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sábado, dezembro 21, 2024

John Newton, abolicionista e pastor anglicano, morreu há 217 anos

  
John Newton (Londres, 24 de julho de 1725 - Londres, 21 de dezembro de 1807) foi um pastor anglicano. Tendo vivido, antes de sua conversão à fé cristã, como um traficante de escravos, Newton tornou-se um grande defensor na Inglaterra do fim da escravatura, influenciando o abolicionista William Wilberforce. Foi também autor de muitos hinos do reportório cristão, incluindo Amazing Grace.

John Newton nasceu em Wapping, Londres, em 1725, filho de John Newton, um capitão de navio de serviço no Mediterrâneo, e Elizabeth Seatclife, uma cristã não-conformista. A sua mãe morreu de tuberculose quando ele tinha apenas 6 anos.
Depois de um curto tempo na Marinha Real, John Newton iniciou a sua carreira como traficante de escravos. Certo dia, durante uma de suas viagens, o navio de Newton foi fortemente afetado por uma tempestade. Momentos depois de deixar o convés, o marinheiro que tomou o seu lugar caiu ao mar, por isso ele próprio guiou a embarcação na tempestade. Mais tarde comentou que durante a tempestade sentiu quão frágeis e desamparados eles estavam e concluiu que somente a Graça de Deus poderia salvá-los naquele momento. Incentivado por esse acontecimento, e pelo que havia lido no livro Imitação de Cristo, de Tomás de Kempis, resolveu abandonar o tráfico de escravos e tornou-se cristão, o que o levou a compor a canção Amazing Grace (do inglês: "Graça Maravilhosa").
   

 

 

Amazing grace

Amazing grace! (how sweet the sound)
That sav'd a wretch like me!
I once was lost, but now am found,
Was blind, but now I see.

'Twas grace that taught my heart to fear,
And grace my fears reliev'd;
How precious did that grace appear
The hour I first believ'd!

Thro' many dangers, toils, and snares,
I have already come;
'Tis grace hath brought me safe thus far,
And grace will lead me home.

The Lord has promis'd good to me,
His word my hope secures;
He will my shield and portion be
As long as life endures.

Yes, when this flesh and heart shall fail,
And mortal life shall cease;
I shall possess, within the veil,
A life of joy and peace.
 
The earth shall soon dissolve like snow,
The sun forbear to shine;
But God, who call'd me here below,
Will be forever mine.

 

John Newton, Olney Hymns, 1779

Benjamin Disraeli nasceu há duzentos e vinte anos


   
Benjamin Disraeli, 1.º Conde de Beaconsfield  (Londres, 21 de dezembro de 1804 – Londres 19 de abril de 1881) foi um escritor e político britânico de origem judaica italiana (sefardita) e primeiro-ministro do Reino Unido.
Começou a sua carreira profissional no escritório de um procurador, em 1821, a fim de se preparar para um lugar na administração pública, aí se mantendo até 1831. Entretanto, em 1826, inicia a sua carreira de escritor com a publicação de Vivian Grey (1826).
O começo da sua carreira política dá-se em 1837, com a sua eleição para deputado por Wycombe. Em 1848 torna-se líder do partido protecionista. Nesse mesmo ano foi nomeado ministro do Tesouro e, constatando que a nação desejava uma política de livre-câmbio, abandonou a sua orientação protecionista.
 
  
Entre 1852 e 1874 a sua carreira política caracteriza-se por demissões e regressos ao poder. É precisamente a partir de 1874 que a sua figura política se destaca pelas diversas reformas levadas a cabo (reformas internas sobre fábricas e habitações, emendou a lei dos pobres, etc.), principalmente no campo externo. Aderindo a uma política expansionista e imperialista, contribuiu para a grandeza e poderio do império britânico. Apoderou-se do controle da Companhia do Canal do Suez, anexou o Transvaal, na África do Sul, e Chipre. Em 1877 proclamou a rainha Vitória Imperatriz das Índias. Dois anos mais tarde entrava na Câmara dos Lordes com o título de Lord Beaconsfield.
     

São Thomas Becket nasceu há 896 anos


  

São Thomas Becket ou, simplesmente, Tomás Becket (Londres, 21 de dezembro de 1128 - Cantuária, 29 de dezembro de 1170), foi Arcebispo de Cantuária de 1162 a 1170. É venerado como santo e mártir pela Igreja Católica e pela Igreja Anglicana. Envolvido num conflito com o rei Henrique II da Inglaterra, pelos direitos e privilégios da Igreja, foi assassinado por seguidores do rei na Catedral de Cantuária.

  

quinta-feira, dezembro 05, 2024

Christina Rossetti nasceu há 194 anos

Retrato de Christina Rossetti, feito por seu irmão, Dante Gabriel Rossetti

  

Christina Georgina Rossetti (Londres, 5 de dezembro de 1830 - Londres, 29 de dezembro de 1894) foi uma poetisa inglesa de origem italiana, irmã do pintor Dante Gabriel Rossetti, William Michael Rossetti e Maria Francesca Rossetti.

