sábado, novembro 16, 2024

O segundo Imperador, Tibério, nasceu há 2067 anos

  
Tibério Cláudio Nero César
(em latim Tiberius Claudius Nero Cæsar; Roma, 16 de novembro de 42 a.C.Miseno, 16 de março de 37 d.C.), foi imperador romano de 18 de setembro de 14 até à sua morte, a 16 de março de 37. Era filho de Tibério Cláudio Nero e Lívia Drusa. Foi o segundo imperador de Roma pertencente à dinastia júlio-claudiana, sucedendo ao padrasto Augusto. Foi durante o seu reinado que, na província romana da Palestina, Jesus foi crucificado.
 
A morte de Tibério, de Jean-Paul Laurens, 1864, no Museu dos Agostinhos, Tolosa, retrata o assassinato do imperador por ordens de Névio Sutório Macro
 

A sua família aparentou-se com a família imperial quando a sua mãe, com dezanove anos e grávida, se divorciou do seu pai e contraiu matrimónio com Otaviano (38 a.C.), o futuro imperador Augusto. Mais tarde, casou-se com a filha de Augusto, Júlia, a Velha. Foi adotado formalmente por Augusto a 26 de junho de 4 d.C., passando a fazer parte da gente Júlia. Após a adoção, foram-lhe concedidos poderes tribunícios por dez anos. Ao longo da sua vida, Tibério viu desaparecer progressivamente todos os seus possíveis rivais na sucessão graças a uma série de oportunas mortes.

Os descendentes de Augusto e Tibério continuariam a governar o Império Romano durante os quarenta anos seguintes, até à morte de Nero. Como tribuno, reorganizou o exército, reformando a lei militar e criando novas legiões. O tempo de serviço na legião passou para os vinte anos, para dezasseis anos na guarda pretoriana. Após cumprir o tempo de serviço, os soldados recebiam um pagamento, cujo valor provinha de um imposto de cinco por cento sobre as heranças. Porém, posteriormente, perdeu a amizade com o imperador Augusto, e viu-se obrigado a exilar-se em Rodes. Contudo, após a morte dos netos maiores de Augusto e previsíveis herdeiros do império, Caio César e Lúcio Júlio César, ambos desterrados por traição do seu neto menor, Agripa Póstumo, Tibério foi chamado pelo imperador e nomeado sucessor. Em 13 d.C., os poderes de Augusto e de Tibério foram prorrogados por dez anos. Contudo, Augusto faleceu pouco depois, ficando Tibério como único herdeiro. Tibério sucedeu a Augusto em 19 de agosto de "767 ab urbe condita", correspondente ao ano 14 d.C.. Após a sua entronização, todos os poderes foram transferidos para Tibério.

Tibério converteu-se num dos maiores generais de Roma. Nas suas campanhas na Panónia, Ilírico, Récia e Germânia, Tibério assentou as bases daquilo que posteriormente se tornaria a fronteira norte do império. Contudo, Tibério chegou a ser recordado como um obscuro, recluso e sombrio governante, que realmente nunca quis ser imperador; Plínio, o Velho chamou-o de "tristissimus hominum" ("o mais triste dos homens"). Após a morte de seu filho, Júlio César Druso, em 23 d.C., a qualidade do seu governo declinou e o seu reinado terminou em terror. Em 26 d.C., Tibério auto-exilou-se de Roma e deixou a administração nas mãos dos seus dois prefeitos pretorianos Lúcio Élio Sejano e Quinto Névio Cordo Sutório Macro. Tibério adotou o seu sobrinho-neto Calígula para que lhe sucedesse no trono imperial.

   

Paul Hindemith nasceu há 129 anos

 
Paul Hindemith (Hanau, Hesse, 16 de novembro de 1895Frankfurt am Main, 28 de dezembro de 1963), foi um compositor, violinista, violista, maestro e professor alemão.
   
 

O ator José Lewgoy nasceu há 104 anos...

 

 

Biografia

De origem judaica, era filho de uma norte-americana e de um russo que se conheceram em Nova Iorque.

