sexta-feira, julho 26, 2013

Stanley Kubrick nasceu há 85 anos

Filmando Barry Lyndon, em 1975

Stanley Kubrick (Nova Iorque, 26 de julho de 1928 - Hertfordshire, 7 de março de 1999) foi um cineasta, argumentista, produtor de cinema e fotógrafo americano. Considerado um dos mais importantes cineastas de todos os tempos, foi autor de grandes clássicos do cinema, como Spartacus (1960), Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb (Dr. Estranho Amor ou apenas Dr. Strangelove), (1963), 2001 - Odisseia no Espaço (1968), Laranja Mecânica (1971), Shining (1980), entre outros.

Em sua infância, o garoto do Bronx não era o que se podia chamar de "aluno exemplar". Raramente fazia os trbalhos de casa e as suas notas não eram das melhores. Mas apesar disso, tinha reconhecimento do pai da sua mente criativa. Foi este quem o encorajou a aprender Xadrez (tornou-se um especialista neste desporto) e deu-lhe a sua primeira máquina fotográfica. Ainda na adolescência, visando a carreira como fotógrafo, conseguiu emprego na conceituada revista Look, mas logo Kubrick descobriu que o seu futuro estava ligado a outro tipo de câmara.

Auto retrato na década de 50 para a revista Look

Estreou como cineasta de curta-metragens aos 22 anos. Aos 25, obteve uma grande ajuda financeira do pai, que penhorou a casa para a produção de Fear and Desire, de 1953, a sua primeiro longa-metragem. Considerou o trabalho amador e, mesmo com algumas boas críticas, logo tratou de retirá-lo de circulação. Até hoje o filme permanece fora de catálogo, tendo sido exibido poucas vezes em festivais ou distribuído ilegalmente. Logo após Kubrick realizaria outro longa, Killer's Kiss (no Brasil A Morte Passou Por Perto), de 1955, outro filme pouco divulgado e de difícil acesso. Mas é a partir de The Killing (no Brasil O Grande Golpe e em Portugal Um Roubo no Hipódromo), de 1956, que a sua carreira começa a melhorar. A trama sobre um plano de assalto ganhou a atenção de alguns produtores. Apesar disso, teve dificuldades com a adaptação da novela Paths of Glory. O filme homónimo foi estrelado pelo astro Kirk Douglas, que ajudou a levantar o projeto após ele ter sido rejeitado pelos estúdios. Kubrick fez um dos filmes antiguerra mais poderosos que o mundo do cinema já viu, focado não em heróis, mas sim em covardes. Apesar das excelentes críticas, Paths of Glory (no Brasil Glória Feita de Sangue e em Portugal Horizontes de Glória), de 1957, foi proibido em alguns países, incluindo a França.

Kirk Douglas gostou de trabalhar com Kubrick. Foi ele quem o chamou para dirigir o épico Spartacus (1960) após a tensa demissão do veterano diretor Anthony Mann. Mann já havia filmado boa parte da produção quando Kubrick, com apenas 29 anos, assumiu o seu lugar. A boa relação com Douglas viria por água abaixo quando as suas diferenças criativas se confrontaram. Kubrick perdeu a batalha e viu-se obrigado a filmar sem poder colocar algumas de suas ideias em prática. Mesmo com o sucesso do filme, ele decidiu que dali por diante só iria aceitar projetos que pudesse ter total liberdade criativa. E foi com esse pensamento que se mudou para a Inglaterra, em 1962. No mesmo ano começa as filmagens de Lolita (1962), clássico da literatura escrita por Vladimir Nabokov. A curiosidade sobre a adaptação da obra de Nabokov dá grande visibilidade ao filme, que mesmo imerso em polémicas (a relação entre um homem de meia-idade e uma adolescente era a principal delas) torna-se outro grande sucesso de crítica. Dois anos depois, o diretor lança outro clássico absoluto: Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb (1964) (Doutor Fantástico no Brasil e Doutor Estranhoamor em Portugal). Tendo como o tema a ameaça nuclear, o filme é uma comédia de humor negro com atuações e roteiro primorosos. Para atuar, Kubrick chamou o comediante inglês Peter Sellers, que se desdobra em três papéis, incluindo o de presidente dos Estados Unidos e George C. Scott (que alguns anos mais tarde se destacaria de vez em Patton, Rebelde ou Herói?). Entre os vários momentos clássicos está o final, com direito a um major cowboy montado sobre uma bomba atómica no ar. Esse trabalho rendeu a Kubrick a sua primeira nomeação para o Óscar de melhor diretor.

Cinco anos de produção foram necessários para o desenvolvimento de 2001: A Space Odyssey (2001: Odisseia no Espaço), de 1968, para muitos o melhor filme de ficção científica já filmado. Foi produzido ao mesmo tempo em que o livro homónimo de Arthur C. Clarke estava a ser escrito. Clarke, inclusive, deu assistência na criação do roteiro. 2001 teve uma recepção fria da crítica, mas obteve sucesso junto do público. Até hoje possui como força maior as músicas de Richard Strauss, Assim falou Zaratustra e Johann Strauss, Danúbio Azul. Os efeitos especiais, inovadores para a época, garantiram ao filme um Óscar da categoria.
Novamente indicado para melhor diretor, Kubrick vê o seu prémio escapar. Logo após, chateado com o cancelamento do filme sobre Napoleão Bonaparte, ele segue para mais uma adaptação. Dessa vez o livro é A Clockwork Orange (Laranja Mecânica), de 1971, de Anthony Burgess, focado na violência humana e, principalmente, na da juventude. Causou grande polémica na época de seu lançamento e foi acusado de incitar à barbárie. Na história, quatro jovens de classe trabalhadoras passam as noites cometendo as maiores atrocidades: lutar, roubar, violar… são apenas algumas delas. A vida de um deles, Alex, (Malcolm McDowell) toma um rumo diferente quando o mesmo vai para a cadeia. Disparado o trabalho mais controverso do diretor, que lhe rendeu outra indicação para o prémio da Academia e outra derrota.
Nos anos seguintes três filmes totalmente diferentes: um longuíssimo filme de época, um terror de gelar a espinha e a sua visão da Guerra do Vietname. O primeiro é Barry Lyndon (1975). Linda obra saída de uma novela de William Makepeace Thackeray. Apesar de ser pouco conhecido, o filme é considerado por muito dos fãs de Kubrick, entre eles Martin Scorsese, como o seu melhor trabalho, pois nele é perfeitamente visível o seu perfeccionismo, característica marcante em sua carreira. Barry Lyndon, interpretado magistralmente por Ryan O'Neal, é uma espécie de "talentosa fraude" que inevitavelmente é expulso de onde quer que se meta. A fotografia do filme, dirigida por John Alcott - trabalhando sob a orientação técnica de Kubrick - e vencedora do Óscar, é outro momento inesquecível. Kubrick usou lentes criadas pela NASA para poder filmar alguns interiores, com o requinte do detalhe de certas cenas serem iluminados apenas com velas. Mesmo com todo o cuidado da produção, Barry Lyndon fracassou nos Estados Unidos, mas fez relativo sucesso na Europa. Levou quatro estatuetas douradas, mas de novo o admirável trabalho de Stanley como diretor não foi reconhecido pela maioria votante. Um novo sucesso mundial ele voltaria a ter com o clássico The Shining (1980), adaptação da obra de Stephen King. A história de uma família que passa o inverno num hotel nas montanhas até hoje faz sucesso onde quer que seja exibida. Quase no final dos anos 80, Kubrick resurgiria dando ênfase a guerra, dessa vez a do Vietname. Saída do livro de Gustav Hasford, Full Metal Jacket (Nascido Para Matar), de 1987, quase que uma versão "kubrickiana" de Apocalypse Now.  O filme é praticamente dividido em duas partes: a preparação para a guerra e o ambiente de combate. Kubrick disse que ficou frustrado com o fato de que antes da estréia do filme dois outros longas sobre o tema já tinham sido lançados com sucesso: The Killing Fields (no Brasil Os Gritos do Silêncio e em Portugal Terra sangrenta), de 1984, e Platoon, de 1986. Ainda como destaque da produção está o imenso set erguido em Londres para a batalha final.

