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sexta-feira, março 28, 2025

Notícia sobre o sismo de Myanmar...

O que causou o sismo que abalou a Tailândia e Myanmar e será que podia ter sido previsto? A ciência explica

Terramoto de magnitude 7.7 na escala de Ritcher matou mais de 150 pessoas.

 

Sismo em Tailândia

    

Um terramoto de magnitude 7.7 na escala de Richter abalou Banguecoque, na Tailândia, e Myanmar (antiga Birmânia), esta sexta-feira. Um segundo terramoto, com uma magnitude de 6.4, abalou a zona 12 minutos mais tarde. Pelo menos 153 pessoas morreram no Myanmar e na Tailândia. No Myanmar há ainda, pelo menos, 732 feridos, informa a estação estatal do Myanmar.

Segundo o Serviço Geológico dos EUA, o sismo ocorreu a 16 quilómetros a noroeste da cidade de Sagaing, centro de Myanmar, a uma profundidade de 10 quilómetros. O abalo foi sentido nas províncias de Yunnan e Sichuan, na China.

 

O que causou o terramoto?

Estas catástrofes naturais ocorrem quando as placas tectónicas chocam umas contra as outras. De acordo com o Serviço Geológico dos EUA, este terramoto em específico ocorreu devido a "uma falha de deslizamento de ataque" entre as placas da Índia e da Eurásia, ou seja, as duas placas tocaram lateralmente uma na outra.

“O terramoto ocorreu na falha de Sagaing, que marca a fronteira das placas tectónicas entre a placa indiana, a oeste, e a placa euro-asiática, a leste. A placa indiana está a mover-se para norte ao longo da falha, em comparação com a placa euro-asiática”, disse Bill McGuire, professor emérito de riscos geofísicos e climáticos na University College London, citado pelo The Guardian

 

O que significam estes valores de magnitude?

Embora a escala de Ritcher seja a mais conhecida pela população para medir a dimensão de um sismo, o padrão atual é a escala de magnitude do momento. Segundo McGuire, “A escala Richter é uma escala antiga desenvolvida para a Califórnia. Só é boa para terramotos mais pequenos e não é muito boa a diferenciar os tamanhos dos choques maiores”.

De acordo com o The Guardian, que cita o Serviço Geológico dos EUA, o cálculo da magnitude do momento baseia-se na resistência da rocha onde ocorreu o deslizamento, na área da falha que deslizou e na distância que a falha percorreu. Assim como a escala de Ritcher, a escala de magnitude do momento é algorítmica - à medida que a magnitude aumenta uma unidade, o grau de abalo do solo envolvido aumenta 10 vezes.

“Este é um terramoto de grandes proporções, qualquer que seja o padrão, e o seu impacto é agravado pelo facto de ter sido muito superficial - apenas a cerca de 10 quilómetros de profundidade. Se tivesse ocorrido a 100 quilómetros de profundidade, o impacto teria sido muito menor, pelo que a profundidade e o tamanho são fundamentais”, explica McGuire. 

 

Haverá mais terramotos?

Segundo Bill McGuire, mais abalos podem ser sentidos nas próximas horas ou dias e "podem derrubar edifícios já enfraquecidos e tornar o trabalho das equipas de salvamento ainda mais difícil”. 

 

O terramoto podia ter sido previsto?

Bill McGuire, citado pelo The Guardian, explica que os terramotos não se podem prever, "no entanto, era esperado num sentido geral, uma vez que ocorreu numa parte da falha que não tinha sofrido uma rutura durante algum tempo, o que é conhecido como um 'fosso' sísmico”.


in CM

Um sismograma do terramoto asiático de hoje...

 

Geofone de Walferdange, Luxemburgo

Terramoto em Myanmar, também sentido na Tailândia, Índia e China...

Sismo na Tailândia

Pelo menos três mortos e 90 desaparecidos após sismo de magnitude 7.7 que abalou a Tailândia e Myanmar

 

Um terramoto de magnitude 7.7 na escala de Richter abalou Banguecoque, na Tailândia, e Myanmar (antiga Birmânia), esta sexta-feira, avança a Associated Press. Um segundo terramoto, com uma magnitude de 6.4, abalou a zona 12 minutos mais tarde. Pelo menos três pessoas foram encontradas mortas, de acordo com as equipas de emergência tailandesas.

