sábado, março 29, 2025

Saudades de Alain Oulman...

O asteroide Vesta foi descoberto há 218 anos

Vesta fotografado pela sonda Dawn, a 24 de julho de 2011, a uma distância de 5.200 km
    
Vesta (formalmente 4 Vesta) é o terceiro maior asteroide do Sistema Solar, com um diâmetro médio de 530 km. Foi descoberto por Heinrich Wilhelm Olbers a 29 de março de 1807. O nome provém da deusa romana Vesta, a deusa virgem da casa, correspondente à deusa da mitologia grega Héstia. Está localizado na cintura de asteroides, região entre as órbitas de Marte e Júpiter, a 2,36 UA do Sol. Vesta é um asteroide tipo V. O seu tamanho e o brilho pouco comum da superfície fazem de Vesta o mais brilhante asteroide (é o único asteroide que é, ocasionalmente, visível a olho nu).
Teoriza-se que nos primeiros tempos do sistema solar, Vesta era tão quente que o seu interior derreteu. Isto resultou numa diferenciação planetária do asteroide. Provavelmente tem uma estrutura em camadas: um núcleo metálico de níquel-ferro coberto por uma camada (manto) de olivina. A superfície é de rocha basáltica, originária a partir de antigas erupções vulcânicas. A atividade vulcânica não existe hoje.
Em 16 de julho de 2011 a sonda da NASA Dawn entrou em órbita de Vesta para uma exploração de um ano.
      
Comparação de tamanho entre os dez primeiros asteroides descobertos e a Lua
 

O Desastre da Ponte das Barcas foi há 216 anos...

As "Alminhas da Ponte" lembram a tragédia de 29 de março de 1809, no Rio Douro

 

A chamada Ponte das Barcas foi uma ponte sobre o Rio Douro que existiu na cidade do Porto no início do século XIX, construída sobre barcaças.

A necessidade de haver uma travessia para a margem Sul do Douro para circulação de pessoas e mercadorias do Porto, constituiu uma preocupação permanente ao longo dos séculos. Ao longo dos tempos houve várias "pontes das barcas" construídas para determinados propósitos, como a rápida deslocação de contingentes militares. No entanto, por regra a travessia do Douro fazia-se com recursos a barcos, jangadas, barcaças ou batelões.

A Ponte das Barcas, construída com objetivos mais duradouros, foi projetada por Carlos Amarante e inaugurada a 15 de agosto de 1806. Era constituída por vinte barcas ligadas por cabos de aço e que podia abrir em duas partes para dar passagem ao tráfego fluvial.

Foi nessa ponte que se deu o famoso desastre da Ponte das Barcas, em que milhares de legionários franceses pereceram, perseguindo portugueses civis e militares através da ponte e à carga de baionetas das tropas da segunda invasão francesa, comandada pelo marechal Soult, em 29 de março de 1809. Mais de quatro mil pessoas morreram. Mas os Portugueses conseguiram alcançar o posto militar da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia, contribuindo para o fracasso da 2ª invasão Francesa.

Anos mais tarde, a cidade do Porto recebeu o famoso título de "Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto".

Reconstruida depois do desastre, a Ponte das Barcas acabaria por ser substituída definitivamente pela Ponte D.ª Maria II, em 1843

  

Desenho do Barão de Forrester

 

Charles-Valentin Alkan morreu há 137 anos

  
Charles-Valentin Alkan (Paris, 30 de novembro de 1813 – Paris, 29 de março de 1888) foi um compositor francês judeu do período romântico e um dos maiores pianistas do seu tempo. As suas composições para o instrumento são algumas das mais difíceis já escritas, desafiando virtuosi até nos dias de hoje.

 

in Wikipédia

 

Georges Seurat morreu há 134 anos...

         
Georges-Pierre Seurat (Paris - Paris ), est un dessinateur et peintre français, pionnier de la technique de chromo-luminarisme, ou peinture optique, appelée plus couramment pointillisme ou divisionnisme. Peintre de genre, figures, portraits, paysages animés, paysages, peintre à la gouache, dessinateur.
 

