O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Lembra-me um sonho lindo, quase acabado Lembra-me um céu aberto, outro fechado Estala-me a veia em sangue, estrangulada Estoira no peito um grito, à desfilada
Canta, rouxinol, canta, não me dês penas Cresce, girassol, cresce entre açucenas Afaga-me o corpo todo, se te pertenço Rasga-me o ventre ardendo em fumo de incenso
Lembra-me um sonho lindo, quase acabado Lembra-me um céu aberto, outro fechado Estala-me a veia em sangue, estrangulada Estoira no peito um grito, à desfilada
Ai! Como eu te quero! Ai! De madrugada! Ai! Alma da terra! Ai! Linda, assim deitada! Ai! Como eu te amo! Ai! Tão sossegada! Ai! Beijo-te o corpo! Ai! Seara tão desejada!
Em março de 2023 foi realizada uma homenagem de Filipe Sambado, Surma e Primeira-Dama a Fausto, na segunda semifinal da 57ª edição do Festival RTP da Canção.
Foram interpretadas as canções "O barco vai de saída", "Como um sonho
acordado", "A guerra é a guerra", "O cortejo dos penitentes" e
"Lembra-me um sonho lindo".
Morreu a 1 de julho de 2024, aos 75 anos, em Lisboa, vítima de doença prolongada.
Europa nascida na Ásia profunda
ó filha do rei fenício Agenor
que Zeus entranhado no corpo de um touro
levou-te p'ra Creta cativo de amor
Europa é de Homero
de helénicas formas
do fórum romano e da cruz
de tantas nações
ariana e semita
ventre das descobertas
da luz
do diverso sistema do modo diferente
da era da guerra e agora da paz
és assim querida Europa
vem que eu te quero toda do mar à montanha
vem que eu quero muito mais bela que o mar
vem vencendo cizânias que os povos sem feudos
sempre se amaram brilhantes em todo o lugar
o teu chão não é traste
de meros mercados
de pauta aduaneira
ou cifrão
é um terrunho de almas
uma ideia
um desejo
de uma nova maneira
em fusão
desfazendo complexos de mapas cor-de-rosa
sem a má consciência no verso e na prosa
só por ti querida Europa
para que sejas tu mesma a decidir o teu uso
para que sejas tu mesma ainda mais natural
não me toques o "beat" à americana
que esse já nós conhecemos na versão original
aguenta-te firme
livre de imitações
espera só mais um pouco
já vai
o que resta e o que sobra
aquela mesma saudade
toda a imaginação
ainda mais
não sentes um vago um suave cheiro a sardinhas
a algazarra nas ruas e o troar dos tambores
somos nós querida Europa
Autor de doze discos, gravados entre 1970 e 2011
(dez de originais, uma coletânea regravada e um disco ao vivo), é
presentemente um importante nome da música portuguesa e da música
popular em particular.
Lembra-me um sonho lindo, quase acabado Lembra-me um céu aberto, outro fechado Estala-me a veia em sangue, estrangulada Estoira no peito um grito, à desfilada
Canta, rouxinol, canta, não me dês penas Cresce, girassol, cresce entre açucenas Afaga-me o corpo todo, se te pertenço Rasga-me o ventre ardendo em fumo de incenso
Lembra-me um sonho lindo, quase acabado Lembra-me um céu aberto, outro fechado Estala-me a veia em sangue, estrangulada Estoira no peito um grito, à desfilada
Ai! Como eu te quero! Ai! De madrugada! Ai! Alma da terra! Ai! Linda, assim deitada! Ai! Como eu te amo! Ai! Tão sossegada! Ai! Beijo-te o corpo! Ai! Seara tão desejada!