Segundo o Serviço Geológico dos EUA, o sismo ocorreu a 16 quilómetros a noroeste da cidade de Sagaing, centro de Myanmar, a uma profundidade de 10 quilómetros. O abalo foi sentido nas províncias de Yunnan e Sichuan, na China. 

Um arranha-céus em construção em Banguecoque desabou na sequência do abalo, deixando 90 trabalhadores debaixo dos escombros, de acordo com o ministro da defesa da Tailândia citado pela Associated Press. Edíficios, escritórios e lojas foram evacuados.   

A primeira-ministra tailandesa, Paetongtarn Shinawatra, declarou o estado de emergência em Banguecoque.

As autoridades de Myanmar anunciaram que um elevado número de vítimas acorreu ao hospital de Naypidaw, a capital do país, na sequência do sismo. Um funcionário do hospital disse à France-Presse que alguns dos feridos estão a ser tratados no exterior das urgências.

“De repente, todo o edifício começou a mover-se, imediatamente houve gritos e muito pânico. Comecei a andar calmamente no início, mas depois o edifício começou a mexer-se a sério, sim, muitos gritos, muito pânico, pessoas a correr para o lado errado nas escadas rolantes, muitos estrondos e choques dentro do centro comercial”, disse Fraser Morton, um turista escocês, que estava num centro comercial de Banguecoque a comprar equipamento fotográfico.  

Tal como milhares de outras pessoas no centro de Banguecoque, Morton procurou refúgio no Parque Benjasiri - longe dos edifícios altos que o rodeavam.

Na capital de Myanmar, Naypyitaw, o terramoto danificou templos religiosos e algumas casas.

Na região de Sagaing, a sudoeste de Mandalay, ruiu uma ponte com 90 anos e alguns troços da autoestrada que liga Mandalay à maior cidade de Myanmar, Yangon.  


in CM

quinta-feira, dezembro 26, 2024

Há vinte anos ocorreu o sismo e tsunami do Oceano Índico de 2004...

Tsunami ao atingir Ao Nang, na Tailândia
    
O sismo e tsunami do Oceano Índico de 2004 foi um terramoto submarino que ocorreu às 00.58.53 horas UTC de 26 de dezembro de 2004, com epicentro na costa oeste de Sumatra, na Indonésia. O terramoto é conhecido pela comunidade científica como o terramoto de Sumatra-Andamão. O tsunami resultante é chamado por diversos nomes, incluindo tsunami do Oceano Índico em 2004, tsunami do sul da Ásia e tsunami da Indonésia.
O terramoto foi causado pela subducção da placa oceânica indo-australiana que desencadeou uma série de tsunamis devastadores ao longo das costas da maioria dos continentes banhados pelo Oceano Índico, matando mais de 230.000 pessoas em catorze países diferentes e inundando comunidades costeiras com ondas de até 30 metros de altura. Foi um dos mais mortais desastres naturais da história. Em número de vítimas, a Indonésia foi o país mais atingido, seguida pelo Sri Lanka, Índia e Tailândia.
Com uma magnitude de entre 9,1 e 9,3 foi o terceiro maior terramoto já registado por sismógrafos. Este sismo teve a maior duração do movimento da falha já observada, entre 8,3 e 10 minutos. Isso fez com que o planeta inteiro vibrasse um centímetro e deu provavelmente origem a outros terramotos em pontos muito distantes do epicentro, como no Alasca, nos Estados Unidos. O seu hipocentro foi a cerca de 30 km de profundidade e o epicentro situou-se entre Simeulue e Sumatra.
A situação de muitos povos e países afetados em todo o mundo provocou uma resposta humanitária. Ao todo, a comunidade mundial doou mais de 14 mil milhões de dólares em ajuda humanitária.
  