Do seu último longa-metragem até Eyes Wide Shut (De Olhos Bem Fechados), de 1999, passou-se um longo período sem nada assinado por Stanley. Lançado em 1999, o filme protagonizado pelo (até então) casal número um dos Estados Unidos, causou uma grande comoção entre os amantes da sétima arte. Tom Cruise e Nicole Kidman interpretam um casal em crise e foi adaptada de romance escrito por Arthur Schnitzler, chamado Traumnovelle. Dois anos foi o período de filmagem, tempo que o perfeccionismo de Kubrick achou necessário para a conclusão do filme, mas não o necessário para agradar à crítica e público. Kubrick faleceu enquanto dormia, devido a um ataque cardíaco, no dia 7 de março de 1999, não testemunhando a fria recepção que seu último trabalho obteve. O último projeto cinematográfico em que esteve envolvido, mas que por questões de saúde não dirigiu, foi AI:Inteligência Artificial, de Steven Spielberg. Encontra-se sepultado em Childwickbury Manor, Hertfordshire na Inglaterra.


Mick Jagger - 70 anos!

Sir Mick Jagger, nascido Michael Philip Jagger, (Dartford, 26 de julho de 1943) é o vocalista dos The Rolling Stones, uma das bandas inglesas de rock mais famosas do século XX.

Jagger não foi um sucesso imediato como vocalista dos The Rolling Stones. Para o guitarrista e fundador da banda Brian Jones, Mick apenas fazia o que qualquer um podia fazer, que era cantar. Com o passar do tempo, o rapaz que apenas balançava a cabeça enquanto cantava clássicos de Chuck Berry, foi ganhando cada vez mais espaço na banda. Jagger aprendeu com outros cantores como obter audiência e rapidamente desenvolveu o seu estilo único e pessoal. Abandonou a London School of Economics, para ser vocalista dos Stones, e é ele quem comanda os negócios da banda.
Os Stones são uma das maiores bandas de rock'n'roll do mundo e, há pouco tempo, ganharam US$ 414,3 milhões na turnê A Bigger Bang.
Ele foi uma das vozes mais expressivas do famoso 60's e uma das peças mais importantes da emblemática Swinging London. Em 1965, chegaram a dizer que ele era o ídolo de uma geração.
Mick Jagger também se tornou famoso pelos seus casos extra-conjugais e relacionamentos. Foi casado duas vezes e tem, até agora, sete filhos, de quatro mulheres: Karis (com Marsha Hunt, nascida em 1970); Jade, (com Bianca Jagger, nascida em 1971); com Jerry Hall: Elizabeth (1984), James (1985), Georgia (1992) e Gabriel (1997), e Lucas (com Luciana Gimenez, nascido em 1999), e atualmente namora L´wren Scott, estilista americana.
Ele já disse em entrevistas, que não acredita em monogamia. Suas famosas frases são: "Eu nunca saí com donas-de-casa, e nunca sairei." "Quando a minha filha (Jade) ficar mais velha, vou dizer-lhe para ela ter cuidado com homens como eu."
A filha mais velha de Jagger e Jerry Hall - Elizabeth (mais conhecida como Lizzy Jagger) é uma das modelos mais famosas da Inglaterra.
O seu pai morreu em 11 de novembro de 2006, aos 93 anos. Em 12 de dezembro de 2003, Jagger foi condecorado com o título de Cavaleiro do Império Britânico (Sir).


quinta-feira, julho 25, 2013

Rosalind Franklin, a mulher que permitiu a descoberta da forma do DNA, nasceu há 93 anos

Rosalind Franklin (Londres, 25 de julho de 1920 - Londres, 16 de abril de 1958) foi uma biofísica britânica.
Pioneira da biologia molecular que, empregando a técnica da difração dos raios-X, concluiu que o DNA tinha forma helicoidal (1949).
Contrariando o desejo dos pais, aos 15 anos ela decidiu que queria ser uma cientista. Entrou em 1938 no Newnham College, em Cambridge, licenciando-se em Físico-Química (1941). Iniciou-se como pesquisadora (1942) analisando a estrutura física de materiais carbonizados, utilizando raios-X. Trabalhando no British Coal Utilization Research Association, onde desenvolveu estudos fundamentais sobre as microestruturas do carbono e do grafite, base do doutoramento em Físico-Química na Universidade de Cambridge (1945).
Trabalhando em Paris (1947-1950), no Laboratoire Central des Services Chimiques de L'Etat, usou a técnica da difração dos raios-X para análise de materiais cristalinos. Voltando para a Inglaterra, juntou-se a equipe de biofísicos do King's College Medical Research Council (1951) e com Raymond Gosling no laboratório de biofisica do britânico Maurice Wilkins, e iniciou a aplicação de estudos com difração de raios-X para determinação da estrutura da molécula do DNA. Este trabalho permitiu ao bioquímico norte-americano James Dewey Watson e aos britânicos Maurice Wilkins e Francis Crick confirmar a dupla estrutura helicoidal da molécula do DNA, dando-lhes o Nobel de Fisiologia/Medicina (1962), tendo nela a grande injustiçada, já que o Nobel não pode ser atribuído postumamente.
Apesar das inúmeras dificuldades provocadas pelo preconceito, ela provou então ser uma cientista de primeiro nível, e mudou-se (1953) para o laboratório de cristalografia J. D. Bernal, do Birkbeck College, em Londres, onde prosseguiu com seu trabalho sobre a estrutura mosaical do vírus do tabaco. Quando iniciou a sua pesquisa sobre o vírus da pólio (1956), ela veio a descobrir que estava com cancro. Foi no Birkbeck College que publicou o seu último trabalho, sobre as estrutura do carvão (1958). Morreu em Londres, ainda muito jovem, com 37 anos, de cancro nos ovários.

