terça-feira, março 12, 2019

Liza Minnelli - 73 anos

Liza May Minnelli (Los Angeles, 12 de março de 1946) é uma atriz e cantora americana. É filha do diretor Vincent Minnelli e da atriz e cantora Judy Garland. Eternizou-se no cinema como a dançarina Sally Bowles, no filme que lhe rendeu um Óscar de melhor atriz, Cabaret.

Liza Minnelli foi uma atriz precoce, participando no primeiro filme em 1949 (In the Good Old Summertime), aos catorze meses de idade. Com dezasseis anos, Liza foi para Nova Iorque, por sua conta, para iniciar a carreira artística. Em 1964, a mãe convidou-a para participarem juntas num espectáculo em Londres, que teve excelente repercussão. Foi nessa ocasião que Liza conheceu o primeiro marido, o cantor e compositor australiano Peter Allen, amigo de Judy Garland.
Liza ganhou um prêmio Tony aos 19 anos de idade e, em 1969, aos 23 anos, foi indicada ao primeiro Óscar, pelo papel de Pookie Adams em The Sterile Cuckoo.
Os anos 70 foram anos de muito trabalho para Liza. Actuou nos palcos, nas telas e na música.
Em 1972, Minnelli protagonizou um dos maiores sucessos da carreira, como Sally Bowles, no filme Cabaret, adaptação do musical homônimo. A longa-metragem é também um dos maiores sucessos de bilheteira de Hollywood e projetou Liza como um dos maiores ícones do cinema mundial. O talento como cantora foi reconhecido com a interpretação antológica da canção-tema homónima. Minnelli venceu o Óscar de Melhor Atriz pelo desempenho e o Globo de Ouro de melhor atriz em comédia ou musical. Foi simultaneamente capa das revistas Time e Newsweek. Além de Cabaret, uma das interpretações mais conhecidas é New York, New York, do musical homónimo.
Com o amigo Halston, era frequentadora assídua do Studio 54, o mais famoso clube noturno do mundo. Em 1974, participou como narradora do filme Isto é o espetáculo, com Fred Astaire e Gene Kelly. Casou-se em 1974 com o produtor e diretor de televisão Jack Haley, Jr., e em 1979 com o escultor Mark Gero, mas os dois casamentos acabaram em divórcio.
Nos últimos anos, a carreira tem estado voltada mais para os palcos e para a música. Gravou com Frank Sinatra o CD Duets e Sammy Davis Jr.; juntou-se a eles para uma série de concertos e espetáculos na televisão, que tiveram óptima repercussão.
Em 1997, Liza sofreu uma cirurgia às cordas vocais, época em que começou a assistir a todos os filmes do pai adoptivo. Isso levou-a a estrear um espetáculo na Broadway intitulado Minnelli on Minnelli.
Casou-se em 2002 com David Gest, promoter e produtor de televisão, e o divórcio ocorreu em 2007 (ela separou-se de Gest em 2003).
Em 2006 gravou a canção Mama em parceria com a banda My Chemical Romance.
Após a performance como Dudley Moore, no longa-metragem Arthur, Minnelli fez poucas aparições no cinema.
Em 2015 teve uma recaída e voltou ao tratamento psicoterápico e de desintoxicação em uma clínica de reabilitação, devido ao seu vício em drogas e álcool. É conhecida dos media as brigas entre Liza e a sua meia-irmã Lorna Luft. Ambas não se dão bem desde a adolescência, e as brigas intensificaram-se após Liza recair no seu vício, e Lorna descobrir um cancro de mama com metástase cerebral. Ela acusou Liza de não tê-la visitado no hospital. Liza rebateu em entrevistas, afirmando que quando mais precisou da irmã, em uma overdose e posterior tentativa de parar o uso, não teve apoio dela.

 

Al Jarreau nasceu há 79 anos

Alwyn Lopez Jarreau (Milwaukee, 12 de março de 1940 - Los Angeles, 12 de fevereiro de 2017), conhecido popularmente como Al Jarreau, foi um cantor  norte-americano. Versátil no seu estilo de cantar, foi premiado sete vezes com o Grammy, sendo o único a vencer o prémio em três categorias distintas: jazz, pop e R&B.
Filho de um pastor, Al Jarreau começou a cantar no coro de sua igreja aos quatro anos de idade, ao mesmo tempo em que se apresentava em uma variedade de eventos em Milwaukee, sua cidade natal, ao lado dos irmãos ou sozinho. Mas a música não foi a única atividade a qual se dedicou nessa época: sobressaiu-se, também, nos desportos e nos estudos, onde, por suas notas, foi considerado um aluno acima da média. Na juventude, já estudando no respeitado Ripon College, em Wisconsin, Jarreau continuou a cantar nos finais de semana e feriados para se divertir, associando-se nessa época a um grupo local chamado The Indigos.
Em 1975, após uma pequena temporada estendida no Bla Bla Cafe, ainda em Los Angeles, ele foi descoberto por pessoal da Warner Bros Records e assinou um contrato de gravação. Seu primeiro álbum lançado para o selo, We Got By, foi aclamado, por unanimidade, pelos críticos e deu-lhe fama internacional, chegando a receber um Grammy na Alemanha, facto que se repetiu com o lançamento de seu segundo álbum, Glow. Seu quarto álbum, All Fly Home, foi lançado em 1978 com muitos elogios na media, o que lhe rendeu um segundo Grammy nos EUA como melhor vocalista de Jazz. Nos anos 80, seu álbum Breakin 'Away (1981), que inclui seu hit We're in This Love Together, foi campeão de vendas e lhe rendeu mais dois Grammy como o de Melhor Vocalista Pop Masculino e Melhor Vocalista Masculino de Jazz.
Em 1985, esteve no Rock in Rio e cantou na mesma noite que James Taylor e George Benson, para um público recorde naquela edição do Show.
Em 1992, com o álbum Heaven and Earth, ele recebeu seu quinto Grammy como Melhor Performance Vocal de R&B.
O ano de 1996 trouxe um novo desafio para sua carreira: Jarreau aceitou permanecer três meses na Broadway protagonizando o musical Grease com muito sucesso.
Pela sua carreira, Al foi distinguido com uma estrela no Hollywood Walk of Fame, eternizando-o como um dos melhores cantores da sua geração.
  