O seu pai, Gabriele Rossetti, era um poeta italiano e refugiado político do Reino das Duas Sicílias, a sua mãe, Frances Polidori, era irmã de John William Polidori, amigo e médico de Byron

 

in Wikipédia

 

    

Crying, my little one, footsore and weary?

 

Crying, my little one, footsore and weary?
  Fall asleep, pretty one, warm on my shoulder:
I must tramp on through the winter night dreary,
  While the snow falls on me colder and colder.

You are my one, and I have not another;
  Sleep soft, my darling, my trouble and treasure;
Sleep warm and soft in the arms of your mother,
  Dreaming of pretty things, dreaming of pleasure.

 
 
in Sing-Song: A Nursery Rhyme Book (1893) - Christina Rossetti

terça-feira, novembro 19, 2024

Carlos I, Rei da Inglaterra, Escócia e Irlanda, nasceu há 424 anos

    
Carlos I (Dunfermline, 19 de novembro de 1600Londres, 30 de janeiro de 1649) foi o rei dos três reinos da Inglaterra, Escócia e Irlanda de 27 de março de 1625 até à sua execução em 1649.
Carlos era o segundo filho do rei Jaime VI da Escócia; quando seu pai herdou o trono inglês em 1603 ele foi para a Inglaterra, onde passou a maior parte de sua vida. Ele tornou-se herdeiro aparente das três coroas quando o seu irmão Henrique Frederico morreu em 1612. Uma tentativa, mal sucedida e impopular, de casar Carlos com uma princesa espanhola, culminou com uma visita de oito meses a Espanha em 1623, demonstrando a futilidade das negociações de casamento. Dois anos depois, ele casou com a francesa Henriqueta Maria.
Depois de sua sucessão, Carlos começou uma luta pelo poder contra o parlamento inglês, tentando obter uma receita enquanto o parlamento tentava restringir sua prerrogativa real. Ele acreditava no direito divino dos reis e achou que podia governar de acordo com a sua consciência. Muitos de seus súbditos eram contra as suas políticas, particularmente as suas interferências nas igrejas inglesa e escocesa e o aumento de impostos, sem o consentimento parlamentar, vendo as suas ações como de um monarca 
absoluto tirano.
As políticas religiosas de Carlos, junto com o seu casamento com uma católica, geraram antipatia e desconfiança entre grupos reformistas, como os puritanos e calvinistas, que o viam como muito católico. Ele apoiava clérigos controversos como Ricardo Montagu e Guilherme Laud, que Carlos nomeou Arcebispo da Cantuária, falhando em ajudar as forças protestantes durante a Guerra dos Trinta Anos. As suas tentativas de forçar reformas religiosas na Escócia gerou as Guerras dos Bispos, aumentou a posição dos parlamentos inglês e escocês e ajudou a precipitar sua queda.
A partir de 1642, Carlos lutou contra as forças dos dois parlamentos na Guerra Civil Inglesa. Depois de ser derrotado em 1645, ele entregou-se às forças escocesas, que o entregaram ao parlamento inglês. Carlos recusou-se a aceitar as exigências de uma monarquia constitucional e, temporariamente, fugiu em novembro de 1647. Recapturado na Ilha de Wight, criou uma aliança com a Escócia, porém o Exército Novo de Oliver Cromwell consolidou o seu controle da Inglaterra, no final de 1648. Carlos foi julgado, condenado e executado por traição, em janeiro de 1649. A monarquia foi abolida e uma república foi declarada. O Interregnum inglês terminou em 1660 e a monarquia foi restaurada. com o seu filho Carlos II.
    
(...)
     
Gravura contemporânea alemã da decapitação de Carlos I
   
Julgamento, execução e canonização pela Igreja Anglicana
Em 1649, a Câmara dos Comuns cria um tribunal para o julgamento de Carlos. Era a primeira vez que um monarca seria julgado na história da Inglaterra. No dia 29 de janeiro do mesmo ano, Carlos foi condenado a morte por decapitação. Ele foi decapitado no dia seguinte, do lado de fora da Banqueting House. O monarca foi enterrado no dia 7 de fevereiro na Capela de São Jorge (Castelo de Windsor), no Castelo de Windsor, numa cerimónia privada.
Durante o reinado do seu filho, Carlos II, Carlos I foi oficialmente canonizado pela Igreja Anglicana como "Rei Carlos, o Mártir" e "São Carlos Stuart", o único santo a ser oficialmente canonizado pela Comunhão Anglicana. A data de sua festa litúrgica varia dependendo dos calendários anglicanos locais. Ele é considerado um mártir que morreu pela preservação da sucessão apostólica na Igreja Anglicana. Há muitas sociedades dedicadas à sua devoção.
     
