O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Eu não sei, que mais posso ser Um dia Rei, outro dia sem comer Por vezes forte, coragem de Leão As vezes fraco assim é o coração Eu não sei, que mais te posso dar Um dia joias noutro dia o luar Gritos de dor, gritos de prazer Que um homem também chora Quando assim tem de ser
Foram tantas as noites sem dormir Tantos quartos de hotel, amar e partir Promessas perdidas escritas no ar E logo ali eu sei
Que tudo o que eu te dou Tu me das a mim Tudo o que eu sonhei Tu serás assim Tudo o que eu te dou Tu me das a mim E tudo o que eu te dou
Sentado na poltrona, beijas-me a pele morena Fazes aqueles truques que aprendeste no cinema Mais peço-te eu, já me sinto a viajar Para, recomeça, faz-me acreditar Não, dizes tu, e o teu olhar mentiu Enrolados pelo chão no abraço que se viu É madrugada ou é alucinação Estrelas de mil cores, ecstasy ou paixão Hum, esse odor, traz tanta saudade Mata-me de amor ou dá-me liberdade Deixa-me voar, cantar, adormecer
Que tudo o que eu te dou Tu me das a mim Tudo o que eu sonhei Tu serás assim Tudo o que eu te dou Tu me das a mim E tudo o que eu te dou
A Ponte de D. Maria Pia, também designada por Ponte Maria Pia, é uma infra-estrutura ferroviária sobre o Rio Douro, junto à cidade do Porto, em Portugal.
Esta ponte, de metal, apresenta
um tabuleiro com 352 metros de extensão; o arco sob o tabuleiro, de
forma biarticulada, tem 160 metros de corda e 42,60 metros de flecha. A
altura, a partir do nível das águas, é de 61 metros.
Estiveram
em permanência 150 operários a trabalhar, tendo-se utilizado 1.600.000
quilos de ferro. Tendo em consideração as dimensões da largura do rio e
das escarpas envolventes, foi o maior vão construído até essa data,
aplicando-se métodos revolucionários para a época.
A inauguração deu-se a 4 de novembro de 1877, por El-Rei D. Luís I e a rainha D.ª Maria Pia; a cerimónia teve a presença da Banda de Música da Cidade de Espinho.
No último quartel do século XX
tornou-se evidente que a velha ponte já não respondia de forma
satisfatória às necessidades. Dotada de uma só linha, obrigava à
passagem de uma composição de cada vez, a uma velocidade que não podia
ultrapassar os 20 km/h e com cargas limitadas. No entanto, a ponte
esteve em serviço durante 114 anos, como parte da Linha do Norte, até à entrada em serviço da Ponte de S. João, em 1991.
A construção da ponte, em tempo recorde, aliada à dificuldade da transposição do enorme vão, concedeu a Eiffel a fama que procurava desde 1866, altura em que fundou a sua empresa com o engenheiro Théophile Seyrig. Eiffel, para acompanhar os trabalhos de construção da ponte, instalou-se em Barcelos, entre 1875 e 1877.
Gustave Eiffel
publicou na "Revista de Obras Públicas e Minas" uma análise
pormenorizada da construção, onde incluiu quer os projetos, quer o
cálculo dos vários componentes da ponte. Adotando o mesmo modelo,
realizou o Viaduto de Garabit (1880-1884) com 165 metros de vão, a estrutura da Estátua da Liberdade (1884 - 1886) e a Torre Eiffel (1889).
O Palácio de Cristal (1865 - 1951) foi um edifício que existiu no antigo campo da Torre da Marca, na freguesia de Massarelos, na cidade do Porto, em Portugal. Inaugurado em 1865, o Palácio de Cristal original acabou por ser demolido em 1951 para dar lugar ao Pavilhão dos Desportos, hoje Pavilhão Rosa Mota (ou Super Bock Arena).
O Palácio de Cristal, da autoria do arquiteto inglês Thomas Dillen Jones, foi construído em granito, ferro e vidro, tendo o Crystal Palacelondrino por modelo. Media 150 metros de comprimento por 72 metros de largura e era dividido em três naves.
Em 1865 foi armada a primeira Árvore de Natal num espaço público
em Portugal. Majestosa, era decorada com brinquedos, bolas e velas
multicolores, balões, algodão em rama, fitas douradas e prateadas.