 

Charlie Parker morreu há 64 anos

Charles Parker, Jr. (Kansas City, Missouri, 29 de agosto de 1920New York, 12 de março de 1955) foi um saxofonista dos Estado Unidos de jazz e compositor. No início da sua carreira Parker foi apelidado de Yardbird; essa alcunha mais tarde foi encurtada para Bird e permaneceu como a sua para o resto da sua vida.
  
 

El-Rei D. Manuel I surpreendeu Roma e o Papa há 505 anos atrás

Elefante Hanno e o seu mahout (desenho a caneta e tinta, Museu das Belas-Artes de Angers)
  
Em 1514 Tristão da Cunha foi mandado a Roma como embaixador ao papa Leão X, tendo como seu secretário Garcia de Resende. A embaixada faustosíssima que comandava, acompanhado por Diogo Pacheco e João de Faria, percorreu as ruas da cidade numa extravagante procissão, a 12 de março de 1514, onde se viam animais selvagens das colónias e riquezas das Índias. O cortejo trazia um elefante como presente para o papa, a que este deu o nome Hanno), e que durante quase 3 anos foi a sua mascote. Vinham também dois leopardos, uma pantera, alguns papagaios, perus raros e cavalos indianos. Hanno carregava um palanque de prata no seu dorso, em forma de castelo, contendo um cofre com os presentes reais, entre os quais paramentos bordados com pérolas e pedras preciosas, e moedas de ouro cunhadas para a ocasião.
O papa recebeu o cortejo no Castelo de Santo Ângelo. O elefante ajoelhou-se três vezes em sinal de reverência e depois, obedecendo a um aceno do seu mahout (tratador) indiano, aspirou a água de um balde com a tromba e espirrou-a sobre a multidão e os cardeais.
Para a mesma ocasião viria um rinoceronte, que seria retratado por Albrecht Dürer em uma famosíssima xilografia. Apesar de nunca o ter visto, o artista baseara-se numa descrição extremamente precisa do animal. O barco com o rinoceronte terá naufragado ao mesmo tempo que Hanno chegava de Lisboa.
  

O geólogo William Buckland nasceu há 235 anos

William Buckland (Axminster, Devon, 12 de março de 1784 - 24 de agosto de 1856) foi um teólogo britânico que se tornou Deão de Westminster, geólogo e paleontólogo que fez a primeira coleta e descrição completa de um dinossauro nomeado megalossauro, seu trabalho na caverna de Kirkdale comprovando um covil pré-histórico de hiena, e pelo qual foi premiado com a Medalha Copley, foi amplamente elogiado como um exemplo de como a análise científica detalhada pode ser usada para entender a história geológica pela reconstrução de eventos do conceito Tempo Profundo. Foi um pioneiro no uso de fezes, restos fossilizados, pelo qual ele inseriu o termo coprólito, para reconstruir antigos eco-sistemas. Buckland foi o proponente da Teoria do Hiato, que interpretava o acontecimento Bíblico de Génesis se referindo a dois episódios da Criação separados por um período de duração, que surgiu no final do século XVIII e começo do século XIX com uma maneira de reconciliar os acontecimentos das escrituras com as descobertas geológicas que sugeria a terra muito antiga. No começo de sua carreira ele acreditou que tivesse encontrado evidência geológica do Diluvio Bíblico, porém mais tarde convenceu-se que a Era do Gelo de Louis Agassiz era uma melhor explicação, e, ele desempenhou um importante papel na promoção da teoria na Grã Bretanha.
Foi laureado com a Medalha Copley, em 1822, e com a medalha Wollaston, concedida pela Sociedade Geológica de Londres, em 1848.

Gabriele d’Annunzio nasceu há 156 anos

Gabriele d’Annunzio (Pescara, 12 de março de 1863  - Gardone Riviera, 1 de março de 1938) foi um poeta e dramaturgo italiano, símbolo do decadentismo e herói de guerra. Além de sua carreira literária, teve também uma excêntrica carreira política.
  
  
Sopra un erotik
  
Voglio un amore doloroso, lento,
che lento sia come una lenta morte,
e senza fine (voglio che più forte
sia de la morte) e senza mutamento.

Voglio che senza tregua in un tormento
occulto sien le nostre anime assorte;
e un mare sia presso a le nostre porte,
solo che pianga in un silenzio intento.

Voglio che sia la torre alta granito,
ed alta sia così che nel sereno
sembri attingere il grande astro polare.

Voglio un letto di porpora, e trovare
in quell'ombra giacendo su quel seno,
come in fondo a un sepolcro l'Infinito.

Graham Coxon, dos Blur, faz hoje cinquenta anos!

Graham Coxon (nascido Graham Leslie Coxon, a 12 de março de 1969, em Rinteln, na Alemanha) é um músico que construiu a sua carreira tocando guitarra numa das principais bandas inglesas de sua época, os Blur. Mesmo tendo o seu talento como guitarrista e a sua importância nos Blur reconhecidos por fãs e pela crítica, Graham deixou a banda em 2003, após seis álbuns, embarcando definitivamente numa carreira a solo iniciada quatro anos antes. Entretanto, regressou aos Blur em 2009.
É considerado um dos melhores guitarristas de sua época e entrou, inclusive, na lista dos 40 melhores guitarristas dos últimos 30 anos, em decimo quinto lugar.

