segunda-feira, julho 08, 2024

Ferdinand von Zeppelin nasceu há 186 anos

            
Ferdinand Adolf Heinrich August Graf von Zeppelin (Constança, 8 de julho de 1838 - Berlim, 8 de março de 1917) foi um nobre e militar, general alemão, fundador da companhia dirigível Zeppelin.
O nome da banda de rock britânica Led Zeppelin remete para os balões de Ferdinand. A Kriegsmarine desenvolveu o projeto para a construção de um porta-aviões batizado Graf Zeppelin em homenagem ao conde.
  
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Primeira ascensão do LZ-1, em 2 de julho de 1900

Zeppelin, baseado nas ideias de Schwartz, um engenheiro austríaco que havia tentado construir um balão de alumínio em 1887, projetou um aeróstato sob comando, partindo então para tentativas arrojadas, em Friedrichshafen, onde morava.
Além de orientar a edificação de uma fábrica de alumínio, o ousado conde iniciou a construção e montagem dos primeiros dirigíveis rígidos em 1889, e, a despeito das dificuldades, terminou o seu primeiro modelo no ano seguinte. No entanto, o protótipo LZ-1 somente foi aprovado cinco anos depois, sendo que os modelos testados levavam as iniciais LZ, de Ludwig (assistente do conde) e do próprio Zeppelin, antecedendo a numeração.
Apesar do seu projeto ter sido rejeitado pelo Kaiser Guilherme II em 1894, o nobre militar, contando com o apoio da população do povoado na margem do Lago Constança e utilizando todos os seus recursos financeiros, se empenhou na construção de aeronaves com estrutura rígida, numa época em que os balões carregados de gás tinham estrutura flexível.
Em 2 de julho de 1900, fez o voo inaugural do LZ-1, às margens do lago Constança. Porém, o tecido que cobria a estrutura de alumínio do balão se rompeu no pouso; mas o milionário não desistiu. Já estava na bancarrota quando, em 1908, ganhou fama com o LZ-4, ao cruzar os Alpes, numa viagem de 12 horas, sem escalas. Daí por diante, Zeppelin pôde contar com o dinheiro do governo alemão em suas façanhas e os seus dirigíveis transformaram-se em orgulho nacional. Zeppelin instituiu a primeira companhia aérea, a Luftschiffbau-Zeppelin GmbH, em 1909, com uma frota de cinco dirigíveis. Até 1914, quando iniciou a Primeira Grande Guerra, foram mais de 150 mil quilómetros voados, 1.600 voos e mais de 37 mil passageiros transportados. Durante o conflito mundial, ao lado dos nascentes aviões, os dirigíveis alemães foram utilizados para bombardear Paris. Ao longo de sua vida, Zeppelin construiu mais de cem dirigíveis.
 

Porque hoje é preciso recordar Fernão Mendes Pinto, na voz imortal de Fausto...

Poesia de aniversariante de hoje...

 

 

A mulherinha

 

A mulherinha estava a pedir pega-me

naquele olhar de corna mansa, e então

fiz das tripas menores um coração

embrulhei-o em luxúria e num béguin

impetuoso e urgente, qual salame

perverso a mugir trinca-me glutão

abalei a voar no avião

rotativo daquele olhar. Eu chame-me

cão gravata se não valeu a pena!

Ó licor da vingança, ó bruta cena!

Tinha, enfim, sob a espora, sob a mão

soba espúrio, soba ex-puro a esposa

grata do chefe, e sob a esposa a musa

ingrata dum tinteiro da nação.

 

João Pedro Grabato Dias aka António Quadros (pintor)

Moraes Moreira celebra hoje 77 anos

      
Antônio Carlos Moreira Pires, (Ituaçu, 8 de julho de 1947), mais conhecido como Moraes Moreira, é um cantor, compositor e músico brasileiro, ex-integrante do grupo Novos Baianos e que hoje segue uma carreira a solo.
   
Durante a década de 1970, ele foi membro do grupo Novos Baianos, entrando mais tarde numa carreira a solo que rendeu 29 álbuns. Moreira esteve envolvido na gravação de 40 álbuns completos com os Novos Baianos e o trio elétrico Dodô e Osmar, além de mais dois álbuns com o guitarrista Pepeu Gomes. Tornando-se um dos compositores mais versáteis do Brasil, sintetizou géneros como rock, samba, choro, frevo, baião e música erudita. Em 2012, foi eleito como a 98ª maior voz da música brasileira pela Rolling Stone Brasil. Acabou Chorare, lançado pelos Novos Baianos em 1972, foi classificado pela mesma revista como o maior álbum brasileiro de todos os tempos.
       

 


Andy Fletcher nasceu há 63 anos...