Ao longo dos seus 86 anos de existência, o Palácio de Cristal
acolheu muitas outras exposições, destacando-se a exposição das rosas,
em 1879, a exposição agrícola, em 1903 e a Exposição Colonial Portuguesa, inaugurada em junho de 1934. Desta última exposição sobrevive o Monumento ao Esforço Colonizador Português, atualmente colocado no topo oeste da Avenida do Marechal Gomes da Costa.
O Palácio de Cristal foi ainda um importante espaço de cultura,
contendo um órgão de tubos que era dos maiores do mundo. Foi neste
palácio que se realizaram importantes concertos do compositor Viana da Mota ou da virtuosa violoncelista Guilhermina Suggia.
O palácio foi destruído em 1951, tendo-se erguido no seu lugar uma nave de betão armado, a que foi dado o nome de Pavilhão dos Desportos, segundo projeto do arquiteto José Carlos Loureiro
e do engenheiro António dos Santos Soares e a pretexto do Campeonato
Mundial de Hóquei em Patins. O edifício foi demolido em menos de um ano,
sendo destruído à martelada o órgão de tubos. Devido à contestação
popular à demolição, a designação Palácio de Cristal tem sobrevivido até aos nossos dias.
A sua obra inclui uma parte importante da arte barroca e rococó (rocaille) nesta cidade, chegando a envolver alguns dos melhores e mais significativos edifícios do século XVIII
do Porto e arredores. Sobre Nicolau Nasoni subsiste ainda discussão
relativamente a que obras efetivamente projetou, havendo várias cuja autoria suscita dúvidas a vários historiadores de arte.
A sua obra inclui uma parte importante da arte barroca e rococó (rocaille) nesta cidade, chegando a envolver alguns dos melhores e mais significativos edifícios do século XVIII
do Porto e arredores. Sobre Nicolau Nasoni subsiste ainda discussão
relativamente a que obras efetivamente projetou, havendo várias cuja autoria suscita dúvidas a vários historiadores de arte.
Denominado originalmente como Real Teatro de São João, a sua primitiva edificação foi erguida em 1794 por determinação de Francisco de Almada e Mendonça, com projeto do arquiteto italiano Vicente Mazzoneschi, que havia sido cenógrafo do Teatro de São Carlos em Lisboa. Foi inaugurado com a comédia "A Vivandeira", a 13 de maio de 1798, com o intuito de assinalar o aniversário do príncipe D. João (futuro D. João VI), motivo este por que, nos primeiros tempos, ainda lhe deram o nome de Teatro do Príncipe.
A estrutura interior do original Real Teatro de São João era
semelhante à do Teatro de São Carlos, e a sua composição próxima dos
teatros de tipo italiano que, na época, se tinham estabelecido como
regra de sucesso.
Em 11 de abril de 1908 um violento incêndio destruiu completamente o edifício.
Sem se conformar com a perda, logo uma comissão se constituiu para a sua reconstrução, que teve início em 1911, com projeto de Marques da Silva. Foi reinaugurado a 7 de março de 1920 e, em 1992, foi adquirido pelo Estado português.
Hoje, o edifício totalmente reconstruido é um dos principais edifícios da cidade e local de realização dos principais espetáculos culturais, nomeadamente o festival PoNTI -Porto Natal Teatro Internacional, organizado bienalmente.
Em 2012, o teatro foi reclassificado como monumento nacional.
A reclassificação, aprovada em Conselho de Ministros, a 24 de maio, foi
publicada em Diário da República no dia 10 de julho de 2012.
Características
O atual edifício, de aspeto robusto mas sem estilo definido, é composto por uma imponente frontaria guarnecida por quatro colunas jónicas, entre as quais se abrem três janelas de arco pleno e outras tantas portas.
Internamente, a decoração da sala de espetáculos e principais salões ficou a cargo dos pintores Acácio Lino e José de Brito e dos escultores Henrique Moreira, Diogo de Macedo e Sousa Caldas, sendo estes dois últimos responsáveis pelas quatro figuras alegóricas colocadas no friso do entablamento e que representam a Bondade, a Dor, o Ódio e o Amor.
A Casa da Música é a principal sala de concertos do Porto, em Portugal.
Foi projetada pelo arquiteto holandês Rem Koolhaas, como parte do evento Porto Capital Europeia da Cultura em 2001, o Porto 2001, no entanto, a construção só ficou concluída em 2005, transformando-se imediatamente num ícone da cidade.
