhecida como dissolução da união entre a Noruega e a Suécia, o processo político que, durante o ano de 1905, levou à separação definitiva entre os estados da Noruega e da Suécia, e, consequentemente, a transformação da Noruega num Estado absolutamente soberano. Este processo foi definido quando o Parlamento norueguês dissolveu a união, em 7 de junho de 1905, entre os dois países, sob a Casa de Bernadotte, após vários meses de tensão, bem como a existência de um fundado receio de possível confronto militar entre os dois países escandinavos vizinhos. Antes da dissolução parlamentar, negociações ocorreram entre os dois governos, o que levou a Suécia (o Estado que liderava os poderes soberanos dos dois países até ao momento, deixando assim a Noruega, em certa medida vista como um estado dependente) a reconhecer a Noruega como uma monarquia constitucional independente, que ocorreu em 26 de outubro do mesmo ano. Por essa declaração, nesse momento, o rei sueco Óscar II renuncia à sua pretensão ao trono norueguês, sob a união pessoal dos reinos unidos, dissolvendo efetivamente o Reino da Suécia e Noruega, que até então existia, desde 1814. O evento foi rapidamente seguido pela ascensão ao trono da Noruega, em 18 de novembro de 1905, do príncipe Carlos da Dinamarca, que tomou o nome de Haakon VII.

quinta-feira, maio 02, 2024

A pintura O Grito de Edvard Munch foi vendido por preço recorde há doze anos

      
O Grito (em norueguês Skrik) é uma série de quatro pinturas do norueguês Edvard Munch, a mais célebre das quais datada de 1893. A obra representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero existencial. O plano de fundo é a doca de Oslofjord (em Oslo) ao pôr-do-Sol. O Grito é considerado como uma das obras mais importantes do movimento expressionista e adquiriu um estatuto de ícone cultural, a par da Mona Lisa de Leonardo da Vinci.
  
(...)
  
Munch acabou por pintar quatro versões de O Grito, para substituir as cópias que ia vendendo. O original de 1893 (91 x 73,5 cm), numa técnica de óleo e pastel sobre cartão, encontra-se exposto na Galeria Nacional de Oslo. A segunda (83,5 x 66 cm), em têmpera sobre cartão, foi exibida no Museu Munch de Oslo até ao seu roubo em 2004. A terceira pertence ao mesmo museu e a quarta era propriedade de um particular, até ser arrematada num leilão da Sotheby's, em maio de 2012. Para responder ao interesse do público, Munch realizou também uma litografia (1900) que permitiu a impressão do quadro em revistas e jornais.
 
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Munch pintou ao longo de décadas quatro versões de "O Grito". Três delas estão em museus na Noruega, enquanto a quarta estava nas mãos de Petter Olsen, um empresário norueguês cujo pai foi amigo e patrono de Munch, tendo adquirido inúmeros quadros ao artista.
Nesta versão, de 1895, as cores são mais fortes do que nas outras três versões e é a única em que a moldura foi pintada pelo artista com o poema que descreve uma caminhada ao por do sol que inspirou a pintura. Outra particularidade única desta versão é que uma das figuras que está em segundo plano olha para baixo, para a cidade.
Em 2 de maio de 2012 foi vendido, pelo preço recorde de 119,9 milhões de dólares (cerca de 91 milhões de euros), tornando-se a obra mais cara de sempre em leilão, superando o quadro até então recordista, de Pablo Picasso, Nu, Folhas e Busto, que em maio de 2010, foi leiloado por 106,5 milhões de dólares (81 milhões de euros). A obra foi comprada pelo empresário norte americano Leon Black.
  

terça-feira, abril 09, 2024

A Alemanha nazi invadiu a Dinamarca e a Noruega, estados neutrais, há 84 anos...

