quinta-feira, março 22, 2012

Artur Agostinho - um ano de saudade...

Artur Fernandes Agostinho (Lisboa, 25 de dezembro de 1920 - Lisboa, 22 de março de 2011) foi um jornalista, radialista, escritor e um premiado ator português.

Artur Agostinho fez parte do departamento desportivo da Rádio Renascença, nos anos 80 do século XX, depois de ter sido um dos mais brilhantes relatores desportivos de sempre aos microfones da Emissora Nacional de Radiodifusão.
Foi proprietário de uma agência de publicidade, a Sonarte, e jornalista. Dirigiu o diário desportivo Record, entre 1963 e 1974, tendo regressado ao jornal como colunista e patrono do prémio destinado a premiar o desportista do ano, em 2005. Entretanto, foi também director do Jornal do Sporting.
Apresentou o primeiro concurso da televisão portuguesa, o "Quem Sabe, Sabe", e participou em programas como "O Senhor que se Segue", "No Tempo Em Que Você Nasceu" e "Curto-Circuito" e ainda nas séries e telenovelas:
Na ressaca da revolução de abril escreveu os livros «Até na prisão fui roubado!» (1976), «Português sem Portugal» (1977), e, em 2009, lançou o livro «Bela, riquíssima e além disso ...viúva».
Foi agraciado com a Comenda da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada em 28 de dezembro de 2011. Morreu a 22 de março de 2011, com 90 anos de idade, no Hospital de Santa Maria onde estava internado já há uma semana. O corpo do comunicador foi ainda durante o próprio dia para a capela da Igreja São João de Deus, em Lisboa.

quarta-feira, março 21, 2012

Porque é preciso celebrar os Dias Mundiais da Árvore e da Poesia

(imagem daqui)

Árvore

Antes que tua mão para mim se levante
pensa bem.


Fui eu quem te deu o berço
onde tua mãe te embalou...


Foi no meu corpo que gravaste (disseste ao Mundo) o teu amor
e escondi na minha sombra os teus primeiros beijos...


Fui eu que te dei teu leito,
onde tua mãe te gerou e te pariu...


Fui eu que te aqueci nas longas noites de Inverno
e te alimentei quando tinhas fome...


Foi em mim que fizeste o teu filho,
em noite mágica de amor…


E é em mim que descansas
das agruras desta vida e te recolhes, rendido ao cansaço.


E, quando partires,
minhas tábuas serão tua cama final...


Pensa bem,
antes que tua mão me abata.


Pedro Luna

Porque hoje é Dia Mundial da Poesia


Adivinhação

- Que é, o que é?
Que é, o que é?
Tem cara de santo
Tem cheiro de santo
Tem força de santo
Mas santo não é!

Ninguém adivinha?
Não sabe o que é?
Tem artes do diabo
Tem manhas do diabo
Tem tudo do diabo
Mas diabo não é!

- Tem cara de santo...
Tem cheiro de santo...
Tem tudo do diabo
Mas diabo não é?
Deus não me perdoe
Um raio me cegue
O diabo me leve
Si não for muié!

Martins d'Alvarez

Bach nasceu há 327 anos

Nascido em uma família de longa tradição musical, cedo mostrou possuir talento e logo tornou-se um músico completo. Estudante incansável, adquiriu um vasto conhecimento da música europeia de sua época e das gerações anteriores. Desempenhou vários cargos em cortes e igrejas alemãs, mas suas funções mais destacadas foram a de Kantor da Igreja de São Tomás e Diretor Musical da cidade de Leipzig, onde desenvolveu a parte final e mais importante de sua carreira. Absorvendo inicialmente o grande repertório de música contrapontística germânica como base de seu estilo, recebeu mais tarde a influência italiana e francesa, através das quais sua obra se enriqueceu e transformou, realizando uma síntese original de uma multiplicidade de tendências. Praticou quase todos os géneros musicais conhecidos em seu tempo, com a notável exceção da ópera, embora suas cantatas maduras revelem bastante influência desta que foi uma das formas mais populares do período Barroco.
Sua habilidade ao órgão e ao cravo foi amplamente reconhecida enquanto viveu e se tornou legendária, sendo considerado o maior virtuoso de sua geração e um especialista na construção de órgãos. Também tinha grandes qualidades como maestro, cantor, professor e violinista, mas como compositor seu mérito só recebeu aprovação limitada e nunca foi exatamente popular, ainda que vários críticos que o conheceram o louvassem como grande. A maior parte de sua música caiu no esquecimento após sua morte, mas sua recuperação iniciou no século XIX e desde então seu prestígio não cessou de crescer. Na apreciação contemporânea Bach é tido como o maior nome da música barroca, e muitos o vêem como o maior compositor de todos os tempos, deixando muitas obras que constituem a consumação de seu género. Entre suas peças mais conhecidas e importantes estão os Concertos de Brandenburgo, o Cravo Bem-Temperado, as Sonatas e Partitas para violino solo, a Missa em Si Menor, a Tocata e Fuga em Ré Menor, a Paixão segundo São Mateus, a Oferenda Musical, a Arte da Fuga e várias de suas cantatas.