Europa nascida na Ásia profunda
ó filha do rei fenício Agenor
que Zeus entranhado no corpo de um touro
levou-te p'ra Creta cativo de amor
Europa é de Homero
de helénicas formas
do fórum romano e da cruz
de tantas nações
ariana e semita
ventre das descobertas
da luz
do diverso sistema do modo diferente
da era da guerra e agora da paz
és assim querida Europa
vem que eu te quero toda do mar à montanha
vem que eu quero muito mais bela que o mar
vem vencendo cizânias que os povos sem feudos
sempre se amaram brilhantes em todo o lugar
o teu chão não é traste
de meros mercados
de pauta aduaneira
ou cifrão
é um terrunho de almas
uma ideia
um desejo
de uma nova maneira
em fusão
desfazendo complexos de mapas cor-de-rosa
sem a má consciência no verso e na prosa
só por ti querida Europa
para que sejas tu mesma a decidir o teu uso
para que sejas tu mesma ainda mais natural
não me toques o "beat" à americana
que esse já nós conhecemos na versão original
aguenta-te firme
livre de imitações
espera só mais um pouco
já vai
o que resta e o que sobra
aquela mesma saudade
toda a imaginação
ainda mais
não sentes um vago um suave cheiro a sardinhas
a algazarra nas ruas e o troar dos tambores
somos nós querida Europa
E parecia aquele Tejo este rio doirado parecia até que tu vinhas comigo a meu lado ou seria das flores e das matas cheirosas das madressilvas dos frutos das ervas babosas
E pareciam campinas vales tão estendidos pareciam mesmo os teus braços que me abraçam cingidos ou seria das silvas do gengibre do benjoim do cheiro daquela chuva dos cacimbos enfim porque haveria de ter saudades tuas ao longo de um claro rio de água doce
E parecia verão no imenso arvoredo parecia até que dizias qualquer coisa em segredo ou seria dos dias muito quedos sem fim das noites muito melhor assombradas assim porque haveria de ter saudades tuas ao longo de um claro rio de água doce
Autor de doze discos, gravados entre 1970 e 2011
(dez de originais, uma coletânea regravada e um disco ao vivo), é
presentemente um importante nome da música portuguesa e da música
popular em particular.
Aprende a nadar, companheiro
aprende a nadar, companheiro
Que a maré se vai levantar
que a maré se vai levantar
Que a liberdade está a passar por aqui
que a liberdade está a passar por aqui
que a liberdade está a passar por aqui
Maré alta
Maré alta
Maré alta
Europa nascida na Ásia profunda
ó filha do rei fenício Agenor
que Zeus entranhado no corpo de um touro
levou-te p'ra Creta cativo de amor
Europa é de Homero
de helénicas formas
do fórum romano e da cruz
de tantas nações
ariana e semita
ventre das descobertas
da luz
do diverso sistema do modo diferente
da era da guerra e agora da paz
és assim querida Europa
vem que eu te quero toda do mar à montanha
vem que eu quero muito mais bela que o mar
vem vencendo cizânias que os povos sem feudos
sempre se amaram brilhantes em todo o lugar
o teu chão não é traste
de meros mercados
de pauta aduaneira
ou cifrão
é um terrunho de almas
uma ideia
um desejo
de uma nova maneira
em fusão
desfazendo complexos de mapas cor-de-rosa
sem a má consciência no verso e na prosa
só por ti querida Europa
para que sejas tu mesma a decidir o teu uso
para que sejas tu mesma ainda mais natural
não me toques o "beat" à americana
que esse já nós conhecemos na versão original
aguenta-te firme
livre de imitações
espera só mais um pouco
já vai
o que resta e o que sobra
aquela mesma saudade
toda a imaginação
ainda mais
não sentes um vago um suave cheiro a sardinhas
a algazarra nas ruas e o troar dos tambores
somos nós querida Europa
Autor de doze discos, gravados entre 1970 e 2011
(dez de originais, uma coletânea regravada e um disco ao vivo), é
presentemente um importante nome da música portuguesa e da música
popular em particular.
Europa nascida na Ásia profunda
ó filha do rei fenício Agenor
que Zeus entranhado no corpo de um touro
levou-te p'ra Creta cativo de amor
Europa é de Homero
de helénicas formas
do fórum romano e da cruz
de tantas nações
ariana e semita
ventre das descobertas
da luz
do diverso sistema do modo diferente
da era da guerra e agora da paz
és assim querida Europa
vem que eu te quero toda do mar à montanha
vem que eu quero muito mais bela que o mar
vem vencendo cizânias que os povos sem feudos
sempre se amaram brilhantes em todo o lugar
o teu chão não é traste
de meros mercados
de pauta aduaneira
ou cifrão
é um terrunho de almas
uma ideia
um desejo