Le Pont de Courbevoie (1886), Londres, Courtauld Gallery

      
La Seine à la Grande Jatte - Printemps (1888) - Musées Royaux des Beaux Arts de Bruxelles
       

A Batalha de Towton foi há 564 anos...


A batalha de Towton teve lugar durante a guerra das Rosas, a 29 de março de 1461, a sudoeste de Iorque, entre as aldeias de Towton e Saxton. É a maior e mais sangrenta batalha a ter tido lugar em solo inglês e o dia mais sangrento de toda a história da Inglaterra. Segundo as crónicas medievais, mais de 50.000 soldados das casa de Iorque e de Lencastre combateram nesse Domingo de Ramos, durante várias horas e em condições meteorológicas deploráveis. Uma proclamação, difundida uma semana depois da batalha, relata que 28.000 homens perderam a vida no campo de batalha. Esse encontro provocou uma mudança dinástica em Inglaterra: Eduardo IV substituiu Henrique VI no trono e obrigou os principais apoiantes dos Lencastre a exilarem-se. 

 



Um espetáculo, no Coliseu dos Recreios, há 51 anos, mostrou que o estado novo estava a terminar...


'Grândola Vila Morena', cantada em pé por artistas e público do Coliseu, em 28 de março de 2014
 Fotografia © João Girão/Global Imagens (Diário de Notícias, 29/3/2014)

Ontem, um concerto no Coliseu dos Recreios, evocou, num espetáculo organizado pela Associação José Afonso, um concerto realizado em 29 de Março de 1974. Estive lá. Hoje publico um excerto do meu livro História da Oposição à Ditadura 1926-1974 (Ed. Figueirinhas, 2014), pp. 595-596

