sábado, abril 23, 2022

O Campo de Concentração do Tarrafal foi instituído há 86 anos

Muro exterior do Campo do Tarrafal
   
A Colónia Penal do Tarrafal, situada no lugar de Chão Bom do concelho do Tarrafal, na ilha de Santiago (Cabo Verde), foi criada pelo Governo português do Estado Novo ao abrigo do Decreto-Lei n.º 26 539, de 23 de abril de 1936.
Em 18 de outubro de 1936 partiram de Lisboa os primeiros 152 detidos, entre os quais se contavam participantes do 18 de janeiro de 1934 na Marinha Grande (37) e alguns dos marinheiros que tinham participado na Revolta dos Marinheiros, ocorrida a bordo de navios de guerra no Tejo, em 8 de setembro daquele ano de 1936.
O Campo do Tarrafal, ou Campo de Concentração do Tarrafal, como ficou conhecido, começou a funcionar em 29 de outubro de 1936, com a chegada dos primeiros prisioneiros.
O Estado Novo, sob a capa da reorganização dos estabelecimentos prisionais, ao criar este campo pretende atingir dois objetivos ligados entre si: afastar da metrópole presos problemáticos, e, através das deliberadas más condições de encarceramento, enviar um sinal de que a repressão dos contestatários será levada ao extremo.
Esta visão está claramente definida nos primeiros parágrafos do Decreto-Lei n.º 26 539, ao afirmar que serve para receber os presos políticos e sociais, sobre quem recai o dever de cumprir o desterro, aqueles que internados em outros estabelecimentos prisionais se mostram refratários à disciplina e ainda os elementos perniciosos para outros reclusos. Este diploma abrange também os condenados a pena maior por crimes praticados com fins políticos, os presos preventivos, e, por fim, os presos por crime de rebelião.
Foram 37 os prisioneiros políticos que morreram no Tarrafal; os seus corpos só depois do 25 de abril puderam voltar à pátria.
   

Glenn Cornick nasceu há 75 anos...

    

Glenn Douglas Barnard Cornick (Barrow-in-Furness, 23 April 1947 – Hilo, Hawaii, 28 August 2014) was a British bass player, best known as a founding member of the British band Jethro Tull. Rolling Stone has called his playing with Tull as "stout, nimble underpinning, the vital half of a blues-ribbed, jazz-fluent rhythm section".

    

 


Steve Clark, o precocemente desaparecido guitarrista dos Def Leppard, nasceu há 62 anos

    
Stephen Maynard Clark (Hillsborough, Sheffield, 23 de abril de 1960 – Londres, 8 de janeiro de 1991) foi um dos guitarristas fundadores da banda de hard rock britânica Def Leppard. Morreu em 1991, de uma overdose acidental de codeína, misturada com Valium, morfina e bebidas alcóolicas. Clark foi classificado em 11º pela Classic Rock Magazine's na lista dos "100 maiores heróis da guitarra".
    
      

  


A Ordem da Jarreteira foi criada há 674 anos - Honi soit qui mal y pense...

  
A Nobilíssima Ordem da Jarreteira (do inglês, Most Noble Order of the Garter) conhecida simplesmente como Ordem da Jarreteira, é uma ordem militar de cavalaria britânica, a mais antiga da Inglaterra e do sistema de honras britânico, fundada em 1348 criada por Eduardo III de Inglaterra, com a dedicação da imagem e das armas a São Jorge, patrono da Inglaterra (embora existam registos de nomeações para a ordem em 1344), baseada nos nobres ideais da demanda do Santo Graal e da corte do rei Artur.
Por ser o mais antigo sistema de honras britânico, é visto como a mais importante comenda desde essa altura até aos dias de hoje. Supõe-se que tenha sido criada para destacar os esforços do reino e de aliados, para conquistar a Terra Santa e um "Império Cristão" nas subsequentes cruzadas, numa época de ouro para os cavaleiros, a nobreza das guerras.
Os membros da ordem, destacam nobres e reis portugueses, são limitados ao Soberano, ao Príncipe de Gales e somente mais vinte e quatro membros ou companheiros, que também incluem cavaleiros e damas extranumerários (por exemplo, membros da família real e monarcas estrangeiros). Conceder a honra, é descrito como uma das poucas prerrogativas executivas remanescentes do monarca de caráter verdadeiramente pessoal.
O emblema da ordem, retratado na insígnia, é uma jarreteira com a escrita "Envergonhe-se quem nisto vê malícia", ou "Maldito seja quem pense mal disto” (do francês antigo: motto Honi soit qui mal y pense) em letras douradas. Os membros da ordem recebem uma liga nas ocasiões cerimoniais.
Novas nomeações para a Ordem da Jarreteira sempre são anunciadas no Dia de São Jorge, em 23 de abril.
  