Brasão de Carlos como Rei da Inglaterra
      

domingo, novembro 17, 2024

A rainha Isabel I de Inglaterra começou a reinar há 466 anos

  
Isabel I
(Greenwich, 7 de setembro de 1533 - Richmond, 24 de março de 1603), também conhecida sob a variante Elisabete I ou Elizabeth I, foi Rainha da Inglaterra e da Irlanda desde 1558 até à sua morte. Também ficou conhecida pelos nomes de A Rainha Virgem, Gloriana e Boa Rainha Bess. Filha de Henrique VIII, Isabel nasceu como princesa, mas a sua mãe, Ana Bolena, foi executada dois anos e meio depois do seu nascimento e Isabel foi declarada bastarda. Mais tarde, o seu meio-irmão, Eduardo VI, deixou a coroa a Lady Jane Grey, excluindo as suas irmãs da linha de sucessão. No entanto, o seu testamento foi rejeitado, Lady Jane Grey foi executada e, em 17 de novembro de 1558, Isabel sucedeu, por morte desta, à sua meia-irmã católica, Maria I, depois de passar quase um ano presa, por suspeita de apoiar os rebeldes protestantes.
Isabel decidiu que reinaria com bons conselheiros, dependendo fortemente de um grupo de intelectuais de confiança liderado por William Cecil, barão Burghley. Uma das suas primeiras iniciativas como rainha foi apoiar o estabelecimento da igreja protestante inglesa, da qual se tornou governadora suprema. Este Acordo Religioso Isabelino manteve-se firmemente durante o seu reinado e desenvolveu-se, tornando-se naquela que é conhecida hoje como a Igreja de Inglaterra. Era esperado que Isabel se casasse, mas apesar de vários pedidos do parlamento e de numerosas cortes feitas por vários membros de casas reais por toda a Europa, ela nunca o fez. As razões para esta decisão já foram muito debatidas. À medida que envelhecia, Isabel tornou-se famosa pela sua virgindade, criando um culto à sua volta que foi celebrado nos retratos, festas e literatura da época.
Seu reinado é conhecido por Período Elisabetano (ou Isabelino) ou ainda Era Dourada. Foi um período de ascensão, marcado pelos primeiros passos na fundação daquilo que seria o Império Britânico, e pela produção artística crescente, principalmente na dramaturgia, que rendeu nomes como Christopher Marlowe e William Shakespeare. No campo da navegação, o capitão Francis Drake foi o primeiro inglês a dar a volta ao mundo, enquanto na área do pensamento Francis Bacon pregou suas ideias políticas e filosóficas. As mudanças estendiam-se à América do Norte, onde se deram as primeiras tentativas de colonização, que resultaram em geral em fracassos.
Isabel era uma monarca temperamental e muito decidida. Esta última característica, vista com impaciência por seus conselheiros, frequentemente a manteve longe de desavenças políticas. Assim como seu pai Henrique VIII, Isabel gostava de escrever, tanto prosa quanto poesia.
O seu reinado foi marcado pela prudência na concessão de honrarias e títulos. Somente oito títulos maiores: um de conde e sete de barão, no reino da Inglaterra, mais um baronato na Irlanda, foram criados durante o reinado de Isabel. Isabel também reduziu substancialmente o número de conselheiros privados, de 39 para 19. Mais tarde, passaram a ser apenas 14 conselheiros.
A colónia inglesa da Virgínia (futuro estado americano, após a independência dos Estados Unidos), recebeu esse nome em homenagem a Isabel I.
     
         

quarta-feira, novembro 13, 2024

Santo Agostinho nasceu há 1670 anos

Agostinho num afresco de Botticelli
      
Aurélio Agostinho (em latim: Aurelius Augustinus), dito de Hipona, conhecido como Santo Agostinho (Tagaste, 13 de novembro de 354 - Hipona, 28 de agosto de 430), foi um bispo, escritor, teólogo, filósofo e é um padre latino e Doutor da Igreja Católica.
Agostinho é uma das figuras mais importantes no desenvolvimento do cristianismo no Ocidente. Em seus primeiros anos, Agostinho foi fortemente influenciado pelo maniqueísmo e pelo neoplatonismo de Plotino, mas, depois de tornar-se cristão (387), ele desenvolveu a sua própria abordagem sobre filosofia e teologia e uma variedade de métodos e perspetivas diferentes. Ele aprofundou o conceito de pecado original dos padres anteriores e, quando o Império Romano do Ocidente começou a se desintegrar, desenvolveu o conceito de Igreja como a cidade espiritual de Deus (num livro com o mesmo nome), distinta da cidade material do homem. O seu pensamento influenciou profundamente a visão do homem medieval. A Igreja se identificou com o conceito de "Cidade de Deus" de Agostinho, e também a comunidade que era devota de Deus.
Na Igreja Católica, e na Igreja Anglicana, é considerado um santo e um importante Doutor da Igreja, e o patrono da ordem religiosa agostiniana. Muitos protestantes, especialmente os calvinistas, mas também os luteranos (basta recordar que Martinho Lutero era inicialmente um sacerdote católico agostiniano), consideram-no como um dos pais teólogos da Reforma Protestante, ensinando a salvação e a graça divina.
Na Igreja Ortodoxa Oriental é louvado e o seu dia festivo é celebrado a 15 de junho, apesar de uma minoria ser da opinião que ele é um herege, principalmente por causa de suas mensagens sobre o que se tornou conhecido como a cláusula filioque. Entre os ortodoxos é chamado de "Agostinho Abençoado", ou "Santo Agostinho o Abençoado".
     