Blur
O seu envolvimento com a música começou muito cedo. Nascido na antiga Alemanha Ocidental, numa base militar inglesa onde seu pai, músico de jazz, dava aulas de música, Graham e a sua família estabeleceram-se na Inglaterra poucos anos depois. Por volta dos 12 anos, Graham aprendeu a tocar guitarra e saxofone e, em pouco tempo, já participava em diversas bandas. Aos 14 conheceu Damon Albarn e eles reencontrariam-se na faculdade, onde formaram os Blur. Ao longo da uma trajetória bem sucedida, os Blur passaram por inúmeras transformações sonoras. Do primeiro álbum, Leisure (1991), quando a banda ainda parecia um filhote de Manchester dos Stone Roses, ao auge do britpop (em Parklife de 1994 ) e mais tarde ao namoro com o rock americano (no álbum Blur, de 1997) e com a música eletrénica (a partir de 13, de 1999), o elemento que sempre deu unidade ao som da banda foi a guitarra característica de Graham Coxon. Desde o primeiro single dos Blur, “There’s No Other Way”, podia-se comprovar pelo riff que ali estava um guitarrista especial, e a sua carreira comprova isso. Nos Blur, enquanto Damon Albarn centralizava as atenções e os holofotes dos media como frontman pelo comportando no palco e em entrevistas como um típico popstar, Coxon era o carismático guitarrista tímido e nerd, satisfeito a ficar de canto sem aparecer muito. Era também um notório beberrão, as suas inúmeras e curiosas histórias de backstage só aumentavam o folclore em torno de si, que aos poucos foi se tornando uma figura muito querida entre os fãs da banda. Com o passar dos anos, a facilidade de Graham Coxon em compor foi crescendo e começou a faltar espaço no Blur para conciliar as canções de Graham e de Damon Albarn, por si próprio uma locomotiva criativa. Além disso, Graham mostrava também uma disposição para se expressar como autor. No álbum Blur de 1997, surgiu a primeira música interpretada unicamente por ele na voz e guitarra, a balada “You’re So Great”. Com isso, não foi surpresa quando em 1998, Graham Coxon montou o selo Transcopic Records e lançou um álbum a solo, The Sky Is Too High Assim como em “You’re So Great”, Graham Coxon é o único músico presente no álbum, tocando todos os instrumentos.

Carreira a Solo
No disco, Graham explorava uma massiva gama de influências e experimentações, desde folk até o punk, gravado com uma produção descuidada, por vezes precária, evidenciando se tratar de um projeto paralelo onde Graham dava vazão à sua produção como compositor. A prioridade (ainda) era visivelmente os Blur, tanto que não houve promoção ou turnê em torno do disco. Em 2000 surge o segundo álbum solo, “The Golden D”, mais pesado e agressivo, que teve uma repercussão um pouco menos restrita, sendo percebido fora do espectro dos fãs dos Blur como um trabalho distinto da sonoridade da banda.

Em 2001, tirando proveito de um intervalo nas atividades do Blur, que a esta altura tinha Damon Albarn envolvido no seu próprio projeto paralelo, os Gorillaz, Graham Coxon deu sequência à sua carreira a solo com o álbum “Crow Sit on Blood Tree”. Trata-se de um disco completamente diferente dos anteriores, mais introspectivo e delicado. Com a boa repercussão do álbum junto à crítica, o entusiasmo de Graham foi aumentando e ele já preparava um novo álbum quando o Blur se reuniu novamente para discutir ideias para o seu próximo disco. Foi então que começaram a surgir especulações sobre a possível saída de Graham do grupo. De facto, já fazia algum tempo que se tornava difícil para o Blur conciliar a divergência musical de seus dois principais compositores e, com os anos de convivência, as relações pessoais também já andavam desgastadas, com o agravante do histórico de Graham com o álcool. A soma desses fatores resultou na saída definitiva de Graham Coxon dos Blur em 2002. A banda seguiu o seu rumo sem um substituto e com Damon deixando as portas abertas em entrevistas para um eventual retorno, ao que Graham reagiu declarando não ter intenção de voltar a integrar o grupo.
The Kiss of Morning”, lançado em outubro de 2002, foi gravado enquanto Graham Coxon ainda era membro do Blur, foi o primeiro a contar com músicos de apoio e a ajuda de um produtor, resultando num disco mais coeso.
Após quatro discos tão diferentes entre si, para os críticos se tornou uma tarefa árdua situar o trabalho solo de Graham e não é difícil encontrar nomes absolutamente díspares como Pavement, Sonic Youth, Syd Barrett e Nick Drake sendo citados como referências em textos sobre o agora cantor-compositor. O facto é que, apesar de refletir as suas influências no seu trabalho, Graham Coxon consegue passar nas músicas a sua personalidade, transitando com facilidade entre vários estilos mantendo uma identidade própria, facilmente reconhecível. Nesse aspecto, um outro nome frequentemente relacionado ao trabalho a solo de Graham é o de Billy Childish, que inclusive teve álbuns seus lançados pela Transcopic Records, gravadora montada por Coxon.
Em 2004 surge o primeiro álbum de Graham Coxon efetivamente como um artista solo, “Hapiness In Magazines”. Desta vez, o enfoque foi diferente, a ideia de produção caseira, lo-fi, foi deixada de lado, assim como boa parte dos experimentalismos, tornando o som mais pop e acessível. Para o disco, Graham contou com a produção de Stephen Street, que havia trabalhado nos quatro primeiros álbuns dos Blur. Com isso, a comparação com o som de sua antiga banda foi inevitável. O disco, sonoramente falando, se situa entre Modern Life Is Rubbish e Parklife, como se numa hipotética linha no tempo o Blur lançasse Hapiness In Magazines como uma ruptura ao caminho traçado pela banda em Parklife. Essa característica do “novo velho” Graham Coxon certamente agradou fãs mais antigos dos Blur, além de ser pop o suficiente para atingir o grande público na Inglaterra. O disco esteve muito bem nas paradas, puxado principalmente pelos singles “Freak Me Out” e “Bittersweet Bundle of Misery”. Com sua primeira turnê solo, Graham tocou nos grandes festivais ingleses e em 2005 foi escolhido como melhor artista a solo do ano pela NME.