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Sismo
O Sismo ocorreu a 26 de dezembro de 2004, por volta das oito da manhã, na hora local da região do seu epicentro, em pleno oceano, a oeste da ilha de Sumatra, nas coordenadas 3,298°N (latitude) e 95,779°O (longitude). O abalo teve magnitude sísmica estimada primeiramente em 8,9 na Escala de Richter, posteriormente elevada para 9,0 e sendo o sismo mais violento registado desde 1960, sendo um dos cinco maiores dos últimos cem anos. Ao tremor de terra seguiu-se um tsunami de cerca de dez metros de altura que devastou as zonas costeiras. O tsunami atravessou o Oceano Índico e provocou destruição nas zonas costeiras da África oriental, nomeadamente na Tanzânia, Somália e Quénia.
O terramoto foi causado por rutura na zona de subducção onde a placa tectónica da Índia e Austrália mergulha por baixo da placa da Birmânia. A linha de rutura está calculada como tendo cerca de 1.200 km de comprimento e a deslocação relativa das placas foi cerca de 15 metros. Este deslocamento pode parecer pouco, mas em condições normais as placas oceânicas movimentam-se com velocidade da ordem do milímetro por ano. A energia libertada provocou o terramoto de magnitude elevada, enquanto que a deslocação do fundo do oceano, quer das placas tectónicas quer de sedimentos remobilizados pelo abalo, deram origem ao tsunami e alteração na rotação da Terra.
O número de vítimas, que era de aproximadamente 150.000, elevou-se para 220 000 quando o governo da Indonésia suspendeu as buscas a 70.000 desaparecidos e os incluiu no saldo de mortos no desastre.
     
Animação mostrando a progressão do tsunami
 
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A propagação do tsunami levou 5 horas para chegar à Austrália Ocidental, 7 horas para chegar à Península Arábica e 11 horas até alcançar a costa sul-africana
       
Efeitos
O sismo de 26 de dezembro alterou em 2,5 cm a posição do Polo Norte. Este movimento sugere uma tendência sísmica já verificada em terramotos anteriores. O sismo também afetou a forma da Terra. A forma da Terra (aplanada nos polos e com maior diâmetro sobre a linha do equador), variou uma parte em 10 milhões, tornando a Terra mais redonda. No entanto, todas as mudanças são muito pequenas para serem percebidas sem instrumentos.
O sismo diminuiu ainda o comprimento dos dias em 6,8 microssegundos, pelo que se depreende que a Terra gira um pouco mais rápido do que o fazia antes.
Sempre que acontecem variações da posição das massas sobre a Terra, como acontece num sismo, estas têm de ser compensadas por variações da velocidade de rotação do planeta. É isto que em Física se designa por conservação do momento angular. Apesar da oscilação do eixo terrestre ter sido muito pequena - abaixo de três microssegundos - o planeta sofreu tal efeito, graças a um tempo superior a três minutos de vibração contínua, na zona do epicentro. Como a Terra não é perfeitamente esférica, mas sim um elipsoide achatado nos polos, as diferentes posições do planeta em relação ao Sol e à Lua, bem como as referidas movimentações de massas, dão origem ao tal movimento. No Brasil os radares mostraram uma elevação dos mares e o radar que alerta como possível tsunami foi acionado.
  
Mapa do epicentro do terramoto e países mais afetados pelo tsunami
      
Países afetados
Os países mais afetados foram:
  
Uma cidade em ruínas próxima da costa de Samatra, em 2 de janeiro de 2005
   
 Vítimas
Países Mortes Feridos Desaparecidos Desalojados
Confirmadas Estimado
Indonésia 126 915 +126 915 ~100 000 37063 400 000 - 700 000
Sri Lanka 30 957 38 195 15 686 5637 ~573 000
Índia 10 749 16 413 5640 380 000
Tailândia 53953 11 000 8457 2932
Somália 298 298 5000
Birmânia 61 290 - 600 45 200 3200 confirmados
Malásia 68–  74 74 299
Maldivas 82 108 26 12000–  22000
Seychelles 1 -  3 3
Tanzânia 10 +10
Bangladesh 2 2
África do Sul 2 2
Quénia 1 2 2
Iémen 1 1
Madagáscar 23000 +1000
Total 174 542 ~193 623 ~125 000 ~51 498 ~1,5 milhão
       

terça-feira, dezembro 26, 2023

O sismo e tsunami do Oceano Índico de 2004 foram há dezanove anos...