NOTA: o Google Doodle de hoje homenageia esta ilustre cientista:

93º Aniversário de Rosalind Franklin

O cantor sertanejo Leonardo nasceu há 50 anos

Emival Eterno da Costa, (Goianápolis, 25 de julho de 1963), mais conhecido como Leonardo, é um cantor brasileiro. Tornou-se Leonardo em 1981, quando ele e o irmão Leandro (Luís José Costa), decidiram tentar a carreira artística e formaram a dupla sertaneja Leandro & Leonardo. No dia 23 de junho de 1998, Leandro faleceu por causa de um cancro raro do pulmão e Leonardo começou uma carreira a solo. Já vendeu mais de 12 milhões de discos. Leonardo é considerado o maior cantor sertanejo romântico do Brasil.


Hoje é o Dia da Galiza...

O Día Nacional de Galicia, coñecido tamén popularmente como Día Nacional da Galiza, Día da Galiza, Día de Galicia, Día da Patria ou Día da Patria Galega, é a festa oficial do país galego, segundo decreto da Xunta de Galicia de 1979. Celébrase o día 25 de xullo, día da festividade do apóstolo Santiago o Maior.

As orixes desta celebración remóntanse a 1919, data na que se xunta en Santiago de Compostela a Asemblea das Irmandades da Fala, que acordan celebrar o Día Nacional de Galicia o 25 de xullo do ano seguinte.
Durante a ditadura franquista, as sociedades galegas da emigración continúan esta convocatoria, e na Galiza o galeguismo concéntrase ó redor da tradicional misa por Rosalía de Castro na igrexa de San Domingos de Bonaval. Amais, durante esta época o día institucionalízase como festa oficial en toda España, baixo o nome de Día do Patrón de España, cun marcado carácter relixioso, aínda que trala transición deixou de ser oficial en todo o país.

En 1968 volveuse celebrar de novo, cunha manifestación na Alameda de Compostela. Serán o Partido Socialista Galego (PSG) e a Unión do Povo Galego (UPG) os que se manifesten de forma clandestina para conmemorar o Día Nacional de Galicia que remataban con fortes enfrontamentos coa policía franquista, e coa entrada na democracia seguíronse a prohibir as manifestacións da AN-PG (Asemblea Nacional-Popular Galega) e BN-PG, xermes do actual Bloque Nacionalista Galego. Até mediados dos anos oitenta non foi permitida a manifestación do Día da Patria con normalidade democrática, sendo hoxe o acto máis multitudinario de todas as celebracións que teñen lugar o 25 de xullo na capital galega. Actualmente os diferentes partidos nacionalistas da Galiza seguen a convocar manifestacións para ese día, baixo a denominación de Día da Patria, nas cales fan reflexións no tocante á situación política galega.


NOTA: começou mal o Dia da Galiza - veja-se esta notícia. A nossa solidariedade para com os irmãos galegos...

O SS Andrea Doria afundou-se há 57 anos

O SS Andrea Doria foi um navio transatlântico italiano lançado ao mar em 1951. Foi assim batizado em homenagem ao almirante genovês Andrea Doria. A embarcação foi construída em Génova, nos estaleiros Ansalto, em Sestri. A mesma levava o nome do príncipe e Almirante do século XVI e fora lançada ao mar no ano de 1951. A embarcação Andrea Dorea foi construída com acomodações para aproximadamente 1.241 passageiros e ainda 575 tripulantes, tinha 197 metros de comprimento, uma largura de 27 e com 29.083 toneladas. Em 26 de julho de 1956, quando navegava rumo a Nova Iorque, ao largo de Nantucket (Massachusetts, EUA), colidiu com o MS Stockholm, um navio de bandeira sueco-americana, vindo a naufragar. Transportando cerca de 1.200 passageiros e 500 tripulantes, foram resgatadas 1.670 pessoas. De 46 a 51 pessoas, de acordo com as diversas fontes, perderam a vida no desastre. Perderam-se ainda algumas obras de arte italianas. Este acontecimento serviu de inspiração para o filme "Navio Fantasma", com Gabriel Byrne, de 2002.

O primeiro bebé-proveta faz hoje 35 anos

(imagem daqui

Louise Joy Brown (born 25 July 1978) is the first person to have been conceived by in vitro fertilization, or IVF.

Louise Brown was born at Oldham General Hospital, Oldham, by planned caesarean section delivered by registrar John Webster. She weighed 5 pounds, 12 ounces (2.608 kg) at birth. Her parents, Lesley and John Brown, had been trying to conceive for nine years. They faced complications of blocked fallopian tubes.
On 10 November 1977, Lesley Brown underwent a procedure, later to become known as IVF, developed by Patrick Steptoe and Robert Edwards. Edwards was awarded the 2010 Nobel Prize in Medicine for this work. Although the media referred to Brown as a "test tube baby", her conception actually took place in a petri dish. Her younger sister, Natalie Brown, was also conceived through IVF four years later, and became the world's fortieth IVF baby. In May 1999, Natalie was the first IVF baby to give birth herself - naturally - to daughter Casey.
In 2004, Louise married nightclub doorman Wesley Mullinder. Dr. Edwards attended their wedding. Their son Cameron, conceived naturally, was born on 20 December 2006.
John, Louise's father, died in 2006. Her mother, Lesley, died on 6 June 2012 in Bristol Royal Infirmary at the age of 64 due to complications from a gallbladder infection".

