quinta-feira, outubro 27, 2022

John Cleese faz hoje 83 anos

 
John Marwood Cleese (Weston-super-Mare, Somerset, 27 de outubro de 1939) é um comediante e ator britânico nascido na Inglaterra.
  
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Monty Python
Várias circunstâncias juntaram em 1969 John Cleese a Graham Chapman, Eric Idle, Michael Palin, Terry Gilliam e Terry Jones para formarem o grupo Monty Python e o seu programa de humor, Monty Python Flying Circus que teve 4 temporadas. No programa, Cleese representava maioritariamente personagens sérias e autoritárias como anunciadores, apresentadores de TV e oficiais do governo. As suas personagens mais memoráveis são talvez o homem queixoso no sketche do Dead Parrot e o ministro dos passos tolos. A partir da segunda temporada, era sempre a personagem do anunciador da BBC de Cleese que dava início ao programa com a frase lendária, “And now for something completly different.”
Em conjunto com as animações de Gilliam, o trabalho de Cleese com Graham Chapman davam ao programa os seus momentos mais negros e irados.
Ao contrário de Michael Palin e Terry Jones, Cleese e Chapman escreviam juntos, na mesma sala. John afirma que o seu processo de escrita consistia nele próprio com um papel e caneta a fazer a maioria do trabalho sozinho, com Graham sentado sem falar durante muito tempo e depois, subitamente, surgir com uma ideia que levava os sketches para outro nível. O exemplo mais citado é o do sketch do Dead Parrot, originalmente o homem reclamava de uma torradeira avariada, mas foi Chapman que deu a ideia de um papagaio morto.
O seu humor envolvia frequentemente pessoas normais, em ambientes comuns, a comportarem-se forma absurda sem qualquer razão aparente. O aspeto de Cleese com a sua altura considerável e o seu sotaque de classe média faziam-no convincente quando representava papéis autoritários, que depois rebaixava. Muitas das suas personagens tinham uma espécie de loucura armazenada, mas mantinham-se inabaláveis enquanto se comportavam de forma incomum.
Chapman e Cleese também se especializaram em sketches onde as personagens têm uma discussão com argumentos bastante articulados sobre assuntos comuns, como em “Cheese Shop”, “Dead Parrot” ou “The Argument Sketch”. Todos estes sketches foram feitos com Michael Palin (que Cleese considera ser o seu Python preferido para trabalhar) o que evidencia um contraste com as personagens comuns e inofensivas que este representava.
Apesar de o programa ter durado quatro temporadas, no principio da terceira, Cleese estava a ficar farto de lidar com os problemas de alcoolismo de Chapman. John também começou a sentir que a escrita do programa tinha perdido qualidade e se estava a começar a repetir. Assim, decidiu abandonar o grupo e seguir em frente com projetos individuais. Apesar de ainda ter ficado para a terceira temporada, a quarta já não contou com ele. No entanto ele continuou a sua amizade com o grupo e voltou a juntar-se aos Monty Python várias vezes, incluindo os filmes Monty Python and the Holy Grail, Life of Brian e The Meaning Of Life, para além de vários programas ao vivo e especiais do grupo.
   

Mauricio de Sousa faz hoje 87 anos

Mauricio de Sousa na 17ª Bienal do Livro, em 2015

   

Mauricio Araújo de Sousa (Santa Isabel, 27 de outubro de 1935) é um cartunista, empresário e escritor brasileiro. É um dos mais famosos cartunistas do Brasil, criador da Turma da Mônica e membro da Academia Paulista de Letras


in Wikipédia

Egas Moniz recebeu o Prémio Nobel de Fisiologia há 73 anos

  
António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz (Estarreja, Avanca, 29 de novembro de 1874 - Lisboa, 13 de dezembro de 1955) foi um médico, neurologista, investigador, professor, político e escritor português.
Foi galardoado com o Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1949, partilhado com Walter Rudolf Hess.

Nascido António Caetano de Abreu Freire de Resende, no seio de uma família aristocrata rural, a dos Viscondes de Baçar, o seu tio e padrinho, o padre Caetano de Pina Resende Abreu e Sá Freire, insistiria para que ao apelido (sobrenome) fosse adicionado Egas Moniz, em virtude de a família de Resende descender em linha direta de Egas Moniz, o aio de Dom Afonso Henriques.