Dizem que o Cervantes morreu há 406 anos

       
Miguel de Cervantes Saavedra (Alcalá de Henares, 29 de setembro de 1547 - Madrid, 22 de abril de 1616) foi romancista, dramaturgo e poeta castelhano. A sua obra-prima, Dom Quixote, muitas vezes considerada o primeiro romance moderno, é um clássico da literatura ocidental e é regularmente considerada um dos melhores romances já escritos. O seu trabalho é considerado entre os mais importantes em toda a literatura e a sua influência sobre a língua castelhana é tão grande que o castelhano é frequentemente chamado de La lengua de Cervantes (A língua de Cervantes).
   
(...)
 

É bem notória a coincidência das datas de morte de dois dos grandes escritores da humanidade, Cervantes e William Shakespeare, ambos com data de falecimento em 23 de abril de 1616. Porém, é importante notar que o Calendário gregoriano já era utilizado na Castela desde o século XVI, enquanto que na Inglaterra sua adoção somente ocorreu em 1751. Daí, em realidade, William Shakespeare faleceu dez dias depois de Miguel de Cervantes.

Cervantes, por outro lado, teria morrido em 22 de abril de 1616, sexta-feira, tendo sido registada a morte no sábado, dia 23, em sua paróquia, em San Sebastián. Conforme costume da época, no registo constava a data do enterro. Em 23 de abril é comemorado o Dia do Livro na Espanha.
     
       
D. Quixote e Sancho Pança (ilustração de Gustave Doré)

Porque hoje é dia de São Jorge!

São Jorge e o Dragão, de Gustave Moreau
     
São Jorge (275 - 23 de abril de 303) foi, de acordo com a tradição, um padre e soldado romano no exército do imperador Diocleciano, venerado como mártir cristão. Na hagiografia, São Jorge é um dos santos mais venerados no catolicismo (tanto na Igreja Católica Romana e na Igreja Ortodoxa como também na Comunhão Anglicana). Também é venerado em diversos cultos das religiões afro-brasileiras, onde é sincretizado na forma de Ogum. É imortalizado no conto em que mata o dragão e também é um dos catorze santos auxiliares. Considerado como um dos mais proeminentes santos militares, a sua memória é celebrada no dia 23 de abril, tal como a 3 de novembro, quando, por toda parte, se comemora a reconstrução da igreja dedicada a ele em Lida (Israel), onde se encontram as suas relíquias, erguida a mando do imperador romano Constantino I.
É o santo padroeiro em diversas partes do mundo: Inglaterra, Portugal (santo secundário), Geórgia, Catalunha, Lituânia, Sérvia, Montenegro, Etiópia, das cidades de Londres, Barcelona, Génova, Reggio di Calabria, Ferrara, Friburgo em Brisgóvia, Moscovo e Beirute, extra-oficialmente, da cidade do Rio de Janeiro (título oficialmente atribuído a São Sebastião) e da cidade de São Jorge dos Ilhéus, além de ser padroeiro dos Escuteiros e da Cavalaria do Exército Brasileiro. Há uma tradição que aponta o ano 303 como ano da sua morte. Apesar de sua história se basear em documentos lendários e apócrifos (decreto gelasiano do século VI), a devoção a São Jorge espalhou-se por todo o mundo.
 
 
Adenda: para além dos aspetos antes citados, fui Escuteiro no Agrupamento 347, de São Jorge, na Paróquia de São José, em Coimbra, um agrupamento que me marcou profundamente - forte canhota para os atuais e antigos escuteiros do 347, onde quer que estejam  - Viva São Jorge (Deixós poisar...!).  
   
 

Turner nasceu há 247 anos

William Turner: Auto-retrato, 1798
  
Joseph Mallord William Turner (Londres, 23 de abril de 1775 - Chelsea, 19 de dezembro de 1851) foi pintor romântico londrino, considerado por alguns um dos precursores do impressionismo, em função dos seus estudos sobre cor e luz. Ele é conhecido por suas colorações expressivas, paisagens imaginativas e pinturas marinhas turbulentas, muitas vezes violentas. Turner nasceu em Maiden Lane, Covent Garden, Londres, numa modesta família de classe média baixa. Ele viveu em Londres toda a sua vida, mantendo seu sotaque característico e evitando assiduamente o sucesso e a fama.
Uma criança prodígio, Turner passou a estudar na Academia Real Inglesa em 1789, matriculando-se quando tinha 14 anos, e exibindo seu primeiro trabalho lá aos 15 anos. Durante esse período, ele também serviu como desenhista de arquitetura. Ele ganhava uma renda estável de encomendas e vendas, que devido à sua natureza problemática e contrariada, eram muitas vezes aceitas de má vontade. Ele abriu sua própria galeria em 1804 e tornou-se professor de perspectiva na academia em 1807, onde lecionou até 1828, embora fosse visto como profundamente inarticulado. Ele passou a viajar para a Europa a partir de 1802, geralmente retornando com volumosos cadernos de esboços.
Intensamente privado, excêntrico e recluso, Turner foi uma figura controversa ao longo de sua carreira. Ele não se casou, mas teve duas filhas, Eveline (1801–1874) e Georgiana (1811–1843), ambas filhas da sua governanta Sarah Danby. Ele ficou mais pessimista e moroso quando ficou mais velho, especialmente após a morte de seu pai, quando a sua visão se deteriorou, sua galeria caiu em desuso e negligência, mas a sua arte se intensificou. Ele viveu na miséria e com saúde precária a partir de 1845, e morreu em Londres em 1851 aos 76 anos. Turner está enterrado na Catedral de Saint Paul, em Londres.
Ele deixou para trás mais de 550 pinturas a óleo, 2.000 aguarelas e 30.000 obras em papel. Ele havia sido amplamente defendido pelo principal crítico inglês da época, John Ruskin, em meados de 1840; hoje é considerado como detentor de uma pintura paisagista sofisticada, elevada a uma eminência que rivaliza com a pintura histórica.
   
