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sexta-feira, março 29, 2024

A Mariner 10 chegou a Mercúrio há cinquenta anos...!

      
A Mariner 10 foi uma sonda planetária integrada no Programa Mariner desenvolvido pelos Estados Unidos durante as décadas de 60 e 70. Foi a primeira sonda a utilizar a técnica de aceleração gravítica de um corpo celeste para auxílio à navegação (neste caso, utilizou a massa de Vénus para conseguir atingir Mercúrio). Foi também a primeira sonda a visitar dois planetas distintos (Vénus e Mercúrio).
Até à chegada da sonda MESSENGER a Mercúrio, a 18 de março de 2011, a Mariner 10 era a única sonda a ter visitado o planeta Mercúrio.
Foi a última missão do Programa Mariner sendo que as duas missões seguintes tiveram a sua designação alterada para Voyager.
     
A Missão
A Mariner 10 tinha como missão primária o estudo dos planetas Mercúrio e Vénus, em relação às suas características físicas, atmosféricas e ambientais. Estava também previsto o estudo do meio interplanetário e a avaliação de técnicas para o deslocamento nesse meio. Esta sonda foi lançada na sua missão através de um foguete Atlas-Centauro, a 3 de novembro de 1973.
Após o lançamento, a sonda foi colocada numa órbita em torno do Sol e numa trajetória em direção a Vénus. Foram, entretanto, detetadas algumas falhas em sistemas a bordo da sonda, nomeadamente com os sistemas de análise de electrostática e com o sistema de aquecimento das câmaras de observação. Durante a trajetória, um conjunto de outros problemas apresentaram-se aos controladores da missão, com especial relevância para o funcionamento irregular da antena de alto ganho, a câmara de navegação e o computador de comando da sonda.
A 5 de fevereiro de 1974, a Mariner 10 cruza a órbita do planeta Vénus, a uma altitude de 5.768 km, transmitindo para a Terra as primeiras imagens detalhadas da espessa atmosfera venusiana. A alteração da trajetória provocada por Vénus (provocada pela redução da velocidade da sonda) coloca a Mariner 10 na direção de Mercúrio.
A sonda cruza a órbita de Mercúrio a 29 de março de 1974, a uma altitude de 704 km. Nesta primeira passagem, obtiveram-se as primeiras (poucas) imagens de Mercúrio e alterou-se a trajetória por forma a permitir mais 2 passagens adicionais - a 21 de setembro do mesmo ano, a uma altitude de 48.000 km, e a 16 de março de 1975, a uma altitude de 327 km. Na segunda e terceira passagens, obtiveram-se um conjunto de imagens detalhadas da superfície mas que, devido à forma da órbita, apenas permitiram a observação de pouco menos de metade da superfície total.
A missão manteve-se operacional até 24 de março de 1975, quando o controlo sobre os sistemas foi perdido. Hoje, a Mariner 10 permanece inativa numa órbita em torno do Sol.
    
Painel de fotografias de Mercúrio, 6 horas antes da primeira passagem junto ao planeta
      
A Sonda
A sonda Mariner 10, era constituída por um chassis octogonal com uma diagonal de 1,39 m. Ligados à estrutura, dois painéis solares com uma área de 2,5 m² forneciam toda a energia necessária à manutenção dos sistemas e dos instrumentos. Também conectado à estrutura octogonal, um braço de 5,8 m que suportava um magnetómetro. No topo da estrutura estava situada a antena, com 1,53 m de diâmetro e com um motor de direcionamento. A transmissão era realizada através das bandas S e X com um débito máximo de 117,6 kilobits por segundo. A propulsão era realizada através de um propulsor com 222 N de potência acoplado a um tanque esférico do combustível localizado no centro da estrutura. O peso total da sonda, no lançamento, era de 503 kg.
    

quarta-feira, março 29, 2023

A Mariner 10 chegou a Mercúrio há 49 anos

      
A Mariner 10 foi uma sonda planetária integrada no Programa Mariner desenvolvido pelos Estados Unidos durante as décadas de 60 e 70. Foi a primeira sonda a utilizar a técnica de aceleração gravítica de um corpo celeste para auxílio à navegação (neste caso, utilizou a massa de Vénus para conseguir atingir Mercúrio). Foi também a primeira sonda a visitar dois planetas distintos (Vénus e Mercúrio).
Até à chegada da sonda MESSENGER a Mercúrio, a 18 de março de 2011, a Mariner 10 era a única sonda a ter visitado o planeta Mercúrio.
Foi a última missão do Programa Mariner sendo que as duas missões seguintes tiveram a sua designação alterada para Voyager.
     