«Em Portugal, já se estava então a viver, embora não fosse evidente à época, uma situação reveladora de que o regime tinha perdido a batalha pela hegemonia ideológica, iniciada nos anos trinta e prosseguida no pós-II Guerra Mundial, a favor das várias oposições ao regime, todas elas unidas contra a ditadura e uma guerra colonial interminável. Como se viu, o fim da guerra também era desejado pelos próprios quadros intermédios das Forças Armadas, crescentemente convencidos de que ela só terminaria através de uma solução política.
O ambiente político adverso ao regime fez-se sentir, por exemplo, num ciclo de cinema de Roberto Rossellini, na Fundação Gulbenkian, onde foi exibido pela primeira vez o filme anti-fascista «Roma, città aperta» (1945), até então proibido de ser apresentado pela censura. Numa sala cheia de jovens, as palmas e a entusiástica receção ao filme levaram o diretor da Cinemateca Francesa, Henri Langlois, que se encontrava presente, a profetizar ao organizador do ciclo de filmes, João Bémard da Costa, que uma mudança política iria ocorrer em Portugal.
Na noite de 29 de Março de 1974, a Rua das Portas de Santo Antão, em Lisboa foi palco de um outro acontecimento paradigmático e revelador desse ambiente político. Realizou-se nessa data, no Coliseu dos Recreios, o I Encontro da Canção Portuguesa, organizado pela Casa da Imprensa, no qual José Afonso deveria receber o prémio da melhor interpretação musical do ano anterior. A sessão acabou por ser recheada de símbolos e transformou-se num espaço de liberdade, no qual o público não cessou de se manifestar, a pretexto das canções, contra um regime ditatorial, que, embora não se soubesse, tinha menos de um mês de vida. O espetáculo, que teve de ser preparado com muita antecedência, para que todas as canções fossem apresentadas previamente à Censura, foi mais um sintoma, embora não completamente detetado então pelos presentes, de que o regime estava a viver o seu estertor.
Como a Direção-Geral dos Espetáculos só entregara a lista das canções que podiam ser cantadas uma hora antes do início do espectáculo, e alguns cantores apenas foram autorizados a cantar metade das estrofes, o público trauteou as melodias de forma cúmplice, em coro. Quando Manuel Freire afirmou que se tinha esquecido das letras das canções no comboio, os cerca de cinco mil espectadores compreenderam onde ele queria chegar, aplaudiram de pé e cantaram em coro o que ele não fora autorizado a interpretar. Por seu lado, José Afonso foi proibido de cantar «A morte saiu à rua», «Venham mais cinco», «Menina dos olhos tristes» e «Gastão era perfeito», apenas sendo autorizado a apresentar «Milho Verde» e «Grândola».
O quarteto de Marcos Resende abrira o programa, mas não foi ouvido, devido aos assobios que irromperam pela sala, sucedendo-lhe o duo Carlos Alberto Moniz-Maria do Amparo e um desconhecido que deu como nome Manuel José Soares. A sala continuava morna, quando irrompeu a primeira grande ovação da noite, a premiar a atuação de Carlos Paredes, acompanhado por Fernando Alvim. De seguida, o jornalista Joaquim Furtado leu em voz alta os nomes dos premiados pela associação mutualista dos jornalistas, escolhidos por um júri que integrava José Duarte, Tito Lívio, João Paulo Guerra e José Manuel Nunes. A maioria dos prémios atribuídos não provocou grande entusiasmo, mas o mesmo não aconteceu com o galardão que premiou o programa radiofónico Página Um, da Rádio Renascença, recebido, entre outros, por Adelino Gomes, que havia sido afastado da rádio por razões políticas. Outros nomes aplaudidíssimos foram os de Sérgio Godinho e José Mário Branco, cantores premiados pelos seus álbuns de estreia — Os Sobreviventes e Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades, respetivamente —, que «não puderam comparecer», como dizia um artigo de O Século, embora não explicando que isso se devia ao facto de estarem exilados.
Após o intervalo, atuaram os espanhóis Viño Tinto e o poeta José Carlos Ary dos Santos, que começou por ser assobiado pelos que não aprovavam a sua participação nos Festivais RTP da Canção. O poeta retorquiu: «Eu venho para dizer poesia. Se não gostam, manifestem-se no fim». Depois de ter declamado «SARL», abandonou o palco sob fortes aplausos. Sucederam-se José Barata Moura, o grupo Intróito, Manuel Freire, Fernando Tordo, Fausto, Vitorino, José Jorge Letria, Adriano Correia de Oliveira e, finalmente, José Afonso.
Depois de cantar «Milho Verde», a outra canção autorizada pela Censura, chamou ao palco todos os cantores que deram os braços e começaram a bater, ritmadamente, com os pés no chão, enquanto as luzes se apagavam na sala. «Grândola, vila morena…», ouviu-se novamente, desta vez em coro. Cinco mil pessoas levantaram-se, deram igualmente os braços e entoaram: «… terra da fraternidade…». Outra testemunha desse espetáculo escreveria que quando «começaram a entoar a mítica canção de José Afonso, o soalho de madeira do velho Coliseu dos Recreios transmitiu a sensação de poder ruir em qualquer altura». Cantada em coro, à maneira de um grupo alentejano, aquela canção viria a servir de senha para a eclosão do golpe militar que derrubaria o regime menos de um mês depois».
  
in Jugular - post de Irene Pimentel, 29.03.14 
 

A Mariner 10 chegou a Mercúrio há 51 anos

      
A Mariner 10 foi uma sonda planetária integrada no Programa Mariner desenvolvido pelos Estados Unidos durante as décadas de 60 e 70. Foi a primeira sonda a utilizar a técnica de aceleração gravítica de um corpo celeste para auxílio à navegação (neste caso, utilizou a massa de Vénus para conseguir atingir Mercúrio). Foi também a primeira sonda a visitar dois planetas distintos (Vénus e Mercúrio).
Até à chegada da sonda MESSENGER a Mercúrio, a 18 de março de 2011, a Mariner 10 era a única sonda a ter visitado o planeta Mercúrio.
Foi a última missão do Programa Mariner sendo que as duas missões seguintes tiveram a sua designação alterada para Voyager.
     