A Batalha de Ourique foi há 874 anos

Estátua de D. Afonso Henriques comemorativa da vitória na batalha de Ourique

A Batalha de Ourique desenrolou-se muito provavelmente nos campos de Ourique, no actual Baixo Alentejo (sul de Portugal) em 25 de julho de 1139 - significativamente, de acordo com a tradição, no dia do provável aniversário D. Afonso Henriques e de São Tiago, que a lenda popular tinha tornado patrono da luta contra os mouros; um dos nomes populares do santo, era precisamente "Matamouros".
Foi travada numa das incursões que os cristãos faziam em terra de mouros para apreenderem gado, escravos e outros despojos. Nela se defrontaram as tropas cristãs, comandadas por D. Afonso Henriques, e as muçulmanas, em número bastante maior.
Inesperadamente, um exército mouro saiu-lhes ao encontro e, apesar da inferioridade numérica, os cristãos venceram. A vitória cristã foi tamanha que D. Afonso Henriques resolveu autoproclamar-se Rei de Portugal (ou foi aclamado pelas suas tropas ainda no campo de batalha), tendo a sua chancelaria começado a usar a intitulação Rex Portugallensis (Rei dos Portucalenses ou Rei dos Portugueses) a partir 1140 - tornando-o rei de facto, sendo o título de jure (e a independência de Portugal) reconhecido pelo rei de Leão em 1143 mediante o Tratado de Zamora e, posteriormente o reconhecimento formal pela Santa Sé em Maio de 1179, através da bula Manifestis probatum, do Papa Alexandre III.
A primeira referência conhecida ao milagre ligado a esta batalha é do século XIV, depois da batalha. Ourique serve, a partir daí, de argumento político para justificar a independência do Reino de Portugal: a intervenção pessoal de Deus era a prova da existência de um Portugal independente por vontade divina e, portanto, eterna.
A tradição narra que, naquele dia, consagrado a Santiago, o soberano português teve uma visão de Jesus Cristo rodeado de anjos na figura do Anjo Custódio de Portugal, garantindo-lhe a vitória em combate. Contudo, esse detalhe da narrativa, é semelhante ao da narrativa da Batalha da Ponte Mílvio, opondo Magêncio a Constantino, segundo a qual Deus teria aparecido a este último dizendo IN HOC SIGNO VINCES (latim, «Com este sinal vencerás!»).
Este evento histórico marcou de tal forma o imaginário português, que o referencia como um milagre e se encontra retratado no brasão de armas da nação de Portugal: cinco escudetes (cada qual com cinco besantes), representando as Cinco Chagas de Jesus e os cinco reis mouros vencidos na batalha.

Não há consenso entre os estudiosos acerca do local exato onde se travou a batalha de Ourique.
A mais antiga descrição da batalha figura na Crónica dos Godos sob a entrada dos acontecimentos da Era Hispânica de 1177 (1139 da Era Cristã).

(...)

De qualquer modo, como consequência, quando o Cardeal Guido de Vico, emissário do Papa, reuniu D. Afonso Henriques e Afonso VII em Zamora (1143), para tentar convencê-los que a animosidade entre ambos favorecia os infiéis, o soberano português escreveu ao Papa Inocêncio II, reclamando para si e para os seus descendentes, o status de «censual», isto é, dependente apenas de Roma, invocando para esse fim o «milagre de Ourique», o que ocorrerá apenas em 1179. Entretanto, naquele encontro, pelo tratado então firmado (Tratado de Zamora), Afonso VII considerou D. Afonso Henriques como igual: afirmava-se a independência de Portugal.


quarta-feira, julho 24, 2013

The Prince is a Boy - Boy George...!

Revelado nome de bebé real


(imagens daqui)

Kate e William escolheram o nome predileto da rainha Isabel II.

"O bebé será conhecido como George de Cambridge". Foi assim que se tomou conhecimento do nome do filho de Kate Middleton e do príncipe William.
Os duques de Cambridge revelaram finalmente o nome do seu primeiro filho. Dois dias após o nascimento, os pais anunciaram, em comunicado, que o bebé real vai chamar-se George Alexander Louis.
Após meses de segredo e de incertezas, durante os quais os britânicos apostaram em várias hipóteses, ficou a saber-se que o nome do filho de Kate e William é o preferido da sua bisavó:  George. A monarca britânica sempre preferiu esta opção por ser esse o nome do seu pai, o Rei George VI.
Caso George Alexander Louis venha a ser coroado rei de Inglaterra, o filho dos duques de Cambridge será conhecido como George VII. Recorde-se que o bebé é o terceiro na ordem de sucessão ao trono, a seguir ao avô, príncipe Carlos, e ao pai, William.

in CM - ler notícia

Há 180 anos os Liberais conquistaram a capital do Reino de Portugal

De início o partido miguelista levou a melhor e a causa pedrista parecia perdida. Miguel I procurou obter reconhecimento internacional, mas foi apenas reconhecido como rei pelos Estados Unidos e pelo Vaticano. As monarquias europeias mantiveram-se em silêncio. Em 1831, o Imperador Pedro I foi forçado a abdicar da coroa do Brasil para o filho Pedro II e viajou para Portugal para defender o alegado direito ao trono português por parte de sua filha. Em 1831, Pedro desembarca as suas tropas nos Açores e toma diversas ilhas, estabelecendo o arquipélago como base de operações.
Conquistada a fortíssima posição militar e naval de Angra, nos Açores, por essa armada, D. Pedro partirá depois daí, mais tarde, para invadir o continente português, o que ocorrerá a norte do Porto, na  Praia da Memória, que ficou conhecido como Desembarque do Mindelo, onde actualmente se encontra o grande monumento aos mortos da Guerra Civil, em forma de obelisco colocado junto ao mar onde foi efetuado o desembarque.
Seguidamente, as forças pedristas desembarcadas entrincheiraram-se dentro dos muros da Cidade Invicta, dando os miguelistas início ao duro e prolongado Cerco do Porto. Finalmente, conseguindo furar o bloqueio naval da barra do Douro, uma frota liberal fez-se ao mar e seguiu até ao Algarve, onde desembarcou uma divisão do seu Exército, que avançou para Lisboa rapidamente, protegido pela esquadra inglesa. Lisboa foi entregue ao comandante-chefe liberal, marechal Duque da Terceira, sem combate nem resistência, pelo Duque do Cadaval, antigo primeiro-ministro do rei D. Miguel, em 24 de julho de 1833.