Erupção do Vesúvio (1817), The British Art Center - New Haven
       

Pixinguinha nasceu há 125 anos

  
Alfredo da Rocha Viana Filho, conhecido como Pixinguinha (Rio de Janeiro, 23 de abril de 1897 - Rio de Janeiro, 17 de fevereiro de 1973), foi um flautista, saxofonista, compositor e arranjador brasileiro.
Pixinguinha é considerado um dos maiores compositores da música popular brasileira, contribuiu diretamente para que o choro encontrasse uma forma musical definitiva.
Era filho do músico Alfredo da Rocha Viana, funcionário dos correios, flautista e que possuía uma grande coleção de partituras de choros antigos. Pixinguinha aprendeu música em casa, fazendo parte de uma família com vários irmãos músicos, entre eles o China (Otávio Viana). Foi ele quem obteve o primeiro emprego para o rapaz, que começou a atuar, em 1912, em cabarés da Lapa e depois substituiu o flautista titular na orquestra da sala de projeção do Cine Rio Branco. Nos anos seguintes continuou a atuar em salas de cinema, ranchos carnavalescos, casas noturnas e no teatro de revista.
Pixinguinha integrou o famoso grupo Caxangá, com Donga e João Pernambuco. A partir deste grupo, foi formado o conjunto Oito batutas, muito ativo a partir de 1919. Na década de 1930 foi contratado como arranjador pela gravadora RCA Victor, criando arranjos celebrizados na voz de cantores como Francisco Alves ou Mário Reis. No fim da década foi substituído na função por Radamés Gnattali. Na década de 1940 passou a integrar o regional de Benedito Lacerda, passando a tocar o saxofone tenor. Algumas das suas principais obras foram registadas em parceria com o líder do conjunto, mas é sabido que Benedito Lacerda não era o compositor mas pagava pelas parcerias.
Quando compôs "Carinhoso", entre 1916 e 1917 e "Lamentos" em 1928, que são considerados alguns dos choros mais famosos, Pixinguinha foi criticado, e essas composições foram consideradas como tendo uma inaceitável influência do jazz, enquanto hoje em dia podem ser vistas como avançadas demais para a época. Além disso, "Carinhoso" na época não foi considerado choro, e sim uma polca. Outras composições, entre centenas, são "Rosa", "Vou vivendo", "Lamentos", "1 x 0", "Naquele tempo" e "Sofres porque Queres".
No dia 23 de abril comemora-se o Dia Nacional do Choro, uma homenagem ao nascimento de Pixinguinha. A data foi criada oficialmente a 4 de setembro de 2000, quando foi sancionada lei originada por iniciativa do bandolinista Hamilton de Holanda e seus alunos da Escola de Choro Raphael Rabello.
Pixinguinha morreu na igreja de Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, quando era para ser padrinho numa cerimónia de batismo. Foi enterrado no Cemitério de Inhaúma.
        

 


O sismo de Benavente foi há 113 anos

 (imagem daqui)
   
O Sismo de Benavente de 1909 foi um abalo telúrico que ocorreu no dia 23 de abril de 1909, às 17.05 horas. Afetou a região ribatejana que abrange os concelhos de Benavente e Salvaterra de Magos, tendo provocado cerca de quatro dezenas de mortos e elevados prejuízos materiais.
  
Evento geológico
O sismo teve origem na Falha do Vale Inferior do Tejo, uma falha intra-placa ativa e terá atingido uma magnitude Ms = 6.3 na escala de Richter. Foi o mais importante sismo gerado sob o território continental português em todo o século XX, uma vez que o sismo de 1969 (de magnitude superior a 7.0) teve o seu epicentro a SW da costa algarvia.
De acordo com relatos da época, o sismo teve uma duração de 22 segundos. Os mesmos relatos referem que o terramoto se terá desenrolado em duas fases, iniciando com um movimento vertical seguido por vários abalos horizontais mais violentos e de maior duração. Ao longo das semanas que se seguiram, sentiram-se várias réplicas com menor intensidade.
    