Midlife: Um novo começo para os Blur
O regresso aos Blur foi confirmada e as suas atividades reiniciaram, com a formação original, ensaiando para os shows do meio do ano, que não acontecia desde 2000. Com o lançamento da sua nova coletânea "Midlife: A New Begginers To Blur" que inclui varias músicas marcantes em toda a carreira de blur, e o primeiro show para marcar o retorno será no "Festival de Glastonbury" o maior festival de música ao ar livre do mundo, e ainda as apresentações no Hide Park e no T in the Park. Já se falava da possibilidade do lançamento de um novo álbum em 2010 (Into the Silence) que foi anunciado por "Damon Albarn" em 2009.
A banda também tocou no British Awards 2012 e fechou os Jogos Olímpicos de Londres, no mesmo ano.
 
 

Peter Doherty faz hoje quarenta anos!

Peter Doherty (Hexham, 12 de março de 1979) é um músico britânico, artista e poeta. Actualmente é vocalista e frontman da banda Babyshambles, assim como dos The Libertines, juntamente com Carl Barât. A partir de 2005, Doherty começou a chamar mais a atenção dos media em geral devido ao seu relacionamento com a supermodelo Kate Moss e do seu uso de drogas.
  
Antes da Fama
Peter Doherty é o segundo dos três filhos do casal Jacqueline Doherty (antes Michels) e Peter John Doherty. Teve uma educação católica e foi extremamente bem sucedido nos estudos. Mais tarde, foi viver no apartamento de sua avó em Londres. Na cidade arranjou trabalho no cemitério de Willesden Cemetery, onde fechava sepulturas, mas na maior parte do seu tempo lia e escrevia sentado nas tampas fúnebres. Entrou na Faculdade Queen Mary, da Universidade de Londres, para estudar literatura inglesa, mas desistiu do curso após o primeiro ano. Depois de deixar a universidade, Pete mudou-se para um apartamento com Carl Barât, que tinha estudado com a irmã mais velha dele na Brunel University.
  
The Libertines
Doherty e Barât formaram uma banda, os The Libertines, no final dos anos 90, mas só em 2002 lançaram o primeiro álbum, Up The Bracket, conseguindo algum sucesso. A banda teve boas críticas e ganharam um grande grupo de fãs dedicados, com Pete em particular a ser adorado pelos fãs e críticos como um dos mais promissores letristas a emergir na cena musical independente britânica. No entanto, o seu uso gradual de drogas levou ao seu afastamento da banda. Em 2003, foi preso por assaltar o apartamento de Barât. De início foi sentenciado a 6 meses de prisão, mas só ficou preso apenas 2 meses. Depois de ser libertado reuniu-se com Barât e os Libertines e fizeram um show no pub Tap 'n' Tin, em Chatham, Kent.
Depois desta reunião, Doherty procurou ajuda para o seu uso de drogas. Frequentou um centro de desintoxicação alternativa Wat Tham Karbok, um templo na Tailândia, onde era espancado com uma cana de bambu e forçado a tomar uma bebida cheia de elementos herbais para provocar vômito. Saiu de lá após 3 dias e voltou para Inglaterra. Depois disso, os Libertines tocaram nos festivais de Glastonbury e Isle Of Wight.
Mais tarde, a banda lançou o segundo álbum, intitulado The Libertines e, em junho de 2004, Doherty foi convidado a sair dos Libertines mais uma vez. A banda citou o uso de drogas de Pete como razão do seu afastamento dos Libertines, apesar de Barât ter anunciado que esperavam pela recuperação de Doherty. Efectivamente os Libertines viriam a acabar nesse ano, pouco após a partida de Doherty. Os restantes membros estão agora envolvidos noutros projectos (Dirty Pretty Things e Yeti).
A 12 de abril de 2007, Pete Doherty e Caral Barât tocaram 13 músicas num concerto chamado "An Evening With Pete Doherty" no Hackney Empire, em Londres. Os Libertines reunidos tocaram "What a Waster", "Death on the Stairs", "The Good Old Days", "What Katie Did", "Dilly Boys", "Seven Deadly Sins", "France", "Tell the King", "Don't Look Back into the Sun", "Dream a Little Dream of Me", "Time for Heroes", "Albion" e "The Delaney". No verão de 2010, os Libertines regressaram para dois muito esperados concertos nos festivais de Reading & Leads, onde 80 mil fãs foram levados à loucura, loucura essa que levou a alguns problemas. Na música "Time for Heroes", na reta final de um dos concerto, por altura do solo, as grades de segurança cederam, tendo o responsável pela segurança do festival entrado em palco para pedir a Pete Doherty e Carl Bârat para pararem até a segurança ser restabelecida. Quando isso se verificou, a banda regressou ao palco, reiniciando o concerto com o soberbo solo dessa mesma "Time for Heroes". A setlist desse concerto foi: "Horrorshow"; "The Delaney"; "Vertigo"; "Last Post on the Bugle"; "Tell the King"; Boys in the Band"; "Music When the Lights Go Out"; "What Katie Did"; "What Became of the Likely Lads"; "Can't Stand Me Now"; "Death on the Stairs"; "The Ha Ha Wall"; "Don't Look Back Into the Sun"; "Time for Heroes"; "The Good Old Days"; "Radio America Intro/Up the Bracket"; "What a Waster"; " I Get Along".
 