A tripulação da Apollo XI voltou à Terra, depois de ir à Lua, há 44 anos


Columbia floats on the ocean as Navy divers assist in retrieving the astronauts

On July 24, the astronauts returned home aboard the Command Module Columbia just before dawn local time (16:51 UTC) at 13°19′N 169°9′W, in the Pacific Ocean 2,660 km (1,440 nmi) east of Wake Island, 380 km (210 nmi) south of Johnston Atoll, and 24 km (13 nmi) from the recovery ship, USS Hornet.
At 16:44 UTC the drogue parachutes had been deployed and 7 minutes later the Command Module struck the water forcefully. The Command Module landed upside down but was righted within 10 minutes by flotation bags triggered by the astronauts. "Everything's okay. Our checklist is complete. Awaiting swimmers," was Armstrong's last official transmission from the Columbia. A diver from the Navy helicopter hovering above attached a sea anchor to the Command Module to prevent it from drifting. Additional divers attached flotation collars to stabilize the module and position rafts for astronaut extraction. Though the chance of bringing back pathogens from the lunar surface was considered remote, it was considered a possibility and NASA took great precautions at the recovery site. Divers provided the astronauts with Biological Isolation Garments (BIGs) which were worn until they reached isolation facilities on board the Hornet. Additionally astronauts were rubbed down with a sodium hypochlorite solution and the Command Module wiped with Betadine to remove any lunar dust that might be present. The raft containing decontamination materials was then intentionally sunk.
A second Sea King helicopter hoisted the astronauts aboard one by one, where a NASA flight surgeon gave each a brief physical check during the 0.5 nautical miles (930 m) trip back to the Hornet.

The crew of Apollo XI in quarantine after returning to Earth, visited by Richard Nixon

After touchdown on the Hornet, the astronauts exited the helicopter, leaving the flight surgeon and three crewmen. The helicopter was then lowered into hangar bay #2 where the astronauts walked the 30 feet (9.1 m) to the Mobile Quarantine Facility (MQF) where they would begin their 21 days of quarantine. This practice would continue for two more Apollo missions, Apollo XII and Apollo XIV, before the Moon was proven to be barren of life and the quarantine process dropped.
President Richard Nixon was aboard Hornet to personally welcome the astronauts back to Earth. He told the astronauts, "As a result of what you've done, the world has never been closer together before." After Nixon departed, the Hornet was brought alongside the five-ton Command Module where it was placed aboard by the ship's crane, placed on a dolly and moved next to the MQF. The Hornet sailed for Pearl Harbor where the Command Module and MQF were airlifted to the Johnson Space Center.
Years later, it was publicly revealed that Nixon had prepared a speech to be given in the event the Lunar Module had failed to lift off from the lunar surface, which would have resulted in Armstrong's and Aldrin's deaths, similar to common newspaper obituary or government contingency plan procedures and policies.
In accordance with the recently passed Extra-Terrestrial Exposure Law, the astronauts were placed in quarantine for fear that the Moon might contain undiscovered pathogens and that the astronauts might have been exposed to them during their Moon walks. However, after almost three weeks in confinement (first in their trailer and later in the Lunar Receiving Laboratory at the Manned Spacecraft Center), the astronauts were given a clean bill of health. On August 10, 1969, the astronauts exited quarantine.

O poeta Alphonsus Guimaraens nasceu há 143 anos

Alphonsus Guimaraens, pseudónimo de Afonso Henrique da Costa Guimarães (Ouro Preto, 24 de julho de 1870 - Mariana, 15 de julho de 1921) foi um escritor brasileiro.
A poesia de Alphonsus de Guimaraens é marcadamente mística e envolvida com religiosidade católica. Os seus sonetos apresentam uma estrutura clássica, e são profundamente religiosos e sensíveis na medida em que explora o sentido da morte, do amor impossível, da solidão e da inaptação ao mundo.
Contudo, o tom místico imprime em sua obra um sentimento de aceitação e resignação diante da própria vida, dos sofrimentos e dores. Outra característica marcante de sua obra é a utilização da espiritualidade em relação à figura feminina, que é considerada um anjo, ou um ser celestial. Alphonsus de Guimaraens é simultaneamente neo-romântico e simbolista.
Sua obra, predominantemente poética, consagrou-o como um dos principais autores simbolistas do Brasil. Em referência à cidade em que passou parte de sua vida, é também chamado de "o solitário de Mariana", a sua "torre de marfim do Simbolismo".
A sua poesia é quase toda voltada para o tema da morte da mulher amada. Embora preferisse o verso decassílabo, chegou a explorar outras métricas, particularmente a redondilha maior (terminado em sete sílabas métricas).

Filho de Albino da Costa Guimarães, comerciante português, e de Francisca de Paula Guimarães Alvim, era sobrinho do poeta Bernardo de Guimarães.
Matriculou-se em 1887 no curso de Engenharia. Perdeu prematuramente a prima e noiva, Constança, o que o abalou moral e fisicamente.
Foi, em 1894, para São Paulo, onde se matriculou no curso de Direito da Faculdade do Largo São Francisco, voltando a Minas Gerais e formou-se em direito em 1894, na recém inaugurada Faculdade Livre de Direito de Minas Gerais, que na época funcionava em Ouro Preto. Em São Paulo, colaborou na imprensa e frequentou a Vila Kyrial, de José de Freitas Vale, onde se reuniam os jovens simbolistas. Em 1895, no Rio de Janeiro, conheceu Cruz e Souza, poeta do qual já admirava e tornou-se amigo pessoal. Também foi juiz substituto e promotor em Conceição do Serro (MG). No ano de 1897, casa-se com Zenaide de Oliveira. Posteriormente, em 1899, estreou na literatura com dois volumes de versos: Septenário das Dores de Nossa Senhora e Câmara Ardente, e Dona Mística; ambos de nítida inspiração simbolista.
Em 1900 passou a exercer a função de jornalista colaborando em "A Gazeta", de São Paulo. Em 1902 publicou Kyriale, sob o pseudónimo de Alphonsus de Guimaraens; esta obra o projetou no universo literário, obtendo assim um reconhecimento, ainda que restrito de alguns raros críticos e amigos mais próximos. Em 1903, os cargos de juízes-substitutos foram suprimidos pelo governo do estado; consequentemente Alphonsus perdeu também seu cargo de juiz, o que o levou a graves dificuldades financeiras.
Após recusar um posto de destaque no jornal A Gazeta, Alphonsus foi nomeado para a direção do jornal político Conceição do Serro, onde também colaboraria o seu irmão o poeta Archangelus de Guimaraens , Cruz e Souza e José Severino de Resende. Em 1906, tornou-se Juiz Municipal de Mariana, MG, para onde se transferiu com sua esposa Zenaide de Oliveira, com quem teve 15 filhos, dois dos quais também escritores: João Alphonsus (1901-1944) e Alphonsus de Guimaraens Filho (1918-2008).
Devido ao período que viveu em Mariana, ficou conhecido como "O Solitário de Mariana", apesar de ter vivido lá com a mulher e com seus 15 filhos. O apelido foi dado a ele devido ao estado de isolamento completo em que viveu. Sua vida, nessa época, passou a ser dedicada basicamente às atividades de juiz e à elaboração de sua obra poética.