Completou a instrução primária na Escola do Padre José Ramos, em Pardilhó, e o Curso Liceal no Colégio de S. Fiel, dos Jesuítas, em Louriçal do Campo, concelho de Castelo Branco. Formou-se em Medicina na Universidade de Coimbra, onde começou por ser lente substituto, lecionando anatomia e fisiologia. Em 1911 foi transferido para a recém-criada Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa onde foi ocupar a cátedra de neurologia como professor catedrático. Reformou-se em fevereiro de 1944.
Em 1950 é fundado, no Hospital Júlio de Matos, o Centro de Estudos Egas Moniz, do qual é presidente. O Centro de Estudos é, em 1957, transferido para o serviço de Neurologia do Hospital de Santa Maria onde existe ainda hoje compreendendo, entre outros, o Museu Egas Moniz (onde se encontra uma restituição do seu gabinete de trabalho com as peças originais, vários manuscritos, entre outros).
Egas Moniz contribuiu decisivamente para o desenvolvimento da medicina ao conseguir pela primeira vez dar visibilidade às artérias do cérebro. A Angiografia Cerebral, que descobriu após longas experiências com raios X, tornou possível localizar neoplasias, aneurismas, hemorragias e outras mal-formações no cérebro humano e abriu novos caminhos para a cirurgia cerebral.
As suas descobertas clínicas foram reconhecidas pelos grandes neurologistas da época, que admiravam a acuidade das suas análises e observações.
A 5 de outubro de 1928 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem de Benemerência e a 3 de março de 1945 com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.

Atividade política
Egas Moniz teve também papel ativo na vida política. Foi fundador do Partido Republicano Centrista, dissidência do Partido Evolucionista; apoiou o breve regime de Sidónio Pais, durante o qual exerceu as funções de Embaixador de Portugal em Madrid (1917) e Ministro dos Negócios Estrangeiros (1918); viu entretanto o seu partido fundir-se com o Partido Sidonista. Foi ainda um notável escritor e autor de uma notável obra literária, de onde se destacam as obras "A nossa casa" e "Confidências de um investigador científico".
Faleceu em Lisboa, a 13 de dezembro de 1955.
  
Atividade científica
Como investigador, Egas Moniz, contando com a preciosa colaboração de Pedro Almeida Lima, gizou duas técnicas: a leucotomia pré-frontal e a angiografia cerebral.

Prémio Nobel
António Egas Moniz foi proposto cinco vezes (1928, 1933, 1937, 1944 e 1949) ao Nobel de Fisiologia ou Medicina, sendo galardoado em 1949. A primeira delas acontece alguns meses depois de ter publicado o primeiro artigo sobre a encefalografia arterial e, subsequentemente, ter feito, no Hospital de Necker, em Paris, uma demonstração da técnica encefalográfica. Este imediatismo não era uma coisa absolutamente ridícula pois, na verdade, «a vontade de Alfred Nobel era precisamente a de galardoar trabalhos desenvolvidos no ano anterior ao da atribuição do Prémio».
A técnica desenvolvida por Egas Moniz, a operação ao cérebro denominada lobotomia, após forte controvérsia deixou de ser praticada na década de 60. Familiares de pacientes que sofreram aquela intervenção cirúrgica exigiram que fosse anulada a atribuição do Prémio Nobel feita a Egas Moniz.
  

Lula da Silva faz hoje 77 anos

  
Luiz Inácio Lula da Silva, nascido Luiz Inácio da Silva (Luís, na ortografia oficial) e mais conhecido como Lula (Caetés, 27 de outubro de 1945), é um político, ex-sindicalista e ex-metalúrgico brasileiro, principal fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) e o 35º presidente do Brasil, tendo exercido o cargo de 1 de janeiro de 2003 a 1 de janeiro de 2011. 

      

in Wikipédia

Simon Le Bon, vocalista dos Duran Duran, faz hoje 64 anos

      
Simon John Charles Le Bon (Bushey, 27 de outubro de 1958) é um cantor e compositor inglês. Ele é o vocalista e líder da banda pop britânica Duran Duran.
     