Começou a sua carreira artística no teatro e, graças a uma bolsa de estudos conseguida com a influência do escritor Érico Veríssimo, cursou artes cénicas na Universidade de Yale.

José Lewgoy é uma referência quando se fala de cinema brasileiro, pois participou de mais de cem filmes. Era presença constante nas telas desde o final da década de 40 e sempre disputado pelos melhores diretores. Ao lado de Oscarito, Grande Otelo, Eliana Macedo, Cyll Farney e Anselmo Duarte brilhou nas chanchadas produzidas pela Atlântida, na década de 50. Ator com prestígio internacional, Lewgoy participou de várias produções estrangeiras e morou na França durante alguns anos.

Recebeu um prémio de melhor ator no 1º Festival Cinematográfico do Distrito Federal (onde hoje é o Rio de Janeiro).

Estreou nas telenovelas apenas em 1973, com Cavalo de Aço, na Rede Globo e, a partir daí, participou de mais de 30 produções na televisão, sendo a última delas, Esperança, em 2002, também na Globo.

Ganhou vários prémios como ator de cinema e televisão e se consagrou com o personagem Edgar Dumont, da telenovela Louco Amor, de Gilberto Braga. Destaque também para as suas atuações em Nina, de Walter George Durst, Dancin' Days e Água Viva, ambas também de Gilberto Braga, O Rebu e Feijão Maravilha, de Bráulio Pedroso e nas minisséries O Tempo e o Vento, inspirada na obra de Érico Veríssimo e Anos Dourados, de Gilberto Braga.

 

José Saramago nasceu há cento e dois anos...

   
Foi galardoado com o Nobel de Literatura de 1998. Também ganhou, em 1995, o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa. Saramago foi considerado o responsável pelo efetivo reconhecimento internacional da prosa em língua portuguesa. A 24 de agosto de 1985 foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e a 3 de dezembro de 1998 foi elevado a Grande-Colar da mesma Ordem, uma honra reservada apenas a Chefes de Estado.
O seu livro Ensaio sobre a Cegueira foi adaptado para o cinema e lançado em 2008, produzido no Japão, Brasil, Uruguai e Canadá, dirigido por Fernando Meirelles (realizador de O Fiel Jardineiro e Cidade de Deus). Em 2010 o realizador português António Ferreira adapta um conto retirado do livro Objecto Quase, conto esse que viria dar nome ao filme Embargo, uma produção portuguesa em co-produção com o Brasil e Espanha.
Nasceu no distrito de Santarém, na província geográfica do Ribatejo, no dia 16 de novembro, embora o registo oficial apresente o dia 18 como o do seu nascimento. Saramago, conhecido pelo seu ateísmo e iberismo, foi membro do Partido Comunista Português e foi diretor-adjunto do Diário de Notícias. Juntamente com Luiz Francisco Rebello, Armindo Magalhães, Manuel da Fonseca e Urbano Tavares Rodrigues foi, em 1992, um dos fundadores da Frente Nacional para a Defesa da Cultura (FNDC). Casado, em segundas núpcias, com a espanhola Pilar del Río, Saramago viveu na ilha espanhola de Lanzarote, nas Ilhas Canárias.
A 29 de junho de 2007 constitui a Fundação José Saramago para a defesa e difusão da Declaração Universal dos Direitos Humanos e dos problemas do meio ambiente. Em 2012 a Fundação José Saramago abriu as suas portas ao público na Casa dos Bicos em Lisboa, presidida pela sua mulher Pilar del Río.
    
(...)   
    

José Saramago foi conhecido por utilizar um estilo oral, coevo dos contos de tradição oral populares em que a vivacidade da comunicação é mais importante do que a correção ortográfica de uma linguagem escrita. Todas as características de uma linguagem oral, predominantemente usada na oratória, na dialética, na retórica e que servem sobremaneira o seu estilo interventivo e persuasivo estão presentes. Assim, utiliza frases e períodos compridos, usando a pontuação de uma maneira não convencional; os diálogos das personagens são inseridos nos próprios parágrafos que os antecedem, de forma que não existem travessões nos seus livros. Este tipo de marcação das falas propicia uma forte sensação de fluxo de consciência, a ponto do leitor chegar a confundir-se se um certo diálogo foi real ou apenas um pensamento. Muitas das suas frases (i.e. orações) ocupam mais de uma página, usando vírgulas onde a maioria dos escritores usaria pontos finais. Da mesma forma, muitos dos seus parágrafos ocupariam capítulos inteiros de outros autores.