Andrew John Leonard Fletcher (Nottingham, 8 July 1961 – Brighton, 26 May 2022), also known as Fletch, was an English keyboard player, DJ, and founding member of the electronic band Depeche Mode. In 2020, he and the band were inducted into the Rock and Roll Hall of Fame.

 

in Wikipédia

 


Joan Osborne nasceu há sessenta e dois anos

   
Joan Elizabeth Osborne (Anchorage, 8 de julho de 1962) é uma cantora norte-americana, mais conhecida pelo nome artístico de Joan Osborne. A sua fama deve-se não só ao seu trabalho com os membros dos The Grateful Dead, mas principalmente devido ao enorme sucesso da canção "One of Us" durante a década de 90.
  

 


Vasco da Gama partiu, com ordem para descobrir o caminho marítimo para a Índia, há 527 anos

Pintura de Vasco da Gama na chegada à Índia, ostentando a bandeira usada nos Descobrimentos: as armas de Portugal e a cruz da Ordem de Cristo, patrocinadores do movimento de expansão iniciado pelo Infante D. Henrique
     
Primeira viagem realizada diretamente da Europa para a Índia, pelo Atlântico, sob o comando do navegador português Vasco da Gama, no reinado do rei D. Manuel I, em 1497-1499. Uma das mais notáveis viagens da era dos Descobrimentos, consolidou a presença marítima e o domínio das rotas comerciais pelos portugueses.
O projeto para o caminho marítimo para a Índia foi delineado por D. João II como medida de redução dos custos nas trocas comerciais com a Ásia e tentativa de monopolizar o comércio das especiarias. A juntar à cada vez mais sólida presença marítima portuguesa, D. João almejava o domínio das rotas comerciais e expansão do reino de Portugal que já se transformava em Império. Porém, o empreendimento não seria realizado durante o seu reinado. Seria o seu sucessor, D. Manuel I que iria designar Vasco da Gama para esta expedição, embora mantendo o plano original.
Porém, este empreendimento não era bem visto pelas altas classes. Nas Cortes de Montemor-o-Novo de 1495 era bem patente a opinião contrária quanto à viagem que D. João II tão esforçadamente havia preparado. Contentavam-se com o comércio da Guiné e do Norte de África e temia-se pela manutenção dos eventuais territórios além-mar, pelo custo implicado na expedição e manutenção das rotas marítimas que daí adviessem. Esta posição é personificada na personagem do Velho do Restelo que aparece, n'Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões, a opor-se ao embarque da armada.
El-Rei D. Manuel não era dessa opinião. Mantendo o plano de D. João II, mandou aparelhar as naus e escolheu Vasco da Gama, cavaleiro da sua casa, para capitão desta armada. Curiosamente, segundo o plano original, D. João II teria designado seu pai, Estêvão da Gama, para chefiar a armada; mas a esta altura tinham ambos já falecido.
A 8 de julho de 1497 iniciava-se a expedição semi-planetária que terminaria dois anos depois, com a entrada da nau Bérrio rio Tejo adentro, trazendo a boa-nova que elevaria Portugal a uma posição de prestígio marítimo.
   

Caminho da expedição (preto); para comparação, caminho de Pêro da Covilhã (laranja) e de Afonso de Paiva (azul) depois da viagem juntos (verde)

Fernão Mendes Pinto morreu há quatrocentos e quarenta e um anos...

Escultura erigida em memória de Fernão Mendes Pinto, em Almada

 

Fernão Mendes Pinto (Montemor-o-Velho, 1510-1514 - Pragal, Almada, 8 de julho de 1583) foi um escravo, mercador, pirata, corsário, jesuíta, missionário, aventureiro e explorador português.

Em 2011 foi homenageado, no ano em que se supôs ser o do 500.º aniversário do seu nascimento, numa Moeda comemorativa de 2 euros. A TAP Air Portugal homenageou-o ao atribuir o seu nome a uma das suas aeronaves. Na freguesia do Pragal foi erigida uma escultura homenageando-o. Essa peça foi inaugurada em 31 de dezembro de 1983, esculpida por António Duarte.
 

Ainda pequeno, um seu tio levou-o para Lisboa onde o pôs ao serviço na casa de D. Jorge de Lencastre, Duque de Aveiro e Mestre da Ordem de Santiago, filho do rei D. João II. Manteve-se aqui durante cerca de cinco anos, dois dos quais como moço da câmara da casa do próprio D. Jorge, facto importante para a comprovação da sua descendência duma classe social que contradizia a precária situação económica que a família então detinha.