Colaborações
Após os Libertines acabarem, Doherty participou numa série de colaborações com um poeta local, Wolfman, e juntos fizeram o single "For Lovers", que entrou no top 10, ficando em 7º lugar. Apesar do sucesso do single e da sua nomeação para um prestigiado Ivor Novello Award, pela letra, Doherty e Wolfman receberam relativamente pouco dinheiro. Mais tarde em 2004, Doherty foi convidado pelo grupo britânico Client para cantar "Down to the Underground". A canção foi lançada em junho de 2004 como um B-side da música "In It for the Money", que aparece no segundo álbum dos Client, intitulado City. Em 2005, colaborou com os Littl'ans no single "Their Way". Em 2006, participou num single de caridade "Janie Jones", que foi lançado com a participação de outras bandas como os Dirty Pretty Things, We Are Scientists, The Kooks e The Holloways. Em agosto do mesmo ano, Doherty anunciou que gravaria com o vocalista dos The Streets, Mike Skinner, numa nova versão de "Pragin' Out", do álbum de Skinner "The Hardest Way to Make an Easy Living".
 
Babyshambles e Grace/Wastelands
Em 2004, Peter Doherty fundou outra banda, chamada Babyshambles. Gravaram dois álbuns, Down In Albion, em novembro de 2005 e Shotters Nation, em agosto de 2007, e ainda um EP, The Blinding EP, lançado no final de 2006. Os concertos da banda têm, por vezes, cancelamentos de última hora, devido aos problemas legais de Doherty.
Os membros da banda também já mudaram diversas vezes: Gemma Clarke (baterista) deixou a banda devido aos problemas com drogas de Doherty, sendo substituída por Adam Ficek, e o guitarrista e co-letrista Patrick Walden também deixou a banda, sendo substituído por Mick Whitnall. Em 2010 foi a vez de Ficek abandonar a banda, dando lugar a Danny Goffey, ex-baterista dos Supergrass.
Em agosto de 2006, os Babyshambles assinaram contrato com a major Parlophone, onde lançaram o The Blinding EP, que recebeu uma boa crítica. Em janeiro de 2007, assinaram um contrato de longa duração com a gravadora.
A 16 de março de 2009, Peter lançou o seu primeiro álbum a solo, Grace/Wastelands, que teve muito sucesso com o single "Last of the English Roses". O disco conta com participações de vários artistas da cenário indie, entre eles Graham Coxon, guitarrista da banda Blur, Dot Allison e Wolfman,com quem Doherty já havia feito um dueto antes. O disco contaria também com a participação da cantora Amy Winehouse na faixa "1939 Returning", mas acabou por ser cancelada tal parceria.
 
Pintura e Escrita
Em junho de 2006, Pete Doherty assinou um acordo com a Orion Books para publicar os seus diários, registos esses contendo poemas, fotografias e desenhos feitos ao longo da sua carreira. Em maio de 2007 foi, então, publicado tal livro, chamado "The Books of Albion: The Collected Writings of Peter Doherty". A 15 de maio, Doherty expôs os seus quadros pela primeira vez. A colecção tinha cerca de 14 quadros e foram exibidos ao público durante um mês. A colecção, intitulada "Art of the Albion", esteve também exposta em Paris, na Chappe Gallery. A exposição causou uma grande controvérsia por serem feitos com o sangue do próprio Doherty. David West, dono da Decima Gallery de Londres disse acerca do trabalho de Doherty: "Não tem qualquer mérito artístico. Usou o próprio sangue para fazer dos quadros interessantes, mas quando se olha para eles, até uma criança de 4 anos os poderia fazer".
  
Modelo
Seguindo as pegadas da sua ex-noiva Kate Moss, Peter Doherty foi o protagonista da campanha publicitária no outono de 2007/2008 da Roberto Cavalli. A fotos ganharam fama por mostrarem um Pete mais limpo e bem arranjado. O seu estilo dos anos 50 é muitas vezes comparado com o de Marlon Brando.
  
Vida pessoal
Pete Doherty teve uma relação com Kate Moss, sendo frequentemente capa de revista. Conheceram-se em 2005 na festa de aniversário de Moss e, desde então, tiveram uma relação que durou até Junho de 2007. Em outubro de 2007, Doherty esteve brevemente noivo da modelo Irina Lazareanu. Doherty tem um filho chamado Astile Louis Doherty (nasceu em Londres, em 2003) com a cantora Lisa Moorish. Após a morte de Amy Winehouse, Pete Doherty confirmou à imprensa que ambos tinham sido amantes.
     
 

segunda-feira, março 11, 2019

Astor Piazzolla nasceu há 98 anos

Astor Pantaleón Piazzolla (Mar del Plata, 11 de março de 1921Buenos Aires, 5 de julho de 1992), filho dos imigrantes italianos Vicente Piazzolla e Asunta Manetti, foi um bandoneonista e compositor argentino.
 
