terça-feira, julho 08, 2025
Christiaan Huygens morreu há 330 anos
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O ditador Kim Il-sung morreu há 31 anos...
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segunda-feira, julho 07, 2025
O blog dos Geopedrados faz hoje vinte anos...!
Vivem ali uns tantos cujo sangue
Vivem ali uns tantos cujo sangue
é morno
mas esfria sem demora se vertido. Incubam as crias
por longos meses. Dão-lhes um nome,
agasalho, teta.
Desfilam, vestidos de petroquímica, encaroçados
em cubos metálicos que rolam no crude
fundido, deitado sobre a terra morta.
Uns quantos, desvairados escalam pináculos,
cavalgam ondas colossais.
Outros puxam alavancas, carregam em botões,
colectam coisas, transportam sacas,
enchem recipientes.
Confinam. Formigam. Unem margens apartadas,
passadiços sobre o vazio. Percorrem túneis, tubos,
escavam buracos, tocas; queimam sem descanso a podridão antiga,
milhões de anos acumulada – tiram dela a flama
do movimento.
Tiveram outrora uma alma, ínfimo desvio
do azul
para o vermelho.
in Firmamento (2022) - Rui Lage
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Gustav Mahler nasceu há 165 anos...
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Leite de Vasconcelos nasceu há 167 anos...
José Leite de Vasconcellos Pereira de Melo, mais conhecido por Leite de Vasconcellos (Ucanha, 7 de julho de 1858 – Lisboa, 17 de maio de 1941), foi um linguista, filólogo, arqueólogo e etnógrafo português.
Biografia
José Leite de Vasconcellos Pereira de Melo nasceu no seio de uma família aristocrata na aldeia vinhateira de Ucanha do concelho de Tarouca, a 7 de julho de 1858. Era filho de José Leite Cardoso Pereira de Melo e de Maria Henriqueta Leite de Vasconcellos Pereira de Melo.
A infância e a adolescência foram passadas num meio rural rico em testemunhos históricos, que desde cedo despertaram o seu interesse pela observação das tradições e dos costumes locais, anotando as suas experiências em pequenos cadernos. Deixou a Beira aos 18 anos para trabalhar no Porto, num liceu e num colégio, assim ajudando ao sustento da família e assegurando os seus estudos no Colégio de São Carlos e, mais tarde, na Escola Médico-Cirúrgica do Porto.
Durante o curso de Medicina escreveu uma das suas primeiras obras - Tradições Populares Portuguesas - e editou o opúsculo Portugal Pré-Histórico (1885). Ao concluir o curso e após defesa da tese, A Evolução da Linguagem: Ensaio Antropológico (1886), recebeu o Prémio Macedo Pinto, destinado ao aluno mais brilhante. Assumiu, então, as funções de subdelegado de saúde do Cadaval, onde tinha família, durante seis meses. No entanto, dois anos mais tarde, depois de ter exercido funções de subdelegado de saúde, médico municipal e presidente da Junta Escolar do Cadaval, decide abandonar a carreira médica e dedicar-se ao estudo das suas ciências prediletas: Linguística, Arqueologia e Etnologia.
Prossegue os seus estudos em Paris, tirando um curso de Filologia na Universidade de Paris, no qual defendeu a tese Esquisse d'une dialectologie portugaise (1901), o primeiro importante compêndio diatópico do português (depois continuado e melhorado por Manuel de Paiva Boléo e Luís Lindley Cintra), que foi classificada com a menção de "très honorable". Por essa altura, encetou relações sólidas com figuras de prestígio e desenvolveu pesquisas em obras raras de bibliotecas estrangeiras. Na Biblioteca de Leiden descobriu A canção de Sancta Fides de Agen, manuscrito medieval que publicou em 1902. Na Biblioteca Palatina de Viena identificou o Livro de Esopo, que editou em 1906.
Fez inúmeras viagens em Portugal, visitou vários países europeus e deslocou-se ao Egito para participar no Congresso do Cairo de 1909, no qual presidiu à secção de Arqueologia Pré-Histórica. Estas digressões permitiram-lhe recolher material para o museu e criar laços de amizade com colegas portugueses e estrangeiros. Em 1911 é integrado no corpo docente da recém-criada Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde leciona Filologia Clássica, Filologia Românica, Arqueologia e Epigrafia. Em 1914 solicitou a Bernardino Machado que lhe fosse atribuída a categoria de professor titular de Arqueologia.