Vista interior do auditório
Construção
A
Casa da Música foi construída junto da Rotunda da Boavista. O lugar
onde está atualmente o edifício era usado para recolha e reparação dos carros elétricos que circulavam pela cidade do Porto.
O custo inicial previsto para a construção, excluindo o valor dos terrenos, era de 33 milhões de euros, acabando por custar 111,2 milhões de euros e ficando concluída quatro anos depois do prazo inicial previsto.
Em
julho de 1999, quando arrancaram os trabalhos preparatórios, o
objetivo oficial ainda era o de que a Casa da Música abrisse as portas
em dezembro de 2001, a tempo de coincidir com o final da Capital
Europeia da Cultura. Acabou por ser inaugurada em abril de 2005, mas os
trabalhos só foram totalmente encerrados em maio do ano seguinte.
A construção do edifício trouxe novos desafios à engenharia, de maneira a conseguir a forma geométrica ímpar que o edifício tem. Os trabalhos de engenharia estiveram a cargo das empresas Ove Arup em Londres em conjunto com Afassociados, no Porto.
Arquitetura
A arquitetura do edifício foi aclamada internacionalmente. Nicolai Ouroussoff, crítico de arquitectura do New York Times, classificou-o como “o projeto mais atraente que o arquitecto Rem Koolhaas
já alguma vez construiu” e como “um edifício cujo ardor intelectual
está combinado com a sua beleza sensual”. Compara-o também “ao
exuberante projeto” do Museu Guggenheim Bilbao do arquiteto Frank Gehry em Bilbao, Espanha.
“Olhando apenas o aspeto original do edifício, verifica-se que esta é
uma das mais importantes salas de espetáculos construída nos últimos
100 anos”, comparando-o à sala de espetáculos de Walt Disney, em Los Angeles e ao auditório da "Berlim Philharmonic".
Funcionalidade
A Casa da Música possui dois auditórios principais, embora outras áreas
do edifício possam ser adaptadas para concertos ou espetáculos
(oficinas, atividades educacionais, etc.).
O auditório grande tem uma capacidade inicial de 1.238 lugares, mas pode variar de acordo com a ocasião.
O auditório pequeno é flexível, não sendo publicitado um número fixo
de lugares, embora possa ser definida uma média de 300 lugares
sentados e 650 lugares de pé, dependendo do tamanho e da localização do
palco, da disposição das cadeiras, da presença e do tamanho do
equipamento de som e de gravação, etc..
No topo do edifício, existe um terceiro espaço para espetáculos, projetado para 250 lugares.
A chamada Ponte das Barcas foi uma ponte sobre o Rio Douro que existiu na cidade do Porto no início do século XIX, construída sobre barcaças.
A necessidade de haver uma travessia para a margem Sul do Douro
para circulação de pessoas e mercadorias do Porto, constituiu uma
preocupação permanente ao longo dos séculos. Ao longo dos tempos houve
várias "pontes das barcas" construídas para determinados propósitos,
como a rápida deslocação de contingentes militares. No entanto, por
regra a travessia do Douro fazia-se com recursos a barcos, jangadas,
barcaças ou batelões.
A Ponte das Barcas, construída com objetivos mais duradouros, foi projetada por Carlos Amarante e inaugurada a 15 de agosto de 1806. Era constituída por vinte barcas ligadas por cabos de aço e que podia abrir em duas partes para dar passagem ao tráfego fluvial.
Foi nessa ponte que se deu o famoso desastre da Ponte das
Barcas, em que milhares de legionários franceses pereceram, perseguindo
portugueses civis e militares através da ponte e à carga de baionetas das tropas da segunda invasão francesa, comandada pelo marechal Soult, em 29 de março de 1809.
Mais de quatro mil pessoas morreram. Mas os Portugueses conseguiram
alcançar o posto militar da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia, contribuindo para o fracasso da 2ª invasão Francesa.
Anos mais tarde, a cidade do Porto recebeu o famoso título de "Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto".
Reconstruida depois do desastre, a Ponte das Barcas acabaria por ser substituída definitivamente pela Ponte D.ª Maria II, em 1843.
A revolta de 31 de janeiro de 1891 foi o primeiro movimento revolucionário que teve por objetivo a implantação do regime republicano em Portugal. A revolta teve lugar na cidade do Porto.