Estas características tornam o estilo de Saramago, único na literatura contemporânea, sendo considerado por muitos críticos um mestre no tratamento da língua portuguesa. Em 2003, o crítico norte-americano Harold Bloom, no seu livro Genius: A Mosaic of One Hundred Exemplary Creative Minds ("Génio: Um Mosaico de Cem Exemplares Mentes Criativas", tradução livre), considerou José Saramago "o mais talentoso romancista vivo nos dias de hoje", referindo-se a ele como "o Mestre". Declarou ainda que Saramago é "um dos últimos titãs de um género literário que se está a desvanecer".
   
  
  
Passado, Presente, Futuro
 

Eu fui. Mas o que fui já me não lembra:
Mil camadas de pó disfarçam, véus,
Estes quarenta rostos desiguais.
Tão marcados de tempo e macaréus.

Eu sou. Mas o que sou tão pouco é:
Rã fugida do charco, que saltou,
E no salto que deu, quanto podia,
O ar dum outro mundo a rebentou.

Falta ver, se é que falta, o que serei:
Um rosto recomposto antes do fim,
Um canto de batráquio, mesmo rouco,
Uma vida que corra assim-assim.
  
   
 

in Os Poemas Possíveis (1966) - José Saramago

Christian Lorenz, teclista dos Rammstein, faz hoje 58 anos

           
Christian "Doktor Flake" Lorenz (Berlim, 16 de novembro de 1966) é um músico alemão, teclista da banda Rammstein.
Foi adotado pela família Lorenz e cresceu ao lado de outros dois irmãos. O nome "Flake" é uma alcunha, sendo o seu nome real Christian. Aos 15 anos obteve o seu primeiro piano. O primeiro trabalho foi num quiosque de imprensa.
Compartilhou a sua casa com Paul Landers. A sua profissão era manufaturar máquinas de ferramentas. O seu primeiro grupo era o Feeling B., antes de começar a tocar teclados na famosa banda alemã Rammstein.
     
     
 

A Mensagem de Arecibo foi para o espaço há cinquenta anos...!

Mensagem de Arecibo (a cor foi adicionada apenas para separar por partes a mensagem e facilitar a compreensão)

   

A mensagem de Arecibo foi enviada para o espaço, com o objetivo de transmitir a uma possível civilização extraterrestre, informações sobre o planeta Terra e a civilização humana em 1974, pelo SETI com o uso do já desaparecido radiotelescópio porto-riquenho de Arecibo. Algumas alterações foram efetuadas no transmissor do radiotelescópio, permitindo transmitir sinais com até 20 terawatts de potência. Como teste inaugural, foi decidido pelo SETI transmitir uma mensagem codificada para o universo. Este sinal foi direcionado para o agrupamento globular estelar M 13, que está a aproximadamente 25 mil anos-luz de distância, e possui cerca de 300 mil estrelas, na Constelação de Hércules. A mensagem foi transmitida exatamente a 16 de novembro de 1974 e consistia-se em 1679 impulsos de código binário que levaram três minutos para serem transmitidos, na frequência de 2.380 MHz

 

A mensagem

A mensagem consistia de 1679 caracteres binários ("0"s e "1"s). Esse número é o resultado da multiplicação de dois números primos: 73 e 23, o que, por sua vez, sugeria que poderiam ser dispostos em uma matriz bidimensional com 73 linhas e 23 colunas, formando uma figura.

Para diferenciar os dois caracteres ("0" e "1") o sinal de rádio de 2 380 MHz era chaveado entre duas frequências separadas por 75 Hz (portanto era um sinal modulado em frequência). Além disso, a frequência de transmissão era continuamente ajustada para corrigir o efeito Dopler causado pelos movimentos da Terra.