Consequências
O sismo provocou 42 mortos e 75 feridos, distribuindo-se as vítimas mortais do seguinte modo: 30 na freguesia de Benavente, 7 na freguesia de Samora Correia, 3 na freguesia de Santo Estêvão e 2 na freguesia de Salvaterra de Magos.
Para além das perdas humanas, o sismo provocou ainda elevados danos materiais, tanto nas habitações como em edifícios que constituem património municipal, de que são exemplos a Igreja Matriz, a Igreja de Santiago, a Igreja de S. Tomé, a capela de Nª Srª da Paz e os Paços do Concelho.
     

Ruy Barata morreu há 32 anos

(imagem daqui)
  
Ruy Guilherme Paranatinga Barata (Santarém, Párá, 25 de junho de 1920 - São Paulo, 23 de abril de 1990) foi um poeta, político, advogado, professor e compositor brasileiro.
Filho único de Maria José (Dona Noca) Paranatinga Barata e do advogado Alarico de Barros Barata. Recebeu o nome Rui em virtude da admiração paterna por Rui Barbosa. O indígena Paranatinga vem do lado materno, que significa rio (paraná) branco (tinga).
Foi alfabetizado pelo pai. Aos dez anos vem para Belém para continuar os estudos. Primeiro, no internato do Colégio Moderno; depois, no Colégio Nossa Senhora de Nazaré, dirigido pelos Irmãos Maristas. Faz o pré-jurídico no Colégio Estadual Paes de Carvalho, onde tem como professor o intelectual Francisco Paulo do Nascimento Mendes, de quem se torna amigo para a vida inteira, e se inicia na poesia escrevendo na revista Terra Imatura. Em 1938, entra para a Faculdade de Direito do Pará.
Em meio aos estudos jurídicos sente aumentar a paixão pela poesia. Mergulha fundo nos poemas de Maiakovski, Garcia Lorca, T.S. Elliot, Mallarmé, Rilke, Pablo Neruda, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Murilo Mendes, Jorge de Lima, entre outros. Abre-se ao pensamento de esquerda através da leitura do Manifesto Comunista de Marx e Engels.
Em 1941, casa-se com Norma Soares Barata, com quem teve sete filhos: Maria Diva, Rui Antônio, Paulo André (parceiro constante em várias canções, entre elas, as mais famosas, Foi assim e Pauapixuna), Maria Helena, Maria de Nazaré, Maria Inez e Cristóvão Jaques.
Em 1943, forma-se em Direito e, como orador da turma, em plena ditadura do Estado Novo, faz um discurso em que pede a volta do país ao Estado de Direito e defende teses avançadas no campo da justiça social. Nessa fase, prefere trocar o exercício da advocacia pela presença na redação do jornal Folha do Norte, de Paulo Maranhão.
Passa a frequentar as tertúlias do Central Café, no centro de Belém, lideradas pelo professor Francisco Paulo do Nascimento Mendes, onde convive e integra a mais brilhante geração de intelectuais paraenses republicanos, que gravitou em torno de Chico Mendes. Entre eles, Mário Faustino, Paulo Plínio Abreu, Benedito Nunes, Haroldo Maranhão, Waldemar Henrique, Machado Coelho, Nunes Pereira, Cauby Cruz, Napoleão Figueiredo e Raimundo Moura.
Ainda em 1943, publica seu primeiro livro de poemas Anjo dos Abismos, pela José Olympio Editora, com o decisivo apoio do romancista paraense Dalcídio Jurandir.
Nessa época, o pai de Ruy, Alarico Barata, exercia forte liderança política na região do Baixo Amazonas contra a violência do chamado Baratismo, liderado pelo caudilho Joaquim Magalhães de Cardoso Barata.
No decorrer dessa luta contra o autoritarismo de Magalhães Barata, Rui Guilherme Paranatinga Barata entra na política partidária e, aos 26 anos, em 1946, é eleito deputado para a Assembleia Constituinte do Pará, pelo Partido Social Progressista (PSP). Embalado pelo clima de explosão democrática que sucedeu a vitória dos aliados contra o nazifascismo na Europa, nenhum tema relevante aos direitos humanos escapou da perceção do jovem deputado naquela legislatura. A luta pela paz num mundo traumatizado pela morte de milhões de seres humanos nos campos de batalha, o horror da ameaça atómica que exterminara as populações de Hiroshima e Nagasaki, o respeito à autodeterminação dos povos, o Estado de Direito no Brasil, a defesa da soberania da Amazónia e a luta contra a pobreza foram temas caros a Ruy Barata.