 


O Metro de Nova Iorque faz hoje 118 anos

     
O Metropolitano de Nova Iorque (em inglês The New York City Subway, New York Subway ou somente Subway) é um sistema de metropolitano que pertence à Cidade de Nova York e que é administrado pela New York City Transit Authority, uma agência subsidiada pela Metropolitan Transportation Authority, também conhecida como MTA New York City Transit. É um dos mais velhos e extensos sistemas de transporte público do mundo, atrás apenas do Metro de Londres, com 468 estações em operação (423, se as estações de conexão por transferência forem consideradas uma só), 369 km de serviços, 1056 km de trilhos, 1355 km de trilhos incluindo pátios e estacionamento de carruagens. Em 2009 o metro realizou mais de 1.579 mil milhões de viagens, com uma média de cinco milhões (5.086.833) nos dias de semana, 2.9 milhões aos sábados e 2.2 milhões aos domingos.
O Metropolitano de Nova Iorque compara-se somente com os metropolitanos de Tóquio, Seul e Moscovo no que diz respeito à ocupação do espaço e transporta mais passageiros do que todos os outros sistemas de metro dos Estados Unidos combinados. Ele é um dos quatro únicos sistemas no mundo, juntamente com o PATH, o Chicago 'L' e o PATCO, a funcionar 24 horas por dia, 365 dias por ano.

A história do Metro de Nova Iorque inicia-se muito antes da inauguração oficial da primeira linha, em 27 de outubro de 1904. Mesmo antes da construção desta, muitos outros projetos haviam sido idealizados e alguns até chegaram a ser construídos e operados por empresas independentes. A real expansão de sistema ocorreu no começo do século XX.

Scott Weiland nasceu há 55 anos...


Scott Richard Kline
, mais conhecido como Scott Weiland (San Jose, Califórnia, 27 de outubro de 1967Bloomington, Minnesota, 3 de dezembro de 2015) foi um músico, vocalista e compositor norte-americano. Ex-vocalista do grupo Velvet Revolver, ficou conhecido mundialmente como líder da banda Stone Temple Pilots.

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No dia 3 de dezembro de 2015, Weiland foi encontrado morto pelo seu empresário no seu autocarro de turnê, no Minnesota, nos EUA. Scott Weiland, morreu de overdose de cocaína, MDA (drogas sintéticas) e álcool. A autópsia determinou que o facto de o cantor sofrer de asma e de ter problemas cardíacos também contribuiu para o desfecho.
 

 


Vanessa-Mae faz hoje quarenta e quatro anos


     
Vanessa-Mae Vanakorn Nicholson (Singapura, 27 de outubro de 1978), conhecida em palco e no mundo da música apenas como Vanessa-Mae é uma violinista de formação clássica que se tornou famosa mundialmente fazendo gravações onde misturava música clássica com pop, jazz, techno e outros ritmos modernos.
 

 


O Espírito de Assis iniciou-se há 36 anos...


  

A reunião inter-religiosa em Assis foi um evento promovido pelo Papa João Paulo II, ao qual vários líderes religiosos se uniram para orar pela paz, que ocorreu em 27 de outubro de 1986 na região da Úmbria.

   

Placa comemorativa da reunião inter-religiosa de 1986 em Assis

 

Participantes

A reunião contou com a presença de todos os principais representantes das igrejas cristãs, bem como de sessenta representantes de outras religiões, incluindo o Dalai Lama. Este evento teve um significado histórico, uma vez que nunca foi organizado um encontro inter-religioso dessa magnitude para esse fim.

 

O "Espírito de Assis"

O Papa João Paulo II cunhou o termo "Espírito de Assis" para indicar um modelo de diálogo entre religiões baseado na fraternidade, experimentado no encontro de 27 de outubro de 1986.

 

A reunião de 2016

Para comemorar os trinta anos que se passaram desde essa reunião, nas datas de 18 a 20 de setembro de 2016, quinhentos representantes de diferentes religiões se encontraram na histórica cidade da Úmbria, além de cerca de doze mil peregrinos. Juntamente com os religiosos, o evento contou com a presença de Sergio Mattarella, presidente da República Italiana, além de importantes intelectuais.
 
 

Xavier Cugat morreu há trinta e dois anos

   
Francesc d'Asís Xavier Cugat Mingall de Bru i Deulofe (Girona, 1 de janeiro de 1900 - Barcelona, 27 de outubro de 1990) foi um maestro catalão-cubano, um dos pioneiros na popularização da música latina nos Estados Unidos.
     

 


Paganini nasceu há duzentos e quarenta anos

       
Niccolò Paganini (Génova, 27 de outubro de 1782Nice, 27 de maio de 1840) foi um compositor e violinista italiano que revolucionou a arte de tocar violino e deixou a sua marca como um dos pilares da moderna técnica de violino. O seu Caprice em Lá menor, Op. 1 No. 24 está entre as suas composições mais conhecidas e serviu de inspiração para outros proeminentes artistas como Johannes Brahms e Sergei Rachmaninoff.
   