 

Descodificando a mensagem

De forma resumida, a mensagem continha diversas "secções" com informações sobre a vida e a civilização humana: os números de 1 a 10; os números atómicos do hidrogénio, carbono, nitrogénio, oxigénio e fósforo; fórmulas para os açucares e bases dos nucleotídeos de ADN; o número de nucleotídeos; a dupla hélice de ADN; uma representação pictórica do ser humano com sua altura; a população da Terra; uma representação pictórica do sistema solar e uma representação do telescópio de Arecibo.

   

Luiz Saldanha morreu há vinte e sete anos...

     
  
Biografia
Luiz Saldanha nasceu a 16 de dezembro de 1937 em Lisboa. Estudou no Liceu Francês de Lisboa (Lycée français Charles Lepierre) e veio a doutorar-se na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, com um trabalho sobre a fauna da costa da Serra da Arrábida. A partir de 1979 tornou-se professor dessa faculdade até à data do seu falecimento.
Desempenhou vários cargos de liderança institucional. Chegou a ser presidente do "Instituto Nacional de Investigação das Pescas" e do "Instituto do Mar". Foi responsável pelo Laboratório Marítimo da Guia de 1974 a 1997, situado no Guincho, perto de Cascais, onde desenvolveu trabalhos pioneiros no domínio da Biologia Marinha. Liderou bastantes projectos de investigação de âmbito nacional e internacional.
Foi pioneiro no domínio da Biologia Marinha, tendo publicado vários trabalhos fundamentais para o desenvolvimento desta ciência em Portugal.
Foi Luiz Saldanha que começou em Portugal, no Departamento de Zoologia e Antropologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, o ensino universitário das disciplinas de Oceanografia Biológica e Ictiologia, bem como de outras disciplinas no âmbito da Biologia Marinha.
Foi responsável pela formação científica de inúmeros biólogos marinhos, que mais tarde viriam a tornar-se responsáveis pela investigação de várias Universidades e Institutos de Investigação portugueses. Ele próprio, em 1993, juntamente com outros especialistas norte-americanos e franceses, foi um dos responsáveis pela descoberta das primeiras fontes hidrotermais submarinas, no fundo do Oceano Atlântico, perto dos Açores.
Noutra vertente, Luiz Saldanha foi também um artista, os seu desenhos a lápis e aguarelas, com que ilustrava os seus diários de viagem, e outras campanhas oceanográficas em que participava, já foram requisitadas inúmeras vezes para exposições sobre oceanografia e outros temas.
Foi presidente do "Instituto Nacional de Investigação das Pescas" e mais tarde também do "Instituto do Mar", actual Instituto Português do Mar e da Atmosfera, como já referido anteriormente. No desempenho destas funções contribuiu de um modo decisivo para o desenvolvimento das Ciências e Tecnologias do Mar em Portugal.
Depois de um longo período de doença, faleceu no dia 16 de novembro de 1997.
  
Homenagens
Em 1998, já depois da sua morte, foi homenageado ao ser dado o seu nome ao primeiro parque marinho de Portugal continental, o "Parque Marinho Professor Luiz Saldanha", integrado no Parque Natural da Arrábida.
Ainda em 1998, outras homenagens de relevo com a atribuição do seu nome à primeira operação organizada por investigadores portugueses às zonas hidrotermais junto aos Açores, a "Missão Saldanha", chefiada pelo cientista Fernando Barriga, Professor Doutor da Universidade de Lisboa, que resultaria na descoberta do Monte Saldanha.
A 28 de outubro de 1999 foi feito, a título póstumo, Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.
  
(imagem daqui)

O poeta António Aleixo morreu há 75 anos...

Estátua de António Aleixo em Loulé, em frente ao Bar "Calcinha", frequentado em vida pelo poeta
     
António Fernandes Aleixo (Vila Real de Santo António, 18 de fevereiro de 1899 - Loulé, 16 de novembro de 1949) foi um poeta popular português.
     

    
Ser Doido-Alegre, que Maior Ventura!

Ser doido-alegre, que maior ventura!
Morrer vivendo p'ra além da verdade.
É tão feliz quem goza tal loucura
Que nem na morte crê, que felicidade!
  
