Mostrar mensagens com a etiqueta elefantes brancos. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta elefantes brancos. Mostrar todas as mensagens

sábado, abril 13, 2024

O Aeroporto Internacional de Beja foi inaugurado há treze anos...

  
O Aeroporto Internacional de Beja - Alentejo (código IATA: BYJ, código OACI: LPBJ) é um aeroporto localizado junto à Base Aérea n.º 11, a 12 km da cidade de Beja, freguesia de São Brissos, no Baixo Alentejo
 

Em 2000, o XIV Governo, dirigido por António Guterres, reconheceu o interesse na promoção da Base para fins civis, iniciou o estudo de viabilidade do aeroporto de Beja e criou a EDAB. O estudo, que determinou a viabilidade do aeroporto, terminou em 2003 e, após a conclusão do plano diretor, dos projetos de execução e do estudo de impacto ambiental favorável, as obras de construção da infraestrutura começaram em 2007 e terminaram em 2009, sob o auspício do governo de José Sócrates. O aeroporto começou a operar a 13 de abril de 2011, quando se realizou o voo inaugural, mas, desde então, apesar de aberto, tem estado praticamente vazio e sem voos e passageiros na maioria dos dias.

O voo inaugural aconteceu no dia 13 de abril de 2011 promovido pelo município de Ferreira do Alentejo. As obras da primeira fase de construção foram atribuídas à empresa construtora Sopol pela empresa de desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB). O aeroporto representa um investimento de cerca de 33 milhões de euros e estava previsto estar operacional em julho de 2009 (Bastos, 2009). O governo português pretendia focalizar este aeroporto para a laboração de companhias aéreas de baixo custo, visto que este aeroporto vai beneficiar de taxas aeroportuárias significativamente baixas. É também de importante relevância o facto de o aeroporto se localizar a pouco tempo do Algarve e dos empreendimentos hoteleiros já projetados para a Costa Vicentina e a Barragem de Alqueva, este também se encontra a pouco mais de duas horas de Lisboa.

Para uma melhor rentabilização do Aeroporto de Beja foi adjudicado o novo troço da auto-estrada (Autoestrada do Baixo Alentejo) que une o Porto de Sines a este novo aeroporto, de forma a torná-lo mais competitivo, unir a cidade do Baixo Alentejo, Beja, ao litoral e, desta forma, criar uma intermodalidade de serviços e transportes. Também com esta nova auto-estrada, o aeroporto de Beja, destinado a companhias aéreas de baixo custo, terá ligação não só com a capital, Lisboa, mas também com o Algarve.

A viagem inaugural aconteceu no dia 13 de abril de 2011 promovido pelo município de Ferreira do Alentejo. As obras da primeira fase de construção foram atribuídas à empresa construtora Sopol pela empresa de desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB).

 

quinta-feira, abril 13, 2023

O Aeroporto Internacional de Beja foi inaugurado há doze anos

  
O Aeroporto Internacional de Beja - Alentejo (código IATA: BYJ, código OACI: LPBJ) é um aeroporto localizado junto à Base Aérea n.º 11, a 12 km da cidade de Beja, freguesia de São Brissos, no Baixo Alentejo
 

Em 2000, o XIV Governo, dirigido por António Guterres, reconheceu o interesse na promoção da Base para fins civis, iniciou o estudo de viabilidade do aeroporto de Beja e criou a EDAB. O estudo, que determinou a viabilidade do aeroporto, terminou em 2003 e, após a conclusão do plano diretor, dos projetos de execução e do estudo de impacto ambiental favorável, as obras de construção da infraestrutura começaram em 2007 e terminaram em 2009, sob o auspício do governo de José Sócrates. O aeroporto começou a operar a 13 de abril de 2011, quando se realizou o voo inaugural, mas, desde então, apesar de aberto, tem estado praticamente vazio e sem voos e passageiros na maioria dos dias.

