terça-feira, maio 30, 2023
Marie Fredriksson, a precocemente desaparecida vocalista dos Roxette, nasceu há 65 anos...
Postado por Fernando Martins às 00:06 0 bocas
Marcadores: blues-rock, dance, It Must Have Been Love, Marie Fredriksson, música, pop, Roxette, soft rock, Suécia
segunda-feira, maio 29, 2023
A música portuguesa está mais pobre - morreu Elísio Donas, o teclista dos Ornatos Violeta...
Morreu Elísio Donas, o teclista dos Ornatos Violeta
O músico nasceu em 1974 e integrou a banda de rock nos anos 90. Alguns dos álbuns com mais destaque são "Cão", de 1997, e "O monstro precisa de amigos", de 1999.
Elísio é conhecido pela presença em palco e fascínio pela música. Os Ornatos Violeta estiveram sem atuar durante alguns anos e regressaram aos palcos em 2012.
Postado por Fernando Martins às 20:55 0 bocas
Marcadores: Chaga, Elísio Donas, Funk rock, jazz fusion, Ornatos Violeta, Rock alternativo
Poema adequado à data...
1.
Cho Oyo
Dhaulagiri
Evereste
Gasherbrum II
Gasherbrum I
Lhotse
Kangchenjunga
Sishma Pangma
K 2
Makalu
Broad Peak
Manaslu
Nanga Parbat
Annapurna
...
2.
Quando chegares ao cimo da montanha
continua a subir
in O Novíssimo Testamento e outros poemas (2012) - Jorge Sousa Braga
Postado por Pedro Luna às 19:53 0 bocas
Marcadores: alpinismo, Everest, Jorge Sousa Braga, Monte Everest, poesia
Isaac Albéniz nasceu há 163 anos
Isaac Albéniz (Camprodón, 29 de maio de 1860 - Cambo-les-Bains, 18 de maio de 1909) foi um compositor, pianista e dramaturgo espanhol.
(...)
Postado por Fernando Martins às 16:30 0 bocas
Marcadores: Espanha, Isaac Albéniz, música, Ópera, piano, Rumores de la Caleta
Doc Watson morreu há onze anos...
Gary Brooker, o vocalista dos Procol Harum, nasceu há 78 anos
Postado por Fernando Martins às 07:08 0 bocas
Marcadores: A whiter shade of pale, Gary Brooker, hard rock, jazz, Procol Harum, Rock and Roll, Rock Progressivo
Yazalde nasceu há 77 anos
Postado por Fernando Martins às 07:07 0 bocas
Marcadores: Argentina, Bota de Ouro, Sporting Clube de Portugal, Yazalde
Juan Ramón Jiménez morreu há 65 anos...
Ainda que mais velho que os poetas de 1927 e pertencente a uma geração anterior de poetas, Jiménez uniu-se aos autores da dita vanguarda espanhola, sendo considerado um mestre de muitos deles, como Jorge Guillén.
Sua obra começa oficialmente em 1908 com influências de Gustavo Adolfo Bécquer, do Simbolismo francês, do Decadentismo de Walter Pater e do Modernismo castelhano de Rubén Darío; sua obra mais popular desta fase, na Espanha, no entanto, é "Platero y yo", de 1914, um livro de poesia em prosa.
A partir de 1916, Jiménez passa por uma mudança na sua produção poética, sofrendo influência de poetas de língua inglesa, como William Blake, Emily Dickinson, Yeats e Shelley, se unindo a um grupo de pensadores e artistas espanhóis que é classificado como "Novecentismo", uma geração pré-vanguardista. Desta fase, o livro mais importante e inovador é "Diario de un poeta recién-casado", de 1916, aquele que na sua obra o aproximaria da vanguarda de língua espanhola. A partir de 1919, com "Piedra y cielo" o poeta passa a explorar o tema da criação poética como atividade, o poema como uma obra de arte e o poeta como um deus-criador de um universo novo, ideias centrais do criacionismo de Vicente Huidobro.