A 1 de janeiro de 1891 reuniu-se o Partido Republicano em congresso, de onde saiu um diretório eleito constituído por: Teófilo Braga, Manuel de Arriaga, Homem Cristo, Jacinto Nunes, Azevedo e Silva, Bernardino Pinheiro e Magalhães Lima.
Estes homens apresentaram um plano de ação política a longo prazo, que
não incluía a revolta que veio a acontecer, no entanto, a sua
supremacia não era reconhecida por todos os republicanos, principalmente
por aqueles que defendiam uma ação imediata. Estes, além de
revoltados pelo desfecho do episódio do Ultimato, entusiasmaram-se com a
recente proclamação da República no Brasil, a 15 de novembro de 1889.
A revolta tem início na madrugada do dia 31 de janeiro, quando o
Batalhão de Caçadores nº 9, liderados por sargentos, se dirigem para o
Campo de Santo Ovídio, hoje Praça da República, onde se encontra o Regimento de Infantaria
18 (R.I.18). Ainda antes de chegarem, junta-se ao grupo, o alferes
Malheiro, perto da Cadeia da Relação; o Regimento de Infantaria 10,
liderado pelo tenente Coelho; e uma companhia da Guarda Fiscal. Embora
revoltado, o R.I.18, fica retido pelo coronel Meneses de Lencastre, que assim, quis demonstrar a sua neutralidade no movimento revolucionário.
Os revoltosos descem a Rua do Almada, até à Praça de D. Pedro, (hoje Praça da Liberdade), onde, em frente ao antigo edifício da Câmara Municipal do Porto, ouviram Alves da Veiga proclamar da varanda a implantação da república. Acompanhavam-no Felizardo Lima, o advogado António Claro, o Dr. Pais Pinto,
Abade de São Nicolau, o actor Verdial, o chapeleiro Santos Silva, e
outras figuras. Verdial leu a lista de nomes que comporiam o governo
provisório da República e que incluíam: Rodrigues de Freitas, professor;
Joaquim Bernardo Soares, desembargador; José Maria Correia da Silva,
general de divisão; Joaquim d'Azevedo e Albuquerque, lente da Academia;
Morais e Caldas, professor; Pinto Leite, banqueiro; e José Ventura
Santos Reis, médico.
Foi hasteada uma bandeira
vermelha e verde, pertencente a um Centro Democrático Federal. Com
fanfarra, foguetes e vivas à república, a multidão decide subir a Rua de
Santo António, em direção à Praça da Batalha, com o objetivo de tomar a estação de Correios e Telégrafos.
No entanto, o festivo cortejo foi barrado por um forte destacamento da Guarda Municipal, posicionada na escadaria da igreja de Santo Ildefonso,
no topo da rua. O capitão Leitão, que acompanhava os revoltosos e
esperava convencer a guarda a juntar-se-lhes, viu-se ultrapassado pelos
acontecimentos. Em resposta a dois tiros que se crê terem partido da
multidão, a Guarda solta uma cerrada descarga de fuzilaria vitimando
indistintamente militares revoltosos e simpatizantes civis. A multidão
civil entrou em debandada, e com ela alguns soldados.
Os mais bravos tentaram ainda resistir. Cerca de trezentos
barricaram-se na Câmara Municipal, mas por fim, a Guarda, ajudada por
artilharia da Serra do Pilar, por Cavalaria e pelo Regimento de
Infantaria 18, sob as ordens do chefe do Estado Maior do Porto, General Fernando de Magalhães e Menezes, força-os à rendição, às dez da manhã. Terão sido mortos 12 revoltosos e feridos 40.
Desfecho
Alguns dos implicados conseguiram fugir para o estrangeiro: Alves da
Veiga iludiu a vigilância e foi viver para Paris: o jornalista Sampaio
Bruno e o advogado António Claro alcançaram a Espanha, assim como o alferes Augusto Malheiro, que daí emigrou para o Brasil.
Os nomeados para o "Governo Provisório" trataram de esclarecer não
terem dado autorização para o uso dos seus nomes. Dizia o prestigiado
professor Rodrigues de Freitas, enquanto admitia ser
democrata-republicano: "mas não autorizei ninguém a incluir o meu
nome na lista do governo provisório, lida nos Paços do Concelho, no dia
31 de Janeiro, e deploro que um errado modo de encarar os negócios da
nossa infeliz pátria levasse tantas pessoas a tal movimento
revolucionário."