O voo inaugural aconteceu no dia 13 de abril de 2011 promovido pelo município de Ferreira do Alentejo. As obras da primeira fase de construção foram atribuídas à empresa construtora Sopol pela empresa de desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB). O aeroporto representa um investimento de cerca de 33 milhões de euros e estava previsto estar operacional em julho de 2009 (Bastos, 2009). O governo português pretendia focalizar este aeroporto para a laboração de companhias aéreas de baixo custo, visto que este aeroporto vai beneficiar de taxas aeroportuárias significativamente baixas. É também de importante relevância o facto de o aeroporto se localizar a pouco tempo do Algarve e dos empreendimentos hoteleiros já projetados para a Costa Vicentina e a Barragem de Alqueva, este também se encontra a pouco mais de duas horas de Lisboa.

Para uma melhor rentabilização do Aeroporto de Beja foi adjudicado o novo troço da auto-estrada (Autoestrada do Baixo Alentejo) que une o Porto de Sines a este novo aeroporto, de forma a torná-lo mais competitivo, unir a cidade do Baixo Alentejo, Beja, ao litoral e, desta forma, criar uma intermodalidade de serviços e transportes. Também com esta nova auto-estrada, o aeroporto de Beja, destinado a companhias aéreas de baixo custo, terá ligação não só com a capital, Lisboa, mas também com o Algarve.

A viagem inaugural aconteceu no dia 13 de abril de 2011 com destino a Cabo Verde.

 

quarta-feira, abril 13, 2022

O elefante branco que um político duvidoso fez em Beja foi inaugurado há onze anos

  
O Aeroporto Internacional de Beja - Alentejo (código IATA: BYJ, código OACI: LPBJ) é um aeroporto localizado junto à Base Aérea n.º 11, a 12 km da cidade de Beja, freguesia de São Brissos, no Baixo Alentejo
 

Em 2000, o XIV Governo, dirigido por António Guterres, reconheceu o interesse na promoção da Base para fins civis, iniciou o estudo de viabilidade do aeroporto de Beja e criou a EDAB. O estudo, que determinou a viabilidade do aeroporto, terminou em 2003 e, após a conclusão do plano diretor, dos projetos de execução e do estudo de impacto ambiental favorável, as obras de construção da infraestrutura começaram em 2007 e terminaram em 2009, sob o auspício do governo de José Sócrates. O aeroporto começou a operar a 13 de abril de 2011, quando se realizou o voo inaugural, mas, desde então, apesar de aberto, tem estado praticamente vazio e sem voos e passageiros na maioria dos dias.

O voo inaugural aconteceu no dia 13 de abril de 2011 promovido pelo município de Ferreira do Alentejo. As obras da primeira fase de construção foram atribuídas à empresa construtora Sopol pela empresa de desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB). O aeroporto representa um investimento de cerca de 33 milhões de euros e estava previsto estar operacional em julho de 2009 (Bastos, 2009). O governo português pretendia focalizar este aeroporto para a laboração de companhias aéreas de baixo custo, visto que este aeroporto vai beneficiar de taxas aeroportuárias significativamente baixas. É também de importante relevância o facto de o aeroporto se localizar a pouco tempo do Algarve e dos empreendimentos hoteleiros já projetados para a Costa Vicentina e a Barragem de Alqueva, este também se encontra a pouco mais de duas horas de Lisboa.

Para uma melhor rentabilização do Aeroporto de Beja foi adjudicado o novo troço da auto-estrada (Autoestrada do Baixo Alentejo) que une o Porto de Sines a este novo aeroporto, de forma a torná-lo mais competitivo, unir a cidade do Baixo Alentejo, Beja, ao litoral e, desta forma, criar uma intermodalidade de serviços e transportes. Também com esta nova auto-estrada, o aeroporto de Beja, destinado a companhias aéreas de baixo custo, terá ligação não só com a capital, Lisboa, mas também com o Algarve.

A viagem inaugural aconteceu no dia 13 de abril de 2011 com destino a Cabo Verde.

No dia 23 de julho de 2018, às 16:57, um Airbus A380 da Hi Fly aterrou no aeroporto. Foi o primeiro avião deste modelo que aterra em Portugal.