Tsunami ao atingir Ao Nang, na Tailândia
    
O sismo e tsunami do Oceano Índico de 2004 foi um terramoto submarino que ocorreu às 00.58.53 horas UTC de 26 de dezembro de 2004, com epicentro na costa oeste de Sumatra, na Indonésia. O terramoto é conhecido pela comunidade científica como o terramoto de Sumatra-Andaman. O tsunami resultante é chamado por diversos nomes, incluindo tsunami do Oceano Índico em 2004, tsunami do sul da Ásia e tsunami da Indonésia.
O terramoto foi causado pela subducção da placa oceânica indo-australiana que desencadeou uma série de tsunamis devastadores ao longo das costas da maioria dos continentes banhados pelo Oceano Índico, matando mais de 230.000 pessoas em catorze países diferentes e inundando comunidades costeiras com ondas de até 30 metros de altura. Foi um dos mais mortais desastres naturais da história. Em número de vítimas, a Indonésia foi o país mais atingido, seguida pelo Sri Lanka, Índia e Tailândia.
Com uma magnitude de entre 9,1 e 9,3 foi o terceiro maior terramoto já registado por sismógrafos. Este sismo teve a maior duração do movimento da falha já observada, entre 8,3 e 10 minutos. Isso fez com que o planeta inteiro vibrasse um centímetro e deu provavelmente origem a outros terramotos em pontos muito distantes do epicentro, como no Alasca, nos Estados Unidos. O seu hipocentro foi a cerca de 30 km de profundidade e o epicentro situou-se entre Simeulue e Samatra.
A situação de muitos povos e países afetados em todo o mundo provocou uma resposta humanitária. Ao todo, a comunidade mundial doou mais de 14 mil milhões de dólares em ajuda humanitária.
     
Sismo
O Sismo ocorreu a 26 de dezembro de 2004, por volta das oito da manhã, na hora local da região do seu epicentro, em pleno oceano, a oeste da ilha de Sumatra, nas coordenadas 3,298°N (latitude) e 95,779°O (longitude). O abalo teve magnitude sísmica estimada primeiramente em 8,9 na Escala de Richter, posteriormente elevada para 9,0 e sendo o sismo mais violento registado desde 1960, sendo um dos cinco maiores dos últimos cem anos. Ao tremor de terra seguiu-se um tsunami de cerca de dez metros de altura que devastou as zonas costeiras. O tsunami atravessou o Oceano Índico e provocou destruição nas zonas costeiras da África oriental, nomeadamente na Tanzânia, Somália e Quénia.
O terramoto foi causado por ruptura na zona de subducção onde a placa tectónica da Índia e Austrália mergulha por baixo da placa da Birmânia. A linha de rutura está calculada como tendo cerca de 1.200 km de comprimento e a deslocação relativa das placas foi cerca de 15 metros. Este deslocamento pode parecer pouco, mas em condições normais as placas oceânicas movimentam-se com velocidade da ordem do milímetro por ano. A energia libertada provocou o terramoto de magnitude elevada, enquanto que a deslocação do fundo do oceano, quer das placas tectónicas quer de sedimentos remobilizados pelo abalo, deram origem ao tsunami e alteração na rotação da Terra.
O número de vítimas, que era de aproximadamente 150.000, elevou-se para 220 000 quando o governo da Indonésia suspendeu as buscas a 70.000 desaparecidos e os incluiu no saldo de mortos no desastre.
     
Animação mostrando a progressão do tsunami
       
Efeitos
O sismo de 26 de dezembro alterou em 2,5 cm a posição do Polo Norte. Este movimento sugere uma tendência sísmica já verificada em terramotos anteriores. O sismo também afetou a forma da Terra. A forma da Terra (aplanada nos polos e com maior diâmetro sobre a linha do equador), variou uma parte em 10 milhões, tornando a Terra mais redonda. No entanto, todas as mudanças são muito pequenas para serem percebidas sem instrumentos.
O sismo diminuiu ainda o comprimento dos dias em 6,8 microssegundos, pelo que se depreende que a Terra gira um pouco mais rápido do que o fazia antes.
Sempre que acontecem variações da posição das massas sobre a Terra, como acontece num sismo, estas têm de ser compensadas por variações da velocidade de rotação do planeta. É isto que em Física se designa por conservação do momento angular. Apesar da oscilação do eixo terrestre ter sido muito pequena - abaixo de três microssegundos - o planeta sofreu tal efeito, graças a um tempo superior a três minutos de vibração contínua, na zona do epicentro. Como a Terra não é perfeitamente esférica, mas sim um elipsoide achatado nos polos, as diferentes posições do planeta em relação ao Sol e à Lua, bem como as referidas movimentações de massas, dão origem ao tal movimento. No Brasil os radares mostraram uma elevação dos mares e o radar que alerta como possível tsunami foi acionado.
  