O músico Andrea Luchesi morreu há 211 anos

Andrea Luca Luchesi (Motta di Livenza, 23 de maio de 1741 - Bona, 21 de março de 1801) foi um compositor italiano da era clássica. Foi também um organista notável.
Aos quinze anos, transferiu-se a Veneza e estudou com famosos músicos, tornando-se rapidamente famoso na Europa central como organista e compositor.
Em 1771 estabeleceu-se em Bona convidado pelo Príncipe-eleitor de Colónia e em 1774 foi nomeado mestre de capela (Kapellmeister) na corte de príncipe. Em 1775 casou-se com Anthonetta d’Anthoin. Escreveu peças para órgão ou cravo, obras instrumentais (concertos, sonatas), composições religiosas, óperas. Foi o precursor da sinfonia da época clássica.


Mussorgsky nasceu há 173 anos

Modest Petrovich Mussorgsky (Karevo, Pskov, 21 de março de 1839São Petersburgo, 28 de março de 1881), compositor e militar russo conhecido por suas composições sobre a história da Rússia medieval. Foi membro do nacionalista Grupo dos Cinco, ao lado dos músicos Mily Balakirev, Aleksandr Borodin, César Cui e Nikolai Rimsky-Korsakov.


O criador do Zé Povinho nasceu há 166 anos

Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro (Lisboa, 21 de março de 1846 - 23 de janeiro de 1905) foi um artista português, de obra vasta dispersa por largas dezenas de livros e publicações, precursor do cartaz artístico em Portugal, desenhador, aguarelista, ilustrador, decorador, caricaturista político e social, jornalista, ceramista e professor. O seu nome está intimamente ligado à caricatura portuguesa, à qual deu um grande impulso, imprimindo-lhe um estilo próprio que a levou a uma visibilidade nunca antes atingida. É o autor da representação popular do Zé Povinho, que se veio a tornar num símbolo do povo português. Entre seus irmãos estava o pintor Columbano Bordalo Pinheiro.
O Museu Rafael Bordalo Pinheiro, em Lisboa, reúne a sua obra.



O príncipe D. Luís Filipe nasceu há 125 anos

D. Luís Filipe (nome completo: Luís Filipe Maria Carlos Amélio Fernando Victor Manuel António Lourenço Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis Bento de Bragança Orleães Sabóia e Saxe-Coburgo-Gota; Santa Maria de Belém, Lisboa a 21 de março de 1887 - Praça do Comércio, Lisboa, 1 de fevereiro de 1908) foi Príncipe Real de Portugal, tendo sido Príncipe da Beira antes da subida de seu pai ao trono. Era o filho mais velho do Rei D. Carlos I de Portugal e de sua mulher, a Rainha D. Amélia de Orleães.

Como herdeiro do trono, D. Luís Filipe tinha ainda o título de Duque de Bragança, usufruindo dos rendimentos dessa grande Casa, último morgadio que no seu tempo era ainda, legalmente, permitido em Portugal.

Sendo os Bragança uma família melómana em todos os tempos (tanto seu pai como o avô se dedicando, o primeiro à pintura e à ciência oceanográfica, e o segundo à literatura, tendo traduzido Shakespeare do inglês para o português), D. Luís Filipe teve uma educação esmerada em casa durante toda a sua infância, até ser entregue aos cuidados do seu preceptor, o herói das guerras de África Mouzinho de Albuquerque, recém-chegado das colónias, o qual deu início a uma apurada instrução militar ao seu discípulo.

Exerceu a regência do Reino durante escasso período de tempo em 1907, aquando da deslocação de seu pai em visita protocolar ao estrangeiro. Nesse mesmo ano, e pela primeira vez para um príncipe português desde D. João VI, deslocou-se D. Luís Filipe em viagem oficial às colónias, neste caso às africanas, visita com grande impacto nesse tempo.
O Príncipe Real, tal como seu pai, desfrutava de grande prestígio no Exército, e, sabendo das ameaças de morte a D. Carlos, andava sempre armado de revólver, para o defender quando fosse preciso, jurando sempre que o matariam primeiro a ele antes que ele deixasse matar o seu pai e seu rei. E de facto, os relatos dizem que antes de morrer ainda atirou a um dos regícidas, atingindo-o ou matando-o mesmo, com o seu revólver Winchester. O Regicídio abriu caminho para a implantação revolucionária da República.