À MEIA-NOITE
A Aug. de Viana do Castelo


Cheguei à meia-noite em ponto.
O caso deu-se como eu conto.
Cheio de lúgubre mistério…
Pois ela disse: “Ao cemitério
Vamos à meia-noite em ponto.”

E eu respondi-lhe: “Conto, conto
Contigo à meia-noite em ponto.”

Como eu sabia, ela outro amante
Tivera em tempo não distante.
Era já morto: eu uma esposa
Tinha também sob uma lousa.
E ela sabia desse amante.

Jaziam um do outro distante
O amante dela e a minha amante.

Bem não chegamos, os ciprestes
Agitaram as verdes vestes
Como arrojando-se de bruços…
Que ais de tristeza e que soluços
Gemeram tão verdes ciprestes.

Gemia o vento pelas vestes.
Verdes dos vírides ciprestes.

Paramos de repente à porta:
Eu era um morta, ela uma morta.
Tal foi a cena branca e nua
Que nós, clareados pela lua,
Olhamos bem ao pé da porta.

Eu era um morto, ela uma morta,
Sem movimento junto à porta.

Diante de nós, em frente, diante,
O amante dela e minha amante,
Espectros vis num mesmo quadro,
Vinham vagar, hirtos, pelo adro,
Diante de nós, em frente, diante…

O amante dela e a minha amante.
Riram, passando para diante.

Jennifer Lopez - 44 anos

Jennifer Lynn Lopez (Nova Iorque, 24 de julho de 1969), também conhecida como J.Lo, é uma atriz, cantora, compositora, produtora musical, dançarina, estilista e produtora de televisão norte-americana de ascendência porto-riquenha. É a pessoa descendente de latino-americanos mais rica em Hollywood, de acordo com a revista Forbes e a artista hispânica mais influente nos Estados Unidos, de acordo com a lista dos cem hispânicos mais influentes, da revista People en Español.
Começou sua carreira como dançarina, na série humorística de televisão In Living Color. Logo em seguida, começou a atuar, ganhando papéis principais em Selena (1997), Out of Sight (1998) e Angel Eyes (2001), com os quais ela ganhou o ALMA Awards por sua atuação. Também atuou em A Cela (2000), The Wedding Planner (2001), Maid in Manhattan (2002), Shall We Dance? (2004) e Monster-in-Law (2005). Aproveitou sua fama nos media e lançou uma linha de moda e vários perfumes com a sua marca registada.
Desde 1999, lançou sete álbuns. O seu álbum de estúdio de estreia foi On the 6. Continuou cantando e lançou dois álbuns que alcançaram a primeira posição no ranking Billboard 200: J.Lo (2001) e J to tha L-O!: The Remixes (2002). O seu terceiro álbum de estúdio, This Is Me... Then (2002), conseguiu chegar à segunda posição na Billboard 200, assim como seu quarto álbum de estúdio, Rebirth (2005). Em 2007, Jennifer lançou dois álbuns, incluindo seu primeiro álbum totalmente em espanhol, Como Ama una Mujer e o seu quinto álbum de estúdio em inglês, Brave. Ganhou o American Music Award de 2003 na categoria Artista Feminina de Pop/Rock Favorita e o American Music Award de 2007 na categoria Artista Latino Favorito. Já vendeu mais de 55 milhões de discos em todo o mundo.
Os media também focalizam bastante a sua vida pessoal. Ela teve relacionamentos com Ojani Noa, Cris Judd, Sean Combs, Ben Affleck e Marc Anthony, com quem se casou em junho de 2004 e de quem teve os gémeos Max e Emme. Em 15 de julho de 2011, Lopez anunciou o seu divórcio, após um casamento de sete anos.
 
 

Simón Bolívar nasceu há 230 anos

Simón José Antonio de la Santísima Trinidad Bolívar y Palacios (Caracas, 24 de julho de 1783Santa Marta, 17 de dezembro de 1830), comumente conhecido como Simón Bolívar ou Simão Bolívar, foi um militar e líder político venezuelano. Junto a José de San Martín, foi uma das peças chave nas guerras de independência da América Espanhola do Império Espanhol.
Após o triunfo da Monarquia Espanhola, Bolívar participou da fundação da primeira união de nações independentes na América Latina, nomeada Grã-Colômbia, na qual foi Presidente de 1819 a 1830.
Simón Bolívar é considerado na América Latina como um herói, visionário, revolucionário, e libertador. Durante seu curto tempo de vida, liderou a Bolívia, a Colômbia, Equador, Panamá, Peru e Venezuela à independência, e ajudou a lançar bases ideológicas democráticas na maioria da América Hispânica. Por essa razão, é referido por alguns historiadores como "George Washington da América do Sul".
De origem aristocrata, Simón Bolívar nasceu em Caracas, Venezuela, filho de Juan Vicentino Bolívar y Ponte e de María de la Concepción Palacios y Blanco. Teve quatro irmãos: Angela, Juliana, Rita e María Bolívar, esta última falecida poucas horas após nascida.
O pai de Simón faleceu quando este tinha apenas três anos, em 1786. A sua mãe morre em 6 de julho de 1792. O menino foi então levado para a casa do avô materno, e, depois da morte deste, para a casa do tio, Carlos Palacios.
Aos doze anos Simón fugiu da casa do tio para a casa de sua irmã María Antonia, por quem sentia uma maior ligação afectiva. Em consequência do seu ato, passou alguns meses na casa do pedagogo Simón Rodríguez, por quem foi muito influenciado e com quem manteve uma relação de amizade até ao fim dos seus dias. Teve ainda outros tutores, entre os quais o humanista Andrés Bello.
Em janeiro de 1797 ingressou como cadete no Batalhão de Milícias de Blancos de los Valles de Aragua (do qual o seu pai tinha sido Coronel), onde se destacou pelo seu desempenho.
Em 1799 viajou para a Espanha com o propósito de aprofundar os seus estudos. Em Madrid ampliou os seus conhecimentos de História, Literatura, Matemática e aprendeu a língua francesa. Na capital espanhola casou-se com María Teresa Rodríguez del Toro y Alaysa (em 26 de maio de 1802) mas, de regresso à Venezuela, María Teresa faleceu de febre amarela (1803). Bolívar voltou à Europa em 1804, passando de novo pela Espanha, antes de fixar residência em Paris.