de uma nova maneira
em fusão
desfazendo complexos de mapas cor-de-rosa
sem a má consciência no verso e na prosa
só por ti querida Europa
para que sejas tu mesma a decidir o teu uso
para que sejas tu mesma ainda mais natural
não me toques o "beat" à americana
que esse já nós conhecemos na versão original
aguenta-te firme
livre de imitações
espera só mais um pouco
já vai
o que resta e o que sobra
aquela mesma saudade
toda a imaginação
ainda mais
não sentes um vago um suave cheiro a sardinhas
a algazarra nas ruas e o troar dos tambores
somos nós querida Europa
Fausto Bordalo Dias - Quando às vezes ponho diante dos olhos Álbum: Por Este Rio Acima (1982) Quando às vezes ponho diante dos olhos A lusitana viagem medonha que eu dobrei Os tormentos passados e os fados que chorei Arde o corpo em oração entre pecado e perdão Agonia o coração e arde o corpo Do cotovelo da terra á pestana do mundo Fui treze vezes cativo dezassete vendido Mataram os mares milhares num gemido Ai de mim sou missionário Foge cafre já sou corsário Marinheiro voluntário Ai de mim Quando às vezes ponho diante dos olhos A fúria da onda tremenda rasgada no vento O assombro da fronha de um monstro Que horrenda estampada no breu Ai meu Deus o aperto em que estou Olha o cobre e o ouro Olha o bobo que eu sou Que se escapa o tesouro Que me dá a fraqueza Enriquece bandido A saudade do Tejo O inventário da presa Meu amor dá-me um beijo Afasta-o do sentido E lá vou eu desvalido II Quando às vezes ponho diante dos olhos Os trabalhos tremendos, os perigos que passei O Inferno maldito Infinito que afrontei Vem à boca uma prece A alma inteira estremece Arde Grita Enlouquece E vem à boca Um amargo de morte arrefece-me o corpo Um grande medo Meu Deus Que estala no peito Só o meu coração respira amores perfeitos Que eu nem conto em segredo Que eu risquei do enredo Num latino arremedo Que eu nem conto Quando às vezes ponho diante dos olhos Cobras Lagartos Mostrengos Horríveis Sarnentos O delírio dos rios Das selvas ardentes Da febre a queimar A matar Terra à vista Atenção Espia como mercador Eu cá sou benfeitor Assalta como ladrão Olha o rombo na quilha Olha a tua quadrilha Quem me dera estar longe Empunha o machado Ser um anjo ser monge Aguenta safado Sendo o mais enjeitado III De Lisboa p' rá Índia Da Tartária ao Sião Da China à Etiópia De Ormuz ao Japão P' lo Cabo do Mundo Passei por um triz Da Ilha Maluca À Arábia Feliz São de todas as cores As paixões os ardores Na voragem do cio O amor aplacado Entre esteiras deitado No porão do navio Vai o sonho entornado Quando às vezes ponho diante dos olhos As guerras Assaltos e gritas O sangue a jorrar A alagar Os turcos Senhora bendita Lançados ao mar A afundar Tangendo panelas P'ró diabo que os leve Infiéis tagarelas Filhos de Mafamede Ai da vossa cegueira Dispara o roqueiro No rescaldo da afronta Amordaça o escravo Rezo pela desconta És cruzado és um bravo Dos pecados sem conta IV De Lisboa p' rá Índia Da Tartária ao Sião Da China à Etiópia De Ormuz ao Japão P' lo Cabo do Mundo Passei por um triz Da Ilha Maluca À Arábia Feliz São de todas as cores As paixões os ardores Na voragem do cio O amor aplacado Entre esteiras deitado No porão do navio Vai o sonho entornado Foi de fio a pavio P'ró diabo que os leve Infiéis tagarelas Filhos de Mafamede Ai da vossa cegueira Dispara o roqueiro Amordaça o escravo És cruzado és um bravo Espia como mercador Assalta como ladrão Olha o rombo na quilha Empunha o machado Olha a tua quadrilha Aguenta safado Dos pecados sem conta És o mais enjeitado O aperto em que estás Olha o cobre e o ouro Que se escapa o tesouro Que te dá a fraqueza Enriquece bandido No rescaldo da afronta Ai quem te dera estar longe Ser um anjo ser monge Reza pela desconta Entre apupos e gritas De mãos alevantadas Treme o bom jesuíta Ai Jesus que embrulhada Em pouco mais de dois credos Dois mil mortos no chão Pelejando um milhão Soçobrados em sangue Estalam mil bofetadas No traseiro de um cafre Sobrevoa o milhafre Seis cabeças rachadas Muitas feridas e chagas Numa grande chacina Entre insultos e pragas Chovem panelas de urina Vinte e três afogados Trinta e quatro perdidos Nus e ajoelhados Sem contar os aflitos Pelas pernas abaixo Vai o pobre de mim De Quedá a Samatra De Malaca a Pequim Fugindo a sete pés Quando estoira o convés Perde-se ouro o provento A prata fina a saúde Mas glória santa me ajude A dar graças a Deus Misericórdia infinita Pois eu não me lamento Se ao fim de tantos tormentos Escapei deles com vida O Senhor seja louvado Santos apostolados Viva eu entre os mortais Pois não mereci mais Por meus grandes pecados