Encara, rindo, a vida que o tortura,
Sem ver na esmola, a falsa caridade,
Que bem no fundo é só vaidade pura,
Se acaso houver pureza na vaidade.
  
Já que não tenho, tal como preciso,
A felicidade que esse doido tem
De ver no purgatório um paraíso...
  
Direi, ao contemplar o seu sorriso,
Ai quem me dera ser doido também
P'ra suportar melhor quem tem juízo.
    
  
    
in Este Livro que Vos Deixo... (1969) - António Aleixo

sexta-feira, novembro 15, 2024

Saudades de El-Rei...


 

El-Rei
 

Longe da luz
A que sonhou na infância
Em vez de predomínio e de conquista
Sonhos de amor
Entre visões de artista
Morreu de desconsolo e de distância.
 
Caminho aberto
À morte por essa ânsia
Que mais se exalta
Quanto mais contrista
De quem recorda o lar que nunca avista
E se consome em lúcida constância.
 
Porque acima do trono e da realeza
Havia o céu azul, a claridade
Da sua amada Terra Portuguesa
Havia a Pátria, e dizem, que impiedade
Dizem que não se morre de tristeza
Dizem que não se morre de saudade.
 
   
  
Branca Gonta Colaço

Ontem houve eleições na Associação Académica de Coimbra...

Aqui ficam os nossos parabéns aos eleitos e o agradecimento aos participantes que perderam - e celebremos as escolhas e decisões dos atuais estudantes da nossa alma mater com a tradicional música da Academia:

 


A Rainha Dª Maria II morreu há 171 anos...

Maria II de Portugal, de nome completo: Maria da Glória Joana Carlota Leopoldina da Cruz Francisca Xavier de Paula Isidora Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança (Rio de Janeiro, 4 de abril de 1819 - Lisboa, 15 de novembro de 1853) foi rainha de Portugal de 1834 a 1853. Era filha do rei D. Pedro IV de Portugal (Imperador do Brasil como D. Pedro I) e da arquiduquesa Dona Leopoldina de Áustria e irmã mais velha de D. Pedro II, imperador brasileiro, também filho de Pedro IV com Leopoldina. Foi cognominada de A Educadora ou A Boa Mãe, em virtude da aprimorada educação que dispensou ao seus muitos filhos. Maria da Glória era loira, de pele muito fina, olhos azuis como a mãe austríaca. Foi a 31.ª Rainha de Portugal e dos Algarves aquando da abdicação do pai, de 1826 a 1828, e de 1834 a 1853.
 
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Venceslau de Lima, geólogo e político monárquico, nasceu há 166 anos

         
Venceslau de Sousa Pereira de Lima (Porto, 15 de novembro de 1858 - Lisboa, 24 de dezembro de 1919), também conhecido por Wenceslau de Sousa Pereira de Lima ou por Venceslau de Lima, foi um geólogo, investigador da paleontologia e político português, que, entre outras funções, foi deputado, ministro e presidente do Conselho de Ministros (atual primeiro-ministro). Foi sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa

Biografia
Venceslau de Sousa Pereira de Lima, filho de José Joaquim Pereira de Lima, capitalista e comendador, e de D. Isabel Amália Tallone de Sousa Guimarães, nasceu no Porto a 15 de novembro de 1858. Oriundo de uma abastada família portuense, foi enviado muito jovem para o estrangeiro, tendo aí feito os seus estudos preparatórios e secundários. Terminados esses estudos, regressou a Portugal com uma formação voltada para as ciências naturais, bem distinta da formação que as escolas portuguesas então propiciavam. Matriculou-se em Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, completando o curso com elevada classificação. Requereu exame de licenciatura, defendendo com brilhantismo uma tese sobre carvões. Logo de seguida, a 26 de novembro de 1882, doutorou-se pelas mesmas Faculdade e Universidade.
Em 1883 concorreu para uma vaga de lente da Academia Politécnica do Porto, tendo apresentado no respetivo concurso de provas públicas uma dissertação sobre a função clorofilina. Tendo a prova sido considerada brilhante e distinta, foi nomeado para o lugar, iniciando uma carreira que duraria perto de 30 anos. Durante esse período regeu, com pequenas intermitências causadas pela sua atividade política, a cadeira de geologia daquele estabelecimento de ensino superior. Paralelamente, desenvolveu ali um conjunto de trabalhos de investigação pioneiros no domínio da paleontologia vegetal.
À época, a paleontologia era uma ciência nova e o estudo dos fósseis encontrados em território português era muito incipiente, devendo-se essencialmente ao trabalho de alguns investigadores estrangeiros que tinha coletado amostras em Portugal. Os únicos trabalhos publicados por investigadores portugueses resumiam-se aos estudos sobre a flora fóssil do Carbonífero feitos por Bernardino António Gomes.
Venceslau de Sousa Pereira de Lima teve o mérito de reunir os trabalhos anteriormente publicados por estrangeiros, nomeadamente por Daniel Sharpe, Charles Bunbury e Oswald Heer, e a partir dessa base incipiente desenvolver um profícuo estudo da geologia e paleontologia vegetal de Portugal, com destaque para a referente aos terrenos carboníferos.
A sua dedicação a estes estudos levaram, em 1886, à sua nomeação como engenheiro da Secção dos Trabalhos Geológicos, encarregado do estudo da flora fóssil portuguesa. Foi, nessas funções, um dos colaboradores de Carlos Ribeiro, um dos pioneiros da geologia portuguesa.
Quando em 1908 faleceu o general Joaquim Filipe Nery da Encarnação Delgado, à altura presidente da Comissão dos Serviços Geológicos, passou a exercer aquele cargo. O seu importante trabalho científico valeu-lhe a nomeação como sócio efetivo da Academia Real das Ciências de Lisboa e do Instituto de Coimbra.
Sendo uma personalidade multifacetada e com grande capacidade de intervenção na vida social, Venceslau de Sousa Pereira de Lima não se limitou à sua carreira científica: pouco depois de iniciar funções docentes filiou-se no Partido Regenerador, tendo de seguida desempenhado o cargo de governador civil dos distritos de Vila Real, Coimbra e Porto. Foi também eleito deputado pelos círculos do norte de Portugal em diversas legislaturas. Em 1901 foi elevado a Par do Reino, tendo tomado assente na respetiva Câmara na sessão de 17 de março daquele ano.
As suas intervenções nas Cortes centraram-se nos temas relacionados com a instrução pública, pugnando pela reforma do Conselho Superior de Instrução Pública, órgão de que era membro.
Quando em 1903 coube a Ernesto Rodolfo Hintze Ribeiro assumir a presidência do Conselho de Ministros, convidou Venceslau para assumir o cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros, a que ele acedeu. Durante o seu mandato conseguiram-se notáveis progressos no relacionamento com o Reino Unido e celebrou-se um tratado comercial com a Alemanha. Voltou à pasta dos Negócios Estrangeiros em 1905.
Em 1909, já em pleno período de implosão da monarquia constitucional portuguesa foi nomeado para formar governo, presidindo a um dos últimos executivos do regime. Durante a sua efémera passagem pela presidência, acumulou as funções de Ministro do Reino. Sendo Conselheiro de Sua Majestade Fidelíssima, Par do Reino, Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino foi, também, nomeado Conselheiro de Estado a 22 de dezembro de 1909 (Diário do Governo, n.º 292, 24 de dezembro de 1909). Ao longo da sua carreira política, foi também membro do Conselho de Estado, presidente da Câmara Municipal do Porto, diretor da Escola Médico-Cirúrgica do Porto e provedor da Santa Casa da Misericórdia da mesma cidade. Foi ainda vice-presidente da comissão executiva da Assistência Nacional aos Tuberculosos e vogal da comissão do Patronato Portuense.
Foi também um esclarecido viticultor, introduzindo nas suas importantes propriedades vários melhoramentos técnicos, alguns pioneiros em Portugal. Nesta área de atividade foi presidente da Comissão AntiFiloxérica do Norte, introduzindo nessas funções diversas inovações técnicas na luta contra aquela praga das vinhas.
Intransigente nas suas ideias políticas, com a implantação da República Portuguesa, não querendo de forma alguma colaborar com um regime com que não concordava, demitiu-se de todos os cargos públicos que desempenhava.
Afastado da actividade política, durante os últimos anos da sua vida, a sua atividade intelectual orientou-se para os trabalhos de investigação científica, preparando um estudo sobre os terrenos carboníferos portugueses, que não pôde terminar por ter entretanto falecido. Teve colaboração na revista A semana de Lisboa (1893-1895).
Casado desde 1879 com D. Antónia Adelaide Ferreira, filha de António Bernardo Ferreira (III) e neta da sua homónima D. Antónia Adelaide Ferreira (1811-1896), a famosa "D. Antónia" ou simplesmente "Ferreirinha", Venceslau de Lima viveu os últimos anos de vida no exílio, na cidade de Pau, em França, e morreu em Lisboa, a 24 de dezembro de 1919. Está sepultado no Porto, no Cemitério da Lapa.
    