O Príncipe estava com seu pai no dia 1 de fevereiro de 1908, quando o rei foi baleado pelas costas, na nuca, e morreu assassinado por alguns elementos da Carbonária. O assassinato foi cometido quando a Família Real, o rei, a rainha, o infante e o príncipe, regressando de Vila Viçosa, passavam de carruagem pelo Terreiro do Paço, à esquina da Rua do Arsenal. Ao tentar defender a sua família D. Luís Filipe conseguiu ainda abater um dos assassinos, sendo no entanto atingido mortalmente a tiro, sobrevivendo a seu pai muito pouco tempo. Apenas escapou ilesa ao atentado a rainha D. Amélia de Orleães, sendo ferido no braço o infante D. Manuel, duque de Beja, que assim subiu ao trono como D. Manuel II, e que viria a ser o último rei de Portugal.

O astrónomo Edward Maunder morreu há 84 anos

Edward Walter Maunder (12 de abril de 185121 de março de 1928) foi um astrónomo do Reino Unido.
Maunder ficou conhecido pelos seus estudos sobre as manchas solares e sobre o ciclo magnético solar no período compreendido entre os anos de 1645 a 1715. Este período ficou conhecido pelo Mínimo de Maunder.

O Mínimo de Maunder numa história de 400 anos de observação de números de manchas solares

O compositor russo Glazunov morreu há 76 anos

Aleksandr Konstantinovitch Glazunov (São Petersburgo, 10 de agosto de 1865Paris, 21 de março de 1936) foi um importante professor de música e compositor tardo-romântico russo.

Mily Balakirev, professor de piano de sua mãe, aconselhou que o menino estudasse com Nikolai Rimsky-Korsakov (1880) e, dois anos depois, executou num concerto a primeira sinfonia em mi maior, de Glazunov. Entre 1882 e 1886 Glazunov compôs dois quartetos de cordas, duas aberturas sobre temas folclóricos gregos, o poema sinfónico Stenka e a segunda sinfonia em fá sustenido menor.
Visitou Franz Liszt em Weimar (1884) e sofreu sua influência, e também as de Richard Wagner e Tchaikovsky, mais tarde. Muitas das suas obras-primas datam da década de 1890: os balés Raymonda, Ruses d'amour e Les Saisons, as sinfonias nº 4, 5 e 6 (a 8ª e última é de 1906). De 1904 é o concerto para violino em lá menor.
Foi professor (1899) e diretor (1905) do Conservatório de São Petersburgo, permanecendo nessa função até 1928, quando decidiu deixar a União Soviética, por sentir-se isolado. Fez uma tournée aos Estados Unidos da América mas fixou-se em Paris depois de 1930. Obras importantes desses seus últimos anos são o Concerto Balada em ré maior para violoncelo e orquestra, Op. 109 (1931) e o Concerto para saxofone alto e orquestra de cordas em mi bemol maior (1934), uma das mais populares peças para sax alto - cujo número de opus é o mesmo do Quarteto de Saxofones em si bemol maior (1932), outro standard do repertório para saxofone.


O Massacre de Sharpeville foi há 52 anos

No dia 21 de março de 1960, ocorreu na cidade de Sharpeville, na província de Gauteng, na África do Sul, um protesto, realizado pelo Congresso Pan-Africano (PAC). O protesto pregava contra a Lei do Passe, que obrigava os negros da África do Sul a usarem uma caderneta onde estavam descritos os locais a que eles podiam ir.
Cerca de cinco mil manifestantes reuniram-se em Sharpeville, uma cidade negra nos arredores de Johannesburg, e marcharam calmamente, num protesto pacífico. A polícia sul-africana conteve o protesto com rajadas de metralhadora. Morreram 69 pessoas, e cerca de 180 ficaram feridas.
Após esse dia, a opinião pública mundial focou sua atenção pela primeira vez na questão do apartheid. No dia 21 de novembro de 1969, a ONU implementou o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, que passou a ser comemorado todo dia 21 de março, a partir do ano seguinte.