 

terça-feira, abril 13, 2021

O mais emblemático elefante branco de Sócrates foi inaugurado há dez anos em Beja

  
O Aeroporto de Beja é um aeroporto localizado na base aérea n.º 11, a 12 km da cidade de Beja, no Alentejo, e cujo voo inaugural foi a 13 de abril de 2011. As obras da primeira fase de construção foram atribuídas à empresa construtora Sopol pela Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB). Este aeroporto representa um investimento de cerca de 33 milhões de euros e previa-se que estivesse operacional em julho de 2009 (Bastos, 2009). O governo português pretende focalizar este aeroporto para a laboração de companhias aéreas de baixo custo, visto que este aeroporto vai beneficiar de taxas aeroportuárias significativamente baixas. É também de importante relevância o facto de o aeroporto se localizar a pouco tempo do Algarve e dos empreendimentos hoteleiros já projectados para a Costa Vicentina e a Barragem de Alqueva, este também se encontra a pouco mais de duas horas de Lisboa (Lusa, 2007).
Para uma melhor rentabilização do Aeroporto de Beja já foi adjudicado o novo troço da auto-estrada (A26) que une o porto de Sines a este novo aeroporto, de forma a torná-lo mais competitivo, unir a cidade do Baixo Alentejo, Beja, ao litoral e, desta forma, criar uma intermodalidade de serviços e transportes. Também com esta nova auto-estrada, o aeroporto de Beja, destinado a companhias de low cost (baixo custo), terá ligação não só com a capital, Lisboa, mas também com o Algarve.
A viagem inaugural aconteceu no dia 13 de abril de 2011 com um voo com destino a Cabo Verde.

sexta-feira, março 12, 2021

Portugal surpreendeu Roma e o Papa há 507 anos atrás

Elefante Hanno e o seu mahout (desenho a caneta e tinta, Museu das Belas-Artes de Angers)
  
Em 1514 Tristão da Cunha foi mandado a Roma como embaixador ao papa Leão X, tendo como seu secretário Garcia de Resende. A embaixada faustosíssima que comandava, acompanhado por Diogo Pacheco e João de Faria, percorreu as ruas da cidade numa extravagante procissão, a 12 de março de 1514, onde se viam animais selvagens das colónias e riquezas das Índias. O cortejo trazia um elefante como presente para o papa, a que este deu o nome Hanno), e que durante quase 3 anos foi a sua mascote. Vinham também dois leopardos, uma pantera, alguns papagaios, perus raros e cavalos indianos. Hanno carregava um palanque de prata no seu dorso, em forma de castelo, contendo um cofre com os presentes reais, entre os quais paramentos bordados com pérolas e pedras preciosas, e moedas de ouro cunhadas para a ocasião.
O papa recebeu o cortejo no Castelo de Santo Ângelo. O elefante ajoelhou-se três vezes em sinal de reverência e depois, obedecendo a um aceno do seu mahout (tratador) indiano, aspirou a água de um balde com a tromba e espirrou-a sobre a multidão e os cardeais.
Para a mesma ocasião viria um rinoceronte, que seria retratado por Albrecht Dürer em uma famosíssima xilografia. Apesar de nunca o ter visto, o artista baseara-se numa descrição extremamente precisa do animal. O barco com o rinoceronte terá naufragado ao mesmo tempo que Hanno chegava de Lisboa.
  

terça-feira, março 12, 2019

El-Rei D. Manuel I surpreendeu Roma e o Papa há 505 anos atrás

Elefante Hanno e o seu mahout (desenho a caneta e tinta, Museu das Belas-Artes de Angers)
  
Em 1514 Tristão da Cunha foi mandado a Roma como embaixador ao papa Leão X, tendo como seu secretário Garcia de Resende. A embaixada faustosíssima que comandava, acompanhado por Diogo Pacheco e João de Faria, percorreu as ruas da cidade numa extravagante procissão, a 12 de março de 1514, onde se viam animais selvagens das colónias e riquezas das Índias. O cortejo trazia um elefante como presente para o papa, a que este deu o nome Hanno), e que durante quase 3 anos foi a sua mascote. Vinham também dois leopardos, uma pantera, alguns papagaios, perus raros e cavalos indianos. Hanno carregava um palanque de prata no seu dorso, em forma de castelo, contendo um cofre com os presentes reais, entre os quais paramentos bordados com pérolas e pedras preciosas, e moedas de ouro cunhadas para a ocasião.
O papa recebeu o cortejo no Castelo de Santo Ângelo. O elefante ajoelhou-se três vezes em sinal de reverência e depois, obedecendo a um aceno do seu mahout (tratador) indiano, aspirou a água de um balde com a tromba e espirrou-a sobre a multidão e os cardeais.
Para a mesma ocasião viria um rinoceronte, que seria retratado por Albrecht Dürer em uma famosíssima xilografia. Apesar de nunca o ter visto, o artista baseara-se numa descrição extremamente precisa do animal. O barco com o rinoceronte terá naufragado ao mesmo tempo que Hanno chegava de Lisboa.
  