A reação oficial seria como de esperar, implacável, tendo os revoltosos sido julgados por Conselhos de Guerra, a bordo de navios, ao largo de Leixões: o paquete Moçambique, o transporte Índia e a corveta Bartolomeu Dias.
Para além de civis, foram julgados 505 militares. Seriam condenados a
penas entre 18 meses e 15 anos de degredo em África cerca de duzentas e
cinquenta pessoas. Em 1893 alguns seriam libertados, em virtude da
amnistia decretada para os então criminosos políticos da classe civil.
Em memória desta revolta, logo que a república foi implantada em
Portugal, a então designada Rua de Santo António foi rebatizada para Rua de 31 de janeiro,
passando a data a ser celebrada dado que se tratava da primeira de
três revoltas de cariz republicano efetuadas contra a monarquia
constitucional (as outras seriam o Golpe do Elevador da Biblioteca e o 5 de outubro de 1910).
A Monarquia do Norte foi uma contra-revolução ocorrida na cidade do Porto, em 19 de janeiro de 1919, pelas juntas militares favoráveis à restauração da monarquia em Portugal em plena I república portuguesa.
Este breve período, também apelidado de «Monarquia do Quarteirão» por
só ter durado 25 dias (de 19 de janeiro a 13 de fevereiro), foi, em
traços gerais, a última profunda manifestação de revolta monárquica, com
utilização da força, depois da implantação da República em Portugal, em 1910.
Eu não sei, que mais posso ser Um dia Rei, outro dia sem comer Por vezes forte, coragem de Leão As vezes fraco assim é o coração Eu não sei, que mais te posso dar Um dia joias noutro dia o luar Gritos de dor, gritos de prazer Que um homem também chora Quando assim tem de ser
Foram tantas as noites sem dormir Tantos quartos de hotel, amar e partir Promessas perdidas escritas no ar E logo ali eu sei
Que tudo o que eu te dou Tu me das a mim Tudo o que eu sonhei Tu serás assim Tudo o que eu te dou Tu me das a mim E tudo o que eu te dou
Sentado na poltrona, beijas-me a pele morena Fazes aqueles truques que aprendeste no cinema Mais peço-te eu, já me sinto a viajar Para, recomeça, faz-me acreditar Não, dizes tu, e o teu olhar mentiu Enrolados pelo chão no abraço que se viu É madrugada ou é alucinação Estrelas de mil cores, ecstasy ou paixão Hum, esse odor, traz tanta saudade Mata-me de amor ou dá-me liberdade Deixa-me voar, cantar, adormecer
Que tudo o que eu te dou Tu me das a mim Tudo o que eu sonhei Tu serás assim Tudo o que eu te dou Tu me das a mim E tudo o que eu te dou
A Ponte de D. Maria Pia, também designada por Ponte Maria Pia, é uma infra-estrutura ferroviária sobre o Rio Douro, junto à cidade do Porto, em Portugal.
Esta ponte, de metal, apresenta
um tabuleiro com 352 metros de extensão; o arco sob o tabuleiro, de
forma biarticulada, tem 160 metros de corda e 42,60 metros de flecha. A
altura, a partir do nível das águas, é de 61 metros.
Estiveram
em permanência 150 operários a trabalhar, tendo-se utilizado 1.600.000
quilos de ferro. Tendo em consideração as dimensões da largura do rio e
das escarpas envolventes, foi o maior vão construído até essa data,
aplicando-se métodos revolucionários para a época.
A inauguração deu-se a 4 de novembro de 1877 por D. Luís I e D. Maria Pia; a cerimónia teve a presença da Banda de Música da Cidade de Espinho.
No último quartel do século XX
tornou-se evidente que a velha ponte já não respondia de forma
satisfatória às necessidades. Dotada de uma só linha, obrigava à
passagem de uma composição de cada vez, a uma velocidade que não podia
ultrapassar os 20 km/h e com cargas limitadas. No entanto, a ponte
esteve em serviço durante 114 anos, como parte da Linha do Norte, até à entrada em serviço da Ponte de S. João em 1991.