Música para celebrar o Dia Mundial da Água


terça-feira, março 20, 2012

Sismo nos Açores - a crise sísmica da Graciosa continua

Recebido via e-mail do Instituto de Meteorologia (IM):

O Instituto de Meteorologia informa que no dia 20.03.2012 pelas 14.37 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Arquipélago dos Açores, um sismo de magnitude 2.3 (Richter) e cujo epicentro se localizou próximo de Guadalupe (Graciosa).

Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima III (escala de Mercalli modificada) na freguesia de Guadalupe, na Ilha da Graciosa.

Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados.

Sugere-se o acompanhamento da evolução da situação através da página do IM na Internet (www.meteo.pt) e a obtenção de eventuais recomendações junto do Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros (www.srpcba.pt).

São Martinho de Dume morreu há 1433 anos

 Representação de São Martinho de Dume numa miniatura do Códice Albeldensis, circa 976

Martinho de Dume, Martinho Dumiense ou ainda Martinho de Braga (ou Martinho Bracarense) são os vários nomes por que é conhecido Martinho da Panónia, um bispo de Braga e de Dume considerado santo pela Igreja Católica.
Martinho nasceu na Panónia, actual Hungria, no século VI. É tido como o apóstolo dos Suevos, responsável maior pela sua conversão do arianismo ao catolicismo.

Estudou grego e ciências eclesiásticas no Oriente. De volta ao Ocidente, dirigiu-se para Roma e para a França, para continuar os estudos, onde visitou o túmulo do seu conterrâneo Martinho de Tours.
Estabeleceu um mosteiro em Dume, uma aldeia das proximidades de Bracara Augusta, a partir do qual começou a irradiar a sua pregação. Estabeleceu a Diocese de Dume (caso único na história cristã - confinada ao referido Mosteiro de Dume a que presidia), da qual foi primeiro bispo, em 556. Depois, por vacatura da diocese bracarense, em 569, foi feito metropolita dessa região de Braga, então capital do Reino Suevo.
Reuniu o Concílio de Braga em 563, tendo proibido que se cantassem muito dos hinos e cantos de carácter popular que estavam incluídos nas missas e noutras celebrações. Ao longo dos anos, a música litúrgica foi sendo fixada no Cantochão, mas o povo, apoiado num substrato musical muito antigo, apoderou-se de alguns destes cânticos da Igreja e popularizou-os, dando-lhes a sua interpretação própria.
Para além de batalhador pela ortodoxia contra os arianos, foi também um fecundo escritor. Entre as principais obras, citamos: Escritos canónicos e litúrgicos. Destacou-se também como tradutor (designadamente, dos Pensamentos dos padres egípcios).
Martinho de Dume é também uma figura de capital importância para a história da cultura e língua portuguesas; de facto, considerando indigno de bons cristãos que se continuasse a chamar os dias da semana pelos nomes latinos pagãos de Lunae dies, Martis dies, Mercurii dies, Jovis dies, Veneris dies, Saturni dies e Solis dies, foi o primeiro a usar a terminologia eclesiástica para os designar (Feria secunda, Feria tertia, Feria quarta, Feria quinta, Feria sexta, Sabbatum, Dominica Dies), donde os modernos dias em língua portuguesa (segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo), caso único entre as línguas novilatinas, dado ter sido a única a substituir inteiramente a terminologia pagã pela terminologia cristã.
Isto explica o facto de os mais antigos documentos redigidos em português, fortemente influenciados por este latim eclesiástico, não terem qualquer vestígio da velha designação romana dos dias da semana, prova da forte acção desenvolvida por Martinho e seus sucessores na substituição dos nomes.
Martinho tentou também substituir os nomes dos planetas, mas aí já não foi tão bem sucedido, pelo que ainda hoje os chamamos pelos seus nomes clássicos pagãos.
Morreu no dia 20 de março de 579 e foi sepultado na catedral de Dúmio. Para si compôs o seguinte epitáfio: Nascido na Panónia, atravessando vastos mares, impelido por sinais divinos para o seio da Galiza, sagrado bispo nesta tua igreja, ó Martinho confessor, nela instituí o culto e a celebração da missa. Tendo-te seguido, ó patrono, eu, o teu servo Martinho, igual em nome que não em mérito, repouso agora aqui na paz de Cristo.