Foi reeleito em 1950. Em 1951, publica os poemas de A Linha Imaginária (Edições Norte, Belém). A partir daí e depois, como deputado federal (1957 a 1959), se afirma como a voz progressista no Pará em defesa do monopólio estatal do petróleo, das grandes causas nacionais e da paz mundial, nos momentos cruciais da chamada guerra fria.
Em 1959, saúda a revolução cubana com o poema Me trae una Cuba Libre/Porque Cuba libre está. Nesse mesmo ano, entra para a militância clandestina do Partido Comunista Brasileiro, o Partidão. A filiação no PCB tem reflexo na própria criação poética, que opta por evidenciar, nessa fase, um tom político. A sua poesia busca o caminho das palavras acessíveis à compreensão popular e denuncia claramente a miséria e a injustiça social.
Nessa época, provavelmente, dá início à construção de O Nativo de Câncer, poema inacabado com força épica a contar a história de uma cultura em face da invasão de culturas estranhas, um impressionante inventário das coisas e do homem amazónico, incluindo aí o inventário do próprio poeta, um nativo de câncer (em português de Portugal, o signo astrológico Caranguejo). O primeiro canto do poema foi publicado em fevereiro de 1960 no jornal Folha do Norte.
Em 1964, com o golpe militar, foi preso, demitido de seu cartório (então 4º Ofício do Cível e Comércio da Comarca de Belém) e aposentado compulsivamente do cargo de professor da Faculdade de Filosofia da Universidade Federal do Pará, com menos de 10% de seus proventos. Para sobreviver passa a exercer a advocacia no escritório de seu pai, Alarico Barata, e escreve artigos e reportagens com pseudónimos, como Valério Ventura, para os jornais Folha do Norte e Flash.
A partir de 1967, Ruy Barata, que tinha, desde a juventude, uma estreita ligação com a música, passa a compor em parceria com seu filho, o então jovem músico e instrumentista Paulo André Barata.
Ruy mostra-se um exímio letrista para as melodias do filho. Compõem dezenas de músicas, de cunho rural e urbano, que se tornaram sucessos nacionais e internacionais.
Em 1978, lança mais um capítulo do estudo sobre a Cabanagem, a revolução paraense de 1835, cuja publicação iniciara no ano anterior pela revista do Instituto Professor Sousa Marques (Rio de Janeiro): O Cacau de Sua Majestade, O Arroz do Marquês, A Subversão do Cacau e do Algodão, A Economia Paraense às Vésperas da Tormenta.
Em 1979, com a promulgação da Lei da Amnistia, Ruy Barata é reintegrado no quadro de professores da Universidade Federal do Pará, e volta a ensinar Literatura Brasileira. Em 1984, é publicada a primeira edição do livro Paranatinga, um estudo biográfico do poeta escrito por Alfredo Oliveira.
Ruy Barata morreu em 23 de abril de 1990, durante uma cirurgia, em São Paulo, para onde viajara a fim de obter dados sobre a passagem de Mário de Andrade pela Amazónia.
Pouco depois de sua morte foi lançada a segunda edição, revista e ampliada, do livro Paranatinga. A sua estátua está nos jardins do Parque da Residência, antiga casa dos governadores do Pará, que hoje abriga a Secretaria de Cultura do Estado. Empresta seu nome a uma avenida, ainda em construção, que vai ladear as águas da baía do Guajará em Belém.
Em 2000, foi lançado o livro Antilogia, uma coletânea de poemas organizada e revista pelo próprio Rui entre janeiro e fevereiro de 1990, pouco antes de sua morte, cuja edição reúne quatorze poemas e uma das correspondências que lhe foram enviadas pelo poeta Mário Faustino.
O trabalho de Ruy Barata continua a inspirar músicas, poesias, vídeos, cinema, trabalhos escolares, teses, documentários, dança, artes plásticas e dezenas de outras manifestações culturais em todo o Pará, para reverenciar a memória do poeta que disse em uma canção: Tudo que eu amei estava aqui".
A poesia não se faz com ideias, mas com palavras.
Ruy Barata