 


Graciliano Ramos nasceu há cento e trinta anos...


Graciliano Ramos de Oliveira
(Quebrangulo, 27 de outubro de 1892 - Rio de Janeiro, 20 de março de 1953) foi um romancista, cronista, contista, jornalista, político e memorialista brasileiro do século XX, mais conhecido pelo seu livro Vidas Secas (1938).

Nascido numa grande família de classe média, viveu os primeiros anos de sua infância migrando para diversas cidades da Região Nordeste do Brasil. Trabalhou como jornalista na cidade do Rio de Janeiro, onde escreveu para O Malho e Correio da Manhã, até regressar para o Nordeste em 1915, devido a tragédia familiar em que perdeu quatro irmãos, vítimas de peste bubónica. Fixou-se na cidade de Palmeira dos Índios, onde se casou, e em 1927, foi eleito prefeito, cargo que exerceu por dois anos. Logo, voltou a escrever e publicou seu primeiro romance, Caetés (1933). Vivendo em Maceió durante a maior parte da década de 1930, trabalhou na Imprensa Oficial e publicou São Bernardo (1934). Foi preso na capital alagoana em março de 1936, acusado de ser militante comunista, ou seja, o chamado "crime de subversão". Esse incidente o inspiraria a publicar duas de suas principais obras: Angústia (1936) e o texto "Baleia", que daria origem à Vidas Secas em 1938. Já na década de 1940, ingressou no Partido Comunista Brasileiro ao lado do militar e político Luís Carlos Prestes. Nos anos posteriores realizaria viagens a países europeus, incluindo a União Soviética em 1952. Morreu em 20 de março do ano seguinte, aos 60 anos, no Rio de Janeiro. As suas obras póstumas notáveis incluem Memórias do Cárcere, a crónica Viagem e o livro de contos Histórias de Alexandre.

Tradutor de obras em inglês e francês e honrado com diversos prémios em vida, a obra de Graciliano Ramos recebeu riqueza da crítica literária e atenção do mundo académico. Seu romance modernista também conhecido como regionalista Vidas Secas é visto como um clássico da literatura brasileira.

Encontra-se colaboração da sua autoria na revista luso-brasileira Atlântico.
    
Biografia

Graciliano Ramos nasceu em Quebrangulo, em 27 de outubro de 1892. Primeiro de dezasseis irmãos de uma família de classe média do sertão nordestino, ele viveu os primeiros anos em diversas cidades do Nordeste brasileiro, como Buíque, Pernambuco, Viçosa, Maceió e Palmeira dos Índios, Alagoas. Terminando o segundo grau em Maceió, seguiu para o Rio de Janeiro, onde passou um tempo trabalhando como jornalista.

Em setembro de 1915, motivado pela morte dos irmãos Otacília, Leonor e Clodoaldo e do sobrinho Heleno, vitimados pela epidemia de peste bubónica, volta para o Nordeste, fixando-se junto do pai, que era comerciante em Palmeira dos Índios, Alagoas. Neste mesmo ano casou-se com Maria Augusta de Barros, que morreu em 1920, deixando-lhe quatro filhos.

Foi eleito prefeito de Palmeira dos Índios em 1927, tomando posse no ano seguinte. Apoiado pelo governador do estado e impulsionado por ser um nome de fora da política, foi eleito em um pleito de uma candidatura só. Ficou no cargo por dois anos, renunciando a 10 de abril de 1930. Segundo uma das auto-descrições, "Quando prefeito de uma cidade do interior, soltava os presos para construírem estradas." Os relatórios da prefeitura que escreveu nesse período chamaram a atenção de Augusto Frederico Schmidt, editor carioca que o animou a publicar Caetés (1933).