O primeiro Rei de Inglaterra da dinastia Lancaster morreu há 599 anos

Henrique IV (3 de abril de 1366 - 20 de março de 1413) foi rei de Inglaterra entre 1399 e 1413, o primeiro da dinastia de Lancaster. Henrique era filho de João de Gante, Duque de Lancaster, e neto do rei Eduardo III de Inglaterra. Nasceu no castelo de Bolingbroke no Lincolnshire e, de acordo com o costume da época, passou a ser conhecido como Henrique Bolingbroke.
Apesar de apoiar o primo Ricardo II de Inglaterra no início do reinado deste, depressa os dois homens entraram em conflitos. Henrique acabou mesmo expulso do país e deserdado em 1398. No ano seguinte, o seu pai morre na Aquitânia e Ricardo II confisca todos os seus bens para a coroa. Mas o monarca não era popular nem considerado competente e Henrique valeu-se disso para iniciar uma revolta aberta em 30 de setembro de 1399. O golpe é bem sucedido e Henrique é coroado rei de Inglaterra a 13 de outubro, na Abadia de Westminster, iniciando a dinastia de Lancaster. Ricardo II foi deposto e assassinado por precaução no ano seguinte.
Em 1380, Henrique casou com Maria de Bohun, de quem teve vários filhos e filhas. Já rei, Henrique desposou a princesa Joana de Navarra, filha do rei Carlos II, com quem não teve descendência.
O reinado de Henrique foi marcado por várias insurreições populares, nomeadamente no País de Gales e em Inglaterra. O insucesso destas rebeliões deveu-se em parte à habilidade militar do seu herdeiro, o futuro Henrique V.
O fim da vida de Henrique IV foi marcado por problemas graves de saúde devidos a uma doença de pele, possivelmente psoríase ou um sintoma de sífilis. Henrique morreu em 1413 e encontra-se sepultado na catedral da Cantuária.
A sua vida encontra-se retratada em Henrique IV, uma peça em duas partes de William Shakespeare.
Henrique IV era irmão da Rainha de Portugal, D. Filipa de Lencastre (Primeira rainha da dinastia de Avis).

A Rainha D. Maria I morreu há 196 anos


D. Maria I de Portugal (Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana de Bragança); Lisboa, 17 de dezembro de 1734 - Rio de Janeiro, 20 de Março de 1816) foi Rainha de Portugal de 24 de março de 1777 a 20 de março de 1816, sucedendo ao seu pai, o Rei José I. D. Maria foi, antes de assumir o trono, Princesa do Brasil, Princesa da Beira e duquesa de Bragança.
Jaz na Basílica da Estrela, em Lisboa, para onde foi transladada.
Ficou conhecida pelos cognomes de A Piedosa ou a A Pia, devido à sua extrema devoção religiosa à Igreja Católica - demonstrada, por exemplo, quando mandou construir a Basílica da Estrela, em Lisboa.
 

O poeta Reinaldo Ferreira nasceu há 90 anos



Reinaldo Edgar de Azevedo e Silva Ferreira (Barcelona, 20 de março de 1922; Lourenço Marques, 30 de junho de 1959) foi um poeta português que realizou toda a sua obra em Moçambique.
Filho do célebre Repórter X, Reinaldo Ferreira chega a Lourenço Marques em 1941, finaliza o 7º ano do liceu e ingressa como aspirante no Quadro Administrativo da Colónia, tendo subido até Chefe de Posto.
Os primeiros poemas começam a ser publicados nos jornais locais ou em revistas de artes e letras. Adapta para a rádio peças de teatro e, mais tarde, colabora no teatro de revista. Autor da letra de canções ligeiras, entre as quais Kanimambo", "Uma Casa Portuguesa", Piripiri.
Em 1959 é-lhe detectado cancro do pulmão e morre em junho desse ano.


No princípio, só a vida existia

No princípio, só a vida existia;
O mundo era o que havia
Ao alcance da vida...
E mais nada.

Tudo era certo, simples, claro.

Quando o passado passar
(E passará, porque o passado é hoje)
E o futuro vier
(E há-de vir, porque o futuro é hoje),
Então, sim; há-de saber-se tudo
E tudo será certo, simples, claro.

Eu, porém, não sei nada.

Para celebrar a chegada da Primavera

O vocalista dos Franz Ferdinand, Alex Kapranos, faz hoje 40 anos!

