Eleições gerais de 1994 400 membros da Assembleia Nacional | |||||||||||
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26-29 de abril de 1994 | |||||||||||
Tipo de eleição: | Eleição geral | ||||||||||
Cargos a eleger: | Presidente da África do Sul (1994-1999) | ||||||||||
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Nelson Mandela - ANC | |||||||||||
Votos: | 12 237 655 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 252 | ||||||||||
62.65% | |||||||||||
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FW de Klerk - NP | |||||||||||
Votos: | 3 983 690 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 82 | ||||||||||
20.39% | |||||||||||
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Constand Viljoen - VF Plus | |||||||||||
Votos: | 424 555 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 9 | ||||||||||
2.17% |
O dia 27 de abril é o “Dia da Liberdade” para os sul-africanos. A data marcou a primeira eleição (em 1994) que não foi determinada pelas regras do apartheid (regime de segregação racial oficializado pelo governo da África do Sul) desde 1948.
Até então, a cor restringia a participação nas eleições de tal modo
que, de uma população de quase 28 milhões, apenas 3 milhões eram
eleitores. A eleição de 1994, sem restrições raciais, (para as
assembleias regionais e para a assembleia nacional do país) foi possível
em função das negociações de paz que envolveram toda a sociedade
sul-africana após a libertação de Nelson Mandela, em 1990. O partido do mais famoso dissidente político do mundo, Congresso Nacional Africano, foi o grande vencedor do pleito, o que garantiu a eleição de Mandela para a presidência da República.
A eleição foi organizada pela Comissão Eleitoral Independente, formada
por representantes de diversos setores da sociedade sul-africana e
presidida pelo líder do principal tribunal do país. A Comissão enfrentou
uma série de problemas, a ponto de relatório do Departamento de Estado
dos EUA ter considerado sua tarefa um “pesadelo logístico”.
Os eleitores não estavam registados em qualquer banco de dados
específico. O documento exigido era o de identidade, e os membros das mesas foram
instruídos para flexibilizar soluções para os casos mais complicados. A
eleição decorreu ao longo de seis dias, e, como o eleitor podia votar
em qualquer mesa, alguns locais tiveram filas cujo tamanho alcançaram a
marca dos quilómetros. Ao largo de todos estes problemas, os
observadores internacionais, vinculados tanto à ONU quanto à União Europeia, afiançaram a credibilidade do pleito, que marcou uma nova era na política sul-africana.
Os votos válidos chegaram a 19.726.579, e os dois partidos mais
votados para a Assembleia Nacional foram o Congresso Nacional Africano,
com 12.237.655 votos (62.65% e 252 deputados), o Partido Nacional, com
3.983.690 de votos (20.39% e 82 deputados).
Partido | Votos | % | Deputados | |
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Congresso Nacional Africano | 12 237 655 | 62,65 / 100,00 |
252 / 400 |
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Partido Nacional | 3 983 690 | 20,39 / 100,00 |
82 / 400 |
|
Partido da Liberdade Inkatha | 2 058 294 | 10,54 / 100,00 |
43 / 400 |
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Frente da Liberdade | 424 555 | 2,17 / 100,00 |
9 / 400 |
|
Partido Democrático | 338 426 | 1,73 / 100,00 |
7 / 400 |
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Congresso Pan-Africano | 243 478 | 1,25 / 100,00 |
5 / 400 |
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Partido Democrata Cristão Africano | 88 104 | 0,45 / 100,00 |
2 / 400 |
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Outros | 159 296 | 0,81 / 100,00 |
0 / 400 |
Votos Inválidos | 193 112 | 0,98 / 100,00 |
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Total | 19 726 610 | 100,00 / 100,00 |
400 / 400 | |
Eleitorado/Participação | 22 709 152 | 86,87 / 100,00 |
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