A Missão
A Mariner 10 tinha como missão primária o estudo dos planetas Mercúrio e Vénus, em relação às suas características físicas, atmosféricas e ambientais. Estava também previsto o estudo do meio interplanetário e a avaliação de técnicas para o deslocamento nesse meio. Esta sonda foi lançada na sua missão através de um foguete Atlas-Centauro, a 3 de novembro de 1973.
Após o lançamento, a sonda foi colocada numa órbita em torno do Sol e numa trajetória em direção a Vénus. Foram, entretanto, detetadas algumas falhas em sistemas a bordo da sonda, nomeadamente com os sistemas de análise de electrostática e com o sistema de aquecimento das câmaras de observação. Durante a trajetória, um conjunto de outros problemas apresentaram-se aos controladores da missão, com especial relevância para o funcionamento irregular da antena de alto ganho, a câmara de navegação e o computador de comando da sonda.
A 5 de fevereiro de 1974, a Mariner 10 cruza a órbita do planeta Vénus, a uma altitude de 5.768 km, transmitindo para a Terra as primeiras imagens detalhadas da espessa atmosfera venusiana. A alteração da trajetória provocada por Vénus (provocada pela redução da velocidade da sonda) coloca a Mariner 10 na direção de Mercúrio.
A sonda cruza a órbita de Mercúrio a 29 de março de 1974, a uma altitude de 704 km. Nesta primeira passagem, obtiveram-se as primeiras (poucas) imagens de Mercúrio e alterou-se a trajetória por forma a permitir mais 2 passagens adicionais - a 21 de setembro do mesmo ano, a uma altitude de 48.000 km, e a 16 de março de 1975, a uma altitude de 327 km. Na segunda e terceira passagens, obtiveram-se um conjunto de imagens detalhadas da superfície mas que, devido à forma da órbita, apenas permitiram a observação de pouco menos de metade da superfície total.
A missão manteve-se operacional até 24 de março de 1975, quando o controlo sobre os sistemas foi perdido. Hoje, a Mariner 10 permanece inativa numa órbita em torno do Sol.
    
Painel de fotografias de Mercúrio, 6 horas antes da primeira passagem junto ao planeta
      
A Sonda
A sonda Mariner 10, era constituída por um chassis octogonal com uma diagonal de 1,39 m. Ligados à estrutura, dois painéis solares com uma área de 2,5 m² forneciam toda a energia necessária à manutenção dos sistemas e dos instrumentos. Também conectado à estrutura octogonal, um braço de 5,8 m que suportava um magnetómetro. No topo da estrutura estava situada a antena, com 1,53 m de diâmetro e com um motor de direcionamento. A transmissão era realizada através das bandas S e X com um débito máximo de 117,6 kilobits por segundo. A propulsão era realizada através de um propulsor com 222 N de potência acoplado a um tanque esférico do combustível localizado no centro da estrutura. O peso total da sonda, no lançamento, era de 503 kg.
    

terça-feira, março 29, 2022

A Mariner 10 chegou a Mercúrio há 48 anos

      
A Mariner 10 foi uma sonda planetária integrada no Programa Mariner desenvolvido pelos Estados Unidos durante as décadas de 60 e 70. Foi a primeira sonda a utilizar a técnica de aceleração gravítica de um corpo celeste para auxílio à navegação (neste caso, utilizou a massa de Vénus para conseguir atingir Mercúrio). Foi também a primeira sonda a visitar dois planetas distintos (Vénus e Mercúrio).
Até à chegada da sonda MESSENGER a Mercúrio, a 18 de março de 2011, a Mariner 10 era a única sonda a ter visitado o planeta Mercúrio.
Foi a última missão do Programa Mariner sendo que as duas missões seguintes tiveram a sua designação alterada para Voyager.
     
A Missão
A Mariner 10 tinha como missão primária o estudo dos planetas Mercúrio e Vénus, em relação às suas características físicas, atmosféricas e ambientais. Estava também previsto o estudo do meio interplanetário e a avaliação de técnicas para o deslocamento nesse meio. Esta sonda foi lançada na sua missão através de um foguete Atlas-Centauro, a 3 de novembro de 1973.
Após o lançamento, a sonda foi colocada numa órbita em torno do Sol e numa trajetória em direção a Vénus. Foram, entretanto, detetadas algumas falhas em sistemas a bordo da sonda, nomeadamente com os sistemas de análise de electrostática e com o sistema de aquecimento das câmaras de observação. Durante a trajetória, um conjunto de outros problemas apresentaram-se aos controladores da missão, com especial relevância para o funcionamento irregular da antena de alto ganho, a câmara de navegação e o computador de comando da sonda.
A 5 de fevereiro de 1974, a Mariner 10 cruza a órbita do planeta Vénus, a uma altitude de 5.768 km, transmitindo para a Terra as primeiras imagens detalhadas da espessa atmosfera venusiana. A alteração da trajetória provocada por Vénus (provocada pela redução da velocidade da sonda) coloca a Mariner 10 na direção de Mercúrio.
A sonda cruza a órbita de Mercúrio a 29 de março de 1974, a uma altitude de 704 km. Nesta primeira passagem, obtiveram-se as primeiras (poucas) imagens de Mercúrio e alterou-se a trajetória por forma a permitir mais 2 passagens adicionais - a 21 de setembro do mesmo ano, a uma altitude de 48.000 km, e a 16 de março de 1975, a uma altitude de 327 km. Na segunda e terceira passagens, obtiveram-se um conjunto de imagens detalhadas da superfície mas que, devido à forma da órbita, apenas permitiram a observação de pouco menos de metade da superfície total.
A missão manteve-se operacional até 24 de março de 1975, quando o controlo sobre os sistemas foi perdido. Hoje, a Mariner 10 permanece inativa numa órbita em torno do Sol.
    