No dia 14 de agosto de 1805, no Monte Sacro, em Roma, Simón Bolívar proclamou diante de Simón Rodríguez e do seu amigo Francisco Rodríguez del Toro que não descansaria enquanto não libertasse toda a América do domínio espanhol (Juramento do Monte Sacro). O local tinha grande valor simbólico uma vez que havia sido palco do protesto dos plebeus contra os aristocratas na Roma Antiga. Ainda na Itália escalou o Vesúvio na companhia de Humboldt e do físico Louis Joseph Gay-Lussac.
Em meados de 1806, Bolívar tomou conhecimento dos primeiros movimentos em favor da independência da Venezuela, protagonizados pelo general Francisco Miranda, decidindo que chegara a ocasião de regressar ao seu país natal.
Em janeiro de 1807 foi para Charleston nos Estados Unidos, vindo a visitar diversas cidades naquele país, como Washington, DC, Filadélfia, Boston e Nova Iorque.
Bolívar regressou à Venezuela ainda em 1807 e, quando Napoleão Bonaparte tornou o seu irmão José Bonaparte, rei de Espanha e das suas colónias em 1808, passou a participar nas Juntas de Resistência na América Espanhola.
A Junta de Caracas declarou a independência em 1810, e Bolívar foi enviado para a Inglaterra, numa missão diplomática.
De volta à Venezuela em 1811, em julho de 1812, o líder da Junta, Francisco de Miranda, rendeu-se às forças espanholas e Bolívar foi obrigado a fugir para Cartagena das Índias, onde redigiu o Manifesto de Cartagena.
Em 1813 liderou a invasão da Venezuela, entrando em Mérida em 23 de maio, sendo proclamado El Libertador ("libertador"). Caracas foi reconquistada a 6 de agosto, sendo proclamada a Segunda República Venezuelana. Bolívar passou então a comandar as forças nacionalistas da Colômbia, capturando Bogotá em 1814. Entretanto, após alguns revezes militares, Bolívar foi obrigado a fugir, em 1815, para a Jamaica onde pediu ajuda ao líder haitiano Alexander Sabes Petión. Aqui redigiu a Carta da Jamaica.
Em 1816, concedida essa ajuda, Bolívar regressou ao combate, desembarcando na Venezuela e capturando Angostura (atual Ciudad Bolívar).
Durante a libertação de Quito apaixonou-se pela revolucionária Manuela Sáenz, de quem se tornou amante, valendo-lhe o epíteto de Libertadora do Libertador. Em 1828 ela salvou-o de ser assassinado.
Em 1826, Bolívar tentou promover uma integração continental ao convocar o Congresso do Panamá. Compareceram apenas os representantes dos governos do México, da Federação Centro-Americana, da Grã-Colômbia (Colômbia, Equador e Venezuela) e do Peru. Era o princípio das Conferências Pan-americanas
(...)

Em 17 de dezembro de 1830, com a idade de quarenta e sete anos, Simón Bolívar morreu após uma batalha dolorosa contra a tuberculose, na Quinta de San Pedro Alejandrino em Santa Marta, Grande Colômbia (atual Colômbia). Em seu leito de morte, Bolívar pediu ao seu ajudante-de-campo, o general Daniel F. O'Leary para queimar o extenso arquivo remanescente de seus escritos, cartas e discursos. O'Leary desobedeceu a ordem e os seus escritos sobreviveram, proporcionando aos historiadores uma vasta riqueza de informações sobre o pensamento e a filosofia liberais de Bolívar, bem como detalhes de sua vida pessoal, como seu caso amoroso de longa data com Manuela Sáenz. Pouco antes de sua morte, em 1856, Sáenz enriqueceu esse acervo, dando a O'Leary suas cartas recebidas de Bolívar.

terça-feira, julho 23, 2013

Conselho para os nossos jovens leitores...

(imagem daqui)

