quarta-feira, março 07, 2018

Sousa Martins nasceu há 175 anos

José Tomás de Sousa Martins (Vila Franca de Xira, Alhandra, 7 de março de 1843 - Vila Franca de Xira, Alhandra, 18 de agosto de 1897) foi um médico e professor catedrático da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, antecessora da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Formado em Farmácia e Medicina, trabalhou intensa e, na maioria dos casos, gratuitamente, sobretudo no combate à tuberculose. Orador brilhante, dotado de humor e inteligência, homem de actividade inesgotável e praticante incansável da caridade junto aos mais desfavorecidos, exerceu uma forte influência sobre os colegas de profissão, os alunos e os pacientes que tratou. Esta influência metamorfoseou-se e perpetuou-se no tempo, tendo a figura de Sousa Martins assumido contornos de santo laico, num culto actual, bem visível nos ex-votos colocados em torno da sua estátua no Campo dos Mártires da Pátria, em Lisboa, e no cemitério de Alhandra, onde está sepultado. Foi sócio correspondente da Academia Real das Ciências de Lisboa.
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Foi também escolhido para representar Portugal em diversos eventos internacionais na área da Medicina: em 1874 foi nomeado delegado à Conferência Sanitária Internacional realizada em Viena; e em 1897 foi delegado à Conferência Sanitária Internacional, realizada em Veneza, onde foi eleito vice-presidente.
Adoeceu quando se encontrava em Veneza, regressando a Lisboa muito debilitado. Diagnosticada tuberculose, partiu para a Serra da Estrela à procura de alívio. Aparentemente convalescendo, recolheu-se a Alhandra, onde se instalou numa quinta, propriedade de amigos, tentando recuperar.
A doença agravou-se e aos 54 anos, tuberculoso terminal e sofrendo de lesão cardíaca, Sousa Martins cometeu suicídio, com uma injecção de morfina. Pouco antes, havia confidenciado a um amigo: "A morte não é mais forte do que eu" e "Um médico ameaçado de morte por duas doenças, ambas fatais, deve eliminar-se por si mesmo".
Na mensagem que enviou ao saber da morte de Sousa Martins, o rei D. Carlos I de Portugal afirmou: Ao deixar o mundo, chorou-o toda a terra que o conheceu. Foi uma perda irreparável, uma perda nacional, apagando-se com ele a maior luz do meu reino.
Também sobre ele, António Egas Moniz, Prémio Nobel da Medicina, disse: Notável professor que deixou, atrás de si, um nome aureolado de prelector admirável, de clínico, de orador consagrado, sempre alerta nas justas da Sociedade das Ciências Médicas.
Por sua vez Guerra Junqueiro considerou-o Eminente homem que radiou amor, encanto, esperança, alegria e generosidade. Foi amigo, carinhoso e dedicado dos pobres e dos poetas. A sua mão guiou. O seu coração perdoou. A sua boca ensinou. Honrou a medicina portuguesa e todos os que nele procuraram cura para os seus males.
O principal hospital da cidade da Guarda tem o nome de Hospital Sousa Martins, em homenagem ao trabalho pioneiro de Sousa Martins sobre a tuberculose e climoterapia que conduziu à promoção da Serra da Estrela como área propícia à instalação de sanatórios para o tratamento de tuberculosos. Para além disso, existem vários sítios que homenageiam o Dr. Sousa Martins, entre os quais um concorrido monumento, de autoria de Costa Motta (tio) no Campo de Santana, em Lisboa; um jazigo no Cemitério de Alhandra, onde se encontra sepultado; a Casa-Museu Dr. Sousa Martins, em Alhandra; e o busto do Dr. Sousa Martins, no Largo 7 de Março, na baixa alhandrense. Também a toponímia da cidade da Guarda, à qual o nome de Sousa Martins está associado desde o início do século XX mercê da estrutura sanatorial que ali existiu, o recorda no nome de uma das ruas do moderno Bairro da Senhora dos Remédios. Um pequeno monumento erguido dentro dos muros do antigo Sanatório da Guarda continua, diariamente, a receber preces e agradecimentos e, à semelhança do monumento lisboeta do Campo de Santana, está quase sempre emoldurado de flores e de ex-votos diversos.
Os adeptos do Espiritismo pretendem que ele tenha sido seguidor desta crença, embora não haja nenhuma prova que o confirme; muitos dos adeptos dessa crença atribuem-lhe curas milagrosas por intermédio das suas comunicações mediúnicas, como aliás fazem com outros não membros da sua crença, veja-se por exemplo o famoso Padre Miguel do Soito (Sabugal), que era um sacerdote católico. A 7 de março e a 18 de agosto de cada ano, aniversários do seu nascimento e morte, milhares de devotos visitam e rezam sobre o seu túmulo e outros locais onde está representado (como junto da sua estátua no Campo dos Mártires da Pátria, em Lisboa).

O guitarrista Turibio Santos faz hoje 75 anos

(imagem daqui)
 
Turíbio Soares Santos (São Luís, 7 de março de 1943) é guitarrista, compositor e musicólogo brasileiro.
 