A Missão
A Mariner 10 tinha como missão primária o estudo dos planetas Mercúrio e Vénus, em relação às suas características físicas, atmosféricas e ambientais. Estava também previsto o estudo do meio interplanetário e a avaliação de técnicas para o deslocamento nesse meio. Esta sonda foi lançada na sua missão através de um foguete Atlas-Centauro, a 3 de novembro de 1973.
Após o lançamento, a sonda foi colocada numa órbita em torno do Sol e numa trajetória em direção a Vénus. Foram, entretanto, detetadas algumas falhas em sistemas a bordo da sonda, nomeadamente com os sistemas de análise de electrostática e com o sistema de aquecimento das câmaras de observação. Durante a trajetória, um conjunto de outros problemas apresentaram-se aos controladores da missão, com especial relevância para o funcionamento irregular da antena de alto ganho, a câmara de navegação e o computador de comando da sonda.
A 5 de fevereiro de 1974, a Mariner 10 cruza a órbita do planeta Vénus, a uma altitude de 5.768 km, transmitindo para a Terra as primeiras imagens detalhadas da espessa atmosfera venusiana. A alteração da trajetória provocada por Vénus (provocada pela redução da velocidade da sonda) coloca a Mariner 10 na direção de Mercúrio.
A sonda cruza a órbita de Mercúrio a 29 de março de 1974, a uma altitude de 704 km. Nesta primeira passagem, obtiveram-se as primeiras (poucas) imagens de Mercúrio e alterou-se a trajetória por forma a permitir mais 2 passagens adicionais - a 21 de setembro do mesmo ano, a uma altitude de 48.000 km, e a 16 de março de 1975, a uma altitude de 327 km. Na segunda e terceira passagens, obtiveram-se um conjunto de imagens detalhadas da superfície mas que, devido à forma da órbita, apenas permitiram a observação de pouco menos de metade da superfície total.
A missão manteve-se operacional até 24 de março de 1975, quando o controlo sobre os sistemas foi perdido. Hoje, a Mariner 10 permanece inativa numa órbita em torno do Sol.
    
Painel de fotografias de Mercúrio, 6 horas antes da primeira passagem junto ao planeta
      
A Sonda
A sonda Mariner 10, era constituída por um chassis octogonal com uma diagonal de 1,39 m. Ligados à estrutura, dois painéis solares com uma área de 2,5 m² forneciam toda a energia necessária à manutenção dos sistemas e dos instrumentos. Também conectado à estrutura octogonal, um braço de 5,8 m que suportava um magnetómetro. No topo da estrutura estava situada a antena, com 1,53 m de diâmetro e com um motor de direcionamento. A transmissão era realizada através das bandas S e X com um débito máximo de 117,6 kilobits por segundo. A propulsão era realizada através de um propulsor com 222 N de potência acoplado a um tanque esférico do combustível localizado no centro da estrutura. O peso total da sonda, no lançamento, era de 503 kg.
    

Carl Orff morreu há quarenta e três anos...

  
Carl Orff (Munique, 10 de julho de 1895 - Munique, 29 de março de 1982) foi um compositor alemão, um dos mais destacados do século XX, famoso sobretudo por sua cantata Carmina Burana.

Contudo, a sua maior contribuição se situa na área da pedagogia musical, com o Método Orff de ensino musical, baseado na percussão e no canto. Orff criou um centro de educação musical para crianças e leigos em 1925, no qual trabalhou até à morte.

   


   
 

Alain Oulman morreu há 35 anos...

(imagem daqui)
   
Alain Robert Oulman (Oeiras, Cruz Quebrada - Dafundo, 15 de junho de 1928 - Paris, 29 de março de 1990) foi o grande responsável por alguns dos maiores sucessos de Amália. Foi também o editor do livro "Le Portugal Baillonné - témoignage" ("Portugal Amordaçado") de Mário Soares.
   