No início da sua primeira viagem, o seu navio foi atacado por piratas, que deixaram a tripulação e os passageiros respetivos nus e descalços na praia de Melides, onde foram auxiliados por Margarida de Sousa, mulher de Pedro Pantoja, cavaleiro, comendador de Santiago do Cacém e alcaide-mor do castelo de Santiago do Cacém na acima referida Ordem de Santiago, aliás prima-irmã de D. Jorge de Lencastre. Posteriormente, entrou em conhecimento com Francisco de Faria, que servia o mesmo D. Jorge e era filho bastardo do avô paterno de António de Faria, que mais tarde viria a conhecer e a acompanhar.

Em 1537, parte para a Índia, ao encontro dos seus dois irmãos. De acordo com os relatos da sua obra Peregrinação, foi durante uma expedição ao mar Vermelho em 1538, que Mendes Pinto participou num combate naval com os otomanos, onde foi feito prisioneiro e vendido como escravo a um grego e por este a um judeu sefardita, que o levou para Ormuz, onde foi resgatado por portugueses.

Acompanhou a Malaca Pedro de Faria ou Pero de Faria, onde começou por ser mercador de tecidos e donde fez o ponto de partida para as suas aventuras, tendo percorrido, durante 21 acidentados anos, as costas do Pegu, Arracão, Birmânia, Aiutaia, Sucotai, Sunda, Molucas, China e Japão, grande parte desse tempo ao lado do pirata e corsário António de Faria, que andava por capitão de navios em Malaca e era primo em quinto grau de Pedro ou Pero de Faria. Numa das suas viagens a este país conheceu São Francisco Xavier e, influenciado pela sua personalidade, decidiu entrar para a Companhia de Jesus e promover uma missão jesuíta no Japão.

Sabe-se hoje que não fez realmente parte da primeira expedição portuguesa que logrou alcançar o Japão, a 23 de setembro de 1543, mas sim duma das primeiras. Acontece que os governantes locais que o receberam não tinham ainda visto outros ocidentais e por isso reagiram dizendo-lhe que tinha sido o primeiro a chegar àquelas paragens. A chegada dos portugueses ao Japão foi muito celebrado, e perdura ainda na memória cultural japonesa, porque foi o episódio que permitiu a introdução das armas de fogo naquele país. O próprio Fernão Mendes Pinto insere-se nesse papel, descrevendo o espanto e o interesse do dito rei local (na verdade um daimio) quando viu um dos seus companheiros disparar uma espingarda enquanto caçava.

Em 1554, depois de libertar os seus escravos, vai para o Japão como noviço da Companhia de Jesus e como embaixador do vice-rei e governador D. Afonso de Noronha junto do daimyo de Bungo. Esta viagem constituiu um desencanto para ele, quer no que se refere ao comportamento do seu companheiro, quer no que respeita ao comportamento da própria Companhia. Desgostoso, abandona o noviciado e regressa a Portugal.

Com a ajuda do ex-governador da Índia Francisco Barreto, conseguiu arranjar documentos comprovativos dos sacrifícios realizados pela pátria, que lhe deram direito a uma tença, que nunca recebeu. Desiludido, foi para a sua Quinta de Palença, em Almada, onde se manteve até à morte e onde escreveu, entre 1570 e 1578, a obra que nos legou, a sua inimitável Peregrinação. Esta só viria a ser publicada 20 anos após a morte do autor, receando-se que o original tenha sofrido alterações às quais não seriam alheios os Jesuítas.

Deixou-nos um relato tão fantástico do que viveu (a Peregrinação, publicada postumamente em 1614), que durante muito tempo não se acreditou na sua veracidade; de tal modo que até se fazia um jocoso dito com o seu nome: Fernão Mentes Minto, ou então ainda: Fernão, mentes? Minto!.

Esta ideia de que o que contava era demasiado fantasioso para poder ter-lhe realmente acontecido parte do princípio que se pode julgar um texto do século XVI com os critérios de hoje, mas na verdade o texto é uma inestimável fonte de informação para conhecermos o que sucedia aos navegadores e aventureiros que iam a caminho do extremo-oriente nas caravelas portuguesas, mesmo que nem todas essas coisas tenham acontecido realmente a Fernão Mendes Pinto e que ele tenha compilado alguns relatos que ouviu.

 

Efígie de Fernão Mendes Pinto no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa


Fernão Mendes Pinto fora contemporâneo do auge da expansão marítima portuguesa e da paradoxal decadência interna que assolava as terras lusitanas. Chegou a presenciar a unificação de Portugal com a Espanha sob o governo do Rei Filipe II de Espanha (1556-1598). A presença da Inquisição fez-se particularmente forte nesse período, promulgada por decreto papal do Papa Paulo III em 1536, um ano antes da partida do autor, e efetivada em 1547, sob a instância de D. João III de Portugal.