Painel de fotografias de Mercúrio, 6 horas antes da primeira passagem junto ao planeta
      
A Sonda
A sonda Mariner 10, era constituída por um chassis octogonal com uma diagonal de 1,39 m. Ligados à estrutura, dois painéis solares com uma área de 2,5 m² forneciam toda a energia necessária à manutenção dos sistemas e dos instrumentos. Também conectado à estrutura octogonal, um braço de 5,8 m que suportava um magnetómetro. No topo da estrutura estava situada a antena, com 1,53 m de diâmetro e com um motor de direcionamento. A transmissão era realizada através das bandas S e X com um débito máximo de 117,6 kilobits por segundo. A propulsão era realizada através de um propulsor com 222 N de potência acoplado a um tanque esférico do combustível localizado no centro da estrutura. O peso total da sonda, no lançamento, era de 503 kg.
    

segunda-feira, março 29, 2021

A Mariner 10 chegou a Mercúrio há 47 anos

    
A Mariner 10 foi uma sonda planetária integrada no Programa Mariner desenvolvido pelos Estados Unidos durante as décadas de 60 e 70. Foi a primeira sonda a utilizar a técnica de aceleração gravítica de um corpo celeste para auxílio à navegação (neste caso, utilizou a massa de Vénus para conseguir atingir Mercúrio). Foi também a primeira sonda a visitar dois planetas distintos (Vénus e Mercúrio).
Até à chegada da sonda MESSENGER a Mercúrio, a 18 de março de 2011, a Mariner 10 era a única sonda a ter visitado o planeta Mercúrio.
Foi a última missão do Programa Mariner sendo que as duas missões seguintes tiveram a sua designação alterada para Voyager.
   
A Missão
A Mariner 10 tinha como missão primária o estudo dos planetas Mercúrio e Vénus, em relação às suas características físicas, atmosféricas e ambientais. Estava também previsto o estudo do meio interplanetário e a avaliação de técnicas para o deslocamento nesse meio. Esta sonda foi lançada na sua missão através de um foguete Atlas-Centauro, a 3 de novembro de 1973.
Após o lançamento, a sonda foi colocada numa órbita em torno do Sol e numa trajectória em direcção a Vénus. Foram, entretanto, detectadas algumas falhas em sistemas a bordo da sonda, nomeadamente com os sistemas de análise de electrostática e com o sistema de aquecimento das câmaras de observação. Durante a trajectória, um conjunto de outros problemas apresentaram-se aos controladores da missão, com especial relevância para o funcionamento irregular da antena de alto ganho, a câmara de navegação e o computador de comando da sonda.
A 5 de fevereiro de 1974, a Mariner 10 cruza a órbita do planeta Vénus, a uma altitude de 5.768 km, transmitindo para a Terra as primeiras imagens detalhadas da espessa atmosfera venusiana. A alteração da trajectória provocada por Vénus (provocada pela redução da velocidade da sonda) coloca a Mariner 10 na direcção de Mercúrio.
A sonda cruza a órbita de Mercúrio a 29 de março de 1974, a uma altitude de 704 km. Nesta primeira passagem, obtiveram-se as primeiras (poucas) imagens de Mercúrio e alterou-se a trajectória por forma a permitir mais 2 passagens adicionais - a 21 de setembro do mesmo ano, a uma altitude de 48.000 km, e a 16 de março de 1975, a uma altitude de 327 km. Na segunda e terceira passagens, obtiveram-se um conjunto de imagens detalhadas da superfície mas que, devido à forma da órbita, apenas permitiram a observação de pouco menos de metade da superfície total.
A missão manteve-se operacional até 24 de março de 1975, quando o controlo sobre os sistemas foi perdido. Hoje, a Mariner 10 permanece inativa numa órbita em torno do Sol.
  
