De origem pobre, migrou ainda criança de Pernambuco para São Paulo com sua família. Foi metalúrgico e sindicalista, época em que recebeu a alcunha "Lula", forma hipocorística de "Luís". Durante a ditadura militar, liderou grandes greves de operários no ABC Paulista e ajudou a fundar o PT em 1980, durante o processo de abertura política. Lula foi uma das principais lideranças do movimento Diretas Já, no período da redemocratização, quando iniciou a sua carreira política. Foi eleito em 1986 deputado federal pelo estado de São Paulo com votação recorde. Em 1989 concorreu pela primeira vez à presidência da República, perdendo na segunda volta para Fernando Collor de Mello. Foi candidato a presidente por outras duas vezes, em 1994 e em 1998, perdendo ambas as eleições na primeira volta para Fernando Henrique Cardoso. Venceu a eleição presidencial de 2002, derrotando José Serra na segunda volta. Na eleição de 2006, foi reeleito ao superar Geraldo Alckmin na segunda volta.
O governo Lula teve como marco a consolidação de programas sociais como o Bolsa Família e o Fome Zero, ambos reconhecidos pela Organização das Nações Unidas como iniciativas que possibilitaram a saída do país do mapa da fome. Durante os seus dois mandatos, empreendeu reformas e mudanças radicais que produziram transformações sociais e económicas no Brasil, que acumulou substanciais reservas internacionais, triplicou o seu PIB per capita e alcançou o grau de investimento. Os índices de pobreza, desigualdade, analfabetismo, desemprego, mortalidade infantil e trabalho infantil caíram significativamente, enquanto o salário mínimo e a salário médio do trabalhador tiveram ganhos reais e o acesso à escola, à universidade e ao atendimento de saúde se expandiram. Na política externa, desempenhou um papel de destaque, incluindo atividades relacionadas ao programa nuclear do Irã, ao aquecimento global, ao Mercosul e aos BRICS. Lula foi considerado um dos políticos mais populares da história do Brasil e, enquanto presidente, foi um dos mais populares do mundo. Foi sucedido no cargo pela chefe da Casa Civil no seu governo, Dilma Rousseff, eleita em 2010 e reeleita em 2014.
Após a presidência, Lula manteve-se ativo no cenário político e passou a ministrar palestras no Brasil e no exterior. Candidatou-se à presidência nas eleições de 2018, mas teve a sua candidatura indeferida por ser condenado à prisão no âmbito da Operação Lava Jato, num julgamento controverso. Em 2019, foi liberto com base em decisão do Supremo Tribunal Federal, que anulou paulatinamente as suas condenações. Com seus direitos políticos restituídos, candidatou-se à presidência pela sexta vez nas eleições de 2022 e, ao vencer Jair Bolsonaro numa segunda volta, tornou-se a primeira pessoa a derrotar um presidente brasileiro candidato à reeleição e o primeiro a ser eleito pela terceira vez.
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