Em 1558, Fernão Mendes Pinto estabeleceu-se na Quinta de Vale do Rosal, situada na Charneca de Caparica, e acredita-se que foi na mesma que escreveu, entre 1569 e 1578, aquela que viria a tornar-se numa famosa obra literária: Peregrinação. O texto original foi deixado à Casa Pia dos Penitentes que só iria publicá-lo 31 anos após a morte de seu escritor. A tamanha demora na sua publicação é creditada ao temor do autor frente à Inquisição.

De facto, o temor de Fernão Mendes Pinto provou-se justificado uma vez que a versão impressa tem muitas frases apagadas e "corrigidas". Mais gritante ainda é o completo desaparecimento de referências a Companhia de Jesus, uma das mais ativas congregações religiosas no Oriente, e que possuía claras relações com Fernão Mendes Pinto (pois fora membro da mesma anos antes da escrita da obra). O tamanho da obra também era um obstáculo considerável naquela época, ainda mais sem o auxílio financeiro de nenhuma instituição ou mecenas.

Independente disso, a Casa Pia submete os escritos de Pinto ao crivo da Inquisição, que o aprova em 1603, o mesmo ano em que o processo de análise se iniciou. Somente em 1614 o famoso editor Pedro Craesbeeck aceita a empreitada, ainda que o contexto da época não lhe fosse favorável.

Pesavam contra a obra o grande distanciamento temporal e as drásticas mudanças no cenário oriental que Fernão Mendes presenciara e o daquele momento, com as fortes presenças dos ingleses e holandeses na região. Além disso, os seus escritos fariam concorrência com autores muito mais recentes e eruditos, como João de Barros, Luís Vaz de Camões e Fernão Lopes de Castanheda. A Peregrinação deixara de tratar de um assunto de momento para se tornar a descrição de um tempo passado.

Contrariando as expectativas, a Peregrinação torna-se um sucesso, recebendo 19 edições em seis línguas. Abrem-se imediatamente discussões a respeito da veracidade dos eventos narrados. Essa questão é trabalhada por autores como P. G. Adams, Mary Campbell, Maurice Collis e A. Pagden, não se limitando apenas à Peregrinação, mas abrangendo o género de relatos de viagem como um todo. Serão levantadas dúvidas e questões que resultarão numa delimitação mais profunda entre o registo histórico e a ficção.

Percebe-se com isso uma clara mudança nos referenciais da narrativa, não mais os mesmos pelos quais Mendes Pinto se pautava. Já não era mais suficiente para o leitor desse tempo a alegoria medieval. Ele agora exigia uma factualidade efetiva e comprovável, pois ele sentia-se estimulado a ir ver por conta própria essas terras desconhecidas e explorar suas riquezas. Nesse contexto, a precisão do testemunho ocular fazia-se fundamental.

 


Artemisia Gentileschi nasceu há 431 anos

 Autorretrato como Alegoria da Pintura, entre 1638 e 1639

 

Artemisia Gentileschi (Roma, 8 de julho de 1593Nápoles, 1656) foi uma pintora barroca italiana, considerada hoje uma das mais bem-sucedidas pintoras de sua época. Sendo incentivada desde a sua infância na pintura, por seu pai, Orazio Gentileschi, que era um famoso pintor natural da cidade de Pisa, ela tornou-se a primeira mulher a ser membro da academia de pintura de Florença. Muitos dos seus temas são de personagens femininas que aparecem em diversas passagens da Bíblia, porém a sua fama como pintora iniciou-se com a pintura de retratos. Quando o seu pai foi convidado para pintar na corte do rei Carlos I da Inglaterra, Artemisia acompanhou-o, e nesta época ela foi convidada para pintar vários retratos de nobres da corte inglesa. Entre os seus quadros mais conhecidos estão Judite Decapitando Holofernes e Susana e os anciãos. A sua arte já foi ofuscada pelo rapto e estupro que sofreu, mas o que resplandece na atualidade é seu enorme talento.

 

Susana e os Anciões, o seu primeiro trabalho, em 1610

 

La Fontaine nasceu há quatrocentos e três anos

 