segunda-feira, novembro 04, 2024

Guilherme III de Inglaterra nasceu há 374 anos

      
Guilherme III & II (Haia, 4 de novembro de 1650Londres, 8 de março de 1702) foi um soberano Príncipe de Orange da Casa de Orange-Nassau por nascimento. A partir de 1672 ele governou como o estatuder Guilherme III de Orange na Holanda, Zelândia, Utrecht, Guéldria e Overissel, da República dos Países Baixos. Começando em 1689, reinou na Inglaterra e Irlanda como Guilherme III; foi uma coincidência o seu número régio ser o mesmo tanto nos Países Baixos quanto na Inglaterra. Como Rei da Escócia, ele era conhecido como Guilherme II. Guilherme é conhecido em algumas partes da Irlanda do Norte e Escócia como "Rei Billy". Em 5 de novembro de 1688, naquilo que ficou conhecida como a "Revolução Gloriosa", invadiu a Inglaterra, numa ação que acabou por depor o rei Jaime II & VII e conquistar as coroas dos países das Ilhas Britânicas. Ele governou, juntamente com Maria II, a sua esposa, até à morte dela, a 28 de dezembro de 1694.
Guilherme, um protestante, participou de várias guerras contra o poderoso rei católico Luís XIV de França em coligação com potências europeias protestantes e católicas. Vários protestantes consideravam-no um defensor da sua fé. Principalmente por causa da sua reputação, ele conseguiu tomar as coroas britânicas quando muitos temiam um regresso ao catolicismo durante o reinado de Jaime. A sua vitória contra as forças do rei, em 1690, na Batalha do Boyne ainda é comemorada pela Ordem de Orange. O seu reinado marcou um momento de transição entre os governos absolutistas dos Stuarts e os governos parlamentares da Casa de Hanôver.
  
Brasão de Armas do Rei Guilherme III (e da Rainha Maria II)
   

sábado, outubro 12, 2024

Edith Cavell foi vergonhosamente executada há 109 anos...

 

Edith Louisa Cavell (Swardeston, 4 December 1865 – Schaerbeek, 12 October 1915) was a British nurse and humanitarian. She is celebrated for saving the lives of soldiers from all sides without distinction and in helping some 200 Allied soldiers escape from German-occupied Belgium during World War I, for which she was arrested. She was court-martialled and found guilty of treason. She was sentenced to death and shot by firing squad. She received worldwide sympathetic press coverage.
She is well-known for her statement that "patriotism is not enough." Her strong Anglican beliefs propelled her to help all those who needed it, both German and Allied soldiers. She was quoted as saying, "I can’t stop while there are lives to be saved". Cavell was also an influential pioneer of modern nursing in Belgium.

Edith Cavell was born on 4 December 1865 in Swardeston, a village near Norwich, where her father, the Reverend Frederick Cavell, was priest for 45 years. She was the eldest of four children and was taught to always share with the less fortunate, despite her family’s meagre earnings. After a period as a governess, including for a family in Brussels 1900 -1905, she trained as a nurse at the London Hospital under Matron Eva Luckes. In 1907, Cavell was recruited by Dr. Antoine Depage to be matron of a newly established nursing school by the name of L'École Belge d’Infirmières Diplômées on the Rue de la Culture in Brussels. By 1910, "Miss Cavell 'felt that the profession of nursing had gained sufficient foothold in Belgium to warrant the publishing of a professional journal,' and therefore launched the nursing journal, L'infirmière. A year later, she was a training nurse for three hospitals, 24 schools, and 13 kindergartens in Belgium.
When World War I broke out, she was visiting her widowed mother in Norfolk in the East of England. She returned to Brussels where her clinic and nursing school were taken over by the Red Cross.