Biografia
Turíbio Soares Santos é natural de São Luís, Maranhão, onde nasceu a 7 de março de 1943. Ainda na infância, ele e a sua família passaram a residir no Rio de Janeiro.
A sua motivação para a carreira de músico e influência musical se deve aos seus pais, em que seu pai também era um guitarrista, tendo realizado algumas apresentações, além de ser seresteiro. A sua mãe o motivou a se matricular em cursos de música, onde teve entre os seus professores Antonio Rebelo e Oscar Cáceres. Outra grande influência foi Heitor Villa-Lobos, a quem passou a apreciar ainda quando era adolescente. Chegou a ser convidado por Arminda Villa-Lobos e Herminio Bello de Carvalho a gravar os Doze Estudos do compositor como parte do acervo do Museu Villa-Lobos.
Ainda jovem, iniciou a carreira internacional, percorrendo os cinco continentes e contando com um reportório maioritariamente composto por obras da música brasileira, e obtendo um prémio em Paris na ORTF em 1965. Contou também com boas avaliações dos críticos de jornais com o The New York Times, Le Figaro, entre outros.
Em 1986, foi convidado para a direção do Museu Villa-Lobos, função que realizou até 2010. Também foi responsável por criar os primeiros cursos de violão na UFRJ e também na UniRio, além de ter fundado em 1983 a Orquestra Brasileira de Violões.
Ao longo da sua carreira, acumulou uma discografia de mais de setenta álbuns.
Foi indicado para assumir uma cadeira na Academia Brasileira de Música e também na Academia Maranhense de Letras. Entre as homenagens, foi condecorado com o grau de oficial da Ordem do Cruzeiro do Sul e da Légion d’Honneur.
  
   

O físico Antoine César Becquerel nasceu há 230 anos

Descobridor da célula fotovoltaica (1839), é considerado o pai da eletroquímica.
Entrou na École Polytechnique em 1806, após estudar na Escola Central de Fontainebleau e no Lycée Henri IV, onde foi aluno de Augustin Louis Cauchy.
Em 1808 entrou para uma escola militar em Metz, da qual saiu no ano seguinte como segundo-tenente. Em seguida, e durante mais de dois anos, lutou nas campanhas na Espanha e França, sob as ordens do General Suchet. Feito capitão e Cavaleiro da Legião de Honra, foi nomeado inspetor assistente de estudos na École Polytechnique. Durante a invasão de 1814 voltou à atividade como militar, mas a sua então pouca resistência física fê-lo desistir definitivamente da carreira militar e passou a dedicar-se ao verdadeiro interesse da sua vida: o estudo da eletricidade.
Concordou com André-Marie Ampère, mas discordou da teoria eletromotiva de Volta, quando começou a aprofundar as suas pesquisas em eletroquímica. Na termoeletricidade, desenvolveu em 1829 a célula de corrente constante, precursora da famosa célula de Daniell, e aplicou os seus resultados na construção de um termómetro elétrico, que empregou para a determinação da temperatura interna de animais, do solo em diferentes profundidades e da atmosfera a diferentes altitudes.
Também fez pesquisas em áreas como a meteorologia, clima, agricultura e metalurgia. Publicou mais de quinhentos artigos e vários livros, de entre os quais:
  • Traité expérimental de l'électricité et du magnétisme, et de leurs rapports avec les phénomènes naturels, 7 vols (1834-1840),
  • Eléments d'électrochimie appliquée aux sciences naturelles et aux arts (1843),
  • Traité de physique considérée dans ses rapports avec la chimie et les sciences naturelles, 2 vols. (1842-1844),
  • Traité des engrais inorganiques en général, et du sel marin en particulière (1848),
  • Des climats et de l'influence qu'exercent les sols boisés et non boisés (1853) e
  • Eléments d'électrochimie appliquée aux sciences naturelles et aux arts, segunda e póstuma edição (1864),
além de vários outros trabalhos escritos com seu filho Edmond.
Morreu em 1878 e personificou a primeira de quatro gerações de cientistas franceses que deu contribuições científicas importantes para dois séculos. Foi o pai do físico Alexandre Edmond Becquerel (1820-1891) e do médico Louis Alfred Becquerel (1814-1862), avô do Nobel de Física de 1903, Antoine Henri Becquerel (1852-1908) e bisavô do também físico Jean Antoine Becquerel (1878-1953).
Foi laureado com a Medalha Copley da Royal Society de Londres, embora não tenha tido, em vida, o devido reconhecimento como cientista e inventor, entre os britânicos. Foi eleito membro da Académie des Sciences (1829), tornou-se professor de física e administrador do Museu Nacional de História Natural (França) (1837) e Comandante da Legião de Honra.
 

Anna Magnani nasceu há 110 anos

Anna Magnani (Roma, 7 de março de 1908 - Roma, 26 de setembro de 1973) foi uma atriz italiana. Uma das maiores de seu tempo, Magnani foi premiada com o Óscar de Melhor Atriz pela Academia de Hollywood e considerada pelos seus pares como o maior talento da interpretação dramática desde Eleonora Duse.