Jean de La Fontaine (Château-Thierry, 8 de julho de 1621 - Paris, 13 de abril de 1695) foi um poeta e fabulista francês.
Era filho de um inspetor de águas e florestas, e nasceu na pequena localidade de Château-Thierry. Estudou teologia e direito em Paris, mas o seu maior interesse sempre foi a literatura.
Por desejo do pai, casou-se em 1647 com Marie Héricart. Embora o casamento nunca tenha sido feliz, o casal teve um filho, Charles.
Em 1652 La Fontaine assumiu o cargo de seu pai, como inspetor de águas, mas alguns anos depois colocou-se ao serviço do ministro das finanças Nicolas Fouquet, mecenas de vários artistas, a quem dedicou uma coletânea de poemas.
Escreveu o romance "Os Amores de Psique e Cupido" e tornou-se próximo dos escritores Molière e Racine. Com a queda do ministro Fouquet, La Fontaine tornou-se protegido da Duquesa de Bouillon e da Duquesa d'Orleans.
Em 1668 foram publicadas as primeiras fábulas, num volume intitulado "Fábulas Escolhidas". O livro era uma coletânea de 124 fábulas, dividida em seis partes. La Fontaine dedicou este livro ao filho do rei Luís XIV. As fábulas continham histórias de animais, magistralmente contadas, contendo um fundo moral. Escritas em linguagem simples e atraente, as fábulas de La Fontaine conquistaram imediatamente os seus leitores.
Em 1683 La Fontaine tornou-se membro da Academia Francesa, a cujas sessões passou a comparecer com assiduidade. Na famosa "Querela dos antigos e dos modernos", tomou partido dos poetas antigos.
Várias novas edições das "Fábulas" foram publicadas em vida do autor. A cada nova edição, novas narrativas foram acrescentadas. Em 1692, La Fontaine, já doente, converteu-se ao catolicismo. A última edição de suas fábulas foi publicada em 1693.
   
A lebre e a tartaruga - Arthur Rackham, 1912
 
A cigarra e a formiga - Gustave Doré
      

Christiaan Huygens morreu há 329 anos

 
Christiaan Huygens (Haia, 14 de abril de 1629 - Haia, 8 de julho de 1695) foi um matemático, astrónomo e físico dos Países Baixos que descobriu os anéis de Saturno. Em homenagem ao seu trabalho, a sonda Cassini-Huygens foi batizada com o seu nome.
Galileu Galilei foi o primeiro a observar os anéis de Saturno, porém a sua luneta (telescópio) não lhe permitiu identificar com clareza os anéis. Galileu acreditava, pelas imagens obtidas, que Saturno era um sistema planetário triplo. Huygens, com um telescópio mais poderoso, pôde identificar os anéis e descobrir Titã, a maior lua de Saturno e a segunda maior do sistema solar, em 1655.
Huygens também se dedicou ao estudo da luz e cores. Desenvolveu uma teoria baseada na conceção de que a luz seria um pulso não periódico propagado pelo éter. Através dela, explicou satisfatoriamente fenómenos como a propagação retilínea da luz, a refração e a reflexão. Também procurou explicar o então recém descoberto fenómeno da dupla refração. O seus estudos podem ser vistos no seu mais conhecido trabalho sobre o assunto, o "Tratado sobre a luz".
Discordava de vários aspetos da teoria sobre luz e cores de Isaac Newton (1643-1727), que era baseada implicitamente numa conceção corpuscular para a luz. Discutiu com ele durante muitos anos, mas, ao contrário do que geralmente se acredita, as suas visões nunca tiveram uma disputa em grandes proporções.
    

Louis Jordan nasceu há 116 anos

   
Louis Jordan (Brinkley, Arkansas, 8 de julho de 1908 - Los Angeles, 4 de fevereiro de 1975) foi um pioneiro americano de jazz, blues e rhythm & blues. Músico, compositor e líder de banda que teve uma enorme popularidade desde o final dos anos 30 ao início dos anos 50. Conhecido como "O Rei das Jukebox", vendeu mais de 4 milhões de singles. A revista Rolling Stone classificou-o no lugar 59º na sua lista dos 100 maiores artistas de todos os tempos, entrando em 21 janeiro de 1987 no Rock n’ Roll Hall of Fame e, em 2005, no Arkansas Black Hall Fame.
   

 


Billy Eckstine nasceu há cento e dez anos...

   
Depois de ter estudado na Howard University de Washington, trabalhou como cantor e diretor de sala em vários clubes noturnos de Buffalo, Detroit e Chicago.
Barítono suave e com um vibrato distintivo, superou barreiras ao longo da década de 40, tornando-se o primeiro líder de uma grande banda e também como o primeiro homem negro na música popular romântica.
Entre 1944 e 1947, Eckstine liderou uma banda que reunia a maioria das estrelas do jazz de todos os tempos. Ao lado de Charlie Parker, Dizzy Gillespie, Art Blakey, Dexter Gordon, Miles Davis, Fats Navarro e Sarah Vaughan, Eckstine foi um dos precursores do bebop.
Realizou algumas excursões à Austrália e Europa e em 1966 participou de alguns shows nas orquestras de Maynard Ferguson e de Duke Ellington. Em 1974 voltou à Europa para uma série de concertos em memória de Charlie Parker.
Morreu no dia 8 de março de 1993, aos 78 anos, em consequência de um AVC.
     