In late 1914, after the German occupation of Brussels, Cavell began sheltering British soldiers and funnelling them out of occupied Belgium to the neutral Netherlands. In the following months, an underground organisation developed, allowing her to guide some 200 Allied soldiers to safety, which placed Cavell in violation of German military law. German authorities became increasingly suspicious of the nurse's actions, which were backed up by her outspokenness.
She was arrested on 3 August 1915 and charged with harbouring Allied soldiers. She was held in St Gilles prison for 10 weeks, the last two in solitary confinement, and was court-martialled. She was then prosecuted for aiding British and French soldiers, in addition to young Belgian men, to cross the border and enter Britain. She admitted her guilt when she signed a statement the day before the trial, thus reaffirming the crime in the presence of all other prisoners and lawyers present in the court at the beginning of the trial. Cavell gave the German prosecution a much stronger case against her when she declared that the soldiers she had helped escape thanked her in writing when arriving safely in Britain. This admission proved hard to ignore because it not only confirmed that Cavell had helped the soldiers navigate the Dutch frontier, but it also established that she helped them escape to a country at war with Germany.
As the case stood, the sentence according to German military law was death. Paragraph 58 of the German Military Code says: “Will be sentenced to death for treason any person who, with the intention of helping the hostile Power, or of causing harm to the German or allied troops, is guilty of one of the crimes of paragraph 90 of the German Penal Code.” The case referred to in the above-mentioned paragraph 90 consists of "Conducting soldiers to the enemy." Additionally, the penalties according to paragraph 160 of the German Code, in case of war, apply to both foreigners as well as Germans.
The British government said they could do nothing to help her. Sir Horace Rowland of the Foreign Office said, "I am afraid that it is likely to go hard with Miss Cavell; I am afraid we are powerless." The sentiment was echoed by Lord Robert Cecil, Under-Secretary for Foreign Affairs. "Any representation by us", he advised, "will do her more harm than good."The United States however had not yet joined the war and was in a position to apply diplomatic pressure. Hugh S. Gibson, First Secretary of the U.S. legation at Brussels, made clear to the German government that executing Cavell would further harm Germany's already damaged reputation. Later, he wrote:
We reminded him (Baron von der Lancken) of the burning of Louvain and the sinking of the Lusitania, and told him that this murder would stir all civilized countries with horror and disgust. Count Harrach broke in at this with the remark that he would rather see Miss Cavell shot than have harm come to one of the humblest German soldiers, and his only regret was that they had not 'three or four English old women to shoot.'
The German civil governor, Baron von der Lancken, is known to have stated that Cavell should be pardoned because of her complete honesty and because she had helped save so many lives, German as well as Allied. However, the German military acted quickly to execute Cavell and so deny higher authorities the opportunity to consider clemency.
Cavell was not arrested for espionage, as many were led to believe, but for treason. Of the 27 put on trial, Cavell and four others were condemned to death, among them Philippe Baucq, an architect in his thirties who had also been instrumental in the escapes. Evidence has recently emerged that Cavell was in fact a spy working for the British Secret Intelligence Service (SIS), but her espionage role was compromised by her helping prisoners to escape.
When in custody, Cavell was questioned in French, but the session was minuted in German. This gave the interrogator the opportunity to misinterpret her answers. Although she may have been misrepresented, she made no attempt to defend herself. Cavell was provided with a defender approved by the German military governor. A previous defender, who was chosen for Cavell by her assistant, Elizabeth Wilkins, was ultimately rejected by the governor.
The night before her execution, she told the Reverend Stirling Gahan, the Anglican chaplain who had been allowed to see her and to give her Holy Communion, "Patriotism is not enough, I must have no hatred or bitterness towards anyone." These words are inscribed on her statue in St Martin's Place, near Trafalgar Square in London. Her final words to the German Lutheran prison chaplain, Paul Le Seur, were recorded as, "Ask Father Gahan to tell my loved ones later on that my soul, as I believe, is safe, and that I am glad to die for my country."
Despite efforts by Brand Whitlock, the U.S. minister to Belgium, and by the Marquis de Villalobar, the Spanish minister, on Cavell's behalf, on 11 October, Baron von der Lancken allowed the execution to proceed. Sixteen men, forming two firing squads, carried out the sentence pronounced on her and on four Belgian men at Tir National shooting range in Schaerbeek, at 6:00 am on 12 October 1915. There are conflicting reports of the details of Cavell's execution. However, according to the eyewitness account of the Reverend Le Seur, who attended Cavell in her final hours, eight soldiers fired at Cavell while the other eight executed Philippe Baucq.
There is also a dispute over the sentencing imposed under the German Military Code. Supposedly, the death penalty relevant to the offence committed by Cavell was not officially declared until a few hours after her death.
On instructions from the Spanish minister, Belgian women immediately buried her body next to St. Gilles Prison. After the War, her body was taken back to Britain for a memorial service at Westminster Abbey and then transferred to Norwich, to be laid to rest at Life's Green.
  
  
in Wikipédia

sábado, setembro 07, 2024

Isabel I de Inglaterra nasceu há 491 anos

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Isabel I (Greenwich, 7 de setembro de 1533 - Richmond, 24 de março de 1603), também conhecida no Brasil sob a variante Elisabete I ou Elizabeth I, foi Rainha da Inglaterra e da Irlanda desde 1558 até à sua morte. Também ficou conhecida pelos nomes de A Rainha Virgem, Gloriana e Boa Rainha Bess. Filha de Henrique VIII, Isabel nasceu como princesa, mas a sua mãe, Ana Bolena, foi executada dois anos e meio depois do seu nascimento e Isabel foi declarada bastarda. Mais tarde o seu meio-irmão, Eduardo VI, deixou a coroa a Lady Jane Grey, excluindo as suas irmãs da linha de sucessão. No entanto, o seu testamento foi rejeitado, Lady Jane Grey foi executada e, em 1558, Isabel sucedeu à sua meia-irmã católica, Maria I, depois de passar quase um ano presa, por suspeita de apoiar os rebeldes protestantes.
Isabel decidiu que reinaria com bons conselheiros, dependendo fortemente de um grupo de intelectuais de confiança liderado por William Cecil, barão Burghley. Uma das suas primeiras iniciativas como rainha foi apoiar o estabelecimento da igreja protestante inglesa, da qual se tornou a governadora suprema. Este Acordo Religioso Isabelino manteve-se firmemente durante o seu reinado e desenvolveu-se, tornando-se naquela que é conhecida hoje como a Igreja de Inglaterra. Era esperado que Isabel se casasse, mas apesar de vários pedidos do parlamento e de numerosas cortes feitas por vários membros de casas reais por toda a Europa, ela nunca o fez. As razões para esta decisão já foram muito debatidas. À medida que envelhecia, Isabel tornou-se famosa pela sua virgindade, criando um culto à sua volta que foi celebrado nos retratos, festas e literatura da época.
O seu reinado é conhecido por Período Elisabetano (ou Isabelino) ou ainda Era Dourada. Foi um período de ascensão, marcado pelos primeiros passos na fundação daquilo que seria o Império Britânico, e pela produção artística crescente, principalmente na dramaturgia, que rendeu nomes como Christopher Marlowe e William Shakespeare. No campo da navegação, o capitão Francis Drake foi o primeiro inglês a dar a volta ao mundo, enquanto na área do pensamento Francis Bacon pregou suas ideias políticas e filosóficas. As mudanças estendiam-se à América do Norte, onde se deram as primeiras tentativas de colonização, que resultaram em geral em fracassos.
Isabel era uma monarca temperamental e muito decidida. Esta última característica, vista com impaciência por seus conselheiros, frequentemente a manteve longe de desavenças políticas. Assim como seu pai Henrique VIII, Isabel gostava de escrever, tanto prosa quanto poesia.
O seu reinado foi marcado pela prudência na concessão de honrarias e títulos. Somente oito títulos maiores: um de conde e sete de barão no reino da Inglaterra, mais um baronato na Irlanda, foram criados durante o reinado de Isabel. Isabel também reduziu substancialmente o número de conselheiros privados, de 39 para 19. Mais tarde, passaram a ser apenas 14 conselheiros.
A colónia inglesa da Virgínia (futuro estado americano, após a independência dos Estados Unidos), recebeu esse nome em homenagem a Isabel I.
     