Mapa do epicentro do terramoto e países mais afetados pelo tsunami
      
Países afetados
Os países mais afetados foram:
  
Uma cidade em ruínas próxima da costa de Samatra, em 2 de janeiro de 2005
   
 Vítimas
Países Mortes Feridos Desaparecidos Desalojados
Confirmadas Estimado
Indonésia 126 915 +126 915 ~100 000 37063 400 000 - 700 000
Sri Lanka 30 957 38 195 15 686 5637 ~573 000
Índia 10 749 16 413 5640 380 000
Tailândia 53953 11 000 8457 2932
Somália 298 298 5000
Birmânia 61 290 - 600 45 200 3200 confirmados
Malásia 68–  74 74 299
Maldivas 82 108 26 12000–  22000
Seychelles 1 -  3 3
Tanzânia 10 +10
Bangladesh 2 2
África do Sul 2 2
Quénia 1 2 2
Iémen 1 1
Madagáscar 23000 +1000
Total 174 542 ~193 623 ~125 000 ~51 498 ~1,5 milhão
       

domingo, dezembro 03, 2023

Trilobites, datação absoluta e tectónica de placas com descobertas interessantes num só achado na Tailândia...!


Trilobites com 490 milhões de anos podem resolver um quebra-cabeças geográfico antigo

 

 

Esta descoberta pode ajudar a descobrir mais dados sobre a história geográfica das outras áreas onde as trilobites foram encontradas que tenham rochas difíceis de datar.

As humildes trilobites, embora extintas há muito tempo, ainda têm muito para nos ensinar sobre a história do nosso planeta.

De facto, estes artrópodes antigos – incluindo 10 espécies recém-descobertas - que viveram há quase 500 milhões de anos - podem conter as peças que faltam no quebra-cabeça sobre como a Tailândia se encaixava no antigo supercontinente de Gondwana.

Um novo estudo publicado na Papers in Palaeontology revela que foram descobertos fósseis de trilobites em rochas vulcânicas numa região pouco estudada da Tailândia, Ko Tarutao, numa camada de rocha verde, designada tufo, que é formada quando as cinzas de erupções se depositam no fundo do mar e são gradualmente comprimidas em rocha sólida.

Dentro do tufo, foram encontrados cristais de zircão, um mineral quimicamente estável e resiliente, que contêm átomos de urânio, que gradualmente se decompõem e se transformam em átomos de chumbo.

Como resultado, os investigadores puderam usar técnicas de isótopos radioativos para datar o zircão e, assim, a idade da erupção que levou à formação do tufo e dos fósseis de trilobites nela contidos.

 

As humildes trilobites podem conter as peças que faltam no quebra-cabeça sobre como a Tailândia se encaixava no antigo supercontinente de Gondwana

 

Descobriu-se que as trilobites datam de há cerca de 490 milhões de anos, durante o período Câmbrico tardio, tornando o tufo um achado raro. “Não há muitos lugares no mundo com isso. É um dos intervalos de tempo menos datados na história da Terra”, disse o coautor Nigel Hughes em um comunicado.

Além de descobrirem 10 novas espécies de trilobites no tufo, os cientistas encontraram 12 tipos de trilobites que nunca tinham sido descobertos na Tailândia, mas foram encontrados em outros lugares.

Juntamente com a datação do tufo, isso pode fornecer pistas sobre onde a região estaria em relação a outros países quando todos faziam parte de Gondwana, o antigo supercontinente.

“Agora podemos conectar a Tailândia a partes da Austrália, uma descoberta realmente empolgante”, explicou a autora principal do estudo, Shelly Wernette. Isso sugere que a região que se tornou a Tailândia moderna estava nas margens externas de Gondwana.