 


Beck - 54 anos


Beck Hansen
. nascido Bek David Campbell, (Los Angeles, Califórnia, 8 de julho de 1970) é um cantor, compositor e multi-instrumentista americano, simplesmente conhecido pelo nome artístico de Beck.
  

 


Jamie Cook, guitarrista dos Arctic Monkeys, comemora hoje 39 anos

  

Jamie "Cookie" Cook (Sheffield, Inglaterra, 8 de julho de 1985) é o segundo mais velho e o principal guitarrista da banda Arctic Monkeys, de Sheffield. Como Alex Turner, Cook pediu um instrumento musical no Natal de 2001, recebendo uma guitarra elétrica. Jamie Cook ganhou fama por tocar uma Fender Telecaster vermelha, que teve impacto num amplificador em um show ao vivo, e fez a banda apareceu no "Saturday Night Live".
    

 


Amélia Rey Colaço morreu há 34 anos...

     
Amélia Schmidt Lafourcade Rey Colaço Robles Monteiro (Lisboa, 2 de março de 1898 - Lisboa, 8 de julho de 1990) foi uma encenadora e actriz portuguesa.
Considerada a mais proeminente figura do teatro português do século XX, recebeu da família o primeiro contacto com as artes - o pai, Alexandre Rey Colaço, era pianista, compositor e professor dos príncipes, e a avó, Madame Reinhardt, tinha um salão literário e musical em Berlim. Decidiu enveredar pelo teatro aos quinze anos, depois de assistir, na Alemanha, às peças do encenador austríaco Max Reinhardt. No regresso a Portugal iniciou aulas de teatro com Augusto Rosa. Corria o ano de 1917 quando se estreou no então Teatro República (hoje Teatro São Luiz), na peça Marinela de Benito Pérez Galdós. Para fazer a personagem, uma rude vagabunda, aprendeu, durante meses, a andar descalça e a usar farrapos, no interior do jardim do seu palacete.
Casou-se com o ator beirão Robles Monteiro, em dezembro de 1920. No ano seguinte os dois fundam uma companhia de teatro própria — será a mais duradoura de toda a Europa, com cinquenta e três anos de duração — a Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro, sediada no Teatro Nacional D. Maria II e oficialmente extinta em 1988.
Na direção da companhia atuou em vários planos — estruturou um grupo coeso e exigente, empenhou-se na dignificação social do ator, conquistando para ele um estatuto de superioridade, à medida que organizava um reportório ambicioso, à revelia da censura. Chamou pintores prestigiados para colaborarem na cenografia, casos de Raul Lino, Almada Negreiros ou Eduardo Malta. Contratou nomes que eram ídolos do público de então, como Palmira Bastos, Nascimento Fernandes, Alves da Cunha, Lucília Simões, Estêvão Amarante, Maria Matos ou Vasco Santana. Fazendo escola, revelou uma inteira geração de novos atores, como Raul de Carvalho, Álvaro Benamor, Maria Lalande, Assis Pacheco, João Villaret, Augusto de Figueiredo, Paiva Raposo, Eunice Muñoz, Carmen Dolores, Maria Barroso, João Perry, Madalena Sotto, Helena Félix, Rogério Paulo, José de Castro, Lurdes Norberto, Varela Silva, Ruy de Carvalho, Filipe La Féria ou João Mota. Alternando entre obras clássicas e modernas, abriu como nunca as portas à dramaturgia portuguesa, representando obras de António Ferreira, José Régio, Alfredo Cortez, Virgínia Vitorino, Carlos Selvagem, Romeu Correia, Bernardo Santareno, Luís de Sttau Monteiro, entre outros. Com ousadia, revelou autores como Jean Cocteau, Jean Anouilh, Lorca, Brecht, Valle Ínclan, Alejandro Casona, Eugene O'Neill, Tennessee Williams, Arthur Miller, Pirandello, Eduardo De Filippo, Max Frisch, Ionesco, Dürrenmatt e Edward Albee.
Acarinhada ao longo da sua carreira, cultivou a admiração de Oliveira Salazar e antigos monarcas, tendo sido amiga da rainha D. Amélia de Orleães. Entre as distinções que recebeu contam-se insígnias de Cavaleira da Ordem das Artes e Letras, da República Francesa e, em Portugal, as comendas da Ordem de Instrução Pública, da Ordem de Sant'iago da Espada e da Ordem Militar de Cristo.
Em princípios de 1974, Amélia Rey Colaço regressa ao São Luiz, de onde partira. Pouco depois dá-se o 25 de abril e, percebendo que a vão encarar como um símbolo do Estado Novo, suspende a companhia e sai de cena, assumindo a injustiça com discrição. Deixava para trás espetáculos antológicos, como Castro, Salomé, Outono em Flor, Romeu e Julieta, O Processo de Jesus, Topaze, A Visita da Velha Senhora ou Tango. O último grande papel vem, contudo, a desempenhá-lo aos oitenta e sete anos, na figura de D. Catarina na peça El-Rei D. Sebastião, de José Régio. Em 1988, aquando da extinção oficial da companhia, Amélia Rey Colaço vê-se forçada a leiloar o recheio da casa do Dafundo, cedida pela marquesa Olga do Cadaval, e a abandoná-la. Em 1990 morre em Lisboa, junto da sua filha, Mariana Rey Monteiro.
 