Entre 1930 e 1936. viveu em Maceió, trabalhando como diretor da Imprensa Oficial, professor e diretor da Instrução Pública do estado. Em 1934, havia publicado São Bernardo, e quando se preparava para publicar o próximo livro, foi preso após a Intentona Comunista de 1935. Foi levado para o Rio de Janeiro e ficou preso por onze meses, sendo liberado sem ter sido acusado de nada ou julgado. Em Memórias do Cárcere, lê-se a seguinte passagem, em que Graciliano Ramos, preso em 1936, recorda a prisão que sofrera seis anos antes:

"Chegamos ao quartel do 20º Batalhão. Estivera ali em 1930, envolvera-me estupidamente numa conspiração besta com um coronel, um major e um comandante da polícia e, vinte e quatro horas depois, achava-me preso e só. Pensando nessas coisas, desci do automóvel, atravessei o pátio que, em 1930, via cheio de entusiastas enfeitados com braçadeiras vermelhas. (...). Se todos os sujeitos perseguidos fizessem como eu, não teria havido uma só revolução no mundo. Revolucionário chinfrim. As minhas armas, fracas e de papel, só podiam ser manejadas no isolamento."

Com ajuda de amigos, entre os quais José Lins do Rego, consegue publicar Angústia (1936), considerada por muitos críticos como sua melhor obra. Com a sua representação da angústia existencial, pode ser considerado um precursor do existencialismo (uma interferência direta do Existencialismo).

Em 1938, publicou Vidas Secas. Em seguida estabeleceu-se no Rio de Janeiro, como inspetor federal de ensino.

Em 1945, ingressou no Partido Comunista Brasileiro de orientação soviética e sob o comando de Luís Carlos Prestes; nos anos seguintes, realizaria algumas viagens a países europeus com a segunda esposa, Heloísa Medeiros Ramos, retratadas no livro Viagem (1954). Ainda em 1945, publicou Infância, relato autobiográfico.

Adoeceu gravemente em 1952. No começo de 1953, foi internado, mas acabou falecendo em 20 de março daquele ano, aos 60 anos, vítima de cancro do pulmão.

Após sua morte, a editora José Olympio passou longos tempos sem reeditar as obras do autor, mesmo havendo procura por parte do público. Isso motivou a família a vender os direitos de publicação à editora Martins, que, na década de 60, lançou a sua obra completa. Além dos livros já publicados pela José Olympio, foram acrescentados os volumes Alexandre e outros heróis, que compilava três livros que Graciliano Ramos escreveu destinados ao público infanto-juvenil (A terra dos meninos pelados (1939), Histórias de Alexandre (1944) e Pequena História da República, sendo este até então inédito); Linhas tortas, que compilava vários textos publicados em jornal; e Viventes das Alagoas, que compilava crônicas publicadas na revista de propaganda varguista Cultura Política. As suas cartas só seriam publicadas na década de 80.

 

Hoje é dia de ouvir bossa nova...

quarta-feira, outubro 26, 2022

O pintor José Malhoa morreu há 89 anos

   
José Vital Branco Malhoa (Caldas da Rainha, 28 de abril de 1855Figueiró dos Vinhos, 26 de outubro de 1933) foi um pintor, desenhista e professor português.
     
O Grupo do Leão, 1885, óleo sobre tela de Columbano Bordalo Pinheiro, Museu do Chiado, Lisboa
   
      
O Fado, 1910
             

Música adequada à data...