Painel de fotografias de Mercúrio, 6 horas antes da primeira passagem junto ao planeta
    
A Sonda
A sonda Mariner 10, era constituída por um chassis octogonal com uma diagonal de 1,39 m. Ligados à estrutura, dois painéis solares com uma área de 2,5 m² forneciam toda a energia necessária à manutenção dos sistemas e dos instrumentos. Também conectado à estrutura octogonal, um braço de 5,8 m que suportava um magnetometro. No topo da estrutura estava situada a antena, com 1,53 m de diâmetro e com um motor de direcionamento. A transmissão era realizada através das bandas S e X com um débito máximo de 117,6 kilobits por segundo. A propulsão era realizada através de um propulsor com 222 N de potência acoplado a um tanque esférico do combustível localizado no centro da estrutura. O peso total da sonda, no lançamento, era de 503 kg.
   

domingo, março 29, 2020

A sonda Mariner 10 chegou a Mercúrio há 46 anos

   
A Mariner 10 foi uma sonda planetária integrada no Programa Mariner desenvolvido pelos Estados Unidos durante as décadas de 1960 e 1970. Foi a primeira sonda a utilizar a técnica de aceleração gravítica de um corpo celeste para auxílio à navegação (neste caso, utilizou a massa de Vénus para conseguir atingir Mercúrio). Foi também a primeira sonda a visitar dois planetas distintos (Vénus e Mercúrio).
Até à chegada da sonda MESSENGER a Mercúrio, a 18 de março de 2011, a Mariner 10 era a única sonda a ter visitado o planeta Mercúrio.
Foi a última missão do Programa Mariner sendo que as duas missões seguintes tiveram a sua designação alterada para Voyager.
  
A Missão
A Mariner 10 tinha como missão primária, o estudo dos planetas Mercúrio e Vénus, em relação às suas características físicas, atmosféricas e ambientais. Estava também previsto o estudo do meio interplanetário e a avaliação de técnicas para o deslocamento nesse meio. Esta sonda foi lançada na sua missão através de um foguete Atlas-Centauro, a 3 de novembro de 1973.
Após o lançamento, a sonda foi colocada numa órbita em torno do Sol e numa trajectória em direcção a Vénus. Foram, entretanto, detectadas algumas falhas em sistemas a bordo da sonda, nomeadamente com os sistemas de análise de electrostática e com o sistema de aquecimento das câmaras de observação. Durante a trajectória, um conjunto de outros problemas apresentaram-se aos controladores da missão, com especial relevância para o funcionamento irregular da antena de alto ganho, a câmara de navegação e o computador de comando da sonda.
A 5 de fevereiro de 1974, a Mariner 10 cruza a órbita do planeta Vénus, a uma altitude de 5.768 km, transmitindo para a Terra as primeiras imagens detalhadas da espessa atmosfera venusiana. A alteração da trajectória provocada por Vénus (provocada pela redução da velocidade da sonda) coloca a Mariner 10 na direcção de Mercúrio.
A sonda cruza a órbita de Mercúrio a 29 de março de 1974, a uma altitude de 704 km. Nesta primeira passagem, obtiveram-se as primeiras (poucas) imagens de Mercúrio e alterou-se a trajectória por forma a permitir mais 2 passagens adicionais - a 21 de setembro do mesmo ano, a uma altitude de 48.000 km, e a 16 de março de 1975, a uma altitude de 327 km. Na segunda e terceira passagens, obtiveram-se um conjunto de imagens detalhadas da superfície mas que, devido à forma da órbita, apenas permitiram a observação de pouco menos de metade da superfície total.
A missão manteve-se operacional até 24 de março de 1975, quando o controlo sobre os sistemas foi perdido. Hoje, a Mariner 10 permanece ainda inativa numa órbita em torno do Sol.
  
Painel de fotografias de Mercúrio, 6 horas antes da primeira passagem junto ao planeta
   
A Sonda
A sonda Mariner 10, era constituída por um chassis octogonal com uma diagonal de 1,39 m. Ligados à estrutura, dois painéis solares com uma área de 2,5 m² forneciam toda a energia necessária à manutenção dos sistemas e dos instrumentos. Também conectado à estrutura octogonal, um braço de 5,8 m que suportava um magnetometro. No topo da estrutura estava situada a antena, com 1,53 m de diâmetro e com um motor de direcionamento. A transmissão era realizada através das bandas S e X com um débito máximo de 117,6 kilobits por segundo. A propulsão era realizada através de um propulsor com 222 N de potência acoplado a um tanque esférico do combustível localizado no centro da estrutura. O peso total da sonda no lançamento era de 503 kg.
   

sexta-feira, março 29, 2019

A sonda Mariner 10 chegou a Mercúrio há 45 anos

A Mariner 10 foi uma sonda planetária integrada no Programa Mariner desenvolvido pelos Estados Unidos durante as décadas de 1960 e 1970. Foi a primeira sonda a utilizar a técnica de aceleração gravítica de um corpo celeste para auxílio à navegação (neste caso, utilizou a massa de Vénus para conseguir atingir Mercúrio). Foi também a primeira sonda a visitar dois planetas distintos (Vénus e Mercúrio).
Até à chegada da sonda MESSENGER a Mercúrio, em março de 2011, a Mariner 10 era a única sonda a ter visitado o planeta Mercúrio.
Foi a última missão do Programa Mariner sendo que as duas missões seguintes tiveram a sua designação alterada para Voyager.
  