O ditador Kim Il-sung morreu há trinta anos...


 

Kim Il-Sung (Mangyŏngdae, actual Pyongyang, 15 de abril de 1912 - Pyongyang, 8 de julho de 1994) foi o líder da Coreia do Norte desde a fundação do país, em 1948, até à data da sua morte. Sucedeu-lhe como líder o seu filho, Kim Jong-il.
Exerceu o cargo de primeiro-ministro de 1948 a 1972 e de presidente de 1972 até à sua morte. Foi também o secretário-geral do Partido dos Trabalhadores da Coreia, em que era o comandante autocrático.
Como líder da Coreia do Norte, partiu de uma ideologia marxista-leninista até formular a ideia Juche baseada no culto à personalidade. Conhecido como Grande Líder, Kim Il-sung é oficialmente (segundo a constituição do país) o Presidente Eterno da Coreia do Norte, sendo feriados no país as datas do seu nascimento e morte.
 
Nascido em 15 de abril de 1912 em Pyongyang (capital e maior cidade da Coreia do Norte), numa família de camponeses, Kim Il Sung recebeu uma educação cristã. Durante as lutas pela independência da Coreia, então pertencente ao Japão, a família de Kim mudou-se para a Manchúria, na China. Lá, Kim Il Sung frequentou uma escola chinesa. Aos 15 anos, foi preso como membro da Liga da Juventude Comunista do Sul da Manchúria. Libertado em 1930, passou a integrar o Exército Revolucionário Coreano. Kim Il Sung tornou-se líder de um grupo guerrilheiro.
Em 1945, a Conferência de Yalta permitiu que tropas soviéticas e americanas se instalassem na Coreia, dividindo o país em duas partes. O governo provisório da Coreia do Norte ficou a cargo de Kim Il Sung. Oficialmente, líder do Partido dos Trabalhadores Coreano, Kim Il Sung na realidade teve poder quase total sobre o país. Entre 1950 e 1953, Kim liderou os norte-coreanos na guerra contra a Coreia do Sul, protegida pelos Estados Unidos e pelas Nações Unidas.
Após o acordo de paz entre as duas Coreias, Kim Il Sung intensificou um governo ditatorial, baseado no culto da sua pessoa. Passou a ser tratado como "Grande Líder", enquanto seu filho Kim Jong-il, designado como seu sucessor, passou a ser tratado como "Estimado Líder".
  
Kim Il-sung casou-se com Kim Jong-Suk. Ela morreu em 1949, com 32 anos, por causa de um ataque cardíaco. Logo após a morte da primeira esposa, Kim Il-sung desposou Kim Song-ae, vinte anos mais nova que ele - e já grávida de um menino, o seu filho Kim Pyong-il.
Kim II Sung desenvolveu também uma filosofia de massas chamada "Juche", que significa auto-suficiência. Morreu em 1994, aos 82 anos, vítima de uma paragem cardíaca. Quatro anos depois, o seu filho Kim Jong II, atribuiu-lhe o título de "presidente eterno".
   

Patativa do Assaré morreu há vinte e dois anos...

   
Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré (Assaré, 5 de março de 1909 - Assaré, 8 de julho de 2002), foi um poeta popular, compositor, cantor e improvisador brasileiro.
   

 


José Mattoso morreu há um ano...

(imagem daqui)

 

José João da Conceição Gonçalves Mattoso (Leiria, Leiria, 22 de janeiro de 1933 - Torres Vedras, 8 de julho de 2023) foi um historiador medievista e professor universitário português

 

Filho do professor do ensino liceal António Gonçalves Mattoso, sobrinho-neto de D. José Alves Mattoso, Bispo da Guarda, e sobrinho do pintor Lino António, José Mattoso nasceu em Leiria. Estudou no Liceu Nacional de Leiria, após o que ingressou na vida religiosa. Durante 20 anos foi monge da Ordem de São Bento, vivendo na Abadia de Singeverga (Portugal), em Lovaina, na Bélgica, e usando o nome de Frei José de Santa Escolástica Mattoso.