A construção da ponte em tempo recorde, aliada à dificuldade da transposição do enorme vão, concedeu a Eiffel a fama que procurava desde 1866, altura em que fundou a sua empresa com o engenheiro Théophile Seyrig. Eiffel, para acompanhar os trabalhos de construção da ponte, instalou-se em Barcelos entre 1875 e 1877.
Gustave Eiffel
publicou na "Revista de Obras Públicas e Minas" uma análise
pormenorizada da construção, onde incluiu quer os projetos, quer o
cálculo dos vários componentes da ponte. Adotando o mesmo modelo,
realizou o Viaduto de Garabit (1880-1884) com 165 metros de vão, a estrutura da Estátua da Liberdade (1884-1886) e a Torre Eiffel (1889).
O Palácio de Cristal (1865 - 1951) foi um edifício que existiu no antigo campo da Torre da Marca, na freguesia de Massarelos, na cidade do Porto, em Portugal. Inaugurado em 1865, o Palácio de Cristal original acabou por ser demolido em 1951 para dar lugar ao Pavilhão dos Desportos, hoje Pavilhão Rosa Mota (ou Super Bock Arena).
O Palácio de Cristal, da autoria do arquiteto inglês Thomas Dillen Jones, foi construído em granito, ferro e vidro, tendo o Crystal Palacelondrino por modelo. Media 150 metros de comprimento por 72 metros de largura e era dividido em três naves.
Em 1865 foi armada a primeira Árvore de Natal num espaço público
em Portugal. Majestosa, era decorada com brinquedos, bolas e velas
multicolores, balões, algodão em rama, fitas douradas e prateadas.
Ao longo dos seus 86 anos de existência, o Palácio de Cristal
acolheu muitas outras exposições, destacando-se a exposição das rosas,
em 1879, a exposição agrícola, em 1903 e a Exposição Colonial Portuguesa, inaugurada em junho de 1934. Desta última exposição sobrevive o Monumento ao Esforço Colonizador Português, atualmente colocado no topo oeste da Avenida do Marechal Gomes da Costa.
O Palácio de Cristal foi ainda um importante espaço de cultura,
contendo um órgão de tubos que era dos maiores do mundo. Foi neste
palácio que se realizaram importantes concertos do compositor Viana da Mota ou da virtuosa violoncelista Guilhermina Suggia.
O palácio foi destruído em 1951, tendo-se erguido no seu lugar uma nave de betão armado, a que foi dado o nome de Pavilhão dos Desportos, segundo projeto do arquiteto José Carlos Loureiro
e do engenheiro António dos Santos Soares e a pretexto do Campeonato
Mundial de Hóquei em Patins. O edifício foi demolido em menos de um ano,
sendo destruído à martelada o órgão de tubos. Devido à contestação
popular à demolição, a designação Palácio de Cristal tem sobrevivido até aos nossos dias.
A sua obra inclui uma parte importante da arte barroca e rococó (rocaille) nesta cidade, chegando a envolver alguns dos melhores e mais significativos edifícios do século XVIII
do Porto e arredores. Sobre Nicolau Nasoni subsiste ainda discussão
relativamente a que obras efetivamente projetou, havendo várias aqui
mencionadas cuja autoria suscita dúvidas a vários historiadores de arte.
Biografia
Devido
ao trabalho do seu avô, que era empregado na casa Davanzati, talvez
como administrador de bens, presume-se que Nasoni tivesse relações com
fidalgos do Porto, vários dos quais eram padrinhos de seus numerosos irmãos - sendo Nicolau o mais velho de nove.
Antes de se mudar para a cidade do Porto, Nasoni viveu em Siena, onde aprendeu pintura e artes decorativas, e provavelmente arquitectura. Teve como mestres o pintor Giuseppe Nicola Nasini, o arquitecto Franchim e Vicenzo Ferrati. Aos 21 anos, Nasoni era o responsável pelo cadafalso para a Catedral de Siena, por ocasião das cerimónias fúnebres de Fernando III de Médici.
O trabalho deve ter sido bastante apreciado, ou não teria chegado até à
atualidade a notícia da sua execução. Nasoni, para melhor se inserir
no meio artístico, ingressou numa academia de artes - a Accademia dei
Rozzi (Academia dos Rudes). Os colegas da academia deram-lhe a alcunha
de Piangollegio (chorão, lamuriento).
