O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Participou em diversas exposições coletivas, podendo destacar-se: I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa, 1957); Art Portugais: Peinture et Sculpture du Naturalisme à nos Jours (Paris, 1968). Foi galardoado com o Prémio Marques de Oliveira e o Prémio Armando Basto (S.N.I.).
Parte para Moçambique
em 1964. Em 1968 revela-se como poeta ao obter um prémio para "40
Sonetos de Amor e Circunstância e Uma Canção Desesperada" assinado por
João Pedro Grabato Dias, negando durante vários anos ser o seu autor.
Nesse período colaborou com grupos de teatro em Lourenço Marques,
como o TALM (Teatro Amador de Lourenço Marques), em que foi autor do
cenário da peça "Jardim Zoológico" de Eduardo Albee,
encenada e interpretada por Mário Barradas, e o TEUM (Teatro dos
Estudantes da Universidade de Moçambique), sendo autor dos cenários e o
guarda roupa de "O Velho da Horta" e "Quem tem Farelos?" de Gil Vicente, ambas encenadas por Matos Godinho.
Colaborou no Núcleo de Arte de Lourenço Marques, como professor, onde contactou, entre outros, com Malangatana
Valente. Ganhou o 1º Prémio no concurso da Sociedade de Estudos de
Moçambique que, na cerimónia oficial, não foi entregue, dado que o
Secretário Provincial de Educação considerou a obra indecorosa.
Em 1971, lançou as odes O Morto e A Arca e ainda as Laurentinas. Grabato Dias e Rui Knopfli, criam nesse ano a revista Caliban.
Depois do 25 de abril, inventou o livrinho Eu, o povo, supostamente deixado por Mutimati Barnabé João, guerrilheiromoçambicano morto em combate, não assumindo inicialmente a sua autoria. Escreveu o novo livro de poemas didático O Povo e nós, já de autoria de João Pedro Grabato Dias.
Publicou um livro de divulgação da biotecnologia, para aplicação nas zonas rurais moçambicanas.
Publicou o poema pseudobibliográfico "Facto/Fado", considerado
pelo crítico literário Eugénio Lisboa um dos melhores livros em
português.
Em Moçambique, foi ainda o co-autor do monumento aos heróis, na Praça dos Heróis Moçambicanos, em Maputo.
No regresso a Portugal e a Santiago de Besteiros, em 1984, dedicou-se ao ensino, à escrita e pintura.
Como pintor, atividade principal da sua criação, tem extensa e
rica obra, de extrema beleza, realizada em Portugal e Moçambique.
Dedicou-se ainda a outras artes plásticas, como cerâmica, pintura em cerâmica, esculturas metálicas, cartazes, ilustração de livros e desenhos criados por computador.
1998 - Grã-Cruz da Ordem do Infante D.Henrique, atribuída, a título póstumo, pelo Presidente Jorge Sampaio, pela obra plástica e literária, particularmente pela autoria de As Quybyrycas.