Biografia
Anna Magnani trabalhou com os mais importantes diretores de cinema italiano e era reconhecida internacionalmente pelo seu rosto expressivo, o seu talento dramático e a sua forte personalidade.
Começou a carreira ainda no cinema mudo mas teve o seu primeiro papel importante em Teresa Venerdì, em 1941, dirigida por Vittorio De Sica.
A consagração internacional viria com Roma, Cidade Aberta em 1945, dirigida por Roberto Rossellini, por quem se apaixonaria e viveria um tumultuosa história de amor, que terminou quando ele conheceu a também atriz Ingrid Bergman e a abandonou.
Ganhou o prémio de melhor atriz no Festival de Veneza em 1947, e em 1955 ganhou o Óscar de melhor atriz por sua interpretação em A Rosa Tatuada, filme baseado na obra de Tennessee Williams, em que interpretou uma viúva siciliana que morava nos Estados Unidos, num típico bairro italiano, e que reverenciava neuroticamente a memória do marido.
Anna Magnani morreu vítima de um cancro do pâncreas.

terça-feira, março 06, 2018

Louisa May Alcott morreu há 130 anos

Louisa May Alcott (Filadélfia, 29 de novembro de 1832 - Boston, 6 de março de 1888) foi uma escritora norte americana, que se dedicou principalmente à literatura juvenil.
Foi educada pelo pai, o filósofo e educador Amos Bronson Alcott, tendo a oportunidade de conviver com intelectuais como Henry David Thoreau e Ralph Waldo Emerson.
Louise sonhava ser atriz, mas tornou-se escritora. Inspirou-se nas próprias experiências para escrever as suas histórias. Mulherzinhas (1868), o seu romance mais famoso, apresenta o retrato de uma família de classe média americana do seu tempo, salientado os seus valores morais: civismo e amor à pátria (que chega ao sacrifício dos seus filhos) e dedicação extrema ao lar e ao próximo.
  

A estreia de La Traviata foi há 165 anos

La traviata (em português significa, figurativamente, "A mulher caída") é uma ópera em quatro cenas (três ou quatro atos) de Giuseppe Verdi, com libreto de Francesco Maria Piave. Foi baseada no romance A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas Filho. Estreou a 6 de março de 1853 no Teatro La Fenice, em Veneza.
 
 

O guitarrista de blues Furry Lewis nasceu (provavelmente) há 125 anos


Walter E. "Furry" Lewis (March 6, 1893 or 1899 – September 14, 1981) was an American country blues guitarist and songwriter from Memphis, Tennessee. He was one of the first of the blues musicians active in the 1920s to be brought out of retirement and given new opportunities to record during the folk blues revival of the 1960s.
  
Life and career
Lewis was born in Greenwood, Mississippi. His birth year is uncertain. Many sources give 1893, the date he gave in his later years, but the researchers Bob Eagle and Eric LeBlanc suggest 1899, based on his 1900 census entry, and other sources suggest 1895 or 1898. His family moved to Memphis when he was seven. He acquired the nickname "Furry" from childhood playmates. By 1908, he was playing solo at parties, in taverns, and on the street. He was also invited to play several dates with W. C. Handy's Orchestra.
In his travels as a musician, he was exposed to a wide variety of performers, including Bessie Smith, Blind Lemon Jefferson, and Alger "Texas" Alexander. Like his contemporary Frank Stokes, he grew tired of traveling and took a permanent job in 1922. His position as a street sweeper for the city of Memphis, a job he held until his retirement in 1966, allowed him to continue performing music in Memphis.
Lewis made his first recordings for Vocalion Records in Chicago in 1927. A year later he recorded for Victor Records at the Memphis Auditorium, in a session with the Memphis Jug Band, Jim Jackson, Frank Stokes, and others. He again recorded for Vocalion in Memphis in 1929. The tracks were mostly blues but included two-part versions of "Casey Jones" and "John Henry". He sometimes fingerpicked and sometimes played with a slide. He made many successful records in the late 1920s, including "Kassie Jones", "Billy Lyons & Stack-O-Lee" and "Judge Harsh Blues" (later called "Good Morning Judge").
In July of 1968, Bob West recorded Furry along with Bukka White in Furry's Memphis apartment. In 1972 West, with Bob Graf, in Seattle, released the recording on a 12 inch vinyl record. In 2001 the recording was released on CD as "Furry Lewis, Bukka White & Friends, Party! at Home", by Arcola Records.
In 1969, the record producer Terry Manning recorded Lewis in his Fourth Street apartment in Memphis, near Beale Street. These recordings were released in Europe at the time by Barclay Records and again in the early 1990s by Lucky Seven Records in the United States and in 2006 by Universal Records. Joni Mitchell's song "Furry Sings the Blues" (on her album Hejira), is about her visit to Lewis's apartment and a mostly ruined Beale Street on February 5, 1976. Lewis despised the Mitchell song and felt she should pay him royalties for being its subject.
In 1972 he was the featured performer in the Memphis Blues Caravan, which included Bukka White, Sleepy John Estes, Clarence Nelson, Hammie Nixon, Memphis Piano Red, Sam Chatmon, and Mose Vinson.
He opened twice for the Rolling Stones, performed on The Tonight Show Starring Johnny Carson, had a part in a Burt Reynolds movie (W.W. and the Dixie Dancekings, 1975), and was profiled in Playboy magazine.
Lewis began to lose his eyesight because of cataracts in his final years. He contracted pneumonia in 1981, which led to his death from heart failure in Memphis on September 14 of that year, at the age of 88. He is buried in the Hollywood Cemetery, in South Memphis, where his grave bears two headstones, the second purchased by fans.
   
