Sir Arthur Stanley Eddington (Kendal, 28 de dezembro de 1882 - Cambridge, 22 de novembro de 1944) foi um astrofísico britânico do início do século XX.
O limite de Eddington foi assim chamado em sua homenagem.
Eddington é famoso pelo seu trabalho sobre a Teoria da Relatividade. Eddington escreveu um artigo em 1919, Report on the relativity theory of gravitation, que anunciou a Teoria Geral da Relatividade de Einstein para o mundo anglófono, pois, devido à Primeira Guerra Mundial, os novos desenvolvimentos da ciência alemã não eram muito bem conhecidos no Reino Unido.
Eddington nasceu a 22 de dezembro de 1882, em Kendal, na Inglaterra, no seio de uma família Quaker. O seu pai, Henry Arthur Eddington, formado em Filosofia, tornou-se o diretor da Stramongate School em 1878, nomeado pela Assembleia da Sociedade Religiosa dos Amigos de Kendal: os Quakers; porém, dois anos após o nascimento de Eddington, o seu pai falece de febre tifoide.
Desde cedo ele mostrou grande talento para a Matemática e ganhou diferentes prémios e bolsas que permitiram que financiasse os seus estudos, que ele finalizou em 1905. Começou as suas pesquisas no laboratório Cavendish, e mais tarde pesquisas em Matemática, que ele interrompeu rapidamente, tendo recebido no final de 1905 um lugar no Observatório de Greenwich. Ele foi imediatamente integrado num projeto de pesquisa, iniciado em 1900, quando placas fotográficas do asteróide 433 Eros
foram tiradas durante todo um ano e a sua primeira tarefa foi terminar
a análise dessas placas e determinar o valor preciso da paralaxe solar.
Em 1906 ele começou o seu estudo estatístico do movimento das estrelas e, no ano seguinte, ganhou um prémio pelo ensaio que escrevera sobre o assunto.
Em dezembro de 1912, George Darwin, um dos filhos de Charles Darwin, morreu e Eddington foi nomeado para substituí-lo. Como o titular da outra cadeira de Astronomia de Cambridge, a Lowndean Chair,
também morreu no ano seguinte, Eddington tornou-se o diretor do
Observatório de Cambridge, assumindo assim a responsabilidade da
Astronomia teórica e experimental em Cambridge.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Eddington foi chamado para efetuar o serviço militar. Como quaker e
pacifista, recusou servir no Exército e pediu uma derrogação, para
efetuar um serviço alternativo, mas isso não era possível naquela época.
Alguns amigos cientistas resolveram o problema, conseguindo se
pronunciar a seu favor para dispensá-lo do serviço militar alegando a sua
importância para a ciência. Em 1915, ele recebeu por intermédio da Royal Astronomical Society os artigos sobre a Teoria Geral da Relatividade de Einstein e de de Sitter.
Eddington começou então a se interessar pelo assunto, principalmente
porque essa nova teoria podia explicar o avanço, inexplicado até então,
do periélio de Mercúrio. Como Quaker, Eddington sentia-se capaz de vincular a Física com a sua fé.
Uma das fotografias de Eddington do eclipse de 1919, apresentada no seu artigo de 1920
Após a guerra, Eddington partiu para São Tomé e Príncipe, onde um eclipse solar total seria visível em 29 de maio de 1919. Segundo a relatividade geral, uma estrela visível nas proximidades do Sol deveria aparecer em uma posição ligeiramente mais afastada deste porque sua luz deveria ser ligeiramente desviada pela ação da gravidade
do Sol. Esse efeito somente pode ser observado durante um eclipse
total do Sol, pois senão a luminosidade do Sol impede a visibilidade da
estrela em questão. A relatividade geral predizia um desvio duas
vezes maior do que o predito pela gravitação newtoniana. As observações
foram feitas no território português, na Ilha do Príncipe, mais exatamente na Roça Sundy,
com o apoio do seu proprietário, o português Jerónimo Carneiro.
Durante o eclipse, Eddington tirou diversas fotografias das regiões
situadas em torno do Sol.
As condições meteorológicas
não eram boas e as placas fotográficas revelaram-se de péssima
qualidade e difíceis de medir. Ele anotou, mesmo assim, no seu caderno:
- … uma placa que medi confirmava as predições de Einstein.
Porém, uma outra equipa da expedição de Eddington, que estava na cidade de Sobral, no Brasil, liderada pelo astrónomo britânico Andrew Crommelin,
pode observar o eclipse sob boas condições meteorológicas. As placas
fotográficas registadas por essa equipa permitiram a Eddington medir
uma deflexão da luz de 1,98".