Missão
A Mariner 10 tinha como missão primária, o estudo dos planetas Mercúrio e Vénus, em relação às suas características físicas, atmosféricas e ambientais. Estava também previsto o estudo do meio interplanetário e a avaliação de técnicas para o deslocamento nesse meio. Esta sonda foi lançada na sua missão através de um foguete Atlas-Centauro, a 3 de novembro de 1973.
Após o lançamento, a sonda foi colocada numa órbita em torno do Sol e numa trajectória em direcção a Vénus. Foram, entretanto, detectadas algumas falhas em sistemas a bordo da sonda, nomeadamente com os sistemas de análise de electrostática e com o sistema de aquecimento das câmaras de observação. Durante a trajectória, um conjunto de outros problemas apresentaram-se aos controladores da missão, com especial relevância para o funcionamento irregular da antena de alto ganho, a câmara de navegação e o computador de comando da sonda.
A 5 de fevereiro de 1974, a Mariner 10 cruza a órbita do planeta Vénus, a uma altitude de 5.768 km, transmitindo para a Terra as primeiras imagens detalhadas da espessa atmosfera venusiana. A alteração da trajectória provocada por Vénus (provocada pela redução da velocidade da sonda) coloca a Mariner 10 na direcção de Mercúrio.
A sonda cruza a órbita de Mercúrio a 29 de março de 1974, a uma altitude de 704 km. Nesta primeira passagem, obtiveram-se as primeiras (poucas) imagens de Mercúrio e alterou-se a trajectória por forma a permitir mais 2 passagens adicionais - a 21 de setembro do mesmo ano, a uma altitude de 48.000 km, e a 16 de março de 1975, a uma altitude de 327 km. Na segunda e terceira passagens, obtiveram-se um conjunto de imagens detalhadas da superfície mas que, devido à forma da órbita, apenas permitiram a observação de pouco menos de metade da superfície total.
A missão manteve-se operacional até 24 de março de 1975, quando o controlo sobre os sistemas foi perdido. Hoje, a Mariner 10 permanece ainda inativa numa órbita em torno do Sol.

Fotografias compósitas de Mercúrio, 6 horas antes da primeira passagem junto ao planeta
 
 
A Sonda
A sonda Mariner 10, era constituída por um chassis octogonal com uma diagonal de 1,39 m. Ligados à estrutura, dois painéis solares com uma área de 2,5 m² forneciam toda a energia necessária à manutenção dos sistemas e dos instrumentos. Também conectado à estrutura octogonal havia um braço de 5,8 metros e que suportava um magnetometro. No topo da estrutura estava situada a antena, com 1,53 m de diâmetro e com um motor de direcionamento. A transmissão era realizada através das bandas S e X com um débito máximo de 117,6 kilobits por segundo. A propulsão era realizada através de um propulsor com 222 N de potência acoplado a um tanque esférico do combustível localizado no centro da estrutura. O peso total da sonda no lançamento era de 503 kg.
    

sábado, março 29, 2014

Há 40 anos a sonda Mariner 10 chegou finalmente a Mercúrio e começou o 1º mapa do planeta

A Mariner 10 foi uma sonda planetária integrada no Programa Mariner desenvolvido pelos Estados Unidos durante as décadas de 1960 e 1970. Foi a primeira sonda a utilizar a técnica de aceleração gravítica de um corpo celeste para auxílio à navegação (neste caso, utilizou a massa de Vénus para conseguir atingir Mercúrio). Foi também a primeira sonda a visitar dois planetas distintos (Vénus e Mercúrio).
Até à chegada da sonda MESSENGER a Mercúrio, a 18 de março de 2011, a Mariner 10 era a única sonda a ter visitado o planeta Mercúrio.
Foi a última missão do Programa Mariner sendo que as duas missões seguintes tiveram a sua designação alterada para Voyager.