Espera-se que esta descoberta possa ajudar a fornecer mais informações sobre a história geográfica das outras áreas onde as trilobites foram encontradas, mas onde as rochas têm sido difíceis de datar, revela o IFLScience.

“Os tufos permitirão não apenas determinar a idade dos fósseis que encontramos na Tailândia, mas entender melhor partes do mundo como a China, Austrália e até a América do Norte, onde fósseis semelhantes foram encontrados em rochas que não podem ser datadas”, explica Wernette.

 

in ZAP

segunda-feira, dezembro 26, 2022

O sismo e tsunami do Oceano Índico de 2004 foram há dezoito anos...

Tsunami ao atingir Ao Nang, na Tailândia
    
O sismo e tsunami do Oceano Índico de 2004 foi um terramoto submarino que ocorreu às 00.58.53 horas UTC de 26 de dezembro de 2004, com epicentro na costa oeste de Sumatra, na Indonésia. O terramoto é conhecido pela comunidade científica como o terramoto de Sumatra-Andaman. O tsunami resultante é chamado por diversos nomes, incluindo tsunami do Oceano Índico em 2004, tsunami do sul da Ásia e tsunami da Indonésia.
O terramoto foi causado pela subducção da placa oceânica indo-australiana que desencadeou uma série de tsunamis devastadores ao longo das costas da maioria dos continentes banhados pelo Oceano Índico, matando mais de 230.000 pessoas em catorze países diferentes e inundando comunidades costeiras com ondas de até 30 metros de altura. Foi um dos mais mortais desastres naturais da história. Em número de vítimas, a Indonésia foi o país mais atingido, seguida pelo Sri Lanka, Índia e Tailândia.
Com uma magnitude de entre 9,1 e 9,3 foi o terceiro maior terramoto já registado por sismógrafos. Este sismo teve a maior duração do movimento da falha já observada, entre 8,3 e 10 minutos. Isso fez com que o planeta inteiro vibrasse um centímetro e deu provavelmente origem a outros terramotos em pontos muito distantes do epicentro, como no Alasca, nos Estados Unidos. O seu hipocentro foi a cerca de 30 km de profundidade e o epicentro situou-se entre Simeulue e Samatra.
A situação de muitos povos e países afetados em todo o mundo provocou uma resposta humanitária. Ao todo, a comunidade mundial doou mais de 14 mil milhões de dólares em ajuda humanitária.
     
Sismo
O Sismo ocorreu a 26 de dezembro de 2004, por volta das oito da manhã, na hora local da região do seu epicentro, em pleno oceano, a oeste da ilha de Sumatra, nas coordenadas 3,298°N (latitude) e 95,779°O (longitude). O abalo teve magnitude sísmica estimada primeiramente em 8,9 na Escala de Richter, posteriormente elevada para 9,0 e sendo o sismo mais violento registado desde 1960, sendo um dos cinco maiores dos últimos cem anos. Ao tremor de terra seguiu-se um tsunami de cerca de dez metros de altura que devastou as zonas costeiras. O tsunami atravessou o Oceano Índico e provocou destruição nas zonas costeiras da África oriental, nomeadamente na Tanzânia, Somália e Quénia.
O terramoto foi causado por ruptura na zona de subducção onde a placa tectónica da Índia e Austrália mergulha por baixo da placa da Birmânia. A linha de rutura está calculada como tendo cerca de 1.200 km de comprimento e a deslocação relativa das placas foi cerca de 15 metros. Este deslocamento pode parecer pouco, mas em condições normais as placas oceânicas movimentam-se com velocidade da ordem do milímetro por ano. A energia libertada provocou o terramoto de magnitude elevada, enquanto que a deslocação do fundo do oceano, quer das placas tectónicas quer de sedimentos remobilizados pelo abalo, deram origem ao tsunami e alteração na rotação da Terra.
O número de vítimas, que era de aproximadamente 150.000, elevou-se para 220 000 quando o governo da Indonésia suspendeu as buscas a 70.000 desaparecidos e os incluiu no saldo de mortos no desastre.
     