       

quarta-feira, agosto 28, 2024

Santo Agostinho de Hipona morreu há 1594 anos

Santo Agostinho, num afresco de Sandro Botticelli

Aurélio Agostinho (em latim: Aurelius Augustinus), dito de Hipona, conhecido como Santo Agostinho (Tagaste, 13 de novembro de 354 - Hipona, 28 de agosto de 430), foi um bispo, escritor, teólogo, filósofo e é um padre latino e Doutor da Igreja Católica.
Agostinho é uma das figuras mais importantes no desenvolvimento do cristianismo no Ocidente. Em seus primeiros anos, Agostinho foi fortemente influenciado pelo maniqueísmo e pelo neoplatonismo de Plotino, mas, depois de tornar-se cristão (387), ele desenvolveu a sua própria abordagem sobre filosofia e teologia e uma variedade de métodos e perspetivas diferentes. Ele aprofundou o conceito de pecado original dos padres anteriores e, quando o Império Romano do Ocidente começou a se desintegrar, desenvolveu o conceito de Igreja como a cidade espiritual de Deus (num livro homónimo), distinta da cidade material do homem. O seu pensamento influenciou profundamente a visão do homem medieval. A Igreja identificou-se com o conceito de "Cidade de Deus" de santo Agostinho, e também a comunidade que era devota de Deus.
Na Igreja Católica e na Igreja Anglicana é considerado um santo, e um importante Doutor da Igreja, e o patrono da ordem religiosa agostiniana. Muitos protestantes, especialmente os calvinistas mas também os luteranos (basta recordar que Martinho Lutero era inicialmente um sacerdote católico agostiniano), consideram-no como um dos pais teólogos da Reforma Protestante, ensinando a salvação e a graça divina.
Na Igreja Ortodoxa Oriental ele é louvado, e seu dia festivo é celebrado em 15 de junho, apesar de uma minoria ser da opinião que ele é um herege, principalmente por causa de suas mensagens sobre o que se tornou conhecido como a cláusula filioque. Entre os ortodoxos é chamado de "Agostinho Abençoado", ou "Santo Agostinho o Abençoado".
    

segunda-feira, julho 29, 2024

O casamento do século foi há 43 anos

  

O casamento do príncipe Carlos (atual rei Carlos III) e Lady Diana Spencer ocorreu na quarta-feira, 29 de julho de 1981 na Catedral de São Paulo, em Londres, Reino Unido. O noivo era o herdeiro do trono britânico e a noiva era um membro da família Spencer.

A cerimónia seguiu o rito tradicional de casamento da Igreja da Inglaterra. O decano da catedral de São Paulo, Alan Webster, presidiu ao culto e o arcebispo de Cantuária, Robert Runcie, conduziu o casamento. Entre os convidados estavam muitos membros de outras famílias reais, chefes de estado republicanos e membros das famílias dos noivos. Após a cerimónia, o casal fez a tradicional aparição na varanda do Palácio de Buckingham. O Reino Unido teve um feriado nacional naquele dia para marcar o casamento. A cerimónia contou com muitos aspetos cerimoniais, incluindo o uso de carruagens.

O seu casamento foi amplamente anunciado como um "casamento de conto de fadas" e o "casamento do século". Teve uma audiência global estimada na TV de 750 milhões de pessoas. Eventos foram realizados em toda a Commonwealth para marcar o casamento. Muitas festas de rua foram realizadas em todo o Reino Unido para comemorar a ocasião. O casal separou-se em 1992 e divorciou-se em 1996, após quinze anos de casamento. 