Biografia
Alain Oulman nasceu a 15 de junho de 1928, na Cruz Quebrada, distrito de Lisboa, no seio de uma família judaica tradicional.
Era um apaixonado pelos livros, pela música e por Amália. Foi apresentado a Amália, em 1962, por Luís de Macedo, diplomata em Paris, durante umas férias na Praia do Lisandro, perto da Ericeira. Oulman mostrou a Amália uma música que tinha composto ao piano, sobre o poema Vagamundo de Luís de Macedo.
O álbum Busto, editado em 1962, marcou o início de colaboração de Alain Oulman com Amália. Foi ele quem levou os poetas portugueses, como Luís de Camões, David Mourão-Ferreira, Alexandre O'Neill ou Manuel Alegre, para dentro de casa de Amália. Alain Oulman é também considerado o principal responsável por uma profunda alteração na música que a acompanhava.
Foi também ele que compôs a música do conhecido fado A Minha terra é Viana do poeta Pedro Homem de Mello, do álbum Cantigas numa Língua Antiga.
Oulman, pessoa de esquerda, é perseguido e preso pela PIDE. Amália tudo fez para o apoiar aquando da sua prisão. É deportado para França. "A sua ativa solidariedade com a luta antifascista portuguesa levou-o a ser preso pela PIDE, sendo expulso de Portugal e fixando-se definitivamente em Paris", lê-se no 'site' oficial do Partido Comunista Português.
Oulman escreveu a música para Meu Amor é Marinheiro, com base em A Trova do Amor Lusíada, que Manuel Alegre escreveu quando esteve preso em Caxias.
No disco Com Que Voz, gravado em 1969 mas editado apenas no ano seguinte, Amália canta nomes como Cecília Meireles, Alexandre O'Neill, David Mourão-Ferreira, Manuel Alegre, Camões, Ary dos Santos e Pedro Homem de Mello. O disco receberá o IX Prémio da Crítica Discográfica Italiana (1971), o Grande Prémio da Cidade de Paris e o Grande Prémio do Disco de Paris (1975).
Após o 25 de abril de 1974, Alain Oulman fez parte da minoria que defendeu Amália, quando esta foi acusada de estar ligada ao anterior regime, escrevendo cartas para os jornais "República" e "O Século".
Alain Oulman morreu, na cidade de Paris, a 29 de março de 1990, quando contava 61 anos de idade. A 9 de junho de 1993 foi feito Comendador da Ordem do Infante D. Henrique a título póstumo.
       
Comentários
"Cantei porque para mim era fado. A nobreza que está lá dentro é que conta. Se não tem fado para os outros, para mim tem"
  
"Alain Oulman, que em sucessivos discos publicados nos anos 50 e 60 soube transformar a fadista Amália Rodrigues - cuja popularidade era incontestada desde o final da Segunda Guerra - na «Amalia», sem acento, que se tornou diva internacional. Oulman divulgou a voz, mas soube renovar-lhe a cada passo os atributos com desafios ousados: primeiro, já não apenas a guitarra e a viola, mas também os acompanhamentos orquestrais, depois as variações sobre estes, conduzindo-a ao extremo de um «jazz combo»."
    
"Eu tenho uma proximidade muito maior com a Amália dos anos 60, do período do Oulman. Cabe tudo ali - e é isso que lhe dá dimensão. Nós não podemos reduzi-la - como ela nunca se quis reduzir - a um qualquer sub-género do seu reportório."
Rui Vieira Nery, DN, 2002
   
 

A Ponte Vasco da Gama foi inaugurada há vinte e sete anos

     
A Ponte Vasco da Gama é uma ponte sobre o rio Tejo, na área da Grande Lisboa, ligando Montijo e Alcochete a Lisboa e Sacavém, muito próximo do Parque das Nações, onde se realizou a Expo 98. Inaugurada a 29 de março de 1998, a ponte é a mais longa da Europa e uma das mais extensas do mundo, com os seus 17,3 km de comprimento, dos quais 12 estão sobre as águas do estuário do Tejo. Na sua inauguração foi servida uma feijoada que teve direito a inscrição no Guinness World Records.
O vão (comprimento do tabuleiro) do viaduto central é de 420 metros. Foi construída a fim de constituir uma alternativa à ponte 25 de Abril para o trânsito que circula entre o norte e o sul do país na zona da capital portuguesa.
Aquando da sua construção foi necessário tomar especiais cuidados com o impacto ambiental, visto que atravessa o Parque Natural do Estuário do Tejo, uma importante área à escala europeia de alimentação e nidificação de aves aquáticas. Foi também necessário proceder-se ao realojamento de 300 famílias.
O nome da ponte comemora os 500 anos da chegada de Vasco da Gama à Índia, em 1498.
É uma das mais altas construções de Portugal, com 155 metros de altura.
      