Animação mostrando a evolução do tsunami
       
Efeitos
O sismo de 26 de dezembro alterou em 2,5 cm a posição do Polo Norte. Este movimento sugere uma tendência sísmica já verificada em terramotos anteriores. O sismo também afetou a forma da Terra. A forma da Terra (aplanada nos polos e com maior diâmetro sobre a linha do equador), variou uma parte em 10 milhões, tornando a Terra mais redonda. No entanto, todas as mudanças são muito pequenas para serem percebidas sem instrumentos.
O sismo diminuiu ainda o comprimento dos dias em 6,8 microssegundos, pelo que se depreende que a Terra gira um pouco mais rápido do que o fazia antes.
Sempre que acontecem variações da posição das massas sobre a Terra, como acontece num sismo, estas têm de ser compensadas por variações da velocidade de rotação do planeta. É isto que em Física se designa por conservação do momento angular. Apesar da oscilação do eixo terrestre ter sido muito pequena - abaixo de três microssegundos - o planeta sofreu tal efeito, graças a um tempo superior a três minutos de vibração contínua, na zona do epicentro. Como a Terra não é perfeitamente esférica, mas sim um elipsoide achatado nos polos, as diferentes posições do planeta em relação ao Sol e à Lua, bem como as referidas movimentações de massas, dão origem ao tal movimento. No Brasil os radares mostraram uma elevação dos mares e o radar que alerta como possível tsunami foi acionado.
  
Mapa do epicentro do terramoto e países mais afetados pelo tsunami
      
Países afetados
Os países mais afetados foram:
  
Uma cidade em ruínas próxima da costa de Samatra, em 2 de janeiro de 2005
   
 Vítimas
Países Mortes Feridos Desaparecidos Desalojados
Confirmadas Estimado
Indonésia 126 915 +126 915 ~100 000 37063 400 000 - 700 000
Sri Lanka 30 957 38 195 15 686 56372 ~573 000
Índia 10 749 16 413 5640 380 000
Tailândia 53953 11 000 8457 2932
Somália 298 298 5000
Birmânia 61 290 - 600 45 200 3200 confirmados
Malásia 68–  74 74 299
Maldivas 82 108 26 12000–  22000
Seychelles 1 -  3 3
Tanzânia 10 +10
Bangladesh 2 2
África do Sul 2 2
Quénia 1 2 2
Iémen 1 1
Madagáscar 23000 +1000
Total 174 542 ~193 623 ~125 000 ~51 498 ~1,5 milhão
       

domingo, dezembro 26, 2021

O sismo e tsunami do Oceano Índico de 2004 foi há dezassete anos...

Tsunami ao atingir Ao Nang, na Tailândia
    
O sismo e tsunami do Oceano Índico de 2004 foi um terramoto submarino que ocorreu às 00.58.53 horas UTC de 26 de dezembro de 2004, com epicentro na costa oeste de Sumatra, na Indonésia. O terramoto é conhecido pela comunidade científica como o terramoto de Sumatra-Andaman. O tsunami resultante é chamado por diversos nomes, incluindo tsunami do Oceano Índico em 2004, tsunami do sul da Ásia e tsunami da Indonésia.
O terramoto foi causado pela subducção da placa oceânica indo-australiana que desencadeou uma série de tsunamis devastadores ao longo das costas da maioria dos continentes banhados pelo Oceano Índico, matando mais de 230.000 pessoas em catorze países diferentes e inundando comunidades costeiras com ondas de até 30 metros de altura. Foi um dos mais mortais desastres naturais da história. Em número de vítimas, a Indonésia foi o país mais atingido, seguida pelo Sri Lanka, Índia e Tailândia.
Com uma magnitude de entre 9,1 e 9,3 foi o terceiro maior terramoto já registado por sismógrafos. Este sismo teve a maior duração do movimento da falha já observada, entre 8,3 e 10 minutos. Isso fez com que o planeta inteiro vibrasse um centímetro e deu provavelmente origem a outros terramotos em pontos muito distantes do epicentro, como no Alasca, nos Estados Unidos. O seu hipocentro foi a cerca de 30 km de profundidade e o epicentro situou-se entre Simeulue e Samatra.
A situação de muitos povos e países afetados em todo o mundo provocou uma resposta humanitária. Ao todo, a comunidade mundial doou mais de 14 mil milhões de dólares em ajuda humanitária.
     