    
A Operação Weserübung foi o assalto alemão sobre as nações neutrais da Dinamarca e Noruega durante a Segunda Guerra Mundial. Esse ataque provocou a Campanha da Noruega, que seria ganha pelos alemães. O nome da operação significa "Exercício no Weser", sendo este um rio alemão. Foi planeada pelo general alemão Nikolaus von Falkenhorst, a pedido de Hitler.
Às 04.15 horas da madrugada, na hora local, a "hora Weser", de 9 de abril de 1940, o "dia Weser", a Alemanha invadiu a Dinamarca e a Noruega, supostamente para protegê-las de um possível ataque da França e Inglaterra.
    

quarta-feira, março 20, 2024

Ibsen nasceu há 196 anos

  
Henrik Johan Ibsen (Skien, 20 de março de 1828 - Cristiânia, 23 de maio de 1906) foi um dramaturgo norueguês, considerado um dos criadores do teatro realista moderno. Foi o maior dramaturgo norueguês do século XIX. Foi também poeta e diretor teatral, sendo considerado o “pai do drama em prosa” e um dos fundadores do modernismo no teatro. Entre os seus maiores trabalhos destacam-se Brand, Peer Gynt, Um Inimigo do Povo, Imperador e Galileu, Casa de Bonecas, Hedda Gabler, Espectros, O Pato Selvagem e Rosmersholm
Muitas das suas peças foram consideradas escandalosas na época em que foram lançadas, pois o teatro europeu estava sujeito a um determinado conceito de vida familiar e propriedade. Os trabalhos de Ibsen analisavam a realidade contida por trás das convenções e costumes, o que trouxe muita inquietação aos seus contemporâneos. Ele lançou um olhar crítico e uma livre investigação sobre as condições de vida e as questões da moralidade da época. A poética peça Peer Gynt, no entanto, tem fortes elementos do surrealismo.
Ibsen é muitas vezes classificado como um dos verdadeiramente grandes dramaturgos da tradição europeia. Richard Hornby descreve-o como "um profundo e poético dramaturgo - o melhor desde Shakespeare". Ele influenciou outros dramaturgos e romancistas, tais como George Bernard Shaw, Oscar Wilde, James Joyce e Eugene O'Neill. Muitos críticos consideram-no o maior dramaturgo desde Shakespeare.
Embora a maioria de suas peças se passe na Noruega, muitas vezes em lugares que lembram Skien, a cidade portuária onde cresceu, Ibsen viveu vinte sete anos na Itália e Alemanha e raramente visitou a Noruega durante os seus anos mais produtivos.

sexta-feira, fevereiro 09, 2024

As ilhas Svalbard são formalmente norueguesas há 104 anos

Museu sobre os pomor na colónia russa de Barentsburg (Баренцбург)

O Tratado de Svalbard, assinado em Paris a 9 de fevereiro de 1920, é um tratado multilateral que reconhece a soberania da Noruega sobre o arquipélago de Svalbard e suas águas territoriais, mas garante que os nacionais de todos os Estados contratantes beneficiam de igualdade de direitos no acesso aos recursos naturais da região (em especial à mineração do carvão). O Tratado permite à Noruega regular a exploração e tomar as medidas de proteção ambiental necessárias, mas impede qualquer discriminação positiva a favor dos seus nacionais ou de empresas norueguesas. O tratado também obriga à desmilitarização do território e proíbe a construção de qualquer tipo de fortificação.
    