A partir de 1937, o poeta entra em uma nova fase, com seu exílio, na qual se torna místico e passa a buscar por Deus, um período que culmina com a morte de sua esposa, depressão profunda do autor e sua morte, três anos após a morte da esposa.
Encontra-se sepultado no Cemitério de Jesus, Moguer, Andaluzia na Espanha.con el hombre,
en cuanto que hombre.
Con dedos de mujer, digo:
Teresa, Juan, mostradme el camino.
Porque soy un hombre,
entre hombres,
con más hombres,
y más y más hombres.
Silvia me acompaña.
Y me sigue allá a donde voy.
Porque es un hombre.
Y el hombre, con el hombre,
y con muchos más hombres,
llega a ser hombre.
El hombre.
Juan Ramón Jiménez
Postado por Fernando Martins às 06:50 0 bocas
Marcadores: Espanha, Juan Ramón Jiménez, literatura, Platero y yo, poesia, Prémio Nobel
A Batalha de Trancoso foi há 638 anos
Postado por Fernando Martins às 06:38 0 bocas
Marcadores: Batalha de Trancoso, crise de 1383-1385, dinastia de Avis, interregno
Bartolomeu Dias morreu há 523 anos
Decidiram, então, ir para o norte, onde acharam diversos portos. Ao encontrar a foz de um rio, que batizaram de rio do Infante, a tripulação obrigou o capitão a voltar. Era o final de janeiro e início de fevereiro de 1488.
Bartolomeu Dias deu-se conta então que passara pelo extremo sul da África, o cabo que, por conta da tempestade, ele havia chamado de cabo das Tormentas. O rei D. João II viu a novidade com outros olhos e mandou mudar o nome para Boa Esperança. Afinal, uma expedição portuguesa provara que havia um caminho alternativo para o comércio com o Oriente.
A primeira representação cartográfica das zonas exploradas por Bartolomeu Dias é o planisfério de Henricus Martellus. Em 1652, o mercador holandês Jan van Riebeeck fundaria um posto comercial na região que, mais tarde, se tornaria a Cidade do Cabo.
Bartolomeu Dias voltou ao mar em 1500, ao comando de um dos navios da frota de Pedro Álvares Cabral. Depois de passar pelas costas brasileiras, a caminho da Índia, Bartolomeu Dias morreu quando a sua caravela naufragou, ironicamente, no cabo da Boa Esperança.
Eu não cheguei ao fim.
Dobrei o Cabo, mas havia em mim
Um herói sem remate.
Quando os loiros da fama me sorriam,
Aceitei o debate
Do meu destino de predestinado
Com singelos destinos que teriam
Um futuro apagado,
Fosse qual fosse a glória prometida.
E sempre que uma nau enfrenta o mar e o teme,
E regressa vencida,
Sou eu que venho ao leme
Com a Índia perdida.
in Poemas Ibéricos (1965) - Miguel Torga
Postado por Fernando Martins às 05:23 0 bocas
Marcadores: Bartolomeu Dias, cabo da Boa Esperança, D. João II, descobrimentos, Miguel Torga, poesia
Noel Gallagher - 56 anos
Postado por Fernando Martins às 05:06 0 bocas
Marcadores: britpop, Don’t Look Back In Anger, guitarra, música, Noel Gallagher, Oasis, Reino Unido, Rock
Xavier Rudd nasceu há 45 anos...!