Esse resultado, cuja exatidão foi discutida posteriormente, foi
aclamado como uma prova conclusiva da Relatividade Geral sobre o modelo
newtoniano; a notícia foi publicada em jornais em todo o mundo como uma
importante descoberta. Ela também é a origem da história de que
somente três pessoas entendiam a Relatividade; quando perguntado por um
repórter que sugeriu isso, Eddington replicou brincando "Oh, who's the
third?" (Oh, quem é a terceira?). Outra história conta que
Einstein, ao ser questionado por um repórter sobre o que ele teria
feito se as medidas efetuadas por Eddington não estivessem de acordo
com as predições da teoria Geral da Relatividade, teria respondido: "Eu
diria que o bom Deus está enganado".
Eddington também estudou o interior das estrelas e calculou sua temperatura baseando-se na energia necessária para manter a pressão exercida pelas camadas próximas da superfície. Com isso, ele descobriu a relação massa-luminosidade das estrelas. Eddington calculou também a abundância do hidrogénio e elaborou uma teoria explicando a pulsação das cefeidas. O fruto dessas pesquisas está relatado em seu importante trabalho The Internal Constitution of Stars (1926).
Em 1920, tomando como base as medidas precisas de átomos efetuadas por Francis Aston, Eddington foi o primeiro a sugerir que a fonte de energia das estrelas provinha da fusão nuclear do hidrogénio em hélio. Essa teoria revelou-se correta, mas ele teve um longo debate sobre esse assunto com James Jeans, que acreditava que essa energia proviesse da contração da estrela sobre si mesma.
Dos anos 1920 até sua morte, ele se concentrou cada vez mais naquilo que ele chamava de "teoria fundamental", cujo objetivo era a unificação da teoria quântica, da teoria da Relatividade e da gravitação, e que se baseava essencialmente em uma análise das relações adimensionais entre constantes fundamentais.
Eddington foi enobrecido em 1930 e recebeu a Ordem do Mérito em 1938. Recebeu ainda diversas outras honrarias, entre elas a medalha de ouro da Astronomical Society of the Pacific (1923), a medalha de ouro da Royal Astronomical Society (1924), da National Academy of Washington (1924), da Société Astronomique de France (1928) e da Royal Society (1928). Além de ser eleito para a Royal Society, foi também eleito para a Royal Society of Edinburgh, para a Royal Irish Academy, para a National Academy of Sciences, bem como para diversas outras sociedades científicas.
Uma cratera lunar recebeu o seu nome, assim como o asteroide 2761 Eddington.
Eddington soube popularizar a ciência escrevendo diversos livros destinados aos leigos. Ele também é conhecido por ter introduzido a noção (teorema) dos macacos datilógrafos (Infinite Monkey Theorem em inglês) em 1929 com a frase:
Eddington também estudou o interior das estrelas e calculou sua temperatura baseando-se na energia necessária para manter a pressão exercida pelas camadas próximas da superfície. Com isso, ele descobriu a relação massa-luminosidade das estrelas. Eddington calculou também a abundância do hidrogénio e elaborou uma teoria explicando a pulsação das cefeidas. O fruto dessas pesquisas está relatado em seu importante trabalho The Internal Constitution of Stars (1926).
Em 1920, tomando como base as medidas precisas de átomos efetuadas por Francis Aston, Eddington foi o primeiro a sugerir que a fonte de energia das estrelas provinha da fusão nuclear do hidrogénio em hélio. Essa teoria revelou-se correta, mas ele teve um longo debate sobre esse assunto com James Jeans, que acreditava que essa energia proviesse da contração da estrela sobre si mesma.
Dos anos 1920 até sua morte, ele se concentrou cada vez mais naquilo que ele chamava de "teoria fundamental", cujo objetivo era a unificação da teoria quântica, da teoria da Relatividade e da gravitação, e que se baseava essencialmente em uma análise das relações adimensionais entre constantes fundamentais.
Eddington foi enobrecido em 1930 e recebeu a Ordem do Mérito em 1938. Recebeu ainda diversas outras honrarias, entre elas a medalha de ouro da Astronomical Society of the Pacific (1923), a medalha de ouro da Royal Astronomical Society (1924), da National Academy of Washington (1924), da Société Astronomique de France (1928) e da Royal Society (1928). Além de ser eleito para a Royal Society, foi também eleito para a Royal Society of Edinburgh, para a Royal Irish Academy, para a National Academy of Sciences, bem como para diversas outras sociedades científicas.
Uma cratera lunar recebeu o seu nome, assim como o asteroide 2761 Eddington.
Eddington soube popularizar a ciência escrevendo diversos livros destinados aos leigos. Ele também é conhecido por ter introduzido a noção (teorema) dos macacos datilógrafos (Infinite Monkey Theorem em inglês) em 1929 com a frase:
- ...se um exército infinito de macacos teclasse aleatoriamente em máquinas de escrever, eles poderiam escrever todos os livros do British Museum.
in Wikipédia
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