Sismo
O Sismo ocorreu a 26 de dezembro de 2004, por volta das oito da manhã, na hora local da região do seu epicentro, em pleno oceano, a oeste da ilha de Sumatra, nas coordenadas 3,298°N (latitude) e 95,779°O (longitude). O abalo teve magnitude sísmica estimada primeiramente em 8,9 na Escala de Richter, posteriormente elevada para 9,0 e sendo o sismo mais violento registado desde 1960, sendo um dos cinco maiores dos últimos cem anos. Ao tremor de terra seguiu-se um tsunami de cerca de dez metros de altura que devastou as zonas costeiras. O tsunami atravessou o Oceano Índico e provocou destruição nas zonas costeiras da África oriental, nomeadamente na Tanzânia, Somália e Quénia.
O terramoto foi causado por ruptura na zona de subducção onde a placa tectónica da Índia e Austrália mergulha por baixo da placa da Birmânia. A linha de rutura está calculada como tendo cerca de 1.200 km de comprimento e a deslocação relativa das placas foi cerca de 15 metros. Este deslocamento pode parecer pouco, mas em condições normais as placas oceânicas movimentam-se com velocidade da ordem do milímetro por ano. A energia libertada provocou o terramoto de magnitude elevada, enquanto que a deslocação do fundo do oceano, quer das placas tectónicas quer de sedimentos remobilizados pelo abalo, deram origem ao tsunami e alteração na rotação da Terra.
O número de vítimas, que era de aproximadamente 150.000, elevou-se para 220 000 quando o governo da Indonésia suspendeu as buscas a 70.000 desaparecidos e os incluiu no saldo de mortos no desastre.
     
Animação mostrando a evolução do tsunami
       
Efeitos
O sismo de 26 de dezembro alterou em 2,5 cm a posição do Polo Norte. Este movimento sugere uma tendência sísmica já verificada em terramotos anteriores. O sismo também afetou a forma da Terra. A forma da Terra (aplanada nos pólos e com maior diâmetro sobre a linha do equador), variou uma parte em 10 milhões, tornando a Terra mais redonda. No entanto, todas as mudanças são muito pequenas para serem percebidas sem instrumentos.
O sismo diminuiu ainda o comprimento dos dias em 6,8 microssegundos, pelo que se depreende que a Terra gira um pouco mais rápido do que o fazia antes.
Sempre que acontecem variações da posição das massas sobre a Terra, como acontece num sismo, estas têm de ser compensadas por variações da velocidade de rotação do planeta. É isto que em Física se designa por conservação do momento angular. Apesar da oscilação do eixo terrestre ter sido muito pequena - abaixo de três microssegundos - o planeta sofreu tal efeito, graças a um tempo superior a três minutos de vibração contínua, na zona do epicentro. Como a Terra não é perfeitamente esférica, mas sim um elipsoide achatado nos pólos, as diferentes posições do planeta em relação ao Sol e à Lua, bem como as referidas movimentações de massas, dão origem ao tal movimento. No Brasil os radares mostraram uma elevação dos mares e o radar que alerta como possível tsunami foi acionado.
  
Mapa do epicentro do terramoto e países mais afetados pelo tsunami
      
Países afetados
Os países mais afetados foram:
  
Uma cidade em ruínas próxima da costa de Samatra, em 2 de janeiro de 2005
   
 Vítimas
Países Mortes Feridos Desaparecidos Desalojados
Confirmadas Estimado
Indonésia 126 915 +126 915 ~100 000 37063 400 000 - 700 000
Sri Lanka 30 957 38 195 15 686 56372 ~573 000
Índia 10 749 16 413 5640 380 000
Tailândia 53953 11 000 8457 2932
Somália 298 298 5000
Birmânia 61 290 - 600 45 200 3200 confirmados
Malásia 68–  74 74 299
Maldivas 82 108 26 12000–  22000
Seychelles 1 -  3 3
Tanzânia 10 +10
Bangladesh 2 2
África do Sul 2 2
Quénia 1 2 2
Iémen 1 1
Madagáscar 23000 +1000
Total 174 542 ~193 623 ~125 000 ~51 498 ~1,5 milhão