Em 1929 aposenta-se. Em sua homenagem, o Museu Etnológico passou a ter o seu nome, tendo Leite de Vasconcellos recebido o título de diretor honorário. A partir dessa altura dedica-se à escrita, na qual se salienta o projeto Etnografia Portuguesa publicado em vários volumes pela Imprensa Nacional. Foi agraciado com diversas distinções, como a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública (1930), a Comenda da Legião de Honra (1930) de França e a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (1937), a que se juntaram muitas outras, alcançadas ao longo da sua carreira, como a de correspondente do Instituto de França (1920). Foi autor, também, de poesia e do maior epistolário português (24.289 cartas de 3.727 correspondentes, editadas em 1999), produto da imensa rede de contactos que estabeleceu ao longo da vida.
Além de fundador das revistas O Arqueólogo Português e Revista Lusitana, foi também um dos criadores da revista O Pantheon (1880-1881) e teve diversas colaborações em publicações periódicas, nomeadamente: A Mulher (1879), Era Nova (1880-1881), Revista de Estudos Livres (1883-1886), A Imprensa (1885-1891), Branco e Negro (1896-1898), Atlântida (1915-1920), Lusitânia (1924-1927), Ilustração (1926-1939), Feira da Ladra (1929-1943), Boletim cultural e estatístico (1937) e Revista de Arqueologia (1932-1938).
Faleceu a 17 de maio de 1941, na sua residência, no número 40 da Rua D. Carlos de Mascarenhas, freguesia de São Sebastião da Pedreira, em Lisboa, aos 82 anos de idade, vítima de broncopneumonia, sem nunca ter casado ou ter tido filhos. Deixou em testamento ao Museu Nacional de Arqueologia parte do seu espólio científico e literário, incluindo uma biblioteca com cerca de oito mil títulos, para além de manuscritos, correspondência, gravuras e fotografias. Encontra-se sepultado em jazigo de família, no Cemitério dos Prazeres.
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Fernando Martins
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Poesia adequada à data...
Morena
Não negues, confessa
Que tens certa pena
Que as mais raparigas
Te chamem morena.
Pois eu não gostava,
Parece-me a mim,
De ver o teu rosto
Da cor do jasmim.
Eu não... mas enfim
É fraca a razão,
Pois pouco te importa
Que eu goste ou que não.
Mas olha as violetas
Que, sendo umas pretas,
O cheiro que têm!
Vê lá que seria,
Se Deus as fizesse
Morenas também!
Tu és a mais rara
De todas as rosas;
E as coisas mais raras
São mais preciosas.
Há rosas dobradas
E há-as singelas;
Mas são todas elas
Azuis, amarelas,
De cor de açucenas,
De muita outra cor;
Mas rosas morenas,
Só tu, linda flor.
E olha que foram
Morenas e bem
As moças mais lindas
De Jerusalém.
E a Virgem Maria
Não sei... mas seria
Morena também.
Moreno era Cristo.
Vê lá depois disto
Se ainda tens pena
Que as mais raparigas
Te chamem morena!
in A Musa em Férias (1879) - Guerra Junqueiro
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Conan Doyle morreu há 95 anos...
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Vilhena nasceu há 98 anos...
José Alfredo de Vilhena Rodrigues (Figueira de Castelo Rodrigo, 7 de julho de 1927 - Lisboa, 3 de outubro de 2015) foi um escritor, pintor, cartoonista e humorista português. Marcou várias gerações de portugueses e criou centenas de títulos emblemáticos.
Filho duma professora primária e dum proprietário agrícola, passa a sua infância na aldeia de Freixedas, concelho de Pinhel. Aos dez anos de idade foi estudar para Lisboa, indo no meio da adolescência para o Porto, onde realizou um ano de tropa. Cursa arquitetura na Escola de Belas-Artes do Porto, mas fica pelo quarto ano, já que começa a desenhar para jornais.
Fixa-se em Lisboa, na zona do Bairro Alto, onde desenha cartoons para os jornais "Diário de Lisboa", "Cara Alegre" e "O Mundo Ri" (de que foi co-fundador) durante os anos 50. Publica em 1956 Este Mundo e o Outro, a sua primeira coletânea de cartoons, e em 1959 Manual de Etiqueta, livro de textos humorísticos.