  

O guitarrista de jazz Wes Montgomery nasceu há 95 anos

John Leslie Wes Montgomery, mais conhecido como Wes Montgomery (Indianapolis, Indiana, 6 de março de 1923 - Indianápolis, Indiana, 15 de junho de 1968), foi um guitarrista de jazz norte-americano.
Filho do meio de três irmãos, todos músicos, mudou-se ainda criança para o Ohio. Autodidata, Wes começou a tocar só aos 19 anos, por influência de Charlie Christian, de quem ouvia os discos e memorizava os solos. Seis meses mais tarde, já tocava profissionalmente.
Wes tocava guitarra de uma maneira pouco ortodoxa, já que usava o polegar em vez da palheta, bem como um modo único de tocar em oitavas ou em block chords, o que tornava a sua guitarra mais expressiva e melodiosa. Muitos guitarristas do jazz atual indicam Wes como uma das suas principais influências, entre os quais Pat Metheny e George Benson.
A sua extrema liberdade e fluidez no instrumento chamaram, desde o início, a atenção de músicos como Cannonball Adderley, e em 1960 lhe valeriam o prémio New Star da revista DownBeat.
Wes definiu aquela que viria a ser a sonoridade clássica da guitarra de jazz nos anos 60 e tornou famosa a formação Guitarra, Órgão Hammond e bateria (The Wes Montgomery Trio 1959).
Na manhã de 15 de junho de 1968, na sua casa em Indianapolis, Indiana, ao despertar, queixou-se à sua esposa de que não se sentia muito bem, após o que caiu, vindo a falecer de um ataque cardíaco minutos depois. Tinha apenas 45 anos e estava no auge da sua carreira, juntamente com o seu quinteto de jazz.
 
 

Chorão, o vocalista dos Charlie Brown Jr., morreu de overdose há cinco anos

Alexandre Magno Abrão (São Paulo, 9 de abril de 1970 - São Paulo, 6 de março de 2013), mais conhecido pelo nome artístico de Chorão, foi um cantor, compositor, cineasta, roteirista e empresário brasileiro. Foi o vocalista, principal letrista e co-fundador da banda santista Charlie Brown Jr., formada em 1992 junto com Renato Pelado, Marcão, Champignon e Thiago Castanho, sendo o único integrante a participar de todas as formações. Com os Charlie Brown, lançou dez discos, que venderam mais de cinco milhões de cópias. Teve uma infância e adolescência difícil, vivia na rua, ia pouco à escola e frequentemente tinha problemas com a polícia. Com 21 anos, foi convidado a integrar uma banda com Champignon, chamada What's Up, que acabou por não dar certo. Então montou os Charlie Brown Jr. Em 2007,Chorão fez o roteiro e dirigiu o filme O Magnata. Em 2009 lançou a sua marca de roupas a DO.CE. Foi encontrado morto no seu apartamento, em 6 de março de 2013, em São Paulo/SP, vítima de uma overdose de cocaína.


A escritora Pearl S. Buck morreu há 45 anos

Pearl Sydenstricker Buck, nascida Pearl Comfort Sydenstricker (Hillsboro, 26 de junho de 1892 - Danby, 6 de março de 1973), também conhecida por Sai Zhen Zhu, foi uma sinologista e escritora norte-americana.
Ganhadora do Prémio Pulitzer de Ficção de 1932, recebeu o Nobel de Literatura de 1938.

segunda-feira, março 05, 2018

A bióloga Lynn Margulis nasceu há 80 anos!

Lynn Margulis, nascida Lynn Alexander (Chicago5 de março de 1938 - Massachusetts22 de novembro de 2011), foi uma bióloga e professora na Universidade de Massachusetts. O seu trabalho científico mais importante foi a teoria da endossimbiose, segundo a qual as mitocôndrias teriam surgido por endossimbiose: as mitocôndrias seriam organismos separados que teriam entrado em simbiose com células eucarióticas. Foi casada com Carl Sagan e com ele teve dois filhos, Jeremy Sagan e Dorion Saganjornalista e escritor especializado em divulgação científica.