Vida
Xavier Rudd nasceu em 1978, cresceu em Torquay, Victoria, e frequentou o Colégio St. Joseph's, Geelong. Rudd mostrou um forte interesse pela música desde cedo. Antes de sua carreira solo ele começou a tocar como parte da banda Xavier and the Hum. Ele buscou inspiração em artistas tais como , Ben Harper, Natalie Merchant e o multi-instrumentalista David Lindley, bem como músicas de diversas fontes, tais como havaianas e músicas nativo americanas. Xavier tem dois filhos, Joaquin and Finojet, e ele diz que leva consigo uma meia do filho Joaquin durante os períodos de turnês. Rudd é um vegetariano e ganhou o prémio PETA's annual "World's Sexiest Vegetarian Celebrity" em 2007. Xavier também recebeu o prémio Paul Watson Sea Shepherds Rock the Boat. Rudd tem uma empresa de gestão, Thompson Management, e a sua sede está localizada em Vancouver.
Música
Rudd é uma banda de um homem só, o qual toca cercado de instrumentos em uma ordem complicada. Tipicamente, ele tem três didgeridoos localizados na sua frente em pé, uma guitarra em seu colo, um pedal stompbox nos seus habituais pés descalços, e uma seleção de baterias, banjos, gaitas, sinos e contrabaixos, perto de suas mãos ou perto de seus pés dependendo do caso. Várias canções de Rudd incorporam temas de consciência social, tais como a espiritualidade, humanidade, ambientalismo e direitos dos povos aborígenes. As suas canções incluem histórias de maus tratos dos povos indígenas de sua terra natal. Rudd tende a tocar o didgeridoo em muitas de suas canções. Em algumas de suas músicas, ele incluiu vocais aborígenes da Austrália e artistas canadianos.
Postado por Fernando Martins às 04:50 0 bocas
Marcadores: aborígenes, Austrália, Canadá, didgeridoo, Follow The Sun, música, Xavier Rudd
Saudades de Max...
Postado por Pedro Luna às 04:30 0 bocas
Marcadores: A mula da cooperativa, Fado, Humor, Madeira, Max, música, Teatro de Revista
Jeff Buckley morreu há 26 anos...
Jeffrey Scott Buckley (Anaheim, 17 de novembro de 1966 - Memphis, 29 de maio de 1997) foi um cantor, compositor e guitarrista norte-americano. Conhecido pelos seus dotes vocais, Buckley foi considerado pelos críticos umas das mais promissoras revelações musicais da sua época. Entretanto, Buckley morreu afogado enquanto nadava no rio Wolf, afluente do Rio Mississipi, em 1997. O seu trabalho e seu estilo único continuam sendo admirados por fãs, artistas e músicos no mundo todo.
Postado por Fernando Martins às 02:06 0 bocas
Marcadores: blues, folk rock, gospel, Hallelujah, Jeff Buckley, música, Rock alternativo, soul
Alfonsina Storni nasceu há 131 anos...
Tú me dijiste: no lloró mi padre;
tú me dijiste: no lloró ni abuelo;
no han llorado los hombres de mi raza,
eran de acero.
Así diciendo te brotó una lágrima
y me cayó en la boca... más veneno.
Yo no he bebido nunca en otro vaso
así pequeño.
Débil mujer, pobre mujer que entiende
dolor de siglos conocí al beberlo:
¡Oh, el alma mía soportar no puede
todo su peso!
Postado por Fernando Martins às 01:31 0 bocas
Marcadores: Alfonsina Storni, Argentina, castelhano, poesia
Bob Hope nasceu há cento e vinte anos
Mily Balakirev morreu há 113 anos
Postado por Fernando Martins às 01:13 0 bocas
Marcadores: Balakirev, Grupo dos Cinco, Islamey, Mily Balakirev, música, romantismo, Rússia
JFK nasceu há 106 anos
Postado por Fernando Martins às 01:06 0 bocas
Marcadores: assassinato, JFK, John Fitzgerald Kennedy, Kennedy, Presidente dos EUA
O eclipse que comprovou a Teoria da Relatividade foi há 104 anos
Postado por Fernando Martins às 01:04 0 bocas
Marcadores: Albert Einstein, Arthur Eddington, eclipse, ilha de Príncipe, São Tomé e Príncipe, Teoria da Relatividade
A queda de Constantinopla foi há 570 anos...