Domenico Scarlatti nasceu há 337 anos

      
Giuseppe Domenico Scarlatti (Nápoles, 26 de outubro de 1685 - Madrid, 23 de julho de 1757) foi um compositor italiano
Filho do também músico e compositor Alessandro Scarlatti, as suas maiores contribuições para a música foram as suas sonatas para teclado num único movimento, em que empreendeu abordagens harmónicas bastante inovadoras, apesar de ter composto também obras para orquestra e voz. Embora tenha vivido no período que corresponde ao auge da música barroca europeia, suas composições, mais leves e homofónicas, têm estilo mais próximo daquele do início do período clássico.
Domenico Scarlatti nasceu no mesmo ano em que nasceram dois outros grandes mestres do barroco, Johann Sebastian Bach e Georg Friedrich Händel. Foi o sexto de dez filhos e o irmão mais novo de Pietro Filippo Scarlatti, também músico. O mais provável é que tenha recebido as primeiras lições de música com seu pai. Outros compositores que também podem ter sido seus professores foram: Gaetano Greco, Francesco Gasparini e Bernardo Pasquini, que parecem ter influenciado seu estilo musical.
Scarlatti se tornou compositor e organista na capela real de Nápoles em 1701. Em 1704, ele fez uma revisão à ópera Irene de Carlo Francesco Pollarolo para ser apresentada em Nápoles. Pouco depois seu pai o mandou para Veneza. Não existem registos a seu respeito nos próximos quatro anos. Em 1709, ele foi a Roma a serviço da rainha polaca, então no exílio, Marie Casimire, onde ele encontrou Thomas Roseingrave que liderou em Londres uma entusiástica recepção às sonatas do compositor. Já um cravista renomado, há uma história de que numa competição com Georg Friedrich Händel, no palácio do cardeal Ottoboni, em Roma, ele talvez tenha sido julgado superior a Händel naquele instrumento, embora inferior com relação ao órgão. Mais tarde, Scarlatti ficou conhecido pela veneração com que se referia às habilidades de Händel.
Também, enquanto em Roma, Scarlatti compôs várias óperas para o teatro particular da Rainha Casimire. Ele foi maestro di cappella em São Pedro, de 1715 a 1719 e, neste último ano, foi a Londres para dirigir sua ópera Narciso no King's Theatre.
Em 1720, ou 1721, Scarlatti foi a Lisboa, onde ensinou música à princesa portuguesa Maria Magdalena Bárbara (Maria Bárbara de Bragança). Esteve novamente em Nápoles, em 1725. Durante uma visita a Roma, em 1728, casou-se com Maria Caterina Gentili. Em 1729 mudou-se para Sevilha onde permaneceu por quatro anos. Ali veio a conhecer o flamenco. Em 1733, foi a Madrid para assumir o cargo de maestro de música da princesa Maria Bárbara, que se casara com o Príncipe Herdeiro de Espanha. D. Maria Bárbara tornou-se rainha da Espanha e ele permaneceu no país por cerca de vinte e cinco anos, tendo, ali, sido pai de cinco filhos. Depois da morte de sua esposa, em 1742, desposou uma espanhola, Anastasia Maxarti Ximenes. Durante o período que permaneceu na Espanha, Scarlatti compôs mais de quinhentas sonatas para teclado e é por esses trabalhos que ele hoje é lembrado.
Scarlatti foi amigo do cantor castrato Farinelli, um napolitano que estava sendo patrocinado pela casa real, em Madrid. O musicólogo Ralph Kirkpatrick reconhece que a correspondência de Scarlatti com Farinelli fornece "a informação mais direta sobre [o compositor] que foi deixada para os nossos dias".
Domenico Scarlatti faleceu em Madrid, com 71 anos. A sua casa na Calle Leganitos é identificada com uma placa histórica e seus descendentes ainda vivem naquela cidade.
    

 


William Hogarth morreu há 258 anos

   
William Hogarth (Londres, 10 de novembro de 1697 - Londres, 26 de outubro de  1764) foi um pintor, gravador e ilustrador inglês. O seu trabalho se estendeu de excelentes retratos realistas a histórias em quadradinhos como séries de imagens chamadas "assuntos morais modernos". Muito do seu trabalho, embora às vezes vicioso, satirizavam a política contemporânea e as alfândegas. Ilustrações de tal estilo são muitas vezes referidas como hogartianas.
     
Início de vida
William Hogarth nasceu em Bartholomew Close, Londres, filho de Richard Hogarth, um pobre professor de latim e escritor de livros didáticos, e Anne Gibbons. Na sua juventude foi aprendiz do gravurista Ellis Gamble, em Leicester Fields, onde aprendeu a fazer gravaras de cartões de comércio e produtos similares. Jovem, Hogarth também teve um vivo interesse pela vida na rua da metrópole e as feiras de Londres, e divertiu-se desenhando as personagens que via. Na mesma época o seu pai, que tinha aberto um café de língua latina mal sucedida na St John's Gate, foi detido por dívidas na prisão de Fleet, durante cinco anos. Hogarth nunca falou da prisão de seu pai.
Tornou-se um membro do clube de artistas Rose and Crown Club, com Peter Tillemans, George Vertue, Michael Dahl e outros artistas e apreciadores.
   
Breakfeast Scene de Marriage à la Mode

 

D. Miguel I nasceu há 220 anos

     
D. Miguel I de Portugal (nome completo: Miguel Maria do Patrocínio João Carlos Francisco de Assis Xavier de Paula Pedro de Alcântara António Rafael Gabriel Joaquim José Gonzaga Evaristo de Bragança e Bourbon - Queluz, 26 de outubro de 1802 - Jagdschloss Karlshöhe, Esselbach, Grão-ducado de Baden, 14 de novembro de 1866) foi Rei de Portugal entre 1828 e 1834, tendo sido o terceiro filho do rei D. João VI e de D. Carlota Joaquina de Bourbon.
Foi detentor, sucessivamente, dos títulos de Infante de Portugal, Senhor do Infantado e duque de Beja, duque de Bragança e senhor de Samora Correia, Príncipe-regente de Portugal e, posteriormente, Rei de Portugal.
     