 

sábado, julho 06, 2024

Thomas More foi executado há 489 anos...

   
São Thomas More, por vezes latinizado em Thomas Morus ou aportuguesado em Tomás Morus (Londres, 7 de fevereiro de 1478 - Londres, 6 de julho de 1535) foi homem de estado, diplomata, escritor, advogado e homem de leis, ocupou vários cargos públicos, e em especial, de 1529 a 1532, o cargo de "Lord Chancellor" (Chanceler do Reino - o primeiro leigo em vários séculos) de Henrique VIII da Inglaterra. É geralmente considerado como um dos grandes humanistas do Renascimento. Foi canonizado como santo da Igreja Católica em 19 de maio de 1935 e a sua festa litúrgica celebra-se em 22 de junho.
  
Biografia
Thomas More chegou a se autodescrever como "de família honrada, sem ser célebre, e um tanto entendido em letras". Era filho do juiz Sir John More, investido cavaleiro por Eduardo IV, e de Agnes Graunger. Casou-se com Jane Colt em 1505, em primeiras núpcias, tendo tido como filhos: Margaret, Elizabeth, Cecily e John. Jane morreu em 1511 e Thomas More casou-se em segundas núpcias com Lady Alice Middleton. More era homem de muito bom humor, caseiro e dedicado à família, muito próximo e amigo dos filhos. Dele se disse que era amigo de seus amigos, entre os quais se encontravam os mais destacados humanistas de seu tempo, como Erasmo de Rotterdam e Luis Vives.
Deu aos filhos uma educação excecional e avançada para a época, não discriminando a educação dos filhos e das filhas. A todos indistintamente fez estudar latim, grego, lógica, astronomia, medicina, matemática e teologia. Sobre esta família escreveu Erasmo: "Verdadeiramente, é uma felicidade conviver com eles."
Fez carreira como advogado respeitado, honrado e competente e exerceu por algum tempo a cátedra universitária. Em 1504, fazia parte da Câmara dos Comuns da qual foi eleito Speaker (ou presidente), tendo ganho fama de parlamentar combativo. Em 1510, foi nomeado Under-Sheriff de Londres, no ano seguinte juiz membro da Commission of Peace. Entrou para a corte de Henrique em 1520 foi várias vezes embaixador do rei e tornou-se cavaleiro (Knight) em 1521. Foi nomeado vice-tesoureiro e depois Chanceler do Ducado de Lancaster e, a seguir, Chanceler da Inglaterra.
A sua obra mais famosa é "Utopia" (1516) (em grego, utopos = "em lugar nenhum") . Neste livro criou uma ilha-reino imaginária que alguns autores modernos viram como uma proposta idealizada de Estado e outros como sátira da Europa do século XVI. Um dos aspetos desta obra de More é que ela recorreu à alegoria (como no Diálogo do Conforto, ostensivamente uma conversa entre tio e sobrinho) ou está altamente estilizada, ou ambos, o que lhe abre um largo campo interpretativo .
Como intelectual, ele foi inicialmente um humanista no sentido consensual do termo. Latinista, escreveu uma "História de Ricardo III" em texto bilíngue latim-inglês, em que Shakespeare, mais tarde se basearia para escrever a peça de igual nome. Foi um grande amigo de Erasmo de Roterdão que lhe dedicou o seu "In Praise of Folly" (a palavra "folly" equivale à "moria" em grego).
Era um leitor das obras de Santo Agostinho e traduziu para o vernáculo "A Vida de Pico della Mirandolla", obras que exerceram sobre ele grande influência. Escolheu John Colet, sacerdote, como diretor espiritual, que lhe estabeleceu um plano intenso de práticas pietistas.
De Morus teria dito Erasmo: "É um homem que vive com esmero a verdadeira piedade, sem a menor ponta de superstição. Tem horas fixas em que dirige a Deus suas orações, não com frases feitas, mas nascidas do mais profundo do coração. Quando conversa com os amigos sobre a vida futura, vê-se que fala com sinceridade e com as melhores esperanças. E assim é More também na Corte. Isto, para os que pensam que só há cristãos nos mosteiros."
   