A Missão
A Mariner 10 tinha como missão primária, o estudo dos planetas Mercúrio e Vénus, em relação às suas características físicas, atmosféricas e ambientais. Estava também previsto o estudo do meio interplanetário e a avaliação de técnicas para o deslocamento nesse meio. Esta sonda foi lançada na sua missão através de um foguete Atlas-Centauro, a 3 de novembro de 1973.
Após o lançamento, a sonda foi colocada numa órbita em torno do Sol e numa trajectória em direcção a Vénus. Foram, entretanto, detectadas algumas falhas em sistemas a bordo da sonda, nomeadamente com os sistemas de análise de electrostática e com o sistema de aquecimento das câmaras de observação. Durante a trajectória, um conjunto de outros problemas apresentaram-se aos controladores da missão, com especial relevância para o funcionamento irregular da antena de alto ganho, a câmara de navegação e o computador de comando da sonda.
A 5 de fevereiro de 1974, a Mariner 10 cruza a órbita do planeta Vénus, a uma altitude de 5.768 km, transmitindo para a Terra as primeiras imagens detalhadas da espessa atmosfera venusiana. A alteração da trajectória provocada por Vénus (provocada pela redução da velocidade da sonda) coloca a Mariner 10 na direcção de Mercúrio.
A sonda cruza a órbita de Mercúrio a 29 de março de 1974, a uma altitude de 704 km. Nesta primeira passagem, obtiveram-se as primeiras (poucas) imagens de Mercúrio e alterou-se a trajectória por forma a permitir mais 2 passagens adicionais - a 21 de setembro do mesmo ano, a uma altitude de 48.000 km, e a 16 de março de 1975, a uma altitude de 327 km. Na segunda e terceira passagens, obtiveram-se um conjunto de imagens detalhadas da superfície mas que, devido à forma da órbita, apenas permitiram a observação de pouco menos de metade da superfície total.
A missão manteve-se operacional até 24 de março de 1975, quando o controlo sobre os sistemas foi perdido. Hoje, a Mariner 10 permanece ainda inativa numa órbita em torno do Sol.

Compósito de fotografias de Mercúrio, 6 horas antes da primeira passagem junto ao planeta


A Sonda
A sonda Mariner 10, era constituída por um chassis octogonal com uma diagonal de 1,39 m. Ligados à estrutura, dois painéis solares com uma área de 2,5 m² forneciam toda a energia necessária à manutenção dos sistemas e dos instrumentos. Também conectado à estrutura octogonal, um braço de 5,8 m que suportava um magnetometro. No topo da estrutura estava situada a antena, com 1,53 m de diâmetro e com um motor de direcionamento. A transmissão era realizada através das bandas S e X com um débito máximo de 117,6 kilobits por segundo. A propulsão era realizada através de um propulsor com 222 N de potência acoplado a um tanque esférico do combustível localizado no centro da estrutura. O peso total da sonda no lançamento era de 503 kg.

quinta-feira, março 29, 2012

Mercúrio foi fotografado pela 1ª vez por uma sonda espacial há 38 anos

Mariner 10 foi uma sonda planetária integrada no Programa Mariner desenvolvido pelos Estados Unidos durante as décadas de 1960 e 1970. Foi a primeira sonda a utilizar a técnica de aceleração gravítica de um corpo celeste para auxílio à navegação (neste caso, utilizou a massa de Vénus para conseguir atingir Mercúrio). Foi também a primeira sonda a visitar dois planetas distintos (Vénus e Mercúrio).
Até à chegada da sonda MESSENGER a Mercúrio, em 2008, a Mariner 10 foi a única sonda a ter visitado o planeta Mercúrio.
Foi a última missão do Programa Mariner, pois as duas missões seguintes viram a sua designação alterada para Voyager.

 Foto de Mercúrio, a preto e branco, da sonda Mariner 10

A Mariner 10 tinha como missão primária, o estudo do planeta Mercúrio e Vénus relativamente às características físicas, atmosferas e ambiente. Estava também previsto, o estudo do meio interplanetário e o desenvolvimento de técnicas de exploração planetária. Foi lançada na sua missão através de um foguete Atlas-Centauro a 3 de novembro de 1973.
Após o lançamento, a sonda foi colocada numa órbita em torno do Sol e numa trajectória em direcção a Vénus. Foram, entretanto, detectadas algumas falhas em sistemas a bordo da sonda, nomeadamente com os sistemas de análise de electrostática e com o sistema de aquecimento das câmaras de observação. Durante a trajectória, um conjunto de outros problemas apresentaram-se aos controladores da missão, com especial relevância para o funcionamento irregular da antena de alto ganho, a câmara de navegação e o computador de comando da sonda.
A 5 de fevereiro de 1974, a Mariner 10 cruza a órbita do planeta Vénus a uma altitude de 5768 km transmitindo para a Terra as primeiras imagens detalhadas da espessa atmosfera venusiana. A alteração da trajectória provocada por Vénus (provocada pela redução da velocidade da sonda) coloca a Mariner 10 na direcção de Mercúrio.
A sonda cruza a órbita de Mercúrio em 29 de março de 1974 a uma altitude de 704 km. Nesta primeira passagem, obtiveram-se as primeiras (poucas) imagens de Mercúrio e alterou-se a trajectória por forma a permitir mais 2 passagens adicionais - a 21 de setembro do mesmo ano a uma altitude de 48.000 km e a 16 de março de 1975 a uma altitude de 327 km. Na segunda e terceira passagens, obtiveram-se um conjunto de imagens detalhadas da superfície mas que devido à geometria da órbita apenas permitiram a observação de menos de metade da superfície total.
A missão manteve-se operacional até 24 de março de 1975 quando o controlo sobre os sistemas foi perdido. Hoje, a Mariner 10 permanece numa órbita em torno do Sol.