Em 1451, Murad II morreu, sendo sucedido por seu jovem filho Maomé II (ou Mahmed II). Inicialmente, Maomé prometera não violar o território bizantino. Isto aumentou a confiança de Constantino que, no mesmo ano se sentiu seguro o suficiente para exigir o pagamento de uma anuidade para a manutenção de um obscuro príncipe otomano, mantido como refém, em Constantinopla. Furioso mais pelo ultraje do que pela ameaça a seu parente em si, Maomé II ordenou os preparativos para um cerco total à capital bizantina.
Dias mais depressivos eles tiveram antes, no momento em que a grande bombarda turca (chamada de Grã Bombarda) um monstro de bronze e de oito metros de comprimento e de sete toneladas, que os sitiantes trouxeram de longe, arrastado por 60 bois e auxiliado por um contingente de 200 homens (ele era dividido ao meio para melhor facilitação do transporte), começara a despejar balas de 550 quilos contra as portas e as muralhas da cidade. Parecia um raio atirado dos céus para vir arrasar com as expectativas de salvação dos cristãos. Pela frente os turcos invasores tinham uma linha de 22 km de muralhas e 96 torres bem fortificadas ainda por vencer, mas para os cristãos era pior, pois somente viam a sombra da foice da morte.
Os dois lados se prepararam para a guerra. Os bizantinos, agora com a simpatia das nações católicas, enviaram mensageiros às nações ocidentais implorando por reforços, e conseguindo promessas. Três navios genoveses contratados pelo Papa estavam a caminho com armas e provisões. O Papa ainda havia enviado o cardeal Isidro, com 300 arqueiros napolitanos para sua guarda pessoal. Os venezianos enviaram em meados de 1453 um reforço de 800 soldados e 15 navios com suprimentos, enquanto os cidadãos venezianos residentes em Constantinopla aceitaram participar das defesas da cidade. A capital bizantina ainda recebeu reforços dos cidadãos de Pera (atual Beyoğlu) e genoveses renegados, entre os quais Giovanni Giustiniani Longo, que se encarregaria das defesas da muralha leste, e 700 soldados. Tonéis de fogo grego, armas de fogo, e todos os homens e jovens capazes de empunhar uma espada e um arco foram reunidos. Entretanto, as forças bizantinas provavelmente não chegavam a 7 mil soldados e 26 navios de guerra ancorados no Corno de Ouro.
Os otomanos, por sua vez, iniciaram o cerco construindo rapidamente uma fortaleza 10 km ao norte de Constantinopla. Maomé II sabia que os cercos anteriores haviam fracassado porque a cidade recebia suprimentos pelo mar, então tratou de bloquear as duas entradas do mar de Mármara, com uma fortaleza armada com 3 canhões no ponto mais estreito do Bósforo, e pelo menos 125 navios ocupando Dardanelos, o mar de Mármara e o oeste do Bósforo.
Maomé ainda reuniu um exército estimado em 100 mil soldados, 80 mil dos quais soldados turcos profissionais - os demais recrutas capturados em campanhas anteriores, mercenários, aventureiros e renegados cristãos, que seriam usados para os ataques diretos. Cerca de 5.000 desses soldados eram janízaros, a elite do exército otomano. No início de 1452, um engenheiro de artilharia húngaro chamado Urbano ofereceu seus serviços ao Sultão. Maomé o fez responsável pela instalação dos canhões em sua fortaleza.