Ode


Os dedos contam as ondas,
os minutos talvez,
jamais o anelo.

Podes marcar a face disfarçada,
a barba,
os bens,
todos os sonhos,
mas escravos do real só te aceitamos
na tua farda de pêlos,
sangue
e ossos.

Quando recriarás a trança libertária,
o horizonte do mito,
o Deus negado,
a tela do perene e do intocável?

Quando libertarás a página e o relógio,
o ser distante que revel condenas
às arestas da ruga e aos frutos sazonados?

Quando
(deste olhar em diagonal ao espelho e à morte)
farás ruir ao peso de teu gládio
e ao sulco de teu grito
as taças do não ser,
o veneno da aurora,
as portas do visível,
e do invisível?

Ó jamais seremos sós perante a Fonte,
jamais seremos nós e a ti mostramos
o sorriso de "clown" que se reparte
em contorções de esperma,
tédio,
e ódio.

Jamais conservaremos o perfume e a liturgia,
e a hora que se esvai não justifica
este desabrochar em cálice e corola.

Não ser
..................(embora seja no retrato),
não ter
..................(para ao flagelo condenar-se),
não sentir o chamar do céu porque beleza
e memória de ausências povoada.

Estamos sós,
bem sei,
e como é noite
arrancas o teu mundo no arbitrário,
e a poesia morde o que não é.

Quem te susteve o braço suicida:
a ode ou o catecismo?
Quem te ligou à sorte deste povo:
o sonho ou a promissória?
Quem te fez espalmar a mão como inocente
e a cabeça baixar como culpado?

Ó tempo,
ó dimensão do exílio e da orfandade,
e se não digo eterno,
quase eterno,
deixai toda esperança
"voi che entratte".
  


in A linha imaginária (1951) - Ruy Barata

O referendo que deu a independência à Eritreia foi há 29 anos

   
O referendo sobre a independência da Eritreia em 1993 foi realizado na Eritreia entre 23 e 25 de abril de 1993. O resultado foi de 99,83% a favor, com uma participação de 98,5%. A independência foi declarada em 27 de abril.
  
Conduta
A Missão de Observação das Nações Unidas para a Verificação do Referendo na Eritreia (UNOVER) foi estabelecida de acordo com a resolução 47/114 da Assembleia Geral de 16 de dezembro de 1992 e durou até 25 de abril de 1993. Os objetivos da missão foi verificar a imparcialidade do referendo, relatar reivindicações de irregularidades e verificar a contagem, computação e anúncio dos resultados. O referendo foi concluído dentro do orçamento e foi considerado livre e justo.
  

 


A Eritreia é um Estado de partido único no qual eleições legislativas nacionais nunca foram realizadas desde a independência - embora a sua Constituição, adotada em 1997, estabeleça que o Estado é uma república presidencialista com uma democracia parlamentar, isto ainda está para ser implementado. De acordo com o governo, isto ocorre devido ao conflito fronteiriço com a Etiópia, que teve início em maio de 1998 e permanece até os dias de hoje. Desde sua independência, em 1993, o país nunca teve eleições. De acordo com a Human Rights Watch, o registo de direitos humanos do governo da Eritreia é considerado um dos piores do mundo. O governo da Eritreia rejeitou essas alegações como motivadas politicamente. Junto com os Estados Unidos, a Eritreia é um dos dois únicos países do mundo que cobra impostos de seus cidadãos independentemente de onde residam no mundo. O serviço militar obrigatório requer longos e indefinidos períodos de conscrição, pelo que alguns eritreus deixam o país para o evitar. Uma vez que todos os media locais são de propriedade estatal, a Eritreia também foi classificada como tendo a segunda menor liberdade de imprensa no Índice de Liberdade de Imprensa, atrás da Coreia do Norte

 

in Wikipédia

Max Planck nasceu há 164 anos

      
Max Karl Ernst Ludwig Planck (Kiel, 23 de abril de 1858 - Göttingen, 4 de outubro de 1947) foi um físico alemão. É considerado o pai da física quântica e um dos físicos mais importantes do século XX. Planck foi laureado com o Nobel de Física de 1918, pelas suas contribuições na área da física quântica.
   
(...)
     
Como consequência do nascimento da física quântica, foi laureado em 1918 com o Nobel de Física. De 1930 a 1937, Planck foi presidente da Kaiser-Wilhelm-Gesellschaft zur Förderung der Wissenschaften (KWG, Sociedade para o Avanço das Ciências do Imperador Guilherme).
Avesso aos ideais nazis, Planck tentou convencer Hitler a dar liberdade aos cientistas judeus. Planck argumentou que haveria diversos tipos de judeus, alguns valiosos e outros inúteis para a Alemanha. O Führer então respondeu-lhe: "Se a ciência não pode passar sem judeus, teremos de nos haver sem a ciência!"
Este facto desagradou a Hitler. Mais tarde o seu filho Erwin foi executado, a 20 de julho de 1944, acusado de traição relacionada com um atentado para matar Hitler.
Foi senador da Sociedade Kaiser Wilhelm, de 1916 a 1947, e participou da 1ª e da 5ª Conferência de Solvay.
    
(...)
    
A morte trágica do seu filho Erwin abalou-o psicologicamente. Este facto fez com que Planck perdesse a vontade de viver. Assim, após o final da Segunda Guerra Mundial, ele e a sua segunda esposa mudariam para Göttingen, onde, em 4 de outubro de 1947, aos 89 anos, Planck morreria em consequência de uma queda e de diversos derrames e que, segundo James Franck, via "como uma redenção."
Logo após a sua morte, a Sociedade KWG foi renomeada como Max-Planck-Gesellschaft zur Förderung der Wissenschaften (MPG, Sociedade Max Planck para o Progresso das Ciências). O seu corpo encontra-se sepultado no Stadtfriedhof de Göttingen, na Alemanha.
  

Hoje é dia de recordar Ruggiero Leoncavallo...