Obras publicadas
Durante perto de 30 anos o Doutor Wenceslau de Lima publicou um conjunto vasto de trabalhos sobre paleontologia e geologia dos depósitos carboníferos, sendo dignos menção os seguintes:
  • Notícia sôbre os vegetais fósseis da flora neocomiana do solo português;
  • Monografia do gênero Dicranophillum (Sistema Carbónico);
  • Notice sur une algue palèozoique;
  • Notícia sôbre as camadas da série permo-carbónica do Bussaco;
  • Note sur une nouvel Eurypterus rothliegendes.
        

Música adequada à data...

Hoje é dia de ouvir música celestial...

Sacadura Cabral desapareceu há 100 anos...

  

Artur de Sacadura Freire Cabral, mais conhecido por Sacadura Cabral (Celorico da Beira, São Pedro, 23 de maio de 1881 - Mar do Norte, 15 de novembro de 1924) foi um aviador e oficial da Marinha Portuguesa

   

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Era filho primogénito de Artur de Sacadura Freire Cabral (Celorico da Beira, São Pedro, 16 de outubro de 1855 — Lisboa, 19 de março de 1901) e de sua mulher (casados em Seia) Maria Augusta da Silva Esteves de Vasconcelos (Viseu, Sé Ocidental, 11 de julho de 1861 - Lisboa, 3 de abril de 1913), de família oriunda da Beira Interior. Após os estudos primários e secundários, assentou praça em 10 de novembro de 1897 como aspirante de marinha e frequentou a Sala do Risco, antecessora da atual Escola Naval, onde foi o primeiro classificado do seu curso. Foi promovido a segundo-tenente em 27 de abril de 1903, a primeiro-tenente a 30 de setembro de 1911, a capitão-tenente em 25 de abril de 1918 e, por distinção, a capitão-de-fragata em 1922. Terminado o seu curso, seguiu em 1901, a bordo do São Gabriel, para a Divisão Naval de Moçambique.

Serviu nas colónias no decurso da Primeira Guerra Mundial. Foi um dos primeiros instrutores da Escola Militar de Aviação, diretor dos serviços de Aeronáutica Naval e comandante de esquadrilha na Base Naval de Lisboa.

Unanimemente considerado um aviador distintíssimo pelas suas qualidades de coragem e inteligência, notabilizou-se a nível mundial, ultrapassando as insuficiências técnicas e materiais que na época se faziam sentir. Quando conheceu, em África, Gago Coutinho, incentivou-o a dedicar-se ao problema da navegação aérea, o que levou ao desenvolvimento do sextante de bolha artificial. Juntos inventaram um "corretor de rumos" para compensar o desvio causado pelo vento. Realizou diversas travessias aéreas memoráveis, notabilizando-se especialmente em 1922, ao efetuar com Gago Coutinho, a primeira travessia aérea do Atlântico Sul.
    
(...)   
    