O divórcio de Henrique VIII
Thomas Wolsey, Arcebispo de York, não foi bem sucedido na sua tentativa de conseguir o divórcio e anulação do casamento do rei com Catarina de Aragão como Henrique VIII de Inglaterra pretendia e foi forçado a demitir-se em 1529. More foi nomeado chanceler em sua substituição, sendo evidente que Henrique ainda não se tinha apercebido da retidão de caráter de More nesta matéria.
A sua chancelaria (1529-32) distinguiu-se pela sua exemplaridade, tratando pessoalmente, de todos os litígios existentes, até mesmo os herdados, sendo extremamente eficiente, imparcial e justo em suas decisões.
Sendo profundo conhecedor de teologia e do direito canónico e homem religioso - ao ponto de se mortificar por Deus - usava por baixo das roupas uma camisa cilício - More via no anulamento do sacramento do casamento uma matéria da jurisdição do papado, e a posição do Papa Clemente VII era claramente contra o divórcio em razão da doutrina sobre a indissolubilidade do matrimónio. Contrário às Reformas Protestantes então já efetuadas e percebendo que na Inglaterra poderia acontecer o mesmo (devido às questões pessoais do soberano que conduziram à crise político-diplomática com Roma), More - apoiante das decisões da Santa Sé e arreigadamente católico - deixa o seu cargo de Lord Chancellor do Rei em 16 de maio de 1532, provocando desconfiança na Corte e em Henrique VIII particularmente.
A reação de Henrique VIII foi atribuir-se a si mesmo a liderança da Igreja em Inglaterra sendo o sacerdócio obrigado a um juramento ao abrigo do Acto de Supremacia que consagrava o soberano como chefe supremo da Igreja.
More escapara, entretanto, a uma tentativa de o implicar numa conspiração. Em 1534, o Parlamento promulgou o "Decreto da Sucessão" (Succession Act), que incluía um juramento (1) reconhecendo a legitimidade de qualquer criança nascida do casamento de Henrique VIII com Ana Bolena, e (2) repudiando "qualquer autoridade estrangeira, príncipe ou potentado". Tal como no juramento de supremacia, este apenas foi exigido àqueles especificamente chamados a fazê-lo, por outras palavras, a todos os funcionários públicos e àqueles suspeitos de não apoiarem Henrique.
   
Execução
More foi convocado, excepcionalmente, para fazer o juramento em 17 de abril de 1534, e, perante sua recusa, foi preso na Torre de Londres, juntamente com o Cardeal e Bispo de Rochester John Fisher, tendo ali escrito o "Dialogue of Comfort against Tribulation". A sua decisão foi manter o silêncio sobre o assunto. Pressionado pelo rei e por amigos da corte, More decidiu não enumerar as razões pelas quais não prestaria o juramento.
Inconformado com o silêncio de More, o rei determinou o seu julgamento, sendo condenado à morte, e posteriormente executado em Tower Hill, a 6 de julho. Nem no cárcere nem na hora da execução perdeu a serenidade e o bom humor e, diante das próprias dificuldades reagia com ironia.
Pela sentença o réu era condenado "a ser suspenso pelo pescoço" e cair em terra ainda vivo. Depois seria esquartejado e decapitado. Em atenção à importância do condenado, o rei, "por clemência", reduziu a pena a "simples decapitação". Ao tomar conhecimento disto, Tomás comentou: "Não permita Deus que o rei tenha semelhantes clemências com os meus amigos." No momento da execução suplicou aos presentes que orassem pelo monarca e disse que "morria como bom servidor do rei, mas de Deus primeiro."
A sua cabeça foi exposta na ponte de Londres durante um mês, foi posteriormente recolhida por sua filha, Margaret Roper. A execução de Thomas More na Torre de Londres, no dia 6 de julho de 1535 "antes das nove horas", ordenada por Henrique VIII, foi considerada uma das mais graves e injustas sentenças aplicadas pelo Estado contra um homem de honra, consequência de uma atitude despótica e de vingança pessoal do rei. Ele foi sepultando na Capela Real de São Pedro ad Vincula.
    
Canonização
A sua trágica morte - condenado a pena capital por se negar a reconhecer Henrique VIII como cabeça da Igreja da Inglaterra, é considerada pela Igreja Católica como modelo de fidelidade à Igreja é à própria consciência, e representa a luta da liberdade individual contra o poder arbitrário.
Devido à sua retidão e exemplo de vida cristã, foi reconhecido como mártir, declarado beato em 29 de dezembro de 1886 por decreto do Papa Leão XIII e canonizado, conjuntamente com São João Fisher, em 19 de maio de 1935, pelo Papa Pio XI. O seu dia festivo é 22 de junho.
Deixou vários escritos de profunda espiritualidade e de defesa do magistério da Igreja. Em 1557, o  seu genro, William Roper, escreveu a sua primeira biografia. Desde a sua beatificação e posterior canonização publicaram-se muitas outras.
Em 2000 São Thomas More foi declarado Patrono dos Estadistas e Políticos pelo Papa João Paulo II:
"Esta harmonia do natural com o sobrenatural é talvez o elemento que melhor define a personalidade do grande estadista inglês: viveu a sua intensa vida pública com humildade simples, caracterizada pelo proverbial «bom humor» que sempre manteve, mesmo na iminência da morte.
Esta foi a meta a que o levou a sua paixão pela verdade. O homem não pode separar-se de Deus, nem a política da moral: eis a luz que iluminou a sua consciência. Como disse uma vez, "o homem é criatura de Deus, e por isso os direitos humanos têm a sua origem n'Ele, baseiam-se no desígnio da criação e entram no plano da Redenção. Poder-se-ia dizer, com uma expressão audaz, que os direitos do homem são também direitos de Deus" (Discurso, 7 de abril de 1998).
É precisamente na defesa dos direitos da consciência que brilha com luz mais intensa o exemplo de Tomás Moro. Pode-se dizer que viveu de modo singular o valor de uma consciência moral que é "testemunho do próprio Deus, cuja voz e juízo penetram no íntimo do homem até às raízes da sua alma" (Carta encíclica Veritatis splendor, 58), embora, no âmbito da ação contra os hereges, tenha sofrido dos limites da cultura de então.