Muito menos aceitação do meio científico tem a hipótese de Gaia, com que Margulis começou a trabalhar no ano de 1972. A hipótese de Gaia fora apresentada por James E. Lovelock, químico inglês e inventor. Gaia é uma deusa, a Mãe terra grega. Na sua hipótese, Lovelock sustentava que a Terra é um organismo vivo e Margulis especificou que a Biota terrestre – o agregado de toda a matéria viva do planeta – é habilitada para o crescimento e tem um metabolismo e uma interação química apropriada à manutenção da temperatura do planeta e da composição atmosférica nos níveis desejáveis para a eclosão e a existência da vida na Terra.

Nasceu em Chicago, a 5 de março de 1938, filha de Morris e Leone Alexander. Foi aceite na Universidade de Chicago com 15 anos. Aí conheceu Carl Sagan, então doutorando em física. Casaram quando Lynn tinha 19 anos. Recebe o bacharelato em Liberal Arts. Do casamento com Carl Sagan teve dois filhos, Dorion Sagan (com quem co-escreveu vários livros) e Jeremy Sagan. Do seu segundo casamento, com o cristalógrafo Thomas N. Margulis, teve dois filhos, Zachary Margulis-Ohnunma e Jennifer Margulis di Properzio.

Prémios

O cantor Lucio Battisti nasceu há 75 anos

Lucio Battisti (Poggio Bustone, 5 de março de 1943 - Milão, 9 de setembro de 1998) foi um músico e cantor italiano. É considerado um dos mais importantes autores e intérpretes da história da musica leggera (música popular italiana).


Eddy Grant - 70 anos!

Eddy Grant ou Edmond Montague Grant (Plaisance, 5 de março de 1948) é um músico da Guiana. Muito jovem, seus pais emigraram para o Reino Unido, onde ele se estabeleceu. Em 1968, como guitarrista e compositor do grupo multi-racial The Equals, ele alcançou pela primeira vez o topo das paradas de sucesso, com a canção "Baby Come Back".
Muitas de suas composições têm forte cunho político, especialmente as que escreveu contra o apartheid da África do Sul. Entre essas canções, destaca-se "Gimme Hope Jo'anna" (em que Jo'anna se refere a Joanesburgo), que foi banida pelo regime daquele país.
Dois grandes sucessos seus são "Electric Avenue", e "I Don't Wanna Dance".
Eddy Grant é um dos poucos compositores provenientes da Guiana a alcançar sucesso mundial. Ficou também conhecido pelas suas atividades contra o regime do apartheid na África do Sul. Cantou juntamente com Kurt Darren nos noventa anos de Nelson Mandela (também ele um grande ativista) a canção "Gimme Hope Jo'anna", um dos seus temas mais conhecidos.


O maior assassino do século XX morreu há 65 anos

Josef Vissarionovitch Stalin (Gori, 18 de dezembro de 1879 - Moscovo, 5 de março de 1953), nascido Iossif Vissarionovitch Djugashvili, foi o secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética e do Comité Central a partir de 1922 até à sua morte, em 1953, sendo assim o líder absoluto da União Soviética.
Sob a liderança de Estaline, a União Soviética desempenhou um papel decisivo na derrota da Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945) e atingiu o estatuto de superpotência, após rápida industrialização e melhoras nas condições sociais do povo soviético, durante esse período. O país também expandiu o seu território para um tamanho semelhante ao do antigo Império Russo.
Durante o XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, em 1956, o sucessor de Estaline, Nikita Khrushchov, apresentou o seu discurso secreto, oficialmente chamado "Do culto à personalidade e suas consequências", a partir do qual se iniciou um processo de "desestalinização" da União Soviética. Ainda hoje existem diversas perspectivas ao redor de Estaline e do seu governo, alguns o vendo como ditador tirano e outros como líder habilidoso.
 
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Vítimas
Em 1991, com o colapso da União Soviética, parte dos arquivos soviéticos finalmente foi disponibilizada. Os relatórios do governo continham os seguintes registos:
Entre 1921–53 o número de condenações políticas foi de 4.060.306, divididas da seguinte maneira:
 
Quantidade de pessoas Tipo de condenação
799.473 Pena de morte
2.634.397 Trabalhos forçados
413.512 Exílio
215.942 Outras
Já quanto a condenações não-políticas, entre 1937–52, foram executadas 34.228 pessoas.
 
Entretanto, esses números devem ser maiores, pois os arquivos soviéticos são omissos em vários aspectos: por exemplo, eles não abrangem as várias transferências populacionais na União Soviética. Esta é uma omissão relevante, pois, de acordo com Eric D. Weitz, a taxa mortalidade das mais de 600.000 pessoas deportadas do Cáucaso entre 1943 e 1944 chegou a 25%, o que acrescentaria mais 150.000 vítimas mortas.
Outros dados que não constam dos arquivos da NKVD incluem o controverso e famoso Massacre de Katyn, bem como diversos outros de menor repercussão em áreas ocupadas. Também não constam as execuções de desertores pela NKVD durante a guerra, que se estima em 158.000 execuções.
Além disso, as estatísticas oficiais de mortalidade nos Gulags excluem as mortes ocorridas logo após a libertação dos prisioneiros, mas cuja morte estava ligada ao tratamento recebido naqueles campos de trabalho forçado.
A ideia de que os arquivos guardados pelas autoridades soviéticas são incompletos e não refletem a totalidades das vítimas é apoiada por diversos historiadores, por exemplo Robert Gellately e Simon Sebag Montefiore. Segundo eles, além dos registos não serem abrangentes, é altamente provável, por exemplo, que suspeitos presos e torturados até a morte durante investigações não sejam contabilizados como execução (não são contados como vítimas de pena de morte).
Após a extinção do regime comunista na União Soviética, historiadores passaram a estimar que, excluindo os que morreram por fome, entre 4-10 milhões de pessoas morreram sob o regime de Estaline. O escritor russo Vadim Erlikman, por exemplo, faz as seguintes estimativas:
 