No mesmo período em que foi monge, Mattoso licenciou-se em História, na Faculdade de Letras da Universidade Católica de Lovaina, e doutorou-se em História Medieval, pela mesma universidade, com a tese Le Monachisme ibérique et Cluny: les monastères du diocèse de Porto de l'an mille à 1200; o último dos títulos em 1966. Só em 1970 retornou à vida laica, iniciando uma carreira académica.

Foi investigador no Centro de Estudos Históricos (Lisboa), integrado no Instituto de Alta Cultura, e no período subsequente a 1972 foi admitido como professor auxiliar da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Posteriormente, em 1979, tornar-se-ia professor catedrático na recém-criada Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Exerceu ainda as funções de presidente do Instituto Português de Arquivos, de 1988 a 1990, e foi o 8.° diretor da Torre do Tombo, entre 1996 e 1998.

Viveu também em Timor-Leste, colaborando na recuperação do Arquivo Nacional e no Arquivo da Resistência, e lecionando no Seminário Maior de Díli.

Autor de uma extensa bibliografia, é especialista na História Medieval portuguesa, destacando-se as suas obras Ricos-Homens, Infanções e Cavaleiros, Fragmentos de Uma Composição Medieval, O reino dos mortos na Idade Média e Identificação de Um País. Ensaio sobre as Origens de Portugal (1096-1325) (vol. I - Oposição; vol. II - Composição), sucessivamente premiada com o Prémio de História Medieval Alfredo Pimenta e o Prémio Ensaio do P.E.N. Clube Português. Dirigiu também uma edição de oito volumes da História de Portugal (1993-1995).

Recebeu o Prémio Pessoa, em 1987, o Prémio Internacional de Genealogia Bohüs Szögyeny, em 1991, o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, a 10 de junho de 1992, e o Troféu Latino, em 2007.

Desde maio de 2010 era Presidente do Conselho Científico das Ciências Sociais e Humanidades da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Em junho de 2015 foi anunciado como mandatário nacional do LIVRE/Tempo de Avançar.

Faleceu em 8 de julho de 2023, com 90 anos.
 
Obras
  • Le monarchisme ibérique et Cluny. Les monastéres du diocése de Porto de l'an mille à 1200, 1968
  • As famílias condais portucalenses dos séculos X e XI, 1970
  • Beneditina Lusitana, 1974
  • Livro de linhagens do Conde D. Pedro, ed. crítica, 1980
  • Livros velhos de linhagens, ed. crítica por Joseph Piel e José Mattoso, 1980
  • A nobreza medieval portuguesa. A família e o poder, 1981 ; 1994
  • Ricos-Homens, infanções e cavaleiros. A nobreza medieval portuguesa nos sécs. XI e XII, 1982 ; 1998
  • Religião e cultura na Idade Média portuguesa, 1982 ; 1997
  • Narrativas dos Livros de Linhagens, selecção, introdução e comentários, 1983
  • Portugal medieval. Novas interpretações, 1985 ; 1992
  • O essencial sobre a formação da nacionalidade, 1985 ; 1986
  • Identificação de um país. Ensaio sobre as origens de Portugal, 1096-1325, 1985 ; 1995; 2015
  • O essencial sobre a cultura medieval portuguesa, 1985 ; 1993
  • A escrita da história, 1986
  • Fragmentos de uma composição medieval, 1987 ; 1990
  • O essencial sobre os provérbios medievais portugueses, 1987
  • A escrita da História. Teoria e métodos, 1988 ; 1997
  • O castelo e a feira. A Terra de Santa Maria nos séculos XI a XIII, em colab. com Amélia Andrade, Luís Krus, 1989
  • Almada no tempo de D. Sancho I (Comunicação), 1991
  • História de Portugal (direção), 1992-1994; 1997-2001
  • Os primeiros reis (História de Portugal - Vol. I) (Infanto-juvenil), com Ana Maria Magalhães, Isabel Alçada, 1993 ; 2001
  • A Terra de Santa Maria no século XIII. Problemas e documentos, em colab. com Amélia Andrade, Luís Krus, 1993
  • No Reino de Portugal (História de Portugal - Vol. II) (Infanto-juvenil), com Ana Maria Magalhães, Isabel Alçada, 1994 ; 2003 Coja, 1995
  • Tempos de revolução (História de Portugal - Vol. III) (Infanto-juvenil), com Ana Maria Magalhães, Isabel Alçada, 1995
  • O reino dos mortos na Idade Média peninsular, ed. lit., 1996
  • A Identidade Nacional, 1998 ; 2003
  • A função social da História no mundo de hoje, 1999
  • A dignidade. Konis Santana e a resistência timorense, 2005
  • Portugal O Sabor da Terra, um retrato histórico e geográfico por regiões, com Suzanne Daveau e Duarte Belo. 1998; 2010
  • D. Afonso Henriques, 2006
  • Naquele Tempo. Ensaios de História Medieval; 2009; 2014