Em 1923 elaborou um projeto de viagem aérea de circum-navegação, que não conseguiu realizar por falta de meios materiais. Em 1924, convencido de que o Governo não correspondia ao esforço por ele levado a cabo para a eficiência da Aviação Marítima, apresentou o seu pedido de demissão de oficial da Marinha, pedido que foi indeferido. Ainda em 1924, foi nomeado para estudar uma proposta feita ao governo para o estabelecimento de carreiras aéreas com fins comerciais. Morreu a 15 de novembro de 1924, quando pilotava um Fokker 4146 de Amesterdão para Lisboa, um dos cinco aviões que haviam sido adquiridos por subscrição pública, e que seriam utilizados no seu projeto da viagem aérea à Índia, uma vez fracassado o seu projeto de circum-navegação. 

 

A cantora Petula Clark celebra hoje 92 anos


Petula Sally Olwen Clark (Ewell, Surrey, 15 November 1932) is an English singer, actress, and composer. She has one of the longest serving careers of a British singer, spanning more than seven decades.
 
 

Little Willie John nasceu há 87 anos...

 
William Edward "Little Willie" John (Detroit, Michigan, November 15, 1937 – Walla Walla, Washington, May 26, 1968) was an American R&B singer who performed in the 1950s and early 1960s. He is best known for his successes on the record charts, with songs such as "All Around the World" (1955), "Need Your Love So Bad" (1956), "Talk to Me, Talk to Me" (1958), "Leave My Kitten Alone" (1960), "Sleep" (1960), and his number-one R&B hit "Fever" (1956). An important figure in R&B music of the 1950s, he faded into obscurity in the 1960s and died while serving a prison sentence for manslaughter. John was posthumously inducted into the Rock and Roll Hall of Fame in 1996. 

   

in Wikipédia

 

O poeta Jorge de Lima faleceu há setenta e um anos...

     
Jorge de Lima (União dos Palmares, 23 de abril de 1893 - Rio de Janeiro, 15 de novembro de 1953) foi um poeta, romancista, pintor, político, médico, biógrafo, ensaísta e tradutor brasileiro. Nascido em Alagoas, mudou-se ao Rio de Janeiro em 1930, fazendo do seu consultório médico o ponto de encontro entre artistas e intelectuais da época. Mesmo sendo considerado um grande nome do modernismo brasileiro, a sua obra percorre vários movimentos e características.

Com grande destaque na poesia, a sua obra máxima, a Invenção de Orfeu, é marcada pela diversidade de formas, referências e extensão. Publicada em 1952, procura uma nova forma de poesia numa ilha utópica, onde propõe a superação do individualismo e hostilidade, abrindo espaço a uma nova ordem: mais solidária e sensível. Nesse seu último livro, o exercício poético se volta para o oceano íntimo, em busca da ilha essencial e inacessível aos poderes que governam o seu tempo e o seu mundo.

   

in Wikipédia

 

O ACENDEDOR DE LAMPIÕES 


Lá vem o acendedor de lampiões da rua!

Este mesmo que vem infatigavelmente,

Parodiar o sol e associar-se à lua

Quando a sombra da noite enegrece o poente!

Um, dois, três lampiões, acende e continua

Outros mais a acender imperturbavelmente,

À medida que a noite aos poucos se acentua

E a palidez da lua apenas se pressente.

Triste ironia atroz que o senso humano irrita: —

Ele que doira a noite e ilumina a cidade,

Talvez não tenha luz na choupana em que habita.

Tanta gente também nos outros insinua

Crenças, religiões, amor, felicidade,

Como este acendedor de lampiões da rua!


Jorge de Lima

A Frida (dos ABBA) celebra hoje 79 anos

Frida ao lado de seu então marido, Benny Andersson,, também integrante do ABBA, em 1976

   

Anni-Frid Synni Lyngstad, também conhecida como Frida, (Ballangen, 15 de novembro de 1945) é uma cantora sueca nascida na Noruega, ex-integrante do grupo sueco ABBA. Formalmente, e pelo seu casamento com o príncipe soberano da Casa Real de Reuss (morto em 1999), tornou-se em Sua Alteza Sereníssima a Princesa Anni-Frid Synni Reuss, Condessa de Plauen.


 
Os ABBA em 1974, da esquerda para a direita: Benny Andersson, Anni-Frid Lyngstad (Frida), Agnetha Fältskog e Björn Ulvaeus
          
 

Hoje é dia de ouvir música dos Nickelback...