Durante os anos 60 a sua atividade de escritor desenvolve-se. Com o fim da revista "O Mundo Ri", publica uma grande quantidade de livros com textos humorísticos. Esses seus mesmos livros e desenhos, muitos deles usando a Censura como tema de paródia, provocaram-lhe problemas com a polícia, mais concretamente com a PIDE, que lhe apreendeu constantemente escritos e lhe causou três estadias na prisão, em 1962, 1964 e 1966. Isso tornou-o muito popular na época. Até ao 25 de abril de 1974 Vilhena redigiu cerca de 70 livros.
Em 1973, Vilhena inicia a publicação, em fascículos, da Grande Enciclopédia Vilhena, que virá a interromper após a Revolução dos Cravos, em 1974, para dar início à publicação da revista Gaiola Aberta, cujo primeiro número sai logo a 15 de maio desse ano. Esta revista de textos e cartoons humorísticos foi mantida por ele durante vários anos, satirizando a sociedade da época o que o levou a ser perseguido e a responder várias vezes em tribunal, tendo ficado quase na bancarrota.
Um interregno de quatro anos ocorreu depois devido a uma fotomontagem que envolvia a princesa Carolina Grimaldi, da qual foi alvo de processo de que se defendeu com sucesso, pelo advogado José Hermano Saraiva.
Vilhena volta assim com O Fala Barato, numa primeira edição em forma de jornal e mais tarde em revista (de julho de 1987 a 1994). Depois de deixar de ser publicada seguiu-se «O Cavaco: revista do Humor Possível» (de outubro de 1994 a outubro de 1995) e mais recentemente O Moralista ( de abril de 1996 a abril de 2003).
Faleceu a 3 de outubro de 2015, aos 88 anos de idade, no Hospital de S. Francisco Xavier, vítima de doença prolongada.
in Wikipédia
Capa da revista Gaiola Aberta
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Ringo Starr nasceu há 85 anos...!
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Fernando Martins
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Toto Cutugno celebra hoje oitenta e dois anos
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Fernando Martins
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O incidente da Ponte Marco Polo foi há 88 anos
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Fernando Martins
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Vonda Shepard comemora hoje sessenta e dois anos
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Saudades de Cazuza...
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Pedro Luna
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Marc Chagall nasceu há 138 anos
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Mário Sacramento nasceu há 105 anos...
Mário Emílio de Morais Sacramento (Ílhavo, 7 de julho de 1920 - Porto, 27 de março de 1969) foi um médico, escritor neorrealista, ensaísta e político antifascista revolucionário comunista português, que se destacou como uma importante figura do movimento de oposição democrática ao regime do Estado Novo.
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Guerra Junqueiro morreu há cento e dois anos...
Abílio Manuel Guerra Junqueiro (Freixo de Espada à Cinta, 17 de setembro de 1850 - Lisboa, 7 de julho de 1923) foi bacharel formado em Direito pela Universidade de Coimbra, alto funcionário administrativo, político, deputado, jornalista, escritor e poeta. Foi o poeta mais popular da sua época e o mais típico representante da chamada "Escola Nova". Poeta panfletário, a sua poesia ajudou criar o ambiente revolucionário que conduziu à implantação da República. Foi entre 1911 e 1914 o embaixador de Portugal na Suíça (o título era "ministro de Portugal na Suíça"). Guerra Junqueiro formou-se em direito na Universidade de Coimbra.
Cronologia
- 1850: Nasce no lugar de Ligares, Freixo de Espada à Cinta;
- 1864: «Duas páginas dos quatorze anos»;
- 1866: Frequenta o curso de Teologia na Universidade de Coimbra;
- 1867: «Vozes Sem Eco»;
- 1868: «Baptismo de Amor». Matricula-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra;
- 1873: «Espanha Livre». Colaboração de Guerra Junqueiro em «A Folha» de João Penha. É bacharel em Direito;
- 1874: «A Morte de D. João»;
- 1875: Primeiro número de «A Lanterna Mágica» em que colabora;
- 1878: É nomeado Secretário Geral do Governo Civil em Angra do Heroísmo;
- 1879: «A Musa em Férias» e «O Melro». Adere ao Partido Progressista. É transferido de Angra do Heroísmo para Viana do Castelo e eleito para a Câmara dos Deputados;
- 1880: Casa a 10 de fevereiro com Filomena Augusta da Silva Neves. A 11 de novembro nasce a filha Maria Isabel;
- 1881: Nasce a filha Júlia. Interditada por demência, vem a ser internada no Porto;
- 1885: «A Velhice do Padre Eterno». Criação do movimento «Vida Nova» do qual Guerra Junqueiro é simpatizante;
- 1887: Segunda viagem de Guerra Junqueiro a Paris;
- 1888: Constitui-se o grupo «Vencidos da Vida». «A Legítima»;
- 1889: Falece a sua esposa, Filomena Augusta Neves, facto que lamentará até ao fim dos seus dias;
- 1890: «Finis Patriae». Guerra Junqueiro é eleito deputado pelo círculo de Quelimane;
- 1895: Vende a maior parte das coleções artísticas que acumulara;
- 1896: «A Pátria». Parte para Paris;
- 1902: «Oração ao Pão»;
- 1903: Reside em Vila do Conde;
- 1904: «Oração à Luz»;
- 1905: Visita a Academia Politécnica do Porto e instala-se nesta cidade;
- 1908: É candidato do Partido Republicano pelo Porto;
- 1910: É nomeado Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário da República Portuguesa junto da Confederação Suíça, em Berna;
- 1911: Homenagem a Guerra Junqueiro no Porto;
- 1914: Exonera-se das funções de Ministro Plenipotenciário;
- 1920: «Prosas Dispersas»;
- 1923: Morre a 7 de julho em Lisboa.