O cerco começou oficialmente em 6 de abril de 1453, quando o grande canhão disparou o primeiro tiro em direção ao vale do Rio Lico, que penetrava em Constantinopla por uma depressão sob a muralha que possibilitava o posicionamento da bombarda em uma parte mais alta. A muralha, até então imbatível naquele ponto, não havia sido construída para suportar ataques de canhões, e em menos de uma semana começou a ceder. Todos os dias, ao anoitecer, os bizantinos se esgueiravam para fora da cidade para reparar os danos causados pelo canhão com sacos e barris de areia, pedras estilhaçadas da própria muralha e paliçadas de madeira. Os otomanos evitaram o ataque pela costa, pois as muralhas eram reforçadas por torres com canhões e artilheiros que poderiam destruir toda a frota em pouco tempo. Por isso, o ataque inicial se restringiu a apenas uma frente, o que possibilitou tempo e mão de obra suficientes aos bizantinos para suportarem o assédio.
No início do cerco, os bizantinos conseguiram duas vitórias animadoras. Em 12 de abril, o almirante búlgaro Suleimã Baltoghlu, a serviço do sultão, foi repelido pela armada bizantina ao tentar forçar a passagem pelo Corno de Ouro. Seis dias depois, o sultão Maomé II tentou um ataque à muralha danificada no vale do Licos, mas foi derrotado por um contingente bem menor, mas mais bem armado de bizantinos, sob o comando de Giustiniani.
Em 20 de abril os bizantinos avistaram os navios enviados pelo Papa, mais um outro navio grego com grãos da Sicília, que atravessaram o bloqueio de Dardanelos quando o Sultão deslocou seus navios para o mar de Mármara. Baltoghlu tentou intercetar os navios cristãos, mas viu a sua frota ser destruída por ataques de fogo grego despejado sobre suas embarcações. Os navios chegaram com êxito ao Corno de Ouro, e Baltoghlu foi humilhado publicamente pelo Sultão e dispensado.
Em 22 de abril, o sultão aplicou um golpe estratégico nas defesas bizantinas. Impossibilitados de atravessar a corrente que fechava o Corno de Ouro, o sultão ordenou a construção de uma estrada de rolagem ao norte de Pera, por onde os seus navios poderiam ser puxados por terra, contornando a barreira. Com os navios posicionados em uma nova frente, os bizantinos logo não teriam recursos para reparar suas muralhas. Sem escolha, os bizantinos se viram forçados a contra-atacar, e em 28 de abril tentaram um ataque surpresa aos turcos no Corno de Ouro, mas foram descobertos por espiões e executados. Os bizantinos então decapitaram 260 turcos cativos e arremessaram os seus corpos sobre as muralhas do porto.
Bombardeados diariamente em duas frentes, os bizantinos raramente eram atacados pelos soldados turcos. Em 7 de maio o Sultão tentou um novo ataque ao vale do Lico, mas foi novamente repelido. No final do dia, os otomanos começaram a mover uma grande torre de assédio, mas durante a noite soldados bizantinos conseguiram destruí-la antes que fosse usada. Os turcos também tentaram abrir túneis por baixo das muralhas, mas os gregos cavavam do lado interno e atacavam de surpresa com fogo ou água.
A mão de obra estava sobrecarregada, os soldados cansados e os recursos escasseando, e o próprio Constantino XI coordenava as defesas, inspecionava as muralhas e reanimava as tropas por toda a cidade.
A resistência de Constantinopla começou a ruir frente ao desânimo causado por uma série de maus presságios. Na noite de 24 de maio houve um eclipse lunar, relembrando aos bizantinos uma antiga profecia de que a cidade só resistiria enquanto a lua brilhasse no céu. No dia seguinte, durante uma procissão, um dos ícones da Virgem Maria caiu no chão. Logo em seguida, uma tempestade de chuva e granizo inundou as ruas. Os navios prometidos pelos venezianos ainda não haviam chegado e a resistência da cidade estava no seu limite.