Boris Iéltsin morreu há quinze anos

   
Boris Nicoláievitch Iéltsin (Sverdlovsk, 1 de fevereiro de 1931 - Moscovo, 23 de abril de 2007) foi o primeiro presidente da Rússia após o colapso económico da União Soviética. Iéltsin foi também o primeiro líder de uma Rússia independente após o czar Nicolau II. Os seus anos como senador e líder da oposição no Soviete Supremo são lembrados com glória, mas o seu governo, lembrado com frustração por conta das grandes expectativas, ficou marcado na história por reformas políticas e económicas fracassadas e pelo caos social.
Iéltsin foi responsável pela transformação da economia socialista da Rússia numa economia de mercado, implementando a chamada "terapia de choque", com programas de privatizações e liberalização económica. Graças aos meios como foi conduzido este processo, uma grande parcela da riqueza nacional caiu nas mãos de um restrito grupo de milionários, que ficariam conhecidos como "oligarcas russos". A era Iéltsin foi marcada pela corrupção excessiva e generalizada, inflação, colapso económico e enormes problemas políticos e sociais que afetaram a Rússia e também as demais  antigas repúblicas da União Soviética. Alexander Rutskoi, opositor de Iéltsin, denunciou as reformas do adversário, considerando-as um "genocídio económico".
Iéltsin é lembrado, principalmente, pelas suas várias reformas políticas, sociais e económicas da Rússia, as diversas situações constrangedoras decorrentes do seu alcoolismo e o seu papel como líder da oposição, tendo sido ele um dos mais notáveis políticos favoráveis à independência da Rússia, uma república então controlada pela União Soviética.
    
(...)
   
Em 31 de dezembro de 1999, num anúncio surpresa divulgado ao meio-dia pelo horário de Moscovo, Iéltsin renunciava ao cargo de presidente da Rússia. Vladimir Putin assumiu a presidência, consoante à Constituição. As eleições aconteceriam no ano seguinte, em 26 de março

   

Hoje comemora-se o Dia Internacional do Livro...!

    
O Dia Internacional do Livro teve a sua origem na Catalunha, região autónoma de Espanha.
A data começou a ser celebrada em 5 de abril de 1926, em comemoração do nascimento de Miguel de Cervantes, escritor espanhol. O escritor e editor valenciano, estabelecido em Barcelona, Vicent Clavel Andrés, propôs este dia à Câmara Oficial do Livro de Barcelona.
Em 6 de fevereiro de 1926, o governo espanhol, presidido por Miguel Primo de Rivera, aceitou a data e o Rei Afonso XIII assinou o decreto real que instituiu a Festa do Livro Espanhol.
No ano de 1930, a data comemorativa foi mudada para 23 de abril, dia provável do falecimento de Cervantes.
Mais tarde, em 1995, a UNESCO instituiu 23 de abril como o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor, em virtude de a 23 de abril se assinalar o falecimento de outros escritores, como Josep Pla, escritor catalão, e William Shakespeare, dramaturgo inglês.
No caso do escritor inglês, tal data não é precisa, pois que em Inglaterra, naquele tempo, ainda se utilizava o calendário juliano, pelo que havia uma diferença de 10 dias apara o calendário gregoriano usado em Espanha. Assim Shakespeare faleceu, efetivamente, dez dias depois de Cervantes.

sexta-feira, abril 22, 2022

Vladimir Nabokov nasceu há 123 anos

  

Vladimir Vladimirovich Nabokov (São Petersburgo, 22 de abril de 1899 - Montreux, Suíça, 2 de julho de 1977) foi um escritor russo-americano. Nabokov escreveu os seus primeiros nove romances em russo e então chegou à fama internacional como um mestre estilista de prosa em inglês. Também fez contribuições para a entomologia e tinha interesse em problemas de xadrez.

Lolita (1955) é frequentemente citado entre seus romances mais importantes e é o mais conhecido, apresentando o amor por intrincado jogo de palavras e o detalhe descritivo que caracteriza todas as suas obras. O romance foi classificado na quarta posição na lista dos 100 melhores romances da Modern Library. A sua autobiografia intitulada Speak, Memory foi listado na oitava posição na lista dos livros de não-ficção da Library Modern.
Nascido numa família da antiga aristocracia, em 1919, a instabilidade produzida pela revolução bolchevique (1917) obrigou-o a abandonar a União Soviética. Estudou em Cambridge e licenciou-se em literatura russa e francesa. Mudou-se para Berlim, onde iniciou sua produção literária e intenso trabalho como tradutor.
Em 1926, foi publicado seu primeiro romance, Maria, acolhido com interesse e consideração. Fugindo dos exércitos nazis e após uma estada em Paris, chegou em 1940 aos Estados Unidos, onde se dedicou ao ensino de língua e literatura russa em várias universidades. Embora continuasse a escrever na sua língua materna, começou também a escrever em inglês, publicando o seu primeiro romance nesta língua em 1941 (The Real Life of Sebastian Knight). Publicou, em 1955, o polémico romance Lolita, em inglês.
A partir de 1958, o sucesso alcançado por seus livros permitiu-lhe dedicar-se inteiramente aos seus principais interesses, a literatura e a entomologia.
  