- 1966: O seu corpo é solenemente trasladado para o Panteão Nacional da Igreja de Santa Engrácia, em Lisboa, numa cerimónia ocorrida para homenagear também outras ilustres figuras portuguesas entre os dias 1 e 5 de dezembro. Antes disso, encontrava-se no Mosteiro dos Jerónimos.
A Moleirinha
Pela estrada plana, toque, toque, toque,
Guia o jumentinho uma velhinha errante.
Como vão ligeiros, ambos a reboque,
Antes que anoiteça, toque, toque, toque,
A velhinha atrás, o jumentito adiante!...
Toque, toque, a velha vai para o moinho,
Tem oitenta anos, bem bonito rol!...
E contudo alegre como um passarinho,
Toque, toque, e fresca como o branco linho,
De manhã nas relvas a corar ao sol.
Vai sem cabeçada, em liberdade franca,
O jerico ruço duma linda cor;
Nunca foi ferrado, nunca usou retranca,
Tange-o, toque, toque, a moleirinha branca
Com o galho verde duma giesta em flor.
Vendo esta velhita, encarquilhada e benta,
Toque, toque, toque, que recordação!
Minha avó ceguinha se me representa...
Tinha eu seis anos, tinha ela oitenta,
Quem me fez o berço fez-lhe o seu caixão!...
Toque, toque, toque, lindo burriquito,
Para as minhas filhas quem mo dera a mim!
Nada mais gracioso, nada mais bonito!
Quando a virgem pura foi para o Egipto,
Com certeza ia num burrico assim.
Toque, toque, é tarde, moleirinha santa!
Nascem as estrelas, vivas, em cardume...
Toque, toque, toque, e quando o galo canta,
Logo a moleirinha, toque, se levanta,
P’ra vestir os netos, p’ra acender o lume...
Toque, toque, toque, como se espaneja,
Lindo o jumentinho pela estrada chã!
Tão ingénuo e humilde, dá-me, salvo seja,
Dá-me até vontade de o levar à igreja,
Baptizar-lhe a alma, p’ra a fazer cristã!
Toque, toque, toque, e a moleirinha antiga,
Toda, toda branca, vai numa frescata...
Foi enfarinhada, sorridente amiga,
Pela mó da azenha com farinha triga,
Pelos anjos loiros com luar de prata!...
Toque, toque, como o burriquito avança!
Que prazer d’outrora para os olhos meus!
Minha avó contou-me quando fui criança,
Que era assim tal qual a jumentinha mansa
Que adorou nas palhas o menino Deus...
Toque, toque, é noite... ouvem-se ao longe os sinos,
Moleirinha branca, branca de luar!...
Toque, toque, e os astros abrem diamantinos,
Como estremunhados querubins divinos,
Os olhitos meigos para a ver passar...
Toque, toque, e vendo sideral tesoiro,
Entre os milhões d’astros o luar sem véu,
O burrico pensa: Quanto milho loiro!
Quem será que mói estas farinhas d’oiro
Com a mó de jaspe que anda além no Céu!
Guerra Junqueiro
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Cazuza morreu há trinta e cinco anos...
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Giuseppe Piazzi nasceu há 279 anos
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O primeiro post do blog Geopedrados foi publicado há 20 anos...!
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Syd Barrett morreu há 19 anos...
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