A sonda era constituída por um chassis octogonal com uma diagonal de 1,39 m. Ligados à estrutura, dois painéis solares com uma área de 2,5 m² forneciam toda a energia necessária à manutenção dos sistemas e dos instrumentos. Tinha ligada à estrutura octogonal um braço de 5,8 m que suportava um magnetometro. No topo da estrutura estava situada a antena de alto ganho, com 1,53 m de diâmetro e com um motor de direccionamento. A transmissão era realizada através das bandas S e X com um débito máximo de 117,6 kilobits por segundo. A propulsão era realizada através de um propulsor com 222 N de potência acoplado a um tanque esférico do combustível localizado no centro da estrutura. O peso total da sonda no lançamento era de 503 kg.

quinta-feira, setembro 29, 2011

Há novidades (e dúvidas...) sobre Mercúrio e a sua formação

Investigação publicada na Science
Observações da sonda Messenger obrigam a repensar formação de Mercúrio

Uma fotografia da superfície de Mercúrio (Carnegie Institution of Washington/NASA)

Não há nada como ver os objectos de perto para os conhecer melhor, e a última vez que se olhou com atenção para Mercúrio foi há 37 anos, com a sonda Mariner 10. Teorias sobre o planeta mais pequeno do Sistema Solar foram feitas a partir destes resultados, mas tudo mudou com a Messenger. A sonda lançada em 2004 começou a orbitar o planeta a 18 de Março deste ano e os dados dos primeiros 90 dias já obrigaram os cientistas a deitar fora aquelas teorias, de acordo com sete artigos publicados nesta quinta-feira na revista Science.

“A presença em abundância de enxofre e potássio na superfície de Mercúrio mostra que o planeta não sofreu as altas temperaturas no início da sua história que pareciam prováveis nas teorias sobre a formação de Mercúrio”, disse Sean Solomon, um dos vários autores dos sete artigos, que trabalha no Instituto Carnegie, em Washington, e que foi o cientista escolhido pela Science para comentar o trabalho, através de um podcast.

Solomon explica que o tamanho de Mercúrio e as forças gravíticas entre os planetas do Sistema Solar levaram gerações de cientistas a concluir que a quantidade de ferro presente no planeta tinha que ser muito maior do que a que existe nos outros planetas do interior do Sistema Solar - Vénus, Terra e Marte. Ou seja, Mercúrio é um planeta densíssimo, com um terço do diâmetro da Terra, com imenso ferro. Em 1974, a Mariner 10, que fez três aproximações a Mercúrio - mas que nunca orbitou o planeta como a Messenger - confirmou esta visão.

As teorias que foram nascendo sobre a sua formação envolviam ou altas temperaturas vindas do Sol, que queimaram uma parte mais externa e mais rochosa do planeta e deixaram a versão mais pequena e mais metálica que hoje conhecemos, ou um outro objecto com um tamanho semelhante ao de Mercúrio que embateu contra este e arrancou essa camada mais rochosa, com a ajuda de altas temperaturas. Em ambos os casos e de acordo com o que se sabe hoje, se isto realmente tivesse acontecido, grande parte do potássio e do enxofre que se encontrou agora à superfície do astro teria sido volatilizada. Por isso, o cientista é peremptório: há que “repensar todas as ideias sobre a formação de Mercúrio”.

Um espectrómetro de raio-X foi o instrumento que permitiu medir estes elementos na superfície do planeta e faz parte dos seis instrumentos principais da Messenger, cujo nome é uma espécie de acrónimo para Mercury Surface, Space Environment, Geochemistry and Raging.

Os instrumentos trouxeram mais surpresas. Os cientistas descobriram uma camada de lava solidificada que cobre seis por cento da área do planeta, o equivalente a três quintos dos Estados Unidos, e tem uma espessura de mais de um quilómetro. A lava brotou de rachas na superfície em grandes quantidades, num fenómeno de vulcanismo que durou pouco tempo e aconteceu entre 3,5 e quatro mil milhões de anos atrás. Esta lava seria tão quente que derretia a superfície, provocando sulcos.
A equipa também descobriu uma paisagem nunca vista, formada por muitos buracos sem bordas salientes, que ocorrem em zonas de substratos brilhantes no meio de crateras de impacto de meteoritos. “A melhor explicação é que há um material destes depósitos que sublimou”, defendeu Solomon. As altas temperaturas diurnas de Mercúrio podem ter volatilizado alguma substância, formando estas concavidades. Isto mostra que ainda “é possível que Mercúrio esteja geologicamente activo”, disse o cientista, acrescentando que a sua superfície pode estar a alterar-se pela perda de alguns materiais.