Alex Kapranos (nascido Alexander Paul Kapranos Huntley, 20 de março de 1972, Almondsbury, Gloucestershire, Inglaterra) é um músico britânico, mais conhecido pelo trabalho como vocalista e guitarrista da banda Franz Ferdinand.
Alex Kapranos, filho de pai grego e mãe inglesa, passou a infância em Sunderland e South Shields, Reino Unido, cidade natal de sua mãe e passava as férias de verão na Grécia, terra de seu pai. Huntley é o nome de solteira de sua mãe, ele passou a usar este nome temendo sofrer discriminação devido ao seu sobrenome grego enquanto ainda cursava a escola e acabara de se mudar para a Escócia. Sua mãe insistiu em colocar o nome "Paul" como seu nome do meio pois ela era fã de Paul McCartney.
Em 1980 ele mudou-se junto com sua família para Edimburgo seguindo depois para Glasgow, em 1984. Quando tinha 17 anos, Alex foi a Universidade de Aberdeen para estudar Teologia. Ele continuou seus estudos em diferentes universidades, como a de Strathclyde em Glasgow. No início dos anos 90, ele era bastante ativo nas atividades musicais da cidade, organizando noites com música ao vivo no 13th Note, um clube de culto de Glasgow.
Tendo trabalhando como chefe de cozinha, bartender, professor no Instituto de Tecnologia do Anniesland College, entregador de comida indiana e em vários outros empregos... Alex também se juntou à populares bandas de Glasgow, como o The Amphetameanies, The Yummy Fur [Alex entrou na banda em 1998, e não participou de nenhum álbum], e o The Karelia.
Alex depois resolveu tirar o "Huntley" de seu nome, e formou, em 2001 a banda Franz Ferdinand, junto com Bob Hardy que havia sido empregado de bar junto com ele, Nick McCarthy que acabara de conhecer em uma festa e Paul Thomson ex-baterista do The Yummy Fur. Franz Ferdinand começou a receber atenção internacional com o lançamento do single Take me Out. A banda recebeu prémios importantes como o Ivor Novello, Mercury Music Prize, Brit Awards.
Alex tem asma e é alérgico a amendoins [que ele compara com arsénico]. Escreve para o The Guardian, na coluna Soundbites que conta suas aventuras culinárias com Franz Ferdinand, recentemente lançou um livro de gastronomia juntando todas as colunas publicadas no jornal e mais algumas inéditas, chamado Mordidelas Sonoras.


A seita Aum Shinrikyo fez um ataque terrorista no Metro de Tóquio há 17 anos

Estação Kasumigaseki do Metro de Tóquio, um dos principais locais do ataque

O ataque de gás sarin no Metro de Tóquio é o nome dado pela imprensa japonesa e internacional ao ataque ao Metro de Tóquio.Foi um ato de terrorismo perpetrados por membros nacionais da Aum Shinrikyo (em português Ensinamento da Verdade Suprema, grupo religioso fundado por Shoko Asahara) a 20 de março de 1995.
Em cinco atentados coordenados, os autores liberaram o gás sarin em várias linhas do Metro de Tóquio, matando 12 pessoas, intoxicando gravemente 50 e ligeiramente 6.000 pessoas.
O ataque era direcionado contra comboios passando por Kasumigaseki e Nagatachō, o palácio do governo japonês. Este é, até hoje, o mais grave atentado ocorrido no Japão após a Segunda Guerra Mundial.

O livro A cabana do Pai Tomás foi publicado há 160 anos

 Gravura de Harriet Beecher Stowe de 1872, de um quadro a óleo pintado por Alonzo Chappe

Uncle Tom's Cabin (em português: A cabana do Pai Tomás) é um livro da escritora norteamericana Harriet Beecher Stowe.
A cabana do Pai Tomás, apresenta, de forma romanceada, o conflito vivido entre os escravos norte-americanos e os ricos proprietários de terras no sul dos Estados Unidos, mostrando quão infame era a escravidão. A cabana do Pai Tomás é uma história de fé, coragem, determinação, perseverança e luta pela liberdade.
Harriet Beecher Stowe, que conheceu de perto a realidade do cenário que narra, passa ao leitor um sentimento de revolta e indignação ao apresentar detalhadamente o comércio "legal" de seres humanos e a forma brutal e selvagem com que os senhores tratavam os negros a fim de obterem mais lucros em suas propriedades. Este registo literário contribuiu intensamente para a abolição da escravatura. Basta observar que, dois anos depois de seu lançamento, surge o Partido Republicano, que abraçou a causa abolicionista. A autora chegou até mesmo a merecer do presidente norte-americano, Abraham Lincoln, esta consideração: "Foi a senhora que, com seu livro, causou essa grande guerra" (a guerra entre os estados). Clássico da literatura mundial que merece ser conhecido por sua contundente denúncia da escravatura norte-americana.