O compositor Maurice Jarre morreu há 16 anos...

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/1/1b/Maurice-Alexis_Jarre.jpg

 

Maurice-Alexis Jarre (Lyon, 13 de setembro de 1924 - Los Angeles, 29 de março de 2009) foi um compositor francês.

Famoso por compor a banda sonora de grandes sucessos de bilheteira, foi vencedor de três Óscares, quatro Globos de Ouros, dois BAFTA e um GRAMMY. Possui uma estrela na Calçada da Fama em Hollywood Boulevard. Além de suas composições para cinema e teatro, também compôs música para ballets, concertos, óperas e cantatas. Era o pai do famoso compositor de música eletrónica Jean Michel Jarre.

 

 Biografia

Maurice Jarre demonstrou seu interesse por música na sua adolescência, e contra a vontade de seu pai, matriculou-se no Conservatório de Paris, onde estudou percussão, composição musical e harmonia.

A sua carreira musical ganhou impulso quando, em 1961, o produtor Sam Spiegel o indicou para trabalhar com David Lean no seu filme Lawrence da Arabia. Inicialmente a música deste filme seria composta por três compositores, sendo que por vários motivos o trabalho ficou totalmente nas mãos de Jarre, o que lhe rendeu o Óscar de melhor banda sonora. Depois deste filme, veio a colaborar em mais três filmes de David Lean: Doutor Jivago, A filha de Ryan e Passagem para a Índia. Dois destes filmes também lhe renderam o Óscar e popularidade, tanto que já estava proposto para compor a banda sonora de outro filme do diretor, intitulado Nostromo, porém Lean morreu antes de chegar a produzi-lo.

Maurice Jarre costumava utilizar muita percussão nas suas bandas sonoras, chegando a incluir instrumentos étnicos como a cítara em Lawrence of Arabia, ou a fujara em A Tin Tambor. Nos anos 80 incluiu arranjos eletrónicos em sua música, e chegou compor uma banda sonora totalmente eletrónica, para o filme The Year of Living Dangerously (O ano em que vivemos em perigo).

 

Vida pessoal

Maurice Jarre foi casado quatro vezes e teve três filhos. Teve seu primeiro filho com Francette Pejot, o músico francês Jean Michel Jarre. Em 1965 casou-se com a atriz francesa Dany Saval e desta relação nasceu a sua primeira filha, Stéfanie Jarre. Depois de se mudar para os Estados Unidos, casou-se novamente com a atriz norte-americana Laura Devon e teve o seu segundo filho, o roteirista norte-americano Kevin Jarre. A sua última esposa foi Fong Khong, com quem esteve desde 1984.

 

in Wikipédia

 

Há quinze anos houve uns estranhos atentados terroristas no Metro de Moscovo


Os atentados terroristas no Metropolitano de Moscovo de 2010 foram dois atentados à bomba causados por terroristas suicidas, alegadamente duas mulheres e que ocorreram na manhã de 29 de março de 2010 no Metropolitano de Moscovo nas estações de Lubyanka e Park Kultury.

As primeiras notícias apontavam para a existência de 32 mortos neste duplo atentado, mas posteriormente esse número foi elevado para 37 mortos, de acordo com notícias oficiais, 25 das quais na estação Lubyanka. A BBC noticiou às 06.18 (GMT) que morreram 15 pessoas na segunda explosão. Há ainda dezenas de passageiros feridos.
  

Astrud Gilberto nasceu há 85 anos...

  
Astrud Gilberto, nascida Astrud Evangelina Weinert (Salvador, 29 de março de 1940Filadélfia, 5 de junho de 2023), foi uma cantorabrasileira de bossa nova e jazz de fama internacional. Foi a primeira mulher a ganhar o Grammy de Música do Ano.

Casada com João Gilberto, entre 1959 e 1964, foi o seu grande incentivador a vencer seu medo de palco e em 1963, mesmo ainda sendo uma cantora amadora na época, e pelo seu inglês excelente (seu pai era professor de línguas), foi a primeira que gravou a versão em inglês de Garota de Ipanema, a segunda música mais gravada de todos os tempos.