Travessia do Deserto - Três Cantos Letra e música - José Mário Branco
Que caminho tão longo! Que viagem tão comprida! Que deserto tão grande Sem fronteira nem medida! .....Águas do pensamento ....Vinde regar o sustento ....Da minha vida Este peso calado Queima o sol por trás do monte Queima o tempo parado Queima o rio com a ponte ....Águas dos meus cansaços ....Semeai os meus passos ....Como uma fonte Ai que sede tão funda! Ai que fome tão antiga! Quantas noites se perdem No amor de cada espiga! ....Ventre calmo da terra ....Leva-me na tua guerra ....Se és minha amiga Que caminho tão longo! Que viagem tão comprida! Que deserto tão grande Sem fronteira nem medida! .....Águas do pensamento ....Vinde regar o sustento ....Da minha vida Este peso calado Queima o sol por trás do monte Queima o tempo parado Queima o rio com a ponte ....Águas dos meus cansaços ....Semeai os meus passos ....Como uma fonte
Mandei-lhe uma carta em papel perfumado E com letra bonita dizia ela tinha Um sorriso luminoso tão triste e gaiato Como o sol de novembro brincando de artista Nas acácias floridas na fímbria do mar E dando calor ao sumo das mangas Sua pele macia era suma-uma Sua pele macia da cor do jambo Cheirando a rosas sua pele macia Guardava as doçuras do corpo rijo Tão rijo e tão doce como um maboque Seus seios laranjas, laranjas do Loge Seus dentes marfim Mandei-lhe essa carta e ela disse que não
Mandei-lhe um cartão Que o amigo Maninho tipografou "Por ti sofre o meu coração" Num canto "sim" noutro canto "não"
E ela o canto do "não" dobrou
Mandei-lhe um recado pela Zefa do sete Pedindo e rogando de joelhos no chão Pela Sra do Cabo, pela Sta Efigénia Me desse a ventura do seu namoro E ela disse que não
Levei à Vó Xica, quimbanda de fama Areia da marca que o seu pé deixou Para que fizesse um feitiço Forte e seguro
Que nela nascesse um amor como o meu E o feitiço falhou
Esperei-a de tarde à porta da fábrica Orfetei-lhe um colar, um anel e um broche Paguei-lhe doces na calçada da Missão Ficamos num banco do Largo da Estátua Afaguei-lhe as mãos falamos de amor E ela disse que não.
Andei barbudo, sujo e descalço
Como um monangamba procuraram por mim Não viu ai não viu, não viu Benjamim E perdido me deram no morro da Samba
Para me distrair levaram-me ao baile Do Só Januário, mas ela lá estava Num canto a rir, contando o meu caso às moças mais lindas do bairro operário
Tocaram uma rumba e dancei com ela E num passo maluco voamos na sala Qual uma estrela riscando o céu E a malta gritou "Aí Benjamim" Olhei-a nos olhos sorriu para mim Pedi-lhe um beijo Lá lá lá lá lá Lá lá lá lá lá E ela disse que sim
Autor de doze discos, gravados entre 1970 e 2011
(dez de originais, uma coletânea regravada e um disco ao vivo), é
presentemente um importante nome da música portuguesa e da música
popular em particular.
Europa nascida na Ásia profunda
ó filha do rei fenício Agenor
que Zeus entranhado no corpo de um touro
levou-te p'ra Creta cativo de amor
Europa é de Homero
de helénicas formas
do fórum romano e da cruz
de tantas nações
ariana e semita
ventre das descobertas
da luz
do diverso sistema do modo diferente
da era da guerra e agora da paz
és assim querida Europa
vem que eu te quero toda do mar à montanha
vem que eu quero muito mais bela que o mar
vem vencendo cizânias que os povos sem feudos
sempre se amaram brilhantes em todo o lugar
o teu chão não é traste
de meros mercados
de pauta aduaneira
ou cifrão
é um terrunho de almas
uma ideia
um desejo
de uma nova maneira
em fusão
desfazendo complexos de mapas cor-de-rosa
sem a má consciência no verso e na prosa
só por ti querida Europa
para que sejas tu mesma a decidir o teu uso
para que sejas tu mesma ainda mais natural
não me toques o "beat" à americana
que esse já nós conhecemos na versão original
aguenta-te firme
livre de imitações
espera só mais um pouco
já vai
o que resta e o que sobra
aquela mesma saudade
toda a imaginação
ainda mais
não sentes um vago um suave cheiro a sardinhas
a algazarra nas ruas e o troar dos tambores
somos nós querida Europa
Autor de doze discos, gravados entre 1970 e 2011 (dez de originais, uma coletânea regravada e um disco ao vivo), é presentemente um importante nome da música portuguesa e da música popular em particular.