Uncle Tom's Cabin; or, Life Among the Lowly is an anti-slavery novel by American author Harriet Beecher Stowe. Published in 1852, the novel "helped lay the groundwork for the Civil War", according to Will Kaufman.
Stowe, a Connecticut-born teacher at the Hartford Female Academy and an active abolitionist, featured the character of Uncle Tom, a long-suffering black slave around whom the stories of other characters revolve. The sentimental novel depicts the reality of slavery while also asserting that Christian love can overcome something as destructive as enslavement of fellow human beings.
Uncle Tom's Cabin was the best-selling novel of the 19th century and the second best-selling book of that century, following the Bible. It is credited with helping fuel the abolitionist cause in the 1850s. In the first year after it was published, 300,000 copies of the book were sold in the United States; one million copies were sold in Great Britain. In 1855, three years after it was published, it was called "the most popular novel of our day." The impact attributed to the book is great, reinforced by a story that when Abraham Lincoln met Stowe at the start of the Civil War, Lincoln declared, "So this is the little lady who started this great war." The quote is apocryphal; it did not appear in print until 1896, and it has been argued that "The long-term durability of Lincoln's greeting as an anecdote in literary studies and Stowe scholarship can perhaps be explained in part by the desire among many contemporary intellectuals ... to affirm the role of literature as an agent of social change."
The book and the plays it inspired helped popularize a number of stereotypes about black people. These include the affectionate, dark-skinned "mammy"; the "pickaninny" stereotype of black children; and the "Uncle Tom", or dutiful, long-suffering servant faithful to his white master or mistress. In recent years, the negative associations with Uncle Tom's Cabin have, to an extent, overshadowed the historical impact of the book as a "vital antislavery tool."
(...)

Uncle Tom's Cabin first appeared as a 40-week serial in National Era, an abolitionist periodical, starting with the June 5, 1851, issue. Because of the story's popularity, the publisher John Jewett contacted Stowe about turning the serial into a book. While Stowe questioned if anyone would read Uncle Tom's Cabin in book form, she eventually consented to the request.
Convinced the book would be popular, Jewett made the unusual decision (for that time) to have six full-page illustrations by Hammatt Billings engraved for the first printing. Published in book form on March 20, 1852, the novel soon sold out its complete print run. A number of other editions were soon printed (including a deluxe edition in 1853, featuring 117 illustrations by Billings). 
In the first year of publication, 300,000 copies of Uncle Tom's Cabin were sold. At that point, however, "demand came to an unexpected halt... No more copies were produced for many years, and if, as is claimed, Abraham Lincoln greeted Stowe in 1862 as 'the little woman who wrote the book that made this great war,' the work had effectively been out of print for many years." Jewett went out of business, and it was not until Ticknor and Fields put the work back in print in November 1862 that demand began again to increase. 
The book was translated into all major languages, and in the United States it became the second best-selling book after the Bible. A number of the early editions carried an introduction by Rev James Sherman, a Congregational minister in London noted for his abolitionist views. Uncle Tom's Cabin sold equally well in Britain, with the first London edition appearing in May 1852 and selling 200,000 copies. In a few years over 1.5 million copies of the book were in circulation in Britain, although most of these were pirated copies (a similar situation occurred in the United States).

segunda-feira, março 19, 2012

Bruce Willis - 57 anos

Walter Bruce Willis (Idar-Oberstein, 19 de março de 1955) é um premiado ator norteamericano nascido na Alemanha.