Nº de pessoas Razão da morte
1,5 milhão Execução
5 milhões Gulags
1,7 milhão Deportados¹
1 milhão Países ocupados²
¹ Erlikman estima um total de 7,5 milhões de deportados.
² Diz respeito aos mortos civis durante a ocupação russa.

Este total estimado de 9 milhões, para alguns pesquisadores, deve ainda ser somado a 6-8 milhões dos mortos na fome soviética de 1932-1933, episódios também conhecidos como Holodomor. Existe controvérsia entre historiadores a respeito desta fome ter sido ou não provocada deliberadamente por Estaline para suprimir opositores de seu regime. Muitos argumentam que a fome ocorreu por questões circunstanciais não desejadas por Estaline ou que foi uma consequência acidental de uma tentativa de forçar a coletivização naquelas áreas afetadas pela fome. Todavia, também existem argumentos no sentido contrário, de que a fome foi provocada por Estaline. Para a última corrente, uma prova de que a fome foi provocada seria o facto de que a exportação de cereais da União Soviética para a Alemanha Nazi aumentou consideravelmente no ano de 1933, o que provaria que havia alimento disponível. Esta versão da história é retratada pelo documentário The Soviet Story.
Sendo assim, se o número de vítimas da fome for incluído, chega-se a um número mínimo de 10 milhões de mortes (mínimo de 4 milhões de mortos por fome e mínimo de 6 milhões de mortos pelas demais causas expostas). No entanto, Steven Rosefielde tem como mais provável o número de 20 milhões de mortos, Simon Sebag Montefiores sugere número um pouco acima de 20 milhões, no que é acompanhado por Dmitri Volkogonov (autor de Stalin: Triunfo e Tragédia), Alexander Nikolaevich Yakovlev, Stéphane Courtois e Norman Naimark. O pesquisador Robert Conquest recentemente reviu sua estimativa original de 30 milhões de vítimas para cerca de 20 milhões, afirmando ainda ser muitíssimo pouco provável qualquer número abaixo de 15 milhões de vidas ceifadas pelo regime de Estaline.
 
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Morte
Em 5 de março de 1953, Estaline morreu de hemorragia cerebral (derrame) em circunstâncias ainda hoje pouco esclarecidas. Avtorkhanov desenvolveu uma detalhada teoria, publicada inicialmente em 1976, apontando Beria como o principal suspeito de tê-lo envenenado. Todavia, outros historiadores ainda consideram que Estaline morreu de causas naturais. Nikita Khrushchov escreveu nas suas memórias que, imediatamente após a morte de Estaline, Lavrenty Beria teria começado a "vomitar o seu ódio (contra Estaline) e a zombar dele", e que, quando Estaline demonstrou sinais de consciência, Beria teria se colocado de joelhos e beijado as mãos de Estaline. No entanto, assim que Estaline ficou novamente inconsciente, Beria imediatamente teria se levantado e cuspido com nojo.
Em 2003, um grupo de historiadores russos e americanos anunciaram a sua conclusão de que Estaline ingeriu varfarina, um poderoso veneno de rato que inibe a coagulação sanguínea e predispõe a vítima à hemorragia cerebral (derrame). Como a varfarina é insípida ela provavelmente teria sido o veneno utilizado. No entanto, os factos exatos envolvendo a morte de Estaline provavelmente nunca serão conhecidos.
O período imediatamente anterior ao seu falecimento, nos meses de fevereiro-março de 1953, foi marcado por uma atividade febril de Estaline nos preparativos de uma nova onda de perseguições e campanhas repressivas, exceção até para os padrões da era estalinista. Tratava-se do conhecido complot dos médicos: em 3 de janeiro de 1953, foi anunciado que nove catedráticos de medicina, quase todos judeus e que tratavam os membros da liderança soviética, tinham sido "desmascarados" como agentes da espionagem americana e britânica, membros de uma organização judaica internacional, e assassinos de importantes líderes soviéticos.
Tratava-se da preparação de um novo julgamento-espetáculo, desta vez com claros traços de anti-semitismo, que certamente levaria a um pogrom nacional, e que implicaria, segundo Isaac Deutscher, na auto-destruição das próprias raízes ideológicas do regime, razão pela qual a morte de Estaline pareceu a muitos ter sido provocada pelos seus seguidores imediatos, claramente alarmados diante da iminente fascistização promovida por Estaline. O facto de que Beria estivesse alheio à preparação deste nova purga fez com que fosse apresentado como possível autor intelectual do suposto assassinato de Estaline; o facto é, no entanto, que Estaline era idoso e que a sua saúde, desde o final da Segunda Guerra Mundial, era precária; aqueles que tiveram contacto pessoal com ele nos seus últimos anos lembram-se do contraste entre a sua imagem pública de ente semi-divino e a sua aparência real, devastado pela idade. Simon Sebag Montefiore considera que, apesar de Estaline haver recebido assistência atrasada para o derrame que o vitimaria, a tecnologia médica da época nada poderia fazer por ele em termos terapêuticos.
  