Enquadramento político e partes contratantes iniciais
A soberania sobre Svalbard foi mantida indefinida durante quase 300 anos, com nacionais de vários Estados a exercerem atividade económica e de exploração científica no território, com especial destaque para os interesses ligados à Noruega e à Rússia.
A questão agudizou-se quando se descobriu que a ilha de Spitsbergen era rica em carvão e em 1906 a empresa de capitais americanos Arctic Coal Company (ACC) pretendeu iniciar a exploração industrial. O povoado então fundado recebeu o nome de Longyearbyen, hoje a capital do arquipélago, em honra do americano John Munroe Longyear, proprietário da ACC.
Em 1916, em plena Grande Guerra, a ACC vendeu a sua posição a interesses nórdicos e a companhia norueguesa (hoje estatal) Store Norske Spitsbergen Kulkompani A/S (SNSK), para além de outras duas empresas escandinavas e de uma neerlandesa, incrementou em muito a mineração, formando as primeiras colónias permanentes de dimensão apreciável no arquipélago.
Seguiram-se interesses russos, que também pretendiam acesso ao carvão da ilha, o que levou a uma crescente tensão em torno do domínio da ilha.
Terminada a guerra, as potências aliadas vencedoras resolveram apoiar as pretensões norueguesas, o que levou à assinatura em Paris (Sèvres), a 9 de fevereiro de 1920, do um tratado que clarificasse estas matérias.
O Tratado de Svalbard foi inicialmente assinado entre a Noruega, os Estados Unidos da América, o Reino Unido (e domínios integrados no então Império Britânico), a França, o Canadá, a Austrália, a Dinamarca, a Itália, os Países Baixos, a Suécia e o Japão. A União Soviética aderiu em 1924 e a Alemanha em 1925. Hoje o Tratado tem mais de 40 signatários, entre os quais Portugal (que o ratificou a 24 de outubro de 1927).
O Tratado de Svalbard, apesar de reconhecer a soberania norueguesa sobre a ilhas, impõe como condição a sua perpétua desmilitarização e o direito dos cidadão dos países signatários nelas se estabelecerem livremente para exploração dos seus recursos naturais, embora subordinados às leis promulgadas pela Noruega, que, contudo, não pode discriminar positivamente os seus cidadãos face aos dos restantes Estados signatários.
  
    
Os efeitos do Tratado
A internacionalização económica de Svalbard levou a que durante a maior parte do século XX a ilha de Spitsbergen tivesse entre os seus residentes mais cidadão soviéticos que noruegueses, já que a União Soviética investiu fortemente na exploração do carvão através da empresa estatal Trust Arktikugol (Арктикуголь), a única que, a par da norueguesa Store Norske Spitsbergen Kulkompani A/S, ainda mantém atividade mineira na ilha. Esta empresa adquiriu em 1932 as minas neerlandesas de Barentsburg, cuja exploração ainda mantém.
As atuais minas russas tinham pertencido à Nederlandsche Spitsbergen Compagnie (Nespico) N.V., empresa que a partir de 1921 tinha explorado carvão num local que chamou Barentsburg em homenagem ao explorador polar neerlandês Willem Barents. Nos seus tempos áureos, por meados da década de 20, a Nespico chegou a ter 500 trabalhadores na ilha.
Nos termos do Tratado, a partir de 1925 a Noruega assumiu a administração da ilha tendo, entre outras medidas, estabelecido normas de proteção ambiental que foram pioneiras na Europa. A administração está desde aquela data, com um interregno devido à ocupação alemã durante a II Guerra Mundial, entregue a um Governador nomeado pela Noruega.
Apesar de ser uma zona desmilitarizada, Spitsbergen está situada numa posição geoestratégica importante, pois controla o acesso aos portos russos de Murmansk e Arkhangelsk, os únicos de que na Rússia têm acesso irrestrito ao Atlântico.
Desencadeada a II Guerra Mundial, e ocupada a Noruega pela Alemanha, a atividade mineira foi suspensa e a ilha quase totalmente evacuada a 3 de setembro de 1941. Mesmo assim, forças alemãs bombardearam Longyearbyen e Barentsburg em setembro 1943 e Sveagruva no ano seguinte.
Terminada a guerra, a ilha passou a desempenhar um papel importante na Guerra Fria, com os seus mares a serem palco de frequentes incursões submarinas e aéreas.
Sendo a Noruega um membro da NATO, a convivência com a presença soviética em Svalbard foi complexa, até porque o número de cidadãos soviéticos era maior do que o de noruegueses e a autonomia de que gozam as diversas comunidade, e a sua auto-suficiência, faziam de Pyramiden (Пирамида) e Barentsburg (Баренцбург) verdadeiros enclaves soviéticos sobre os quais a Noruega não exercia qualquer real poder.