Em 1945, terminava uma das guerras mais sangrentas e marcantes da história, a Segunda Guerra Mundial. Para manter a ordem na Alemanha, os EUA enviaram tropas para o território. De entre os muitos soldados enviados, encontrava-se David Willis.
Durante o tempo que esteve lá conheceu Marlene, uma cidadã alemã que trabalhava como empregada de bar. Casaram-se e tiveram quatro filhos: Walter Bruce Willis, o único nascido em solo alemão, David Jr., Florence e Robert (falecido em 2001 devido a um cancro no pâncreas). Como a vida no pós-guerra na Alemanha não era fácil, a família Willis resolve então voltar aos Estados Unidos alguns anos após o nascimento de Bruce. Eles foram morar na pequena cidade de Penns Grove, e lá ele cresceu, num gueto italiano.
Bruce sempre foi um rapaz popular e até chegou a ser presidente da associação de estudantes da sua escola. Gostava de atenções e, sempre que podia, gozava com os amigos, de tal maneira que, uma vez, foi expulso da escola. Todos conheciam os seus modos de brincalhão e aproveitaram-se desta sua característica e armaram confusões na cantina - a culpa caiu toda sobre ele, embora nem estivesse no local. Ele disse isso ao seu pai, David, que procurou um advogado e conseguiu que Bruce fosse reintegrado.
Sobre sua infância, não se sabe muito, mas sim sobre seu talento profissional. Há os que dizem que o seu talento especial para fazer graça com tudo, veio dos seus amigos italianos, herdando o jeito de falar e a excessiva utilização de gestos.
Bruce era gago e, mesmo que isso fosse muito constrangedor, não o tornou menos querido pelos seus amigos. Certa vez, ele entrou na encenação de uma peça de Shakespeare (Sonho de uma noite de verão) e assim que pisou no palco, a sua gaguez desapareceu. Ele decidiu então investigar aquele acontecimento e, aos 17 anos, aproximadamente (mais ou menos na época em que seus pais se separaram), resolveu tentar a vida em Nova York. Teve um começo difícil como muitos, com pouco dinheiro, trabalhou em empregos como segurança de uma central nuclear, onde não ficou muito tempo pois teve uma pneumonia e ficou um mês internado, e empregado de bar. Morou nos subúrbios de Nova York, em locais que estão longe das suas atuais mansões.
Com o dinheiro que conseguiu juntar, Bruce se matriculou num curso de improvisação, mas era muito inquieto para nele permanecer. O seu desejo nunca coincidia com a teoria e sim com a prática. Fez alguns espectáculos teatrais e chegou a participar em alguns filmes com grandes estrelas, de sucesso já consagrado, como em O Veredicto, onde pode observar de perto a arte de Paul Newman, literalmente observar, já que Bruce fazia figuração em uma das cenas de juri. Entretanto, o início de sua carreira começou mesmo com a série Moonlighting (Modelo e Detective). A sua escolha foi difícil, já que os produtores queriam um rosto que fosse mais conhecido para trabalhar ao lado de Cybill Shepherd que já era uma estrela na época, mas graças ao seu charme encantador, sua personalidade peculiar e o seu carisma, ele obteve o papel.
O contrato foi assinado por cinco anos. Cybill e Bruce não se davam bem e os produtores aproveitavam as disputas dos atores para escrever as estórias. Mas foi graças a uma pausa nas gravações, a gravidez de Cybill, que ele teve um tempo para gravar Die Hard (Assalto ao Arranha-Céus), grande sucesso de público e crítica, que revolucionou o modo de se fazer filmes de ação e que influenciou as gerações de filmes que hoje conhecemos.
Neste filme, ele deu vida ao detective John McClane. O enredo centra-se na luta de McClane, sozinho, contra 12 terroristas, sequestradores de um grande prédio de escritórios em Los Angeles e isso tudo sem parecer um Superman, mas mostrando um herói vulnerável, sensível e dotado de grande inteligência e perspicácia. Foi eleito recentemente pela revista Empire como um dos 500 melhores de todos os tempos.
O sucesso foi tanto que ele repetiu a dose e fez outras três continuações. Live Free or Die Hard, em português, Die Hard 4.0, estreou em 2007 nas salas de cinemas no topo das bilheteiras e foi um sucesso de público e crítica. O receio de se fazer um remake sempre aparece, mas em Die Hard 4.0, tivemos a oportunidade de reviver as aventuras do policial mais sarcástico que já apareceu nas tela.
Como nem tudo são flores, sua carreira foi marcada por altos e baixos (mais altos do que baixos). Alguns filmes merecendo serem lembrados e outros esquecidos, mas certamente, ele é dono de um currículo cinematográfico invejável. Quando se pensa que sua carreira está no fim, ele surge com um grande sucesso de público e crítica.
Em outubro de 2006 Bruce ganhou uma estrela na Calçada da Fama, "Costumava vir aqui e olhava para estas estrelas, mas nunca consegui imaginar completamente o que se deveria fazer para consegui-la", disse ele durante a cerimónia em que estavam presentes a sua ex-mulher Demi Moore, que apareceu ao lado do atual marido Ashton Kutcher, tal como os atores Kevin Costner, Ben Affleck e Sylvester Stallone.

Vida pessoal
Foi casado por 13 anos com a atriz Demi Moore com quem teve três filhas: Rumer, Scout e Tallulah (que recentemente, trocou de nome). As três já se aventuraram no cinema. A primeira foi Rumer, que participou, ao lado da mãe, no filme Striptease. Já com o pai elas fizeram filmes como Refém, Meu vizinho mafioso 2 e Vida bandida. Em 2009, Bruce se casou com a modelo Emma Heming, em uma cerimónia discreta que aconteceu na ilha Turks e Caicos.