A sonda tem pelo menos mais seis meses de observação, se a NASA não quiser prolongar os trabalhos. Solomon espera que prolongue. O Sol está a atingir o pico do seu ciclo de actividade e, segundo o cientista, é um privilégio ter um observatório que testemunha esta interacção com o planeta mais próximo da sua estrela. Isto e tentar perceber como é que astros irmãos como Mercúrio, Vénus, Marte e Terra são hoje tão diferentes.

quinta-feira, março 31, 2011

Mercúrio como nunca foi visto

NASA já está a receber fotografias da sonda Messenger
Primeira fotografia de Mercúrio tirada a partir da sua órbita


As duas crateras e o Sul de Mercúrio foram capturados pela Messenger

A NASA já recebeu as primeiras fotografias tiradas pela sonda Messenger que está a orbitar Mercúrio. O planeta mais próximo do Sol nunca tinha sido fotografado a partir da sua órbita.

A fotografia mostra o Sul de Mercúrio a preto e branco coberto de crateras. Um dos acidentes geográficos mais importantes que se pode ver é a enorme cratera Debussy, com os seus raios brancos formados a partir do material projectado durante a colisão do meteoro, que se prolongam por centenas de quilómetros.

Do lado esquerdo desta cratera, a oeste da Debussy, está a cratera Matabei, mais pequena e com raios escuros. Os cientistas pensam que estes raios são provenientes de material escuro, que estava em profundidade, e foi ejectado durante a colisão de outro meteoro.

A parte inferior da fotografia mostra a superfície da região perto do Pólo Sul do planeta, que até agora não tinha sido registada por nenhuma sonda.

Já existiam fotografias de Mercúrio tiradas a partir da Terra e durante as aproximações que a sonda Messenger e a sonda Mariner 10, também da NASA, fizeram ao planeta. A Mariner 10 aproximou-se do planeta em 1974 e 1975.

A Messenger entrou finalmente em órbita de Mercúrio este mês, a 17 de Março, depois de ter feito três aproximações ao planeta. Durante os próximos três dias vai tirar mais 1185 fotografias com o Mercury Dual Imaging System (MDIS). Está máquina tem uma lente capaz de tirar fotografias a cores que vai fotografar áreas desconhecidas e retratar a topografia de Mercúrio com uma resolução alta.

A Messenger transporta ao todo seis instrumentos que vão estudar o planeta durante um ano, a partir de 4 de Abril, até lá a sonda está em preparação. Durante esse tempo, que pode vir a ser prolongado, espera-se que a MDIS obtenha mais de 75 mil fotografias, uma quantidade de informação superior a 12 gigabytes.


domingo, março 20, 2011

Finalmente vamos conhecer bem Mercúrio

Tinha partido há quase sete anos
Sonda Messenger já está na órbita de Mercúrio

O engenho espacial começou a sua viagem há quase sete anos (Foto: NASA)

A sonda americana Messenger tornou-se esta madrugada o primeiro engenho espacial a instalar-se na órbita de Mercúrio, o planeta mais próximo do sol, anunciou a NASA.

A sonda começou a sua rotação em torno de Mercúrio às 02.00 horas e irá continuar em redor do planeta mais quente do sistema solar durante um ano, indicou a agência espacial norte-americana.

O engenho espacial começou a sua viagem há quase sete anos, tendo já passado em diversas ocasiões nas proximidades de Vénus e de Mercúrio, sem nunca se ter instalado nas suas órbitas.

Os instrumentos a bordo do Messenger serão activados e verificados no dia 23 de Março e no dia 4 de Abril irá começar a fase científica da missão.

O aparelho transporta diversos instrumentos científicos, nomeadamente um sistema de recolha de imagens, um espectrómetro de análise da atmosfera e do sol e um espectrómetro de observação do plasma e das partículas energéticas.

A sonda viajará em torno do planeta a uma altitude mínima de 200 quilómetros, precisou a NASA. Tudo isto acontecerá a cerca de 46 milhões de quilómetros do sol.

A sonda já percorreu cerca de oito mil milhões de quilómetros no espaço desde o seu lançamento, em Agosto de 2004.

in Público - ler notícia

NOTA: a notícia tem um erro crasso - Mercúrio não é planeta mais quente do Sistema Solar...