quarta-feira, março 12, 2014

Há 500 anos atrás El-Rei D. Manuel I surpreendeu Roma e o Papa com uma Embaixada como nunca tornou a haver

Elefante Hanno e o seu mahout (desenho a caneta e tinta, Museu das Belas-Artes de Angers)

Em 1514 Tristão da Cunha foi mandado a Roma como embaixador ao papa Leão X, tendo como seu secretário Garcia de Resende. A embaixada faustosíssima que comandava, acompanhado por Diogo Pacheco e João de Faria, percorreu as ruas da cidade numa extravagante procissão, a 12 de março de 1514, onde se viam animais selvagens das colónias e riquezas das Índias. O cortejo trazia um elefante como presente para o papa, a que este deu o nome Hanno), e que durante quase 3 anos foi a sua mascote. Vinham também dois leopardos, uma pantera, alguns papagaios, perus raros e cavalos indianos. Hanno carregava um palanque de prata no seu dorso, em forma de castelo, contendo um cofre com os presentes reais, entre os quais paramentos bordados com pérolas e pedras preciosas, e moedas de ouro cunhadas para a ocasião.
O papa recebeu o cortejo no Castelo de Santo Ângelo. O elefante ajoelhou-se três vezes em sinal de reverência e depois, obedecendo a um aceno do seu mahout (tratador) indiano, aspirou a água de um balde com a tromba e espirrou-a sobre a multidão e os cardeais.
Para a mesma ocasião viria um rinoceronte, que seria retratado por Albrecht Dürer em uma famosíssima xilografia. Apesar de nunca o ter visto, o artista baseara-se numa descrição extremamente precisa do animal. O barco com o rinoceronte terá naufragado ao mesmo tempo que Hanno chegava de Lisboa.

sexta-feira, abril 13, 2012

Um elefante branco de Sócrates foi inaugurado há um ano em Beja

O Aeroporto de Beja é um aeroporto localizado na base aérea n.º 11 a 12 km da cidade de Beja, no Alentejo e o voo inaugural aconteceu no dia 13 de abril de 2011. As obras da primeira fase de construção foram atribuídas à empresa construtora Sopol pela Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB). Este aeroporto representa um investimento de cerca de 33 milhões de euros e previa-se que estivesse operacional em julho de 2009 (Bastos, 2009). O governo português pretende focalizar este aeroporto para a laboração de companhias aéreas de baixo custo, visto que este aeroporto vai beneficiar de taxas aeroportuárias significativamente baixas. É também de importante relevância o facto de o aeroporto se localizar a pouco tempo do Algarve e dos empreendimentos hoteleiros já projectados para a Costa Vicentina e a Barragem de Alqueva, este também se encontra a pouco mais de duas horas de Lisboa (Lusa, 2007).
Para uma melhor rentabilização do Aeroporto de Beja já foi adjudicado o novo troço da auto-estrada (A26) que une o porto de Sines a este novo aeroporto, de forma a torná-lo mais competitivo, unir a cidade do Baixo Alentejo, Beja, ao litoral e, desta forma, criar uma intermodalidade de serviços e transportes. Também com esta nova auto-estrada, o aeroporto de Beja, destinado a companhias de low cost (baixo custo), terá ligação não só com a capital, Lisboa, mas também com o Algarve.
A viagem inaugural aconteceu no dia 13 de abril de 2011 com um voo com destino a Cabo Verde.