 

Um sismo e tsunami devastaram o Japão há oito anos

Vista aérea de Sendai em 12 de março de 2011
 
Localização do epicentro e intensidade do sismo e réplicas

O Sismo e tsunami de Sendai de 2011 ou sismo e tsunami de Sendai (designado oficialmente Grande Terremoto do Leste do Japão) foi um sismo de magnitude de 8,9 MW com epicentro ao largo da costa do Japão ocorrido às 05.56 UTC (14.56 no horário local) de 11 de março de 2011. O epicentro foi a 130 km da costa leste da península de Oshika, na região de Tohoku, com o hipocentro situado a uma profundidade de 24,4 km. O sismo atingiu o grau 7 - a magnitude máxima da escala de intensidade sísmica da Agência Meteorológica do Japão - ao norte da Prefeitura de Miyagi, grau 6 em outras prefeituras e 5 em Tóquio.
O sismo provocou alertas de tsunami e evacuações na linha costeira japonesa do Pacífico e em pelo menos 20 países, incluindo toda a costa do Pacífico da América do Norte e América do Sul. Provocou também ondas de tsunami de mais de 10 metros de altura, que atingiram o Japão e diversos outros países. No Japão, as ondas percorreram mais de 10 km de terra.
De acordo com as autoridades, houve 13.333 mortes confirmadas e cerca de 16.000 desaparecidos. O sismo causou danos substanciais ao Japão, incluindo a destruição de rodovias e linhas ferroviárias, assim como incêndios em várias regiões, e o rompimento de uma barragem. Aproximadamente 4,4 milhões de habitantes no nordeste do Japão ficaram sem energia elétrica, e 1,4 milhão sem água. Muitos geradores deixaram de funcionar e pelo menos dois reatores nucleares foram danificados, o que levou à evacuação imediata das regiões atingidas enquanto um estado de emergência era estabelecido. A Central Nuclear de Fukushima I sofreu uma explosão aproximadamente 24 horas depois do primeiro sismo, e apesar do colapso da contenção de concreto da construção, a integridade do núcleo interno não teria sido comprometida.
Estima-se que a magnitude do sismo de Sendai faça deste o maior sismo a atingir o Japão e um dos cinco maiores do mundo desde que os registos modernos começaram a ser compilados.
  

O poeta Sebastião Alba nasceu há 79 anos

(imagem daqui)
  
Dinis Albano Carneiro Gonçalves, cujo pseudónimo era Sebastião Alba (Braga, 11 de março de 1940 - Braga, 14 de outubro de 2000 - 60 anos), foi um escritor português naturalizado moçambicano. Pertenceu à jovem vaga de autores moçambicanos que vingaram na literatura lusófona.
Nasceu em Braga, onde viveu durante alguns anos. Radicou-se, juntamente com a sua família, em 1950, em terras moçambicanas e só voltou a Portugal em 1984, voltando novamente para a «Cidade dos Arcebispos», Braga. Mas foi em Moçambique que se formou em jornalismo, lecionou em várias escolas e contraiu matrimónio com uma moçambicana.
Publicou, em 1965, Poesias, inspirado na sua própria biografia. Um dos seus primeiros poemas foi Eu, a canção. Os seus três livros colocaram-no numa posição cimeira no ambiente cultural bracarense.
Faleceu com 60 anos, atropelado numa rodovia. Deixa um bilhete dirigido ao irmão: «Se um dia encontrarem o teu irmão Dinis, o espólio será fácil de verificar: dois sapatos, a roupa do corpo e alguns papéis que a polícia não entenderá».
  
    
Gosto dos amigos
 

Gosto dos amigos
Que modelam a vida
Sem interferir muito;
Os que apenas circulam
No hálito da fala
E apõem, de leve,
Um desenho às coisas.
Mas, porque há espaços desiguais
Entre quem são
E quem eles me parecem,
O meu agrado inclina-se
Para o mais reconciliado,
Ao acordar,
Com a sua última fraqueza;
O que menos se preside à vida
E, à nossa, preside
Deixando que o consuma
O núcleo incandescente
Dum silêncio votivo
De que um fumo de incenso
Nos liberta.

Sebastião Alba

Russell Lissack, o guitarrista dos Bloc Party, faz hoje 38 anos

Russell Lissack (Chingford, Waltham Forest, 11 de março de 1981) é um guitarrista britânico atualmente na banda Bloc Party.

Russell Lissack é um guitar hero improvável. Cresceu em Chingford, uma pequena cidade nos arredores de Londres, e foi sempre considerado como um indivíduo tímido e introvertido. Russell desenvolveu cedo uma adoração por Prince, que o levou ao seu primeiro concerto. A experiência, embora ligeiramente exagerada para a sua pouca idade, mostrou a Russell que a música era ao mesmo tempo uma chamada e uma libertação para si. Aos 15, ele adquiriu a sua primeira guitarra e começou a praticar por horas para desbloquear as técnicas atrás das suas canções favoritas. Ele teve algumas lições, mas rapidamente as abandonou, a sua mentalidade era (e ainda é) que a experimentação livre conduziria à partes de guitarra mais originais e interessantes.
  



A Al Qaeda atacou Madrid há quinze anos

(imagem daqui)

Os atentados de quinta-feira, 11 de março de 2004, também conhecidos como 11-M, foram uma série de ataques terroristas cometidos em quatro comboios da rede ferroviária de Madrid, capital da Espanha. A investigação policial e o auto do processo judicial fixaram como indício racional que a autoria dos atentados é de uma célula islamista local que tentava reproduzir as acções da rede terrorista Al Qaeda.
Trata-se do mais grave atentado cometido na Espanha até à atualidade, com 10 explosões quase simultâneas em quatro comboios na hora de pico da manhã (08.00 horas locais). Mais tarde foram detonadas pela polícia duas bombas adicionais que não tinham explodido e foi desativada uma terceira, que permitiu identificar os responsáveis. As bombas estavam no interior de mochilas carregadas com TNT (trinitrotolueno).
Morreram 191 pessoas e mais de 1.700 ficaram feridas. O comando terrorista foi encontrado e cercado pela polícia espanhola poucas semanas depois em Leganés. Os seus membros cometeram suicídio fazendo explodir o apartamento em que se tinham entrincheirado, quando os GEO iniciaram o assalto. Nesta ação morreram todos os membros presentes da célula islamista e um agente do grupo policial.