 Monumento de Vladimir Nabokov em Montreux
  
Rússia
Nabokov era o mais velho dos cinco filhos do advogado, político e jornalista liberal Vladimir Dmitrievich Nabokov e sua esposa, Elena Ivanovna Rukavishnikova. Nasceu numa família rica e proeminente da nobreza, sem título, de São Petersburgo. Entre os seus primos está o compositor Nicolas Nabokov. Passou a sua infância e juventude em São Petersburgo e na propriedade rural Vyra, perto de Siversky, ao sul da cidade.
A infância de Nabokov, que ele chamou de "perfeita", foi notável em vários aspectos. A família falava russo, inglês e francês no seu agregado familiar e Nabokov era trilingue desde tenra idade. Na verdade, para grande desgosto patriótico de seu pai, Nabokov soube ler e escrever inglês antes do russo. Em Speak, Memory Nabokov recorda inúmeros detalhes de sua infância privilegiada e sua capacidade de recordar detalhes vívidos nas memórias de seu passado foi uma bênção para ele durante seu exílio permanente, bem como proporcionou um tema que ecoa desde seu primeiro livro, Mary, e por todo o caminho até obras tardias, como Ada or Ardor: A Family Chronicle. Enquanto a família era nominalmente ortodoxa, não eram muito ligados à religião e o pequeno Vladimir não foi forçado a frequentar a igreja depois que perdera o interesse. Em 1916, herdou a propriedade Rozhdestveno, perto de Vyra, de seu tio Vasiliy Ivanovich Rukavishnikov ("tio Ruka" em Speak, Memory), mas perdeu-a na revolução, um ano mais tarde. Esta foi a única casa que possuiria em toda sua vida.
  
Emigração
Após a revolução de fevereiro de 1917, Vladimir Dmitrievich Nabokov tornou-se secretário do Governo Provisório Russo e a família foi forçada a fugir da cidade, após a revolução de outubro, para a Crimeia, não esperando ser afastada por muito tempo. Moravam na propriedade de um amigo e em setembro de 1918 mudaram-se para Livadia, na Ucrânia. O pai de Nabokov foi um ministro da justiça do governo provisório da Crimeia. Após a retirada do exército alemão (novembro de 1918) e da derrota do Exército Branco no início de 1919, os Nabokovs partiram para o exílio na Europa Ocidental. Em 2 de abril de 1919, a família deixou Sevastopol no último navio. Estabeleceram-se brevemente em Inglaterra, onde Vladimir foi matriculado no Trinity College, em Cambridge, e estudou línguas eslavas e latinas. Mais tarde, valeu-se das suas experiências de Cambridge para escrever o romance Glory. Em 1920 a sua família mudou-se para Berlim, onde o seu pai criou o jornal imigrante Rul (Leme). Nabokov seguiria para Berlim após terminar os seus estudos em Cambridge, dois anos depois.
      

Hoje é o Dia Nacional do Património Geológico...

(imagem daqui)

    
Hoje hoje, além de ser o Dia Mundial da Terra, em Portugal também se celebra o Dia Nacional do Património Geológico.
  

Roubemos a palavra ao poeta ígneo, o transmontano Miguel Torga, convertido em citadino e conimbricense como eu, para celebrar a data...!



Pátria

Serra!
E qualquer coisa dentro de mim se acalma…
Qualquer coisa profunda e dolorida,
Traída,
Feita de terra
E alma.

Uma paz de falcão na sua altura
A medir as fronteiras:
- Sob a garra dos pés e fraga dura,
E o bico a picar estrelas verdadeiras… 

 
  
 

Gerês, Pedra Bela, 20 de agosto de 1942 - Diário II

Kanimambo...

Freedom...!

O ator Jack Nicholson faz hoje 85 anos...!

    
John Joseph "Jack" Nicholson (Nova Iorque, 22 de abril de 1937) é um premiado ator, cineasta, produtor de cinema e roteirista dos Estados Unidos da América, considerado por muitos um dos maiores atores da história. Foi nomeado para o Óscar doze vezes, e ganhou o Óscar de melhor ator duas vezes, nos filmes One Flew Over the Cuckoo's Nest e As Good as It Gets. Também ganhou um Óscar de melhor ator coadjuvante, pelo filme de 1983, Terms of Endearment.
Nicholson é conhecido por interpretar vilões como Jack Torrance em The Shining, Frank Costello em The Departed e O Joker em Batman, entre outros.
Nicholson é um dos dois únicos atores que foi nomeado para um Óscar pela sua atuação em cada década desde os anos 60 a 2000 (o outro é Michael Caine). Ganhou sete Globos de Ouro, e recebeu um prémio Kennedy Center, em 2001. Em 1994 tornou-se um dos mais jovens atores a receber o Prémio do American Film Institute Life Achievement.