Em 1715 foi nomeado um novo arcebispo para Siena, uma figura importante, sobrinho do Papa Alexandre VII.
Os preparativos para a sua receção foram grandes e a Accademia dei
Rozzi escolheu Nasoni para a execução dos trabalhos artísticos. Alguns
anos mais tarde, por ocasião da eleição do novo grão-mestre da Ordem de Malta,
Nasoni trabalhou no "Carro de Marte" que desfilou no cortejo das
comemorações. E sempre que participou nestas celebrações, as suas obras
causaram sucesso, quer pela riqueza das decorações, quer pela técnica da
construção. Apesar de ser uma arte breve, não passou despercebida a
muitos - entre eles, encontrava-se o Conde Francisco Picolomini que
certamente o teria relatado a António Manuel de Vilhena, o homem que, passados dois anos, seria grão-mestre da Ordem de Malta.
Nasoni mudou-se de Siena para Roma e, mais tarde, para Malta, onde deu os primeiros passos em arquitetura. Foi nesta ilha que assinou e pintou um teto no palácio de Valeta, em 1724, obra dirigida ao português
D. António Manuel de Vilhena, grão-mestre da Ordem de Malta. O trabalho
terá sido muito apreciado, e o tempo que o artista permaneceu em Malta
serviu também para contactar com diversos fidalgos e importantes
personagens ligadas à Igreja Católica, entre eles Roque Távora e Noronha, irmão do então deão da Sé do Porto D. Jerónimo Távora e Noronha.
Foi certamente pela recomendação do seu irmão que o deão da Sé terá
convidado Nicolau Nasoni a deixar a ilha de Malta e partir rumo a uma
cidade que, então, se encontrava em plena revolução artística.
Não é conhecida a data exata em que Nicolau Nasoni chegou à cidade do Porto. Sabe-se apenas que em Novembro de 1725 iniciou um trabalho de pinturas na Sé do Porto. Na época, a Sé — um edifício de matriz românica — encontrava-se em profundas remodelações e foi um dos primeiros edifícios da cidade a sofrer diversas adaptações do estilo barroco. Segundo um documento redigido entre 1717 e 1741 do Cabido da Sé, em que alude às grandes obras que mandou executar, encontra-se a seguinte nota:
«Para
se fazerem logo com perfeição e acerto todas as obras, e se evitar o
perigo de se desmancharem e fazerem 2ª vez por falta de preverem os
erros, vieram não só de Lisboa, mas de outros reynos, arquitectos e
mestres peritos nas artes a que erão respectivas as obras. Veyo Niculau
Nazoni arquitecto, e pintor florentino exercitado em Roma, donde foi
chamado a Malta para pintar o pallacio do Grão M(estre)…»
Os seus trabalhos na Sé duraram vários anos e não sendo o único
artista contratado para as obras de remodelação, tem o privilégio de
trabalhar com artistas portugueses famosos na época, entre os quais se
encontram os arquitetos António Pereira e Miguel Francisco da Silva.
Além dos trabalhos decorativos, Nasoni terá ficado encarregue de
projetar uma nova fachada norte para a Sé, a galilé, em estilo barroco no ano de 1736 - a primeira obra de arquitetura conhecida do artista - e uma pequena fonte adossada à Casa do Despacho da Sé, o Chafariz de São Miguel.
A 31 de Julho de 1729 casou-se nesta cidade com uma fidalganapolitana, D. Isabel Castriotto Riccardi, que viria a falecer um ano mais tarde (1730), muito provavelmente na sequência de complicações no parto do seu único filho, de nome José, nascido alguns dias antes, a 8 de Junho.
O padrinho de José, um fidalgo portuense, empregou Nasoni na obra da
casa e jardim da Quinta da Prelada. Sob influência deste mesmo fidalgo,
em 1731 foi-lhe pedido um projeto para a Igreja dos Clérigos, que o ocupou durante mais de 30 anos, embora o tenha feito gratuitamente, e o imortalizou.
Também em 1731
Nicolau Nasoni voltou a casar-se, desta vez com uma portuguesa, Antónia
Mascarenhas Malafaia, da qual teve cinco filhos, e de quem também
enviuvou mais tarde.