      

O poeta Murillo Araujo nasceu há 128 anos

(imagem daqui)
       
Murillo Araujo (Serro, 26 de outubro de 1894 - Rio de Janeiro, 1 de agosto de 1980) foi um poeta brasileiro.
    
   
Murillo Araujo mudou-se em 1907 para o Rio de Janeiro e ingressou como interno no Colégio Pedro II, onde mais tarde seria professor de desenho. Embora se formasse em Direito (1921), pouco exerceu dessa profissão, dedicando-se ao jornalismo.
Murillo Araujo foi um dos expoentes do Modernismo, movimento que foi um dos pioneiros ao publicar, em 1917, o livro Carrilhões, cinco anos antes da Semana de Arte Moderna
   
(...)
 
Murillo e a música 
Parte das suas poesias chegou a ser musicada. O compositor Heitor Villa-Lobos (Rio de Janeiro, 1887 - Rio de Janeiro, 1959) compôs três obras com letras dele, Canção da Imprensa (1940), Juramento e Canção de Cristal (1955).
O poeta foi musicado também por Francisco Braga (Rio de Janeiro, 1868 - idem, 1945), o autor do Hino à Bandeira, na música Moreninha, Eleazar de Carvalho (Igatu - CE, 1912 - São Paulo, 1996) - em Canto a Porto Seguro -, Luciano Gallet (Rio de Janeiro, 1893 - idem, 1931) - em Interpretações-, Heckel Tavares (Satuba, AL, 1896 - Rio de Janeiro, 1969) - Banzo, Oração do Guerreiro, Funeral d´um rei Nagô, Três canções de Natal e Anhangüera; e Fernando Lobo - que adotou o pseudónimo de Marcelo Tupinambá, compositor popular brasileiro (Tietê, SP, 1892 - São Paulo, 1953) - Treva Noturna.
Murillo Araujo compôs Canto Heróico do Liceu de Artes e Ofícios e Canta, Canta, Passarinho, cujo arranjo é de Vila-Lobos.
    
    
Visão

Tenho à noite a visão de que a estrelas de ouro
vão descendo ao meu sonho e vêm dançando em coro.

Sinto-as numa nevrose...
numa fascinação... numa alucinação!
– quer agonie ou goze —
eu as sinto nevoentas,
lânguidas e luarentas,
uma por uma dando o pálido clarão!

Uma diz: “chamo-me Apoteose!”
Outra diz: “chamo-me Afeição!”
Outra é, levíssima, a Confiança,
Outra — a Lembrança
Outra — a Ambição...

E assim tenho a visão de que as estrelas de ouro
Vêm, dançando, ao meu sonho e vão descendo em coro.

Mas choro de aflição...
pois falta estrela que procuro em choro,
falta a que foi na terra um vulto louro,
falta a que está nos céus, e acha desdouro
descer e iluminar-me o coração!...
  
  
in
Carrilhões (1917) - Murillo Araujo

Mahalia Jackson nasceu há 111 anos

     
Mahalia Jackson (Nova Orleans, 26 de outubro de 1911 - Chicago, 27 de janeiro de 1972) foi uma das principais cantoras gospel dos Estados Unidos da América no século XX.
 

 


O Brasil entrou na I Guerra Mundial há 105 anos

O presidente da República Venceslau Brás declara guerra contra o Império Alemão e seus aliados

O Brasil na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) tinha uma posição respaldada pela Convenção de Haia, mantendo-se inicialmente neutro, buscando não restringir os seus produtos exportados na época, principalmente o café. O Brasil foi o único país latino-americano que participou efetivamente na Primeira Guerra Mundial (sem contar com declarações de guerra sem efeitos práticos).