As explosões ocorreram entre as 07.39 e as 07.42 horas da manhã nas estações madrilenhas de Atocha (3 bombas), El Pozo de Tío Raimundo (2 bombas), Santa Eugenia (1 bomba) e num comboio a caminho de Atocha (4 bombas). As forças de segurança encontraram mais 3 bombas, que segundo o ministro do Interior Ángel Acebes, estariam preparadas para explodir quando chegassem os primeiros socorros às vítimas.

A dificuldade inicial de atribuir a autoria dos atentados provocou aceso debate em Espanha e terá ultimamente contribuído para a mudança de governo. De notar que houve eleições legislativas apenas quatro dias depois da tragédia.
O governo espanhol inicialmente atribuiu o atentado à ETA, argumentando que foi utilizado um explosivo normalmente usado pela ETA e a Guardia Civil já tinha evitado um atentado de grandes proporções em 29 de fevereiro, quando apreendeu 500 kg de explosivos e prendeu dois prováveis membros da ETA.
No entanto a esquerda abertzale, através de Arnaldo Otegi (dirigente do partido político Batasuna, ilegalizado pela sua associação à ETA) recusou qualquer responsabilidade da ETA neste atentado e condenou-o.
Num segundo momento, o governo espanhol admitiu como possível a hipótese de a Al Qaeda estar envolvida. Quatro provas apontaram neste sentido:
  • um grupo próximo da Al Qaeda, as Brigadas de Abu Hafs Al Masri reivindicou o atentado em nome da Al Qaeda.
  • os atentados têm características em comum com outros atentados da Al Qaeda.
  • na tarde do dia 11 de março foi encontrada, na região de Madrid, uma cassete com orações em árabe numa carrinha com detonadores.
  • na noite de 11 de março foi divulgada a suspeita de que um bombista suicida seguia a bordo de um dos comboios.
  • minutos antes das 19.00 horas de 12 de março, num telefonema feito para a redacção do diário GARA, a ETA negou a autoria dos atentados. A frase exacta (em tradução) foi: "A organização ETA não tem nenhuma responsabilidade sobre os atentados de ontem."

domingo, março 10, 2019

El-Rei D. João VI morreu há 193 anos

Domingos Sequeira: O Príncipe Regente Passando Revista às Tropas na Azambuja, 1803
  
D. João VI de Portugal (nome completo: João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís António Domingos Rafael de Bragança; Lisboa, 13 de maio de 1767 - Lisboa, 10 de março de 1826), cognominado O Clemente, foi rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves de 1816 a 1822, de facto, e desde 1822 até 1825, de jure. Desde 1825 foi rei de Portugal até sua morte, em 1826. Pelo Tratado do Rio de Janeiro de 1825, que reconhecia a independência do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, também foi o imperador titular do Brasil, embora tenha sido seu filho Pedro o imperador do Brasil de facto.
Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves
   
in Wikipédia

ADENDA: a propósito da pintura por nós escolhida para ilustrar este post, passam hoje 251 anos do nascimento de Domingos Sequeira, o patrono de uma Escola na cidade em que vivo (Leiria) e onde o meu filho estuda.



Auto-retrato de Domingos Sequeira

Muzio Clementi morreu há 187 anos

Muzio Clementi (Roma, 23 de janeiro de 1752 - Worcestershire, 10 de março de 1832) foi um músico italiano naturalizado britânico. Foi provavelmente o primeiro compositor a escrever peças dedicadas às possibilidades dinâmicas do então novo instrumento de teclas e cordas percutidas: o piano.
Clementi foi um grande desenvolvedor da moderna técnica pianística, fazendo uso dos exemplos das sonatas para cravo pré-românticas de Domenico Scarlatti e do estilo galante encontrado nas composições de Carl Philipp Emanuel Bach e de seu irmão mais novo, Johann Christian Bach, filhos de Johann Sebastian Bach. Pela sua técnica virtuosística, Clementi exerceu influência em compositores como Johann Baptist Cramer, Ignaz Moscheles, Frederic Kalkbrenner e Carl Czerny. Tanto sua técnica pianística quanto composicional foram estudadas por Ludwig van Beethoven, que o tinha em alta conta como compositor e pianista. Clementi admirava Beethoven, sendo o executante mais admirado de suas peças para piano e editor de suas composições no Reino Unido. Clementi também chegou a disputar um duelo pianístico, frente ao imperador austríaco José II, em 24 de dezembro de 1781, contra ninguém menos que Wolfgang Amadeus Mozart, que o considerou um mera "maravilha mecânica".

Em todo o século XIX as obras de Clementi permitiram o desenvolvimento da técnica pianística, especialmente o seu Gradus ad Parnassum, serviu de base a todas as produções do género.
Clementi foi diretor da Phillarmonic Societ em Londres. Fundou uma editora musical e uma firma de fabricação de pianos. Uma de suas obras mais famosas é a Sonatina em dó maior, Opus 36 número 1.
Foi sepultado na Abadia de Westminster.



O Dalai Lama fugiu do Tibete há sessenta anos

A Revolta Tibetana de 1959 começou no dia 10 de março de 1959, quando uma revolta anti-chinesa e anti-comunista eclodiu em Lhasa, capital do Tibete, que estava sob o domínio do Partido Comunista da China desde a invasão do Tibete em 1950. Embora o principal evento, a fuga do 14º Dalai Lama Tenzin Gyatso, ocorreu em 1959, um conflito armado entre as forças da rebelião tibetana e o exército chinês começaram em 1956 no Kham e regiões de Amdo, que foram submetidas a reformas sociais. A guerrilha mais tarde se espalhou para outras áreas do Tibete e durou até 1962.