Começou a tocar harmónica com apenas seis anos de idade. Mais tarde deixar-se-ia influenciar por nomes como B. B. King e Eric Clapton. Com 23 anos lançou o álbum "Ar de Rock" gravado com a Banda Sonora (Ramon Galarza e Zé Nabo) e que contou com Carlos Tê e António Pinho na escrita das letras em português. No disco destaca-se o tema "Chico Fininho", que foi um marco na música rock cantada em português.
Em 1981 é editado o single "Um Café e Um Bagaço". Verifica-se uma mudança na banda sonora com a saída de Zé Nabo e a entrada de António Pinho Vargas e Mano Zé.
O álbum "Fora de Moda" é editado em 1982. Contém temas como "Estrela
De Rock And Roll", "A Minha Namorada Até Fala Estrangeiro", "A Gente
Não Lê" e "Sayago Blues".
O álbum "Guardador de Margens" de 1983 tem o seu maior sucesso no tema
"Máquina Zero". O tema título e "A Ilha" são outros temas marcantes
deste disco. Grava o single "Rock da Liberdade" de apoio à eleição de Mário Soares.
Em 1986 foi lançado o álbum homónimo, que esteve para se chamar "Os Vês
pelos Bês", com temas como "Porto Covo", "Beirã", "Negro do Rádio de
Pilhas" e "Porto Sentido". O disco torna-se um grande sucesso. Em 1988 é editado o duplo álbum "Ao Vivo".
1990 é o ano de "Mingos & Os Samurais" com temas como "Não Há Estrelas No Céu",
"A Paixão (Segundo Nicolau da Viola)" e "Baile da Paróquia". O disco
vendeu mais de 140.000 cópias. A seguir novo duplo-álbum com "Auto da Pimenta" desta vez em comemoração dos descobrimentos portugueses.
Ainda em 1992 grava o single "Maubere", de apoio ao povo de Timor, gravado com Carlos Paredes, Nuno Bettencourt, Rão Kyao, Paulo Gonzo e Isabel Campelo. Em 1995 é editado o álbum Lado Lunar cujo tema principal é o tema que dá nome ao disco.
Ainda na década de 90 integrou os Rio Grande, formado por Tim, João Gil, Jorge Palma e Vitorino, num estilo de música popular com influências alentejanas que alcançou uma considerável popularidade. Dessa experiência resultariam dois discos, um de originais em 1996 e outro ao vivo, em 1998.
No ano de 1998 é editado o álbum Avenidas com temas como Todo O Tempo Do Mundo e Jura. Faz ainda o tema principal do filme "Jaime" de António Pedro Vasconcelos, "Não Me Mintas".
Em 2002, a mesma formação dos Rio Grande, mas sem Vitorino, voltou a juntar-se no projecto Cabeças no Ar, dedicado a canções nostálgicas que remontam aos tempos da escola, entre elas O Primeiro Beijo e A Seita Tem Um Radar.
O Concerto Acústico, de 2003, é editado nos formatos CD e DVD. Regressou aos discos de originais, em 2005, com A Espuma das Canções.
Em 2007 é editado o livro "Os Vês Pelos Bês", de Ana Mesquita, com a biografia de Rui Veloso e um "Songook" com 30 das suas melhores canções.
Em 2008 colaborou com a banda Per7ume no tema Intervalo, que foi um sucesso radiofónico. Em 2009 lançou o álbum Rui Veloso ao Vivo no Pavilhão Atlântico. No ano de 2010 comemorou 30 anos de carreira com concertos no Coliseu de Lisboa e no Coliseu do Porto.
Como empresário abriu o seu próprio estúdio, o Estúdio de Vale de Lobos, situado em Vale de Lobos, perto de Belas, e fundou também a editora Maria Records, que acabou por fechar.
No ano de 2012 lança Rui Veloso e Amigos
que contou com a colaboração de nomes como Jorge Palma, Camané, Luís
Represas, Expensive Soul, Carlos do Carmo, Dany Silva, entre outros.
O cantor anunciou em agosto de 2014 que iria suspender a sua carreira,
por considerar "difícil (...) aceitar a realidade do país".
Em 6 de novembro de 2015 comemorou os 35 anos de carreira com um concerto realizado no MEO Arena. Neste concerto Rui Veloso estreou uma canção chamada Do Meu País, com letra do poeta moçambicano Eduardo Costly-White. Do Meu País e Romeu E Juliana são os dois temas inéditos da compilação O Melhor de Rui Veloso lançada ainda em 2015.