Fase inicial
O Brasil declarou a sua neutralidade em 4 de agosto de 1914. Desta forma, somente um navio brasileiro, o Rio Branco, foi afundado por um submarino alemão nos primeiros anos da guerra em 1916, mas este estava em águas restritas, operando a serviço inglês e com a maior parte de sua tripulação sendo composta por noruegueses, de forma que, apesar da comoção nacional que o fato gerou, não poderia ser considerado como um ataque ilegal dos alemães.
No início da guerra, apesar de neutro, o Brasil enfrentava uma situação social e económica complicada. A sua economia era basicamente fundamentada na exportação de apenas um produto agrícola, o café. Como este não era essencial, suas exportações (e as rendas alfandegárias, a principal fonte de recursos do governo) diminuíram com o conflito. Isto se acentuou mais com o bloqueio alemão e, depois, com a proibição à importação de café feita pela Inglaterra em 1917, que passou a considerar o espaço de carga nos navios necessário para produtos mais vitais, haja vista as grandes perdas causadas pelos afundamentos de navios mercantes pelos alemães.
As relações entre Brasil e o Império Alemão foram abaladas pela decisão alemã de autorizar seus submarinos a afundar qualquer navio que entrasse nas zonas de bloqueio. No dia 5 de abril de 1917 o vapor brasileiro Paraná, um dos maiores navios da marinha mercante (4.466 toneladas), carregado de café, navegando de acordo com as exigências feitas a países neutros, foi atacado por um submarino alemão a milhas do cabo Barfleur, na França, e três brasileiros foram mortos.

Manifestações populares
Quando a notícia do afundamento do vapor Paraná chegou ao Brasil poucos dias depois, eclodiram diversas manifestações populares nas capitais. O ministro de relações exteriores, Lauro Müller, de origem alemã e favorável à neutralidade na guerra, foi obrigado a renunciar. Em Porto Alegre, passeatas foram organizadas com milhares de pessoas. Inicialmente pacíficas, as manifestações passaram a atacar estabelecimentos comerciais de propriedades de alemães ou descendentes - o Hotel Schmidt , a Sociedade Germânia, o clube Turnebund e o jornal Deutsche Zeitung foram invadidos, pilhados e queimados.
Em 1 de novembro uma multidão danificou casas, clubes e fábricas em Petrópolis, entre eles o restaurante Brahma (completamente destruído), a Gesellschaft Germania, a escola alemã, a empresa Arp, o Diário Alemão, entre outros.
Ao mesmo tempo, em outras capitais houve pequenos distúrbios. Novos episódios com violência só ocorreriam quando da declaração de guerra do Brasil à Alemanha em outubro.
Por outro lado, sindicalistas, pacifistas, anarquistas e comunistas se colocavam contra a guerra e acusavam o governo de estar desviando a atenção dos problemas internos, entrando em choque por vezes com os grupos nacionalistas favoráveis a entrada do país no conflito. À greve geral de 1917, seguiu-se acentuada de uma violenta repressão, usando a "Declaração de Guerra" em outubro do mesmo ano para declarar estado de sítio e perseguir opositores, o que provocou por exemplo uma tentativa de insurreição anarquista em 1918.
  
Consequências diplomáticas
No dia 11 de abril de 1917 o Brasil rompeu relações diplomáticas com o bloco germânico, e, em 20 de maio, o navio Tijuca foi torpedeado perto da costa francesa por submarino alemão. Nos meses seguintes, o governo brasileiro confiscou 42 navios alemães que estavam em portos brasileiros, como uma indemnização de guerra, essa quantidade considerável de navios passou a corresponder a um quarto da frota brasileira.
No dia 26 de maio de 1917, o vapor brasileiro Lapa foi atingido por três tiros do canhão de um submarino alemão.
Em 18 de outubro de 1917, um outro navio mercante, Macau, foi torpedeado por submarino alemão U-93.
No dia 23 de outubro de 1917 o cargueiro nacional Macau, um dos navios arrestados, foi torpedeado por um submarino alemão U-93, perto da costa da Espanha, e seu comandante feito prisioneiro.
Com a pressão popular contra a Alemanha, no dia 26 de outubro de 1917, o país declarou guerra à aliança germânica.
Nos dias 1 e 3 de novembro de 1917 os navios Acari e Guaíba, respectivamente, foram torpedeados, próximo do cabo de São Vicente, em Portugal, por um submarino alemão U-151.

O último primeiro-ministro da II República morreu há 42 anos

     
Marcello José das Neves Alves Caetano (Lisboa, 17 de agosto de 1906 - Rio de Janeiro, 26 de outubro de 1980) foi um jurisconsulto, professor de direito e político português. Proeminente figura durante o regime salazarista, foi o último Presidente do Conselho (primeiro-ministro) do Estado Novo.