O aniversário da revolta é vista por muitas pessoas e organizações de solidariedade com a causa tibetana como o Dia da Revolta Tibetana (ou Dia da Revolta Nacional Tibetana).

Neneh Cherry - 55 anos!

Neneh Cherry (Estocolmo, 10 de março de 1964) é uma cantora sueca que mistura hip hop com outras influências. É irmã de Eagle Eye Cherry.

Batizada como Neneh Mariann Karlsson pela sua mãe sueca, Moki Karlsson, e seu pai biológico Ahmadu Jah, um jazzista de Serra Leoa, Neneh Cherry passou os seus primeiros anos de vida na pequena cidade sueca de Hässleholm, antes da família passar a seguir o seu padrasto, Don Cherry, nas turnês. Depois, a família passou a residir na East 9th Street em Nova Iorque. Neneh começou a se apresentar depois que abandonou a escola aos 14 anos e mudou para Londres, onde entrou para a banda de punk rock The Cherries.
Em 2004, Neneh tornou-se avó.
Em 2005, no álbum Demon Days do grupo Gorillaz, fez coros na canção "Kids With Guns".
 
 

sábado, março 09, 2019

A paleontóloga Mary Anning morreu há 172 anos

Mary Anning (Lyme Regis, 21 de maio de 1799 - Lyme Regis, 9 de março de 1847), foi uma paleontóloga inglesa.
Foi Mary Anning quem descobriu o primeiro fóssil de ictiossauro. Esta encontrou, por volta dos 12 anos, na costa de Dorset, incrustado num íngreme penhasco, o primeiro fossil de ictiossauro conhecido, que media cinco metros de comprimento.
Mary Anning ainda descobriu muitos outros répteis marinhos antigos, hoje em exposição no Museu de História Natural de Londres, como o plesiossauro, e um dos primeiros fósseis de pterodáctilo.
Anning passou boa parte da vida recolhendo fosseis na praia e vendendo-os aos visitantes, e por isso pode ser a inspiração para o trava-línguas inglês She sells seashells on the seashore (Ela vende conchas à beira-mar).
Curiosamente, Mary Anning nunca descobriu nenhum dinossauro.
Mary Anning foi uma coletora, negociante e paleontóloga britânica que se tornou conhecida em todo o mundo pelo número de importantes achados que ele fez nos leitos fósseis marinhos de idade jurássica na cidade de Lyme Regis, no condado de Dorset, onde ela viveu. O trabalho dela contribuiu para mudanças fundamentais no pensamento científico sobre a vida pré-histórica e sobre a história da Terra que ocorreram no início do século XIX.
Anning procurou por fósseis na área dos penhascos de Blue Lies, particularmente durante os meses de inverno, quando deslizamentos expunham novos fósseis que tinham de ser recolhidos rapidamente, antes que eles desaparecessem no mar. Era um trabalho perigoso, e ela quase perdeu a sua vida em 1833, durante um deslizamento que matou o seu cão Tray. As descobertas dela incluíram o primeiro esqueleto de ictiossauro a ser corretamente identificado, que ela e o irmão dela encontraram quando ela tinha apenas 12 anos de idade; os dois primeiros esqueletos de plesiossauros já encontrados; o primeiro esqueleto de pterosauro localizado fora da Alemanha; e alguns importantes fósseis de peixes. As observações dela tiveram um papel chave nas descobertas de que fósseis de belemnites continham sacos de tinta fossilizados, e que coprólitos, conhecidos como pedras de bezoar na época, eram fezes fossilizadas. Quando o geólogo Henry De La Beche pintou Duria Antiquior, a primeira representação pictórica largamente divulgada de uma cena da vida pré-histórica derivada de reconstruções de fósseis, ele baseou-se em grande parte nos fósseis que Anning tinha encontrado, e vendeu impressões da ilustração em seu benefício.
O género e a classe social da Anning impediram-na completamente de participar da comunidade cientifica da Grã-Bretanha do século XIX - dominada como ela era por senhores anglicanos ricos. Ela lutou financeiramente por grande parte de sua vida. A família dela era pobre, e como dissidentes religiosos estavam sujeitos a discriminação legal. O pai dela, um marceneiro, morreu quando ela tinha onze anos. Ela tornou-se bem conhecida nos círculos geológicos na Grã Bretanha, Europa e América, e foi consultada sobre assuntos de anatomia, bem como sobre coletar fósseis. Entretanto, como uma mulher não era elegível para se juntar a Geological Society of London, e muitas vezes nem sequer recebia o crédito completo pelas suas contribuições científicas. Na verdade ela escreveu em uma carta: "O mundo usou-me tão maldosamente, que eu temo que todos suspeitem de mim." O único escrito científico dela publicado em toda a sua vida apareceu na Magazine of Natural History em 1839, um trecho de uma carta na qual Anning tinha escrito para o editor da revista, questionando uma de suas revindicações. Depois da sua morte a história de vida pouco comum dela atraiu interesse crescente. Charles Dickens escreveu sobre ela em 1865 que:"a filha do carpinteiro conquistou um nome por ela mesma, e mereceu conquistá-lo." Em 2010 a Royal Society incluiu Anning em uma lista das dez mulheres britânicas que mais influenciaram a história da ciência.
Carta e desenho de Mary Anning anunciando a descoberta de um animal fóssil hoje conhecido como Plesiosaurus dolichodeirus, 26 de dezembro de 1823