Namora com uma rapariga que lê

Namora uma rapariga que lê. Namora uma rapariga que gaste o dinheiro dela em livros, em vez de roupas. Ela tem problemas de arrumação porque tem demasiados livros. Namora uma rapariga que tenha uma lista de livros que quer ler, que tenha um cartão da biblioteca desde os doze anos.Encontra uma rapariga que lê. Vais saber que é ela, porque anda sempre com um livro por ler dentro da mala. É aquela que percorre amorosamente as estantes da livraria, aquela que dá um grito imperceptível ao encontrar o livro que queria. Vês aquela miúda com ar estranho, cheirando as páginas de um livro velho, numa loja de livros em segunda mão? É a leitora. Nunca resistem a cheirar as páginas, especialmente quando ficam amarelas.
Ela é a rapariga que lê enquanto espera no café ao fundo da rua. Se espreitares a chávena, vês que a espuma do leite ainda paira por cima, porque ela já está absorta. Perdida num mundo feito pelo autor. Senta-te. Ela pode ver-te de relance, porque a maior parte das raparigas que lêem não gostam de ser interrompidas. Pergunta-lhe se está a gostar do livro.
Oferece-lhe outra chávena de café com leite.
Diz-lhe o que realmente pensas do Murakami. Descobre se ela foi além do primeiro capítulo da Irmandade. Entende que, se ela disser ter percebido o Ulisses de James Joyce, é só para soar inteligente. Pergunta-lhe se gosta da Alice ou se gostaria de ser a Alice.
É fácil namorar com uma rapariga que lê. Oferece-lhe livros no dia de anos, no Natal e em datas de aniversários. Oferece-lhe palavras como presente, em poemas, em canções. Oferece-lhe Neruda, Pound, Sexton, cummings. Deixa-a saber que tu percebes que as palavras são amor. Percebe que ela sabe a diferença entre os livros e a realidade – mas, caramba, ela vai tentar fazer com que a vida se pareça um pouco com o seu livro favorito. Se ela conseguir, a culpa não será tua.
Ela tem de arriscar, de alguma maneira.
Mente-lhe. Se ela compreender a sintaxe, vai perceber a tua necessidade de mentir. Atrás das palavras existem outras coisas: motivação, valor, nuance, diálogo. Nunca será o fim do mundo.
Desilude-a. Porque uma rapariga que lê compreende que falhar conduz sempre ao clímax. Porque essas raparigas sabem que todas as coisas chegam ao fim. Que podes sempre escrever uma sequela. Que podes começar outra vez e outra vez e continuar a ser o herói. Que na vida é suposto existir um vilão ou dois.
Porquê assustares-te com tudo o que não és? As raparigas que lêem sabem que as pessoas, tal como as personagens, evoluem. Excepto na saga Crepúsculo.
Se encontrares uma rapariga que leia, mantém-na perto de ti. Quando a vires acordada às duas da manhã, a chorar e a apertar um livro contra o peito, faz-lhe uma chávena de chá e abraça-a. Podes perdê-la por um par de horas, mas ela volta para ti. Falará como se as personagens do livro fossem reais, porque são mesmo, durante algum tempo.
Vais declarar-te num balão de ar quente. Ou durante um concerto de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente. Pelo Skype.
Vais sorrir tanto que te perguntarás por que é que o teu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito. Juntos, vão escrever a história das vossas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos ainda mais estranhos. Ela vai apresentar os vossos filhos ao Gato do Chapéu e a Aslam, talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos da vossa velhice e ela recitará Keats, num sussurro, enquanto tu sacodes a neve das tuas botas.
Namora uma rapariga que lê, porque tu mereces. Mereces uma rapariga que te pode dar a vida mais colorida que consegues imaginar. Se só lhe podes oferecer monotonia, horas requentadas e propostas mal cozinhadas, estás melhor sozinho. Mas se queres o mundo e os mundos que estão para além do mundo, então, namora uma rapariga que lê.

Ou, melhor ainda, namora uma rapariga que escreve.

Texto de Rosemary Urquico (roubado daqui)

Adeus, Amy Winehouse...

(imagem daqui)

Amy Winehouse, 2011

Ficou hoje a saber-se (e ouvi-o,
uma vez mais, num táxi)
que Amy morreu por excesso de álcool.

Apenas isso, Lady Night.
Este século, no fundo,
era estranhamente indócil.

E nenhuma voz sobrevive.


 

in Jukebox 3 (2012) - Manuel de Freitas

A Batalha da Cova da Piedade foi há 180 anos


 (imagem daqui)

A Batalha da Cova da Piedade foi travada no dia 23 de julho de 1833 entre as forças Realistas (miguelistas ou absolutistas) de Dom Miguel e as forças Constitucionais (ou Liberais) de Dom Pedro IV.
As tropas Liberais planeavam invadir Lisboa através da margem sul do Rio Tejo.
O choque entre os dois exércitos deu-se na localidade da Cova da Piedade, a poucos quilómetros de Cacilhas.
Após confronto inicial, o exército Liberal conseguiu avançar sobre os absolutistas forçando-os a bater em retirada para Lisboa, onde se refugiaram no Castelo de Almada.
No dia seguinte, o castelo foi capturado pelos liberais e o General Teles Jordão das forças absolutistas foi morto a golpes de sabre por um oficial liberal, sendo enterrado na praia com um braço de fora.
Esta vitória marcou o fim das esperanças dos Miguelistas de conter o avanço Liberal sobre a Capital, e foi decisiva para a ocupação de Lisboa bem como para o desfecho da Guerra Civil Portuguesa.
 

O mais brilhante cometa do século XX foi descoberto há 18 anos

Hale-Bopp, ou C/1995 O1, foi um dos maiores cometas observados no século XX e um dos mais brilhantes da segunda metade do século XX. Pôde ser contemplado a olho nu durante 18 meses, quase o dobro do tempo do grande cometa de 1811.
Foi descoberto a 23 de julho de 1995 a uma grande distância do Sol, criando-se desde logo uma grande expectativa de que este seria um cometa muito brilhante quando passasse perto da Terra. O brilho de um cometa é algo muito difícil de prever com exactidão, mas o Hale-Bopp superou todas as expectativas quando atingiu o periélio a 1 de abril de 1997. Foi denominado o Grande Cometa de 1997.
A sua passagem deu origem a alguma preocupação e receio por parte da população, uma vez não eram observados cometas com estas características havia várias décadas. Surgiram inclusive rumores de que uma grande nave extraterrestre estaria no seu encalço, o que levou a um suicídio em massa entre os seguidores da seita Heaven's Gate.

O cometa ganhou estatuto de grande cometa no início do ano de 1997

O cometa foi descoberto por dois observadores independentes, Alan Hale e Thomas Bopp, ambos nos EUA.
Alan Hale passara centenas de horas procurando novos cometas sem sucesso. Realizava uma busca sistemática por cometas conhecidos em Cloudcroft, Novo México, quando, no dia 23 de julho de 1995, descobriu um objecto brilhando a uma magnitude de 10,5, perto do enxame globular Messier 70, na constelação de Sagittarius, pouco depois da meia-noite. Hale, numa primeira análise, certificou-se que não existiria nenhum objecto de céu profundo perto de M70, tendo depois consultado um directório de cometas conhecidos, levando-o à conclusão de que nenhum objecto conhecido estaria nesta parte do céu. Uma vez confirmado que o objecto estava em movimento em relação às estrelas de fundo, enviou um e-mail para o Central Bureau for Astronomical Telegrams, a entidade responsável pela divulgação e confirmação de descobertas astronómicas.
Por sua vez, Thomas Bopp não possuía telescópio próprio. Durante uma confraternização com amigos, enquanto observava o céu com o telescópio de um deles, deparou-se com um objecto que parecia não estar catalogado nos seus atlas celestes. Quando confirmou que não existiam outros objectos de céu profundo nas proximidades de M70, contactou o Central Bureau for Astronomical Telegrams por telegrama. Na manhã seguinte, confirmou-se realmente tratar-se de um novo cometa, nomeado de Hale-Bopp, com a designação C/1995 O1. A descoberta foi anunciada pela Circular IAU 6187 da União Astronómica Internacional.