terça-feira, abril 05, 2011

Erros meus, má fortuna, um primeiro-ministro endiabrado

Não há isenção possível


1. A memória política do que nos aconteceu nos últimos anos é a chave para podermos decidir em consciência informada acerca do que está em jogo no próximo acto eleitoral. Não chegámos a esta situação deplorável por acaso. Nem por azar. Nem por sermos vítimas de uma qualquer perseguição dos mercados ou de outras forças tenebrosas e sinistras. Como já escrevi, alcançámos o presente estado de indigência política e financeira por culpa nossa. Porque fizemos as opções erradas. Porque tardámos em reconhecer o erro e, sobretudo, nele perseverámos. Porque esbanjámos a nossa confiança colectiva em gente sem sentido de Estado, para quem o interesse público se confunde com a conveniência imediata e quase sempre assume tonalidades indisfarçavelmente pessoais. Fomos irremediavelmente mal governados. Mas a escolha, sempre desastrada, foi nossa.

Ninguém nos impôs António Guterres por duas vezes. Ninguém nos disse para assistirmos, em estado de pacatez bovina, ao desbaratar do erário público em tresloucados obséquios estatais que não conseguiríamos pagar mesmo que a nossa economia crescesse a níveis europeus. Ninguém nos mandou acreditar na peta infame das Scut, "as auto-estradas que se pagam a si próprias", como então juraram. Ninguém nos ordenou o aplauso néscio quando surgiu a Expo 98 nem no momento em que se insuflou a Administração Pública até à actual dimensão paquidérmica. Ninguém nos amanhou Durão Barroso que venceu as eleições de 2002 com a promessa de um choque fiscal para logo subir os impostos quando se viu no Governo.

E ninguém senão nós escolheu José Sócrates. Com um currículo pessoal aterrador, sem a mais elementar preparação profissional, académica ou cívica, apto a instrumentalizar qualquer valor ou convicção e a quem apenas se pode reconhecer a obstinação daqueles que são capazes de tudo, mas mesmo de tudo, para manter acesas as luzes fátuas do seu ego.

José Sócrates incumpriu todas as suas promessas (lembram-se da regionalização?). Não assumiu um só erro próprio. Nunca teve a humildade dos que têm grandeza para pedir desculpa pelo estado miserável a que nos condenou. Para ele e para os que seguem o seu triste culto, os males em que nos afundámos devem-se a todos os outros: Oposição, mercados, agências de rating, presidente da República, terramoto no Japão ou derrame de petróleo na Florida. Mas nunca compreenderá que se Portugal é hoje caricaturado em toda a parte como um Estado quase falhado, a responsabilidade maior é dele, que tanto nos tem desgovernado - e nossa, que o elegemos.

2. Agora é claro que o fracasso do período de Sócrates vai muito para além da mera ineptidão governativa: este Governo mentiu aos portugueses acerca dos valores dos défices orçamentais e do estado calamitoso das finanças públicas! Fê-lo conscientemente, visando esconder os números que revelavam o seu próprio fiasco e o consequente estado de desgraça em que largaram o país.

Por pressão das instâncias financeiras europeias, o montante do défice de 2010 foi alterado para 8,6% em vez dos 6,8% ficcionados estridentemente pelo Governo. Por sua vez, o défice do ano anterior, 2009, elevou-se para 10%, galgando os 9,3% que tinham sido anunciados pelo Governo. Afinal, excedemos os limites do défice a que nos comprometemos na Europa e que serviram de álibi para os sacrifícios que depredam os portugueses - "está para nascer um primeiro-ministro que tenha feito melhor no défice", dizia Sócrates...

Hoje, a nossa média do crescimento económico é a pior dos últimos 90 anos. Temos a maior dívida pública dos últimos 160 anos e a dívida externa mais alta dos últimos 120. O desemprego é o mais elevado dos últimos 80 anos e conhecemos a segunda maior vaga de emigração desde meados do século XIX.

Mesmo aqueles que pretendam ser independentes não podem ficar isentos nas próximas eleições - é um imperativo político, moral e higiénico, livrarmos o país e as futuras gerações daqueles que dolosamente iludiram e falharam todos os seus compromissos. Qualquer solução viável para Portugal nunca poderá contar com quem nos conduziu até à actual desventura - logo, a saída da crise terá de passar pela derrota de José Sócrates e dos seus acólitos.