Com a sua carreira construída quase completamente no exterior do seu país natal, é amplamente mais conhecida fora do Brasil, facto sobre o qual chegou a desabafar.

 

in Wikipédia

 

Alan Merrill morreu há cinco anos...


Alan Merrill (born Allan Preston Sachs; New York City, February 19, 1951 – New York City, March 29, 2020) was an American vocalist, guitarist and songwriter. In the early 1970s, he was one of the few resident foreigners to achieve pop star status in Japan. He was the writer of, and lead singer on, the first released version of the song "I Love Rock 'n' Roll", which was recorded by his band the Arrows in 1975. The song became a breakthrough hit for Joan Jett in 1982.

Merrill was primarily a vocalist and songwriter, but also played the guitar, bass guitar, harmonica, and keyboards. He died during the COVID-19 pandemic due to complications brought on by the virus. 

 

in Wikipédia

 

sexta-feira, março 28, 2025

Música para apoiar uma estação que custa em se impor...

 

Coro da Primavera -  Xutos & Pontapés 

 

 

Cobre-te canalha
Na mortalha
Hoje o rei vai nu
Os velhos tiranos
De há mil anos
Morrem como tu
Abre uma trincheira
Companheira
Deita-te no chão
Sempre à tua frente
Viste gente
Doutra condição

Ergue-te ó Sol de verão
Somos nós os teus cantores
Da matinal canção
Ouvem-se já os rumores
Ouvem-se já os clamores
Ouvem-se já os tambores

Livra-te do medo
Que bem cedo
Há-de o Sol queimar
E tu camarada
Põe-te em guarda
Que te vão matar
Venham lavradeiras
Mondadeiras
Deste campo em flor
Venham enlaçadas
De mãos dadas
Semear o amor

Ergue-te ó Sol de verão
Somos nós os teus cantores
Da matinal canção
Ouvem-se já os rumores
Ouvem-se já os clamores
Ouvem-se já os tambores

Venha a maré cheia
Duma ideia
Pra nos empurrar
Só um pensamento
No momento
Pra nos despertar
Eia mais um braço
E outro braço
Nos conduz irmão
Sempre a nossa fome
Nos consome
Dá-me a tua mão
Ergue-te ó Sol de verão
Somos nós os teus cantores
Da matinal canção
Ouvem-se já os rumores
Ouvem-se já os clamores
Ouvem-se já os tambores

Hoje é dia de cantar a poesia de Miguel Hernández...

 

Aceituneros

 

Andaluces de Jaén,
aceituneros altivos,
decidme en el alma, ¿quién,
quién levantó los olivos?
No los levantó la nada,
ni el dinero, ni el señor,
sino la tierra callada,
el trabajo y el sudor.
Unidos al agua pura
y a los planetas unidos,
los tres dieron la hermosura
de los troncos retorcidos.
Levántate, olivo cano,
dijeron al pie del viento.
Y el olivo alzó una mano
poderosa de cimiento.
Andaluces de Jaén,
aceituneros altivos, decidme en el alma ¿quién
quién amamantó los olivos?
Vuestra sangre, vuestra vida,
no la del explotador
que se enriqueció en la herida
generosa del sudor.
No la del terrateniente
que os sepultó en la pobreza,
que os pisoteó la frente,
que os redujo la cabeza.
Árboles que vuestro afán
consagró al centro del día
eran principio de un pan
que sólo el otro comía.
¡Cuántos siglos de aceituna,
los pies y las manos presos,
sol a sol y luna a luna,
pesan sobre vuestros huesos!
Andaluces de Jaén,
aceituneros altivos,
pregunta mi alma: ¿de quién,
de quién son estos olivos?
Jaén, levántate brava
sobre tus piedras lunares,
no vayas a ser esclava
con todos tus olivares.
Dentro de la claridad
del aceite y sus aromas,
indican tu libertad
la libertad de tus lomas.

 

Miguel Hernández

Música de aniversariante de hoje...!

Notícia sobre o sismo de Myanmar...

O que causou o sismo que abalou a Tailândia e Myanmar e será que podia ter sido previsto? A ciência explica

Terramoto de magnitude 7.7 na escala de Ritcher matou mais de 150 pessoas.