Prokofiev morreu há 65 anos

Serguei Sergueievitch Prokofiev, também conhecido pela transliteração anglófona Sergei Sergeievich Prokofiev (Sontsovka, atualmente Krasne, região de Donetsk, Ucrânia, 23 de abril de 1891Moscovo, 5 de março de 1953) foi um compositor russo.
Um dos compositores mais celebrados do século XX, ele é mais conhecido por obras como o balé Romeu e Julieta, as óperas O Amor das Três Laranjas e Guerra e Paz, a composição infantil Pedro e o Lobo e duas bandas sonoras para filmes de Sergei Eisenstein. Precoce, mostrou-se talentoso no piano e na composição. Prokofiev nasceu no Império Russo, viajou o mundo em turnês, e voltou à terra local, agora União Soviética. Nos seus últimos anos, enfrentou dificuldades financeiras e de saúde. Juntamente com Shostakovitch, foi uma das figuras mais importantes da música soviética.
  
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Aos 61 anos, Prokofiev morreu em 5 de março de 1953, no mesmo dia que Estaline. Ele vivia próximo da Praça Vermelha e durante três dias, a multidão que se despedia de Estaline impossibilitou a retirada do corpo de Prokofiev para o serviço funerário. No funeral, não havia flores nem músicos, todos reservados para o funeral do líder soviético. A sua morte é frequentemente atribuída a uma hemorragia cerebral, mas é sabido que ele já estava muito doente pelos últimos oito anos de sua vida. Havia apenas iniciado os ensaios para o seu bailado A Flor de Pedra, que foi levado à cena no ano seguinte.
 
 

Andy Gibb nasceu há sessenta anos

Andrew Roy Gibb (Manchester, 5 de março de 1958 - Oxford, 10 de março de 1988) foi um cantor britânico. Era o irmão mais novo de Barry, Robin e Maurice Gibb, conhecidos como os Bee Gees.


O poeta Afonso Duarte morreu há 60 anos

(imagem daqui)

Joaquim Afonso Fernandes Duarte (Ereira, 1 de janeiro de 1884 - Coimbra, 5 de março de 1958) foi um poeta português. Tem uma biblioteca com o seu nome em Montemor-o-Velho.
 
Biografia
Nasceu em Ereira, Montemor-o-Velho e formou-se em Ciências Físico-Naturais na extinta Faculdade de Filosofia de Coimbra. Professor da Escola Normal, interessava-se por etnografia e arte popular, reflectidos na sua obra poética, ligada às crenças e mitos seculares, aos motivos da terra, vida animal, ao povo e à lide agrária. A sua sensibilidade poética deu-lhe um convívio com literatos de vários grupos e escolas. Colaborou na "Águia" e dirigiu a "Rajada" (1912-1914).
Encontra-se colaboração da sua autoria nas revistas Atlântida (1915-1920) e Contemporânea (1915-1926)

Obra
Trata-se dum poeta em permanente actualidade, dado que vai acompanhando todos os movimentos poéticos da primeira metade do século XX. Nasce numa atmosfera de saudosismo dominado por Teixeira Pascoais. Entretanto, surgem outras escolas a que adere sem compromisso, mas com ironia e pendor populista. Logo as crianças, o desenho infantil, as pedras, as águas. Aparece, então, como saudosista no conteúdo e um modernista na forma.
 
Poesia
  • Cancioneiro das Pedras (1912)
  • Tragédia do Sol Posto (1914)
  • Rapsódia do Sol-Nado e Ritual do Amor (1916)
  • Os Sete Poemas Líricos (reedição aumentada dos anteriores, 1929)
  • Ossadas (1947)
  • Post-Scriptum de um Combatente (1949)
  • Sibila (1950)
  • Canto da Babilónia (1952)
  • Canto de Morte e Amor (1952)
  • Lápides e Outros Poemas (1950)
  • Obra Poética (1956)
  
in Wikipédia


Cabelos Brancos
 
 
Cobrem-me as fontes já cabelos brancos,
Não vou a festas. E não vou, não vou.
Vou para a aldeia, com os meus tamancos,
Cuidar das hortas. E não vou, não vou.
 
Cabelos brancos, vá, sejamos francos,
Minha inocência quando os encontrou
Era um mistério vê-los: Tive espantos
Quando os achei, menino, em meu avô.
 