Ao mesmo tempo, os turcos enfrentavam problemas. O custo para sustentar um exército de 100 mil homens era muito grande, e oficiais comentavam da ineficiência das estratégias do Sultão até então. Maomé II se viu obrigado a lançar um ultimato a Constantinopla: os turcos poupariam as vidas dos cristãos se o imperador Constantino XI entregasse a cidade. Como alternativa, prometeu levantar o cerco se Constantino pagasse um pesado tributo. Com os tesouros vazios desde o saque feito pela Quarta Cruzada, Constantino foi obrigado a recusar a oferta, e Maomé lançou um ataque rápido e decisivo.
Ataque final
Maomé II ordenou que as tropas descansassem no dia 28 de maio para se prepararem para o assalto final no dia seguinte. Pela primeira vez em quase dois meses não se ouviu o barulho dos canhões e das tropas em movimento. Para quebrar o silêncio e levantar o moral para o momento decisivo, todas as igrejas de Constantinopla tocaram seus sinos por todo o dia.
Durante a madrugada do dia 29 de maio de 1453, Maomé lançou um ataque total às muralhas, composto principalmente por mercenários e prisioneiros, concentrando o ataque no vale do Lico. Por duas horas, o contingente superior de mercenários europeus foi repelido pelos soldados bizantinos sob o comando de Giovanni Giustiniani Longo, providos de melhores armas e armaduras e protegidos pelas muralhas. Mas com as tropas cansadas, teriam agora que enfrentar o exército regular de 80 mil turcos.
O exército turco atacou por mais duas horas, sem vencer a resistência bizantina. Então abriram espaço para o grande canhão, que abriu uma brecha na muralha por onde os turcos concentraram seu ataque. Constantino XI em pessoa coordenou uma cadeia humana que manteve os turcos ocupados enquanto a muralha era consertada. O Sultão então lançou mão dos janízaros, que escalavam a muralha com escadas. Mas após mais uma hora de combates, os janízaros ainda não haviam conseguido entrar na cidade.
Com os ataques concentrados no vale do Lico, os bizantinos cometeram a desatenção de deixar o portão da muralha noroeste semi-aberto. Um destacamento otomano penetrou por ali e invadiu o espaço entre as muralhas interna e externa. Neste momento, o comandante Giustiniani fora ferido e havia sido retirado às pressas para um navio. Sem a sua liderança, os soldados gregos lutaram desordenadamente contra os disciplinados turcos. Diz-se que no último momento, o imperador Constantino XI desembainhou a espada e partiu para a luta - nunca mais foi visto.
Giustiniani também viria a morrer mais tarde em virtude dos ferimentos na ilha grega de Quios, onde encontrava-se ancorada a prometida esquadra veneziana à espera de ventos favoráveis.
Desesperados, os sobreviventes correram para suas casas a fim de salvar suas famílias. Muitos fugiram em navios, quando os marinheiros turcos viram que a cidade caíra e poderiam aproveitar para participar do saque. Os turcos saquearam e mataram o quanto puderam. A Catedral de Santa Sofia (hoje conhecida como Hagia Sophia), o coração de todo o cristianismo ortodoxo, viu-se repleta de refugiados à espera de um milagre que não aconteceu: os clérigos foram mortos e as freiras capturadas. Maomé II entrou na cidade à tarde em desfile triunfal e ordenou que a catedral fosse consagrada como mesquita. Talvez por ter considerado a cidade por demais destruída, o sultão ordenou o fim dos saques e da destruição no mesmo dia (contrariando a promessa de 3 dias de saques que fizera antes da guerra). Terminou com 50 mil presos, entre os quais soldados, clérigos e ministros. Este contingente bizantino recebeu autorização para viver na cidade sob a autoridade de um novo patriarca, Genádio, designado pelo próprio sultão para se assegurar de que não haveria revoltas.
Caía finalmente, depois de mais de dez séculos, a maçã de prata ou simplesmente Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente.
Postado por Fernando Martins às 00:57 0 bocas
Marcadores: Constantino XI, Constantinopla, Idade Média, Imperador, Império Otomano, Império Romano do Oriente, Maomé II, Turquia