 

Sismo em Tailândia

    

Um terramoto de magnitude 7.7 na escala de Richter abalou Banguecoque, na Tailândia, e Myanmar (antiga Birmânia), esta sexta-feira. Um segundo terramoto, com uma magnitude de 6.4, abalou a zona 12 minutos mais tarde. Pelo menos 153 pessoas morreram no Myanmar e na Tailândia. No Myanmar há ainda, pelo menos, 732 feridos, informa a estação estatal do Myanmar.

Segundo o Serviço Geológico dos EUA, o sismo ocorreu a 16 quilómetros a noroeste da cidade de Sagaing, centro de Myanmar, a uma profundidade de 10 quilómetros. O abalo foi sentido nas províncias de Yunnan e Sichuan, na China.

 

O que causou o terramoto?

Estas catástrofes naturais ocorrem quando as placas tectónicas chocam umas contra as outras. De acordo com o Serviço Geológico dos EUA, este terramoto em específico ocorreu devido a "uma falha de deslizamento de ataque" entre as placas da Índia e da Eurásia, ou seja, as duas placas tocaram lateralmente uma na outra.

“O terramoto ocorreu na falha de Sagaing, que marca a fronteira das placas tectónicas entre a placa indiana, a oeste, e a placa euro-asiática, a leste. A placa indiana está a mover-se para norte ao longo da falha, em comparação com a placa euro-asiática”, disse Bill McGuire, professor emérito de riscos geofísicos e climáticos na University College London, citado pelo The Guardian

 

O que significam estes valores de magnitude?

Embora a escala de Ritcher seja a mais conhecida pela população para medir a dimensão de um sismo, o padrão atual é a escala de magnitude do momento. Segundo McGuire, “A escala Richter é uma escala antiga desenvolvida para a Califórnia. Só é boa para terramotos mais pequenos e não é muito boa a diferenciar os tamanhos dos choques maiores”.

De acordo com o The Guardian, que cita o Serviço Geológico dos EUA, o cálculo da magnitude do momento baseia-se na resistência da rocha onde ocorreu o deslizamento, na área da falha que deslizou e na distância que a falha percorreu. Assim como a escala de Ritcher, a escala de magnitude do momento é algorítmica - à medida que a magnitude aumenta uma unidade, o grau de abalo do solo envolvido aumenta 10 vezes.

“Este é um terramoto de grandes proporções, qualquer que seja o padrão, e o seu impacto é agravado pelo facto de ter sido muito superficial - apenas a cerca de 10 quilómetros de profundidade. Se tivesse ocorrido a 100 quilómetros de profundidade, o impacto teria sido muito menor, pelo que a profundidade e o tamanho são fundamentais”, explica McGuire. 

 

Haverá mais terramotos?

Segundo Bill McGuire, mais abalos podem ser sentidos nas próximas horas ou dias e "podem derrubar edifícios já enfraquecidos e tornar o trabalho das equipas de salvamento ainda mais difícil”. 

 

O terramoto podia ter sido previsto?

Bill McGuire, citado pelo The Guardian, explica que os terramotos não se podem prever, "no entanto, era esperado num sentido geral, uma vez que ocorreu numa parte da falha que não tinha sofrido uma rutura durante algum tempo, o que é conhecido como um 'fosso' sísmico”.


in CM

Bernardino Machado nasceu há 174 anos...

Bernardino Machado enquanto Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano Unido

 

Bernardino Luís Machado Guimarães (Rio de Janeiro, 28 de março de 1851Santo Ildefonso, Porto, 29 de abril de 1944) foi o terceiro e o oitavo presidente eleito da República Portuguesa. Foi presidente da República Portuguesa por duas vezes: primeiro, de 6 de agosto de 1915 até 5 de dezembro de 1917, quando Sidónio Pais, à frente de uma junta militar, dissolve o Congresso e o destitui, obrigando-o a abandonar o país; mais tarde, em 1925, volta à presidência da República para, um ano depois, voltar a ser destituído, pela revolução militar de 28 de Maio de 1926, que instituirá a Ditadura Militar e abrirá caminho à instauração do Estado Novo

 

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