Nem caiu neve, nem vieram gelos:
Com a estranheza ingénua da mudança,
Castanhos remirava os meus cabelos;
 
E, atento à cor, sem ter outra lembrança,
Ruços cabelos me doía vê-los ...
E fiquei sempre triste de criança.
 
 
in
Ossadas (1947) - Afonso Duarte

Hugo Chávez morreu (provavelmente) há cinco anos

Hugo Chávez Frías (Sabaneta, 28 de julho de 1954  - Caracas, 5 de março de 2013) foi um político e militar venezuelano, tendo sido o 56.º presidente da Venezuela. Líder da Revolução Bolivariana, Chávez advogava a doutrina bolivarianista, promovendo o que denominava de socialismo do século XXI. Chávez foi também um crítico do neoliberalismo e da política externa dos Estados Unidos.
Oficial militar de carreira, Chávez fundou o Movimento Quinta República, da esquerda política, depois de liderar um golpe de estado mal-sucedido contra o governo de Carlos Andrés Pérez, em 1992.
Chávez foi eleito presidente em 1998, encerrando os quarenta anos de vigência do Pacto de Punto Fijo (assinado em 31 de outubro de 1958, entre os três maiores partidos venezuelanos) com uma campanha centrada no combate à pobreza. Reelegeu-se, vencendo as eleições de 2000 e 2006.
Com as suas políticas de inclusão social e apoio aos mais desfavorecidos obteve enorme popularidade no seu país. Durante a era Chávez, a pobreza entre os venezuelanos caiu de 49,4%, em 1999, para 27,8%, em 2010.
No plano político interno, Chávez fundiu os vários partidos de esquerda no PSUV. Fortaleceu os movimentos e as organizações populares, estabelecendo uma forte aliança com as classes mais pobres.
Nas várias eleições, realizadas ao longo de aproximadamente 15 anos, a oposição foi derrotada. Inconformados, os adversários de Chávez promoveram um golpe de Estado, no início de 2002, com apoio do governo dos Estados Unidos. Apesar de o governo norte-americano ter usado a sua influência para obter o reconhecimento imediato do novo governo, a comunidade internacional – inclusive o Brasil, então governado por Fernando Henrique Cardoso – condenou o golpe. Chávez acabou voltando ao poder três dias depois. No final do mesmo ano, mediante um referendo, a população foi chamada a opinar sobre a sua permanência na presidência. Chávez venceu o referendo sem dificuldade, ampliando assim a sua base política de apoio.
Inconformados, os lideres da oposição boicotaram as eleições parlamentares, no sentido de deslegitimar os eleitos e, assim, os futuros atos do Poder Legislativo. Essa manobra não teve o resultado esperado e acabou por dar a Chávez uma tranquila maioria no parlamento. Apesar de se ter afastado da vida parlamentar por decisão própria, a oposição passou, então, a acusar Chávez de monopolizar o poder - já que tinha de facto a maioria na Assembleia Nacional - e de nomear aliados para o Supremo Tribunal de Justiça. Além disso, a oposição também criticava o controle do Banco Central e da indústria petrolífera do país pela Presidência da República. Alguns também acusavam Chávez de perseguir adversários políticos e de pretender instaurar de uma ditadura do proletariado na Venezuela.
Já no plano externo, Chávez notabilizou-se por adotar uma retórica anti-imperialista, antiamericana e anticapitalista. Apoiou a autossuficiência económica, defendeu a integração latino-americana, a cooperação entre as nações pobres do mundo e protagonizou a criação da UNASUL, da ALBA, do Banco do Sul e da rede de televisão TeleSUR, além de dar apoio financeiro e logístico a países aliados. Segundo o governo Bush, Chávez era uma ameaça à estabilidade da América Latina. Observadores internacionais, como Jimmy Carter e a ONG Human Rights Watch, criticaram o "autoritarismo" do presidente venezuelano. Também foi criticado por adotar, após o malogrado golpe de 2002, "políticas que minaram os direitos humanos" no país.
Apesar de ser muito criticado pela imprensa, dentro e fora do seu país, e de adotar uma postura desafiante em relação aos Estados Unidos, muitos simpatizaram com sua ideologia, com as políticas sociais do seu governo e com sua política externa, voltada à integração latino-americana e às relações sul-sul, mediante incremento de trocas bilaterais e acordos de ajuda mútua.
Em 2005 e 2006, Chávez foi incluído, pela revista Time, entre as 100 pessoas mais influentes do mundo.
 
(...)
 
Em 5 de março de 2013, o vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou a morte de Hugo Chávez, aos 58 anos, em Caracas, às 16.25 horas locais,por causa de um cancro na região pélvica e de uma infecção respiratória aguda. Algumas agências noticiosas, no entanto, especulam que o anúncio teria sido feito horas depois do falecimento de Chávez, que teria ocorrido em Havana, tendo o corpo sido transportado para Caracas em seguida. Por algum tempo, circulou a notícia de que o corpo de Chávez seria embalsamado, mas foi decidido posteriormente que tal procedimento não ocorreria, já que para isso o corpo teria de ser enviado à Rússia e permanecer por lá de 7 a 8 meses.